Marketing de Moda Diferenças no Marketing de Moda 1 Cadeia Produtiva Têxtil e de Confecção 1 Calendário de Moda 5 Produto e Marca em Moda 6 Marketing Mix Na Internet: http://sergiogarrido.tripod.com/espmmoda Introdução 12 Produto 14 Preço 21 Ponto de Venda 24 Promoção 28 1 Módul o Diferenças no Marketing de Moda Cadeia Produtiva Têxtil e de Confecção Cadeia produtiva é o conjunto de atividades que se articulam desde os insumos básicos até o consumidor final do produto, incluindo o processamento da matéria-prima e sua transformação, a distribuição e comercialização do produto final, constituindo os elos de uma corrente ou cadeia. Cabe às cadeias produtivas suprir o consumidor final de produtos em quantidade e qualidade compatíveis com suas necessidades e a preços competitivos. A Cadeia Produtiva Têxtil e de Confecção engloba todas as etapas nececessárias para que as matérias-primas da natureza (algodão, linho, petróleo, celulose, etc.) sejam transformadas em meios de expressão do consumidor final (roupas com as quais o indivíduo expressa seus sentimentos e posição no mundo). Da natureza ao consumidor final, o negócio de Moda envolve uma série de empresas e atividades. Ao usar uma roupa, o consumidor está finalizando uma cadeia que envolve uma das mais dinâmicas atividades da economia. Para facilitar a visualização de todos os processos produtivos relacionados à cadeia e direcionar as políticas públicas e os investimentos privados, consideram-se os seguintes elos: fibras e fiação, tecelagem, confecção (artigos do vestuário e outros confeccionados) e varejo. Cadeia Têxtil e de Confecção 2 Fiação e fibras O primeiro elo da cadeia engloba a produção de insumos utilizados na fabricação de têxteis e confeccionados. O elo de fibras naturais inclui todos os processos e atividades (agropecuária e mineração) envolvidos na produção da fibra, representada, no Brasil, principalmente pelo algodão. Crescentes investimentos em pesquisa, tecnologia, análises de custos e prospecção de mercados têm revolucionado a produção, não somente em termos quantitativos como qualitativos. O elo das fibras manufaturadas ou químicas subdivide-se em fibras artificiais e sintéticas e surgem como uma nova opção de matéria-prima a ser utilizada pela indústria têxtil. Os produtos compostos majoritariamente de fibras químicas são a lingerie, moda esportiva e moda praia, sendo que a mistura de fibras manufaturadas e naturais tem adicionado aos tecidos melhor resistência, durabilidade, facilidade de tratamento e apresentação. Esse elo é intensivo em capital e matéria-prima, exigindo das empresas investimentos freqüentes em pesquisa e modernização para competir internacionalmente. Tecelagem O segundo elo da cadeia, tecelagem, é composto pela produção de fios, tecelagem e malharia. Os elos de fiação (fios fiados com fibras) e tecelagem (tecidos planos) caracterizam-se mundialmente por um processo de concentração, com empresas comumente integradas em fiação-tecelagem ou, ainda, em fiação-tecelagem-acabamento. Atualmente, as empresas têm de se adequar ao produto que o consumidor queira comprar e não ao que elas queiram vender, o que significa que sempre existe um tipo de tecido do momento, que exige tipos especiais de fios provenientes de combinações de fibras. O elo de malharia corresponde à produção de tecidos de malha. Representa um segmento com menores dificuldades para a modernização tecnológica e entrada de novas firmas, vis-à-vis o elo de tecelagem, devido, comparativamente, ao baixo volume de recursos necessários para se implantar uma malharia moderna e à ocorrência de maior grau de integração da indústria de malharia com a confecção. Confecção O elo seguinte da cadeia é o elo de confecção, representado pela indústria de transformação. Esse elo é intensivo em mão-de-obra e engloba a fabricação das roupas e acessórios de vestuário vestuário, roupas de cama, mesa e banho, peças de uso específicas como fraldas e embalagens. Caracteriza-se por uma grande heterogeneidade dos ramos e elevado grau de atomicidade das firmas, particularmente aquelas nos ramos do vestuário. Constitui o elo que agrega mais valor, porém, sua competitividade depende de todas as etapas anteriores. Varejo Ponta da cadeia, que interage diretamente como consumidor. Altamente pulverizado e fragmentado no Brasil. Quem observa o perfil do varejo de moda nos principais shoppings de grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, pode ficar com a falsa impressão de que as tradicionais lojas multimarcas são coisa do passado. Os espaços são dominados por franquias e lojas licenciadas. Até mesmo os grandes magazines, como Renner e C&A, investem em coleções com marcas exclusivas para suas redes. Nesses centros, as multimarcas acabam se restringindo ao mercado de luxo, reunindo peças de estilistas badalados. Mas é só colocar o pé na rua para se deparar com uma profusão de pequenas e médias lojas de confecção com as mais variadas marcas de roupas Gestão da Cadeia de Produtiva O conceito de Cadeia de Suprimento (ou Cadeia Produtiva) envolve basicamente os fluxos de materiais e de informações em uma rede de clientes, fornecedores, fabricantes e distribuidores. A Gestão Integrada de Cadeia de Suprimento, segundo definição do MIT (Massachussets Institute of Technology é “enfoque integrado e orientado a processo para obter, produzir e entregar produtos e serviços para clientes. Tem um amplo escopo, que inclui insumos, fornecedores, operações internas, atacadistas, varejistas e usuários finais. Cobre a gestão de fluxos de materiais, informação e fundos” 3 . O fluxo de materiais inclui tanto a movimentação física de produtos de fornecedores para clientes quanto o caminho inverso, de devoluções, serviços, reciclagem e deposição. O fluxo de informações envolve a transmissão de pedidos e posição de entregas. Um dos diferenciais da Cadeia Têxtil e de Confecção é a grande organização e integração do fluxo de informações, que liga todas as operações minimizando os riscos do processo. Não só pedidos trafegam nesse fluxo, mas informações de tendências (tecidos, cores e detalhes) que fazem com que todos os elos trabalhem na mesma direção para atender ao consumidor. Para essa integração, o Calendário Unificado para a Cadeia Produtiva (Calendário de Moda) é fundamental. Dados da CTC no Brasil 4 Brasil: Destaques da Cadeia Têxtil e de Confecção o o o o o o o o o o o o o o o Maior empregador do Brasil (1,65 milhão de pessoas) à frente das indústrias metalúrgicas, químicas e de calçados. Incluindo a área de varejo, são mais de 2 milhões de pessoas, a maioria de mulheres. Tamanho da Indústria (2005) - US$ 32 bilhões 4,1% do PIB brasileiro (Setor Têxtil e de Vestuário) 6º maior produtor têxtil e de confecção mundial Auto-suficiência no algodão Produção de 7,2 bilhões de peças de vestuário/ano 2° maior produtor mundial de índigo 3° maior produtor mundial de malha 5° maior produtor mundial de confecção 7° maior produtor mundial de fios e filamentos 8° maior produtor mundial de tecidos Produção brasileira voltada para o mercado interno Comércio Mundial de Têxteis e Vestuário 2005 US$400 bilhões (total importações mais exportações) Líder de exportação de vestuário 2004 China (25%) Exportação Brasileira em 2004 US$ 2 bilhões (participação no comércio mundial de 0,13% em vestuário e 0,85% em têxteis) Necessidades do Brasil : Aumentar a participação no mercado global do setor; Cursos para qualificar mão-de-obra e profissionais para enfrentar a acirrada competição mundial; Aumentar a pequena participação brasileira no comércio mundial no setor Calendário de Moda Para que o fluxo de informações da Cadeia Têxtil e de Confecção funcione de forma a maximizar os resultados de todos os seus participantes, um dos principais instrumentos necessários é um calendário rígido de lançamentos para cada um dos momentos do processo da moda e para cada um dos componentes da cadeia. Desde a pioneira Fenit, que apresentava shows da Rhodia, ao São Paulo Fashion Week (ex-Morumbi Fashion) passando pelo Phitoervas Fashion, entre outros, pode ser contada toda a trajetória dos eventos da indústria têxtil brasileira, como iniciativas de formatar um calendário para auxiliar a cadeia têxtil. No início do século XX a moda no Brasil era uma cópia dos padrões estrangeiros, com seu auge nas requintadas casas de moda paulistana, como o Mundo Elegante e o Mappin Stores. 