Periodo Colonial

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Curso Wellington: História da América- Período Colonial Prof Hilton Franco
1. A conquista e a colonização da América não estavam unicamente ligadas ao processo de
expansão mercantilista da Europa moderna. Faziam parte, também, da ação da igreja tridentina
no combate ao protestantismo e na luta em prol da ampliação do número de fieis católicos.
Nessa perspectiva,
a) a catequese dos povos americanos não teve destaque na ação das coroas portuguesa e
hispânica no Novo Mundo.
b) a instituição do padroado régio na Espanha e em Portugal assim como em suas possessões
no além-mar comprova o caráter religioso da conquista da América.
c) a ação dos jesuítas na catequese dos ameríndios e na colonização ibérica na América se
restringiu aos territórios hispânicos.
d) a presença massiva de protestantes na América colonial sob a tutela das monarquias
ibéricas ressalta a pequena atuação da igreja católica na colonização do Novo Mundo.
e) na América Portuguesa, os jesuítas não tiveram espaço para a atuação catequética,
cabendo essa ação, nos territórios lusos da América, a outras ordens, como os franciscanos
e beneditinos.
2. "As invasões holandesas que ocorreram no século XVII foram o maior conflito políticomilitar da Colónia. Embora concentradas no nordeste, elas não se resumiram a um simples
episódio regional. Ao contrário, fizeram parte do quadro das relações internacionais entre os
países europeus, revelando a dimensão da luta pelo controle do açúcar e das fontes de
suprimento de escravos. [...] O ataque a Pernambuco se iniciou em 1630, com a conquista de
Olinda. A partir desse episódio, a guerra pode ser dividida em três períodos distintos. [...]
O segundo período,entre 1637 e 1644, caracteriza-se por relativa paz, relacionada com o
governo do príncipe holandês Maurício de Nassau,que foi o responsável por uma série de
importantes iniciativas políticas e realizações administrativas."
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2004.p.84 e 85.)
São características do governo Maurício de Nassau, exceto:
a) concessão de créditos aos senhores de engenho.
b) investimentos em obras urbanas, sendo construídas pontes e obras sanitárias.
c) criação da cidade de Maurícia, hoje um bairro da capital pernambucana.
d) a intolerância religiosa, pois Nassau que era calvinista, perseguiu outros segmentos
religiosos.
e) estímulo à vinda de artistas, naturalistas, médicos e astrônomos.
3. "As Câmaras Municipais, encarregadas da administração local, foram sendo estruturadas
paralelamente à formação das primeiras vilas." A atuação das Câmaras, controladas pelos
homens-bons, abrangia diversos setores, como o abastecimento, a tributação e a execução
das leis.[...] Assim, as Câmaras Municipais constituíam poderosos órgãos da administração
colonial.
(COTRIM, Gilberto. História Global - Brasil e Geral. 8. ed. São Paulo: Saraiva,2005.p.203.)
A categoria dos homens-bons refere-se aos
a) contratadores, homens de prestígio, que eram autorizados a cobrarem impostos e o dízimo.
b) homens da sociedade colonial que se notabilizaram por fazer grandes obras de caridade.
c) administradores enviados pela coroa portuguesa com o objetivo de fiscalizar a arrecadação
do
quinto.
d) homens encarregados dos assuntos da justiça, auxiliares diretos dos governadores-gerais.
e) proprietários de terras, de escravos ou de gado que em muitas cidades exerciam o poder
político.
4. Observe este mapa:
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Nesse mapa, estão representados os limites territoriais da Colônia Portuguesa na América
estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494, e pelo Tratado de Madri, em 1750.
1. Considerando os respectivos períodos históricos, identifique e explique uma diferença que
caracteriza o traçado correspondente a cada um desses tratados.
Tratado de Tordesilhas:
Tratado de Madri:
2. Caracterize o contexto em que cada um desses tratados foi estabelecido.
Tratado de Tordesilhas:
Tratado de Madri:
5.
Carlos III, rei da Espanha entre 1759 e 1788, implementou profundas reformas –
conhecidas como bourbônicas – que tiveram grandes repercussões sobre as colônias
espanholas na América. Entre elas,
a) o estabelecimento de medidas econômicas e políticas, para maior controle da Coroa sobre
as colônias.
b) o redirecionamento da economia colonial, para valorizar a indústria em detrimento da
agricultura de exportação.
c) a promulgação de medidas políticas, levando à separação entre a Igreja Católica e a Coroa.
d) a reestruturação das tradicionais comunidades indígenas, visando instituir a propriedade
privada.
e) a decretação de medidas excepcionais, permitindo a escravização dos africanos e, também,
a dos indígenas.
