UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ WILIAN DAL CASTEL ZANATTA PLANO DE MARKETING PARA SOLAR INSTRUMENTAÇÃO, MONITORAÇÃO E CONTROLE LTDA São José 2006 1 WILIAN DAL CASTEL ZANATTA PLANO DE MARKETING PARA SOLAR INSTRUMENTAÇÃO, MONITORAÇÃO E CONTROLE LTDA Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração, com Habilitação em Marketing, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de São José. Orientador: Ana Paula Lisboa Sohn São José 2006 2 WILIAN DAL CASTEL ZANATTA PLANO DE MARKETING PARA SOLAR INSTRUMENTAÇÃO, MONITORAÇÃO E CONTROLE LTDA Esta monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em Administração, com Habilitação em Marketing, e aprovada pelo Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de São José. Área de Concentração: Marketing São José, 29 de novembro de 2006. ___________________________________ Prof.ª Ana Paula Lisboa Sohn Membro ___________________________________ Prof. Rogério Raul da Silva Membro ___________________________________ Prof.ª Janaina Baeta Neves Membro 3 RESUMO O presente trabalho de conclusão de curso tem por objetivo demonstrar o trabalho realizado na empresa Solar Instrumentação Monitoração e Controle Ltda., fabricante de equipamentos para análises de parâmetros físico-químicos e de monitoração ambiental. Procurou-se desenvolver um plano de marketing para a mesma seguindo os seguintes objetivos específicos: estudar o ambiente mercadológico da empresa, identificar seus pontos fortes e fracos, conhecer as oportunidades e ameaças que o mercado apresenta, escrever os objetivos e as metas do plano de marketing, avaliar estas variáveis e sugerir ações com base em estratégias para o plano de marketing. No trabalho foi realizada uma pesquisa quantitativa e qualitativa onde se procurou saber a percepção dos clientes quanto à qualidade dos equipamentos e atendimento, também como prazos de entrega, a assistência técnica dos equipamentos. Com o resultado, concretizaram-se ações para a realização dos objetivos propostos. Com o resultado da pesquisa, pode-se então planejar as estratégias e as ações de forma que a qualidade da empresa se mantivesse a mesma. Palavras Chave: Plano de marketing, parâmetros físico-químicos. 4 ABSTRACT This final project has as main objective to present the activities executed at Solar Instrumentação, Monitoração e Controle Ltda., a company that produces equipment for physicochemical analyses and environmental monitoring. A marketing plan was developped for the company. This plan had the following goals: to study the market environment surrounding the company, to identify the company's strong and weak points, to discover the opportunites and threats that are present in the market, to present that the objectives and goals of the marketing plan and to suggest actions based on the strategies of the marketing plan. During the activities an opinion survey was carried out in orded to ascertain the customers' opinion regarding: equippment quality, sales department, delivery times, techinical support. The work resulted in actions to undertake the proposed goals. Finally, with the survey data, it was possible to develop strategies and actions to keep the company's quality standards. Key- words: marketing plan, physical chemistry parameter SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................9 1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA .............................................................................. 9 1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 10 1.2.1Objetivo geral ....................................................................................................10 1.2.2Objetivos específicos ........................................................................................10 1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................. 11 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................12 2.1 MARKETING ...................................................................................................................... 12 2.2 COMPOSTO DE MARKETING ............................................................................................. 14 2.3 SEGMENTAÇÃO E POSICIONAMENTO ............................................................................... 18 2.4 PLANEJAMENTO ............................................................................................................... 19 2.5 PLANEJAMENTO DE MARKETING ...................................................................................... 22 2.5.1Configurações do plano de marketing...............................................................24 2.5.2Etapas do plano de marketing...........................................................................28 2.5.2.1Análise ambiental ..........................................................................................................28 2.5.2.1.1 Análise do ambiente externo ............................................................................. 29 2.5.2.1.2 Análise do ambiente interno............................................................................... 31 2.5.2.2 Objetivos e metas de marketing.................................................................................32 2.5.2.3 Estratégias de marketing............................................................................................ 32 2.5.2.4 Plano de ação ............................................................................................................. 33 2.5.2.5 Avaliação e controle .................................................................................................. 34 3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO ................................................................................36 4 RESULTADOS ....................................................................................................38 4.1 A EMPRESA ......................................................................................................................... 38 4.2 ANÁLISE AMBIENTAL ........................................................................................................... 39 4.2.1Análise do macroambiente ................................................................................39 4.2.1.1 Ambiente social ......................................................................................................... 40 4.2.1.2 Ambiente econômico................................................................................................. 41 4.2.1.3 Ambiente tecnológico................................................................................................ 41 4.2.1.4 Ambiente político ...................................................................................................... 42 6 4.2.2Análise do ambiente externo .............................................................................43 4.2.3Análise do ambiente interno ..............................................................................45 4.2.3.1 Pontos fortes e fracos................................................................................................. 46 4.2.4Análise da concorrência ....................................................................................47 4.2.5Análise do ambiente do consumidor .................................................................49 4.3 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 54 4.4 ESTRATÉGIAS DE MARKETING ......................................................................................... 55 4.5 PLANO DE AÇÃO ............................................................................................................... 55 4.6 AVALIAÇÃO A CONTROLE ................................................................................................. 