manual de segurança para atividades no lacer

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MANUAL DE SEGURANÇA PARA ATIVIDADES NO LACER
MANUAL DE SEGURANÇA
PARA ATIVIDADES NO LACER
SUMÁRIO:
I. INTRODUÇÃO
II. SEGURANÇA
III. PROCEDIMENTOS
LABORATÓRIO
PARA
DESCARTE
DE
RESÍDUOS
GERADOS
EM
IV. ALGUNS PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS
I - INTRODUÇÃO
As atividades a serem desenvolvidas no PROGRAMA DE SEGURANÇA devem permitir o
aprendizado e o crescimento do estudante na sua área profissional. A normalização consiste no
processo de estabelecer e aplicar regras, a fim de abordar ordenadamente uma atividade
específica, para o benefício e com a participação de todos os interessados e, em particular, de
promover a otimização da economia, levando em consideração as condições funcionais e as
exigências de segurança. Este manual deve estar a disposição dos integrantes do Laboratório de
Materiais Cerâmicos e todo novo integrante do grupo deve estar ciente das boas práticas de
segurança deste laboratório.
A chave para o sucesso é a conscientização de todos, faça a sua parte e colabore com nossa
segurança.
Objetivos deste Manual:
- utilização adequada de recursos;
- disciplina da produção;
- uniformidade do trabalho;
- melhoria do nível de capacitação do pessoal;
- segurança do pessoal e dos equipamentos.
Normativas.
1.
O local de trabalho deve ser mantido sempre em ordem.
2. Ao chefe de laboratório cabe a responsabilidade de orientar seu pessoal e exigir o
cumprimento das regras, sendo o responsável direto por abusos e falta de capacitação
profissional para utilizar os equipamentos, reagentes e infraestrutura.
3. Antes de utilizar qualquer dependência que não seja a do laboratório em que se encontra
trabalhando, o bolsista deverá pedir permissão ao responsável direto pelo mesmo.
4. Toda matéria-prima que ingressar deve ser identificada, indicando também sua
periculosidade em rótulo padronizado.
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5. Para sua segurança, procure conhecer os perigos oferecidos pelos produtos químicos
utilizados no seu trabalho. As normas de trabalho com material tóxico devem ser lidas com
atenção antes do inicio do trabalho com os mesmos.
6. Procure inteirar-se das técnicas que você utiliza seguindo o Procedimento Operacional
Padrão (POP). Ciência não é mágica. O conhecimento dos porquês pode ser muito útil na
solução de problemas técnicos.
7.
Na dúvida, pergunte.
8. Ao perceber que um aparelho está quebrado, comunique imediatamente ao responsável pelo
equipamento para que o reparo possa ser providenciado. Se apresentar risco de acidente, sinalizeo até que seja providenciado o conserto.
9. Ao perceber algo fora do lugar, coloque-o no devido lugar. A iniciativa própria para manter
a ordem é muito bem-vinda e antecipadamente agradecida.
10. Planeje bem os seus protocolos e realize os procedimentos operacionais dos mesmos.
Idealmente, antes de começar um experimento, você deve saber exatamente o que será
consumido, sobretudo no tocante ao uso de material importado.
11. Cada usuário deverá limpar e arrumar as bancadas e equipamentos após o uso.
12. E de responsabilidade do Grupo da Organização vigente:
- No final do expediente as bancadas deverão ser limpas.
- As pias deverão ser limpas no início do expediente, quando forem removidos os materiais
a serem lavados.
- Verificar se os refrigeradores e freezeres precisam ser descongelados e limpos,
semanalmente, e executar a limpeza, se necessário.
- Verificar semanalmente decantadores das pias.
13. Em caso de acidente:
a) Se for incêndio:
-
Saiba como utilizar extintor de CO2;
-
Contribua para a evacuação do local;
-
Se possível, afaste qualquer material inflamável do local;
-
Para abafar o incêndio ou envolver vítima de incêndio utilize, se possível, manta
ou cobertor de lã ou algodão.
b) O acidente deve ser comunicado, imediatamente, ao responsável pelo setor e ao chefe do
laboratório para discussão das medidas a serem adotadas.
c) Em caso de ferida, deve ser lavada com água corrente e comprimida de forma a sair
sangue (cuidado para não aumentar as dimensões da ferida deve ser tomado). Antes de
fazer curativo, passar um antiséptico.
d) Álcool iodado deve ser passado na área afetada (com exceção dos olhos, que devem ser
lavados exaustivamente com água destilada).
e) No caso de acidentes com substâncias tóxicas ou químicas, vide recomendações do item
IV deste documento ou ligue para o Centro de Informações Toxicológicas (0800780200
ou 32236110).
