Boletim 1 - USF Monte de Caparica

Propaganda
Outubro—Dezembro 2007
Ano I—nº1/07
Nesta edição:
Editorial
Editorial
1
Tema Livre
2
Caros amigos, colegas e cidadãos,
Este boletim informativo pretende reforçar e melhorar a
comunicação entre a nossa Unidade de Saúde os cida-
Assunto
temático
dãos e outras instituições da nossa comunidade. Preten3
demos manter uma publicação trimestral na nossa intranet (e de futuro na Internet) com participação de cida-
Página do
Cidadão
4
Página
Ecológica
5
dãos e instituições interessadas em divulgar a sua perspectiva sobre a nossa comunidade, estilos de vida saudáveis, educação para a saúde, espaços saudáveis, actividades de lazer e bem estar, eventos de interesse para os
nossos utentes e respectivos programas, ou efectuar uma
Galeria
de Arte
8
Doenças de
Gente Famosa
9
abordagem crítica e actual sobre estes e outros temas
pertinentes.
Gostaríamos de incluir neste projecto todos os que quiserem colaborar.
Nesta edição temos assuntos tão diversificados como a
Riscos para a
População
10
gripe, o consumismo e os custos ambientais, os direitos e
os deveres do utente ou o poeta Bocage. Porém, a alimentação destaca-se por ser o tema mais abordado.
Gabinete
Jurídico
13
Entre excelentes contributos oferecidos a este boletim,
uma educadora de infância propôs-nos uma reflexão crítica sobre um “retrato duma realidade dos bairros
sociais, das escolas em zonas problemáticas, das famílias
no fio da navalha”. A Divina comédia ali mesmo ao virar
da esquina, irresistível…
Américo Varela
Coordenador da Unidade de Saúde do Monte de Caparica
Seguinte >
Ano I – nº1/07
Página 2
Tema Livre
O MELHOR ALIMENTO
O melhor alimento para o bebé é o
leite materno. Isso é dos livros. Em
todas as primeiras consultas dos
recém-nascidos não me canso de
repetir as virtudes do leite materno: está sempre pronto a ser consumido, tem a temperatura ideal, a
composição óptima e, ainda por
cima, é de borla.
bém que, algumas delas, se vão
esquecer deste ou daquele pormenor.
No entanto, não fico muito preocupado porque, durante o primeiro mês de
vida, o bebé vem semanalmente ao
Centro de Saúde para se pesar e a
enfermeira que trabalha comigo chama-me sempre para eu dar um olhinho ao umbigo do miúdo ou tirar uma
dúvida à mãe.
A dúvida da Margarida, no outro dia,
deixou-me perplexo:
Ó doutor, as vitaminas que o doutor
receitou eram para mim ou para o
João Pedro?...
O quê? - espantei-me. - Tu não me
digas que tu é que estás a tomar
as vitaminas do miúdo!...
Quadro de Picasso, A Maternidade
Sim... - respondeu a Margarida muito
corada – O doutor disse que tudo
o que eu comesse passava pelo
meu leite para o bebé...
Aviso a mãezinha que, no entanto,
deve ter cuidado com o que come
porque toda a sua alimentação se
pode repercutir no bebé. Nada de
álcool, nada de tabaco, nada de
café e nada de comidas esquisitas
que possam, eventualmente, causar alguma alergia ou mau estar
gastrointestinal ao petiz. Tenho
ainda o hábito já antigo – e talvez
ultrapassado – de receitar ao bebé
umas gotinhas de vitamina C e
vitamina D.
A consulta do recém-nascido é
sempre algo cansativa porque,
para além da observação da criancinha, há uma série de conselhos a
dar à mãe, chamar-lhe a atenção
para a importância de fazer a consulta do puerpério e mais isto e
mais aquilo.
Sei que, para muitas das minhas
doentes, aquela consulta contém
mais informação do que um telejornal do fim de semana e sei tam<< < Anterior | Seguinte >
Artur Couto e Santos
“um médico por família”
“O doutor disse que
tudo
o
que
eu
comesse
passava
pelo meu leite para
o bebé…”
Ano I – nº1/07
Página 3
Assunto temático
vados; produtos de pastelaria e Saladas de
Higiene Alimentar
produtos sensíveis.
As bactérias são microrganismos produtores de doenças que muito vulgarmente se encontram nos alimentos ou/e na
água. A ingestão de alimentos que não
foram adequadamente conservados ou
tratados, e nos quais se deu a proliferação de germes ou o aparecimento de
toxinas, é a causa mais frequente de
Os factores de risco mais frequentes na
Restauração, são: alimentos preparados
com demasiada antecedência; alimentos
reaquecidos a temperatura insuficiente;
alimentos cozinhados a partir de matériasprimas contaminadas; carnes e produtos
derivados mal cozinhados; congelação e
descongelação lenta; contaminações cru-
intoxicações alimentares.
zadas; conservação dos alimentos quentes
A contaminação bacteriana dos alimen-
entre os 5ºC e os 65ºC e contaminação
tos pode acontecer em qualquer ponto
pelos manipuladores.
do seu processo: na sua produção
(devido às infecções dos animais), na
sua transformação, no transporte, no
armazenamento, nos estabelecimentos
de venda e na preparação e/ou conservação dos alimentos antes de os consumir. É, por isso necessário, manter
adequadas medidas higiénicas, em cada
etapa do seu processamento.