58 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................59 REFERÊNCIAS.........................................................................................................62 APÊNDICE A ............................................................................................................64 7 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 – Os três níveis de planejamento...........................................................20 QUADRO 2 – Roteiro simplifiado para um plano de marketing.................................25 QUADRO 3 – Sessões de um plano de marketing....................................................26 QUADRO 4 – Roteiro de um plano de marketing.......................................................27 QUADRO 5 – Apresentação de um plano de marketing............................................33 QUADRO 6 – Controle de marketing.........................................................................34 QUADRO 7 – Ambiente e tendência de mercado......................................................43 QUADRO 8 – Ameaças e Oportunidades..................................................................44 QUADRO 9 – Pontos Fortes e fracos da empresa.....................................................47 QUADRO 10 – Pontos fortes e fracos da empresa junto a concorrentes..................48 QUADRO 11 – Avaliação e controle..........................................................................58 8 LISTA DOS GRÁFICOS GRÁFICO 1 – Grau de satisfação dos clientes da empresa Solar.............................50 GRÁFICO 2 – Atendimento da empresa em relação aos clientes.............................51 GRÁFICO 3 – Satisfação dos clientes quanto ao prazo e entrega dos produtos......52 GRÁFICO 4 – Grau de satisfação da assistência técnica..........................................53 GRÁFICO 5 – Soma dos atributos elegidos pelos clientes........................................54 9 1 INTRODUÇÃO Nos dias atuais, é crescente a preocupação das empresas em adotar medidas para sobreviver em um mercado tão competitivo. O marketing, sem dúvida, é a mais nova solução encontrada para auxiliá-las em tomadas de decisões. Para um melhor desenvolvimento de estratégias de marketing, faz-se necessária a elaboração de planos de marketing. Segundo Westwood (1997), o plano de marketing é como um mapa – ele mostra à empresa onde está indo e como vai chegar lá. Explorando um pouco mais esse conceito, o plano de marketing é como uma seta que mostra os possíveis caminhos que a empresa pode seguir e quais as direções que deve tomar para alcançar seus objetivos. Sobre a relevância do plano de marketing, Las Casas (2001) destaca que este é importante para as empresas, uma vez que é o resultado de um processo de planejamento. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é elaborar um plano de marketing para a empresa Solar Instrumentação, Monitoração e Controle LTDA, fabricante de equipamentos para análises físico-químicas e que, desde 1997, ano de sua fundação, desenvolve e fabrica sua própria linha de equipamentos de medição e monitoração. 1.1 Descrição da situação-problema Fundada em 1997, a empresa Solar iniciou suas atividades atendendo apenas a uma empresa específica no mesmo bairro de sua sede, fornecendo equipamentos para saneamento. No decorrer dos anos, a Solar começou a desenvolver outros tipos de equipamentos e iniciou parcerias que ajudaram a empresa a criar novos horizontes e perspectivas maiores em relação ao seu 10 potencial. Durante esse tempo, a empresa sempre trabalhou sem um plano de marketing, mesmo tendo em suas ações algo que lembre os fundamentos de um trabalho de marketing. Com o aumento da sua estrutura e o início de divulgações no mercado, a empresa deu um salto, porém não possui um planejamento para auxiliar e orientar sobre os caminhos e as decisões a serem tomadas. Um grande problema que acontece com a empresa Solar é que muitas oportunidades surgem diariamente e algumas destas são perdidas, pois a ausência de um plano de marketing torna a empresa vulnerável na hora de tomar decisões, não conseguindo visualizar o caminho mais propício a seguir. 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo geral Propor um plano de marketing para Solar Instrumentação, Monitoração e Controle LTDA. 1.2.2 Objetivos específicos a) Identificar as ameaças e oportunidades da empresa; b) Descrever seus pontos fortes e fracos; c) Analisar o grau de satisfação dos clientes; d) Sugerir objetivos e estratégias de marketing; e) Propor um instrumento de avaliação e controle do plano. 11 1.3 Justificativa Um plano de marketing para a empresa Solar será superlativo para resolver seus problemas quanto à realização de tarefas e projetos que não seguem de maneira correta devido à falta de organização no momento de decidir qual projeto deve ser prioritário. Além disso, um plano de marketing irá direcionar as ações da empresa, auxiliando-a na conquista de uma montagem competitiva em seu mercado. Para o acadêmico, essa experiência será válida no sentido de aprimorar seu conhecimento na área de planejamento de marketing, além de prestar auxílio à empresa em que atua. O desenvolvimento de um plano de marketing na referida organização é importante não apenas para aplicar os conhecimentos adquiridos pelo acadêmico ao longo do curso de Administração, mas também para a identificação dos problemas da empresa Solar Instrumentação, Monitoração e Controle LTDA, com a aplicação de suas possíveis soluções, pretendendo, assim, provocar uma reflexão sobre práticas mercadológicas adotadas pela empresa, com o intuito de favorecer as vendas dos seus produtos, requisito predominante para a sua sobrevivência. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capítulo serão abordadas fundamentações sobre marketing, composto de marketing, planejamento, plano de marketing e sua importância, bem como a análise ambiental. 2.1 Marketing A evolução de marketing começa na era da produção, com o alcance da Revolução Industrial dos Estados Unidos na primeira década de 1800. Na Europa, neste mesmo período, começaram a crescer as empresas de produção em massa. No início, as empresas estavam apenas preocupadas em produzir necessidades básicas, como roupas e demais utensílios, porém, com o desenvolvimento da economia, as pessoas começaram a procurar pelo que mais as satisfaziam, não apenas por necessidade. Em 1930, foi iniciada a era de vendas que foi marcada por uma transição de uma economia de produção para uma economia de vendas. Costa (1997) ressalva que, nessa época, as empresas são forçadas a melhorar a qualidade dos produtos, já que a demanda é superada pelo número de produtos fabricados. Segundo Costa (1987, p. 17): A era do marketing tem seu início a partir de 1950, quando os empresários tomaram a consciência de que precisavam dar atenção à satisfação dos desejos dos consumidores e que, para tal, teriam que imprimir certo esforço para descobrir o que os consumidores desejam. Atualmente, marketing não é mais uma palavra desconhecida para as empresas. O mercado cada vez mais exigente está fazendo com que as empresas se tornem mais atualizadas e comprometidas com seus colaboradores em geral (COSTA, 1987). Segundo Kotler e Armstrong (1998, p. 3), “marketing é o processo social e gerencial através do qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam e de que necessitam, criando e trocando produtos e valores uns com os outros”. 