PAPEL DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO NO ÂMBITO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Silvana Araujo Rodrigues de Oliveira¹ Fernanda Junges² RESUMO: A organização da Assistência Farmacêutica caracteriza-se por ações articuladas e sincronizadas entre as diversas atividades que compõem o ciclo da Assistência Farmacêutica. Como os medicamentos são considerados a principal ferramenta terapêutica para recuperação ou manutenção das condições de saúde da população, a promoção do uso racional dos medicamentos é uma ferramenta importante de atuação junto à sociedade. Neste sentido, o farmacêutico pode contribuir sobremaneira, já que este é assunto pertinente a seu campo de atuação. Sua participação em equipes multidisciplinares acrescenta valor aos serviços e contribui para a promoção da saúde. Este artigo discute o ciclo da Assistência Farmacêutica enfatizando o papel do farmacêutico em cada uma das etapas. PALAVRAS-CHAVE: Medicamentos, SUS, Uso racional de medicamentos, Farmacêutico ABSTRACT: The organization of the Pharmaceutical Assistance is characterized by synchronized and coordinated actions between the different activities that compose the Pharmaceutical Assistance Cycle. As the drugs are considered the main therapeutic tool for recovery or maintenance of health of the population, the promotion of rational use of drugs is an important tool in society. In this sense, the pharmacist can play an important, since this issue is pertinent to your field. Your participation in multidisciplinary teams adds value to the services and contributes to health promotion. This article discusses the cycle of Pharmaceutical Assistance emphasizing the role of the pharmacist in each of the steps. KEYWORDS: Drugs, UHS, Rational use of drugs, Pharmacist ¹ Farmacêutica graduada pela IUESO e Especialista em Farmacologia Clínica pela UNIEURO. ² Farmacêutica graduada pela UFRGS, Especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica Pública pela UNB e Mestre em Ciências Farmacêuticas na Área de Gestão de Assistência Farmacêutica pelo Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas da UFRGS. 1. INTRODUÇÃO O sistema de saúde brasileiro passou por transformações importantes nas décadas de 80 e 90 com a criação e regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele representou para os gestores, trabalhadores e usuários do sistema uma nova forma de pensar, de estruturar, de desenvolver, de produzir serviços e assistência em saúde, uma vez que a universalidade de acesso, a integralidade da atenção, a equidade, a participação das comunidades e a descentralização tornaram-se os princípios do novo sistema (BRASIL, 2010). Desde a criação do SUS o Brasil vem experimentando mudanças no seu sistema público de saúde. As novas demandas geradas pelo envelhecimento da população e as mudanças no perfil epidemiológico tornam necessárias modificações e adequação do sistema. Percebe-se que o modelo de atenção prestada ao usuário deve ser transformado e focar no caráter preventivo das ações. Esta situação reflete diretamente na demanda e no uso do medicamento. Assim, evidencia-se a necessidade de um planejamento efetivo em todo o processo da Assistência Farmacêutica (AF) (FERRAES, 2002). A Resolução nº 338, de 06 de maio de 2004, do Conselho Nacional de Saúde define Assistência Farmacêutica como sendo: [...]um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população. A Assistência Farmacêutica trata de ações que vão além das atividades específicas do farmacêutico, sendo fundamental que haja a participação de toda a equipe de saúde envolvida no processo. É necessário integrar a AF ao sistema de saúde por meio de trabalhadores qualificados capazes de: selecionar os medicamentos mais seguros, eficazes e custo efetivos de acordo com as necessidades da população de seus territórios; programar adequadamente as aquisições; armazenar; distribuir e transportar adequadamente de forma a garantir a manutenção da qualidade do produto farmacêutico; gerenciar os estoques; favorecer a criação e atualização de protocolos e diretrizes de tratamento de forma a assegurar a qualidade e o uso adequado de medicamentos (BRASIL, 2006b). O medicamento é um insumo fundamental na promoção e recuperação da saúde e a Atenção Farmacêutica possibilita maior aproximação do farmacêutico com o usuário, visando à adesão do tratamento farmacológico e ao alcance de resultados que melhorem a qualidade de vida do paciente. O usuário precisa ter acesso ao medicamento adequado e saber exatamente o que fazer com ele (KOPITTKE; CAMILLO, 2010). Dessa maneira, o objetivo deste artigo é discutir o ciclo da Assistência Farmacêutica enfatizando o papel do profissional farmacêutico e sua contribuição em cada uma das etapas. 2. METODOLOGIA A Metodologia utilizada neste estudo foi uma revisão de literatura em sítios consagrados como Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde que visou um conhecimento sobre o assunto, incluindo conceito e práticas pertinentes ao exercício da Assistência Farmacêutica, além de verificar a importância do profissional farmacêutico na promoção da saúde. 