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Economia
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O ESTADO DO MARANHAO · SAO LUÍS, 9 de fevereiro de 2012 - Quinta-feira
BOVESPA
-0,13%
A bolsa
encerrou o dia
em 65,831
pontos
NASDAQ
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A bolsa fechou
com a marca
de 2915,86
pontos
OURO
+0,20%
A commoditie
foi vendida a
R$ 95,8
DÓLAR
-0,34%
A moeda
americana foi
cotada em
R$ 1,7180
EURO
+0,16%
A moeda
europeia foi
cotada em
R$ 2,2807
Fotos/De Jesus
Panorama
econômico
Miriam Leitão
Com Alvaro Gribel
Conta coletiva
O
PIB da Grécia é 2,3% da Zona do Euro e representa uma
economia equivalente à da Colômbia. Ela não tem tamanho para fazer o mundo prender a respiração por um ano.
O problema não é a Grécia em si, mas as quedas em dominó que
ocorrerão se ela apertar o botão de ejetar. Depois de dias de discussão, ontem à noite o acordo entre os líderes para corte de gastos estava sendo fechado.
Na crise da Grécia, o que se tem é medo do desconhecido. Nunca antes um país saiu de uma união monetária. O acordo negociado entre os líderes políticos gregos para um corte de 3 bilhões já
está muito atrasado. Pelo cronograma da dolorosa, tensa e detalhada negociação entre os credores e o governo grego esses cortes
deveriam estar aprovados desde a noite de terça-feira. Ontem, os
manifestantes continuavam nas ruas, e os políticos ainda negociavam a aprovação dos três partidos da coalizão para o ajuste fiscal
exigido pela Troica (FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia).
Um dos impasses surgidos de tarde foi a reação de políticos ao
fato de que o documento de 50 páginas de medidas de austeridade
estava escrito em inglês. Um detalhe apenas, mas revelador do grau
de intervenção que vive hoje a sociedade grega.
O acordo com a Troica permitirá a troca de títulos da dívida grega junto aos bancos por novos papéis com desconto. O calote é
enorme. Os bancos perderão a maior parte do que emprestaram
ao governo grego. Mais de 100 bilhões vão virar fumaça. A corrida
é para que o acordo entre os políticos gregos pelo plano de austeridade seja aprovado por todos os membros do gabinete antes da reunião de ministros em Bruxelas.
Crises fiscais e cambiais já aconteceram muitas vezes, mas uma
crise fiscal generalizada dentro de uma união monetária é problema de outra natureza. E escala. Quem sair da união monetária e
retornar para a sua moeda nacional estará devendo na moeda forte
e com seus ativos em outra, mais fraca. Só isso já precipitará uma
crise cambial de grandes proporções. A corrida das últimas horas
é para evitar o calote descontrolado, o que levaria à saída abrupta
da Grécia da Zona do Euro.
A Grécia, hoje submetida a ordens externas para cortar salário
mínimo, demitir funcionário público, aumentar impostos, reduzir
gastos sociais, suspender o décimo terceiro e o décimo quarto
salários, é o mesmo país que teve um salto de nível de vida da população após a entrada na União Europeia.
Os bancos emprestaram sem controle para o governo grego. O
governo conservador de então fez pior do que se endividar além
da conta: maquiou os números do déficit e da dívida.
A verdadeira conta acabou sendo feita pelo governo de George
Papandreau, socialista. Ele não conseguiu pilotar a grave crise e
caiu quando propôs que o ajuste exigido para que a Europa emprestasse mais recursos para a Grécia fosse submetido a um plebiscito. O novo governo tecnocrata de Lucas Papademus tenta fazer o
ajuste que seu antecessor não fez.