13 Para Churchill Jr. e Peter (2000, p. 4), “marketing é o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais.” Kotabe (2000, p. 30) corrobora e acrescenta que o marketing: [...] é essencialmente uma atividade corporativa criativa, que envolve o planejamento e a execução da concepção, determinação de preço, promoção de idéias, produtos e serviços em uma troca que não apenas satisfaz às necessidades atuais dos consumidores, mas também antecipa e cria suas necessidades futuras com determinado lucro. Observando os conceitos apresentados, vê-se que a gestão de marketing nas organizações contribui com a troca de uma necessidade por um produto ou serviço para a satisfação dos clientes. Kotler e Armstrong (1998, p. 3) mencionam que o conceito mais básico de marketing é de satisfazer as necessidades e desejos humanos, sendo assim, citam que “necessidades humanas são os estados de carência percebida”. Quanto ao desejo, os autores (p. 4) citam que “são as necessidades humanas moldadas pela cultura e pelas características individuais”. As necessidades variam conforme a cultura de determinado ambiente. Quanto mais o homem for isolado de informações que são geradas pelos meios de comunicação. Tomemos como exemplo o caso de um pequeno agricultor que vive em seu recinto há anos e que se contenta apenas com as necessidades básicas de ter o que vestir, como se alimentar e locomover; isto é o essencial para continuar sua vida humilde. Em contrapartida, quando se tratar de alguém que acompanha diariamente as informações, as inovações, mora em um grande centro urbano, aí estará o principal alvo dos profissionais de marketing, pois nesse contexto existe muita rivalidade entre os habitantes, que procuram, na sua grande maioria, estar melhor aparentemente do que outros (KOTLER e ARMSTRONG, 1998). Para entender mais sobre o estudo de marketing, será visto a seguir o composto de marketing, que analisa ferramentas de aplicação conhecidas como 4Ps. 14 2.2 Composto de marketing Kotler e Armstrong (1991, p. 29) definem mix de marketing “como o grupo de variáveis controláveis de marketing que a empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no mercado alvo.” Segundo Hooley e Saunders (1996, p. 57) “o mix de marketing, são os meios pelos quais a empresa traduz sua estratégia de uma declaração de intenção em um esforço no mercado.” Mix de marketing ou composto mercadológico, de acordo com Kotler (2000, p. 212) “é o conjunto de ferramentas do qual os profissionais de marketing se utiliza para obter as respostas desejadas de seu mercado alvo.” Essas ferramentas são classificadas em quatro amplos grupos, os 4Ps do marketing: a) Produto (Product), composto por variedade de produto, qualidade, design, características, nome da marca, embalagens, tamanhos, serviços, garantias e devoluções; b) Preço (Price), que envolve preço de listas, descontos, reduções, prazos e condições de pagamento; c) Promoção (Promotion), abrangendo promoções de venda, publicidade, força de vendas, instalações públicas e marketing direto; d) Praça (Place), que define canais, cobertura, variedades, locais, estoque e transporte. Kotler e Armstrong (1991, p. 173) definem produto como “qualquer coisa que pode ser oferecida a um mercado para aquisição, atenção, utilização ou consumo e que pode satisfazer um desejo ou uma necessidade”. Segundo Kotler e Armstrong (1998, p. 190) “os produtos vão além de bens tangíveis. De forma mais ampla, os produtos incluem objetos físicos, serviços, pessoas, locais, organizações, idéias ou combinações desses elementos”. Para Czinkota et al (2001, p. 228): “Produtos são um conjunto de atributos, funções e benefícios que os clientes compram. Primeiramente, eles podem consistir de atributos tangíveis (físicos) ou intangíveis, como aqueles associados com serviços, ou com uma combinação de tangíveis e intangíveis”. 15 Ainda Czinkota et al (2001, p. 228) diz que “os produtos são a essência de qualquer organização. Sejam bens, serviços, pessoas, lugares ou idéias, as organizações precisam de um produto para oferecer”. O produto, como decisão de compra, dependerá de sua diferenciação. Uma embalagem bem desenhada, um rótulo bem elaborado, poderá influenciar na decisão de compra. Devem-se levar em conta os produtos concorrentes, pois se o produto X oferecer características visuais, ou de qualidade semelhante, como, por exemplo, um alimento em determinado lugar dentro de um supermercado; esse alimento, por mais que seja saudável ou “belo”, juntamente com os demais semelhantes, não será mais um fator de decisão de compra (CHURCHILL JR. e PETER, 2000). Após analisado o conceito de produto, serão explanadas, a seguir, fundamentações de preço. Kotler e Armstrong (1998, p. 236) dizem que “preço é o volume de dinheiro cobrado por um produto ou serviço”. Em um sentido mais amplo, preço é o valor pago pela aquisição de um bem ou serviço, ou seja, preço é o valor pago para satisfazer a necessidade e o desejo de cada um (KOTLER e ARMSTRONG, 1998). Para Czinkota et al (2001, p. 428) “preço é alguma unidade de valor entregue por uma parte em troca de alguma coisa recebida de outra parte” Preço é o elemento do mix de marketing que mais sofre variações, o mais flexível e também o único que produz receita, os demais geram apenas despesas. (KOTABE, 2000). Preço, por se tratar de valor monetário, é um dos principais fatores na hora de decisão da compra. Grande parte dos consumidores, quando vai comprar algum produto/serviço rotineiro, na maioria das vezes a decisão é tomada levando-se em conta o menor preço. Profissionais de marketing trabalham nesse aspecto de maneira a fazer com que os preços sejam mais baixos, ou então – o que vem sendo realizado com mais freqüência –, criando outros valores para o bens ou serviço afim de que o preço não seja o fator de maior influência (CHURCHILL JR. e PETER, 2000). Em relação ao terceiro “P”, Kotler e Armstrong (1998, p. 31) definem como promoção “as atividades que comunicam os atributos do produto e persuadem os consumidores-alvo.” 16 Esse elemento, também conhecido como comunicação de marketing, é o que mais influencia no processo de decisão de compra, pois esta é a forma que as empresas utilizam para divulgar seu valor junto aos consumidores. Nesse meio, as empresas citam suas vantagens, seus diferenciais positivos perante as concorrentes, entre outras vantagens que a promoção oferece para aqueles que saibam como utilizála. A comunicação on-line é o método que mais cresce nos dias atuais, através dessa ferramenta as empresas ficam mais próximas dos clientes, conseguem atendêlos o mais rápido possível quanto às sugestões e críticas. Os estabelecimentos bancários foram um dos primeiros a utilizarem o meio de comunicação on-line para esse fim. (CHURCHILL JR. e PETER, 2000) Na comunicação de marketing, há cinco ferramentas do composto promocional. Para Churchill Jr. e Peter (2000, p. 452-455) composto de comunicação é “a combinação de anúncio, venda pessoal, promoção de vendas e publicidade que compõe uma estratégia de comunicação”. Os autores descrevem as ferramentas do composto promocional: a) Promoção: qualquer anúncio ou comunicação persuasiva veiculada nos meios de comunicação de massa durante determinado período, pagos ou doados por um indivíduo, companhia ou organização; b) Venda pessoal: venda que envolve interação pessoal com o cliente; c) Promoção de vendas: pressão de marketing, feita dentro e fora da mídia e aplicada durante um período predeterminado e limitado ao âmbito do consumidor, do varejista ou do atacadista, a fim de estimular a experiência com um produto e aumentar a demanda ou a disponibilidade; d) Publicidade: comunicação vista como não-paga de informações sobre a companhia ou o produto, geralmente na forma de algum tipo de mídia; e) Comunicação integrada de marketing: coordenação dos elementos do composto de comunicação em um todo coerente, de modo a fornecer maior clareza e impacto na comercialização. 17 Concluindo, Churchill Jr. e Peter (2000, p. 452) dizem que “os profissionais de marketing devem empenhar-se em achar o composto de comunicação mais eficaz e eficiente, levando em conta as vantagens e desvantagens de cada tipo de comunicação.” Kotler e Armstrong (1998, p. 271) definem canal de distribuição como “um conjunto de organizações independentes envolvidas no processo de tornar um produto ou serviço disponível para o consumidor final ou organizacional”. Para Czinkota et al (2001, p. 296), “canal de marketing, também chamado de canal de distribuição, é a rede de organização que cria utilidades de tempo, lugar e posse para consumidores e usuários empresariais.” Kotler e Armstrong (1998) ainda citam as funções dos canais de distribuição, que ajudam a completar as transações na medida em que se envolvem com: informação, onde se coletam e distribuem informações promocionais pela pesquisa e pela inteligência de marketing sobre os atores e forças do ambiente de marketing necessário para planejar e facilitar a troca; promoção: que busca desenvolver e distribuir comunicações persuasivas sobre uma oferta; contato: que se encontra e comunica com compradores potencias; adaptação: que procura modelar e adaptar a oferta às necessidades do comprador, inclusive atividades como fabricação, montagem e embalagem; e negociação: que tenta chegar a um acordo sobre preço e outras condições da oferta para que a propriedade ou posse possa ser transferida. Existem outras funções-chave que auxiliam as transações completas: distribuição física, que se baseia em transportar e armazenar os produtos; financiamento, para obter e alocar os recursos necessários a cobrir os custos do trabalho do canal; e riscos, que devem ser assumidos na execução do trabalho do canal. Assim como os demais elementos do mix de marketing, canais de distribuição, influenciam quanto à disponibilidade e a facilidade de compra. Um consumidor pode preferir se locomover a uma distância considerável para adquirir uma marca que lhe agrada, mas para a maioria dos consumidores, quando se trata de bens ou serviços rotineiros, é mais fácil comprar em um lugar mais perto, com disponibilidade imediata. O local onde um produto é ofertado também cria prestígio, como, por exemplo, um par de botas, quando colocado em uma loja de preços elevados. Este terá um valor 18 agregado para alguns consumidores, mas quando o mesmo par de botas é exposto em uma loja onde os produtos possuem preço para classes baixas, esse par de botas terá menos prestígio (CHURCHILL JR. e PETER, 2000). 