3.RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 Aspectos Históricos Nos últimos anos, a implantação do SUS tem redesenhado os contornos da atenção à saúde no País. A Lei nº 8.080 - Lei Orgânica da Saúde - assegura o provimento da assistência terapêutica integral, incluindo a Assistência Farmacêutica. Nesse sentido, a Política Nacional de Medicamentos (PNM) e a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), como parte essencial da Política Nacional de Saúde, constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementação de ações capazes de promover a melhoria das condições de assistência sanitária à população. Dentre as diretrizes da PNAF, destacam-se: a garantia de acesso e de equidade às ações de saúde incluindo, necessariamente, a assistência farmacêutica; o desenvolvimento, a valorização, a formação, a fixação e a capacitação de recursos humanos; a promoção do uso racional de medicamentos; a manutenção de serviços de assistência farmacêutica na rede pública de saúde e a qualificação dos serviços de assistência farmacêutica existentes (BRASIL, 2010). A aprovação da Política Nacional de Assistência Farmacêutica em 2004 agregou qualidade aos serviços de farmácia, aprimorando os processos de gerenciamento dos planos de AF e o atendimento qualificado na dispensação de medicamentos, contribuindo muito para o fortalecimento da presença do farmacêutico no SUS. Inicialmente a atuação do farmacêutico restringia-se ao cumprimento de funções de planejamento e execução da logística, porém, o amadurecimento das políticas de saúde e a visualização da AF como integrante fundamental do processo de cuidado em saúde corroboraram para o envolvimento deste profissional, tanto na equipe de saúde quanto na atenção ao usuário (BRASIL, 2009). De acordo com a PNAF, a Assistência Farmacêutica no SUS deve ser entendida como política pública norteadora para a formulação de políticas setoriais, tendo como alguns dos seus eixos estratégicos a manutenção e a qualificação dos serviços de Assistência Farmacêutica na rede pública de saúde, a qualificação de recursos humanos, bem como a descentralização das ações (BRASIL, 2011b). Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos, integrar a Assistência Farmacêutica às demais políticas de saúde, otimizar os recursos financeiros existentes, desenvolver e capacitar recursos humanos para implementar a Assistência Farmacêutica e tornar a gestão eficiente são alguns dos desafios (BRASIL, 2010). Construir o real significado da Assistência Farmacêutica e a sua inserção na atenção à saúde, exige dos gestores do SUS compromissos sérios com a estruturação e a qualificação dos serviços farmacêuticos e sua necessária articulação multiprofissional e intersetorial. Neste contexto, os farmacêuticos precisam estar preparados para suprir as necessidades do sistema de saúde com conhecimentos e competências que viabilizem a implementação da Assistência Farmacêutica como uma política de saúde. Conhecer e articular os componentes do sistema de saúde com a função de gestão, de planejamento e de avaliação da Assistência Farmacêutica, é fundamental para a promoção do acesso aos medicamentos com uso racional. Portanto, a inserção do profissional farmacêutico passa a ser uma necessidade e o seu papel, como profissional responsável pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos, assume caráter fundamental para a atenção à saúde, entendida em toda a extensão do princípio da integralidade das ações de saúde (BRASIL, 2010). 3.2 Planejamento da Assistência Farmacêutica O planejamento é um instrumento gerencial que deve estar apoiado no conhecimento exato da nossa realidade, das nossas condições e das nossas dificuldades. Planejar significa, portanto, orientar a ação do presente para que possamos organizar e estruturar um conjunto de atividades, conforme critérios previamente estabelecidos, visando a modificar uma dada realidade (MARIN, 2003). O planejamento tem como objetivo: possibilitar uma visão ampliada e melhor conhecimento dos problemas internos e externos; evitar o improviso e o imediatismo da rotina; comprometer o gerenciamento para objetivos e resultados; proporcionar eficiência, eficácia e efetividade nas ações programadas; possibilitar o controle, o aperfeiçoamento contínuo, a avaliação permanente das ações e resultados alcançados e estabelecer prioridades (BRASIL, 2006b). O planejamento possibilita: identificar as situações-problema e, entre elas, saber quais são as mais importantes; estabelecer as situações-problema sobre as quais devemos intervir prioritariamente; definir quais resultados pretendemos alcançar com a intervenção que escolhemos; estabelecer quanto pretendemos avançar para que o resultado pretendido seja alcançado ao longo do tempo; definir quais atividades e recursos são necessários para a nossa intervenção ao longo do tempo; e, por fim, estabelecer instrumento para avaliar quanto avançamos para o alcance do resultado estabelecido no início do trabalho após a intervenção que fizemos. Assim, o planejamento faz com que aumentemos a possibilidade de obter sucesso no alcance dos objetivos propostos e que evitemos o desperdício de esforços e de recursos (BRASIL, 2006c). Para o alcance de bons resultados é preciso estabelecer objetivos claros, identificar onde e como estamos e aonde pretendemos chegar. Só a partir de uma análise situacional, de uma referência de partida, pode-se intervir na realidade e avançar para processos de melhoria. O planejamento é um processo sistematizado, dinâmico, contínuo, racional, participativo, realista, pragmático, de se conhecer e intervir na realidade local, para o alcance de uma situação desejada (BRASIL, 2006b). No processo de planejamento da Assistência Farmacêutica o farmacêutico deve prestar suporte técnico que garanta conhecimentos que possibilitem planejamento e padronização na escolha de medicamentos essenciais, de acordo com o quadro nosológico e econômico, incluindo as formas alternativas de terapia (REIS, 2009). O processo de planejamento deve ser elaborado de forma participativa e integrada com todas as áreas envolvidas com a AF. Deve ser flexível e adaptável às mudanças requeridas do contexto da realidade local (BRASIL, 2006b). 