6. Leia as afirmativas a seguir:
I. A conquista e a colonização europeia da América do Norte foi realizada, nos seus momentos
iniciais, por colonos oriundos de diversos países europeus, destacando-se os espanhóis, os
ingleses, os franceses, os holandeses, os suecos, entre outros.
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II. A religião católica, nas regiões colonizadas pelos espanhóis, desempenhou um importante
papel de agregação cultural e social ao contribuir para integrar e submeter ao domínio
castelhano os diversos grupos indígenas americanos.
III. Em todas as regiões da América colonizada pelos países europeus, a atividade econômica
predominante foi a mineração e, do ponto de vista social, houve a utilização em larga escala
do trabalho africano escravo.
Está CORRETO o que se afirma em:
a) II e III, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III.
7. (...) como puder, direi algumas coisas das que vi, que, ainda que mal ditas, bem sei que
serão de tanta admiração que não se poderão crer, porque os que cá com nossos próprios
olhos as vemos não as podemos com o entendimento compreender.
(Hernán Cortés. Cartas de Relación de la Conquista de Mexico, escritas de 1519 a 1526.)
O processo de conquista do México por Cortés estendeu-se de 1519 a 1521. A passagem
acima manifesta a reação de Hernán Cortés diante das maravilhas de Tenochtitlán, capital da
Confederação Mexica. A reação dos europeus face ao novo mundo teve, no entanto, muitos
aspectos, compondo admiração com estranhamento e repúdio. Tal fato decorre
a) do desinteresse dos conquistadores pelas riquezas dos Astecas.
b) do desconhecimento pelos europeus das línguas dos índios.
c) do encontro de padrões culturais diferentes.
d) das semelhanças culturais existentes entre os povos do mundo.
e) do espírito guerreiro e aventureiro das nações europeias.
8. O processo de colonização da América Espanhola foi intenso e violento. Os espanhóis
utilizaram largamente de agressividade, superioridade técnica militar, assim como de diferentes
formas de exploração do trabalho indígena, sendo a encomienda a mais comum. Sobre a
encomienda assinale o correto.
a) Constituía-se em forma de trabalho remunerado com algumas moedas de prata, proposta
pelo rei da Espanha para a população indígena.
b) Era o direito de capturar indígenas, dado pelo rei aos encomienderos que, em troca,
deveriam proporcionar aos nativos educação cristã.
c) Constituía-se em trabalho compulsório temporário no qual o indígena trabalhava por um
período e depois podia livremente deixar de prestar serviços para a coroa espanhola.
d) Era um acordo firmado entre espanhóis e líderes indígenas para fornecimento de mão de
obra nas minas de prata.
9. Segundo Stefan Ujvari, “O Novo Mundo saiu perdendo no intercâmbio de doenças. Os
europeus podem ter levado a sífilis, que só raramente era mortal; em compensação, trouxeram
para as Américas numerosas doenças, inclusive e, principalmente, a varíola, que dizimou
populações indígenas e facilitou a tarefa de conquistadores como Cortez e Pizarro. Os índios
não tinham defesas contra tais enfermidades e até a gripe podia mata-los”.
UJVARI, Stefan Cunha. A história e suas epidemias: a convivência do homem com os
microorganismos. Rio de Janeiro: SENAC, 2003,p.11.
São elementos que caracterizam a conquista espanhola, EXCETO:
a) Não foram apenas o ouro e a prata que atraíram os espanhóis para o Novo Mundo. O desejo
de conquistar e converter pagãos também contribuiu para isso.
b) Em 1519, Fernão Cortez desembarcou no litoral mexicano com um pequeno exército e,
durante dois anos de campanha, conseguiu derrotar os astecas e conquistar o México para a
coroa espanhola.
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c) No final da década de 1520, Francisco Pizarro saiu vitorioso sobre o império inca e
conquistou o Peru para a Espanha.
d) O interesse pelo Novo Mundo se dava principalmente pela política empreendida pela
Espanha de distribuir poderes e terras de forma igualitária entre os colonos. Nesse sentido, a
Igreja e os funcionários reais acabaram sendo os que menos receberam privilégios e
riquezas.
e) O ouro e a prata, resultados da conquista sobre o Novo Mundo, representaram a principal
fonte econômica para o financiamento das guerras empreendidas por Filipe II contra os
turcos muçulmanos e os protestantes holandeses e ingleses em meados do século XVI.