2.3 Segmentação e posicionamento Em se tratando de segmentação e posicionamento, para Churchill Jr. e Peter (2000, p. 204-205), segmentação de mercado “é o processo de dividir um mercado em grupos de compradores potenciais que tenham semelhantes necessidades e desejos, percepções de valores ou comportamento de compra”. Ainda esses autores citam que as empresas estudam o posicionamento para ver qual o mercado mais lucrativo. Esse mercado é chamado de mercado alvo, considerado como “segmento específico do mercado que uma organização escolhe atender”. Ferrell et al (2000, p. 92) declaram que: Por meio de pesquisa de mercado bem elaborada e cuidadosamente conduzida, as empresas podem identificar as necessidades específicas de cada segmento de mercado para criar compostos de marketing que melhor atendam as essas necessidades e expectativas. [...] após selecionar um mercado alvo e desenvolver um composto dos elementos de marketing para satisfazer às necessidades dos consumidores, o gerente de marketing deve tentar diferenciar o produto das ofertas concorrentes e posicioná-lo de modo que pareça possuir as características desejadas pela maioria dos consumidores. Os autores (p. 102) dizem que, “para criar a imagem positiva de um produto, um gerente de marketing pode optar entre várias estratégias de posicionamento”. Essas estratégias seriam: fortalecimento da posição atual da marca, onde se deve satisfazer freqüentemente as expectativas dos clientes; mudança para uma nova posição que exige medidas emergentes, uma vez que se tentar fortalecer a mesma posição, irá acelerar ainda mais o declínio atual e reposicionamento do concorrente. 19 2.4 Planejamento Segundo Kotler e Armstrong (1998), as organizações julgam o resultado do processo de planejamento apenas como um documento para tornar as ações ainda mais burocráticas. Segundo os autores, as grandes empresas não possuem tempo para elaborar um planejamento devido às mudanças que o mercado sofre em curto prazo, as pequenas empresas pensam que somente as grandes necessitam de um planejamento, considerando o planejamento algo muito formal. Observando essa problemática, Kotler (1998, p. 23) diz que o planejamento “pode trazer muitos benefícios para todos os tipos de empresa, grandes e pequenas, novas ou maduras”. Para Manzo (1996, p. 34), “o planejamento compreende a busca do equilíbrio entre as atividades que vão situar os objetivos visados dentro de uma possibilidade de realização” De acordo com Oliveira (1989, p. 20), planejamento pode ser conceituado como um processo desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de um modo mais eficiente e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa. Para Stevens et al (2001, p. 83), o planejamento: [...] é a ferramenta administrativa que envolve a análise de ambiente, estabelecimento de metas, decisões sobre ações específicas necessárias para atingir as metas e oferecer feedback sobre os resultados. Os conceitos apresentados por Oliveira, Stevens et al e Manzo apresentam o planejamento como um processo para elaboração de idéias para atingir determinadas metas. Com o planejamento, as empresas podem analisar os resultados de uma projeção e, com isso, evitar erros que ocorreriam caso um planejamento não fosse elaborado. Em relação à necessidade do planejamento, Las Casas (2001, p. 12) diz que “planeja-se quando há um objetivo a alcançar, delineando-se as formas de alcançá-lo.” O autor ainda expõe que, quando há ausência de um planejamento, as atividades são realizadas de forma corretiva e não preventiva. 20 Para Oliveira (1989, p. 23), “o planejamento pressupõe a necessidade de um processo decisório que ocorrerá antes, durante e depois de sua elaboração e implementação na empresa.” Ferrel et al (2000, p. 19) colocam que, “para serem bem sucedidas, as organizações necessitam de planejamento eficaz e de uma estratégia de marketing que atinja suas metas e objetivos e satisfaça os consumidores” Las Casas (2001) cita que o planejamento pode ser realizado de forma informal e formal. Quando o planejamento é informal, não é usado metodologia, porém o mesmo tem objetivos a serem alcançados. No caso do planejamento formal, é geralmente escrito, possui metodologia e é necessário domínio de conceitos e técnicas. O planejamento auxilia todo e qualquer tipo de organização, sendo ela privada ou pública. Com um planejamento, pode-se ter uma abordagem, que pode ser a respeito da produção, pesquisa de novos produtos, na dimensão a elementos como propósitos, objetivos, estratégias, políticas etc. O planejamento pode ser elaborado para uma organização em todos os ambientes, pode ser realizado por departamentos, grupos funcionais etc. (OLIVEIRA, 1989). De acordo com Ambrósio (1999, p. 4), “existem três níveis fundamentais de planejamento: o estratégico, o tático e o operacional. PLANEJAMENO ESTRATÉGICO Plano Estratégico (cinco anos ou mais) PLANEJAMENO TÁTICO Plano de Marketing (um ano) PLANEJAMENO OPERACIONAL Plano Promocional (menos de um ano) Quadro 1: Os três níveis de planejamento AMBRÓSIO, (1999, p. 4). Para Oliveira (1989, p. 32), “planejamento estratégico pode ser conceituado como um processo gerencial que possibilita ao executivo estabelecer rumo a ser seguido pela empresa”. Conforme Ambrósio (1999. p. 4), “o planejamento estratégico consiste na escolha dos objetivos maiores da empresa, das estratégias a serem adotadas para se alcançarem esses objetivos e na definição das fontes de recursos”. 21 Kotler e Armstrong (1998, p. 23) definem planejamento estratégico como o “processo de desenvolvimento e manutenção de uma referência estratégica entre os objetivos e capacidades da empresa e as mudanças de suas oportunidades no mercado.” Explorando mais o conceito dos autores, “planejamento estratégico é a base do planejamento para uma empresa, depende da definição de objetivos, de um bom portfólio de negócios e da coordenação de estratégias funcionais”. De acordo com Las Casas (apud Kotler e Armstrong, 1998, p. 62): Planejamento estratégico é o processo gerencial de desenvolver e manter uma direção estratégica que alinhe as metas e os recursos da organização com suas mutantes oportunidades de mercado. Observando os conceitos de Oliveira, Ambrósio, Kotler e Armstrong sobre planejamento estratégico, vê-se que este é o processo de planejamento que engloba toda a empresa, onde os responsáveis por sua execução é a alta direção das empresas. Planejamento tático, para Churchill Jr. e Peter (2000, p. 86), “é a criação de objetivos e estratégias destinados a alcançar metas de divisões e departamentos específicos ao longo de um intervalo de tempo médio, entre um e cinco anos”. Para Ambrósio (1999, p. 6), “planejamento tático envolve uma unidade da organização, que pode ser um departamento ou uma divisão”. Para Las Casas (2001, p. 15), “um planejamento é dito tático quando se refere ao planejamento para departamentos específicos” – por exemplo: quando o departamento de marketing planeja, refere-se ao nível tático. Segundo Oliveira (1989, p. 33), “planejamento tático tem por objetivo