Um calote desordenado cobraria uma conta alta da Grécia e seria pesado para todos: para os bancos credores, que hoje têm a expectativa de receber pelo menos uma parte do que emprestaram
e dentro de um processo negociado; o Banco Central Europeu, que
também tem títulos do governo grego em carteira e não sabe ainda
o que fazer com esse mico; a Europa em si, que passaria por uma
discussão sobre o próximo da lista. O contágio é um dos maiores
medos das autoridades europeias, e todos sabem que o candidato
a ser o segundo da fila chama-se Portugal. Por isso, o presidente da
Comissão Europeia, Durão Barroso, num dos momentos de dúvida do longo dia de ontem, disse que é mais caro deixar a Grécia sair
do que pagar o preço para ela permanecer na União Europeia.
O problema é saber se o corte no valor do principal da dívida o chamado haircut - que será de 50%, no mínimo, é o suficiente
para permitir que a Grécia reorganize as suas finanças. Outra dúvida é se o programa de austeridade não terá um efeito bumerangue:
será tão forte que vai deprimir a economia e impedir que o país se
reorganize.
O caso da Grécia - e das confusões dos últimos anos da Zona do
Euro - mostram mais uma vez que moeda é melhor cada um ter a
sua. E, de preferência, tratar de protegê-la com boas políticas fiscais, monetárias e cambiais. A união da Europa é uma experiência
política fascinante, mas ter uma moeda comum com critérios fiscais diferenciados não dá certo, como se vê agora, da forma dolorosa.
A Europa achou que estava atendendo a esse pré-requisito
quando assinou o acordo de Maastricht, estabelecendo 65% de
teto para a dívida pública e 3% de limite para o déficit. O acordo
se desmoralizou, e hoje o que se negocia é um novo tratado nas
mesmas bases, mas com punições para os faltosos. Essa punição
implica em perda de soberania. Mas não se faz uma união monetária mantendo a integridade da soberania. O que os eleitores
terão de dizer, nas futuras eleições, é o tamanho da perda que eles
estão dispostos a tolerar.
Mix Mateus na entrada do Recanto dos Vinhais será o maior da capital
Supermercado no Shopping da Ilha terá rotisseria e adega especial
Grupo Mateus inaugura
amanhã duas lojas em SL
Supermercados localizados no Vinhais e no Shopping da Ilha serão abertos com 2
mil produtos em promoção e elevarão para 29 o número de lojas do grupo no MA
O
grupo Mateus inaugurará amanhã dois grandes empreendimentos
em São Luís. São as lojas Mix Mateus Vinhais e Mateus Supermercados Shopping da Ilha, que juntos criaram mais de 700 empregos diretos e serão abertos com
2 mil produtos em promoção.
Com as duas, sobe para 29 o número de lojas no Maranhão, como parte do plano de expansão
da empresa, que há 25 anos atua
nos segmentos atacado, varejo,
atacarejo e eletro, sendo um dos
maiores grupos supermercadistas do Nordeste.
O presidente do grupo Mateus, empresário Ilson Mateus,
informou que nos planos deste
ano estão a abertura de mais
uma loja em São Luís (Rua das
Cajazeiras) e outra no Shopping
Imperial, em Imperatriz. O grupo também ampliará seus negócios para os estados do Pará, onde abrirá quatro lojas (três em
Marabá e uma em Parauapebas),
e do Tocantins, com o projeto de
duas lojas (uma na capital, Palmas, e outra em Araguaina).
O Mix Mateus Vinhais é o 7º
empreendimento do Grupo Mateus no Maranhão no segmento
cash and carry, o popular Atacarejo, que é a união das modalidades de vendas atacado e vare-
O grupo Mateus
- A história do Grupo Mateus começou na década de 80, na cidade de Balsas, com a inauguração
da primeira loja. Gerando mais empregos e oportunidades na região, na mesma década o grupo
deu inicio às vendas no atacado com o Armazém
Mateus, com base em uma política de qualidade
em produtos e em atendimento, que permanece
até hoje.
- Em 2000, com o objetivo de conquistar novos
mercados, o Grupo Mateus inaugurou sua primeira
loja em Imperatriz. Dois anos mais tarde foi cons-
jo em um só local. "O atacarejo
é sucesso de público no Maranhão. Nosso objetivo é facilitar
o cotidiano do pequeno varejista, que tem a sua disposição, em
uma só loja, uma grande variedade de produtos, facilmente expostos e com preços baixos",
destacou Ilson Mateus.