10. Recentemente o Papa Bento XVI afirmou que aconteceram "sofrimentos" e "injustiças"
durante o processo de colonização da América. A respeito da colonização ibérica no continente
americano, assinale o que for correto.
01) Na prática, o "pacto colonial" consistia em um instrumento que prendia política e
economicamente a colônia à metrópole.
02) A valorização das culturas nativas da América por parte de espanhóis e portugueses
resultou num claro processo de integração social e cultural entre América e Europa após o
fim do período colonial.
04) A escravidão somente passou a ser empregada nas colônias portuguesas e espanholas a
partir do século XVIII, momento em que foram encontradas as primeiras reservas minerais
no continente americano.
08) Do ponto de vista econômico, o projeto colonial ibérico se baseou principalmente na
estruturação de atividades artesanais e industriais nas colônias.
16) A Igreja Católica e as coroas ibéricas estiveram intimamente associadas no processo de
colonização da América.
11. A DESCOBERTA DA AMÉRICA E A BARBÁRIE DOS CIVILIZADOS
– A conquista da América pelos europeus foi uma tragédia sangrenta. A ferro e fogo! Era a
divisa dos cristianizadores. Mataram à vontade, destruíram tudo e levaram todo ouro que havia.
Outro espanhol, de nome Pizarro, fez no Peru coisa idêntica com os incas, um povo de
civilização muito adiantada que lá existia. Pizarro chegou e disse ao imperador inca que o papa
havia dado aquele país aos espanhóis e ele viera tomar conta. O imperador inca, que não
sabia quem era o papa, ficou de boca aberta, e muito naturalmente não se submeteu. Então
Pizarro, bem armado de canhões conquistou e saqueou o Peru.
– Mas que diferença há, vovó, entre estes homens e aquele Átila ou aquele Gengis-Cã que
marchou para o ocidente com os terríveis tártaros, matando, arrasando e saqueando tudo?
– A diferença única é que a história é escrita pelos ocidentais e por isso torcida a nosso favor.
Vem daí considerarmos como feras aos tártaros de Gengis-Cã e como heróis com
monumentos em toda parte, aos célebres “conquistadores” brancos. A verdade, porém, manda
dizer que tanto uns como outros nunca passaram de monstros feitos da mesmíssima massa,
na mesmíssima forma. Gengis-Cã construiu pirâmides enormes com cabeças cortadas aos
prisioneiros. Vasco da Gama encontrou na Índia vários navios árabes carregados de arroz,
aprisionou-os, cortou as orelhas e as mãos de oitocentos homens da equipagem e depois
queimou os pobres mutilados dentro dos seus navios.
Monteiro Lobato, História do mundo para crianças. Capítulo LX
O texto de Monteiro Lobato expressa a dificuldade de definirmos quem é civilizado e quem é
bárbaro. Mas isso à parte, pensando a atuação europeia nos séculos XVI e XVII nas áreas
americanas, um número razoável dessas visões equivocadas justificou o avanço espanhol e a
destruição dos astecas, maias e incas explicados por:
a) necessidades sociais impostas pelas características culturais do território espanhol e pela
presença muçulmana que limitava as condições de enriquecimento da monarquia, levando à
conquista da América e à constituição de uma base política iluminista.
b) necessidades religiosas decorrentes da perda de poder da Igreja Católica frente ao avanço
das reformas protestantes e das alianças com as potências ibéricas para estabelecer o
Império da Cristandade, baseado na Escolástica.
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c) necessidades políticas oriundas das tensões na Península Ibérica que levaram a Espanha a
organizar o processo de conquista do Novo Mundo como única alternativa para sua unidade
política, utilizando para isso o apoio do Papado e da França de Francisco I.
d) necessidades econômicas provenientes da divisão do território espanhol, fruto da
diversidade cultural e étnica, e das disputas pelo poder entre Madri e Barcelona, ampliadas
pelas vitórias portuguesas na África e na Ásia e pelo desenvolvimento da economia do
açúcar no Brasil.
e) necessidades econômicas, políticas e religiosas dos recém-centralizados estados modernos,
através do mercantilismo metalista que inundou a Europa de prata e de ouro, levando em
seguida a uma revolução nos preços, que provocou inflação, e ao avanço de novas formas
de desenvolvimento da agricultura.