Pelo efeito, devem ser tomadas medidas
de prevenção em relação ao perigo de
contaminação cruzada (cruzamento de
alimentos crus/confeccionados; de diferentes tipos (como carne/peixe); cruzamento entre áreas/zonas (Como zona da
confecção ser a mesma da preparação ou
de lixos, etc...); durante as diversas operações de manuseamento dos géneros ali-
Os alimentos que correm maiores riscos
mentícios.
de contaminação , são os alimentos
Tal como devem ser implementadas boas
crus, os que se conservam à temperatu-
práticas de higiene e medidas preventivas
ra ambiente e os que forem insuficien-
em relação a equipamentos, materiais,
temente aquecidos, São também muito
ingredientes e matérias-primas, água, sis-
susceptíveis de alteração os alimentos
temas de ventilação, pessoal e fontes
perecíveis, aqueles que têm muita água
externas de contaminação.
na sua constituição como é exemplo o
fiambre, a alface, o tomate entre
outros. Entre os alimentos “sensíveis”,
destacam-se: Ovos, molhos, maionese;
carne picada, hambúrgueres, salsichas
frescas; galinhas, frangos, patos e
outras aves; produtos de caça; pesca-
É por isso neste sentido que cada vez mais
se aposta e se deve investir na verificação
e controlo destes pontos críticos, nos sectores da actividade alimentar, nomeadamente refeitórios, bares e cantinas escolares.
dos e mariscos; leite, queijo fresco,
Marisa Cristina Gonçalves Pereira
natas, manteiga, iogurte e outros deri-
Técnica de nutrição
<< < Anterior | Seguinte >
Ano I – nº1/07
Página 4
Página do Cidadão
“DIVIDA COMÉDIA
Criancinhas
A
criancinha
quer
Playstation. A gente
dá. A criancinha quer
estrangular o gato. A
gente
deixa.
A criancinha berra porque não quer comer a
sopa. A gente eliminaa da ementa e acaba
tudo em festim de chocolate. A criancinha
quer bife e batatas fritas.
Hambúrgueres
muitos. Pizzas, umas
tantas. Coca-Colas, às
litradas. A gente olha
para o lado e ela incha.
A
criancinha
quer
camisola adidas e ténis
nike. A gente dá porque a criancinha tem
tanto direito como os
colegas da escola e é
perigoso ser diferente.
A criancinha quer ficar
a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao
nosso lado no sofá e
passa-lhe o comando.
A criancinha desata
num berreiro no restaurante. A gente faz
de conta e o berreiro
c o n t i n u a .
Entretanto, a criancinha
cresce.
Faz-se
projecto de homem ou
m u l h e r .
D e s p e r t a .
É então que a criancinha, já mais crescida,
começa a pedir mesada, semanada, diária.
E gasta metade do
orçamento familiar em
saídas,
roupa
da
moda,
jantares
e
bares. A criancinha já
estuda. Às vezes passa
de ano, outras nem
por isso. Mas não se
pode pressioná-la por-
que ela já tem uma
vida stressante, de
convívio em convívio e
de noitada em noitada.
A criancinha cresce a
ver
Morangos
com
Açúcar, cheia de pinta
e tal, e torna-se mais
exigente
com
os
papás. Agora, já não
lhe basta que eles
estejam
por
perto.
Convém que se comecem a chegar à frente
na mota, no popó e
numas férias à maneira. A criancinha, entregue aos seus desejos e
sem referências, inicia
o processo de independência
meramente
informal. A rebeldia é
de trazer por casa.
Responde torto aos
papás, põe a avó em
sentido, suja e não
lava, come e não limpa, desarruma e não
arruma,
as
tarefas
domésticas são «uma
s
e
c
a
»
.
Um dia, na escola, o
professor dá-lhe um
berro, tenta em cinco
minutos pôr nos eixos
a criancinha que os
papás abandonaram à
sua sorte, mimo e
umbiguismo. A criancinha, já crescidinha,
fica
traumatizada.
Sente-se vítima de violência verbal e etc e
tal. Em casa, faz queixinhas,
lamenta-se,
chora. Os papás, arrepiados com a violência
sobre as criancinhas de
que a televisão fala e
na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do
ordenado em folias de
<< < Anterior | Seguinte >
hipermercado, correm
para a escola e espetam duas bofetadas
bem dadas no professor «que não tem nada
que se armar em paizinho, pois quem sabe
do meu filho sou eu».
