1 Uma abordagem do ensino de Eletromagnetismo através da experimentação (An approach to the teaching of electromagnetism through experimentation.) Diego Scarabelot <[email protected]> Filipe Henrique < [email protected]> Marlon Rech < [email protected]> Odair j. De Souza < [email protected]> Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Avenida XV de Novembro s/n. Araranguá, SC. Resumo: Tendo por objetivo principal discutir e avaliar métodos de ensino aprendizagem, o artigo também tem caráter abrangente com relação a conteúdo específico, fazendo uma analise histórica e se desmembrado para áreas de atuação diferentes, conteúdo especifico, e ensino aprendizagem, comparando e avaliando dois métodos. Sendo que um tem caráter laboratorial e o outro tradicional. Palavras-chave: abordagem; ensino aprendizagem relacionado ao tema, eletromagnetismo Abstract: With the main objective to discuss and evaluate methods of teaching learning, the article also has comprehensive character with respect to specific content, making a historical analysis and is dismembered for different areas of expertise, specific content, teaching and learning, comparing and evaluating two methods. Where a laboratory has character and the other traditional.. Keywords: approach; education learning related to the topic, electromagnetism 1. Introdução Os chineses, por volta de 1000 a.C, sabiam que uma agulha de magnetita (Fe3O4) podia se orientar na direção norte sul. Relatos semelhantes, feitos na Grécia Antiga, indicam que pedras desse mesmo material atraiam pedaços de ferro. Os gregos também deram sua contribuição, é provável que não foram eles que iniciaram descobertas relacionadas a fenômenos elétricos, mas sim os que fizeram os primeiros experimentos e relatos. Tales de Mileto (século VI a.C.), já havia feito experimentos com eletricidade estática. A partir daí muitos foram os cientistas que contribuíram para o avanço da ciência, entre eles: William Gilbert (1544-1603), que com seu experimento constatou quantidade de forças de atração entre corpos. Stephen Gray (1666-1736) e Benjamin Franklin (1706-1790) propôs por volta 1750 a teoria do fluxo único. Em 1784, Charles Augustin de Coulomb (1736-1806), físico francês realizou um experimento com uma Balança de Coulomb. Von Kleist e Pieter van Musschenbroek que tiveram a idéia de armazenar energia em uma garrafa. Em 1820, André-Marie Ampère (1775-1836) físico e matemático francês, descobriu que a corrente elétrica gerava atração e repulsão magnética. Por volta de 1830, Michael Faraday (1761-1867) físico e químico inglês, conceituou o campo elétrico. Nikola Tesla (1856-1943) físico e engenheiro eletricista. No final do século XIX. Heinrich Rudolf Hertz (1857- 1894) ao perceber que uma faísca em uma bobina formava outra faísca em outra bobina. Lorentz propôs que o elétron preso ao núcleo como o sistema solar, Nagaoka propôs o sistema de saturno, mas o aceito foi o de J.J. Thomson conhecido como “pudim de passas”. Já Rutherford desbancou esse modelo bombardeando uma folha de papel com partículas alfa. A partir do trabalho de Planck, Albert Einstein ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1921, Afirmando que o quanta de energia da luz ao penetrar no metal, parcialmente é transformado em energia cinética do elétron. O físico alemão Arnold Sommerfeld (1868-1951), introduziu o conceito de quantização espacial no átomo de Bohr. Em 1925, Wolfgang Pauli (19001958), físico austríaco, incluiu o quarto número quântico (ms), o spin do elétron. Esses são alguns dos grandes nomes da Ciência que contribuíram de maneira significativa para a evolução do eletromagnetismo. O homem do novo século é dependente do Eletromagnetismo, seja para abrir um simples portão eletrônico ou para aplicações mais complexas como um transformador de energia. Devido à “dependência” do homem do novo século ao Eletromagnetismo, surge a necessidade de estudarmos e sabermos se os métodos de ensino e aprendizagem estão coerentes em nível de importância com a ciência do qual se trata. Neste trabalho serão apresentados dois métodos de ensino que tem por objetivo diagnosticar suas principais diferenças, se a uma equivalência, ou se 2 um se sobre sai ao outro em relação à aprendizagem do aluno. Com a proposta de definir estratégias que visem a melhora da educação e com a intenção de avaliar os métodos de ensino será feito uma experiência com o método mais usado e um alternativo: o primeiro consiste em uma didática