12. O uso do trabalho escravo de africanos na América colonial representou para setores das
colônias e das metrópoles, respectivamente:
a) O aumento do lucro na produção agrícola e a concentração de capital por meio dos ganhos
com o tráfico.
b) A aceitação passiva, pelos africanos, da condição de escravos e o controle absoluto da
circulação de mercadorias.
c) O desconhecimento pelos escravos das novas terras, dificultando as fugas, e a maior
especialização da mão de obra.
d) A substituição da mão de obra indígena e a semelhança com as relações de trabalho então
existentes a Europa.
e) O repovoamento de áreas cujas populações originais foram dizimadas e o controle militar do
Atlântico.
13. O fenômeno da escravidão, ou seja, da imposição do trabalho compulsório a um indivíduo
ou a uma coletividade, por parte de outro indivíduo ou coletividade, é algo muito antigo e,
nesses termos, acompanhou a história da Antiguidade até o séc. XIX. Todavia, percebe-se que
tanto o status quanto o tratamento dos escravos variou muito da Antiguidade greco-romana até
o século XIX em questões ligadas à divisão do trabalho.
As variações mencionadas dizem respeito
a) ao caráter étnico da escravidão antiga, pois certas etnias eram escravizadas em virtude de
preconceitos sociais.
b) à especialização do trabalho escravo na Antiguidade, pois certos ofícios de prestígio eram
frequentemente realizados por escravos.
c) ao uso dos escravos para a atividade agroexportadora, tanto na Antiguidade quanto no
mundo moderno, pois o caráter étnico determinou a diversidade de tratamento.
d) à absoluta desqualificação dos escravos para trabalhos mais sofisticados e à violência em
seu tratamento, independentemente das questões étnicas.
e) ao aspecto étnico presente em todas as formas de escravidão, pois o escravo era, na
Antiguidade greco--romana, como no mundo moderno, considerado uma raça inferior.
14. Uma antiga profecia maia, datada do século XIII, afirmava: “a terra queimará e haverá
grandes círculos brancos no céu. A amargura surgirá e a abundância desaparecerá. A época
mergulhará em graves trabalhos. De qualquer modo, isso será visto. Será o tempo da dor, das
lágrimas e da miséria. É o que está por vir”.
Frei Bartolomeu de Las Casas, teólogo e missionário dominicano espanhol (século XVI),
retomou essa curiosa profecia para retratar um episódio marcante para a história da América e
do próprio Ocidente. Trata-se:
a) Do genocídio das populações de iroqueses e outras etnias pelos colonos ingleses na
América do Norte, o que explica a predominância de população de origem europeia, até
recentemente, nos Estados Unidos da América.
b) Das guerras de independência que as colônias da América Espanhola precisaram travar
contra sua Metrópole, no primeiro quartel do século XIX.
c) Da fundação da cidade-estado de Tenochtitlán, no Vale do México (1235 d.C.), e do
imperialismo mexica (asteca), que subjugou as demais cidades - estado da região.
d) Da conquista da América pelos espanhóis, que resultou num desastre demográfico das
populações ame rica nas e na imposição de formas compulsórias de trabalho, como a mita e
a encomienda.
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e) Da disputa interna, no Império Inca, entre Atahualpa e Huascar pela soberania em Cuzco,
que gerou destruição, miséria e retração da economia agrícola.
15.
"Há dois lados na Divisão Internacional do Trabalho: um, em que alguns países se
especializam em ganhar e, outro, em que se especializaram em perder. Nossa comarca do
mundo, que hoje chamamos de América Latina, foi precoce: especializou-se em perder desde
os remotos tempos em que os europeus do Renascimento se abalançaram pelo mar e fincaram
os dentes em sua garganta"
(Eduardo Galeano. "As veias abertas da América Latina", RJ, Paz e Terra, 1978)
I. A economia colonial da América Latina tinha um caráter complementar em relação às suas
metrópoles europeias.
II. O exclusivo metropolitano resultava em superavit comercial para as colônias.
III. A opção pela plantation de cana de açúcar, em diferentes áreas da América Latina,
respondia aos propósitos estabelecidos pela política Mercantilista.
Considerando I, II e III acima, a tese defendida pelo autor do texto se reforça:
a) somente em I.
b) somente em III.
c) somente em I e em III.
d) somente em II e em III.
e) somente em I e em II.