3.3 Ciclo da Assistência Farmacêutica A Assistência Farmacêutica abriga um amplo escopo de atividades multiprofissionais em muitas etapas, voltadas a interagir o conjunto das ações de saúde. Na tentativa de explicitar a interdependência entre os processos, tem sido habitual a representação circular destes componentes, o chamado Ciclo da Assistência Farmacêutica (Figura 1). Figura 1 - Ciclo da Assistência Farmacêutica Fonte: Assistência Farmacêutica: instruções técnicas para a sua organização. Ministério da Saúde, 2001. Atualmente, espera-se que o profissional farmacêutico desenvolva atividades clínicas e relacionadas à gestão, que devem ser organizadas de acordo com as características locais onde se insere o serviço, isto é, manter coerência com o tipo e o nível de complexidade. Essas atividades compreendem: seleção de medicamentos necessários; programação, aquisição e armazenamento adequado dos selecionados; manipulação daqueles necessários e/ou indisponíveis no mercado; distribuição e dispensação com garantia de segurança e tempestividade; acompanhamento da utilização e provimento de informação e orientação a pacientes e equipe de saúde (MAGARINOS, 2007). 3.3.1 Seleção A indústria farmacêutica disponibiliza no mercado um grande número de especialidades. O lançamento constante de produtos novos, geralmente frutos de pequenas mudanças nas suas estruturas moleculares, não proporcionam nem representam melhorias ou ganhos substanciais sob o ponto de vista terapêutico. A comercialização de um número cada vez maior de medicamentos similares, de equivalentes ou alternativas farmacêuticas, associada ao intenso trabalho de marketing e disputa de mercado, acabam por estimular a prescrição e o uso irracional de fármacos. O que se observa realmente é um número cada vez maior de especialidades farmacêuticas, sem que isso se traduza em uma melhoria da terapêutica disponibilizada à população. Além disso, essa prática mercadológica geralmente traz consigo um aumento nos preços desses novos medicamentos e, consequentemente, dos custos dos tratamentos. Nesse contexto, torna-se fundamental uma seleção racional de medicamentos, de maneira a proporcionar maior eficiência administrativa e uma adequada resolutividade terapêutica, além de contribuir para a racionalidade na prescrição e utilização de fármacos (MARIN,2003). Os medicamentos podem ser considerados ferramentas para que o profissional de saúde venha modificar o curso da prevenção, diagnóstico ou tratamento de uma doença. Porém, o uso irracional de medicamentos leva ao desenvolvimento e propagação de resistência bacteriana, reações adversas a medicamentos, erros no uso de medicamentos, além de poder causar mais danos que benefícios para o paciente (MELLO, 2007). A criação de uma Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) é uma estratégia, que estabelece um instrumento para que o gestor possa tomar decisões mais uniformes e segundo diretrizes estabelecidas. A CFT é uma instância colegiada, de caráter consultivo e deliberativo, que tem por finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema de saúde, além de assessorar a gestão nas questões referentes a medicamentos. É geralmente composta por profissionais de saúde com várias formações, incluindo o farmacêutico cujo papel ultrapassa as fronteiras da seleção, estando muito ligado à educação e promoção do uso racional de medicamentos (BARRETO; GUIMARÃES, 2010). A CFT possui uma estrutura multidisciplinar, onde o profissional farmacêutico atua como membro efetivo responsável por: participar na escolha, análise e utilização de estudos científicos que fundamentem a adequada seleção de medicamentos; participar de ações visando à promoção do uso racional de medicamentos e o desenvolvimento da pesquisa clínica; participar na elaboração de diretrizes clínicas e protocolos terapêuticos; participar no estabelecimento de normas para prescrição, dispensação, administração, utilização de medicamentos e avaliação; participar de estudos de custo-efetividade de medicamentos e outros produtos para saúde; prover informações sobre medicamentos e outros produtos para saúde, suspeitos de envolvimento em eventos adversos; participar da definição de critérios que disciplinem a divulgação de medicamentos e produtos para saúde; participar da realização de estudos de utilização de medicamentos; estimular a utilização de indicadores epidemiológicos como critério do processo decisório de seleção; participar da elaboração e divulgação da padronização de medicamentos, zelando pelo seu cumprimento e participar da elaboração do guia farmacoterapêutico (BRASIL, 2006a). Os objetivos principais da seleção de medicamentos são: implantar políticas de utilização de medicamentos com base em correta avaliação, seleção e emprego terapêutico; promover a atualização e a reciclagem de temas relacionados à terapêutica e reduzir custos (BRASIL, 1994). A seleção de medicamentos é um processo complexo. É importante que seja realizada considerando a contribuição das seguintes ciências: farmacoeconomia, farmacoepidemiologia, farmacologia e terapêutica clínica, farmacovigilância, biofarmacotécnica e farmacocinética. Este enfoque multidisciplinar colabora para que os diversos elementos que interferem na utilização dos medicamentos sejam contemplados na escolha do arsenal terapêutico (REIS, 2003). 