5 Os eventos de moda apareceram na década de 30, quando Madame Rosita introduziu no Brasil os desfiles para apresentação de suas coleções, ainda motivadas pelo design europeu. Com a Segunda Guerra Mundial, as importações de tecidos e produtos escassearam e o País começa a investir em uma indústria têxtil e de confecção próprias. É então que a capital paulista torna-se um centro têxtil por excelência. Nos anos 50, com o pós-guerra, a europeização da moda cede terreno para a americanização. É no final dessa década, mais precisamente em 15 de agosto de 1958, que Caio de Alcântara Machado inaugurou a primeira Fenit – Feira Nacional da Indústria Têxtil, e, com ela, muito mais que um evento de moda: a feira profissional no Brasil. Foi um marco que colocou São Paulo no circuito da indústria têxtil e, por conseqüência, no mapa da moda mundial. Aberta ao público e a profissionais, a primeira edição teve 15 dias de duração, reuniu 97 expositores no extinto Pavilhão Internacional do Parque Ibirapuera, onde apresentava as tendências mundiais da moda. Foi com Lívio Rangan, publicitário que revolucionou o marketing da moda no Brasil, que pela primeira vez se falou em moda brasileira. Usando a Fenit como plataforma, Lívio criou um novo mercado publicitário – o da moda –, iniciando com a montagem de shows milionários que ficaram conhecidos como os "shows da Rhodia", e tornando possível o nascimento de uma imprensa especializada, com revistas como Cláudia e Manequim (Editora Abril). Não que antes não houvesse outras revistas ligadas a moda. São Paulo tinha, desde 1914, a Revista Feminina, talvez a pioneira do País, logo seguida por outras publicações como as revistas Rainha da Moda e Mundo Elegante. Mas as pioneiras ainda não mostravam uma moda nacional. Com Rangan, a Fenit, além de trazer ao País nomes internacionais da alta-costura, passou a investir na moda genuinamente nacional. Costureiros como Dener, Francisco José, Guilherme Guimarães, Clodovil e muitos outros despontaram no mundo da altacostura brasileira, com a criação do Brazilian Look e do prêt-à-porter nacional. Para Vivi Haydu, atual diretora da Fenit, “este evento foi um marco importante para a indústria têxtil brasileira, que pôde mostrar sua força e criatividade para um mercado que, até aquele momento, consumia produtos internacionais”. A década de 70 foi de mudanças para a Fenit. Em 1971 passou a ser realizada no Parque Anhembi, com duração de nove dias, mudando do mês de agosto para junho e limitando o ingresso aos profissionais da área. Foi um importante passo para a profissionalização do setor e estruturação da cadeia têxtil. Em 72, 50% do espaço da Fenit já é ocupado pela moda masculina. Dois anos depois, passa a ser bianual, como as feiras européias, apresentando coleções outono-inverno e primavera-verão. E ultrapassa a marca dos mil expositores e dos 120 mil compradores. Nascem os primeiros filhotes do evento: a Fenatec – Feira Nacional da Tecelagem, o Salão de Moda Infanto-Juvenil e Bebê e o Surf Index Verão. Com a estréia de Vivi Haydu na direção da 45ª Fenit, que aconteceu em 1997, a feira reduz seu caráter institucional e adquire feições mercadológicas, tornando-se uma plataforma de lançamentos em busca de maior rentabilidade. 6 Segundo Vivi Haydu, “os eventos do cenário da moda são de suma importância, pois neles acontecem os lançamentos das próximas estações, centralizando o mercado têxtil brasileiro em momentos únicos, gerando negócios e criando maior visibilidade em nível nacional e internacional”. Produto e Marca em Moda Moda é mídia Moda não é só vestuário. Temos que apostar em duas linhas para obter sucesso nesta área: no design sob a ótica da gestão de negócios da moda e no marketing. É necessário ter em mente que o marketing deve estar integrado à empresa e, não somente restrito às vendas, à área de comunicação e promoção. A moda é uma mídia que gera uma sofisticação estética, um valor agregado que nenhum outro mercado tem. Na moderna visão da comunicação integrada de marketing a moda é uma das arenas em que essa comunicação funciona, ao lado dos eventos, do esporte, do marketing direto e da propaganda. Mercados mais profissionalizados, já perceberam isso e, em grande parte são alavancados pela moda, como empresas de automóveis, beleza, celulares (que normalmente estão presentes em eventos de moda como o São Paulo Fashion Week É um dos mercados mais sintonizados com o comportamento e tendências dos consumidores. Mas apesar do Brasil ser aberto a novidades, falta foco e suporte na área de gestão, inclusive do governo, política, entre outros. Citröen C3, lançado em uma edição da São Paulo Fashion Week Normalmente os grandes varejistas de moda, tais como C&A, Pernambucanas, Renner, estão mais estruturados nas suas atividades de marketing, tanto pela política profissional como pelas estratégias que vêm desenvolvendo no mercado, como as campanhas e nomes ligados a estilistas famosos. Qual o segredo do sucesso de uma marca? A base de tudo é o relacionamento do consumidor com a marca, antes do que com o produto em si, pois com a velocidade com que a moda anda, um mesmo produto visto em um desfile internacional hoje, pode estar amanhã nas vitrines de qualquer loja do Brás, Bom Retiro (áreas de comércio popular) ou Oscar Freire e Shopping Iguatemi, em São Paulo (áreas de comércio sofisticado). 7 Pode ser comprado em vários lugares, sejam eles caros ou baratos. Não adianta prender-se somente ao produto, mas ir além. Dificilmente se consegue esta diferenciação em relação ao que se vende porque é um bem de consumo cada vez mais perecível e copiado. Rua Oscar Freire, em São Paulo O consumidor deve se sentir atraído pelo "intangível", que são os benefícios que a loja pode proporcionar e, não somente pelo produto. As coisas deveriam acontecer de fora da empresa para dentro. Hoje em dia, não adianta apenas desenvolver o produto dentro das expectativas de mercado. O produto somente pelo produto, não prende mais ninguém. O mercado está passando por uma forte transição, onde devemos repensar nossos caminhos. Eu também não acredito em um sucesso de moda sem o relacionamento com os diferentes públicos que a marca tem, principalmente as assessorias e a imprensa, que é um público refinado e coloca o nome da empresa no mercado. É onde tudo começa. É preciso ainda estreitar o relacionamento entre distribuidores, compradores e varejistas. Um bom exemplo é a Zara, cadeia da Espanha com lojas no mundo todo. Podemos falar que a Zara é um referenciado exemplo do negócio fast fashion, com alto giro de produtos, logística, pulverização e um equilíbrio muito forte entre o produto, a entrega, o mix e a disposição dentro da loja, além do rápido relacionamento entre os funcionários e gerentes de cada unidade com as centrais de vendas. Os gerentes sabem exatamente o que devem pedir para seus consumidores e a reposição acontece em torno de dois dias e meio. É o sucesso de toda uma cadeia de produção, entrega e colocação no ponto-devenda. E como em média, a cada dois dias chegam novos produtos, o consumidor é instigado a comprar, pela oportunidade do momento e a rápida atualização com uma moda up-to-date, antecipando as tendências antes de outras lojas. 