IV SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Data: 29 a 30 DE OUTUBRO DE 2015 POLIMORFISMO GENÉTICO E SUA INFLUÊNCIA NOS EFEITOS TÓXICOS DOS MEDICAMENTOS MORAIS, Cristiano C1; GOUVEIA, Renata C4; RIBEIRO NETO, Luciane M3. 1Aluno de Graduação em Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP. 2Aluno de Graduação em Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP. [email protected]. 3Professora Doutora de Graduação em Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP. Palavras-chave: Polimorfismo genético. Toxicidade. Variação genética. INTRODUÇÃO As variações nas sequências de DNA são chamadas de polimorfismos genético. No genoma humano é frequente a ocorrência do fenômeno conceituado polimorfismo genético que corresponde a aproximadamente 90% das variações interindividuais, algumas das quais podem estar relacionadas com respostas diferenciadas aos medicamentos. Com o avanço das investigações da Farmacogenética e da Farmacogenômica possibilitou-se o estudo de alguns fatores interferentes na resposta terapêutica dos fármacos, ocorrentes devido algum tipo de polimorfismo. Dentre esses fatores estão as variações em genes que alteram a expressão e/ou atividade de sítios de ligação de medicamentos, por afetarem a estabilidade do RNA mensageiro ou modificarem a estrutura conformacional de uma proteína. Como consequência dessas alterações há a redução ou aumento da atividade da proteína, podendo desencadear a intoxicação medicamentosa. OBJETIVO Abordar o polimorfismo genético e a influência do mesmo sobre a intoxicação medicamentosa. METODOLOGIA O assunto foi abordado a partir de levantamento bibliográfico, sendo realizadas pesquisas em artigos científicos e textos, em revistas, periódicos, livros e artigos eletrônicos. Trata-se de um estudo de natureza descritiva e retrospectiva. DESENVOLVIMENTO Na presente revisão foram analisadas as formas nas quais o polimorfismo genético influência nos efeitos dos medicamentos e descreveu-se as perspectivas futuras da Farmacogenética com ênfase na individualização terapêutica. No início do desenvolvimento foram descritas definições importantes para o entendimento do tema acerca da genética molecular. Na sequência conceitua-se o polimorfismo genético propriamente dito correlacionando com as definições de genética molecular, os tipos de polimorfismo já descritos incluindo estudos de Farmacogenética e Farmacogenômica. O polimorfismo genético foi abordado sob a ótica da farmacodinâmica devido o destino de uma droga no organismo depender de diversos fatores, tais como: taxa de absorção, ligação a proteínas plasmáticas, distribuição para os tecidos, interação fármaco-receptor, metabolização e excreção assim, através de processos de transcrição e tradução, alguns genes controlam a produção de enzimas que atuam especificamente nas diferentes etapas da farmacocinética das drogas. Desta forma, procurou-se também a abordagem farmacodinâmica, e embora ainda não muito bem esclarecido os estudos do polimorfismo farmacodinâmico foi abordado os mais comuns entre os autores. E por fim apresenta-se as perspectivas futuras do polimorfismo genético visando a individualização terapêutica e a sua aplicação no Brasil. CONCLUSÃO O estudo do polimorfismo genético, pode ser um recurso de extrema importância na minimização de reações adversas e/ou tóxicas dos medicamentos, visto que, nos EUA autores Realização IV SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Data: 29 a 30 DE OUTUBRO DE 2015 descrevem 100.000 mortes por ano em consequência de reações adversas ou efeito tóxico de medicamentos, sendo indicado como a quarta causa de morte no mundo, matando mais do que o vírus da AIDS. Caso os pesquisadores alcancem seu objetivo de individualização terapêutica, poderá ocorrer a atualização de protocolos médicos de forma global, diminuindo eventos de toxicidade e reações adversas graves. REFERÊNCIAS GRACIA, Bruna Hypólito; AMBRÓSIO, Eliane Pappa; DELLA-ROSA, Valter Augusto. O polimorfismo dos genes CYP2C9 e VKORC1 e suas influencias na ação anticoagulante da varfarina, Paraná, v.9, n.2, 93-103, ago.2014. REIS, Lessens DOS. Farmacogenómica e ensaios clínicos, Lisboa, v.2, n.2, p.79-88, out. 2005. 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