onde o professor apresenta os elementos da conteúdo a ser ensinado, no caso deste trabalho o Eletromagnetismo, e a partir daí segue sua aula com explicações teóricas onde o professor fala e os alunos ouvem sem que nenhuma interação de ordem prática aconteça. Já o método alternativo apresenta um sistema onde além das oratórias teóricas, os alunos também tenham uma visualização prática da teoria, podendo, inclusive, interagir com os experimentos a serem analisados (motor elétrico simples e buzina automotiva). É também proposto que os alunos confeccionem um motor elétrico simples. Nos processos de interação e confecção dos elementos o professor auxilia de maneira direta o aluno fundamentando com bases práticas o conhecimento teórico que tal adquiriu. O que deixaria a aula mais interessante e despertaria no aluno um maior interesse na matéria proposta, dando a possibilidade de o aluno fazer uma analogia ligando teoria e prática. Nos processos de confecção foi feita uma avaliação empírica onde o professor terá o papel de auxiliar e reforçar os conhecimentos já existentes E de uma maneira mais direta também poderá ser feito um teste avaliativo, que consistira na construção de diagrama V, mapa conceitual. 2. Fundamentação teórica É provável que não foram os gregos que iniciaram as descobertas sobre fenômenos elétricos, mas foram deles os primeiros experimentos e as primeiras explicações sobre eletricidade foram realizadas. Tales de Mileto (século VI a.C.), utilizando uma resina fossilizada de arvores, o âmbar. Ao esfregar um pedaço de âmbar com lã ou pele animal, este consegue atrair objetos leves. Esta propriedade adquirida recebeu o nome de elektron do grego o nome do âmbar. As conclusões da época ainda eram mais místicas do que científicas. Somente em 1600 o inglês William Gilbert (1544-1603), médico da rainha da Inglaterra, construiu o Versorium de Gilbert que era composto de uma base com haste vertical isolante, com um ponteiro de madeira leve e equilibrado, ele descobriu que outras substâncias se eletrizavam ao serem atritadas contra o âmbar, com seu experimento ele pode constatar a quantidade da força de atração entre os corpos. A eletricidade foi considerada um fluido em 1730, pelo físico inglês Stephen Gray (1666-1736), ao descobrir que um corpo poderia ser eletrizado por contato a outro já eletrizado ou através de um fio de alguns tipos de materiais adequados a conduzirem eletricidade. Após 3 anos o químico francês Charles Dufay (1698-1739) propôs que a eletricidade era dividida em dois tipos de fluidos diferentes quanto ao tipo de atrito, um corpo neutro possuía a mesma quantidade desses fluidos. O físico americano Benjamin Franklin (17061790), propôs por volta 1750 a teoria do fluxo único, que de Dufay, a diferença está não no tipo de material atritado e sim se o fluido está sendo absorvido ou cedido. Com seu experimento, ao empinar uma pipa próxima de uma tempestade, mostrou a existência de eletricidade na atmosfera. Foi Franklin quem iniciou os conceitos de positivo e negativo na eletricidade. Em 1784, Charles Augustin de Coulomb (1736-1806), físico francês realizou um experimento com uma Balança de Coulomb, que consiste num recipiente com duas esferas unidas por um eixo no seu interior fixo por fio de torção. Coulomb provou o postulado de Joseph Priestley (1733-1804), químico e físico inglês, que em 1766 a pedido de Franklin, percebeu que um pêndulo eletrostático é atraído por um recipiente carregado quando este é aproximado, mas se o pêndulo for colocado dentro do recipiente nada acontece. Então Priestley associou esse fenômeno às regras da gravitação de Newton. Apesar de Priestley ter postulado essa teoria foi Coulomb que provou. O físico italiano Alessandro Volta, ao analisar as pesquisas de anatomista italiano Galvani sobre o efeito da eletricidade numa rã morta, buscou gerar eletricidade através de pares metálicos, foi quando em 1796 após tentar várias hipóteses, seu melhor resultado foi quando usou discos de prata com de zinco e papelão úmido, ao repetir varias vezes essa combinação nessa mesma seqüência, ele conclui sua Pilha de Volta. Hoje, sabemos que um método mais eficiente seria uma placa de cobre e uma de zinco imersa em acido sulfúrico. Ainda no século XVIII dois pesquisadores tiveram a idéia de armazenar eletricidade numa garrafa. Von Kleist e Pieter van Musschenbroek revestiram uma garrafa de material isolante com uma armadura metálica interna e externa, ligaram a