utilizando a internet como plataforma - Pós

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MONITORAÇÃO REMOTA DE DRIVES
Utilizando a Internet como plataforma
Luiz Celso Mertens
Curso de Especialização em Desenvolvimento de Aplicações Web
Instituto Catarinense de Pós-Graduação
Frank Juergen Knaesel
Professor de XML
Instituto Catarinense de Pós-Graduação
Resumo
Uma nova geração de negócios está sendo criada com a expansão da Internet. A Internet
deixou de ser apenas uma rede científica para tornar-se uma alavanca para novos negócios e
serviços. A Internet possibilitou a conexão dos computadores e lhes permitiu a troca de
informações. Este estudo tem por objetivo demonstrar uma solução prática utilizando a
internet para monitoração remota de um inversor de freqüência. Assim a prestação de serviços
torna-se mais rápida, eficaz e tem um custo menor para o cliente e o fornecedor (WEG). São
enfocados os principais aspectos da aplicação e as ferramentas envolvidas.
Palavras-chave: Monitoração remota – Aplicação web – Drive – Inversor de freqüência
Abstract
A new business generation is being created with the expansion of the Internet. Internet is not
only a scientific network, it is a lever to new business and services. The Internet allowed the
computer connections and the information exchange. The main objective of this article is the
demonstration of a practical solution using the Internet to monitor a frequency inverter
remotely. So the service becomes faster, effective and has a lower cost for the customer and
for the supplier (WEG). The main aspects of the application and the involved tools are
focused in the article.
Keywords: Remote monitoring – Web application – Drive – Frequency inverter
1.
INTRODUÇÃO
O mundo está vivendo um momento de desenvolvimento extremamente acelerado,
com freqüentes lançamentos de novos produtos e a expansão dos mercados de uma forma
nunca antes vista, mediante o evento da globalização. Hoje os competidores não são mais
necessariamente de uma mesma região, nem tampouco do mesmo país. O competidor pode
ser uma empresa da qual nunca se ouviu falar.
O mercado mudou o conceito de produto, hoje ele se posiciona melhor como solução,
ou seja, o cliente não quer somente comprar um produto, mas ele deseja uma solução
adequada ao seu problema.
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Como permanecer firme no mercado em um cenário assim? A resposta encontra-se
nos serviços, além de atributos indispensáveis, como qualidade e confiabilidade, sem os quais
a empresa nem pode permanecer ativa.
“À medida que o ritmo de mudanças se acelera, as empresas não podem mais confiar
em suas antigas práticas de negócios para manter a prosperidade” (KOTLER, 2001, p. 17).
Como os mercados estão em constante evolução, tornando-se mais exigentes em relação à
qualidade, serviços e prazos, faz-se necessário alterar a estratégia para continuar na liderança
do mercado, ou até mesmo para sobreviver nele.
Se os clientes apenas comprassem produtos e não se importassem com serviços e
benefícios adicionais e se todos os produtos de todas as categorias fossem iguais,
todos os mercados dependeriam apenas de preço e todas as empresas teriam que
aceitar o preço estabelecido pelo mercado (KOTLER, 2001, p. 177).
Uma das maneiras de alcançar uma vantagem competitiva é fornecer mais valor que
seus concorrentes e acrescentar benefícios que tornem o produto mais atraente.
“A Internet está mudando o conceito das aplicações. Estamos nos movendo em direção
à computação universal e em direção aos serviços eletrônicos” (AMOR, 2000, p. XXVII).
Para aproveitar o tremendo poder de comunicação, completamente sem fronteiras da Internet,
e para agregar valor aos seus clientes, a WEG iniciou o desenvolvimento de uma aplicação
utilizando a Internet para trafegar as informações dos equipamentos, o que é oportuno e
adequado dentro desta visão da Internet como agente de mudanças.
Neste estudo discute-se uma solução prática da utilização da Internet na área de
prestação de serviços para uma empresa fabricante de inversores de freqüência, a WEG.
Monitorar remotamente um inversor de freqüência utilizando a Internet torna-se um serviço
rápido e bastante eficaz, além do custo ser reduzido em relação à forma tradicional, de enviar
um técnico ao local.