3.3.2 Programação No Ciclo da Assistência Farmacêutica, a programação representa uma outra atividade importante, que tem por finalidade que o serviço ou sistema disponha de medicamentos apropriados e previamente selecionados, nas quantidades necessárias, em tempo oportuno e cuidando para que se contribua à promoção do uso racional dos medicamentos. Para tanto, deve empreender a quantificação dos medicamentos a serem adquiridos e elencar as necessidades, priorizando-as e compatibilizando-as com os recursos disponíveis, e ainda cuidar para evitar a descontinuidade no abastecimento. A estimativa dessas necessidades representa um dos pontos cruciais do Ciclo da Assistência Farmacêutica por sua relação direta com o nível de acesso aos medicamentos e com o nível de perdas desses produtos. Há várias formas de proceder a uma estimativa técnica dessas necessidades. É o perfil de morbimortalidade, no entanto, o mais importante aspecto a considerar, quando se busca orientação na identificação de tais necessidades. A programação é uma atividade associada ao planejamento; sua viabilidade e factibilidade dependem da utilização de informações gerenciais disponíveis e fidedignas, da análise da situação local de saúde, assim como do conhecimento sobre os medicamentos selecionados, sua indicação precípua e sua perspectiva de emprego na populaçãoalvo (MARIN et al., 2003). Faz-se necessário dispor, ainda, de dados consistentes sobre o consumo de medicamentos da área ou serviço, seu perfil demográfico e epidemiológico, a oferta e demanda de serviços de saúde que apresenta, os recursos humanos capacitados de que dispõe, bem como a disponibilidade financeira para a execução da programação. Devem ser considerados ainda a área física, estrutura da Central de Abastecimento (CAF), condições técnicas e espaço disponível (TUMA, 2009). Independentemente do método a ser utilizado no processo ou recursos financeiros disponíveis para atender à demanda, a programação deve refletir a necessidade real, condição básica para se calcular os índices de cobertura local. Somente por meio da identificação das necessidades locais pode-se determinar a quantidade adequada de medicamentos a serem adquiridos. Recomenda-se a combinação dos diversos métodos, para uma programação mais ajustada: perfil epidemiológico; consumo histórico; Consumo Médio Mensal (CMM) e oferta de serviços (BRASIL, 2006b). A responsabilidade da programação deve ser compartilhada pelo serviço de farmácia e a administração ou setor responsável pela aquisição, bem como com representantes dos serviços clínicos e CFT. As decisões devem advir de consenso após discussão dos critérios específicos, apresentados pelos membros da equipe. Cabe aos profissionais farmacêuticos listar os medicamentos necessários, de acordo com a seleção estabelecida; quantificar os medicamentos, de acordo com a necessidade real; detalhar as especificações para compra; calcular o custo e compatibilizar as necessidades com o teto financeiro previsto para efetuar a aquisição; priorizar as necessidades, de comum acordo com a equipe de trabalho; definir cronograma para aquisição e prazo de entrega; repassar, ao setor responsável pelas compras, suas necessidades referentes aos produtos a serem adquiridos e acompanhar o transcurso do processo, para apontar as urgências (TUMA, 2009). A ausência do farmacêutico na programação, segundo Marin e colaboradores (2003) pode desencadear uma série de problemas para a gestão da assistência farmacêutica propiciando o predomínio da improvisação e da não observância de recomendações técnicas. A equipe responsável pela programação deve estabelecer a metodologia de trabalho, os critérios de priorização de necessidades, as atribuições e responsabilidades de cada membro, cronograma de execução, periodicidade e modalidades de compras e elaborar os instrumentos apropriados: planilhas, formulários adequados para o registro das informações e instrumentos de avaliação (TUMA, 2009). 3.3.3 Aquisição A aquisição de medicamentos representa uma das atividades do Ciclo da Assistência Farmacêutica, constituindo-se num conjunto de procedimentos articulados que visam a selecionar o licitante com a proposta mais vantajosa para satisfazer uma determinada necessidade e, assim, legitimar a administração a contratar o particular. Ela objetiva contribuir para o abastecimento de medicamentos em quantidade adequada e qualidade assegurada, ao menor custo possível, dentro da realidade do mercado, apoiando e promovendo uma terapêutica racional, em área e tempo determinados(MARIN, 2003). A aquisição de medicamentos no setor público, assim como as demais atividades do Ciclo da Assistência Farmacêutica, é uma das peças que contribuem para o sucesso e a credibilidade dos serviços farmacêuticos. Um elenco de medicamentos definido dentro de