A criancinha cresce.
Cresce e cresce. Aos
30 anos, ainda será
criancinha, continuará
a viver na casa dos
papás, a levar a gorda
fatia do salário deles.
Provavelmente,
não
terá
um
emprego.
«Mas ao menos não
anda para aí a fazer
p o r c a r i a s » .
Não é este um fiel
retrato da realidade
dos bairros sociais, das
escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha?
Pois não, bem sei.
Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé
e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos
muitos congressos e
debates
para
nos
entretermos.”
Miguel Carvalho
Ano I – nº1/07
Página 5
Página Ecológica
Investigação revela:
À medida que o consumo alastra, o planeta sofre.
@ jpg, FCT/UNL, 2007 *
Americanos e Europeus iniciaram,
há décadas, um consumo e desenvolvimento insustentáveis. Mas
agora, de acordo com o relatório do
Instituto Worldwatch (2004), os
países em vias de desenvolvimento
entraram igualmente nas vias dum
crescimento rápido e constante, em
detrimento do ambiente, da saúde
e da felicidade.
Perfeitamente cronometrado com
os excessos das férias desse ano, o
relatório divulgado pelo Worldwatch
em Washington, D.C., focou-se na
investigação sobre o consumismo
do ano (2004). Aproximadamente
1,7 biliões de pessoas em todo o
Mundo pertenciam ao grupo ou
classe dos ditos consumidores,
caracterizado por um consumo de
dietas alimentares altamente processadas, desejo de maiores casas
e mais e maiores carros, níveis de
gastos mais elevados, e estilos de
vida regidos pela acumulação de
bens não essenciais. Quase cerca
de metade destes consumidores,
residia em países em vias de
desenvolvimento - incluindo 240
milhões de Chineses e 120 milhões
de Indianos – quer dizer nos mercados com maior potencial de
expansão no Mundo.
“O incremento do consumo ajudou
a resolver os problemas das necessidades básicas e criação de
emprego,” afirmou Christopher Flavin, presidente do Worldwatch Institute, durante uma reunião com a
imprensa, “mas à medida que se
entra no novo século, este apetite
dos consumidores, sem precedente
à escala humana, mina e ameaça
os sistemas naturais de que todos
os humanos dependem, e está a
tornar mais difícil aos pobres do
mundo
satisfazerem
as
suas
necessidades básicas.”
A ameaça às fontes de água do
planeta, o desperdício dos recursos
naturais, e a destruição dos ecossistemas, encontram-se associados
ao uso duma imensidão de materiais descartáveis, de sacos plásticos do lixo, e de bens baratos tornados obsoletos, relacionados com
a mentalidade moderna do “usa e
deita fora”. A maioria das questões
e problemas ambientais, hoje vividos, pode estar relacionada com
um (o) excesso de consumo. Apenas um pequeno exemplo: cerca
de quase metade das espécies
vivas, poderão extinguir-se a muito
curto prazo devido a mudanças
climáticas, relacionadas directamente com o consumo.
Da Luxúria à Necessidade
A globalização é um factor director
que, pode tornar bens e serviços
previamente fora do alcance em
países subdesenvolvidos ou em
vias de desenvolvimento, agora
muito mais disponíveis. Artigos
que foram em determinada altura
considerados de luxo – e.g. televisores, telefones celulares, computadores, e sistemas de ar condicionado, são agora considerados
como necessidades pelo mais
comum dos mortais.
A China fornece um exemplo desta
mudança de mentalidade. Por muitos anos, as ruas de cidades principais de China forram caracterizadas por um mar virtual de pessoas
de bicicletas, e há 25 anos eram
raros os carros próprios. Cerca do
ano 2000, existiam já 5 milhões de
carros na deslocação de pessoas e
serviços e esperava-se que esse
<< < Anterior | Seguinte >
Ano I – nº1/07
Página 6
número atingisse 24 milhões em
2005.
O aumento da confiança nos
automóveis significa mais poluição, maior tráfego e gastos
maiores de combustíveis fósseis.
Os carros e outras formas de
transporte contribuem para quase 30 % do gasto da energia do
mundo e 95 por cento do consumo global de petróleo.
A mudança da dieta alimentar,
com ênfase crescente no consumo de carne, (sobretudo de bovino) ilustra o preço ambiental e
social exigido pelo consumo
desenfreado. Para produzir mais
carne de vaca, galinha, e porco,
a bastante para satisfazer a
actual procura, a indústria de
criação de animais domésticos
moveu-se para uma produção
fabril em série. Produzir oito
onças da carne requer 6.600
galões (25.000 litros) da água;
95 % de colheitas da soja do
mundo são consumidos pelo
gado, e 16 % do metano atmosférico, um gás poluidor responsável pelo efeito de estufa, são
emitidos pela flatulência dos animais domésticos. O escoamento
das enormes quantidades do
esterco produzidas nas fazendas
fabris transformou-se em um
desperdício tóxico, mais do que
num fertilizante, ameaçando as
enseadas, baías, e estuários circundantes.