14. Uso obrigatório dos EPIs indicados para cada atividade.
15. Recomendação final para minimizar o risco de acidentes: não trabalhe sob tensão.
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II - SEGURANÇA
A variedade de riscos nos laboratórios é muito ampla. Resumidamente, as causas para ocorrência
de acidentes em laboratório são: instrução não adequada, supervisão insuficiente do executor
(falta de atenção ao que se está fazendo) e/ou inapta, uso incorreto de equipamentos ou materiais
de características desconhecidas, alterações emocionais, exibicionismo.
TIPOS DE RISCO
(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78)
1. Riscos de Acidentes
2. Riscos Ergonômicos
3. Riscos Físicos
4. Riscos Químicos
5. Riscos Biológicos
1. RISCOS DE ACIDENTES
Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e
possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. São exemplos de risco de acidente: as
máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico
inadequado, armazenamento inadequado, etc.
2. RISCOS ERGONÔMICOS
Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas características
psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de
risco ergonômico: o levantamento e transporte manual de peso, o ritmo excessivo de trabalho, a
monotonia, a repetitividade, a responsabilidade excessiva, a postura inadequada de trabalho, o
trabalho em turnos, etc.
3. RISCOS FÍSICOS
Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos
os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas,
radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultra-som, materiais cortantes e ponteagudos, etc.
4. RISCOS QUÍMICOS
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostas ou produtos que possam
penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas,
gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser
absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
5. RISCOS BIOLÓGICOS
Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos, vírus, entre outros.
Classificação de risco biológico:
Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em quatro classes de 1 a 4 por ordem
crescente de risco, classificados segundo os seguintes critérios:
a) Patogenicidade para o homem.
b) Virulência.
c) Modos de transmissão
d) Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes.
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e) Disponibilidade de tratamento eficaz.
f) Endemicidade.
MÉTODOS DE CONTROLE DE AGENTE DE RISCO
Os elementos básicos para contenção de agentes de risco:
A. - BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO – GLP
a)
Observância de práticas e técnicas padronizadas.
b) Conhecimento prévio dos riscos.
c)
Treinamento de segurança apropriado.
d) Manual de segurança (identificação dos riscos, especificação das práticas, procedimentos
para eliminação de riscos).
A.1. - RECOMENDAÇÕES GERAIS
- Todo novo técnico ou bolsista de graduação, bem como de pós-graduação, deve ter
treinamento e orientação específica sobre BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS e
PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA aplicados ao trabalho que irá desenvolver.
- Objetos de uso pessoal (roupas, bolsas, livros,...) devem ser guardados nos armários
individuais e são de responsabilidade de cada um.
Segurança no Laboratório
Os equipamentos de segurança listados abaixo devem estar ao alcance de todos os que
trabalham no laboratório e cada um deve certificar-se de que sabe usa-los:
-
Extintor de incêndio;
-
Respirador semifacial de filtro ou descartável contra pós e névoas;
-
Luvas de amianto, de látex, de raspa de couro e nitrílicas;
-
Protetor auricular;
-
Jalecos compridos de manga longa;
-
Óculos/máscara de proteção;
-
Perneira e casaco de raspa de couro.
Segurança Referente ao Laboratório
- Zele pela limpeza e manutenção de seu laboratório, cumprindo o programa de limpeza e
manutenção estabelecido para cada área, equipamento e superfície.
- O laboratório deve estar sempre organizado, não deixe sobre as bancadas materiais
estranhos ao trabalho, como bolsas, livro, blusa, etc. E sempre que terminar seu
experimento limpe o que sujou e guarde o que já utilizou.
- Rotule imediatamente qualquer reagente ou solução preparados e as amostras coletadas
com nome do reagente, nome da pessoa que preparou e data.
- Limpe imediatamente qualquer derramamento de reagentes (no caso de ácidos e bases
fortes, o produto deve ser neutralizado antes de proceder sua limpeza). Em caso de
