Resistência - Assembleia da República

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Audiência Comissão de Saúde
Assembleia da República, 28 Setembro 2016
“Surto de infeções hospitalares por bactérias multirresistentes”
O problema
Elevada prevalência de infeções hospitalares e
de consumo de antibióticos, 2011-2012
Prevalência de
Infeção Hospitalar
Portugal
UE
Uso de
antibióticos
Portugal
UE
Homem
12,4%
7,2%
48,3%
39,2%
Mulher
8,8%
5,4%
42,3%
33,2%
População
Global
10,5%
6,1%
45,3%
35,8%
Point Prevalence Study PPCIRA/DGS, ECDC 2012
Elevado índice composto de resistência
Extraído do PPS 2011-2012, ECDC
E
S
K
A
P
E
Mortalidade associada a infeções
relacionadas com cuidados de saúde
versus associada a acidentes de viação
5000
4606
4500
4060
4000
3500
3000
3383
2973
Custos estimados de 300 milhões
de euros por ano com infeções
associadas a cuidados de saúde
2500
2000
1500
1000
500
0
2010
2011
2012
Acidentes de viação
ANSR e PPCIRA/DGS
2013
Infeções ACS
Assembleia Mundial da Saúde
Maio de 2015
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS:
#1. Melhorar a consciência e compreensão para
a resistência antimicrobiana através de uma
efetiva comunicação, educação e treino
#2. Fortalecer o conhecimento e a evidência de
base, através da vigilância e da investigação
#3. Reduzir a incidência de infeção através de
saneamento básico, higiene e medidas de
prevenção da infeção efetivos
#4. Otimizar o uso de antimicrobianos nas
saúdes humana e animal
#5. Desenvolver o processo de defesa de um
investimento sustentável que tenha em
conta as necessidades de todos os países,
incrementar o investimento em novos
medicamentos, ferramentas diagnósticas,
vacinas e outras intervenções
Resistências aos antibióticos
O antibiótico em perda de eficácia
Resistência
antimicrobiana
n
1947
Primeira
publicação de
resistência à
penicilina
Desenvolvimento de
novos antibióticos
ANOS
> 70% dos
patogéneos
causadores de
IACS são
resistentes a ≥1
antibiótico
habitualmente
usado para o seu
tratamento
Resistência
• O desenvolvimento de resistência surge mesmo com uso
apropriado, mas...
• O uso inapropriado na medicina humana e veterinária
acelera o desenvolvimento de resistência
• O aumento do uso de antibióticos provoca o aumento da
prevalência de bactérias multiresistentes
Emergência
de resistência aos antimicrobianos
Bactérias resistentes
Transferência de
genes de resistência
Bactérias susceptíveis
Novas bactérias
resistentes
É o uso de antibióticos que promove a
resistência antibiótica
Exposição
antibiótica
Estirpes
Resistentes Raras
Estirpes
Resistentes
Dominantes
Os antibióticos são mal utilizados
de diversas formas
•
Administrados quando não são necessários
•
Continuados quando já não são necessários
•
Prescritos em dose incorrecta
•
Antibióticos de largo espectro são usados para tratar
infecções por bactérias multisensíveis
•
São administrados antibióticos inadequados para tratar
algumas infecções
As respostas
PPCIRA: uma só liderança
PROGRAMA NACIONAL
DE CONTROLO DE
INFEÇÃO
1999
+
PROGRAMA NACIONAL
DE PREVENÇÃO DE
RESISTÊNCIA
ANTIMICROBIANA
2008
PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE
INFEÇÕES E DE RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA
8 Fev.
2013
Composição GCL-PPCIRA
Multidisciplinar: Médicos (incluindo um microbiologista, se Laboratório
Microbiologia interno), enfermeiros, farmacêuticos, outros técnicos de saúde
a) No mínimo, 40 horas semanais de ATIVIDADE MÉDICA, tanto em centros
hospitalares, como em unidades locais de saúde ou agrupamentos de centros
de saúde, devendo, nos casos de hospitais ou unidades locais de saúde
com mais de 250 camas ou unidades locais de saúde com mais de 250
000 habitantes, um dos médicos dedicar pelo menos 28 horas semanais
a esta função;
b) No mínimo, 80 horas semanais de ATIVIDADE MÉDICA, tanto em centros
hospitalares, como em unidades locais de saúde com mais de 750 camas
ou unidades locais de saúde com mais de 500 000 habitantes, devendo
um dos médicos dedicar pelo menos 28 horas semanais a esta função;
c) No mínimo, um ENFERMEIRO em dedicação completa a esta função, tanto
em unidades hospitalares, independentemente de estarem ou não integradas
em centros hospitalares, como em agrupamentos de centros de saúde ou
unidades locais de saúde, acrescendo um enfermeiro em dedicação
completa por cada 250 camas hospitalares adicionais.
Iniciativas / Processos fundamentais
Não só higiene das mãos
Não só controlo de infeção
Todas as PBCI
Uso adequado de
antibióticos
Campanha
de PBCI
Vigilância
epidemio
lógica
Programa
de apoio à
prescrição
antibiótica
Normas
PROFILAXIA AB EM CIR.
PRECAUÇÕES BÁSICAS
ABORDAGEM FERIDAS
DURAÇÂO TERAP. AB
HIGIENE DAS MÃOS (Circ.)
TERAP. INF. URINÁRIA
USO DE LUVAS
PREV. INFEÇÃO MRSA
NORMAS
CIRURGIA SEGURA
TERAP. PNEUMONIA AC
PRECAUÇÕES BVT
LIMPEZA E DESINFEÇÃO
DO AMBIENTE
PREV. CLOSTRIDIUM
PREVENÇÃO INF. LC
TERAP. CLOSTRIDIUM
DIAGNÓSTICO CLOSTRIDIUM
PREV. CONTROLO CRE
PREV. INF. FERIDA CR. (Or.)
IT URINÁRIO ACV
IL CIRÚRGICO
FEIXES DE MEDIDAS PREV.
PNEUMONIA AV
BACTERIEMIA RCVC
As IACS podem ser prevenidas…
Mas em que proporção?
Novas estratégias para prevenir as IACS
Feixes de intervenções PPCIRA / DGS
• Prevenção de Infeção do Local Cirúrgico
• Prevenção de ITUACV
• Prevenção de ICSRCV
• Prevenção de PAV/PAI
Desafio “Stop Infeção”
Fundação Calouste Gulbenkian
Institute for Healthcare Improvement
Antibióticos e Resistências
Consumo de antibióticos em Portugal
(DDD/1000 hab/dia = DHD)
Ambulatório (93%)
Hospital (7%)
Média UE
Média UE
Portugal
Portugal
A inclusão dos subsistemas no SNS teve início em Abril de 2013
INFARMED
Consumo de quinolonas em Portugal
Ambulatório
Ano
DHD
2011
2,91
2012
2,61
2013
2,18
2014
2,12
27%
INFARMED
Hospitalar
8,4%
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