As galinhas são mantidas em
fazendas de exploração em gaiolas com aproximadamente nove
polegadas
quadradas
(aproximadamente 60 centímetros quadrados) do espaço /por
animal. Para forçá-los a colocar
mais ovos, são frequentemente
colocadas em regime subalimentar. As galinhas massacradas
para carne são sobretudo engordadas com hormonas, às vezes
até as suas patas não conseguirem sustentar o peso do seu corpo.
As circunstâncias da aglomeração
podem conduzir à propagação
rápida da doença entre os animais. Para impedir isto, são
incluídos antibióticos em larga escala
na sua alimentação. A organização de
mundial de saúde (OMS) alerta para o
uso difundido destas drogas na indústria dos animais domésticos que torna
os micróbios resistentes aos antibióticos, e complica o tratamento das
doenças, quer nos animais quer nas
pessoas.
Mas as transgressões têm continuado.
Em 2002, uma cadeia de refeições
rápidas (“fast-food”) anunciou que não
compraria mais ovos aos fornecedores
que mantivessem galinhas confinadas
em gaiolas, em ou regime de alimentar
que as forçasse à postura adicional.
Em 2004, outra cadeia de “fast-food”
requereu aos seus fornecedores de
frango que parassem de administrar
antibióticos para promover o crescimento das aves. Estes factos dão uma
pálida ideia do descalabro a que chegou a situação.
O Banco Mundial repensou, também, a
sua política de financiamento às
“fábricas” de animais domésticos. Em
2001, um relatório do banco concluiu
que “há um perigo significativo que as
pessoas pobres estejam a ser aglomeradas em baldios, o ambiente corroído,
a protecção global e a segurança do
alimentar ameaçadas.”
Limitações à Felicidade
De acordo com diversos estudos, o
aumento na prosperidade não está a
tornar os seres humanos mais felizes
ou mais saudáveis. Os resultados das
análises à satisfação da vida em mais
de 65 países, indicou que salários e
felicidade tendem a estar correlacionados até ao valor aproximado de US
$13.000 do salário anual por pessoa
(1995) (isto é, cerca de 10 000€).
Para além deste valor, salários superiores parecem produzir somente
modestos incrementos na felicidade
auto-relatada.
O aumento do consumismo tem revelado custos muito elevados. As pessoas estão a endividar-se e a trabalhar
mais tempo para ter um estilo de vida
mais consumista, e consequentemente
gastando menos tempo com família,
amigos, e organizações comunitárias.
“O consumo excessivo parece ser contra-produtivo,” afirma Gardner. “A ironia é que níveis mais baixos do consumo podem realmente sanar alguns
<< < Anterior | Seguinte >
Ano I – nº1/07
Página 7
destes problemas.”
As dietas alimentares de componentes altamente processados e o estilo
de vida sedentário, confiado na condução de viaturas automóveis, têm
conduzido a uma epidemia mundial
de obesidade. Nos USA, estima-se
que cerca de 65 % dos adultos possuem peso excessivo ou são obesos,
e o país possui a taxa a mais elevada
no mundo de obesidade entre adolescentes. Os resultados são taxas crescentes de doenças cardíacas e diabetes, custos exponenciais nos cuidados
de saúde, e uma qualidade mais baixa de vida quotidiana.
Alguns aspectos deste consumismo
galopante, tiveram consequências
anormalmente gritantes. O Instituto
Worldwatch reportou que as despesas
anuais mundiais com cosméticos
totalizaram US $18 biliões e a estimativa para as despesas anuais
requeridas para eliminar a fome e a
subnutrição seria de $19 biliões. As
despesas com os alimentos de animais de estimação nos USA e CEE
totalizam $17 biliões anuais e o custo
estimado de imunização de todas as
crianças, do fornecimento de água
potável para todas, e implementação
da alfabetização básica universal
seria de $16.3 biliões.
Não há, naturalmente, nenhuma
solução fácil para o problema. Os
investigadores têm exigido impostos
verdes (que reflictam os verdadeiros custos ambientais dos produtos), e programas de reciclagem
de produtos ou bens por parte dos
produtores/fabricantes, bem como de
programas de consciencialização e
educação ambiental para os consumidores.
Mas, o mais importante e acima de
tudo seria reorientar a forma de pensar do Homem Moderno. Sugere-se a
partir desta advertência, uma mudança paradigmática no sentido de estabelecer as bases dum novo paradigma ambiental baseado na reorientação da forma do pensamento humano. É necessário mudar a forma de
realização/produção de bens mas é
igualmente importante mudar as for-
mas como se consome, como se
compreende e como se age para
com o ambiente.