otimizar área de resultado e não a empresa como um todo.” Observando os conceitos de Oliveira, Churchill Jr., Peter e Ambrósio sobre planejamento tático, vê-se que este é a etapa onde envolve os setores específicos da empresa. Cada departamento possui um planejamento tático a se seguir. Planejamento Operacional, para Churchill Jr. e Peter (2000, p. 86), “é a criação de objetivos e estratégias para unidades operacionais individuais ao longo de um curto intervalo de tempo, em geral um ano ou menos”. Segundo Ambrósio (1999, p. 7), “planejamento operacional é o gerado a partir do planejamento tático, o qual é gerado a partir do planejamento estratégico”. Ambrósio (1999, p. 7) ainda afirma que “o planejamento operacional materializa-se em 22 planos operacionais sob forma de procedimentos, orçamentos, programas e regulamentos”. Oliveira (1989, p. 33) diz que planejamento operacional “pode ser considerado como a formalização principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas”. Para Las Casas (2001), o planejamento operacional ocorre quando são subdividas as funções dentro de um planejamento tático. Na área de marketing, por exemplo, tem áreas de vendas, ou seja, uma atividade detalhada dentro do departamento de marketing. Por fim, em relação ao tópico sobre planejamento, acredita-se que este é essencial para todo aquele que deseja alcançar o sucesso, pois esclarece a empresa sobre a melhor forma de alcançar seus objetivos, que caminho seguir e como chegar ao resultado almejado, por isso deve-se sempre planejar e Ambrósio (1999) ensina que “mais que tudo, precisa fazê-lo de forma sistemática”. Com esses conceitos citados, iremos nos aprofundar em um planejamento tático, o Plano de Marketing. 2.5 Planejamento de marketing Para Westwood (1997, p. 11), “o termo planejamento de marketing é usado para descrever os métodos de aplicação dos recursos de marketing para se atingir os objetivos do marketing”. O autor continua, afirmando que “o planejamento de marketing é usado para segmentar os mercados, identificar o posicionamento de mercado, prever o tamanho do mercado e planejar uma participação viável no mercado dentro de cada segmento de mercado.” O plano de marketing é o resultado do planejamento de marketing. Para Las Casas (2001, p. 18), “plano de marketing é, portanto, um plano que faz parte do plano estratégico abrangente de uma empresa”. Las Casas (2001) diz que sua elaboração deverá estar em perfeita sintonia com os objetivos que forem estabelecidos pela alta administração e com o que a empresa está pensando atingir em longo prazo. 23 Ambrósio (1999, p. 1) diz que: O plano de marketing é o documento que resume o planejamento de marketing. Este, por sua vez, é um processo de intenso raciocínio e coordenação de pessoas, recursos financeiros e materiais cujo foco central é a verdadeira satisfação do consumidor. Para uma organização atender as necessidades de um cliente, é necessário realizar uma abordagem, selecionar seu cliente-alvo, oferecer valores melhores que os dos concorrentes. Muitas vezes, devido a posicionamento e outros fatores ambientais, não é possível oferecer melhores valores para determinado tipo de cliente, mesmo porque não há como agradar a todos os tipos de consumidores. Nesse caso, cada empresa deve fazer uma divisão do mercado total e qualificar quais são os mercadosalvo que a empresa consegue ter maior valor agregado em comparação a seus concorrentes (KOTLER e ARMSTRONG, 1998). Observando os conceitos de Westwood, Las Casas e Ambrósio sobre plano de marketing, diz-se que faz parte do planejamento estratégico. Para a elaboração, é necessário que o plano esteja coerente com os objetivos da empresa e envolver um processo de intenso raciocínio e coordenação dos recursos da organização para que o resultado seja a verdadeira satisfação dos clientes. Em relação à importância do plano de marketing, Las Casas (2001, p. 20) diz que: O plano de marketing é importante para as empresas, uma vez que é resultado de um processo de planejamento. O processo de planejamento toma forma no momento em que o administrador escreve o plano. Por isso mesmo se diz que um bom plano não valida uma idéia de marketing, mas uma boa idéia de marketing é válida com um bom plano. Ele é usado para concretizar a criatividade, a imaginação e a inovação. Para Ambrósio (1999, p. 9), [...] um plano de marketing é o ponto alto do processo da decisão de aproveitar uma oportunidade oferecida pelo mercado. Ele congrega todas as atividades empresariais dirigidas à comercialização de um produto, o qual existe para atender necessidades específicas dos consumidores. Sobre o conceito de Las Casas e Ambrósio, o plano de marketing é importante, pois auxilia a organização a aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pelo mercado. Com o plano, a empresa pode validar uma boa idéia de marketing, pois explora a criatividade, ou seja, todas as atividades para a comercialização de um produto ou serviço. 24 2.5.1 Configurações do plano de marketing O processo de elaboração de um plano de marketing, segundo Westwood (1997, p. 12), envolve: a realização de pesquisa de marketing dentro e fora da empresa; dar atenção às potencialidades e fragilidades dentro da empresa; fazer suposições e previsões; estabelecer objetivos e gerar estratégias de marketing; definir programas; determinar orçamentos; rever os resultados e revisar os objetivos, estratégias ou programas. Westwood (1997) ainda afirma que, para o processo de planejamento, é preciso fazer um uso melhor dos recursos da empresa para identificar as oportunidades de marketing, o que estimulará o espírito de equipe e a identidade da empresa. Ainda sobre a estrutura do plano de marketing, Kotler (1998, p. 29) diz que “o processo de marketing consiste em analisar as oportunidades de marketing, selecionar os consumidores-alvo, desenvolver o mix de marketing e administrar o esforço de marketing.” As configurações do plano de marketing podem variar dependendo da necessidade da organização. O quadro a seguir demonstra uma das estruturas existentes. 25 PLANO DE MARKETING 1 Análise Ambiental Ameaças e Oportunidades Eventos Ameaças Oportunidades Sugestões Pontos Fortes e Fracos Aspectos Analisados Pessoal Concorrente 1 Ponto forte Quantidade Qualificação Equipamentos Capacidade Instalada Tecnologia Finanças Recursos Financeiros Possibilidade de Obtenção de Empréstimos Marketing Produto Preço Distribuição Equipe de Vendas Promoção Objetivos a – Quantitativos b – Qualitativos Estratégias de Marketing 3.a – Público alvo 3.b – Posicionamento 3.c – Estratégia do composto Produto Preço Praça Promoção / Concorrente 2 Ponto forte Ponto fraco Empresa X Ponto forte Ponto fraco Ponto fraco 26 Plano de ação Atividades Encarregado Período Orçamento Lucros Observações Projeção de vendas e lucro Período Vendas Quadro 2: Roteiro simplificado para um plano de marketing LAS CASAS, (1999, p. 45). O quadro a seguir demonstra, segundo Kotler (2000), as sessões de um plano de marketing: I. Resumo executivo e Apresenta uma rápida visão geral do plano. sumário II. Situação atual de marketing III. Análise de oportunidades e questões Apresenta antecedentes relevantes sobre vendas, custos, lucros, mercado, concorrentes, distribuição e macroambiente. Identifica as principais oportunidades/ameaças, forças/fraquezas e questões relacionadas à linha de produto. Define metas financeiras e de marketing do plano em IV. Objetivos relação ao volume de vendas, participação de mercado e lucros. V. Estratégias de marketing VI. Programas de ação VII. Demonstrativos de Apresenta a abordagem geral de marketing que será utilizada para alcançar os objetivos do plano. Apresenta os programas especiais de marketing para atingir os objetivos do negócio. Projeta os resultados financeiros esperados do plano. resultados VIII. Controles Indica como o plano será monitorado. Quadro 3: Sessões de um plano de marketing KOTLER, (2000, p. 111). 