8 Primeiramente deve-se construir a identidade da marca, definir bem o público. Há Como definir a atualmente problemas no foco. imagem que Qual é o diferencial? Qual o Público-alvo? será passada ao Poucas marcas sabem responder a essas perguntas com segurança e embasadas em consumidor? pesquisas de mercado. É importante ter controle do que se pretende prometer ao consumidor. No varejo, existe uma promessa de marca, mas até chegar na prateleira, essa essência se perde. Isso acontece porque não houve uma preocupação de integração geral, com uma melhor gestão de pessoas. Do criador ao produto final, deve haver interação - dentro dos elos da cadeia têxtil e de confecção e entre esses elos. Na construção da marca é importante ter identidade (o que a marca é) e somente depois firmar a imagem, que é a percepção do consumidor em relação à marca. Casos As marcas têm que de estar sempre em sintonia com os sucesso consumidores, trabalhando sua imagem perante eles, mas sem perder sua identidade. Esse é um dos maiores desafios coleção a coleção para uma marca de moda: equilibrar renovação e permanência. Tem apenas 3 lojas exclusivas e é vendida em aproximadamente 900 multimarcas, para onde seus produtos são levados por um caminhão com toda identidade da empresa, chamando a atenção por onde passa, inclusive em eventos de moda. É um showroom ambulante, no qual também é feito treinamento para vendedores, reunião entre lojistas. É um ótimo case de distribuição. Passa por um reposicionamento, para se adequar mais aos consumidores. Com mais de 150 anos de história, eles deram uma estagnada no Brasil depois do lançamento do modelo 501, na década de 90, mas estão retomando o crescimento com a terceirização de suas indústrias e um foco maior nos consumidores, principalmente no varejo, com treinamentos, visual merchandising, e uma revisão na leitura de moda nos produtos. E sempre será o Original, o primeiro jeans - um case em produto. Com suas campanhas lúdicas, irreverentes, envolventes e mais complexas, numa mistura de arte, multimídia e comprometimento com as questões sociais é um case importante de comunicação e imagem. Mas aqui no Brasil, essas campanhas ainda não atingiram seus compradores, que consomem mais por status e prestígio da marca. Empresa de jeanswear atacadista, também chama a atenção pela proposta diferenciada de seus produtos e seu preço baixo em relação aos grandes do mercado. Era uma vez... Já as conhecidas Fórum, Zoomp e M. Officer , se perderam no mercado e ainda estão procurando se reposicionar, com propostas mais sedutoras em valores de marca. A Forum faz uma tentativa de se dividir em filhotes: Tufi Duek, para mercado de luxo, produtos artesanais, com apenas duas lojas - São Paulo e New York; Forum Tufi Duek, para mercado premium, com vestidos e roupas de moda, somente para lojas próprias; Forum, jeanswear, para lojas próprias, franquias e multi-marcas; Triton, para público jovem, a marca de origem do grupo; Carina Duek - a filha de Tufi assume a responsabilidade pelos aspectos artísticos e de vanguarda, com sua marca própria. A Zoomp foi vendida para um grupo de investidores. A M. Officer está um pouco ofuscada pela visibilidade da marca Carlos Miéle. 9 Folha Ilustrada Jeans brasileiro vai à luta Zoomp e Forum se reestruturam para enfrentar grifes estrangeiras Duas das mais famosas e prestigiadas grifes brasileiras, a Zoomp e a Forum, estão passando por mudanças empresariais drásticas a fim de enfrentarem a crise que as atingiu nos últimos anos com as mudanças no consumo, as complicações econômicas do mercado de moda no país e a invasão do jeans premium importado, que afetou diretamente o coração comercial das duas marcas. O estilista Tufi Duek, dono da Forum (criada em 1981), está reformulando todo o quadro de negócios do grupo e criando três marcas diferentes: Forum Jeans, Forum Tufi Duek e a grife Tufi Duek. Nos últimos dois anos, a Forum assistiu a uma queda de 15% nas suas vendas de jeans. O mercado chegou a comentar que a empresa estaria à venda. "Recebemos propostas, sim, mas não foram aceitas", conta Duek (leia mais sobre a Forum ao lado). O estilista Renato Kherlakian também recebeu propostas para vender a Zoomp, empresa de moda pioneira que desde 1974 trabalha na sofisticação do jeans feito no Brasil. Como as coisas não estavam fáceis para a grife, com quedas de 8% no faturamento anual, ele aceitou, em julho deste ano, a oferta dos investidores Conrado Will e Enzo Monzani. "Tivemos desacertos imperdoáveis nos últimos cinco anos e vínhamos com problemas contábeis bem sérios", diz Kherlakian, que vendeu todas as suas ações da empresa, por uma quantia que ele não revela, deixando de ser dono da Zoomp e passando a diretor de criação. As injeções de capital devem dar novo fôlego à grife, que reformula sua loja no shopping Iguatemi, termina uma outra no novo shopping Leblon, no Rio (ambas devem abrir até o final do mês), e pretende inaugurar mais quatro em 2007 - inclusive no Kuait. Os novos planos envolvem uma forte estratégia de marketing para reativar a imagem da Zoomp no desejo do consumidor, uma nova lapidação do produto e investimentos "brutais" (nas palavras do estilista) na equipe de criação. "As novas coleções serão mais científica e mercadologicamente preparadas. Uma nova configuração da moda está surgindo no Brasil, não com tempestades, mas com céu de brigadeiro", diz. O que está ocorrendo é a reestruturação do sistema inteiro da moda brasileira e mundial. As grifes já não conseguem se manter com a formação familiar ou personalista de sua origem. Os negócios, para sobreviverem, estão sendo transferidos para técnicos capazes de elaborar estratégias de marketing e vendas altamente profissionalizadas e agressivas. Houve um tempo que não era exatamente assim. Quando Kherlakian fez o seu primeiro jeans, há 32 anos, o Brasil era um país mais provinciano, com raras importações no mercado de moda. Os principais rivais da Zoomp eram a calça 501 da Levi's e outras marcas nacionais -como a Soft Machine e a San Sebastian, hoje extintas. A Zoomp dedicou-se exclusivamente ao jeans até o final dos anos 70, abrasileirando e modernizando o design das peças. Nos anos 80, Kherlakian passou a produzir uma linha casual chique. Pela equipe de criação da grife passaram estilistas hoje famosos, como Alexandre Herchcovitch e Jum Nakao. Grandes investimentos de marketing buscaram internacionalizar a marca nos anos 90. A empresa chegou a ter oito escritórios na Europa e dois nos EUA. O sucesso foi tão grande, que ela começou a ter suas roupas pirateadas no Brasil, com nomes como Zoemp e Zaamp. Nos últimos anos, a Zoomp parecia estar caminhando lentamente para o ostracismo. "Nós revolucionamos a modelagem do jeans, mas o Brasil foi aos poucos ficando para trás na tecnologia do produto e no marketing", diz o estilista. A venda da empresa pretende reverter esta situação. "Apesar da crise, a imagem da marca nunca foi 10 arranhada", afirma Kherlakian, 56. "Temos uma história, e isso é raro no meio da moda brasileira. Não vamos abrir mão dela. Zoomp é também um som que atravessa o futuro", diz. O RAIO LISÉRGICO O nome Zoomp nasceu durante uma viagem de ácido do estilista Renato Kherlakian. No final de 1973, ele tirou férias nas praias hippies de Macaé (RJ) e foi lá que "ouviu" o nome da marca. "Achei que era um som que o universo