Como controlar um drive remotamente? Como acessar suas funções? Como visualizar
e alterar seus parâmetros? Alguns clientes apresentam dificuldades na parametrização dos
equipamentos. Ajudar o cliente a parametrizar corretamente o drive é uma maneira de
conquistar o cliente, principalmente fornecendo este suporte técnico gratuitamente por uma
equipe treinada. Com isto consegue-se fortalecer o relacionamento nos negócios com os
clientes.
É apresentado o desenvolvimento da aplicação web baseado em servidor, a qual extrai
informações dinâmicas do inversor de freqüência e disponibiliza estas informações em
navegadores, por exemplo, no navegador do cliente e da equipe de atendimento do teleserviços da empresa.
Esta aplicação web foi desenvolvida utilizando principalmente a linguagem Visual
Basic, usando uma tecnologia especial denominada aplicação IIS. Uma aplicação IIS é um
tipo de projeto criado pelo Visual Basic para uso específico na web. Esta aplicação é
executada em um servidor web, sob o Internet Information Server da Microsoft, o qual
disponibiliza as informações do inversor em páginas HTML.
São enfocados aspectos gerais da solução e não detalhes de programação.
Inicialmente serão apresentados os conceitos de drive e uma descrição do inversor de
freqüência. A aplicação web foi desenvolvida para se comunicar com o inversor de
freqüência. A seguir o estudo estará focado no desenvolvimento de software, definindo-se
inicialmente a diferença entre aplicação web e páginas estáticas HTML. Apresentam-se então
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as razões para o desenvolvimento do software na linguagem Visual Basic e descreve-se o tipo
de aplicação web utilizada, que é a aplicação IIS do Visual Basic. Nesta descrição inclui-se a
definição de webclass, seu funcionamento e a estrutura da aplicação IIS. A seguir é
apresentada a tecnologia ADO utilizada para acessar a base de dados do software em
linguagem XML, evidenciando-se alguns aspectos desta linguagem. Em seguida serão
examinados o servidor web e suas versões disponíveis para as várias versões do software
Windows. O servidor web hospeda a aplicação desenvolvida. No final serão analisados
aspectos gerais do funcionamento dos menus do software.
2.
DRIVE
Drive é um equipamento para utilização em aplicações industriais nos mais variados
segmentos. Os drives são divididos em diversas famílias, por exemplo, inversores de
freqüência, soft-starters e servoconversores.
As soft-starters são chaves de partida estática projetadas para acelerar e desacelerar e
proteger motores elétricos de indução trifásicos.
Os inversores de freqüência são equipamentos destinados a controlar e variar a
velocidade de motores elétricos de indução trifásicos.
Os servoconversores são equipamentos para utilização em aplicações industriais onde
se necessita elevada dinâmica, controle de torque, robustez, precisão de velocidade e
posicionamento contribuindo para o aumento da qualidade e produtividade.
3.
INVERSOR DE FREQÜÊNCIA
Um parâmetro do inversor de freqüência é um valor de leitura ou escrita, através do
qual o usuário pode ler ou programar valores que mostrem, sintonizem ou adeqüem o
comportamento do inversor e motor em uma determinada aplicação.
Exemplos simples de parâmetros: parâmetro de leitura P003 é a corrente consumida
pelo motor; parâmetro programável P121 é a velocidade de giro do motor, quando comandado
pelo teclado (referência de velocidade, valor de freqüência).
Deve-se configurar o endereço do inversor na rede de drives, podendo ser de 01 até 30.
Existe um parâmetro que armazena o endereço, podendo ser visualizado ou alterado. O
inversor utiliza a interface serial RS-232 para comunicação serial e o protocolo é o WEG Bus,
protocolo proprietário da WEG.
A comunicação serial é feita somente com o inversor de freqüência modelo CFW-09.
4.
APLICAÇÃO WEB
De modo geral, um site da web fornece páginas estáticas HTML aos usuários. Cada
página é uma resposta genérica e padrão à uma solicitação.
Uma aplicação web é diferente de um site web. Uma aplicação web fornece
informação dinâmica, não arquivos HTML estáticos. Por exemplo, a aplicação lê, quando
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necessário, informações armazenadas em um servidor de banco de dados. Uma aplicação web
não só fornece informação, como também a aceita e responde às suas ações com uma resposta
específica, tornando as páginas web mais flexíveis e customizáveis.
Este projeto é uma aplicação web justamente por oferecer a possibilidade do usuário
escolher os parâmetros que deseja monitorar.