rigorosos critérios, boas condições de armazenamento e profissionais capacitados não atenderão às necessidades da rede de serviços se houver descontinuidades no suprimento dos medicamentos. A falta de materiais, por sua vez, é decorrente de problemas estruturais, organizacionais e/ou individuais que permeiam as várias atividades do referido ciclo. Considerando as amarras burocráticas e jurídicas do setor público, sem dúvida alguma, o processo de aquisição representa um importante e delicado componente do sistema, tornando possíveis ganhos significativos de eficiência ou, ao contrário, o comprometimento de alguns fundamentos muito importantes: agilidade das compras, confiabilidade dos produtos adquiridos e alcance de preços competitivos para tais produtos (MARIN, 2003). A falta de estrutura adequada, de organização do serviço, de qualificação de pessoal para gestão do medicamento e de um sistema de controle e de informação eficaz, interferem na qualidade do processo de aquisição e no aumento dos gastos com medicamentos, contribuindo para a lentidão do processo, faltas constantes, aumento da frequência de compras, fragmentação e compras em regime de urgência, perdas e desperdícios (TUMA, 2009). A maioria dos serviços farmacêuticos utiliza, como critério técnico para aquisição, dados de consumo histórico e/ou critérios subjetivos. Em todos os métodos de programação (por perfil epidemiológico, oferta de serviços, consumo histórico ou ajustado), existem vantagens e desvantagens. Recomenda-se ajustar a combinação dos vários métodos para se obter uma programação mais adequada para que se possa quantificar melhor (BRASIL, 2006d). Bem como a programação, a aquisição de medicamentos e produtos para saúde é um processo que requer a participação interdisciplinar para sua eficácia. Cabe ao farmacêutico sensibilizar os setores de planejamento, orçamento, finanças, administrativo/compras; para a importância do trabalho multidisciplinar como forma de assegurar a qualidade dos produtos adquiridos. A responsabilidade legal e ética pela qualidade dos medicamentos adquiridos é do farmacêutico. Quando a unidade de farmácia não é o responsável direto pela aquisição de medicamentos e produtos para saúde, deve manter estreita relação com o setor responsável, assegurando a participação através do parecer técnico (TUMA, 2009). 3.3.4 Armazenamento Armazenamento é a etapa do Ciclo da Assistência Farmacêutica responsável por assegurar a qualidade dos medicamentos através de condições adequadas de armazenamento e de um controle de estoque eficaz. No Brasil, os almoxarifados dedicados exclusivamente à armazenagem de medicamentos têm sido denominados como Centrais de Abastecimento Farmacêutico (MARIN, 2003). O armazenamento constitui-se como um conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que envolve diversas atividades: recebimento de medicamentos; estocagem ou guarda; segurança de manter o material sob cuidados contra danos físicos e roubos; conservação e controle de estoque (MARIN, 2003). Um dos requisitos para desenvolver uma armazenagem adequada compreende ter e seguir um manual de normas de armazenagem. O manual deve conter: informações e procedimentos internos da empresa; procedimentos de armazenagem; áreas de produtos em quarentena, interditados, inutilizados; áreas de produtos de controle especial; controle de qualidade; controle de pragas; segurança nas instalações (TUMA, 2009). Manuais escritos de rotinas e normas de armazenamento de medicamentos auxiliam no trabalho cotidiano e devem ser elaborados com a participação do farmacêutico, sendo atualizados sempre que necessário. A promoção de treinamentos periódicos para os funcionários visando a capacitação e o estímulo ao trabalho, possibilita a integração entre os profissionais e cria um ambiente propício para práticas seguras (ANACLETO et al., 2006). A responsabilidade técnica do almoxarifado de medicamentos deve ser assumida por um farmacêutico, que supervisionará e orientará as atividades da equipe de trabalho. É atribuição do farmacêutico no âmbito de armazenagem garantir que o produto mantenha todas as suas características, assegurando qualidade e eficácia. O profissional deverá assegurar que as atividades operacionais estejam dentro das normas de qualidade através de procedimentos escritos e com registros de sua execução (TUMA, 2009). 3.3.5 Distribuição A etapa de distribuição tem por objetivo organizar os medicamentos e produtos para saúde que saem do almoxarifado para as unidades requisitantes em condições de segurança. As atividades realizadas devem em geral contemplar a separação, acomodação para o transporte e distribuição de acordo com as normas e procedimentos operacionais adequados (TUMA, 2009). Uma distribuição correta e racional de medicamentos deve garantir: rapidez na entrega, através de um cronograma estabelecido, impedindo atrasos e/ou desabastecimento ao sistema; segurança, para garantir que os produtos cheguem nas quantidades corretas e com a qualidade desejada; transporte, considerando as condições adequadas de segurança, o tempo de entrega e os custos financeiros; sistema de informação e controle eficiente para um gerenciamento adequado (MARIN, 2003). É importante registrar no documento de saída o número dos lotes dos medicamentos distribuídos, para que, caso ocorram problemas de qualidade, seja possível rastrear os lotes, facilitando a identificação (BRASIL, 2001). O processo de distribuição de medicamentos e produtos para saúde deve estar sob a supervisão do farmacêutico, o qual deve prover condições que permitam aos encarregados das atividades de apoio, contar de forma oportuna com os materiais e equipamentos necessários para realização do trabalho. O profissional farmacêutico deve elaborar normas, procedimentos operacionais e instruções de trabalho, visando reduzir perdas por danos, reduzir tempo gasto na movimentação dos produtos, evitar acidentes e aumentar a eficiência do processo (TUMA, 2009). 