REFERÊNCIA.
Do texto introdutório à investigação do Prof. Auxiliar; João Pereira
Gama, ED. D. FCT/UNL, 2007,
com base em Hillary Mayell for
National
Geographic
News,
January 12, 2004
<< < Anterior | Seguinte >
Ano I – nº1/07
Página 8
Galeria de Arte
Cecília
Data de Nascimento: 27-8-1971
Nasceu na cidade do rio azul (Setúbal), onde reside. Desde
garota que sempre gostou de trabalhos manuais, actividade
que ainda mantém nos tempos livres. Desde que deixou a
carreira militar (ex-tenente do exército) tem se dedicado
com mais afectividade a esses trabalhos. Considera-se apenas uma “curiosa” que gosta de novos desafios e de ensinálos a quem os quiser aprender. VER TRABALHOS
Saraiva
Data de Nascimento: 13-11-1955
Pertence à equipa da Unidade de Saúde do Monte.
Dedica o seu tempo disponível na arte gastronómica.
VER TRABALHOS
Fernanda
Data de Nascimento: 29-04-1953
Além da minha actividade profissional no âmbito da Saúde,
dedico todo o pouco tempo disponível na minha aula de pintura meramente como obi. Gosto de criar e pintar.
VER TRABALHOS
Marisa
Data de Nascimento: 18-01-1980
É Técnica de Nutrição a exercer funções nos Serviços de
Acção Social do Instituto Politécnico de Setúbal. Apresento
estes trabalhos esperando corresponder às expectativas.
VER TRABALHOS
Beatriz
Data de nascimento: 23-05-1990
Frequenta a Escola Secundária Artística António Arroio. Escolheu esta escola porque é exclusivamente de artes. Começou
por se interessar mais pelo desenho de banda desenhada e a
partir dos seus estudos na disciplina de Desenho, evoluiu o
seu estilo e traço próprio.
VER TRABALHOS
<< < Anterior | Seguinte >
Ano I – nº1/07
Página 9
Doenças de Gente Famosa
BOCAGE
Bocage
nasceu
em
Setúbal em 1765, a
15/09, um bonito dia a
despedir-se do Verão.
Foi baptizado na Igreja
de S. Sebastião, freguesia a que pertenciam os moradores do
Largo de Santa Maria.
Chamaram-lhe Manuel
e acrescentaram Maria
em homenagem à Virgem – Manuel Maria de
Barbosa L'Heclois du
Bocage. Nasceu numa
casa de boa construção, no Largo de Santa
Maria, comprada pelo
bisavô materno Leonardo
Lestoff,
um
holandês
respeitado,
cônsul do seu país, que
enriquecera
com
o
comércio do sal.
Em 1801, depois de
uma vida de turbulência e desgaste, os
médicos
diagnosticaram-lhe um aneurisma. O mesmo era
dizer, uma condenação
à morte com prazo
incerto.
Em 1805, morre o
Intendente Pina Manique. Bocage sentiu a
falta do seu velho inimigo ...
“também os inimigos fazem falta
para espicaçar o
talento”
"Magro, de olhos azuis, carão
moreno", como o poeta se
auto-retratou e como o pintor
(Elói) o viu (Câmara Municipal
de Setúbal)
Nesse mesmo ano, a
doença
ia
fazendo
estragos no aspecto do
poeta; a pele morena
converteu-se em baça
e terrosa, os olhos
azuis perderam o brilho e olhavam para um
ponto invisível, os sulcos do envelhecimento
foram cavando a face e
o ânimo pousava numa
tristeza de adivinhação
do
fim
próximo.
O último papel escrito
que caíra da mão do
poeta ...
Fachada da Casa onde
o poeta morreu, na
Travessa de André
Valente, em Lisboa.
Exausto por uma vida
agitada, Bocage ali
viveu os últimos tempos, regenerado pelo
trabalho, purificado
pelo sofrimento, confortado por amigos e
admiradores, reconciliado até com velhos
inimigos.
A casa onde nasceu Bocage,
segundo uma aguarela de
Alberto de Sousa existente na
Câmara Municipal de Setúbal.
O poeta, maltratado pela
miséria, nasceu numa família
da alta burguesia.
<< < Anterior | Seguinte >
“Já Bocage não sou! ...
À cova escura
Meu estro vai parar
desfeito em vento ...
Eu aos céus ultrajei! O
meu tormento
Leve me torne sempre
a terra dura.”
Ano I – nº1/07
Página 10
Riscos para a População
As vacinas desenvolvidas e admi-
O que é a Gripe
A gripe é uma doença contagiosa
resultante da infecção pelo vírus
influenza. O vírus influenza infecta
o tracto respiratório (nariz, seios
nasais, garganta, pulmões e ouvid
o
s
)
.