5. POR QUE ESCREVER UMA APLICAÇÃO WEB EM VISUAL BASIC
Diversas razões levaram a escrever esta aplicação web usando Visual Basic.
Velocidade – o programa em Visual Basic é compilado, assim o programa fornece
mais velocidade para o código no servidor web que um programa interpretado linha a linha.
Tamanho das variáveis – como a aplicação IIS usa tipos de variáveis que são nativas
no Visual Basic, o VBScript por exemplo usa apenas variáveis do tipo variant, que devido ao
seu tamanho e necessidade de checar subtipos de variáveis, normalmente executam um pouco
mais lentamente e em alguns casos muito mais lentamente que tipos de dados primitivos.
Segurança – como o programa é compilado, ninguém pode ver o código da aplicação.
Familiaridade com a linguagem – com exceção das informações apresentadas ao
usuário em HTML, todo o código do aplicativo é desenvolvido em Visual Basic, o qual é uma
linguagem já familiarizada para os programadores da empresa WEG. Desta forma escreve-se
um código melhor e mais rápido.
Depurador – a possibilidade de ver e alterar os conteúdos das variáveis, reescrever
código em tempo de execução, mover o ponteiro de execução e ir passo a passo pelo código
do projeto é uma grande vantagem durante os testes. O que torna o desenvolvimento para web
mais robusto.
6.
SERVIDOR WEB
A web popularizou a idéia de uma unidade central inteligente de processamento – o
servidor web. O servidor web é um software instalado em um computador para atender a
pedidos de arquivos feitos pelos navegadores dos usuários.
Este projeto utiliza o PWS (Personal Web Server) como servidor de páginas web para
o sistema operacional Windows 95/98/ME. As versões NT e 2000 do Windows utilizam outro
servidor que é o IIS v4.0 e o IIS v5.0 respectivamente.
As páginas ASP presentes em um computador requerem o PWS ou IIS para rodar.
7.
APLICAÇÃO IIS
Para desenvolver esta aplicação web foi utilizado um tipo especial de tecnologia
denominada aplicação IIS (Internet Information Server) a qual é desenvolvida em Visual
Basic. Ela é executada em um servidor web, sob o Internet Information Server da Microsoft.
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Uma aplicação IIS usa HTML para apresentar a interface do usuário e utiliza código
compilado em Visual Basic para processar solicitações e responder aos eventos no navegador.
Para o usuário, uma aplicação IIS parece ser feita de uma série de páginas HTML.
Para o desenvolvedor, uma aplicação IIS é construída utilizando um tipo especial de objeto
chamado webclass, que por sua vez contem uma série de recursos chamados webitems e
contém também o código que distribui os webitems ao cliente.
Aplicações IIS são projetadas para desempenhar a maior parte do processamento no
servidor web.
7.1. ESTRUTURA DAS APLICAÇÕES IIS
Uma aplicação IIS consiste dos seguintes itens, dos quais alguns são gerados
automaticamente quando se cria o projeto.
•
•
•
•
•
•
Uma ou mais webclasses, que são geradas automaticamente quando o programador
cria o projeto.
Um ou mais templates HTML e seus eventos, que são páginas HTML com alguns
campos delimitados que a webclass pode substituir com informações customizadas
durante a execução.
Um ou mais webitems e seus eventos.
Um arquivo ASP usado para hospedar a webclass no Internet Information Server
(IIS). O arquivo ASP é gerado automaticamente quando o programador cria o
projeto, cujo nome do arquivo é especificado na propriedade “NameInURL”.
O componente de run-time da webclass, MSWCRUN.DLL, que auxilia na
solicitação dos processos.
O arquivo de extensão DLL (gerado automaticamente durante a compilação) que
contém seu código em Visual Basic e é acessado pelo componente de run-time.
Figura 1 – Estrutura das aplicações IIS
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Fonte: Microsoft
Na figura 1 o navegador solicita uma página ASP ao servidor web. O servidor web
encaminha o pedido ao processador ASP utilizando o IIS. O processador ASP faz a chamada
da webclass com o auxílio do componente de run-time da webclass. O código compilado da
webclass processa a solicitação e envia a resposta ao navegador que fez a requisição, usando o
caminho inverso.
8.