27 Para Ferrell et al (2000, p. 25), “o plano de marketing é um relatório ou um documento que expõe as informações detectadas no processo de planejamento”. O quadro a seguir é o exemplo de Pride e Ferrell para o roteiro de um plano de marketing: I. Sumário Executivo A. Sinopse B. Principais aspectos do plano de Marketing II. Análise Ambiental A. Análise do ambiente externo B. Análise do ambiente do consumidor C. Análise do ambiente (organização) interno III. Análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) A. Forças B. Fraquezas C. Oportunidades D. Ameaças E. Ajustando, convertendo, minimizando e evitando estratégias IV. Metas e Objetivos de Marketing A. Metas de Marketing B. Objetivos de Marketing V. Estratégias de Marketing A. Mercado-alvo B. Composto de marketing para cada mercado alvo C. Principais clientes e reações da concorrência VI. Implementação de Marketing A. Assuntos estruturais B. Abordagem para implementação C. Marketing interno D. Comunicação E. Autoridade e tomada de decisão F. Motivação dos funcionários G. Atividades, responsabilidades e orçamentos H. Programação e implementação VII. Avaliação 28 A. Avaliação financeira B. Controle de marketing Quadro 4: Roteiro do plano de marketing PRIDE e FERRELL, (2001, p.32). Stevens et al (2001) resumem o plano de marketing em quatro elementos: 1. Resumo da análise da situação, incluindo assuntos gerais, consumidor e oportunidades; 2. Conjunto de objetivos; 3. Descrição de estratégias detalhada sobre onde se encontrava a vantagem competitiva e como as variáveis de marketing serão combinadas para alcançar os objetivos, bem como o impacto financeiro; 4. Conjunto de procedimentos para monitoramento e controle do plano por meio de feedback sobre resultados. 2.5.2 Etapas do plano de marketing Nesta seção, será explanada a análise ambiental da organização, dos ambientes internos e externos, para que assim seja possível identificar os pontos fortes e fracos e as ameaças e oportunidades que a empresa possui (CURCHILL JR. e PETER, 2000). 2.5.2.1 Análise ambiental A análise ambiental descreve os ambientes externos e internos da organização. Para Las Casas (2001, p. 48) “o primeiro passo para realizar um plano de marketing é fazer uma análise ambiental.”. Churchill Jr. e Peter (2000, p. 26-27) dizem que “análise ambiental é a prática de rastrear as mudanças no ambiente que possam 29 afetar uma organização e seus mercados”. Os autores ainda citam que a análise ambiental “envolve a busca de mudanças que levem as oportunidades ou ameaças a uma organização”. 2.5.2.1.1 Análise do ambiente externo Para Oliveira (1989, p. 67), a análise do ambiente externo tem por finalidade “estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidade e ameaças, bem como a sua atual posição produto-mercado e quanto a sua posição produto-mercado desejada no futuro.” Segundo Churchill Jr. e Peter (2000, p. 26), Os profissionais de marketing devem examinar todas as dimensões do ambiente externo. As informações resultantes podem ajudá-los a identificar as oportunidades para servir melhor seus mercados, criando valor superior. A análise também pode ajudar a identificar ameaças à capacidade de uma organização em manter suas vantagens competitivas, sobreviver e prosperar. Sendo assim, os profissionais de marketing precisam verificar os fatores que interferem na empresa para tentar gerar vantagem competitiva para esta e com isso encantar mais o seu cliente. Kotler e Armstrong (1998, p.49) afirmam que “a empresa e todos os outros fatores operam em um macroambiente maior de forças, que configuram oportunidades e impõem ameaças para a empresa”. Para avaliar as oportunidades e ameaças que o mercado disponibiliza para uma organização no estudo de seu ambiente externo, é necessário o estudo de várias forças que influenciam diretamente nesse ambiente. Essas forças ou ambientes são: ambiente econômico, demográfico, político-legal, social, natural, tecnológico e competitivo. Contudo, neste estudo, serão abordados apenas os ambientes político, demográfico, econômico e competitivo. No ambiente político, segundo Churchill Jr. e Peter (2000, p. 310), “uma organização não funciona estritamente de acordo com seu próprio conjunto de regras. Ela tem de servir seus clientes e atender aos governos federal, estaduais e municipais, assim como a grupos de interesses especiais”. Kotler (2000, p. 173) completa dizendo 30 que “as decisões de marketing são fortemente afetadas por mudanças no ambiente político-legal”. Os administradores devem estar sempre atualizados quando a leis e normas que o governo impõe, pois um plano de marketing que não esteja de acordo com as mudanças nesse ambiente, além de não atingir as metas, pode também acarretar gastos com multas ou outra irregularidade que pode se estar cometendo. Quanto ao ambiente demográfico, Kotler (2000, p. 162) diz que “a primeira força macroambiental que os profissionais de marketing monitoram é a população, porque os mercados são compostos de pessoas”. Para Cobra (1992, p. 130), O crescimento da população é uma tendência demográfica que altera significativamente os mercados, não sendo considerada uma oportunidade para a organização, pois esse crescimento aumenta a necessidade dos recursos básicos para a sobrevivência das pessoas e não necessariamente aumenta o mercado consumidor de outros bens. No caso do ambiente demográfico, as empresas devem estar atentas para não prospectar em um plano a oportunidade de uma mudança significativa, pois como Cobra cita acima, com o aumento da população, existe também o aumento das necessidades dos recursos básicos. Churchill Jr. e Peter (2000, p. 28) declaram que “aprender sobre o ambiente econômico ajuda os profissionais de marketing a determinar se os clientes estarão dispostos e terão condições de gastar dinheiro em produtos e serviços”. Para Kotler (2000, p. 167), “o poder de compra em uma economia depende da renda, dos preços, da poupança, do endividamento e da disponibilidade de crédito. Os profissionais de marketing devem estar atentos às principais tendências na renda e nos padrões de consumo”. Contudo, tais profissionais devem sempre estar se atualizando sobre as mudanças nesse contexto, pois é nele que o plano tem por base a porcentagem da projeção que a empresa deve atender. Neste ambiente se estudam os fatores que estão relacionados à capacidade de compra dos consumidores. Por exemplo, se o ambiente econômico está em crise, a decisão que a empresa deve tomar não é um aumento das receitas, mas, sim, tentar se manter estável para que não tenha maiores perdas posteriormente. No caso do ambiente competitivo, para Churchill Jr. e Peter (2000, p. 48) “ao examinar o ambiente competitivo, os profissionais de marketing devem se lembrar de 31 levar em conta a concorrência existente ou potencial de empresas locais e globais.” Porter (1986, p. 63) completa que “todos os concorrentes já existentes devem ser analisados. Entretanto, pode ser também importante analisar os concorrentes em potenciais que podem entrar em cena”. Kotler (2000, p. 245) diz que “assim que a empresa identificar seus principais concorrentes, ela deve descobrir suas características, especificamente suas estratégias, seus objetivos, suas forças e fraquezas e seus padrões de reação.” O ambiente competitivo deve ser bem analisado pelos profissionais de marketing, uma vez que, se a empresa descuidar das atividades de seus principais concorrentes, pode estar perdendo mercado ou praticando uma política de preço maior sem necessidade. Deve-se saber o máximo de informações dos concorrentes para que a empresa possa estar disputando o mercado de igual para igual e, assim, criando novas estratégias para poder gerar valores agregados a seus produtos e serviços. 2.5.2.1.2 Análise do ambiente interno No ambiente interno das organizações, os fatores analisados são os pontos fortes e fracos,, ou potencialidades e fragilidades que a organização identifica. Para Westwood (1997, p. 25) “potencialidades e fragilidades relacionam-se à companhia, às suas estratégias e como ela se compara com a concorrência”. De acordo com Oliveira (1989, p. 46), “o ponto forte é a diferenciação conseguida pela empresa que lhe proporciona uma vantagem operacional no ambiente empresarial”. Este autor define ainda o ponto fraco com: ”uma situação inadequada da empresa que lhe proporciona uma desvantagem operacional no ambiente empresarial”. Segundo Las Casas (2001, p. 68), Pontos fortes são todos os fatores que apresentam vantagem competitiva da empresa em relação aos concorrentes ou ao exercício de qualquer atividade. Um ponto forte pode ser a capacidade administrativa diferenciada, muitos recursos financeiros ou humanos, domínio de tecnologia etc. Pontos fracos são todos os aspectos que interferem negativamente nessa capacidade. 