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Revista da SBEnBio - Número 7 - Outubro de 2014
V Enebio e II Erebio Regional 1
FRUTOS, FRUTAS, LEGUMES, VERDURAS, HORTALIÇAS?
“EU TENHO PARA VENDER QUEM QUER COMPRAR? ”
O SABER POPULAR E CIENTÍFICO DA BOTÂNICA NO CENTRO DE
ABASTECIMENTO DE BARREIRAS-BAHIA
Kaline Benevides Santana (Instituto Federal da Bahia/Campus Barreiras)
Feira de Mangaio é uma denominação de feira popular do nordeste brasileiro de onde se
vende de tudo com preços bem acessíveis. É uma música conhecida como baião-forró que faz
menção a muitos produtos de origem vegetal, e, foi no contexto dessa música, que
desenvolveu-se uma oficina pedagógica com os alunos do curso de Licenciatura em Biologia
modalidade à distância da Plataforma Freire da Universidade Estadual da Bahia (UNEB) do
município de Barreiras-Bahia. O objetivo da oficina foi estimular os estudantes a buscar
novas formas de trabalhar a Botânica no que diz respeito aos seus diferentes temas e usos
pelos seres humanos, utilizando o centro de abastecimento da cidade como espaço de
culminância.
Palavras-chave: Botânica, feira-livre, ensino.
1. A BOTÂNICA E A ESCOLA
A palavra “botânica“ vem do grego botane que significa “planta”, que deriva, por sua
vez, do verbo boskein, “alimentar”. Contudo, as plantas participam de nossas vidas de
inumeráveis outras maneiras além de serem fontes de alimento (RAVEN, 2007).
As plantas fornecem fibras para vestuário; madeira para mobiliário, abrigo e
combustível; papel para livros; temperos para culinária; drogas para remédio e o oxigênio
para a respiração. Todos os seres dependem das plantas. Segundo Raven (2007), além dessas
utilidades, as plantas possuem um enorme apelo sensorial, melhorando a vida humana através
de jardins, parques e áreas selvagens. O estudo desses seres nos garante, portanto, um
entendimento melhor da natureza de toda a vida.
Os vegetais variam em tamanho de menos de 1 cm até mais de 100 m de altura. A
morfologia ou forma é também surpreendentemente diversa. Independente das suas
adaptações específicas, todos os vegetais executam processos similares e estão baseados no
mesmo plano arquitetural (TAIZ, 2010).
O cormo, a forma de organização das plantas superiores (cormófitas), em sua
configuração típica, está adaptada à vida terrestre. A parte vegetativa está fixada no solo por
meio de uma raiz. Ela está organizada em caule e folhas. Assim o cormo consiste de três
órgãos básicos: raiz, caule e folhas (NULTSCH, 2007). As folhas são tipicamente órgãos
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fotossintéticos, cuja estruturação plana possibilita um aproveitamento ótimo da luz. Pelo seu
crescimento geralmente ereto e uma filotaxia correspondente, o caule proporciona uma
disposição adequada das folhas para a incidência da luz, mesmo em condições de
sombreamento. Além disso, ele assume o transporte de água e sais nutritivos. A absorção é
realizada nas raízes que também servem como órgãos de fixação, chegando às folhas
(NULTSCH, 2007).
Os órgãos essencialmente reprodutores flores e frutos, são representadas pelas plantas
Fanerógamas e, por apresentarem sementes são também denominadas de Espermatófitas.
(Vidal, 2003). As flores produzem frutos, sem elas estes não se formam. O fato de as flores
investirem das mais variadas cores, de apresentarem formas perfeitas ou bizarras, ou de
desprenderem aromas geralmente agradáveis, como o dos jasmins ou das magnólias, revela
um mecanismo natural de atração para animais, os quais ao visitarem as flores em busca de
alimentos, promovem a polinização, marcando o início dos fenômenos que conduzirão à
formação dos frutos (VIDAL, 2003).
A finalidade biológica do fruto é ser um envoltório protetor para a semente, ao mesmo
tempo em que assegura a propagação e perpetuação das espécies O fruto é o ovário
desenvolvido com as sementes já formadas; ou pode ser ainda constituído de diversos ovários
e ter ou não estruturas acessórias individuais.
Os frutos têm grandes variações estruturais. Estas por sua vez, dependem da natureza
ou das variações que existem na organização do gineceu das flores. Mais ainda, muitas vezes
o fruto não é formado unicamente pelo ovário da flor, visto que outras peças podem estar
representadas nos frutos, como: pedúnculo, receptáculo, cálice e brácteas. (VIDAL, 2003).
