CPV O cursinho que mais aprova na GV FGV Administração HISTÓRIA 61. Com a chamada Partilha de Verdun, de 843, o império de Carlos Magno foi dividido entre seus três netos: Lotário, Carlos e Luís. A esse respeito podemos afirmar: a) Nesse acordo preservava-se a unidade políticoinstitucional, uma das características do sistema feudal em processo de estruturação. b) A partilha marca o início do processo de síntese romanogermânico, que redundaria no aparecimento de diversos pequenos reinos durante a Alta Idade Média. c) O resultado é o esboço da futura divisão européia, uma vez que os domínios de Carlos e Luís darão origem aos reinos francês e germânico respectivamente. d) Nesse momento consagra-se a divisão da cristandade, em razão da aproximação de Lotário e Carlos com o papado e de Luís com o patriarcado de Constantinopla. e) O Tratado de Verdun marcou o fim dos conflitos entre os poderes seculares e eclesiásticos, verificado desde o início da Idade Média. Resolução: Com a divisão do Império Carolíngeo entre os filhos de Luis, O Piedoso, através do Tratado de Verdun, em 843, teve início a fragmentação política que caracterizou a Baixa Idade Média, assim como começaram a se configurar os contornos políticos europeus modernos, clarificados após a formação dos Estados Nacionais, na transição feudocapitalista. Alternativa C 62. “Durante muito tempo, pensou-se que a Festa dos Loucos, celebrada na altura da festa dos Santos-Inocentes (28 de Dezembro) e da Circuncisão (1o de Janeiro), não era mais do que uma sobrevivência das festas pagãs do solstício de Inverno e das calendas de Janeiro (...) Na realidade, a Festa dos Loucos aparece apenas no século XII e num contexto urbano completamente novo (...) Quaisquer que sejam as tradições antigas que presidiram ao seu nascimento, o Carnaval é, como a Festa dos Loucos, uma inovação da cidade medieval.” (SCHMITT, Jean-Claude, História das superstições. Trad., Mira-Sintra-Mem Martins, Europa-América, 1997, p. 158) CPV fgv051fmaioadm 1a Fase 22/maio/2005 A respeito da cultura urbana medieval podemos afirmar: a) Manifestou-se também nas festas que foram integradas ao calendário anual, orientado pelas perspectivas do tempo clerical. b) Desenvolveu-se paralelamente à cultura religiosa oficial e manteve-se completamente independente dos poderes clericais e seculares. c) Realizou uma profunda mudança de comportamento e mentalidade, ao eliminar a Quaresma e ao instituir festas marcadas por divertimentos e excessos. d) Floresceu durante a Alta Idade Média e declinou a partir do ano mil, quando se verificou uma aguda retração dos núcleos urbanos. e) Foi duramente reprimida pelos poderes senhoriais e eclesiásticos que se mostraram capazes de banir as manifestações culturais de origem pagã. Resolução: A cultura medieval é resultado da amálgama de elementos culturais bárbaros e germânicos. Nesse sentido, o Cristianismo representou, talvez, o mais abrangente aporte romano. A partir da aproximação dos bárbaros francos com a Igreja Católica, representada por Clóvis, seguiu-se uma tendência de mútua assimilação, que se traduziu em expedientes como a inclusão de festividades e práticas pagãs no calendário e no fazer cristãos. Alternativa A 63. “... As eleições de 1900 para a Câmara Federal e o terço do Senado confirmam o benefício desta política em favor das oligarquias que estão no poder. (...) Este sistema de apoio às oligarquias vai significar a permanência daquelas que estão no poder. (...) As oposições oligárquicas agora não podem mais ter esperança de uma vitória legal, e às vezes, nem mesmo de um bom êxito revolucionário.” (CARONE, Edgard, A república velha. 166 edição, São Paulo: Difel, pp. 193-194). O autor se refere: a) b) c) d) e) À política da conciliação. Ao Encilhamento. À República da Espada. À promulgação da nova constituição republicana. À política dos governadores. 