WEBCLASS
Uma webclass é um componente em Visual Basic que reside no servidor web. A
webclass age como a unidade central de funcionamento da aplicação, processando dados do
navegador e enviando informação aos usuários.
A webclass permite construir a lógica do servidor em Visual Basic e então unir à
página ASP. Quando o navegador solicita a página ASP, a página ASP por sua vez chama a
webclass para desempenhar o processamento no servidor.
Figura 2 – Versão simplificada do funcionamento da Webclass
Fonte: Microsoft
A figura 2 é uma versão simplificada do funcionamento da webclass. O navegador faz
uma solicitação ao servidor web, o processador ASP faz a chamada da webclass e esta envia a
resposta ao navegador.
8.1. ENTENDENDO COMO A WEBCLASS FUNCIONA
Cada webclass em uma aplicação IIS tem um arquivo ASP associado que o Visual
Basic gera automaticamente durante o processo de compilação ou debug. O arquivo ASP
hospeda a webclass no servidor web. Além disso, ele gera o componente de run-time da
webclass quando a aplicação é primeiro iniciada e dispara o primeiro evento no ciclo de vida
da webclass.
Cada webclass tem sua própria página ASP, e por sua vez cada webclass pode ter
muitos webitems associados à ela.
Os webitems são geralmente páginas HTML e outros dados (uma imagem, um arquivo
de som) que a webclass pode enviar ao navegador em resposta a uma solicitação.
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Figura 3 – Relacionamento entre arquivos ASP e webclasses
Fonte: Microsoft
Na figura 3 a aplicação IIS é composta de 3 páginas ASP e cada página ASP possui
somente uma webclass. Cada webclass por sua vez tem 2 webitems associados.
9.
ACTIVEX DATA OBJECTS - ADO
ADO significa ActiveX Data Objects e é uma tecnologia criada para acessar qualquer
depósito de dados, isto é, é uma coleção de objetos utilizados para recuperação, alteração,
inclusão e exclusão de dados. Um depósito de dado pode ser um banco de dados relacional,
arquivos texto, planilhas de cálculo, diretórios, isto é, qualquer fonte de dados.
[...] é simplesmente um conjunto discreto de funções logicamente relacionadas,
usadas para fornecer um serviço de um objeto servidor para um objeto cliente,
utilizando determinada tecnologia. [...] ADO é um conjunto de recursos para
acessar qualquer fonte de dados. Sendo um conjunto de recursos e estando em
Windows, ADO é na verdade um conjunto de DLLs, e dentro dessas DLLs está tudo
o que você precisa para acessar dados universais. Como estamos falando de ASP
que é orientada a objetos, a ADO automaticamente pode ser resumida com um
conjunto de componentes para acesso a qualquer fonte de dados (FRANKLINT,
2001, p. 114).
O ADO foi utilizado neste projeto para armazenar e restaurar dados presentes nos
arquivos formato XML.
10.
UTILIZAÇÃO DA LINGUAGEM XML NA APLICAÇÃO
XML significa Extensible Markup Language e é um formato universal para dados na
web. XML permite que desenvolvedores facilmente descrevam e distribuam dados
estruturados de qualquer aplicação numa forma padrão e consistente. XML foi criada para
estruturar, armazenar e enviar informação pela Internet.
O XML é uma linguagem de marcação como o HTML. XML não substitui HTML, ao
contrário, é um formato complementar. Sua diferença é utilizar uma linguagem própria.
Portanto não há tags XML que são predefinidas, as tags são criadas pelo próprio
desenvolvedor. O XML possui a importante característica de ser extensível, permitindo que
novas tags de marcação sejam criadas por quem utiliza o XML (principalmente
desenvolvedores).
A base de dados do software SuperDrive foi desenvolvida em XML.
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DESCRIÇÃO DO SOFTWARE
Antes de instalar o software SuperDrive (nome do software desenvolvido), o usuário
deve ter instalado no microcomputador o ADO v2.6 ou posterior, o servidor web PWS ou IIS
dependendo da versão do Windows, e o Internet Explorer v5.5 ou posterior.
O software SuperDrive é instalado no diretório C:\Inetpub\wwwroot\SuperDrive. O
arquivo que inicializa o aplicativo chama-se default.asp e está no diretório principal do
SuperDrive. O servidor web deve ser configurado para que o arquivo default.asp rode quando
o aplicativo for chamado.