parte interna a um terminal central, inicialmente havia água na garrafa, mas perceberam que não era necessário. Esse dispositivo recebeu o nome de Garrafa de Leyden, foi a primeira forma de armazenar eletricidade, hoje chamado de capacitor. Franklin, com seu experimento da pipa, conseguiu carregar um capacitor próximo de uma nuvem de tempestade. Em 1820, André-Marie Ampère (1775-1836) físico e matemático francês, descobriu que a corrente elétrica (até então o fluxo elétrico) também gerava atração e repulsão magnética e não 3 somente os imãs. Também demonstrou que uma corrente retilínea gera um campo cilíndrico e que uma corrente espiral gera um campo retilíneo. Nesse ano, o professor dinamarquês Hans Oersted, percebeu que a corrente elétrica ao passar por um fio próximo a uma bússola fazia a agulha girar conforme o sentido da corrente. Por volta de 1830, Michael Faraday (17611867) físico e químico inglês, conceituou o campo elétrico ao analisar a forma que limalhas de ferro se agrupavam com a aproximação de um imã, para Faraday as linhas desenhadas eram reais e as chamou de linhas de força. Em 1932, um técnico francês, Hippolyte Pixii, adaptou as teorias de Faraday e desenvolveu um comutador, que é uma manivela girando imãs sob duas bobinas e esse gira produzindo uma corrente elétrica que oscilava, mas com sentido único. A partir da metade do século XIX, o empresário americano Thomas Alva Edison (18471931), avançou muito no desenvolvimento da lâmpada elétrica, foi em 1879 que ele conseguiu um filamento ideal para uma lâmpada que fosse usada tanto em iluminação pública como residencial. Ex-funcionário de Edison, Nikola Tesla (1856-1943) físico e engenheiro eletricista, tentaram entender a corrente alternada criticada por Edison, ele afirmou ter conseguido acender uma lâmpada a 40 km de distância sem uso de fios utilizando a corrente alternada. No final do século XIX, Heinrich Rudolf Hertz (1857-1894) ao perceber que uma faísca em uma bobina formava outra faísca em outra bobina, então esta faísca produziu um campo elétrico e magnético variável, ele mediu sua velocidade de propagação e era a velocidade da luz prevista pelas ondas eletromagnéticas de James Clerk Maxwell (1831-1879), provando suas teorias. Até o século XIX acreditava-se de que a eletricidade era uma propriedade da matéria, pois era preciso provocar alguma ação na matéria para ela aparecer, mas foi no início do século XX, quando a idéia do átomo foi definidamente aceita que com ela a certeza de que a eletricidade é propriedade de partículas elementares. Ainda não havia um modelo atômico definido, então Lorentz propôs que o elétron preso ao núcleo como o sistema solar, Nagaoka propôs o sistema de saturno em que os elétrons estavam em anéis de carga negativa. O modelo aceito foi o de J. J. Thomson conhecido como “pudim de passas” em que os elétrons estavam fixos em esfera de carga positiva. Não havia base teórica em nenhum modelo, então Ernest Rutherford, físico neozelandês, bombardeou uma folha de papel com partículas alfa, que são positivas e essas partículas sofreram um leve desvio, até então o “pudim de passa” estava certo, mas quando usou um fino metal, algumas partículas passaram, outras desviaram e outras voltaram. Isso não era possível, rutherford propôs um átomo maior que o de Thomson com um enorme espaço vazio entre um núcleo positivo e os elétrons em órbitas ao redor do núcleo. No inicio de século XX, em 1900, Max Karl Ernst Ludwig Planck (1858-1947), estudando a radiação de corpos aquecidos, sugeriu que a energia liberada é composta de um número finito e inteiro, ou seja, quantizado. A partir do trabalho de Planck, Albert Einstein ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1921, Afirmando que o quanta de energia da luz ao penetrar no metal, parcialmente é transformada em energia cinética do elétron (efeito fotoelétrico). Em 1926, físico e químico americano Gilbert Lewis nomeou o quantum de luz de Einstein, de fóton. Para reformular os conceitos do átomo, em 1884, o matemático sueco Johann J. Balmer (18251898), através de experimentos, obteve a expressão do comprimento de onda das raias do espectro do hidrogênio. Em 1913, Niels Bohr (18851965) físico dinamarquês, a partir das teorias de Planck e dos dados de Balmer, aceitou que o elétron esta em órbitas circulares, mas introduziu o nível de energia em que o elétron permanece até receber um incremento, pular um nível e quando voltar libera radiação em forma de luz