A maior parte das pessoas recupera em uma a duas semanas. A gripe é mais perigosa nas crianças
pequenas, nos idosos (com mais
de 65 anos de idade), nos doentes
com problemas do sistema imunitário
(infectados
pelo
VIH
ou
transplantados), ou com doenças
crónicas (pulmonares, renais ou
cardíacas).
Nestes
grupos
de
doentes a gripe pode levar a complicações graves, é nos quais ocorre o maior número de hospitalizações e de mortes.
Gripe aviária ou gripe das aves
nistradas até à data para a prevenção da gripe não seriam eficazes contra este novo vírus mutante, o que torna a espécie humana
vulnerável
à
infecção.
Os peritos consideram que a próxima pandemia (epidemias de grandes proporções que surgem em
diversas zonas geográficas mais ou
menos em simultâneo) de gripe
poderá vir a surgir desta forma.
Os sintomas da Gripe
A gripe caracteriza-se pelo início
súbito de sintomas que incluem
frequentemente:
•
Febre elevada
•
Arrepios
•
Dor de cabeça
•
Dor muscular
•
Garganta inflamada
•
Nariz entupido
•
Tosse seca
Na
gripe
sem
complicações,
a
doença aguda geralmente resolvese ao fim de cerca de 5 dias e a
maioria dos doentes recupera em
1-2 semanas. Porém, em algumas
pessoas, os sintomas de fadiga
A maioria dos vírus da gripe das
aves não são infecciosos para o
podem persistir várias semanas.
Homem. No entanto, se um vírus
Como se transmite o vírus da
Gripe
da gripe humana e outro da gripe
O vírus da gripe (vírus influenza)
aviaria infectarem uma pessoa ou
transmite-se facilmente de pessoa
um animal, os dois tipos de vírus
para pessoa através das gotículas
podem unir-se, sofrer mutações e
emitidas com a tosse ou os espir-
dar origem a um vírus novo, passí-
r
o
s
.
vel de se transmitir dos animais
para o Homem, ou de pessoa para
A inalação dessas gotículas atra-
p
vés do nariz ou garganta permite
e
s
s
o
a
.
<< < Anterior | Seguinte >
Ano I – nº1/07
Página 11
a entrada do vírus no organismo.
mam num organismo diferente, a
Uma vez dentro do organismo, o
vacinação deve também ser repeti-
vírus destrói a membrana mucosa
da anualmente para poder ser efi-
do tracto respiratório e infecta as
caz. Estudos apontam para que a
c
.
vacina da gripe oferece uma pro-
É relativamente frequente a proli-
é
tecção de 30% a 90% aos indiví-
feração bacteriana nas membra-
duos vacinados.
nas
l
u
mucosas
l
a
s
danificadas
pela
infecção pelo vírus influenza, que
provocam
infecções
secundárias
como pneumonia, sinusite, faringite, otite ou bronquite.
Gripe - Tratamento
Habitualmente, a gripe é tratada
com medicamentos para o alívio
dos sintomas (analgésicos, antipiréticos, descongestionantes nasais,
Complicações da Gripe
O risco de ocorrência de complica-
e
t
c
)
.
ções, hospitalização ou morte, em
resultado da gripe, é maior nos
Os antibióticos são ineficazes con-
idosos (com mais de 65 anos), nas
tra a infecção viral mas podem ser
crianças pequenas e nos doentes
prescritos se surgir uma infecção
c
r
ó
n
i
c
o
s
.
bacteriana
secundária
à
gripe.
Existem actualmente medicamen-
As complicações da gripe podem
tos inibidores da neuraminidase,
incluir a exacerbação de doenças
que bloqueiam a multiplicação dos
já existentes ou problemas respi-
vírus responsáveis pela gripe. Des-
ratórios (a pneumonia viral e/ou a
ta forma consegue-se suspender a
pneumonia bacteriana secundária
rápida proliferação do vírus e con-
são as complicações respiratórias
trolar a doença.
mais graves mas
pode surgir otite média, bronquite,
etc)
ou
não
respiratórios
(convulsões febris, síndroma de
Guillain-Barré, encefalopatia, miosite, miocardite, entre outras).
Prevenção da Gripe
A principal medida de prevenção
da gripe é a vacinação. A vacinação deve ser repetida anualmente
e deve ser feita especialmente nos
grupos de risco (idosos, crianças e
d o e n t e s
c r ó n i c o s ) .
Uma vez que o vírus sofre alterações frequentes que o transfor-
Plano Pandémico
As pandemias de gripe são eventos
raros, mas recorrentes. Ocorrem
normalmente com intervalos de 10
a 40 anos. O exemplo mais conhecido é a pandemia de 'gripe espanhola' de 1918, que se estima que
tenha causado a morte a 30 a 50
milhões de pessoas em todo o
m
u
n
d
o
.