16.
Sobre a conquista da América, é verdade dizer que astecas, incas e maias foram
subjugados pelos espanhóis, embora houvesse superioridade numérica de índios. Para isso
contribuíram o uso de armas de fogo, os conflitos internos entre os nativos e as doenças
transmitidas pelos conquistadores.
Sobre a conquista dos incas, assinale a alternativa correta.
a) Os incas foram derrotados porque acreditaram que os conquistadores eram deuses de volta
aos Andes e se sacrificaram em frente deles.
b) A conquista do vasto território inca foi se consolidando sem resistência por parte dos
indígenas, sobretudo dos quéchuas, que foram exterminados.
c) O aventureiro Fernão Cortez cruzou o Panamá, chegou ao Pacífico e comandou a conquista
dos incas, aproveitando-se das lutas internas que enfraqueciam o Império.
d) Atahualpa consultou os sacerdotes adivinhos para que explicassem a invasão dos
conquistadores. Por não obter resposta, o rei os matou e dessa forma o Império teocrático
colapsou.
e) O conquistador espanhol, após ter tido contato direto com Atahualpa, armou-lhe uma cilada
e o fez prisioneiro; pediu resgate em ouro, mas, mesmo assim, o matou. Sem o rei, o Império
desestabilizou-se e caiu.
17. "Se edificámos com eles as suas igrejas [...], eles servem a Deus e a si, nós servimos a
Deus e a eles; mas não eles a nós. Se nos vêm buscar em uma canoa [...], para os ir doutrinar
por seu turno, ou para ir sacramentar os enfermos a qualquer hora do dia ou da noite, em
distância de trinta, de quarenta, e de sessenta léguas, não nos vêm eles servir a nós, nós
somos os que os imos servir a eles." [sic]
VIEIRA, António. "Obras completas do Padre António Vieira: Sermões". Porto: Lello & Irmão,
1959. p. 39.
Durante o ano de 2008, celebram-se os 400 anos do nascimento do padre Antônio Vieira,
missionário jesuíta, pregador renomado e autor do fragmento anteriormente citado. Sobre o
padre Antônio Vieira e a atuação dos jesuítas na América, é CORRETO afirmar que:
01) Os missionários jesuítas, entre eles José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e Antônio Vieira,
atuaram no Brasil, na tentativa de converter os povos indígenas ao Catolicismo.
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02) Os Aldeamentos e Reduções foram criados pelos missionários jesuítas no Brasil, Paraguai
e Argentina, como tentativas de escravização das comunidades indígenas.
04) A autonomia administrativa permitida aos jesuítas pelas autoridades da Espanha e de
Portugal possibilitou aos grupos aldeados e às Reduções um desenvolvimento pacífico e
harmonioso até o século XX.
08) Na América do Sul os jesuítas fundaram Aldeamentos, Reduções e Escolas, nos quais
pretendiam educar os colonos e convencer os povos indígenas que a aceitação pacífica do
trabalho escravo os tornaria dignos do Céu.
16) Nas Reduções e Aldeamentos do Paraguai e do Brasil, além da evangelização, os jesuítas
organizavam atividades artísticas, como a música e o teatro.
32) O padre Antônio Vieira, além de dedicar-se às atividades missionárias, atuou como
pregador e publicou extensa obra, com destaque para os "Sermões", que reúnem as suas
pregações.
18.
Formou-se na América tropical uma sociedade agrária na estrutura, escravocrata na
técnica de exploração econômica, híbrida de índio — e mais tarde de negro — na composição.
Sociedade que se desenvolveria defendida menos pela consciência de raça, do que pelo
exclusivismo religioso desdobrado em sistema de profilaxia social e política. Menos pela ação
oficial do que pelo braço e pela espada do particular. Mas tudo isso subordinado ao espírito
político e de realismo econômico e jurídico que aqui, como em Portugal, foi desde o primeiro
século elemento decisivo de formação nacional; sendo que entre nós através das grandes
famílias proprietárias e autônomas; senhores de engenho com altar e capelão dentro de casa e
índios de arco e flecha ou negros armados de arcabuzes às suas ordens.
FREYRE, G. Casa-Grande e Senzala. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984.
