RELATÓRIO ECONÔMICO FEVEREIRO DE 2017 SUMÁRIO CENÁRIO EXTERNO____________________________________________________________________________________1 CENÁRIO INTERNO ____________________________________________________________________________________4 ATIVIDADE ECONÔMICA ____________________________________________________________________________ 4 INFLAÇÃO _____________________________________________________________________________________________ 6 TAXA DE JUROS ______________________________________________________________________________________ 8 TAXA DE CÂMBIO ____________________________________________________________________________________ 8 BALANÇA COMERCIAL ______________________________________________________________________________ 9 CONTAS PÚBLICAS __________________________________________________________________________________ 9 MERCADO IMOBILIÁRIO ___________________________________________________________________________ 10 CONTATO _______________________________________________________________________________________________ 12 CENÁRIO EXTERNO No último mês a atenção se voltou para a posse e os primeiros atos de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos. Os primeiros movimentos do novo governo conservaram o tom da disputa eleitoral. Alguns deles apresentam caráter mais simbólico, como a criação do Dia Nacional do Patriotismo. Na política migratória tivemos o decreto que proíbe a entrada nos Estados Unidos de refugiados e imigrantes de vários países, de maioria muçulmana, que por enquanto está vetado pela justiça norte americana; e a reafirmação da promessa de construção do muro na fronteira com o México, agora alegando que a obra será custeada de forma direta ou indireta pelos mexicanos. Donáld Trump (Eván Vucci/Pool/Reuters) Também tivemos atos com impacto na economia global. O primeiro deles foi o anuncio da retirada dos Estados Unidos da Parceria Transpacífico (TPP). O acordo comercial reunia países como Japão, Austrália, Canadá, México, Peru e Chile, que juntos representam 40% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. O acordo era incentivado pelo governo Obama como forma de aumentar a influência americana principalmente no mercado asiático, em contraposição ao avanço chinês. O novo Páginá 1 presidente também propôs a revisão do NAFTA (Acordo de livre comercio da América do Norte), de forma a reduzir a integração econômica com o México e conservar as boas relações com o Canada. No entanto, a ação do novo governo americano que pode trazer maiores consequências para a economia mundial é mudança de postura em relação a taxa de câmbio. Nas últimas décadas todos os governos norte-americanos defenderam as vantagens e a importância do dólar forte como símbolo da força da economia dos Estados Unidos, porém, os discursos de Trump e de alguns de seus assessores mais próximos foram contra essa ideia. O presidente acusou as demais economias centrais de manterem suas moedas desvalorizadas de forma a prejudicar a economia americana. Esse posicionamento pode indicar a aspiração do novo presidente em manter o dólar desvalorizado de forma a aumentar a competividade da economia americana. Caso isso se concretize, terá efeitos consideráveis no comercio internacional e, segundo os analistas, pode ser o início de uma guerra cambial. Com relação a política monetária norte americana, o Federal Reserve (Fed), na primeira reunião do ano e do governo Trump, decidiu manter inalterada a taxa de juros, na faixa entre 0,5% e 0,75% a.a., patamar que se encontra desde dezembro. Na linguagem do comunicado, o Fed sinalizou mudanças estratégicas relevantes e chance de aumento na próxima reunião, em março, porém não foi categórico, sinalizando que a tendência de ocorrer três aumentos nos juros americanos em 2017, expressa no relatório anterior, se mantém possível. Tivemos também a realização das reuniões anuais do Fórum Econômico Mundial em Davos. As políticas de Trump foram tema central nos debates entre os líderes políticos e empresariais do mundo todo, mesmo com a ausência do presidente norte americano no evento, em função de sua posse. As medidas protecionistas propostas por ele trouxeram preocupação quanto ao futuro do comércio internacional. Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou que essas políticas terão um impacto negativo na economia mundial, ofuscando quaisquer ganhos positivos das medidas de estímulo econômico. O presidente chinês Xi Jinping, estreante em Davos, foi o responsável por fazer o contraponto ao discurso antiglobalização. O líder do gigante asiático criticou as políticas protecionistas e isolacionistas e defendeu o livre comercio, indicando que a China está disposta a ocupar o espaço na economia mundial que os Estados Unidos podem vir a perder. Páginá 2 Presidente chines Xi Jinping (Reuters) No último mês tivemos também a divulgação de indicadores de crescimento em 2016 de alguns países. Em 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 1,6%, crescimento menor que em 2015, quando foi de 2,4%. A Zona do Euro obteve um crescimento do PIB de 1,7% em 2016, segundo a Eurostat (agência de estatística da União Europeia), melhor resultado desde a Crise de 2008. A China teve crescimento de 6,7% do PIB em 2016, taxa menor que anos anteriores, porém, dentro da meta do governo chinês. O PIB do Japão, no último trimestre de 2016 (terceiro no calendário fiscal japonês) teve crescimento de 1% de forma anualizada. Já na América Latina, segundo estimativas do Banco Mundial, o PIB da região teve retração de 1,4% em 2016, registrando o segundo ano de queda, fato que não acontecia a mais de 30 anos, resultado dos baixos preços das commodities, crescimento menor dos países ricos e desafios internos nas maiores economias locais, especialmente no Brasil. Páginá 3 CENÁRIO INTERNO Em relação ao cenário interno, o noticiário do último mês continuou intenso. No plano político tivemos o retorno dos trabalhos no congresso com a votação da nova presidência nas duas casas. Ambos os resultados se mostraram positivos para o Governo Federal, com a eleição de seus aliados Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara dos Deputados e Eunício Oliveira (PMDB-CE) no Senado. A composição das comissões também refletiu a maioria governista, fato que mostra força para a aprovação das reformas. As maiores incertezas partiram do cenário judicial. O trágico acidente que vitimou Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela relatoria da Operação Lava Jato na mais alta corte da justiça brasileira, trouxe indefinições sobre o prosseguimento dos processos envolvendo a operação. Os questionamentos se voltaram para quem assumiria a relatoria do processo até a indicação do novo ministro e quem seria o novo ministro. A relatoria ficou temporariamente com Edson Fachin, e o presidente Michael Temer indicou o Ministro da Justiça Alexandre de Moraes para a cadeira de Teori. A indicação ainda precisa ser aprovada pelo Senado. No campo da economia tivemos notícias boas em relação a inflação e, consequentemente, expectativas positivas quanto a redução da taxa básica de juros. Por outro lado, a atividade econômica ainda mostra resistência em relação a retomada do crescimento. O desemprego continua sua trajetória ascendente. Para o futuro, algumas medidas mais pontuais do governo podem ajudar na retomada da atividade econômica. A autorização para o saque dos recursos presentes em contas inativas do FGTS pode contribuir para a redução do endividamento das famílias e dar algum estímulo ao consumo; e as mudanças no programa Minha Casa Minha Vida podem indicar retomada do setor da construção civil. ATIVIDADE ECONÔMICA Como foi citado no relatório anterior, o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 será divulgado