Para executar o software no microcomputador local basta digitar
“http://localhost/SuperDrive/” na barra de endereço do IE (Internet Explorer). O arquivo
default.asp é processado e uma página HTML de entrada é apresentada. Nesta janela pode-se
verificar os requerimentos de hardware e de sistema e o endereço do suporte técnico.
Clicando-se no botão “Iniciar o SuperDrive”, o arquivo menuprincipal.asp é automaticamente
executado e a janela com o menu principal é carregada.
Figura 4 – Menu principal do software SuperDrive
Fonte: WEG
Na figura 4, na parte superior, podem-se visualizar os menus projeto, online,
ferramentas e ajuda, onde cada menu exibe uma lista de comandos. Na parte central aparece o
nome do projeto que está aberto e o nível de acesso permitido para o usuário. Na parte inferior
é apresentado o endereço, nome do drive, versão, tensão e corrente nominal e a porta serial
selecionada para comunicação serial.
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E para rodar o software em um microcomputador remoto pela internet, basta digitar
“http://ip_do_microcomputador_local/SuperDrive/” na barra de endereço do IE. A mesma
página HTML de entrada que foi apresentada no microcomputador local também é aqui
visualizada. Um endereço IP (Internet Protocol) é uma sequência de algarismos (exemplo:
200.23.110.161) que representa o endereço de um computador que está ligado à Internet. A
cada computador ligado à Internet corresponde um endereço IP.
O usuário deve criar um projeto utilizando a função “Novo” no menu “Projeto”.
Utiliza-se a função “Endereço” para selecionar o endereço do drive na rede na faixa 1 à 30.
Clica-se no link “Atualizar” para atualizar os dados do inversor no software SuperDrive, que
são o modelo de inversor, versão do firmware, corrente nominal e tensão nominal.
A leitura dos dados do inversor é feita pela porta serial COM1 até COM16 do
microcomputador, selecionável pelo usuário. Este porta serial é uma interface de comunicação
RS-232. O microcomputador deve ser ligado ao inversor por um cabo apropriado. O mestre é
o microcomputador e o inversor é o escravo. O software envia um telegrama serial solicitando
informações ao inversor, e o inversor responde estas solicitações com outro telegrama.
O usuário deve então selecionar os parâmetros a serem monitorados usando o item
“Selecionar Parâmetros”. Após a seleção de parâmetros já é possível monitorar. Pressionandose o item de menu “Monitorar”, a janela de comandos do CFW-09 e a janela de monitoração
abrem-se automaticamente com os parâmetros selecionados anteriormente, podendo-se
visualizar o conteúdo de cada parâmetro. A janela é atualizada, por exemplo, a cada 2
segundos, apresentando o valor instantâneo de cada parâmetro naquele momento. O usuário
pode selecionar outras taxas de atualização. Pressionando-se a tecla PROG na janela de
comandos do CFW-09 abre-se uma janela de alteração de parâmetros que permite alterar o
conteúdo dos parâmetros.
Figura 5 – Janela de monitoração do software SuperDrive
Fonte: WEG
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Na figura 5, na parte superior, são apresentados os comandos e as características do
inversor de freqüência CFW-09. Na parte central da janela pode-se visualizar o estado do
inversor, a situação instantânea dos comandos e o conteúdo instantâneo dos parâmetros. Na
parte inferior pode-se visualizar o conteúdo de um parâmetro e em seguida fazer alteração do
seu conteúdo, bem como a velocidade do motor em 13 bits.
É possível visualizar todos os parâmetros e alterar os parâmetros de escrita.
Simultaneamente podem ser visualizados até 20 parâmetros. Enviar comandos ao inversor
também é possível, como por exemplo rodar ou parar motor, mudar o sentido de rotação do
motor e reinicializar o inversor quando ocorre algum erro crítico que necessite reinicialização.
Todas as funções de controle do inversor estão disponíveis no aplicativo, logo é
possível realizar diversas aplicações ajustando-se os parâmetros do inversor pelo aplicativo.