fazia, misturado com a energização das moscas que havia no lugar." A logomarca, idealizada por Kherlakian, nasceu da estilização da letra "z" e de imagens das histórias em quadrinhos. DUAS VEZES FORUM A Forum, criada em 1981, tirou seu nome do idêntico termo latino que designa "praça pública". O logo tradicional foi criado em 1984 pelo designer Maurício de Oliveira. Com as mudanças na empresa, o nome será usado em duas diferentes marcas: a grife Forum e a Forum Tufi Duek Forum ataca com 3 grifes O estilista Tufi Duek, 51, fala das mudanças que está promovendo na Forum com a disposição de quem se prepara para uma batalha. "Não me lembro de um período sem guerra de mercado", diz. Desta vez ele parte para a luta não com uma arma, mas com três diferentes. A Forum vai se desdobrar em três grifes que estarão todas em atividade em 2007. A Forum vai vender o jeanswear e o sportswear. A Forum Tufi Duek cuidará do prêt-à-porter. E a marca Tufi Duek será dedicada às roupas femininas de luxo. "Acessibilidade é o mote da primeira grife; seletividade, o da segunda; e exclusividade, o da terceira. Somos a primeira marca brasileira a segmentar mercados", diz o designer. No shopping Iguatemi, já se pode encontrar duas filiais diferentes: a Forum e a Forum Tufi Duek. No ano que vem, o grupo divide a flagship da Oscar Freire entre essas duas marcas e inaugura, na mesma rua, a primeira loja Tufi Duek. Será também a única no Brasil a comercializar as roupas de luxo criadas pelo estilista, que já são vendidas na Europa e nos EUA. Em janeiro, o grupo fará dois desfiles na São Paulo Fashion Week: o da Forum e o da Forum Tufi Duek sem falar no da Triton, a linha juvenil da empresa. A grife Tufi Duek deve desfilar na semana de moda de Nova York a partir de 2007. Segundo Duek, as mudanças são resultado da decisão de transformar sua empresa de produtora de roupas em gestora de marcas. Mas há outro motivo para as transformações. Nos últimos anos, a Forum viu suas vendas de jeans -que representam 80% do faturamento do grupo- caírem quase 15%. "Competir com redes de "fast fashion" e com marcas internacionais premium foi o que mais nos afetou. Agora, segmentados, vamos encarar os estrangeiros. Temos uma vantagem, que é a nossa grande rede de distribuição", afirma. O grupo Forum tem hoje 47 lojas próprias no Brasil e vende 500 mil calças jeans por ano. 11 Módul o Marketing Mix Introdução Veja a obra de arte que ilustra essa aula (Girassóis, de Van Gogh). O que a torna tão famosa e valiosa é a harmonia entre os vários componentes do vaso. Um girassol sozinho não tem a mesma beleza do conjunto - a obra só existe pelo seu conjunto... 12 Não existe uma "grande sacada" ou receita que resulte num sucesso de marketing. Ao contrário, o sucesso é resultante de uma soma de inúmeros detalhes trabalhados de forma eficiente e harmoniosa. Assim como o quadro de Van Gogh... Embora o mix de marketing (ou composto de marketing) seja constituído por muitas atividades, os estudiosos da área procuram uma forma que torne mais fácil distingui-las. O professor Jerome McCarthy, no início da década de 60, propôs um mix de marketing que consistia em 4 Ps: produto, preço, ponto de venda (ou praça) e promoção. Cada P, por sua vez, abrange várias atividades. Pouco adianta uma comunicação (promoção) eficiente se o produto não for adequado ou tiver um nível de qualidade abaixo da expectativa de mercado, ou se o preço não for condizente com o valor atribuído pelos consumidores, ou ainda, se a distribuição (praça) for falha e o público-alvo não encontrar o produto no ponto de venda. Propaganda boa não vende produto ruim – por muito tempo Por outro lado, o melhor produto, com um preço justo e uma ótima distribuição terá sérios problemas para conquistar mercado se não tiver comunicação (promoção). Outra abordagem trata do marketing mix do ponto de vista do comprador, e utiliza-se de 4 Cs: produto = valor para o Cliente preço = menor Custo ponto de venda = Conveniência promoção = Comunicação Alguns livros tratam de mais Ps - entre 6 e 12(!). O mais comum é ver a inclusão de um quinto P: o Público-alvo. No entanto, já vimos em Marketing estratégico que essa decisão (qual segmento e qual público-alvo atender) é anterior e de impacto a longo prazo - ou seja, é uma decisão estratégica e não operacional. Observe que se temos uma linha de produto masculina e decidimos introduzir uma linha de produto feminina, não estamos apenas mexendo com o produto, mas entrando em um novo segmento de mercado - que deve ser atendido por um outro Marketing Mix (4Ps). Não só o produto muda, mas a política de preço, a arrumação de loja, o tipo de mensagem e os veículos de uma campanha de propaganda. Qualquer que seja a abordagem, é importante lembrar que as diversas atividades de Marketing têm que estar em harmonia e apresentar coerência entre si. Produto Módulo Preço Promoção Ponto de Venda 13 Produto Definição de Produto visão antiga Definição de Produto - visão atual Níveis do Produto Produto é qualquer objeto idéia serviço pessoa local organização aquisição atenção e que pode que se pode consumo satisfazer um oferecer a um conhecimento desejo ou uma mercado para utilização necessidade simpatia Um produto tem diferentes níveis, diferentes "camadas" como uma cebola. Cabe ao profissional de marketing entender bem o que o consumidor quer (benefício, produto básico) para então oferecer o produto real adequado - e cercá-lo de serviços agregados (produto ampliado) que o tornem único e desejado. Produto Básico Benefício (aquilo que o consumidor realmente compra, a real necessidade que o produto atende) Real Características, estilo, qualidade, embalagem (o que se vê) Ampliado Serviços agregados, imagem de marca (o algo mais, o que realmente diferencia um produto do outro) 14 Charles Revson, fundador da Revlon (cosméticos) criou uma frase famosa que define bem a diferença entre benefício e produto real: "Na fábrica fazemos cosméticos, na loja vendemos esperança" O que sai da fábrica (um pote com elementos químicos que causam algum efeito na pele) é o produto real, com características, composição, embalagem, etc. O que a consumidora compra na loja é a esperança de ficar mais bonita - o benefício. Os benefícios buscados pelos consumidores são o mais importante de se determinar, seja em Moda, Automóveis, Alimentos, Higiene Pessoal, Limpeza Doméstica... O benefício pode ser dividido em dois grupos: benefícios racionais: o que o consumidor declara que busca (roupa limpa) benefícios emocionais: a necessidade e/ou desejo que aquele produto atende (nem sempre compreendido ou declarado pelo consumidor) Identificação com o grupo de referência, expressão de uma imagem coerente com idade, demonstração de status, cuidados com família, cuidados pessoais, etc., são alguns benefícios emocionais típicos O produto real, hoje, não é o grande segredo: a tecnologia incorporada à maioria dos produtos é relativamente simples de de desenvolver, comprar ou copiar, as informações, hoje, são difundidas com a rapidez da Internet, etc. É no produto ampliado que está a chave para a fixação de uma marca - seja ela popular ou sofisticada. O diferencial, a inovação, aquilo que só o produto oferece, um serviço especial associado ao produto, a resolução de um problema do consumidor, um atendimento diferenciado - tudo isso pode fazer parte do produto ampliado. Um cuidado especial deve ser tomado: com o tempo, o consumidor pode começar a perceber aquele "algo mais" (produto ampliado) como um componente do produto. O que era produto ampliado incorpora-se, assim, ao produto real - é o que se chama de produto esperado (dentro do produto real). Hoje, por exemplo, o consumidor espera SAC em qualquer produto, espera receita no rótulo de leite condensado, canudo no Toddynho, atendimento personalizado em lojas, etc. - nada disso pode mais ser anunciado como diferencial - é mera obrigação do fabricante Desenvolvimento de Produto Quando se trata de desenvolvimento de (novos) produtos, a primeira definição que precisa ser Novos Produtos feita é: o que é um novo produto? ”Para o cliente, um novo produto é algo de que ele nunca ouviu falar.” Será esta última a definição que utilizaremos. Assim, podemos constatar que um novo produto pode ser: a evolução de um produto existente: reposicionamento, mudanças na aparência física, na forma ou na embalagem; a expansão de uma marca-produto; uma nova marca; uma nova categoria de produto; ou ainda, numa definição mais radical, “um novo negócio”. 