Graças a sua autossuficiência alimentar, as plantas não dependeram de outros seres
vivos para se estabelecer em terra firme, conquistaram inúmeros ambientes e se
diversificaram. Se esses organismos não tivessem ocupado os continentes, se desaparecessem,
a sobrevivência humana e de milhões de espécies animais ficaria seriamente ameaçada uma
vez que se alimentam direta ou indiretamente de plantas.
Verificando a importância inquestionável das plantas para os seres humanos e para o
equilíbrio ecológico do planeta, era de se esperar que no âmbito escolar, a Botânica fosse uma
temática de fácil aceitação e compreensão pelos alunos, entretanto, ocorre o oposto. Segundo
Menezes (2008), apesar de muitos motivos serem apontados para tal desinteresse o ponto
fundamental parece ser a relação que nós seres humanos temos com as plantas, ou melhor,
com a falta de relação que temos com elas. O fato desses seres não interagirem diretamente
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com o homem e serem estáticos, ao contrário dos animais, pode justificar o distanciamento
dos estudantes.
Conforme Bocki (2011), não é somente a forma como a botânica é ensinada nas
escolas existe uma discrepância curricular apresentada pelos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs) e nas Orientações Curriculares entre o Ensino Fundamental e Médio,
respectivamente de Ciências Naturais e de Biologia. A referida autora comenta que os PCNs
do ensino médio, por exemplo, não apresentam ou abordam um enfoque empírico, nem
específico direcionado somente para estudo da Botânica, que aparece como figurante neste
cenário, bem atrás do protagonista, a biodiversidade.
Nesse contexto, muitas vezes os alunos e a própria comunidade utilizam termos quem
em Biologia não tem valor botânico, mas que entre eles são aceitos culturalmente. O termo
fruta, por exemplo, é considerada, apenas aquilo que tem sabor agradável e verdura, um termo
usualmente utilizado na área nutricional, agrícola e culinária, como planta ou suas partes,
geralmente consumidas por humanos como alimento.
Conforme o Ministério da Saúde em sua Resolução nº 12/79, verdura é a parte
geralmente verde das hortaliças, utilizada como alimento no seu estado natural, sendo que o
produto é designado simplesmente por seus nomes comuns: alface, chicória, almeirão, couve,
etc. Nessa mesma resolução o legume é designado como o fruto ou semente de diferentes
espécimes de plantas. Ex.: chuchu, abobrinha, berinjela, etc.
Segundo Santos e Ceccantini (2004) nem sempre o reconhecimento e a diferenciação
de todas as partes das plantas são feitos facilmente, levando a identificação errônea de
algumas partes, por exemplo, muitas pessoas classificam alguns caules subterrâneos como
raízes.
Portanto, verifica-se que em relação à botânica, os significados desses termos não
correspondem à sua função ou morfologia correta. Cabendo ao professor mostrá-los de
maneira que o discente saiba identificar as partes e propriedades das plantas não excluindo o
seu saber popular que é inerente do seu processo histórico/cultural.
Dessa maneira, discutindo o modelo tradicionalista e a possibilidade de adequar o
ensino aprendizagem por meio de novas práticas pedagógicas, para a temática Botânica, os
estudantes de Licenciatura em Biologia da Plataforma Freire Campus IX – Barreiras/BA
precisavam alterar esse quadro de desinteresse e, através de estratégias didáticas
contextualizadas e dinâmicas apresentarem para seus futuros alunos e para a comunidade
barreirense a botânica de maneira interessante partindo de seus conceitos prévios aprendidos
ao longo do tempo.
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2. A OFICINA: CONSTRUÇÃO E EXECUÇÃO
A oficina se caracteriza como uma estratégia do fazer pedagógico onde o espaço de
construção e reconstrução do conhecimento são as principais ênfases. É lugar de pensar,
descobrir, reinventar, criar e recriar, favorecido pela forma horizontal na qual a relação
humana se dá. Pode-se lançar mão de músicas, textos, observações diretas, vídeos, pesquisas
de campo, experiências práticas, enfim vivenciar ideias, sentimentos, experiências, num
movimento de reconstrução individual e coletiva (ANASTASIOU; ALVES, 2004)
Nesse sentido, é preciso diversificar, escolhendo temas que ofereçam ferramentas que
promovam o aprendizado do aluno. Para tanto, utilizou-se a música Feira de Mangaio do
compositor Sivuca (1930-2006) para contextualizar toda a atividade. Feira de Mangaio é um
tipo de feira popular onde se vende de tudo com preços bem acessíveis e mangaieiros são os
profissionais do "mangaio", ou seja, são os camelôs no nordeste. Nesta música, o referido
autor descreve muitos produtos vendidos na feira, inclusive os de origem vegetal: “Fumo de
rolo... bolo de milho, broa e cocada... pé de moleque, alecrim, canela... farinha, rapadura e
graviola...”; e este foi o ponto de partida para iniciar os trabalhos.