1 2 fgv - 22/05/2005 CPV o cursinho que mais aprova na GV Resolução: A Política dos Governadores, adotada a partir do governo do presidente Campos Salles, consistia em subordinar a Câmara e o Senado às necessidades do Executivo Federal. Esse modelo era baseado na ampliação da independência política dos governos estaduais que, uma vez fortalecidos, possiblitariam a eleição de parlamentares coniventes com as determinações impostas pelo Executivo. A prática da “degola” impedia a posse de parlamentes de oposição, perpetuando o controle oligárquico nas várias esferas de poder do Brasil. Alternativa E 64. A respeito do salazarismo, estabelecido em Portugal entre 1933 e 1974, é correto afirmar: a) Foi inspirado no modelo soviético e apresentava-se como um regime socialista, nacionalista e autoritário. b) Preservou a monarquia portuguesa, mas estabeleceu um governo autoritário sob o comando de Antônio de Oliveira Salazar. c) Tratava-se de um regime parlamentarista estabelecido por Antônio de Oliveira Salazar após a Revolução dos Cravos. d) Tratava-se de um regime autoritário que impedia a livre organização partidária e era orientado por uma doutrina nacionalista. e) Instaurou a República, manteve o catolicismo como religião oficial e adotou uma política de aproximação com os setores oposicionistas. Resolução: O Salazarismo surgiu em Portugal no contexto de ascensão dos regimes totalitários na Europa Ocidental, devendo sua denominação à figura de Antonio de Oliveira Salazar. No entanto, o regime de cunho autoritário manteve-se mesmo após a morte de Salazar, sendo derrubado apenas em 1974, com a eclosão da “Revolução dos Cravos”. Alternativa D 65. Em 21 de janeiro de 1793, Luís XVI foi guilhotinado em Paris. Chegava ao fim a monarquia francesa e iniciava-se um novo período na história da França. Em meio a um contexto de fortes turbulências, rebentaram revoltas internas e guerras externas. Sobre esse contexto, pode-se afirmar que: a) Em junho do mesmo ano, os jacobinos, comandados por Robespierre, assumiram o poder na França, inaugurando o período da Convenção Jacobina, considerado o mais popular e radical de toda a Revolução. CPV fgv051fmaioadm b) Foi marcado pela guerra civil, em que partidários do rei e da república se enfrentaram, com a vitória dos primeiros, que impuseram uma ditadura ao país, sob o comando de Marat e dos girondinos. c) A morte do rei desencadeou a revolta de toda a nobreza européia e da Igreja Católica, levando à formação de um exército multinacional — a Primeira Coligação — contra a França. Em menos de um ano, o exército francês, debilitado pelas baixas, rendeu-se e a monarquia foi restaurada. d) Em meio aos combates externos, destacou-se a figura do general Napoleão Bonaparte que, amparado pelos girondinos, venceu os opositores externos e internos e tornou-se Imperador dos franceses, em 1795, colocando um ponto final no processo revolucionário francês. e) A guerra civil e a guerra externa geraram uma crise sem precedentes: lavouras arruinadas, inflação, desabastecimento. A crise só foi superada com a Restauração da monarquia em 1795 e com a subordinação definitiva da França às demais potências européias. Resolução: À derrocada da Monarquia Constitucional seguiu-se a implantação da Primeira República Francesa, cujo período inicial conheceu a hegemonia política da pequena burguesia associada aos segmentos populares. Sob o comando de Robespierre, levou-se a efeito uma política persecutória contra os adversários da República, prática que ficou conhecida como o Terror. Alternativa A 66. Eram características da doutrina defendida pela Ação Integralista Brasileira: a) Defesa da ditadura do proletariado e combate à democracia. b) Liberalismo econômico e autoritarismo político. c) Liberdade de expressão e defesa da reforma agrária. d) Concepção corporativista de sociedade e ideologia nacionalista. e) Ateísmo e perspectiva totalitária. Resolução: A Ação Integralista Brasileira foi fundada por Plínio Salgado, sob a bandeira do “verde amarelismo”, denotando a visão nacionalista xenófoba e a defesa de um Estado “integral” que tutelasse os diversos setores da sociedade, sendo traços marcantes da ideologia partidária dos chamados “camisas verdes”. Tais características aproximam o ideário integralista das doutrinas totalitaristas difundidas na Europa, sobretudo do fascismo italiano. Alternativa D CPV o cursinho que mais aprova na GV 67. “Hoje sabemos que Stalin foi a principal vítima dessa falta de realismo, recusando-se obstinada e sistematicamente a aceitar a acumulação de provas detalhadas e absolutamente confiáveis do plano de Hitler de atacar a União Soviética, mesmo depois que os alemães já haviam cruzado suas fronteiras.” (Hobsbawm, Eric. Tempos Interessantes. São Paulo: Cia das Letras, 2002. p. 186) A “falta de