32 2.5.2.2 Objetivos e metas de marketing Las Casas (2001, p. 52) define objetivo “como uma bússola para o administrador”. Para o autor, os objetos podem ser responsáveis pelo sucesso ou pelo fracasso das estratégias de marketing. Westwood (1997, p. 113) diz que “objetivos são aquilo que queremos conseguir; as estratégias, são como chegar lá. Portanto, existem objetivos e estratégias em todos os níveis dentro da companhia”. Ambrósio (1999) diz que um objetivo é “algo que se quer alcançar em um determinado período e que configure a realização de uma oportunidade”. Observando os conceitos dos autores Las Casas, Westwood e Ambrósio, vemos que os objetivos são os desejos que cada empresa pretende conquistar. Estes fazem com que a empresa siga um caminho coerente para a conquista desejada, pois no diaa-dia de uma empresa, há fatores e acontecimentos que podem prejudicar no bom desempenho da execução de uma tarefa para alcançar a meta desejada. Para Ferrell et al (2000, p. 85), “as metas são importantes porque indicam a direção que a empresa está tentando se mover e o conjunto de prioridades que usará na avaliação de alternativas e na tomada de decisões”. 2.5.2.3 Estratégias de marketing Estratégia é o método para se atingir um objetivo específico, também descreve o meio que se possam atingir esses objetivos nos prazos estipulados na elaboração de um plano, ou seja, Westwood (1997, p. 139) explica que “estratégia é a definição ampla de como os objetivos devem ser atingido”. Segundo Ferreira (1995, p. 249), estratégia de marketing é o “processo que busca manter ajustada as rotas, levando em consideração as oportunidades de mercado e as capacidades de as empresas aproveitá-las”. Observando os conceitos de Westwood, Ferreira e Ikeda, estratégia de marketing é como o guia das ações que a empresa utiliza para atingir as metas criadas 33 na formulação do plano. As estratégias de marketing estipulam as rotas e a melhor maneira de acordo com a capacidade da empresa de alcançar determinada meta. 2.5.2.4 Plano de ação Para Westwood (1997, p. 26), “são os planos de ação que lhe permitirão executar a estratégia de marketing definida e atingir seus objetivos de marketing.” O autor (p. 158) completa que cada plano deve incluir: a posição em que está no momento atual; metas (o que fazer / aonde você quer chegar); ação, isto é, o que você precisa fazer para chegar lá; a pessoa responsável (quem o fará); data de início; data de conclusão; e custo estabelecido no orçamento. Essa estrutura está representada no quadro 5. PLANO DE AÇÃO DEPARTAMENTO: VENDAS Meta Posição atual Ação Lista de Atualizar a lista correspondência desatualizada Executar Preparar carta Não existe um campanha padrão de cartas maciça por correspondência Não existem Preparar catálogos novos catálogos Enviar correspondência maciça Por Início Término Custo ILH 1.1.Xl 1.3.Xl $200 JDT 1.2.Xl 1.3.Xl $25 NBF 1.11.X0 1.3.Xl $3.000 ILH 1.3.Xl $500 1.4.Xl Quadro 5: Apresentação de um plano de ação WESTWOOD,( 1997, p. 160). Las Casas (1999, p. 114) diz que [...] o plano de ação correspondente às atividades operacionais de uma empresa, é um detalhamento do que se deve fazer, quando e como as 34 atividades serão desenvolvidas. Um plano destes distribuídos entre vários participantes ajuda cada setor a entender qual sua participação no plano geral. Observando o quadro de Westwood e o conceito de Las Casas, observa-se que o plano de ação é a parte operacional do processo, em que as atividades são divididas e ordenadas para cada setor responsável. 2.5.2.5 Avaliação e controle Para Ferrell et al (2000), avaliação e controle são a última etapa do plano. Neste último detalhamento, é apurado o resultado do plano, além de ser realizada uma avaliação da eficácia e do controle das atividades e processos realizados. De acordo com Ambrósio (1999), sugerem-se quatro tipos de controle de marketing, como segue no quadro abaixo: Tipo de Controle Controle anual do plano Propósito de Controle Examinar se os resultados planejados estão sendo atingidos. Controle da rentabilidade Verificar onde a empresa está ganhando e perdendo dinheiro. Controle da eficiência Avaliar e melhorar a eficiência de gastos e o impacto dos gastos de marketing. Controle estratégico Verificar se a empresa está buscando suas melhores oportunidades com respeito a mercados, produtos e canais. Quadro 6: Controles de marketing AMBRÓSIO, (1999, p. 66). Para Westwood (1997, p. 254), “é importante ter-se um sistema de monitoração e controle adequado para medir o desempenho na conquista dos objetivos do plano de 35 marketing e recomenda-se a ação preventiva quando necessário”. O autor ainda fala que o processo envolve: a) Estabelecer padrões: estes se relacionam às vendas, aos custos orçados e aos prazos para a implementação dos planos de ação; b) Medir o desempenho: isto compararia os desempenhos reais com os padrões; c) Propor medidas para corrigir os desvios do padrão: detalhando processos corretivos a serem implementados se a variação do padrão ultrapassar certos limites. Esses limites devem ser definidos no plano escrito. 36 3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO Esta pesquisa caracterizou-se como um estudo de caso. Segundo Mattar (2001, p. 22), estudo de caso “é um método muito produtivo para estimular a compreensão e sugerir hipóteses e questões para a pesquisa”. A pesquisa foi realizada com apenas 50 empresas devido a questão tempo, pois os dados foram coletados entre os dias 20 de setembro de 2006 até o dia 15 de outubro de 2006. Os dados coletados foram primários e secundários. Os dados primários foram coletados com os clientes da empresa, já os secundários foram colhidos das informações sobre a empresa. A pesquisa teve uma abordagem qualitativa e quantitativa. Para a estruturação do plano de marketing, foi elaborado um modelo pelo pesquisador a partir dos modelos de Kotler (2000), Las Casas (1999) e Ferrell et al (2000). Esse modelo é apresentado a seguir: a) Descrição da empresa; b) Análise do ambiente externo; c) Análise do ambiente interno; d) Análise do ambiente do consumidor; e) Objetivo de marketing; f) Estratégia de marketing; g) Plano de ação; h) Avaliação e controle. Na análise do ambiente externo, o pesquisador identificou ameaças e oportunidades no ambiente de mercado da empresa por meio de pesquisas em revistas especializadas, jornais e revistas de grande circulação e da observação participativa. 37 Na análise de ambiente interno, o pesquisador identificou os pontos fortes e fracos por meio da observação participativa. Na análise do ambiente do consumidor, foi realizada uma pesquisa junto aos clientes, que teve como objetivo mensurar o grau de satisfação destes com a empresa. Foram pesquisados 50 clientes de uma população de 150. Essa amostra é tida como “por conveniência” que, segundo Mattar (2001, p. 139), “são selecionadas, como o próprio nome diz, por alguma conveniência do pesquisador. É utilizado para testar idéias sobre determinado assunto de interesse”. O instrumento de coleta de dados foi o questionário estruturado não disfarçado, que se encontra no apêndice A. Os dados foram tabulados com o auxílio do software Excel. Os objetivos e estratégia de marketing, bem como o plano de ação, a avaliação e o controle, foram desenvolvidos com base nos resultados das análises ambientais. 