De acordo com a abordagem de Gilberto Freyre sobre a formação da sociedade brasileira, é
correto afirmar que
a) a colonização na América tropical era obra, sobretudo, da iniciativa particular.
b) o caráter da colonização portuguesa no Brasil era exclusivamente mercantil.
c) a constituição da população brasileira esteve isenta de mestiçagem racial e cultural.
d) a Metrópole ditava as regras e governava as terras brasileiras com punhos de ferro.
e) os engenhos constituíam um sistema econômico e político, mas sem implicações sociais.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Mais vale estar na charneca com uma velha carroça do que no mar num navio novo.
(Provérbio holandês. In: SEBILLOT, P. Legendes, croyances et supertitions de la mer. Paris:
1886, p. 73.)
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal?
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar para que
fosses nosso, ó mar!
(PESSOA, F. Obra poética. Rio de Janeiro: Aguillar, 1969, p. 82.)
19. Com base nos conhecimentos sobre os sistemas coloniais, é correto afirmar.
a) O mercantilismo consistia na liberalização das barreiras nacionais para o comércio, visando
enriquecer as nações através da livre competição.
b) As 13 colônias inglesas desenvolveram a colonização de exploração, privilegiando o
mercado externo e abrindo-se ao comércio internacional.
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c) Na América portuguesa, as entradas e bandeiras visavam, a serviço do estado português,
expandir as fronteiras brasileiras e combater a escravidão indígena, levando a fé cristã aos
nativos.
d) Devido ao comércio colonial, em fins do século XIX, Portugal e Espanha garantiam para si a
maior fatia da riqueza das suas colônias, deixando os resíduos da opulência para países
como Inglaterra, Holanda e França.
e) O tráfico de escravos africanos, dada a importância que adquiriu, tornou-se rapidamente
uma das principais fontes de acumulação de capital nas colônias e nas metrópoles.
20. Com base nos conhecimentos sobre a formação dos estados e a expansão comercial e
colonial europeia, é correto afirmar.
a) Dos países que se destacaram no mundo da expansão ultramarina - Portugal, Holanda,
Inglaterra e França - a nação inglesa destacava-se por possuir potencial militar, econômico e
científico para empreender expedições mais seguras.
b) Os conquistadores europeus, ao se depararem com as populações nativas, encontraram
culturas semelhantes à europeia em termos de sistema político, administrativo e econômico.
Quanto ao trabalho, o cultivo do campo ficava ao encargo das mulheres, ao passo que os
homens cuidavam da parte comercial.
c) As chamadas "Navegações" ocorreram num contexto de expansão comercial do Oriente.
Progressos técnicos na área da navegação, da imprensa e da medicina contribuíram para a
viabilidade de tal empreendimento, assim como o desejo de romper o monopólio comercial
inglês no Mediterrâneo.
d) Como consequência do processo expansionista, novos territórios foram encontrados,
ocupados e colonizados. As Américas portuguesa e espanhola procuraram transformar
esses espaços em centros produtores para complementar e dar continuidade ao seu fluxo
comercial.
e) A conquista empreendida pela Espanha deveu-se à Rainha Isabel de Castela, a católica,
que financiou a expedição de Cristóvão Colombo com o dinheiro de suas joias - contra a
vontade da Inquisição espanhola.
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Gabarito:
Resposta
[B]
da
questão
1:
A expressão “Igreja Tridentina”, refere-se à Igreja Católica a partir das decisões do Concílio de
Trento, no contexto da contrarreforma. A instituição do “padroado” não é das decisões mais
lembradas do Concílio, mas está correta e determina a subordinação das instituições religiosas
aos reis de Portugal e Espanha.
Resposta
[D]
da
questão
2:
O “período nassoviano” foi caracterizado por uma política de modernização, destacando as
obras que remodelaram a cidade de Recife, também conhecida como “Cidade Maurícia”. A vida
cultural e intelectual tornou-se dinâmica e região conheceu a recuperação da economia
canavieira. Apesar de orientação religiosa calvinista, a política adotada foi de tolerância,
permitindo as manifestações tradicionais do catolicismo, religião dos colonos de origem
portuguesa.
Resposta
[E]
da
questão
3:
As Câmaras Municipais representam o “poder local”, identificado com os interesses da elite
colonial, particularmente da elite agrária. Ao longo do período colonial, representou a
contraposição à política do Governo Geral, que representava os interesses metropolitanos.