Este aplicativo web trabalha em pequenas transações, isto é, a apresentação das
páginas no navegador do usuário é uma série de pequenas transações entre o cliente (o
navegador) e o servidor (o servidor web). O cliente navegador faz uma solicitação de página
para o servidor web. A solicitação é sempre para um arquivo de extensão ASP específico,
muito embora isto possa não ser visível no campo endereço do navegador. Este arquivo ASP é
executado e quando necessário ele solicita informações (dados) ao inversor de freqüência. Os
dados obtidos do inversor de freqüência são inseridos na página que retornará ao cliente
navegador. O processo todo, da solicitação até a resposta, é uma transação entre o cliente e o
servidor. O cliente sempre inicia a transação, espera até o servidor retornar a resposta, quando
então a transação estará completa.
12.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Está-se vivendo um tempo de revolução na forma de fazer negócios, sendo que a
Internet tem um peso essencial nestas mudanças. Através dela os computadores podem ser
interligados e as informações podem trafegar e alcançar distâncias que vão além do próprio
país.
Nesse momento cabe uma reflexão a todas as empresas sobre como podem utilizar
essa ferramenta tão poderosa para diferenciar-se dos seus concorrentes no mercado. Cada
empresa pode estar certa, de que se ela não fizer essa reavaliação dos seus passos, seus
concorrentes o farão.
Uma das formas encontradas para utilizar-se das novas tecnologias é disponibilizar
novos serviços aos clientes gratuitamente. Nessa opção é considerado o baixo custo
proporcional a cada atendimento em relação a um atendimento in loco (já que não há despesas
de deslocamento, estadia, além das horas caras de um profissional qualificado, que se
reduzem utilizando a web). É uma maneira de conquistar e fortalecer o relacionamento nos
negócios com os clientes. Consegue-se agregar mais valor ao produto fornecido, o que é um
ponto forte para tornar o produto mais atraente.
Assim, a WEG, buscando evoluir seus produtos e fornecer mais serviços aos clientes,
desenvolveu uma aplicação web para controlar um inversor de freqüência utilizando a Internet
como meio para trafegar as informações. Esta aplicação permite que a WEG auxilie o cliente
quando este estiver com dificuldades durante a parametrização do equipamento. É uma
aplicação prática utilizando a web para monitorar as funções de um inversor de freqüência,
permitindo que se controle o equipamento remotamente.
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Assim a empresa consegue estar muito mais próxima do seu cliente, pois no momento
da abertura do chamado, alguém já pode se conectar remotamente e solucionar o problema
apresentado.
Sobre as ferramentas tecnológicas utilizadas nesta aplicação pode-se destacar a
linguagem Visual Basic, linguagem principal do desenvolvimento do aplicativo. Com o Visual
Basic cria-se um tipo de projeto denominado aplicação IIS, que é uma tecnologia especial
para ser executada em um servidor web. A aplicação IIS contém vários objetos denominados
webclasses que trabalham junto com o Active Server Pages para prover o processamento de
requisições ao servidor web. O servidor web utilizado é o Internet Information Server da
Microsoft, o qual disponibiliza as informações do inversor em páginas HTML.
As tecnologias apresentadas permitem que projetos futuros incluam outros tipos de
equipamentos para monitoração pela web, como por exemplo, soft-starter e servo-conversor.
Há outras ferramentas disponíveis, e em aplicações futuras podem vir a ser utilizadas
pela WEG. Mas pode-se dizer que esse aplicativo é um marco, um ponto de partida, de onde
outros serviços poderão vir a ser transferidos para a web, disponibilizando-se assim uma nova
forma de prestação de serviços.
13.
REFERÊNCIAS
JONES, A. Russel. Visual Basic Guia do Programador para ASP e IIS. 2. ed. São Paulo:
Market Books, 2000. 416p.
FRANKLINT, Kleitor. ASP Active Server Pages Técnicas e Estratégias. São Paulo: Érica,
2001. 354p.
KOTLER, Philip. Marketing para o Século XXI. 9. ed. São Paulo: Futura, 2001. 314p.
AMOR, Daniel. A (R)evolução do E-business. São Paulo: Makron Books, 2000. 608p.
WEG Indústrias S/A – Automação. Guia de Aplicação de Inversores de Freqüência.
Jaraguá do Sul, 2002. 242p.
MICROSOFT Corporation. Microsoft Official Curriculum - Course Number 1013A –
Mastering Visual Basic 6 Development. Washington, 1998.
MICROSOFT Corporation. MSDN Library Visual Studio 6.0a. Washington: Microsoft
Corporation, 2001. CD-ROM.
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