15 Etapas O Desenvolvimento de Produtos é feito em cinco passos seqüenciais (o que implica, obviamente, que se um passo não puder ser dado, o desenvolvimento do produto é abortado) 1) Geração de idéias Lista de possibilidades de produtos que venham a atender uma necessidade ou desejo. Feita pela técnica de brainstorming deixar as idéias fluírem livremente, sem censura e sem pensar em viabilidade técnica ou comercial. Neste primeiro momento, o processo ocorre dentro da empresa, ainda que possam ser utilizadas fontes externas de informação, tais como clientes e fornecedores. 16 De todas as idéias geradas no “passo 1”, quais produtos a empresa é capaz 2) Seleção inicial de fabricar? das idéias Neste momento, há preocupações de vários tipos. É imaginado o mercado para o novo produto: tamanho crescimento o ciclo de vida do produto qual a vantagem competitiva que a empresa terá com esse produto É considerado também a possibilidade de os concorrentes levantarem barreiras à entrada do novo produto. Outro ponto importante a ser verificado é o risco desse novo produto tirar vendas de algum produto já existente e fabricado pela empresa (canibalização). Há ainda questões ligadas à fabricação do produto em si: quais os insumos necessários para a produção se há patentes a serem respeitadas quais instalações serão utilizadas Outro ponto importante é o aspecto financeiro: é feita uma primeira análise do montante necessário de investimentos 3) Análise econômica Das idéias selecionadas no “passo 2”, quais são viáveis economicamente? Em outras palavras, neste momento são realizadas as tradicionais análises de demanda, são estudados os custos de desenvolvimento e produção, a rentabilidade do produto e, finalmente, uma pergunta deve ser respondida: “Podemos vender esse produto”? 4) Desenvolvimento do produto 17 É a construção do(s) protótipo(s) e estudos sobre a melhor forma de fabricá-lo(s). A questão passa a ser: “Podemos fazer esse produto?” Neste ponto, não apenas as questões ligadas à engenharia são testadas, mas também um ponto importante: quais fornecedores serão contatados. 5) Neste passo são realizadas pesquisas de Desenvol- mercado (com a utilização de dados vimento primários), e é feita uma nova e mais rigorosa análise econômica, inclusive de com a utilização de modelos estatísticos. mercado São feitos ainda: -pesquisa de venda -distribuição forçada do produto -testes simulados de mercado -“mini-testes” de mercado (colocação do produto em uma cidade para avaliar resultados de venda, antes do lançamento regional ou nacional) O ponto fundamental a ser notado no gráfico é como a quantidade de novas idéias diminui drasticamente com o decorrer do tempo. Isto porque, uma vez decidido qual o tipo de produto, é preciso construir protótipos e testá-los, o que impede mudanças significativas no projeto. Assim, podemos dizer que a partir da análise econômica, o projeto do novo produto está praticamente engessado. Por outro lado, a parte de engenharia e testes de mercado é cara, demandando um volume crescente de investimentos. Não é outro o motivo de a função de gerente de marketing ser importante em um empresa: esses gerentes precisam vender o novo produto de qualquer jeito, pois há poucas mudanças possíveis, se algo der errado. E, se o pior acontecer, a empresa simplesmente jogou fora uma montanha de dinheiro. 18 Classificação de Produtos Os produtos podem ser de diferentes tipos, de acordo com características de uso ou de compra. Comprar uma camiseta ou um vestido de noiva, um sabonete ou um carro, um cachimbo ou um chiclete é bem diferente! Diferentes estratégias de Marketing são adequadas para diferentes tipos de produto. Vamos ver os principais critérios de classificação dos produtos e suas implicações estratégicas. Bens industriais Pela natureza São os bens comprados por empresas, seja como matéria-prima para a produção, seja como do equipamentos, móveis e outros itens necessários à execução de suas atividades. produto A unidade de compra é Organizacional, o comprador é especializado, e o Marketing Mix é bem específico: o produto às vezes pode ser desenvolvido especialmente para um cliente o preço pode ser negociado caso a caso a distribuição é dirigida a comunicação é direta Bens de consumo São aqueles comprados por unidades de compra Individual ou Familiar. A durabilidade do produto define sua natureza e sua freqüência de compra. Durabilidade é entendida como o desgaste do produto no uso. Uma geladeira ou uma televisão não desaparecem com o uso; um iogurte ou um shampoo sim. Duráveis Os bens duráveis não desaparecem com o uso. São mantidos para uso contínuo, guardados, não desaparecem. Normalmente são compra única, não há recompra, pelo menos em um intervalo de tempo curto. Assim, conceitos como fidelidade são mais difíceis de construir. Exemplos: - o intervalo médio de compra de aparelhos de TV por famílias é de 4 anos (em média, uma família compra um aparelho de TV a cada 4 anos); entre uma compra e outra muita coisa pode acontecer e deve-se conservar a fidelidade do cliente à marca nesse período de tempo. - um CD é comprado uma única vez; um artista regularmente lança um disco a cada ano e deve-se manter o consumidor ligado nele durante esse intervalo de tempo.l Perecíveis (ou não-duráveis) Duram apenas um uso, ou desaparecem a cada vez que são usados. A recompra é freqüente e implica em manutenção da fidelidade ou provocação de experimentação de novas marcas. Exemplos: - um bombom é comido de uma vez só - ele se extingue em apenas um uso e sua compra pode ser freqüente ou em grandes quantidades; manter a fidelidade do consumidor a cada compra é o desafio; - uma caixa de sabão em pó dura alguns usos - o tamanho da embalagem é planejado para suprir as necessidades de uso de uma quinzena de uma família média; a recompra é, portanto, feita a cada 15 dias, em média Semi duráveis 19 Conceito intermediário entre duráveis e perecíveis. Aplicável a pneus (!) e roupas. O conceito de fidelidade a marca é importante, mesmo que o intervalo entre compras seja longo. As roupas podem se "acabar" por desgaste físico ou por tornarem-se obsoletas em termos de tendências de Moda. As estratégias devem ser um mix entre duráveis e perecíveis (avaliar o que fazem o vendedor de geladeiras e o de iogurte...) Pelos Bens de conveniência hábitos Compra freqüente de baixo custo e de altos volumes agregados (compra individual pode de ser pequena, mas a soma de todas as compras pequenas rende altos volumes para a indústria) compra Um dos aspectos-chave nas estratégias de Marketing é a distribuição extensiva - muitos pontos-de-venda, como se o produto fosse atrás do consumidor. Além disso, comunicação de massa deve ser usada. Bens de compra comparada O custo da compra mais alto, o risco envolvido e a menor freqüência justificam que o