Resposta
da
questão
4:
1. Tratado de Tordesilhas: a linha de Tordesilhas é imaginária e foi estabelecida para
dividir o mundo entre Portugal e Espanha; Tratado de Madri: a linha demarcatória divide as
terras de Portugal e Espanha na América e baseia-se no princípio do uti possidetis, que leva
em consideração a ocupação dessas regiões
2. O Tratado de Tordesilhas foi definido em 1494, época em que apenas Portugal e Espanha
realizavam a expansão marítima e a conquista de terras fora da Europa. As duas nações eram
as grandes potencias econômicas europeias. O Tratado de Madri foi definido em 1750, época
de apogeu da exploração aurífera no Brasil, que garantia riqueza significativa para Portugal; ao
mesmo tempo, a Espanha vivia um período de decadência, com a redução da extração de
minérios em suas colônias e com a derrota na Guerra de Sucessão, encerrada em 1715, que a
forçou a fazer diversas concessões.
Resposta
[A]
da
questão
5:
O Rei Carlos III governou a Espanha como um típico déspota esclarecido do século XVIII,
promovendo um grande afluxo de idéias iluministas na América, enquanto exercia um forte
poder político. Promoveu também reformas econômicas atribuídas ao seu ministro Conde de
Aranda que recaíram sobre as colônias na América, estabelecendo entre outras medidas a
instituição de novos tributos fiscais, a supressão do sistemas de portos únicos e a criação de
companhias de comércio. Tais medidas ao desagradarem os colonos, contribuíram para um
sentimento anti-hispânico que nutrirá mais tarde o desejo de emancipação.
Resposta
[C]
da
questão
6:
Durante o período colonial da América a atividade econômica predominante foi a agricultura
estruturada no sistema de plantation. A mineração limitou-se ao México e o Peru nos domínios
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espanhóis e no Brasil, durante o século XVIII. Nas áreas espanholas predominou a mita (Peru)
ou catequil (México), trabalho compulsório imposto aos nativos e no Brasil, nas lavras (grande
extração) empregava-se mão de obra escrava de origem africana.
Resposta
[C]
da
questão
7:
Uma característica marcante do processo de conquista e colonização da América foi o choque
de diferentes valores culturais entre nativos e europeus, como fica evidente nas palavras de
Cortez. A questão poderia ser respondida apenas por interpretação do enunciado.
Resposta
[B]
da
questão
8:
Os índios, considerados vassalos do rei espanhol, deveriam pagar impostos como os outros
súditos. Entre os tributos encontravam-se as formas de trabalho compulsório (obrigatório)
conhecidas como encomienda e mita.
A mita era temporária, remunerada e direcionada, principalmente, para a exploração das
minas. A encomienda era permanente e, em troca do trabalho na terra, o índio receberia a
catequese. Afinal, o termo faz referência à “ encomenda” da salvação da alma do índio pelo
colonizador espanhol. O encomendero espanhol recebia a posse de um determinado território e
dos nativos que nele habitavam e, não necessariamente, o direito da sua captura.
Resposta
[D]
da
questão
9:
Diferentemente do que afirma a alternativa D, e o que pode ser confirmado a partir das demais,
o interesse espanhol pelo Novo Mundo baseava-se principalmente na exploração da
mineração, não sendo prioritária a exploração agrícola.
Inicialmente, a exploração dos domínios espanhóis deu-se a partir das capitulações que
consistiam em contratos pelos quais a Coroa concedia permissão para explorar, conquistar e
povoar terras, fixando direitos e deveres recíprocos, surgindo assim os adelantados, títulos
concedido pelo rei aos conquistadores que os convertiam em representantes da Coroa no
território que conquistassem. Porém, à medida que se revelavam as riquezas do Novo Mundo,
a Coroa foi centralizando o processo de colonização, anulando as concessões feitas aos
particulares.
Na sociedade colonial espanhola, membros do clero católico, funcionários da administração e
militares eram designados como chapetones e desfrutavam de privilégios. Os criollos, filhos de
espanhóis nascidos nas colônias, apesar de constituirem uma elite econômica, eram impedidos
de ocuparem cargos administrativos. Mestiços e indígenas eram os marginalizados.
Resposta
01+ 16 = 17
da
questão
10:
Durante domínio colonial espanhol na América, os nativos foram submetidos às mais variadas
formas de exploração, discriminação e aculturação. Quanto a exploração do trabalho, os
nativos foram submetidos ao repartimiento, forma de trabalho compulsório inspirado na mita
incaica e empregado principalmente na mineração, e à encomienda que previa o direito de
exploração da mão de obra indígena pelos colonos mediante o compromisso de evangelizá-los
na fé católica.