apenas no dia 3 de março, porém, os dados em relação a atividade econômica, que podem sinalizar a trajetória do PIB, divulgados no último mês continuaram fracos. Páginá 4 A produção industrial, de acordo com Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cresceu 2,3% em dezembro de 2016 com relação a novembro, já com os ajustes sazonais. Se o indicador continuar positivo nos próximos meses, pode indicar uma retomada da indústria. Porém, o acumulado anual de 2016 registrou queda de 6,6%, com queda em todos os estados, exceção apenas ao Pará. O comercio varejista, segundo a Pesquisa Mensal do Comercio (PMC) do IBGE, teve um recuo de 2,1% em dezembro de 2016 na comparação a novembro, descontado a sazonalidade. A queda registrada em dezembro foi causada pela redução nas vendas principalmente no grupo de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,0%), e no grupo de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,9%). No sentido contrário houve aumento no período em combustíveis e lubrificantes (2,1%), e equipamentos de escritório, informática e comunicação (1,9%). No acumulado anual o volume de vendas apresentou queda de 6,2% O desemprego medido pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) Continua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), continuou em alta e chegou a 12% no quarto trimestre de 2016, maior valor da série histórica que teve início em 2012. O mesmo indicador havia encerrado 2015 em 9%. Taxa de Desemprego (%) 13% 12% 11% 12% 10% 9% 6,9% 8% 9,0% 6,5% 6,2% 7% 6% nov/16 jul/16 set/16 mai/16 mar/16 jan/16 set/15 nov/15 jul/15 mai/15 jan/15 mar/15 nov/14 jul/14 set/14 mai/14 mar/14 jan/14 set/13 nov/13 jul/13 mai/13 jan/13 mar/13 nov/12 jul/12 set/12 mai/12 mar/12 5% Fonte: IBGE, Pnad Continua (31/01/2017) Páginá 5 INFLAÇÃO O IPCA surpreendeu positivamente mais uma vez em janeiro. O índice da inflação divulgado pelo IBGE fechou o mês em 0,38%, superando os 0,30% de dezembro de 2016. O valor do IPCA foi o mais baixo para janeiro desde 1994, quando foi criado o Plano Real. IPCA mensal(%) 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 fev-16 mar-16 abr-16 mai-16 jun-16 jul-16 ago-16 set-16 out-16 nov-16 dez-16 jan-17 Fonte: IBGE (08/02/2017) O grupo que apresentou maior elevação no mês foi o de Transportes, com variação de 0,77% no período. Isso ocorreu em função dos aumentos nas tarifas de ônibus urbanos em oito das treze regiões metropolitanas que compõem o índice, com destaque para Brasília, com aumento de 14,75% e Vitoria, com 15,19%. O segundo grupo com maior aumento foi o da comunicação, com 0,63%, e em terceiro tivemos a Saúde e Cuidados Pessoais, com aumento de 0,55%. Por outro lado, puxaram o índice para baixo o grupo de Vestuário, com -0,36% e Artigos de Residência, com -0,10%. Apesar da variação do grupo Transporte ter sido a mais elevada, cabe ressaltar que apresentou forte desaceleração de dezembro para janeiro, ao passar de 1,11% para 0,77%. Isto ocorreu principalmente em função do comportamento dos preços das passagens aéreas, que da alta de 26,29% de dezembro, passou para queda de 7,36% em janeiro. Por outro lado, os grupos de Alimentação e Bebidas, que foram de 0,08% para 0,35%, e Habitação, de -0,59% para 0,17%, com Páginá 6 significativa aceleração, foram os que mais contribuíram para elevar o IPCA de um mês para o outro. Considerando o índice acumulado em doze meses, o IPCA ficou em 5,35% em janeiro. No mês anterior o IPCA acumulado em doze meses fechou 2016 em 6,29%. Para efeito de comparação, o IPCA acumulado em 2015 foi de 10,67%. IPCA acumulado nos últimos 12 meses (%) 11 10,36 10 9 8 7 5,35 6 5 4 fev-16 mar-16 abr-16 mai-16 jun-16 jul-16 ago-16 set-16 out-16 nov-16 dez-16 jan-17 Fonte: IBGE (08/02/2017) No campo das expectativas o mercado acredita que em fevereiro o IPCA será de 0,5% e fechará 2017 em 4,47%, abaixo da meta de inflação para 