consumidor realize uma pesquisa antes de efetuar a compra. A pesquisa será em relação aos atributos que o consumidor considera importantes - preço, características técnicas, condições de pagamento, variedade de escolha, etc. A manutenção de uma boa imagem de marca pode funcionar como o diferencial em uma compra desse tipo. Bens de especialidade Têm características únicas, especiais. Às vezes, são prescritos por uma autoridade, como remédios (médico), livros didáticos (professor), etc. O consumidor vai atrás do produto. Assim, distribuição não é problema: não é necessário estar em muitas lojas. Comunicação de marketing não precisa - ou não deve - ser massiva. Laboratórios farmacêuticos dão amostras grátis para os médicos; editoras fornecem exemplares para os professores. Produtos de Moda O "sonho" de todo produto de Moda é ser Bem de Especialidade - o consumidor irá atrás dele seja onde for... A rentabilidade da empresa com certeza será maior... Se o produto não tem tanto apelo, cai em Compra Comparada, em que o preço pode ser fator decisivo, fazendo cair a rentabilidade. Para ser Bem de Conveniência, o volume deve ser alto, para estar em muitos lugares ao mesmo tempo. Vale para meia-calça, camisetas, itens de baixo preço (e que só serão rentáveis se venderem volumes muito altos) Alguns produtos são típicos de uma categoria ou de outra. Mas, às vezes a estratégia ideal é a de dar tratamento de outra categoria. 20 Preço Definição Soma dos valores que os consumidores trocam pelo benefício de um produto Limites O preço de um produto é determinado principalmente em função de objetivos de marketing para a gerais para a marca ou empresa. fixação de Preço 21 Se a marca/empresa quer ser reconhecida como líder em qualidade, deve fazer grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento, ser lançadora de tendências e direcionadora do mercado - e cobrar caro por isso, com os preços no patamar mais alto do mercado. Essa imagem de domínio, por si só, é um estímulo à compra pelo consumidor. Veja exemplo Se o objetivo for ter os maiores lucros possíveis, seus preços não estão no topo do mercado, mas um patamar abaixo: provavelmente, a empresa/ marca que persegue esse objetivo não tem como competir em inovação e vanguarda com o primeiro grupo. Também, seus investimentos não devem ser tão grandes quanto os daquele grupo, pois senão seus lucros não seriam maximizados. Veja exemplo Se o objetivo for a liderança de mercado em quantidade de vendas (não em faturamento), então os preços devem estar em um patamar abaixo, pois a marca/ empresa deve atingir um público numeroso ("classe B/C", maioria, orientados por imagem, ou alguma outra definição de público-alvo) para gerar altos volumes de venda. Veja exemplo 1 e exemplo 2 Se a marca/ empresa não persegue outro objetivo senão sobreviver, então os seus preços serão o piso do mercado - a única coisa que ela pode dar ao consumidor é preço, sem se preocupar com produto ampliado (o que não é uma boa forma de sobreviver...). Geralmente, empresas que se vêem nessa situação - a de apenas lutar pela sobrevivência - são exatamente aquelas que não sobrevivem. Exemplos - bem, os exemplos fecharam todos... Você pode indicar alguém que está indo para esse caminho? Critérios para Determinação de Preço A definição de preços, muitas vezes, é discutida sob uma ótica estritamente econômica, assumindo a hipótese de que os consumidores têm um comportamento racional, e que estão perfeitamente informados sobre suas preferências e sobre as diferentes possibilidades que lhe são oferecidas. É sobre a hipótese do comportamento racional que se assenta a regra “quanto mais baixo o preço, maior a demanda”. No entanto, muitas decisões de compra são baseadas em atendimento, disponibilidade, benefícios oferecidos, produto ampliado, etc. Muitas empresas oferecem como apelo de compra apenas o preço mais baixo e se dão mal, transformando seu produto em uma commoditty. A importância do preço na decisão de compra é, muitas vezes, superestimada. Vários estudos clássicos mostraram que compradores em um supermercado não sabiam nem o preço dos produtos que haviam acabado de colocar em seus carrinhos. Se isto acontece, é difícil assumir que todos os consumidores façam todas as suas compras sempre tão centrados em preço. Melhor seria tratar a relação entre preço e valor. O preço deve ser função do valor que o consumidor percebe em determinado produto. Mas, outros métodos também são empregados para se definir o preço de um produto: Métodos Gerais O preço de um produto deverá ser fixado dentro de um intervalo no qual o ponto mínimo é tão baixo que não gera nenhum lucro, e o ponto máximo é tão alto que não gera nenhuma demanda... Entre um extremo e outro, alguns métodos gerais podem ser empregados: Preços baseados em custos Levante seus custos e adicione um valor (mark up) a ele. Pronto! O preço está fixado. É o "compro por 100 e vendo por 200"... É o método mais fácil - porém, só leva em conta aspectos internos da empresa. Afinal, os custos dependem em grande extensão de critérios e de decisões tomadas pela empresa, que não são iguais para todas as empresas do mercado. Ou seja: se a matéria-prima custa x para uma empresa, pode custar y para outra, dependendo de negociações, volumes, etc. Também o custo de mão-de-obra depende de eficiência, salários pagos e outros fatores, e não são iguais para todas as empresas de um mercado. Assim, esse método tem a desvantagem de poder gerar um preço fora de mercado, já que não leva em conta o que ocorre no mercado... Preços baseados na concorrência Cobrar o que todos cobram... É o tipo de situação em que, com pequenas variações, todos os vendedores de um mercado cobram praticamente o mesmo preço. Não leva em conta aspectos de custo - o preço tem que ser aquele, ou a empresa fica fora de mercado. Às vezes, quem pretender cobrar menos do que os outros, sofre certas "pressões" de seus concorrentes. Preste atenção na próxima vez quando for abastecer seu carro, e veja os preços dos postos de gasolina... Preços baseados no consumidor Quanto o consumidor está disposto a pagar? Parece ser o método mais adequado - e, ao mesmo tempo, o mais difícil, pois requer um conhecimento do comprador que poucas empresas têm... 22 Se o consumidor percebe alto valor no produto, o preço poderá ser mais alto... Se o consumidor não percebe valor, deverá ser mais baixo... E os custos? Controle seus custos para poder obter a maior margem de lucro possível. Se com o preço que o consumidor está disposto a pagar sua empresa não puder obter lucros, então reduza os custos - ou feche as portas e mude de ramo... Intervalos Definido o método geral de definição de preço, outros aspectos devem ser considerados, uma faixa genérica até o arredondamento dos centavos. Tudo isso tem algum tipo de de Preço desde impacto na hora da compra... Faixas de preço Os consumidores estabelecem faixas de preço para os artigos, dentro das quais estão dispostos a fazer negócio. Estas faixas variam de acordo com características demográficas e psicográficas dos consumidores e de acordo com sua percepção e com a importância que atribuem ao bem (valor). O conhecimento dessa percepção é ferramenta importante para os executivos de marketing e sua decisão de preço: se os consumidores são bem informados dos preços de mercado, uma estratégia de preços baixos pode surtir efeito; caso contrário, pode-se tirar partido da falta de conhecimento mantendo preços relativos altos. Relação preço-qualidade Se o produto é novo e o consumidor não tem parâmetros para avaliação, pode-se praticar preços inferiores ao que seria o preço definitivo (preço de introdução); se houver parâmetros, contudo, o preço deve ser o suficientemente alto para agregar imagem de qualidade no lançamento, para depois ser reduzido. Preço-prestígio Bens de consumo para ostentação (bens de luxo) devem ter seus preços colocados no patamar mais alto possível, para cumprir seu papel de sinal exterior de riqueza. Preços psicológicos Dois tipos de preços psicológicos podem ser observados: intervalos psicológicos patamares de preço sentidos pelos consumidores - 100, 1000, 10000. Ultrapassar uma dessas barreiras pode ter impacto negativo nas vendas. Um preço de 105 é sentido como muito maior do que um preço de 95, mas 120 não é sentido como tão maior do que 110. preços redondos dígito final de um preço; mesmo sentido dos intervalos, mas aplicado a preços específicos. 