dúvida sobre a toxidez, consulte seu superior antes de efetuar a remoção.
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- Ao realizar uma experiência com grau mais elevado de risco, informe a todos do
laboratório.
- Qualquer acidente deve ser imediatamente comunicado à chefia do laboratório, registrado
em formulário específico e encaminhado para acompanhamento junto a Comissão de
Segurança do Laboratório.
Segurança de Ordem Pessoal
- Trabalhe com seriedade evitando brincadeiras. Trabalhe com atenção e calma.
- Planeje sua experiência, procurando conhecer os riscos envolvidos, precauções a serem
tomadas e como descartar corretamente os resíduos.
- Usar roupas adequadas como calças compridas, sapatos fechados, jaleco e EPI’s. O jaleco
deve ser de manga comprida e abotoado.
- Nunca abrir frascos de reagentes antes de ler o rótulo e jamais testar substâncias químicas
pelo odor ou sabor.
- Conservar os cabelos presos.
- As lentes de contato sob vapores corrosivos podem causar lesões aos olhos.
- Nunca pipete com a boca, nem mesmo água destilada. Use dispositivos de pipetagem
mecânica (pêras de borracha).
- Não coma ou fume no laboratório em horário de serviço.
- Evite o hábito de levar as mãos à boca, nariz, olhos, rosto ou cabelo, no laboratório
enquanto estiver trabalhando.
- Lave as mãos sempre após a manipulação de agentes químicos, mesmo que tenha usado
luvas de proteção, bem como antes de deixar o laboratório.
Uso de Materiais de Vidro
- Use luvas de amianto e óculos de segurança sempre que:
-
Quebrar vidros para obtenção de cacos de vidro;
-
Remover tampas de vidro emperradas;
-
Remover tubos de vidro ou termômetros em rolhas de borracha ou cortiça;
-
Remover cacos de vidro (usar também pá de lixo e escova).
- Não utilize materiais de vidro quando trincados.
- Não inspecione o estado das bordas do frasco de vidro com as mãos sem fazer uma
inspeção visual.
- Tome cuidado ao aquecer recipiente de vidro com chama direta.
- Use luvas de amianto sempre que manusear peças de vidro que estejam quentes.
Uso de Chamas
- De preferência use chama na capela.
- Ao acender bico de bunsen verificar e eliminar os seguintes problemas:
- Vazamentos;
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- Dobra no tubo de gás;
- Ajuste inadequado entre o tubo de gás e suas conexões;
- Existência de inflamáveis ao redor.
- Não acenda maçaricos, bico de bunsen, etc., com válvula de gás muito aberta.
- Apague a chama imediatamente após o término do serviço.
- Certifique-se de que todos cilindros de gás estejam presos em local seguro e longe do
fogo.
Uso de Capelas
- Nunca inicie um serviço sem que o sistema de exaustão esteja operando.
- Use a capela química para manusear material volátil ou materiais que necessitem de
proteção contra contaminação.
Uso de Equipamentos Elétricos
- Nunca ligue equipamentos elétricos sem antes verificar a voltagem correta.
- Só opere equipamentos quando:
- Fios, tomadas, plugues estiverem em perfeitas condições;
- O fio terra estiver ligado.
- Não opere equipamentos elétricos sobre superfícies úmidas.
- Verifique periodicamente a temperatura do conjunto de plugue-tomada; caso esteja fora
do normal, desligue o equipamento e comunique ao responsável pelo equipamento.
- Não use equipamentos elétricos que não tiverem identificação de voltagem.
- Não confie completamente no controle automático de equipamentos elétricos, inspecioneos quando em operação.
- Remova frascos de inflamáveis das proximidades do local onde irá usar equipamento
elétrico.
- Combata o fogo em equipamentos elétricos somente com extintor de CO2.
- Enxugue qualquer líquido derramado no chão antes de operar com equipamentos
elétricos.
Uso de Estufas e Fornos
-
Não tente remover material na estufa/forno sem utilizar:
-
Protetor facial;
-
Luvas de amianto;
-
Avental de couro/raspa de couro, se necessário.
-
Não evapore líquidos, nem queime óleos em estufas.
-
Empregue para calcinação somente cadinhos ou cápsulas de materiais resistentes a altas
temperaturas.
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-
Não coloque peneiras nas estufas. A solda da malha metálica possui um ponto de fusão
muito baixo e amolece em temperaturas próximas a 100C
-
Não coloque materiais plásticos nas estufas, mesmo que por breves instantes.
-
Atenção ao descartar diretamente no lixo materiais quentes removidos das estufas/fornos.
Uso de Ar Comprimido
- Utilize SEMPRE protetor auricular. E protetor para os olhos, no caso de soltar partículas.
- Não utilize ar comprimido para limpar a roupa e a pele.