De acordo com a Organização
Mundial de Saúde (OMS), uma
pandemia de gripe ocorre quando
aparece uma nova estirpe do vírus
influenza A contra a qual a população humana não tem imunidade.
<< < Anterior | Seguinte >
Ano I – nº1/07
Página 12
Em todo o mundo, ocorrem surtos
sucessivos que podem dar origem a
números elevados de mortes e casos
de doença, causando uma perturbação generalizada da estrutura social.
Segundo a Direcção Geral de Saúde:
"A OMS recomenda que os países e
as empresas se preparem para uma
possível pandemia de gripe, pois,
apesar de não se poder prever quando vai ser o seu início, existe actualm e n t e
e s s e
r i s c o .
ter Planos de Contingência que
contemplem a redução dos riscos
para a saúde dos trabalhadores e a
continuidade das actividades
essenciais, de forma a minimizar o
impacte de qualquer disrupção e a
assegurar o funcionamento da
sociedade."
Em situação de pandemia de gripe,
as empresas têm um papel fulcral a
desempenhar na protecção da saúde
e segurança dos seus empregados,
colaboradores e clientes, assim como
na limitação do impacte negativo
sobre a economia e a sociedade.
Deste modo, as empresas deverão
Gripe vs Constipação
<< < Anterior | Seguinte >
Ano I – nº1/07
Página 13
Gabinete Jurídico
consciência
que
as
suas
acções
podem pôr em causa a sua saúde,
mas também a dos outros (riscos
colectivos provocados pelo homem:
pense-se no caso da poluição resultante dos gases dos automóveis e
nos consequentes danos para os
O Gabinete Jurídico é um espaço
seres humanos). Existe um dever
dirigido ao Utente/Cidadão, no qual
fundamental de proteger a sua pró-
se poderá manter informado sobre
pria saúde, pois a vida não é feita
os direitos e interesses legalmente
unicamente de direitos, mas tam-
protegidos, mas também dos seus
bém de deveres.
deveres. Aqui poderá colocar questões e esclarecer dúvidas.
“Todos têm direito à protecção da
saúde e o dever de a defender e
A saúde é um direito fundamen-
promover”
(art.64ºCRP).
Segundo
tal consagrado no artigo 64º da
este art. “O direito à protecção da
Constituição da República.
saúde é realizado:
A saúde é um bem a que todos
•
Através de um serviço nacional
temos direito. Contudo, ao contrá-
de saúde universal e geral e,
rio do que se possa pensar os cui-
tendo em conta as condições
dados de saúde não se restringem
económicas e sociais dos cida-
aos que são prestados pelos médi-
dãos, tendencialmente gratui-
cos, enfermeiros, paramédicos e
outros profissionais de saúde. O
to;
•
Pela criação de condições eco-
primeiro passo cabe a cada um de
nómicas, sociais, culturais e
nós, cidadãos do mundo, um mun-
ambientais
do que evolui a um ritmo frenético.
designadamente, a protecção
Assim, para pôr em prática este
da infância, da juventude e da
direito fundamental, torna-se indis-
velhice, e pela melhoria siste-
pensável referir as pré-condições
mática das condições de vida e
para a saúde (água potável, sanea-
de trabalho, bem como pela
mento e alimentação adequadas,
promoção da cultura física e
saúde ambiental, saúde ocupacio-
desportiva, escolar e popular,
nal, informação relativa à saúde).
e ainda pelo desenvolvimento
que
garantem,
Como diz o ditado “mais vale
da educação sanitária do povo
prevenir, do que remediar”, a nos-
e de práticas de vida saudá-
sa conduta torna-se por isso muito
vel.”
importante. Actualmente, existem
inúmeras campanhas publicitárias a
O conhecimento dos Direitos e
incentivar o desporto, uma alimen-
Deveres dos Utentes das Unidades
tação saudável, vacinações e testes
Sanitárias
para
doença
uma intervenção activa na melhoria
(rastreio). As pessoas têm que ter
progressiva dos Cuidados e Servi-
detectar
sinais
de
<< < Anterior | Seguinte >
possibilita
aos
utentes
Ano I – nº1/07
Página 14
ços.
recusar o seu consentimento explí-
“A «Carta dos Direitos e Deveres
cito, antes de qualquer acto médico
dos Utentes» representa mais um
invasivo ou de participação em
passo no caminho da dignificação
qualquer projecto de investigação
dos utentes e da humanização dos
ou ensaio clínico.
Cuidados de Saúde, caminho que
os utentes, os profissionais e a
8. O utente tem direito à prestação
comunidade devem percorrer lado
de cuidados continuados e a bene-
a lado.”
ficiar do sistema de referência.
Direitos dos Utentes
9. O utente tem direito ao respeito
pelas suas convicções culturais,
1. O utente tem direito a ser trata-
filosóficas e religiosas, desde que
do com cortesia e no respeito pela
elas não comportem risco grave
dignidade humana.
para a sua vida.