19 não parece tão mais caro do que 16, mas 21 parece bem mais caro do que 19. Estudos mostraram, até, que o volume de vendas crescia com o preço a 19 em relação ao preço em 16. Apesar dessas abordagens de preço psicológico serem mais antigas do que andar para a frente, parece que muita gente ainda precisa aprender isso. É comum ver lojas de roupas de luxo com preços do tipo R$ 342,67 para uma blusinha... Só para complicar a vida do vendedor - e do cliente... 23 Módulo Ponto de Venda Definição Canal de distribuição >> Ponto de Venda: Organizações interdependentes envolvidas no processo de tornar disponível um produto Níveis Para um produto ir do fabricante ao consumidor há vários caminhos possíveis, passando por um número variável de intermediários: de Canal Fabricante > > > > > > > > > > > > > > > > > Consumidor 0 Fabricante > > > > > > > > > > > > Varejista > Consumidor 1 Fabricante > Atacadista > > > > > Varejista > Consumidor 2 Fabricante > Atacadista > Agente > Varejista > Consumidor 3 O caminho mais direto é o fabricante vender diretamente ao consumidor (nível de canal 0). Esse tipo de situação acontece quando o fabricante vende diretamente em um ponto de venda na fábrica ("loja de fábrica"), pela Internet ou outra forma de venda direta. Note que quando existe uma loja propriamente dita ou uma rede de lojas, o nível varejo passa a existir. Redes exclusivas, como Fórum, por exemplo, são de nível 1, pois, mesmo que as lojas fossem todas próprias e não franqueadas, existiriam duas funções no processo: fabricante e varejista (mesmo sendo exercidas pela mesma empresa, requerem estruturas e formas de operação diferentes). No nível de canal 1 (fabricante, varejista, consumidor) existe maior domínio do fabricante (detentor da marca) sobre o perfil da loja que irá vender seu produto. As marcas que preservam sua imagem costumam adotar esse nível de canal para sua distribuição, pois, assim, têm controle sobre quem vende, como vende e para quem são vendidos seus produtos. Quando a distribuição deve ser ampla, atingindo grande número de pontos de venda, a melhor alternativa é utilizar o atacado, que faz o papel de distribuidor. Muitas vezes, a própria empresa fabricante cuida desse canal, vendendo para lojistas em suas instalações (Brás, Bom Retiro, Brusque). O detentor da marca, nesse nível de canal, perde o controle de sua distribuição, pois tem quase nenhuma autonomia para impor regras de comercialização aos varejistas. A figura do agente pode aparecer antes do atacadista ou do varejista. Normalmente é um intermediário em operações de exportação ou para a entrada em novos territórios ainda não explorados. Classificação do Varejo Varejo Todas as atividades envolvidas na venda de bens ou serviços diretamente aos consumidores finais (famílias e indivíduos ) para uso próprio Classificação por Leva em conta o tipo de serviço e atendimento prestado ao cliente: volume de serviços 24 Self service Nenhum atendimento; o próprio consumidor se serve. Ideal para produtos altamente padronizados e que possam ser escolhidos facilmente pelo comprador (bens de conveniência) Serviço limitado Algum atendimento; presença de vendedor/ atendente Ideal para produtos com alguma complexidade e que precise de esclarecimentos para o comprador (bens de compra comparada) Serviço pleno Vendedor tem participação ativa na decisão de compra do comprador. Para bens de especialidade ou quando se quer oferecer um atendimento especial como diferencial do ponto-de-venda Classificação Lojas de preços rebaixados em relação à média praticada no mercado. por Loja de descontos preços relativos Lojas de grande sortimento, em que as compras em grandes volumes dos fabricantes garantem preços mais baixos que são repassados aos consumidores. Pouco ou nenhum serviço. O exemplo clássico no Brasil é Lojas Americanas, que vem se reestruturando para Loja de Departamentos Ponta de estoque Geralmente uma operação dos próprios fabricantes para escoar modelos fora de linha ou de segunda qualidade. Clubes de compras Lojas que oferecem baixo sortimento (poucas opções de marcas) e que garantem preços baixos pela negociação de grandes volumes com fabricantes. Requer associação dos clientes, pela qual cobra anuidade para cobrir parte dos custos fixos da loja. Novo e ainda raro no Brasil, o exemplo mais evidente é o Sam's Club 25 Classificação Leva em conta o tipo de produto vendido e a profundidade do sortimento oferecido. por Loja de conveniência linha Vende bens de conveniência de (alimentos, higiene pessoal, produto limpeza), oferecendo o vendida diferencial de horários extensos de abertura e localização em locais de grande fluxo (postos de gasolina). A compra é mais fácil do que em um supermercado, porém mais cara (cobra-se pela conveniência de horário e facilidade de compra). É totalmente self-service Supermercado Vende bens de conveniência (alimentos, higiene pessoal, limpeza), oferecendo como diferencial maior variedade de marcas e sortimento de produtos que uma loja de conveniência. Totalmente self-service. Hipermercado 26 Vende bens de conveniência (alimentos, higiene pessoal, limpeza), além de vestuário, eletro-eletrônicos, artigos para casa, informática, ferramentas, etc. Basicamente self-service, oferece serviço limitado nas seções de eletroeletrônicos, informática e outras. Loja especializada As lojas especializadas vendem uma linha específica de produtos e hoje formam um setor do mercado em expansão. Lojas especializadas são baseadas no conceito de conhecer as principais necessidades de um segmento de mercado em particular. De fato, existe uma loja especializada para quase todas as categorias de produto. Existem lojas se especializando em vestuário feminino, vestuário masculino, brinquedos, móveis, plantas, presentes e algumas ainda que oferecem produtos apenas para canhotos. Exclusiva x Multimarcas Lojas exclusivas são aquelas especializadas que vendem apenas uma marca. De propriedade da organização detentora da marca ou de proprietários independentes (franquia ou não) garantem melhor controle da imagem de marca. Multimarcas vendem mais de uma marca em uma mesma categoria de produtos. Permitem menor ou nenhum controle sobre imagem de marca. Cathegory Killers Grandes lojas especializadas que esgotam as possibilidades de oferta em uma categoria de produtos: vendem tudo o que está disponível no mercado (daí o nome de matadoras de categoria). Modelo de loja já em retração nos EUA, vem se expandindo no Brasil com o nome de megastore. Loja de departamentos Lojas de departamentos são empresas que oferecem todos os tipos de mercadorias individuais e para a casa. Tipicamente, essas lojas oferecem uma grande variedade de produtos e serviços organizados em departamentos baseados em categorias de produtos. Uma loja de "única parada" para toda a família tem sido o atrativo das lojas de departamentos. O futuro