visível em uma determinada freqüência. O físico alemão Arnold Sommerfeld (18681951), introduziu o conceito de quantização espacial no átomo de Bohr, então em 1920, o modelo passou a chamar-se modelo de Bohr-Sommerfeld. Cada elétron possui um eixo de rotação (órbita) com inclinação chamada numero quântico magnético, que assume valores inteiros, positivos e negativos para sua inclinação, mas nunca a um número de inclinações possível maior que o número do nível de energia desse elétron. Para provar essa teoria, alguns cientistas planejaram aquecer prata em um forno, com uma fenda para a saída do feixe de elétrons, que passa por um campo elétrico não uniforme até atingir uma placa de vidro. Sem o campo, formava um traço em forma de fenda, mas com o campo, aparecia uma forma oval e vazia no meio. Se o eixo tivesse qualquer direção, essa forma deveria ser preenchida no meio. Mas como surgiram somente duas formas, concluíram que existiriam duas orientações, só que não havia explicação de não ter aparecido uma linha reta sem influencias. A resposta surgiu em 1925, através do efeito Zeeman, que se o desvio se da ao magnetismo do movimento do elétron, então deveria interagir com cada elétron individualmente. Foi proposto um magnetismo próprio do elétron, o spin. Cada elétron possui duas possibilidades de orientação, por isso os traços se afastam. Os números quânticos conhecidos eram: (n) numero quântico principal, que trata o nível de energia do elétron; (l) numero quântico orbital, 4 relaciona o sub-nível e sua forma espacial; (ml) numero quântico magnético, a quantidade de possíveis inclinações do eixo do elétron. Em 1925, Wolfgang Pauli (1900-1958), físico austríaco, incluiu o quarto número quântico (ms), o spin do elétron, agora os conjuntos de números quânticos nunca se repetiam, com essas duas possibilidades de spins do elétron. Esse é o Principio da Exclusão de Pauli. 3. Revisão bibliográfica (Pesquisar na Revista Brasileira de Ensino de Física, Física na Escola, Experiências em Ensino de Ciências e Caderno Brasileiro de Ensino de Física). 4. Metodologia ou relato O método alternativo que consiste no uso de elementos práticos (Figura 1) em sala de aula obtendo teorias da aprendizagem significativa de Ausubel, que diz que o aluno é o construtor principal da sua própria aprendizagem, e para que um conhecimento seja comprendido de maneira satisfatória o aluno deve ter conhecimentos prévios do tema a ser abordado. A partir deste momento entra em ação o uso de tais elementos, que além de proporcionar um maior interesse pela aula auxiliara o aprendiz no que dis respeito a conhecimentos prévios, servindo como ancoradouro de todo um novo conceito a ser introduzido. será utilizado um método tradicional que se baseia em uma aula teórica sem qualquer tipo de elementos práticos, e um método alternativo que consiste em uma didática do qual apresenta elementos de ordem prática. Para que assim o aluno possa ter um pré-conhecimento do assunto e possa desenvolver os conhecimentos seguintes através da observação, da interação com os experimentos e do auxilio do professor. Fazer uma avaliação com as turmas dos dois métodos utilizados para então constatar os resultados da pesquisa. Ao longo do desenvolvimento do artigo, que inicialmente seria voltado principalmente a conceitos e termos puramente técnicos, foi surgindo a duvida de como o mesmo tema poderia ser mais bem explicado a quem não tem conhecimento algum sobre tal. A partir daí, o artigo foi tomando um rumo diferente. Mudando o seu foco puramente técnico, voltando-se para uma questão mais didática o principal interesse do artigo, é como ensinar? Como melhor aprender? Como Após todas essas duvidas surgida à idéia do uso de elementos práticos em sala de aula. Com o intuito de direcionar a atenção do aluno fazendo com que a aula fique mais atraente para que assim possa se ter um melhor aproveitamento do tempo em sala. (Neste item o foco o que será feito, como, onde, quando e com quem) Referências bibliográficas Para incluir site, dar uma verificada no site da revista Ciência & Cognição como deve fazer as referências. Figura. 1: (http://www.fisica.net/feirasdeciencias/motor2.jpg) Fazer uma comparação, entre dois tipos diferentes de ensino, para saber se a ou não uma igualdade no resultado entre os mesmos. Para isso http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_aprendizagem _de_ausubel http://www.cienciamao.if.usp.br/tudo/pmd.php?cod= _pmd2005_i3401