Outros equipamentos
Vide POP do equipamento.
B. - BARREIRAS
B.1. - BARREIRAS PRIMÁRIAS
B.1.1. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
Dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde a integridade física do trabalhador.
Dentre os principais EPIs oferecidos pelo laboratório, citam-se:
LUVAS
a)
Usar luvas de látex SEMPRE que trabalhar com produtos químicos ou material particulado.
b) Lavar instrumentos, roupas, superfícies de trabalho SEMPRE usando luvas.
c)
Usar luvas de AMIANTO para remoção de material do forno, bem como seu manuseio.
d) Luvas NITRILICAS para manuseio de solventes e tintas.
JALECO
a)
São de uso constante nos laboratórios e constituem uma proteção para o profissional.
b) Devem sempre ser de mangas longas, confeccionados em algodão ou fibra sintética (não
inflamável).
c) O uso de jaleco é PERMITIDO somente nas ÁREAS DE TRABALHO. NUNCA EM
REFEITÓRIOS, BIBLIOTECAS, ÔNIBUS, ETC.
d) Cada integrante do laboratório e responsável por seu jaleco (manutenção e limpeza).
OUTROS
O Laboratório de Materiais Cerâmicos oferece também para seus integrantes os EPIs descritos
abaixo. Utilize-os!
a)
Óculos de proteção e protetor facial (protege contra salpicos, borrifos, gotas, impacto).
b) Respirador semifacial (descartável ou com filtro) para poeiras e névoas.
c) Proteção individual para solda composta por avental (ou casaco), perneiras (protege pernas e
calcado) e luvas cano longo em raspa de couro.
d) Dispositivos de pipetagem (borracha peras).
B.1.2. - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)
São equipamentos que possibilitam a proteção do pessoal do laboratório, do meio ambiente e da
pesquisa desenvolvida. O laboratório de Materiais Cerâmicos oferece os seguintes EPCs:
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CAPELA QUÍMICA
Cabine construída de forma aerodinâmica cujo fluxo de ar ambiental não causa turbulências e
correntes, assim reduzindo o perigo de inalação e contaminação do operador e ambiente.
VASO DE AREIA
Ou balde de areia é utilizado sobre derramamento de álcalis para neutralizá-lo.
EXTINTOR DE INCÊNDIO DE CO2 EM PÓ
Utiliza o CO2 em pó como base. A força de seu jato é capaz de disseminar os materiais
incendiados. É usado em líquidos e gases inflamáveis, fogo de origem elétrica. Não usar em
metais alcalinos e papel.
EXAUSTOR
Serve para captar material particulado e gases.
B.2. - BARREIRAS
LABORATÓRIO
SECUNDÁRIAS
–
DESENHO
E
ORGANIZAÇÃO
DO
O desenho e instalações são importantes no provimento de uma barreira para proteger o pessoal
que trabalha internamente, a comunidade e o meio ambiente, contra agentes de risco físicos e
químicos que podem ser liberados acidentalmente pelo laboratório.
O desenho da planta física de um Laboratório deverá atender aos requisitos técnicos adequados
ao desenvolvimento das atividades a serem realizadas, de forma a garantir a segurança do fluxo
de equipamentos, pessoal, insumos, amostras e outros elementos necessários ao trabalho.
A localização dos equipamentos nos locais de trabalho deverá ser realizada levando-se em conta
os deslocamentos necessários para um trabalho analítico efetivo e a separação daquelas
atividades que não podem ser realizadas uma com as outras. O espaço deve ser suficiente para
que as equipes possam realizar seu trabalho conforme normas de segurança.
A planta física deverá considerar os fluxos, a distribuição de portas, iluminação e ventilação
adequadas, mobiliário específico para cada atividade, em conformidade com as exigências de
segurança, de forma a permitir o manejo de substâncias perigosas, bem como prever a
evacuação do pessoal, quando necessário.
As unidades laboratoriais devem possuir sinalização de risco que permita identificar a natureza
do perigo, o responsável pelo laboratório em caso de emergência, bem como as condições de
permissibilidade de acesso àquelas áreas. Ao planejarmos desenvolver atividades laboratoriais
devemos atentar para os itens abaixo, a fim de possibilitar o estabelecimento seguro do trabalho,
são eles:
a) Dimensionamento da área de trabalho X atividade (laboratório, área de estudo, recepção de
amostras, etc.)
b) Volume e qualidade do trabalho
c)
Quantidade de equipamento
d) Número de funcionários por m2.
e)
Otimização da localização de equipamentos, em função do fluxo de trabalho.
f)
Compatibilidade das tarefas desenvolvidas em áreas vizinhas.
g) Facilidade de acesso.
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C. ALGUNS PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS
Alguns cuidados:

Ácido Nítrico
- pode causar intoxicação por gases nitrosos;
- líquido derramado pode causar fogo ou liberar gases perigosos.

Ácido perclórico
- contato com outro material pode causar fogo ou explosão, especialmente quando aquecido;
- armazenar separadamente e evitar contato com agentes desidratantes e outros materiais;
- manter longe de calor;
- em caso de derrame, lavar com muita água e remover os materiais contaminados.

Ácido sulfúrico
- impedir a penetração de água no recipiente devido a reação violenta.

Ácido sulfúrico e nítrico (mistura)
- pode causar intoxicação por gases nitrosos;
- líquido derramado pode causar fogo ou liberar gases perigosos.

Ácido acético
- o ácido acético glacial a 16,7 C, formando blocos duros que podem quebrar garrafões quando
movimentados;
- armazenar em áreas com temperaturas acima de 16,7C;
- quando congelado descongelar levando o garrafão cuidadosamente para área quente.

Ácido clorídrico anidro
- gás extremamente irritante;
- líquido e gás sob pressão;
- refluxo para dentro do cilindro pode causar explosão, em nenhuma circunstância deverá o tubo
de alimentação do cilindro ser posto em contato com um líquido ou gás, sem uma válvula a
vácuo ou dispositivo de proteção no tubo, para impedir o refluxo.

Amônia, anidro
- gás extremamente irritante;
- líquido e gás sob pressão;

Amônia, solução aquosa;
- vapor extremamente irritante;
- retirar cuidadosamente a vedação antes de abrir.

Brometo de metila
- inalação pode ser fatal ou causar lesão retardada nos pulmões;
- líquido ou vapor causa queimaduras que podem ter efeito retardado;
- líquido e gás sob pressão;
- líquido e gás extremamente perigoso sob pressão.

Cianeto de cálcio
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- libera gás venenoso;
- manter o recipiente hermeticamente fechado e afastado de água e ácidos;
- limpar imediatamente o líquido derramado.

Cianetos inorgânicos (exceto ácido hidrociânico e cianeto de cálcio)
- contato com ácido libera gás venenoso;
- armazenar em local seco;

Cloreto de mercúrio (dicloreto de mercúrio)
- usar roupas limpas diariamente;
- tomar banho quente após o trabalho, utilizando bastante sabão.

Cloro
- líquido e gás sob pressão;
- não aquecer os cilindros.

Dicromato de amônia, de potássio e de sódio
- evitar respirar poeira ou névoa da solução;
- usar roupas limpas diariamente;
- tomar banho quente após o trabalho, utilizando bastante sabão.

Éter etílico, éter butílico (normal);
- pode causar lesão nos olhos (os efeitos podem ser retardados);
- pode formar peróxidos explosivos;
- evitar repetida e prolongada do vapor;
- não deixar evaporar até o ponto de secagem, adição de água ou agentes redutores apropriados
pode reduzir a formação de peróxido;
- evitar contato repetido ou prolongado com a pele.