realismo” de Stalin, a que se refere Hobsbawm, estava ancorada: a) Na crença de que os governos dos EUA e da Inglaterra não haviam atacado a URSS porque esta se colocara ao lado dos nazistas no conflito. b) Na crença que Stalin tinha na identificação entre as ideologias socialista e nacional-socialista. c) Na certeza de que Hitler não arriscaria uma invasão à URSS devido à superioridade bélica evidente do Exército Vermelho. d) Na suposição de que o objetivo de Hitler era destruir as potências capitalistas para depois, com a URSS, construir uma Europa socialista. e) Na existência de um pacto de nãoagressão entre a Alemanha e a URSS, assinado em 1939. Resolução: O pacto nazi-soviético referendava estrategicamente o propósito da construção do Socialismo em um só país. O não envolvimento da URSS no conflito possibilitaria a execução da política econômica planificada da Gosplan, estabelecendo as bases de uma sociedade fundada na propriedade social dos meios de produção. A falência da operação Leão do Mar e os insucessos do afrikakorps levaram a Alemanha a romper o acordo e, buscando suprimentos em cereais, tropas nazistas avançaram sobre território russo. Alternativa E 68. “Que obra-prima é o homem! Como é nobre em sua razão! Como é infinito em faculdades! Em forma e movimentos, como é expressivo e maravilhoso! Nas ações, como se parece com um anjo! Na inteligência, como se parece com um deus! A maravilha do mundo! O padrão de todos os seres criados!” Hamlet, William Shakespeare, trad., São Paulo: Martin Claret, 2002, p.47. Nesse trecho do Hamlet de William Shakespeare podemos identificar algumas características: a) Do Catolicismo, com a afirmação da arte como um ofício religioso. b) Do Protestantismo, com a perspectiva da infalibilidade dos escritos bíblicos. CPV fgv051fmaioadm Fgv - 22/05/2005 3 c) Do Renascimento, com a valorização do homem como o centro ou a medida do Universo. d) Do Hedonismo, com a identificação da beleza como uma manifestação do espírito divino. e) Do Teocentrismo, com a negação da influência do classicismo grecoromano. Resolução: O trecho da peça de William Shakespeare ressalta uma das características mais relevantes do Renascimento Cultural europeu: o antropocentrismo. Parte integrante do legado cultural greco-romano, a valorização do “homem como medida de todas as coisas” foi fundamental para a elaboração da crítica ao padrão cultural medieval. Alternativa C 69. Sobre a participação do Brasil na guerra contra Oribe e Rosas, em 1851-1852, é correto afirmar: a) O Brasil aliou-se aos governos argentino e uruguaio contra o Paraguai. b) A intervenção brasileira tinha em vista os interesses dos estancieiros gaúchos. c) O Brasil entrou na guerra para defender os interesses imperialistas britânicos. d) Os aliados do Brasil foram Buenos Aires, Paraguai, Entre-Rios e Corrientes. e) A intervenção brasileira visava garantir a estabilidade do Vice-Reino do Prata. Resolução: As alternativas B e C dessa questão podem confundir o candidato. A alternativa B, por regionalizar em demasia a questão dos conflitos platinos. A alternativa C, pelo inverso, por generalizar a etiologia desse mesmo episódio histórico. Contudo, como esta última restringe o papel do Brasil a mero aríete dos interesses britânicos, optamos pela alternativa B, que menos compromete o entendimento do contexto histórico. Alternativa B 70. Sobre o processo de unificação da Itália e seus desdobramentos, é correto afirmar que: a) O processo de unificação levou ao agravamento das tensões no campo, principalmente na parte sul da península, o que provocou uma intensa onda migratória de camponeses miseráveis para outras partes da Europa e para a América. b) A partir das divisões estabelecidas pelo Congresso de Viena, no início do século XIX, as lutas pela unificação foram refreadas pela presença de tropas alemãs nos territórios da península. 