Ele acrescentou que comprar
no atacarejo é vantajoso para todos os tipos de empresas. "O
empresário do mercado transformador (donos de restaurantes, hotéis, lanchonetes etc.) encontra na loja o produto com
embalagem mais rentável. Ele
não precisa comprar várias para ter uma grande quantidade,
apenas uma. Isso pode representar para ele uma economia de
truída em Santa Inês, que, pela sua proximidade
com a capital, passou a ser um ponto estratégico de
distribuição.
- Em 2003, o Grupo Mateus partiu para a capital. Em 2006, o Grupo apresentou a marca de pães,
doces e salgados Bumba Meu Pão.
- Hoje, o Grupo Mateus tem mais de 10 mil funcionários, em 29 lojas de norte a sul do Maranhão.
Em breve, o grupo parte rumo a outros estados. Nos
planos de expansão estão lojas no Tocantins e no
Pará, que serão inauguradas ainda em 2012.
até 20%", disse o empresário.
Situado na entrada do Recanto dos Vinhais, na área da Curva
do 90, no Vinhais, o Mix Mateus
tem uma área de vendas de 7.000
m², a maior construída em São
Luís, e 26 caixas, estacionamento para 620 vagas e dispões de setores de eletro, padaria, congelados, frios, entre outros produtos.
No shopping - A outra loja do
Grupo Mateus que será inaugurada amanhã é a do Shopping da
Ilha, a 16ª unidade de varejo do
grupo no Maranhão. A nova unidade tem 3.200 m² de área de
vendas, 21 caixas e uma rotisseria com produtos especiais e exclusivos para a loja. Outra novidade da loja do Maranhão No-
vo será a Adega Especial, montada com produtos importados,
com uma carta de vinhos de
aproximadamente 300 rótulos.
Uma ação promocional foi
preparada para atrair o maior
número de clientes para as duas
inaugurações.
O diretor comercial do Grupo Mateus, Jesuíno Martins, explica que, aproximadamente, 2
mil produtos de vários setores
como limpeza, higiene, açougue, peixaria, hortifruti, frios, bazar e eletro estarão em promoção. "Nos últimos três meses,
nossa equipe de compras se empenhou para trazer produtos das
melhores indústrias do país a
preços abaixo do valor de mercado", afirmou Martins.
Governo e Vale discutem atração
de indústrias para Santa Rita
Implantação de um Distrito Industrial no
município foi um dos temas abordados com
executivos da mineradora e empresários
O secretário de Estado de Indústria e Comércio, Maurício
Macedo, reuniu-se ontem com
executivos da Vale e empresas
fornecedoras para discutir a
atração de indústrias de grande
porte para o Maranhão, mais
precisamente para o município
de Santa Rita, nos setores de
fabricação de equipamentos e
soluções logísticas.
Maurício Macedo apresentou
aos executivos os principais projetos em implantação no Maranhão e sua distribuição espacial
que vem ocorrendo de forma
descentralizada como forma de
desenvolver as economias locais.
Além de conhecerem os projetos em andamento, os execu-
tivos obtiveram explicações sobre logística, infraestrutura e incentivos para novos empreendimentos no estado.
Para o gerente-geral de Relações Institucionais da Vale, Dorgival Pereira, a reunião foi produtiva, pois permitiu às empresas
discutirem diretamente com o secretário e manifestarem o interesse de se instalar no Maranhão.
“Foi importante para as empresas conhecerem o potencial do
estado, os empreendimentos em
implantação e a estrutura para
atendimento de suas expectati-
vas, como gás, energia e acessos
rodoviários”, disse o executivo.
O presidente da Mercúrio,
Walter Traumüller Kaviall, disse
que as expectativas em relação
à implantação da sua empresa
no estado são muito boas. “Foi
o primeiro contato com o governo, embora já viéssemos
acompanhando as iniciativas
do estado por meio da Vale.
Serviu para elucidar pontos importantes como infraestrutura,
crescimento econômico e a
nossa sinergia com a Vale e outras empresas”, destacou.
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