2017, definida pelo Conselho Monetário Nacional (Boletim Focus, 10/02/2017). Com esse comportamento de forte queda na inflação, já começam a surgir rumores no mercado de que o Conselho Monetário Nacional (CMN) pode reduzir a meta de inflação para o ano de 2019. Desde 2005 a meta fixada pelo CMN está estável em 4,5%. A expectativa é que a redução será gradual, para 4,25%. Isso vai depender se comportamento do índice de preços acompanhar as expectativas e da continuidade do processo de corte na taxa Selic. Em linha com o IPCA, a variação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) foi de 0,64% no mês de janeiro, abaixo do esperado pelo mercado. No mês anterior o índice havia ficado em 0,54%. O acumulado de doze meses ficou em 6,65% e o resultado do IGP-M foi causado por aumentos em dois de seus três Páginá 7 componentes: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que aumentou para 0,70% e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que subiu 0,64%. Em contraposição, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve baixa de 0,29% (IBRE-FGV). TAXA DE JUROS Desde o nosso último relatório a taxa de juros não sofreu alterações. Deste modo as atenções se voltam para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para os dias 21 e 22 de fevereiro. Os analistas do mercado, conforme expresso no último Boletim Focus do Banco Central (10/02/2017), preveem mais um corte de 0,75 p.p. na próxima reunião do Copom, levando a taxa Selic para 12,25% a.a. Como a inflação continua surpreendendo positivamente, as expectativas do mercado para taxa Selic no final de 2017 vem caindo nas últimas semanas. Há um mês, no Boletim Focus do dia 6 de janeiro, as expectativas apontavam que a Selic fecharia o ano em 10,25% a.a., agora no último Boletim Focus as expectativas para o final do ano apontam essa taxa em 9,5% a.a. TAXA DE CÂMBIO O dólar abriu janeiro cotado a R$3,28 e fechou o mês em R$3,12, o que representa uma queda de 3,14%. A máxima do período foi observada no dia 3, quando a moeda americana foi cotada em R$3,29, e a mínima no último dia do mês. Dólar (em R$) 3,3 3,28 3,26 3,24 3,22 3,2591 3,2 3,18 3,16 3,1179 3,14 3,12 3,1 30/12/2016 04/01/2017 09/01/2017 14/01/2017 19/01/2017 24/01/2017 29/01/2017 03/02/2017 Fonte: Bacen, Ptax. Páginá 8 O comportamento da taxa de câmbio ao longo de todo o mês poder ser explicado pela entrada de fluxos corporativos, com a captação de recursos por parte das empresas no exterior em volume acima do habitual, melhora do ambiente externo e da atuação do Banco Central com a surpresa do corte mais intenso na taxa Selic e a não realização da rolagem dos contratos de swap. O movimento do real acompanhou também a dinâmica das outras moedas emergentes em relação ao dólar. Já para o final de 2017, segundo o último Boletim Focus do Banco Central (10/02/2017), a expectativa é que a taxa câmbio encerre o ano em R$3,36/US$. Porém, esse resultado vem surpreendendo para baixo nos últimos dias, ficando abaixo de R$3,10/US$ e pode variar muito ao longo do ano. BALANÇA COMERCIAL Após fechar 2016 com um superávit recorde na balança comercial de US$47,692 bilhões, o saldo da balança comercial registrou superávit de US$ 2,73 bilhões no mês de janeiro de 2017, segundo o Ministério da Industria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Esse resultado foi o melhor para o mês de janeiro desde 2006. Para efeito de comparação, em janeiro de 2016 o superávit foi de US$ 915 milhões. O saldo mensal foi resultado de US$ 14,91 bilhões em exportações e US$ 12,18 bilhões em importações. Podemos destacar o aumento das exportações de produtos básicos em 30%, e semimanufaturados em 27,5%. Nas importações houve aumento nas compras de bens intermediários de 22,8%, combustíveis e lubrificantes em 15,8% e uma queda em bens de capital de 40,1%. No acumulado de doze meses o superávit ficou em US$ 49,51 