2. O utente tem direito a receber
10. O utente tem direito por si, ou
informações sobre a promoção da
por quem o represente, a apresen-
Saúde e cuidados preventivos,
tar sugestões e reclamações.
curativos, de reabilitação e terminais, apropriados ao seu estado de
11. O utente tem direito ao apoio
Saúde.
familiar e as crianças têm direito a
ser acompanhadas pelas suas mães
3. O utente tem direito a não ser
ou avós.
discriminado, nem na base do
sexo, da raça ou etnia, da condição
socio-económica, da religião, das
Deveres dos utentes
suas opções políticas ou ideológi-
1. O utente tem o dever de zelar
cas, nem ainda da doença de que
pelo seu estado de Saúde, de
padecem.
adoptar modos de vida saudáveis e
4. O utente tem direito à confiden-
de procurar cuidados preventivos.
cialidade de toda a informação clí-
2. O utente tem o dever de forne-
nica e elementos identificativos que
cer aos profissionais de saúde
lhe respeitam.
todas as informações necessárias
5. O utente tem direito à privacida-
para obtenção de um correcto diagnóstico e adequado tratamento.
de na prestação de todo e qualquer
acto médico.
3. O utente tem o dever de respei-
6. O utente tem direito a ser infor-
tar os direitos dos outros utentes.
mado sobre a sua situação de Saú-
4. O utente tem o dever de colabo-
de e a aceder aos dados registados
rar com os profissionais de saúde,
no seu processo clínico
respeitando as indicações que lhe
7. O utente tem direito a dar ou
são recomendadas.
<< < Anterior | Seguinte >
Ano I – nº1/07
Página 15
5. O utente tem o dever de respeitar as regras de funcionamento dos
Serviços de Saúde.
6. O utente tem o dever de utilizar
os serviços de saúde de forma
apropriada e de colaborar activamente na redução de gastos desnecessários.
7. O utente tem o dever de denunciar cobranças ilícitas e outras formas de comportamentos incorrectos por parte de trabalhadores de
Saúde.
8. O utente tem o dever de pagar
taxas moderadoras dentro das suas
possibilidades económicas.
O Serviço Nacional de Saúde
(SNS) é o prestador universal de
Cuidados de Saúde pelo que deve
prestar Cuidados de Saúde a todos
os cidadãos, segundo o princípio da
igualdade e sem discriminação de
qualquer tipo. Assim, não podem
ser feitas cobranças elevadas fora
das capacidades da maioria da
população. No entanto, o SNS pode
requerer dos utentes pequenas
contribuições que se destinem a
desencorajar e evitar o uso indevido e exagerado dos Serviços de
Saúde para além do que é estritamente necessário. São estas quantias módicas e ao alcance da maioria da população que são chamadas
«taxas moderadoras» e que os
utentes têm o dever de pagar.
Em caso de pobreza extrema, o
utente ficará isento do pagamento
dessas taxas moderadoras, e em
nenhum caso podem ser recusados
cuidados de urgência por falta de
pagamento das taxas moderadoras.
Existem, actualmente, cerca de
55% de pessoas isentas em Portugal.
A saúde não pode ser totalmente
gratuita, ao contrário do que todos
gostaríamos, e isso pelo facto de
que nada é totalmente gratuito.
Poderíamos não pagar nada no acto
da inscrição da consulta, mas para
isso os impostos teriam de aumentar. Para além de outros problemas
que surgiriam automaticamente;
veja-se, com 3 exemplos:
a) quando alguns antibióticos
eram gratuitos, foram usados no
gado (em Portugal e Espanha)
b) quando a ADSE subsidiava
todos os produtos farmacêuticos
muitos beneficiários só usavam
pastas
de
dentes
e
cremes
“medicinais”
(saíam-lhes
mais
baratos, porque nós pagávamos
para eles)
c) dar camas articuladas e cadeiras de rodas sem critério social e
sem controlo, levou a que depois
fossem revendidas pelos particulares (custo público, beneficio privado)
Os impostos são já muito altos
em Portugal e o esforço a fazer
deve ser para os reduzir; para além
disso o SNS tem sido responsável
por défices sucessivos que levam a
mais divida e mais juros a pagar no
futuro.
Assim é necessário que os utentes paguem «taxas moderadoras»,
têm o dever de pagar. Mas não se
pode pensar que apenas os utentes
dos serviços pagam; quem é que
paga a diferença entre a taxa
moderadora e o custo real, por
exemplo de uma consulta hospitalar que são respectivamente 3€ e
30€? É o Estado que paga os custos do tratamento dos doentes conforme preconiza a Constituição. O
rico paga para o pobre, o são paga
para o doente, o jovem/activo para
o reformado/inactivo.
<< < Anterior
Download