O título da oficina foi uma paráfrase da própria música: Frutos, frutas, legumes,
verduras, hortaliças? “Eu tenho para vender quem quer comprar?”. A proposta veio para
despertar nos alunos de Licenciatura em Biologia, futuros professores, o interesse pelo estudo
da Biologia Vegetal, uma vez que no âmbito escolar, a Botânica é vista de maneira secundária
com um ensino fragmentado e descontextualizado.
A oficina foi ministrada para alunos do oitavo semestre do curso de Licenciatura em
Biologia do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR). O
Parfor é um Programa emergencial instituído pelo Ministério da educação para atender o
disposto no artigo 11, inciso III do Decreto nº 6.755, de 29 de janeiro de 2009 e implantado
em regime de colaboração entre a Capes, os estados, municípios o Distrito Federal e as
Instituições de Educação Superior – IES.
A Universidade do Estado da Bahia (UNEB) Campus IX no município de Barreiras é a
instituição superior responsável por coordenar o curso, cuja modalidade é à distância, com
encontros presenciais mensais. Os alunos eram professores licenciados que já estavam em
exercício há pelo menos três anos na rede pública de educação básica e que atuavam em área
distinta da sua formação inicial. Por exemplo, lecionavam as disciplinas ciências e, ou
biologia, mas eram formados em outra área como pedagogia, história, geografia, e que, por
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falta de docentes da área específica em suas instituições de ensino, ministravam aulas dessas
disciplinas.
A proposta foi trabalhar os termos botânicos e as aplicabilidades das plantas do grupo
das Angiospermas. Inicialmente, houve um momento teórico em sala de aula com carga
horária de dez horas, posteriormente, confecção do projeto para a culminância com carga
horária de 15 horas e, por fim execução das propostas dos trabalhos no centro de
abastecimento da cidade de Barreiras-Bahia (CAB).
O primeiro momento da oficina foi destinado a provocar e apresentar a botânica para
os alunos. Foi realizada uma dinâmica intitulada: Você sabe o que come? Nessa atividade, a
sala de aula foi transformada em uma verdadeira feira, onde foram dispostos inúmeros
produtos de origem vegetal e que são vendidos nos centros de abastecimento. Os alunos
tinham que colocar em cestas identificadas com os órgãos das plantas (Raiz, caule, folha, flor,
fruto e semente) os vegetais que acreditavam corresponder e, ao som do forró Feira de
Mangaió, iniciou-se a dinâmica.
Apesar de estarem no oitavo semestre, os alunos do curso apresentaram deficiências
quanto ao conteúdo proposto e, dessa maneira a como se previa, muitos se equivocaram e não
conseguiram colocar de maneira correta o órgão que correspondia àquele vegetal. A partir dos
erros, começou-se a aula teórica para fortalecimento do conhecimento botânico.
Foi realizada uma atividade (Tabela 2) de interpretação com a música Feira de
Mangaio (Tabela 1) para identificação dos termos botânicos e aplicabilidade das plantas
destacadas no texto da canção. O segundo momento da oficina foi destinado à disposição dos
grupos, sorteio dos temas e elaboração de miniprojeto de intervenção pelos professores-alunos
com a temática central da Oficina. Foram dispostos seis grupos e entre eles sorteadas seis
temáticas (raiz, caule, folha, flor, fruto e semente). Após sorteio, foi explicado aos alunos que
elaborassem um miniprojeto de intervenção a ser executado no Centro de abastecimento de
Barreiras (Figuras 1 e 2). A proposta foi elaborar metodologias que ao serem colocadas em
prática, levassem para os transeuntes do centro de abastecimento, o conhecimento científico
botânico de maneira lúdica, criativa e com uma preocupação, não criticar o conhecimento
popular ou diminuí-lo. Os dias que antecederam a culminância foram destinados à elaboração
dos materiais para a intervenção tais como modelos didáticos, folders, banners e produtos
diversos.
Foi confeccionada uma faixa para identificação da barraca (Figura 3) e, no dia da
culminância, a partir das seis horas da manhã, os alunos começaram a organizar seus
materiais e produtos para a exposição.
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Tabela 1: Música Feira de Mangaio
Feira de Mangaio
Sivuca (1930-2006) e pela esposa Glorinha Gadêlha (1947).