bilhões. Já na primeira quinzena de fevereiro tivemos um superávit de US$ 956 milhões, sendo de exportação US$ 6,11 bilhões e de importação US$ 4,94 bilhões, segundo MDIC. Também houve uma queda de 1,5% em produtos semimanufaturados em relação a janeiro por causa da celulose, óleo de dendê bruto, alumínio bruto, açúcar bruto, couros e peles. CONTAS PÚBLICAS A contas públicas fecharam 2016 com resultados ruins, mas dentro do esperado. O governo central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, registrou déficit primário de R$ 154,255 bilhões no fechamento de 2016. Esse valor representa 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e é o pior da série histórica. Em 2015, as contas do governo central haviam ficado Páginá 9 negativas em R$ 114,741 bilhões, ou 1,9% do PIB. Por outro lado, o resultado ficou abaixo da meta do déficit primário do governo central para 2016, que era de R$ 170,5 bilhões. A Dívida Pública Federal (DPF), que inclui o endividamento interno e externo, encerrou 2016 em R$ 3,113 trilhões. O resultado está dentro da margem estimada pelo Plano de Financiamento Anual (PAF) para 2016, que projetou a dívida entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões. A PAF de 2017 projeta que a DPF fechará o ano entre R$ 3,45 trilhões e R$ 3,65 trilhões. MERCADO IMOBILIÁRIO No mercado imobiliário o principal acontecimento foi o anuncio de mudanças no Minha Casa Minha Vida pelo governo federal nos últimos dias. Entre as mudanças podemos destacar: Novas faixas de renda para financiamentos do programa. A faixa 1 não sofreu alteração (para famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil). Na faixa 1,5 o limite de renda mensal passou de R$ 2.350 para R$ 2,6 mil. Para a faixa 2 o Páginá 10 limite foi elevado de R$ 3,6 mil para R$ 4 mil. E na faixa 3 subiu de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil. Elevação do teto do valor dos imóveis que podem ser financiados dentro do Minha Casa, Minha Vida para todas as cidades. Por exemplo, no Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro, o valor passará de R$ 225 mil para R$ 240 mil; já nas capitais do Norte e Nordeste passará de R$ 170 mil para R$ 180 mil. Manutenção da taxa de juros para a faixa 1 (5% ao ano), faixa 2 (entre 5,5% e 7% a.a.) e faixa 3 com renda familiar de até R$ 7 mil mensais (8,16% a.a.) e elevação para a faixa 3 com renda superior a 7 mil reais mensais (9,16% a.a.). Com isso, o valor do subsídio dado na faixa 1,5 vai subir de R$ 45 mil para R$ 47.500 e, na faixa 2, de R$ 27.500 para R$ 29 mil. Segundo o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, a ampliação das faixas vai exigir R$ 8,5 bilhões a mais para subsídios e financiamentos. Desse valor, R$ 200 milhões serão da União para os subsídios das faixas 1,5 e 2; R$ 1,2 bilhão virá de recursos do FGTS para os subsídios e outros R$ 7,1 bilhões para financiamento de todas as faixas. Os representantes do setor aprovaram as mudanças. O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Rubens Menin acredita que os ajustes realizados darão viabilidade a novos projetos, pois os valores estavam defasados (Época 06/02/2017). A Moody’s avalia as mudanças como positivas para as incorporadoras que atuam nos segmentos de baixa e média renda. A agência de classificação de risco cita que as medidas dão sustentação à demanda por moradias em um momento em que as incorporadoras enfrentam distratos elevados e liquidez restrita, com provável aceleração de vendas e estímulo a lançamentos (Valor Econômico 08/02/2017). Páginá 11 CONTATO Vinícius Trevisan Aline Souza Economista-chefe Estagiária em Economia Tel 19 3384-8901 Cel 97401-3514 Tel 19 3384-8901 [email protected] AR Capital Investimentos Av. Dr. Heitor Nascimento, nº 196 - Sala 61 Bloco A - Edifício Aliança Bairro Morumbi - Paulínia, SP CEP: 13140-729 Telefone: (19) 3384-8901 www.arcapital.com.br Páginá 12