Fenol
- rapidamente absorvido pela pele.

Hidróxido de amônia
- vapor extremamente irritante;
- retirar cuidadosamente a vedação antes de abrir.

Hidróxido de potássio, de sódio
- na preparação de soluções, adicionar os compostos lentamente, para evitar respingos;
- usar proteção ocular ou facial, luvas de borrachas e roupas de proteção, ao manusear o produto;
- lavar a área com jatos de água.

Metano
- pode ser fatal ou causar cegueira se ingerido;
- impossível de se tornar inócuo.

Peróxido de hidrogênio
– causa graves queimaduras;
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- os efeitos nos olhos podem ser retardados;
- oxidante poderoso;
- usar proteção ocular ou facial, luvas de neoprene, borracha butílica ou senil, sapatos ou botas
de neoprene e roupas limpas para a proteção externa;
- impedir contaminação oriunda de qualquer fonte, incluindo metais, poeiras e materiais
orgânicos, tal contaminação pode causar rápida decomposição, formação de misturas explosivas,
ou criação de alta pressão;
- respingos do líquido em roupas ou materiais combustíveis podem causar fogo;
- não colocar nada mais nesse recipiente;
- armazenar o recipiente original em local ventilado.
C.1. PRODUTOS QUÍMICOS INCOMPATÍVEIS
Estes produtos não devem ser armazenados com cuidados especiais e seu contato evitado.
Produto
Incompatibilidade
1- Acetileno
Cloro, bromo, flúor, prata e mercúrio.
2- Acetona
Incompatível com ácidos halogenados, bases fortes,
fortes agentes oxidantes, aminas e amônia, cloro e
componentes clorados, ácidos fortes e componentes
com radical nitroso
3- Ácido acético
Óxido de cromo IV, ácido nítrico, ácido perclórico,
peróxidos e permanganatos.
4- Ácido Clorídrico
Com os metais mais comuns, aminas, óxidos
metálicos, anidrido acético, acetato de vinil, sulfato
de mercúrio, fosfato de cálcio, formaldeído,
carbonatos, bases fortes, ácido sulfúrico, ácido
clorossulfúrico.
5- Ácido nítrico concentrado
Ácido acético, anilina, óxido de cromo IV, cianeto,
hidrogênio, carbono sulfato, líquidos e gases
combustíveis.
6- Ácido oxálico
Prata e sais de mercúrio.
7- Ácido perclórico
Anidrido acético, bismuto e ligas de bismuto,
álcoois, papel e madeira.
8- Ácido sulfúrico
Clorato de potássio, , permanganato de potássio e
perclorato de potássio.
9- Álcool amílico, etílico e metílico
Ácido clorídrico, ácido fluorídrico, ácido fosfórico.
10- Alumínio, compostos de
Água.
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Produto
Incompatibilidade
11- Amoníaco, gás de lab.
Cloro, mercúrio, hipoclorito de cálcio, iodo, bromo,
fluoreto de hidrogênio.
12- Amônio, hidróxido de
Ácidos fortes, metais alcalinos, fortes agentes
oxidantes, bromo, cloro, alumínio, cobre, bronze,
latão, mercúrio, dimetil sulfato.
13- Amônio, nitrato de
Ácidos, metais em pó, líquidos combustíveis,
enxofre, substâncias orgânicas.
14- Amônio, oxalato de
Ácidos fortes.
15- Anidrido acético
Idem ao álcool amílico, etílico e metílico, além da
soda cáustica, potassa cáustica, aminas.
16- Anilina
Ácido nítrico, peróxido de hidrogênio.
17- Bário, Sulfato de
Alumínio e fósforo.
18- Bromo
Vide cloro.
19- Carbono ativo (= carvão ativado)
Hipoclorito de cálcio e oxidantes.
20- Cianetos
Ácidos.
21- Cloratos
Sais de amônia, ácidos, metais em pó, enxofre,
substâncias orgânicas.
22- Cloro
Amoníaco, acetileno, butadieno, butano, metano,
propano, hidrogênio, benzina de petróleo, benzeno,
metais em pó.
23- Cobre
Acetileno, peróxido de hidrogênio.
24- Cromo (VI), óxido de
Ácido acético, naftaleno, glicerina, benzina de
petróleo, álcoois, líquidos combustíveis.
25- Cumol, hidroperóxido de
Ácidos, orgânicos e inorgânicos.
26- Éter etílico
Ácido clorídrico, ácido fluorídrico, ácido sulfúrico,
ácido fosfórico, butadieno, isopreno, acetato de
vinila, estireno, viniltolueno.
27- Fenol
Soda cáustica, potassa cáustica,
halogenados, aldeídos, monômeros
polimerizáveis.
28- Fenolftaleína
Álcalis e fortes agentes oxidantes.
compostos
e ésteres
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Produto
Incompatibilidade
29- Ferrocianeto de potássio
Ácidos fortes.
30- Flúor
Armazenar separadamente.
31- Formaldeído
Ácidos inorgânicos.
32- Fósforo
Enxofre, compostos que contenham oxigênio.
33Hidrocarbonetos
propano, benzeno, etc.)
(butano, Flúor, cloro, bromo, óxido de cromo IV, peróxido de
sódio.
34- Hidrogênio, fluoreto de