3.3.6 Dispensação O procedimento de dispensação deve assegurar que o medicamento de boa qualidade seja entregue ao paciente certo, na dose prescrita, na quantidade adequada; que sejam fornecidas as informações suficientes para o uso correto e que seja embalado de forma a preservar a qualidade do produto. Trata-se do atendimento de um paciente específico e que, portanto, terá necessidades e características também específicas, as quais devem ser levadas em conta no momento do atendimento. É uma das últimas oportunidades de, ainda dentro do sistema de saúde, identificar, corrigir ou reduzir possíveis riscos associados à terapêutica medicamentosa (MARIN, 2003). De acordo com a Resolução nº 20, de 5 de maio de 2011, dispensação está definida como: [...]ato do profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente, como resposta à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. Neste ato, o farmacêutico informa e orienta ao paciente sobre o uso adequado desse medicamento. São elementos importantes desta orientação, entre outros, a ênfase no cumprimento do regime posológico, a influência dos alimentos, a interação com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação do produto. No momento da dispensação, são estabelecidas oportunidades importantes para a contribuição do farmacêutico ao uso racional de medicamentos. Isto ocorre por meio de vários procedimentos: fornecendo a quantidade correta de medicamento de boa qualidade e em adequadas condições de armazenamento; verificando a integralidade técnica e legal da prescrição; orientando adequadamente o paciente quanto ao uso e cuidado corretos do medicamento, bem como promovendo a adesão à terapêutica prescrita, para o que será necessário estabelecer interação suficiente a fim de individualizar o atendimento de acordo com as necessidades do usuário, monitorando o uso de medicamentos, o que inclui o registro de reações adversas (MARIN, 2003). A dispensação de medicamentos é uma prática que exige algumas habilidades e atitudes, além de conhecimentos técnico-científicos, necessárias para propiciar a adesão do usuário ao tratamento, tais como: saber comunicar-se; ser paciente; saber ouvir; atitude pessoal de empatia e consideração ao usuário; saber desenvolver técnicas de abordagem ao usuário (BRASIL, 2001). No momento de receber o paciente, quando o mesmo se aproxima do local de atendimento, o farmacêutico deve demonstrar consistentemente respeito, sensibilidade e dar prioridade ao mesmo, prestando atenção à sua comodidade física e emocional. A privacidade, neste momento, é algo muito importante, e pode ser obtida através da adoção de tom de voz adequado. Quando não conhecido do paciente, o farmacêutico deve se apresentar e colocar-se à disposição. O farmacêutico também precisa reconhecer as funções de sua equipe, suas limitações e promover uma reorganização das atividades, delegando funções quando possível e supervisionando-as. Assim, o trabalho diário da farmácia pode permitir ao farmacêutico desempenhar suas competências profissionais relacionadas à dispensação de medicamentos (GALATO et al., 2008). O profissional farmacêutico deve ser responsável por: analisar a prescrição médica; identificar as necessidades do paciente em relação ao uso dos medicamentos e prover as informações necessárias; manter-se atualizado para uma adequada prestação de serviços e qualidade da atenção farmacêutica; conhecer, interpretar e estabelecer condições para o cumprimento da legislação pertinente; manter atualizados os registros referentes a dispensação; coletar e registrar ocorrências de reações adversas e efeitos colaterais relativos ao uso de medicamento, informando à autoridade sanitária local; orientar o usuário sobre os cuidados e guarda dos medicamentos, especialmente os termolábeis e aqueles sob controle especial; acompanhar e avaliar as tarefas do pessoal de apoio (BRASIL, 2001). Os riscos associados à terapêutica podem ser minimizados pelo investimento na qualidade da dispensação. Um aspecto associado ao incremento dessa qualidade seria a prevenção das reações adversas e da interação medicamentosa, comum em situações quando mais de um fármaco é utilizado. Por outro lado, completando o cenário, o farmacêutico pode ter acesso a relevantes informações quanto à história do paciente (múltiplos prescritores) e a regimes terapêuticos paralelos e/ou concomitantes (polifarmácia). O fluxo da informação, iniciado pela consulta médica, tem continuidade na farmácia. A função informativa e educativa da dispensação pelo farmacêutico torna a peça chave na cadeia da assistência à saúde (PEPE; CASTRO, 2000). De uma forma geral, as intervenções realizadas por farmacêuticos mostram resultados positivos, ao reduzir custos, melhorar as prescrições, promover maior adesão do paciente ao tratamento e controlar a possibilidade de reações adversas (OENNING, 2009). 