4 fgv - 22/05/2005 CPV o cursinho que mais aprova na GV c) Nas lutas pela unificação, destacaramse as lideranças do conde Cavour, pelos republicanos, e de Giuseppe Garibaldi, pelos monarquistas, este último conhecido dos brasileiros por sua participação na Guerra dos Farrapos. d) Apesar de a unificação ter-se dado em 1871, questões com a Igreja Católica e com a Áustria se mantiveram até o século XX. No caso da Igreja, a questão só foi solucionada após a Segunda Guerra Mundial, com a derrota do fascismo. e) Norte e sul da península tinham propostas diferentes para a construção do novo país. Sob o comando de Garibaldi, os italianos do norte conseguiram impor o modelo republicano ao novo país. Resolução: O processo de Unificação Italiana e suas conseqüências para o desenvolvimento do Capitalismo naquele país redundaram num forte deslocamento de população rural para os centros urbanos. O aumento desmedido do exército de reserva de mão-de-obra ocasionou o seu transbordamento para outras regiões da Europa e para a América. O Brasil, que vivenciara a crise do escravismo, foi o destino de boa parte desse contingente. Alternativa A 71. “Caros camaradas, soldados, marinheiros e trabalhadores, tenho o prazer de congratulá-los pela vitória da revolução russa, saudá-los como a vanguarda do exército proletário internacional (...) A guerra do banditismo imperialista é o começo da guerra civil na Europa. (...). Na Alemanha, tudo já está fermentando! Não hoje, mas amanhã, qualquer dia, pode ocorrer o colapso geral do capitalismo europeu. A revolução russa que vocês realizaram deu o golpe inicial e inaugurou uma nova era. (...). Viva a Revolução Social Internacional!” Discurso de Lenin em 16 de abril de 1917, citado em Wilson, E., Rumo à estação Finlândia. São Paulo: Cia. das Letras, 1986. Assinale a alternativa que melhor apresenta a temática central do discurso de Lenin: a) O apelo à manutenção da ordem interna em meio ao processo revolucionário bolchevique. b) A defesa da união de russos e alemães contra os imperialistas, na Primeira Guerra Mundial. c) a defesa da permanência russa na Primeira Guerra Mundial como fator necessário à desestabilização do capitalismo internacional. d) O triunfo da revolução menchevique na Rússia como o primeiro passo para a revolução socialista mundial. e) A comemoração por conta da derrocada do sistema capitalista internacional, com o fim da Primeira Guerra Mundial. CPV fgv051fmaioadm Resolução: O discurso de Lênin, reproduzido na questão, ocorreu no contexto de seu retorno à Rússia, facultado pela ação revolucionária de fevereiro de 1917, que depôs o Czar Nicolau II e instaurou uma república sob o controle menchevique. A partir de então, sua pregação foi dirigida no sentido da apropriação do aparelho de Estado pelos soviets e no aprofundamento da revolução na perspectiva socialista. Alternativa D 72. O sucesso da imigração na década de 1880, como fórmula para substituir os escravos nas fazendas de café, foi resultado: a) Da Lei de Terras, que tornava acessível a terra aos estrangeiros pobres. b) Do financiamento da entrada de contingentes de imigrantes pelo governo. c) Da industrialização do país, que abria novas perspectivas de empregos. d) das colônias de parceria, introduzidas pelo senador Vergueiro em 1882. e) Da crise econômica nos EUA, que estimulou a emigração para o Brasil. Resolução: A já prevista abolição da escravatura, concretizada em 1888, demandou discussões em torno da substituição da mãode-obra, sobretudo no setor cafeeiro. A canalização de políticas públicas de incentivo à venda de trabalhadores europeus, em detrimento de políticas preocupadas com a inserção econômica dos negros, demonstra a clara intenção de branquemento da população. Dessa forma, o subsídio para custear despesas de venda e instalação dos imigrantes, o que demonstra a posterior construção de estabelecimentos como a Hospedaria do Imigrante, são aspectos constitutivos da atuação do governo Imperial em relação às necessidades forjadas pela elite cafeeira. Alternativa B 73. “Gostaria muito de ver no testamento de Adão a passagem em que ele divide o Novo Mundo entre meus irmãos, o Imperador Carlos V e o rei de Portugal.” Esta frase, proferida pelo rei francês Francisco I em 1540, reflete: a) O descontentamento da França com relação aos acordos firmados entre Portugal e Inglaterra acerca do tráfico de escravos africanos. b) A ironia do governo francês com respeito às investidas das potências européias, por ocasião da chamada partilha da África. CPV o cursinho que mais aprova na GV c) O questionamento do apoio dado pelo poder pontifício aos acordos celebrados entre as Coroas ibéricas. d) O inconformismo com o monopólio comercial estabelecido pelos portugueses com relação ao comércio de especiarias orientais. e) A aceitação