dessas lojas provavelmente vai depender da sua capacidade de definir, de forma mais precisa, os segmentos de mercado que elas querem alcançar. Algumas delas já têm estreitado a variedade de seus produtos, assim como a base de seus consumidores; elas deixaram de oferecer alguma coisa para todo mundo. No Brasil, esse modelo praticamente se extinguiu com a falência de Mappin e Mesbla. No mundo, ainda persistem com sucesso grandes nomes como Macy's, Bloomingdale's, Galeries Lafayette, etc. 27 Loja de Departamentos Específica Setorizada, mas dedicada a uma linha de produtos. O caso mais comum é o de vestuário. Modelo em expansão no Brasil (C&A, Renner, Riachuelo) Organização do Varejo A estrutura de propriedade das lojas define uma série de características de operação, tanto no que se refere à organização de compra (e obtenção de descontos por volume), quanto na relação com consumidores (padrões de atendimento). Independentes Tipos de Organizações São as lojas de apenas um estabelecimento. Formam a grande maioria do comércio de varejo varejista. Caracterizam-se pela simplicidade administrativa e freqüentemente pelo atendimento personalizado, em função da proximidade do gerente ou proprietário com os clientes. São geralmente especializadas. Redes corporativas (chains) São grupos com mais de três lojas que operam todas no mesmo tipo de negócio, com uma administração central (local ou nacional). A vantagem deste tipo de estabelecimento é a economia em escala para compras em maior quantidade e, ao mesmo tempo, o atendimento da necessidade de compra de diversas mercadorias dependendo da política administrativa do grupo. Cooperativa (rede voluntária) Agrupamento de lojistas independentes para obtenção de vantagens nas negociações e compras de fornecedores. Atualmente, estendem a associação a aspectos mercadológicos, chegando a atuar sob a mesma marca de varejo e com atendimento e sortimento de produtos padronizados, como se fossem redes. A marca é de propriedade da cooperativa (todos os associados são donos). Franchising 28 Rede de lojas com a mesma marca de varejo e com atendimento, sortimento e visual padronizados, com base em determinantes de um franqueador central, detentor da marca. Promoção Definição Programa de comunicação da organização com seus públicos, buscando provocar ação ou atitude Ferramentas Para diferentes objetivos de comunicação de Marketing, diferentes promocionais ferramentas são disponíveis: Propaganda forma paga de apresentação impessoal para promoção de idéias, bens ou serviços; anúncios impressos, filmes comerciais em TV e cinema, jingles (música) e spots (texto narrado) em rádio, outdoor, etc. Promoção de vendas incentivo de compra com prazo delimitado para atingir rapidamente um objetivo de comunicação amostra grátis, brinde (chaveirinho, sem obrigação de compra), prêmio (mamíferos da Parmalat, depende de compra), desconto (por tempo limitado), venda casada (leve 3 pague 2, leve 1 jeans e ganhe uma camiseta), merchandising em novela, etc. Relações públicas manutenção de relacionamento com vários públicos para criar imagem favorável; eventos (desfile de moda, para imprensa e formadores de opinião), patrocínio, assessoria de imprensa, ações comunitárias Venda pessoal apresentação oral para comprador com objetivo de realizar venda 29 Uma campanha de comunicação de Marketing deve utilizar diferentes ferramentas, formando um mix de comunicação para atingir diferentes públicos, com diferentes abordagens, dentro de um mesmo objetivo: Objetivos da Comunicação A comunicação de uma empresa, marca ou produto deve servir a um tipo de objetivo. A definição clara de qual a situação atual e o que se pretende alcançar é fundamental para poder orientar os criadores de uma campanha de comunicação, bem como para medir os resultados alcançados (por exemplo: a marca era desconhecida e agora é conhecida por 22% do público-alvo). São os seguintes os objetivos genéricos de comunicação: 30 quando a empresa/ marca/ produto ou categoria de Conhecimento produto é desconhecida do público -alvo; inovação, lançamento, novidade, alteração de produto, etc. Simpatia quando já se é conhecido mas o público-alvo não tem, ainda, uma atitude em relação à marca (a pior situação para uma marca é ser conhecida mas ignorada, não desejada) Preferência quando já existem várias marcas na "mente do consumidor", e pretendemos alcançar o primeiro lugar nesse ranking Compra quando o que se quer é alcançar resultados de vendas imediatos Vamos agora associar as ferramentas promocionais a objetivos de comunicação: Propaganda forma paga de apresentação impessoal para promoção de idéias, bens ou serviços; anúncios impressos, filmes comerciais em TV e cinema, jingles (música) e spots (texto narrado) em rádio, outdoor, etc. objetivos: conhecimento (novo produto, conteúdo mais informativo), simpatia (normalmente usando humor, fornece argumentos favoráveis), preferência (algum tipo de comparação, aberta ou sutil) Promoção de vendas incentivo com prazo delimitado para atingir rapidamente um objetivo de comunicação amostra grátis, brinde (chaveirinho, sem obrigação de compra), prêmio (mamíferos da Parmalat, depende de compra), desconto (por tempo limitado), venda casada (leve 3 pague 2, leve 2 ervilhas e ganhe um milho verde) objetivos: conhecimento (amostra grátis, o milho verde da venda casada), simpatia (brinde, prêmio), preferência (prêmio), compra (desconto) Relações públicas manutenção de relacionamento com vários públicos para criar imagem favorável; eventos (desfile de moda, para imprensa e formadores de opinião), patrocínio, assessoria de imprensa, ações comunitárias objetivos: conhecimento (eventos, assessoria de imprensa), preferência (patrocínio), simpatia (ações comunitárias) Venda pessoal apresentação oral para comprador com objetivo de realizar venda objetivos: conhecimento, compra Incentivos aos Revendedores programas que visam obter fidelidade dos distribuidores, através de propaganda cooperada, treinamento de vendedores, altas margens, etc. objetivos: preferência (bonificação por compras efetuadas, acordos promocionais, compra de espaço) Publicidade toda forma de comunicação não paga diretamente, abordando informação sobre uma companhia e seus produtos. objetivos: conhecimento (eventos, assessoria de imprensa), simpatia e preferência (patrocínio, eventos) 31 Conteúdo da Definidos os objetivos, falta definir qual o tipo de conteúdo que deverá ter a campanha de e como isso será desenvolvido em cada uma das ferramentas. São 4 os Comunicação comunicação tipos de conteúdo de uma campanha de comunicação: Informativo quando a empresa/ marca/ produto ou categoria de produto é desconhecida do público - alvo: inovação, lançamento, novidade, etc. quase sempre tem um pouco de texto para informar o que é novo Persuasivo quando já se é conhecido mas o público-alvo não tem, ainda, uma atitude em relação à marca (a pior situação para uma marca é ser conhecida mas ignorada, não desejada) desenvolver atitude, marcar presença... 32 Comparativo quando já existem várias marcas na "mente do consumidor", e pretendemos alcançar o primeiro lugar nesse ranking; destaca-se um atributo que ninguém mais pode ter... de Lembrança quando o que se quer é alcançar resultados de vendas imediatos compre já!!! Você teve a sensação de já ter lido isso em algum lugar? Assim: SIM!!! Objetivo Conteúdo Os objetivos de comunicação serão atingidos com tipos específicos de conteúdo de comunicação. E as ferramentas servirão para atingir o objetivo, se desenvolvidas com o tipo de conteúdo adequado. Conhecimento Simpatia Preferência Compra Informativo Persuasivo Comparativo de Lembrança