3.3 Uso Racional de Medicamentos O uso racional de medicamentos significa uso correto e adequado. Para ter um uso racional, o paciente deve receber medicação adequada e dose adequada por um período de tempo suficiente, ao menor custo para si e para a comunidade (OMS, 2010). Dentre as formas de promover o uso racional de medicamentos, destacam-se a implantação e utilização de Relação de Medicamentos Essenciais, Formulário Terapêutico e Protocolos Clínicos e Terapêuticos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define medicamentos essenciais como os que satisfazem às necessidades prioritárias de saúde da população, sendo selecionados de acordo com sua pertinência para a saúde pública, a existência de evidências sobre sua eficácia, segurança e sua eficácia comparada aos custos. Além disso, enfatiza que devem estar disponíveis nos sistemas de saúde, em quantidades suficientes, nas formas farmacêuticas apropriadas, com garantia da qualidade e informação adequada, ao preço que os pacientes e a comunidade possam pagar (OMS, 2002). A fim de promover o uso racional dos medicamentos essenciais é fundamental o desenvolvimento de formulários nacionais de medicamentos. O Formulário Terapêutico Nacional (FTN) contém informações científicas e embasadas em evidências sobre os medicamentos selecionados na Relação de Nacional de Medicamentos (RENAME) visando a subsidiar os profissionais de saúde em prescrição, dispensação e uso dos medicamentos essenciais. Para os usuários, contribui para obtenção de terapia com eficácia, segurança, conveniência e menor custo (BRASIL, 2010). Dentro deste contexto, a finalidade do trabalho farmacêutico deixa de focalizar o medicamento enquanto produto farmacêutico e passa a ser direcionada ao paciente, com a preocupação de que os riscos inerentes à utilização deste produto sejam minimizados. O farmacêutico está voltando a cumprir o seu papel perante a sociedade, corresponsabilizando pelo bem estar do paciente e trabalhando para que este não tenha sua qualidade de vida comprometida por um problema evitável, decorrente de uma terapia farmacológica. Este é um compromisso de extrema relevância, já que os eventos adversos a medicamentos são considerados hoje uma patologia emergente e são responsáveis por grandes perdas, sejam estas de ordem financeira ou de vida (VIEIRA, 2005). A prática farmacêutica, na qual a preocupação com o bem estar do paciente passa a ser a viga mestra das ações, o farmacêutico assume papel fundamental, somando seus esforços aos dos outros profissionais de saúde e aos da comunidade para a promoção da saúde. Os farmacêuticos podem implantar iniciativas para promoção do uso racional como: acompanhamento e educação do paciente e para o paciente; avaliação dos seus fatores de risco; prevenção da saúde; promoção da saúde e vigilância das doenças. O uso irracional de medicamentos é um importante problema de saúde pública; portanto, é preciso considerar o potencial de contribuição do farmacêutico e efetivamente incorporá-lo às equipes de saúde a fim de que se garanta a melhoria da utilização dos medicamentos, com redução dos riscos de morbimortalidade e que seu trabalho proporcione meios para que os custos relacionados à farmacoterapia sejam os menores possíveis para a sociedade (VIEIRA, 2005). Para garantir o uso racional de medicamentos é necessário desenvolver, com muita intensidade e continuidade, um processo de educação farmacológica dos profissionais de saúde, induzindo uma reflexão crítica sobre a escolha e utilização dos fármacos. A difusão desse processo de educação continuada é atividade que deve ser desempenhada e incentivada principalmente pelos serviços do profissional farmacêutico (REIS, 2003). 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nas últimas décadas, o farmacêutico reorientou sua formação principalmente para o medicamento, esquecendo seu objetivo principal que é o paciente. Entretanto, no modelo atual de Assistência Farmacêutica, tornou-se primordial a transformação no perfil desse profissional, assumindo um papel importante na informação técnica e no desenvolvimento pleno da Assistência Farmacêutica. O farmacêutico é fundamental para garantir o uso racional e seguro dos medicamentos, bem como alertar quanto aos erros de medicação e como prevenilos. Ele pode trazer contribuições significativas à equipe multidisciplinar que atua no Ciclo da Assistência Farmacêutica, muito além do simples papel de dispensador de medicamentos. O uso irracional de medicamentos é um importante problema de saúde pública; portanto, é preciso considerar o potencial de contribuição do farmacêutico e efetivamente incorporá-lo às equipes de saúde a fim de que se garanta a melhoria da utilização dos medicamentos, com redução dos riscos de morbimortalidade e que seu trabalho proporcione meios para que os custos relacionados à farmacoterapia sejam os menores possíveis para a sociedade. É necessário analisar a importância do papel do profissional farmacêutico para desenvolver um serviço de saúde de excelência a fim de contribuir para melhoria da qualidade de vida da população. É necessário também, conscientizar a instituição sobre os benefícios da intervenção farmacêutica a fim de que a mesma seja difundida perante os pacientes e os demais profissionais de saúde, contribuindo então, para o sucesso da terapia medicamentosa e melhoria da qualidade de vida do paciente. O primeiro passo é a conscientização do farmacêutico sobre seu importante papel perante a Assistência Farmacêutica. Dessa forma haverá valorização dos conhecimentos desse profissional, o que trará muitos benefícios à equipe envolvida e bem estar ao próprio paciente, que é o foco principal. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANACLETO, T. A.; PERINE, E.; ROSA, M. B. Prevenindo erros de dispensação em farmácias hospitalares. Infarma, v.8, nº7/8, 2006. Disponível em: http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/13/inf32a36.pdf. Acesso em: 4 jun. 2012. BARRETO, J. L.; GUIMARAES, M. C. L. Avaliação da gestão descentralizada da assistência farmacêutica básica em municípios baianos, Brasil. Cad. Saúde Pública. 2010, vol.26, n.6, p. 1207-1220. BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação de controle de infecção hospitalar. Guia básico para farmácia hospitalar. Brasília, Ministério da Saúde, 1994. BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Gerência Técnica de Assistência Farmacêutica. Assistência Farmacêutica: instruções técnicas para a sua organização. Série A. Normas e Manuais Técnicos, 1.ed. Ministério da Saúde, Brasília, 2001, 114p. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução nº 338/CNS de 2004: Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, 2004. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 449 de 2006: Dispõe sobre as atribuições do Farmacêutico na Comissão de Farmácia e Terapêutica, 2006a. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Assistência farmacêutica na atenção básica: instruções técnicas para sua organização. Série A. Normas e Manuais Técnicos, 2.ed. Ministério da Saúde, Brasília, 2006b, 100p. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Planejar é preciso: uma proposta de método para aplicação à assistência farmacêutica. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006c, 74 p. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Aquisição de medicamentos para assistência farmacêutica no SUS : orientações básicas. Brasília : Ministério da Saúde, 2006d, 56 p. BRASIL. Conselho Regional de Farmácia. Guia do Farmacêutico no Sistema Único de Saúde. Porto Alegre, CRFRS, 2009. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. A Assistência Farmacêutica no SUS. CFF, Brasília, 2010, 60p. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 20 de 2011: Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação, 2011a. BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência Farmacêutica no SUS. Brasília: CONASS, 2011b, 186p. BRASIL. Ministério da Saúde. Formulário Terapêutico Nacional 2010. Brasília, 2010b. Disponível em: < http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/apresentacao_ftn_10.pdf>. Acesso em: 19 jan. 2012. FERRAES, A. M. B. Política de medicamentos na atenção básica e a assistência farmacêutica no Paraná. Londrina, 2002. GALATO, D. et al. A dispensação de medicamentos: uma reflexão sobre o processo para prevenção, identificação e resolução de problemas relacionados à farmacoterapia. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, vol.44, n.3, jul./set., Tubarão, 2008. KOPITTKE, L.; CAMILLO, E. Assistência Farmacêutica em um Serviço de Atenção Primária à Saúde. Revista Tempus Actas Saúde Coletiva, vol.4, n.3, p.43-51, Brasília, 2010. MAGARINOS, T., R.; CASTRO, C. G. S. O.; PEPE, V. L. E. Atividades da farmácia hospitalar brasileira para com pacientes hospitalizados: uma revisão da literatura. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n.4, ago. 2007. MARIN, N. et al. Assistência Farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: OPAS/OMS, 2003. MELLO, D. R. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Os perigos do uso inadequado de medicamentos. ANVISA. Brasília, 2007. Disponível em: < http://www.anvisa.gov.br/divulga/reportagens/060707.htm>. Acesso em: 18 jan. 2012. OENNING, D.; OLIVEIRA, B. V.; BLATT, C. R. Conhecimento dos pacientes sobre os medicamentos prescritos após consulta médica e dispensação. Tubarão, 2009. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Drogas: uso racional de medicamentos. OMS, Nota descritiva nº338, mai. 2010. Disponível em: < http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs338/es/index.html>. Acesso em: 19 jan. 2012. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Seleção de Medicamentos Essenciais. OMS, Genebra, 2002. PEPE, V. L. E.; CASTRO, C. G. S. O. A interação entre prescritores, dispensadores e pacientes: informação compartilhada como possível benefício terapêutico. Rio de Janeiro, 2000. REIS, A. Ciências Farmacêuticas: uma abordagem em farmácia hospitalar. Seleção de medicamentos. São Paulo: Editora Atheneu, 2003. REIS, F. Perfil do Profissional Farmacêutico. Brasil, 2009. Disponível em: http://pfarma.com.br/farmaceuticos/profissao-farmaceutico/84-perfil-do-profissionalfarmaceutico.html. Acesso em: 30 mai. 2012. TUMA, I. L.; CARVALHO, F. D.; MARCOS, J. F. Guia de Boas Práticas em Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde - SBRAFH. Programação, Aquisição e Armazenamento de Medicamentos e Produtos para Saúde. São Paulo: Vide o verso, 2009. 356p. VIEIRA, F. S. Possibilidades de contribuição do farmacêutico para a promoção da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.