Fumo de rolo arreio de cangalha
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Bolo de milho broa e cocada
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Pé de moleque, alecrim, canela
Moleque sai daqui me deixa trabalhar
E Zé saiu correndo pra feira de pássaros
E foi passo-voando pra todo lugar
Tinha uma vendinha no canto da rua
Onde o mangaieiro ia se animar
Tomar uma bicada com lambu assado
E olhar pra Maria do Joá (2x)
Cabresto de cavalo e rabichola
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Farinha rapadura e graviola
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Pavio de cadeeiro panela de barro
Menino vou me embora
Tenho que voltar
Xaxar o meu roçado
Que nem boi de carro
Alpargata de arrasto não quer me levar
Eiii forró da mulestia..
Fumo de rolo arreio de cangalha
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Bolo de milho broa e cocada
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Pé de moleque, alecrim, canela
Moleque sai daqui me deixa trabalhar
E Zé saiu correndo pra feira de pássaros
E foi passo-voando pra todo lugar
Tinha uma vendinha no canto da rua
Onde o mangaieiro ia se animar
Tomar uma bicada com lambu assado
E olhar pra Maria do Joá
Mais é que tem um Sanfoneiro no canto da
rua
Fazendo floreio pra gente dançar
Tem Zefa de purcina fazendo renda
E o ronco do fole sem parar
Eitaa Sanfoneiro da gota
serena...
Porque tem um Sanfoneiro no canto da rua
Fazendo floreio pra gente dançar
Tem Zefa de purcina fazendo renda
E o ronco do fole sem parar (2x)
Fonte: Álbum Dominguinhos, Sivuca e Oswaldinho, 2004.
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Tabela 2: Atividade de interpretação e análise da música Feira de Mangaio
A partir da leitura e análise da música, destaque os termos relacionados às plantas e
preencha a tabela as seguir:
RAIZ
CAULE
FOLHA
FLOR
FRUTO SEMENTE
TERMO/
USO
TERMO/
USO
TERMO/
USO
TERMO/
USO
TERMO/
USO
TERMO/
USO
TERMO/
USO
TERMO/
USO
TERMO/
USO
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Figura 1: Centro de Abastecimento de Barreiras (CAB).
Figura 2: Feira Permanente do CAB.
Figura 3: Barraca “Você sabe o que come?” Ao lado a Feira permanente
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Os grupos com as temáticas raíz, caule, fruto e semente apresentaram à comunidade de
Barreiras de maneira criativa, as explicações aceitas na academia, no que tange à Botânica. O
grupo de caule elaborou receitas para degustação, trouxe vários exemplos de plantas com seus
caules identificados cientificamente e distribuíram folders explicativos (Figura 4 e 5).
Figura 4: Grupo Caule: plantas identificadas e pratos para degustação
Figura 5: Folders explicativos do grupo caule e exemplos de caule
O grupo raiz também levou inúmeras raízes identificadas com seus nomes científicos e
informes medicinais, assim como o grupo de sementes (Figura 6). Cartazes informativos e
bancas de frutas, fruto e pseudofrutos foi montada para degustação e explicação realizada pelo
grupo de frutos (Figura 7).
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Figura 6: Raízes e sementes identificadas
Figura 7: Grupo Fruto
Com microfone e caixa de som os alunos informavam e chamavam a comunidade
para visitar a barraca "você sabe o que come?" ao som da música forro de Mangaió (Figura
8). A culminância transcorreu até o fim da manhã. Foi solicitado a cada grupo que
confeccionasse um relatório de toda a oficina e entregasse após uma semana da execução do
projeto.
Figura 8: Alunas no microfone chamando a comunidade.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Verificou-se que os resultados obtidos com a proposta: Frutos, frutas, legumes,
verduras, hortaliças? “Eu tenho para vender, quem quer comprar?” Estavam em conformidade
com os objetivos propostos na oficina livre e foram atingidos. Os alunos do curso em
Licenciatura da PARFOR através da primeira etapa da oficina conheceram os mecanismos de
desenvolvimento das plantas até fase adulta; sua morfologia e função; reconheceram a sua
importância para alimentação, fonte de fotossíntese, medicinal, vestuário dentre outros para os
seres humanos e animais; identificaram a morfologia dos órgãos das plantas: raiz, caule,
folha, flor e fruto; na segunda e terceira etapa desenvolveram e aplicaram práticas que foram
divulgadas para a comunidade barreirense, despertando assim o interesse pelo estudo da
Biologia Vegetal.
Incentivar e motivar os professores-alunos do Curso de Biologia da PARFOR do
Campus IX da UNEB a desenvolver estudos sobre problemáticas atuais em sala de aula nesse
caso a temática Botânica foi um dos principais objetivos alcançados com essa proposta.
Acreditamos que o trabalho desenvolvido despertou nos futuros professores o desejo
de desenvolver atividades lúdicas e voltadas para o cotidiano da comunidade na qual estão
inseridos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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