A extração de metais preciosos foi a principal atividade econômica na América espanhola,
associada à produção agrícola nas áreas favoráveis à instalação de plantations. A produção
artesanal e industrial foi impedida pelo Pacto Colonial que obrigava as colônias a adquirirem
manufaturas somente junto à metrópole.
Resposta
2/8/2002
da
questão
15:381
11:
Curso Wellington: História da América- Período Colonial Prof Hilton Franco
[E]
A questão remete às várias teorias racistas, sobretudo as do século XIX fundamentadas no
Darwinismo Social, que reforçaram o eurocentrismo como justificativa para a submissão de
diversos povos pelos europeus, motivada por interesses econômicos, políticos e religiosos.
Resposta
[A]
da
questão
12:
Resposta
[B]
da
questão
13:
Na antiguidade a escravidão de um individuo era determinada pelo aprisionamento em guerra,
por dívidas ou pelo nascimento, diferindo da escravidão adotada na América pelos
colonizadores europeus na modernidade e no século XIX, restrita a negros ou indígenas,
baseada portanto em critérios étnicos.
Resposta
[D]
da
questão
14:
A questão analisa, a partir de uma profecia maia e da citação a frei Bartolomeu de Las Casas,
o processo de conquista da América pelos espanhóis, marcado pela extrema brutalidade
destes contra as populações nativas. Em sua obra “A Conquista do Paraíso”, o frei, assim
como fizeram outros religiosos, denuncia tal violência, contribuindo para que a Coroa
Espanhola, já no século XVI, proibisse a escravização dos nativos. Porém, para minimizar as
dificuldades à empresa colonizadora, os indígenas foram submetidos a duas formas de
trabalho consideradas menos injustas: a mita (instituição herdada dos incas), pela qual os
nativos passavam a dever trabalho compulsório e a encomienda, direito concedido a alguns
colonos de exploração de mão de obra indígena mediante o compromisso de evangelizá-los na
fé católica.
Resposta
[C]
da
questão
15:
Resposta
[E]
da
questão
16:
Resposta
(01) + (16) + (32) = 49
da
questão
17:
Resposta
[A]
da
questão
18:
A questão analisa o processo de colonização da América enfatizando, de um lado, as
iniciativas particulares e de outro, o subentendimento da pouca interferência do Estado no
arranjo da organização econômica, social e cultural nas colônias.
Resposta
[E]
da
questão
19:
Resposta
[D]
da
questão
20:
2/8/2002
15:381
Curso Wellington: História da América- Período Colonial Prof Hilton Franco
Resumo das questões selecionadas nesta atividade
Data de elaboração:
Nome do arquivo:
10/09/2011 às 03:33
Periodo Colonial América
Legenda:
Q/Prova = número da questão na prova
Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®
Q/prova
Q/DB
Matéria
Fonte
Tipo
1..................104469.............História...............Upe/2011................................Múltipla escolha
2..................102324.............História...............G1 - col.naval/2011.................Múltipla escolha
3..................102334.............História...............G1 - col.naval/2011.................Múltipla escolha
4..................103841.............História...............Ufmg/2011..............................Analítica
5..................90428...............História...............Fuvest/2010............................Múltipla escolha
6..................92942...............História...............Ufv/2010.................................Múltipla escolha
7..................90509...............História...............Unesp/2010............................Múltipla escolha
8..................98200...............História...............Uece/2010..............................Múltipla escolha
9..................90596...............História...............Pucpr/2010.............................Múltipla escolha
10................90712...............História...............Uepg/2010..............................Somatória
11................91482...............História...............Uff/2010..................................Múltipla escolha
12................85857...............História...............Unifesp/2009...........................Múltipla escolha
13................91996...............História...............Enem cancelado/2009............Múltipla escolha
14................107010.............História...............Fgv/2009.................................Múltipla escolha
15................85684...............História...............Mackenzie/2009......................Múltipla escolha
16................85805...............História...............Ufc/2009.................................Múltipla escolha
17................85833...............História...............Ufsc/2009................................Somatória
18................91985...............História...............Enem cancelado/2009............Múltipla escolha
19................85767...............História...............Uel/2009.................................Múltipla escolha
20................85768...............História...............Uel/2009.................................Múltipla escolha
2/8/2002
15:381
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