Amoníaco, gás de lab. em solução.
35- Hidrogênio, peróxido de
Cobre, cromo, ferro, metais e sais metálicos, álcoois,
acetona, substâncias orgânicas, anilina, nitrometano e
substâncias inflamáveis (sólidas ou líquidas).
36- Hidrogênio, sulfeto de
Ácido nítrico fumegante, gazes oxidantes.
37- Iodo
Acetileno, amoníaco, gás de lab. em solução.
38- Líquidos inflamáveis
Óxido de cromo IV, nitrato de amonia, peroxido de
hidrogênio, ácido nítrico, peróxido de sódio,
halogênios.
39- Mercúrio
Acetileno, amoníaco.
40- Metais alcalinos
Água, tetracloreto de carbono e outros alcanos
halogenados, dióxido de carbono, halogênios.
41- Potássio
Vide item 27.
42- Potássio, clorato de
Vide item 15.
43- Potássio, dicromato de
Materiais combustíveis, materiais
magnésio e fortes agentes redutores.
44- Potássio, hidróxido de
Água, ácidos fortes, materiais orgânicos, zinco e
alumínio.
45- Potássio, iodeto de
Fortes agentes oxidantes, tricloreto e trifluoreto e
bromo, e sais metálicos.
46- Potássio, nitrato de
Materiais orgânicos, materiais combustíveis e fortes
agentes oxidantes.
47- Potássio, perclorato de
Vide item 15.
48- Potássio, permanganato de
Glicerina,
etileno
glicol,
orgânicos,
benzaldeído,
ácido
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sulfúrico.
49- Sódio
Vide item 27.
50- Sódio, peróxido
Metanol, etanol, ác. acético, anidrido acético,
benzaldeído, glicerina, etilenoglicol, acetato de etila,
acetato de metila, furfural.
C.2. ANTÍDOTOS PARA APLICAÇÃO ANTES DO SOCORRO MÉDICO
SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS CORROSIVAS
-
Se ingerido, não provocar vômito;
-
Dar grandes quantidades de água;
-
Dar, pelo menos, 30g de leite de magnésio ou hidróxido de alumínio gel, com
igual quantidade de água.
SUBSTÂNCIAS ALCALINAS CORROSIVAS
-
Não provocar vômito;
-
Dar grandes quantidades de água;
-
Dar, pelo menos, 30g de vinagre em igual quantidade de água;
-
Nunca dar nada via oral a uma pessoa inconsciente.
CIANETOS E COMPOSTOS SIMILARES
-
Quebrar uma ampola de nitrito de anila num pedaço de pano, mantendo-o logo
abaixo do nariz durante 15 minutos (repetir 5 vezes em intervalos de quinze
minutos).
ÁCIDO FLUORÍDRICO, ANIDRO E AQUOSO
-
Ter sempre a mão pasta de magnésio (óxido de magnésio e glicerina) e caso
demore o atendimento médico aplique-a;
-
Lavar imediatamente o local com grandes quantidades de água fria até remover o
ácido;
-
Em caso de contato com os olhos, lavá-los imediatamente com água fria por 15 ou
30 minutos.
III - PROCEDIMENTOS PARA DESCARTE DOS RESÍDUOS GERADOS EM
LABORATÓRIO
RESÍDUOS PERFUROCORTANTES
São compostos por agulhas, ampolas, pipetas, lâminas de estilete, lâminas de barbear e qualquer
vidraria quebrada ou que se quebre facilmente (trincada).
RESÍDUOS QUÍMICOS
Os resíduos químicos apresentam riscos potenciais de acidentes inerentes às suas propriedades
específicas. São compostos por resíduos orgânicos ou inorgânicos tóxicos, corrosivos,
inflamáveis, explosivos, etc.
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MANUAL DE SEGURANÇA PARA ATIVIDADES NO LACER
No armazenamento de resíduos químicos devem ser considerados a compatibilidade dos
produtos envolvidos, a natureza do mesmo e o volume.
PROCEDIMENTOS GERAIS DE DESCARTE
Abaixo seguem algumas categorias de resíduos específicas que urgem procedimentos e formas
adequadas de descarte.
RESIDUOS PERFUROCORTANTES:
Envoltos por jornal e saco plástico.
PRODUTOS QUIMICOS:
a) Resíduos inorgânicos tóxicos e suas soluções aquosas – Sais inorgânicos de metais tóxicos e
suas soluções aquosas devem ser previamente diluídos a níveis de concentração que permitam o
descarte direto na pia em água corrente.
Concentrações máximas permitidas ao descarte direto na pia para cada metal:
Cádmio - no máximo 1 mg/l
Chumbo - no máximo 10 mg/l
Zinco - no máximo 5 mg/l
Cobre - no máximo 5 mg/l
Cromo - no máximo 10 mg/l
Prata - no máximo 1 mg/l
b) Resíduos inorgânicos ácidos e suas soluções aquosas – Diluir com água, neutralizar com
bases diluídas e, descartar na pia em água corrente.
c) Resíduos inorgânicos básicos e suas soluções aquosas – Diluir com água, neutralizar com
ácidos diluídos e, descartar na pia em água corrente.
d) Resíduos inorgânicos neutros e suas soluções aquosas – Diluir com água e, descartar na pia
em água corrente.
e)
Resíduos inorgânicos insolúveis em água:

Com risco de contaminação ao meio ambiente – armazenar em frascos etiquetados e de
conteúdo similar, para posterior recolhimento.

Sem risco de contaminação ao meio ambiente – coletar em saco plástico e descartar
como lixo comum.
f) Resíduos orgânicos e suas soluções aquosas tóxicas – coletar em frascos etiquetados e de
conteúdo similar para posterior recolhimento.
g) Resíduos orgânicos ácidos e suas soluções aquosas – diluir com água, neutralizar com
ácidos diluídos e, descartar na pia em água corrente.
h) Resíduos orgânicos básicos e suas soluções aquosas – diluir com água, neutralizar com
ácidos diluídos e, descartar na pia em água corrente.
i) Resíduos orgânicos neutros e suas soluções aquosas – diluir com água e, descartar na pia em
água corrente.
j)
Resíduos orgânicos sólidos insolúveis em água:

Com risco de contaminação ao meio ambiente – armazenar em frascos etiquetados e
de conteúdo similar para posterior recolhimento.
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
l)
Sem risco de contaminação ao meio ambiente – coletar em sacos plásticos e,
descartar em lixo comum.
Resíduos de solventes orgânicos:

Solventes halogenados puros ou em mistura – armazenar em frascos etiquetados e de
conteúdo similar para posterior recolhimento.

Solventes isentos de halogenados, puros ou em mistura – coletar em frascos
etiquetados e de conteúdo similar, para posterior incineração.

Solventes isentos de toxicidade, puros ou em solução aquosa utilizados em grande
volume – coletar em frascos etiquetados e de conteúdo similar para posterior
recuperação.

Solventes que formam peróxidos e suas misturas – coletar em frascos, adicionar
substâncias que impeçam a formação de peróxidos, etiquetar, para posterior
incineração.
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