da hegemonia portuguesa com respeito às chamadas viagens ultramarinas. Resolução: A frase do rei francês buca argumentos religiosos para contestar o Tratado de Tordesilhas, firmado entre Espanha e Portugal em 1494. A Igreja Católica acompanhou os desdobramentos da rivalidade lusoespanhola pela posse do Novo Mundo e manifestou-se em dois momentos importantes: na edição da Bula Intercoetera (1493) e no reconhecimento do Tratado de Tordesilhas (1494). Outras monarquias européias, como Inglaterra e França, através de expedições de exploração, questionaram essa divisão bipolar do Novo Mundo. Alternativa C 74. “... Os moradores desta Costa do Brasil todos têm terras de Sesmarias dadas e repartidas pelos Capitães da terra, e a primeira cousa que pretendem alcançar, são os escravos para lhes fazerem e grangearem suas roças e fazendas, porque sem eles não se podem sustentar na terra: e uma das cousas porque o Brasil não floresce muito mais, é pelos escravos que se levantaram e fugiram para suas terras e fogem cada dia: e se estes índios não fossem tão fugitivos e mudáveis, não tivera comparação a riqueza do Brasil.” (GANDAVO, Pero de Magalhães, Tratado da Terra do Brasil. História da Província de Santa Cruz. Belo Horizonte: Itatiaia, 1980, p. 42) Sobre o trabalho no Brasil, no período colonial, podemos afirmar: a) Era executado por portugueses pobres que podiam obter terras à vontade e assim desenvolver a economia familiar baseada na pequena propriedade. b) Foi realizado exclusivamente por negros africanos escravizados, uma vez que os índios resistiram à escravidão e fugiam para o interior da América Portuguesa. c) Desenvolveu-se o sistema de produção missionário, baseado na exploração da mão-de-obra indígena que impediu a escravização dos povos indígenas. d) Foi realizado principalmente por degredados portugueses, que eram obrigados a trabalhar em latifúndios pertencentes à Coroa portuguesa. e) Era visto como uma atividade desonrosa para os brancos e destinada, sobretudo, aos nativos e aos negros africanos escravizados. Resolução: A mentalidade ibérica sobre o trabalho estava diretamente associada a valores típicos da nobreza feudal. Assim, no universo colonial, o trabalho era visto como CPV fgv051fmaioadm Fgv - 22/05/2005 5 algo indigno e reservado aos índios (“negros da terra”) e ao africano. Vale ressaltar que a alternativa B retrata uma postura tradicional que destacaria uma espécie de conivência do negro à escravidão. Alternativa E 75. O código eleitoral de 1932 significou um avanço importante em termos de exercício da democracia no Brasil. Entre as medidas nele consagradas estavam: a) Direito de voto para maiores de 18 anos, direito de voto para os analfabetos, direito de voto para as mulheres. b) Introdução do voto secreto, direito de voto para maiores de 18 anos, direito de voto para analfabetos. c) Criação da justiça eleitoral, voto censitário, direito de voto para maiores de 18 anos. d) Voto censitário, direito de voto para analfabetos, introdução do voto secreto. e) Introdução do voto secreto, criação da justiça eleitoral, direito de voto para as mulheres. Resolução: A Revolução de 30, que levou Getúlio Vargas ao poder, também marcou a derrocada do sobrepujante domínio das oligarquias cafeeiras no Estado brasileiro. Excluída do poder político direto, a elite paulista articulou uma campanha pela constitucionalização do país. O Código Eleitoral foi criado neste contexto, com o intuito de contemplar setores da sociedade, como os tenentes, no caso do voto secreto, e as mulheres, por não se constituírem como minoria e representarem parte significante da mão-de-obra ativa. Alternativa E COMENTÁRIO DO PROVA A prova de História da primeira fase FGV Administração não fugiu do padrão das anteriores, solicitando conhecimentos consagrados pelos currículos de Ensino Médio e não apresentando dificuldades maiores para o candidato medianamente preparado. Nota-se, contudo, a ausência de temas referentes à História da América. Da mesma forma, assuntos referentes à Democracia Liberal Populista, ao período da Ditadura Militar e à História do Brasil Contemporâneo foram igualmente ignorados. DISTRIBUIÇÃO DAS QUESTÕES Contemporâneo 33,34% Idade Moderna 6,67% República Ve l h a 6,67% História Geral Idade Média 13,33% Era Vargas 13,33% História do Brasil Colônia 13,33% Império 13,33%