38 4 RESULTADOS 4.1 A empresa A empresa Solar Instrumentação, Monitoração e Controle LTDA, situada na rua Lauro Linhares, 589, no bairro Trindade, Florianópolis (SC), é uma empresa que trabalha desde 1997 com desenvolvimento, pesquisa e fabricação de equipamentos eletrônicos para medição de grandezas físico-químicas, como instrumento para medição da concentração de oxigênio em águas, medidor de pH, analisador colorimétrico de reagentes químicos, medidor de turbidez em águas e efluentes, estações para monitoração ambiental, monitoração de oceanos, temperatura, umidade, sensor de sólidos suspensos para área de sedimentologia, entre outros. Nesse período, a empresa formou parcerias com entidades públicas, como UFSC e EMBRAPA, no desenvolvimento e análise da funcionalidade dos equipamentos e de projetos tecnológicos. A empresa Solar tem como sua missão auxiliar na preservação e recuperação do meio ambiente, melhorando a qualidade de vida do ser humano. A visão da empresa é se tornar referência nacional em instrumentos para análise e monitoração ambiental. A política de qualidade baseia-se em assegurar produtos de qualidade melhorando continuamente o sistema de gestão da qualidade, a fim de atingir os seguintes objetivos: a) Satisfação dos clientes; b) Melhoria dos recursos humanos e estrutura física da empresa; c) Produzir equipamentos que promovam a recuperação e preservação do meio ambiente; d) Ampliação do mercado; 39 e) Pesquisar e implantar soluções tecnológicas inovadoras para melhoria de produtos e processos. 4.2 Análise ambiental Na análise ambiental, as etapas da empresa SOLAR foram discriminadas de maneira que fossem ligadas às informações em questão atualmente em cada ambiente estudado, como social, fatos da conservação da água e preservação de recursos naturais; econômico, com a instabilidade econômica do país; político, com o fator do provável surgimento da ALCA; tecnológico, demonstrando hoje que uns dos principais fatores deste mercado está se destacando com a prestação de serviços. As transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas nos últimos anos como decorrência da globalização e das novas tecnologias da informação mudaram a face da sociedade contemporânea. Nos dias atuais, a sobrevivência das organizações está baseada na capacidade de seus administradores em se adaptarem às rápidas mudanças do ambiente externo que as cercam, conseguindo obter deste ambiente, através de uma bem definida estratégia de coleta, as informações a serem utilizadas como insumos para estabelecer diretrizes e estratégias de planejamento, que, em longo prazo, se reverterão no desenvolvimento da organização e de sua permanência no mercado. Análise do macroambiente Segundo Kotler (2000), o ambiente de marketing é constituído por um microambiente e um macroambiente. O microambiente é composto por forças próximas à empresa, que afetam a sua habilidade para servir os seus clientes - os canais de marketing, os mercados consumidores, os concorrentes e o público. O macroambiente é composto por forças sociais maiores que afetam todo o microambiente, forças demográficas, econômicas, físicas, tecnológicas, políticas e 40 culturais. Os profissionais de marketing não podem simplesmente focalizar a sua atenção nas necessidades do mercado-alvo, eles devem também observar seus intervenientes. O macroambiente envolve todos os fatores que pertencem ao ambiente externo e afetam a estrutura, a conduta e atuação dos sistemas mercadológicos da empresa, tendo sobre ela grande impacto. São fatores incontroláveis que exigem adaptações por parte da empresa, a qual deve estudar seu caráter e não perder de vista seu dinamismo e mutabilidade. O macroambiente consiste em forças sociais maiores, que afetam todo o microambiente – forças demográficas, econômicas, naturais, tecnológicas, políticas e socioculturais. 4.2.1.1 Ambiente social Hoje, em virtude das noticias de eventos naturais, como catástrofes ocorridas devido ao descuido dos recursos naturais no mundo, o fator de as pessoas não terem o cuidado necessário com seu habitat vem se tornando um assunto cada vez mais discutido devido à freqüência de acontecimentos como enchentes, secas, furacões, entre outros. Em conseqüência do descuido de muitos governos e empresas com esse problema, ONGs, juntamente com governo Federal, criaram uma solução junto às companhias de saneamento dos estados e municípios. Essa solução está ligada a recursos federais destinados a cidades e estados para o Turismo. Estes seriam somente liberados caso as cidades e estados estivessem em constante investimento para o melhoramento do tratamento de águas e efluentes, com o intuito de se obter o tratamento ideal de suas fontes de recursos hídricos. Com isso, a empresa SOLAR tende a participar de mais licitações dessas empresas públicas para o fornecimento de equipamentos que são indispensáveis no tratamento de águas e efluentes. 41 4.2.1.2 Ambiente econômico Segundo Churchill Jr. e Peter (2003), numa economia de crescimento mais lento, os profissionais de marketing podem conhecer melhor seus clientes para criar valor. Em geral, o ambiente econômico para o marketing envolve a economia como um todo, incluindo, segundo os autores, ciclos de negócios e padrões de gastos, além de questões referentes à renda do consumidor, aprendendo com os profissionais da área a determinar se os clientes estarão dispostos e terão condições de gastar dinheiro em produtos e serviços. A instabilidade econômica, hoje, é a preocupação de qualquer que seja a organização, pois esse evento influencia toda a economia nacional e, para a Solar, o principal motivo de temor é o preço de seus componentes, pois estes são, na grande maioria, importados, e sendo assim, com a cotação em alta do Dólar, seus equipamentos terão reajustes nos preços, o que pode afetar gravemente as vendas. A solução para que a SOLAR não sofra com a instabilidade, é acompanhar os passos da economia e cotações e, quando o Dólar demonstrar que poderá sofrer aumento devido a alguma especulação lançada contra o governo, tratar de adquirir estoque para que não venha, depois, ter que comprar com essa moeda acima do valor que deveria. 4.2.1.3 Ambiente tecnológico A tecnologia é um fator que não se consegue mais acompanhar por completo, pois a cada dia novas soluções são elaboradas, novos equipamentos surgem no mercado, sendo que, quando são lançadas novas soluções tecnológicas, a maior parte das empresas, principalmente as de pequeno porte, não tem acesso a esse recurso devido ao valor exorbitante que é cobrado. De acordo com a revista Química e Derivados, na área de instrumentação analítica, um grande diferencial hoje é a questão da assistência técnica, pois as grandes fontes de informações que circulam nas revistas de componentes eletrônicos e com a facilidade de importação através de empresas especializadas neste ramo no 42 Brasil, a tecnologia de certos equipamentos se tornam semelhantes, o diferencial fica por conta de idéias que o departamento comercial cria, como, por exemplo, assistência técnica. Esse fato se dá devido a grande quantidade de equipamentos que ainda são importados e poucos com representação fixa no Brasil ou representados por empresas que ainda não tomaram consciência desse fato. 4.2.1.4 Ambiente político Para Churchill Jr. e Peter (2003, p. 31), “uma organização não funciona estritamente de acordo com seu próprio conjunto de regras. Ela deve servir seus clientes e atender aos governos federal, estaduais e municipais, assim como a grupos de interesses especiais”. Sabe-se que as leis e regulamentações cobrem muitas atividades de marketing, entre elas testes de produtos, embalagens, política de preços, propaganda e vendas. Observa-se que, manter-se dentro das leis não só a ajuda as organizações a evitar multas e processos, como também promove a confiança entre os clientes. Assim, os profissionais de marketing precisam estar familiarizados com as leis e regulamentações internacionais, nacionais, estaduais e municipais em áreas onde procuram fazer negócios. Esses fatores contribuem para as oportunidades das organizações. A maior preocupação que ameaça a Solar é o surgimento da ALCA, pois os concorrentes importados terão livre acesso ao mercado Brasileiro e com tecnologia de ponta e preços próximos aos ofertados pela Solar, no entanto essa empresa terá livre acesso a componentes mais baratos e, assim, poderá abaixar mais o preço de seus produtos. Uma solução seria promover parcerias com empresas representantes que estão junto ao mercado onde a ALCA se estabilizar e ampliar suas vendas atingindo o mercado internacional. Mesmo com os “cantos de vitória” do Mercosul e de seu mais novo "mosqueteiro", Hugo Chávez, da Venezuela, nenhum país ou frente saiu ganhando nos debates travados na 4ª Cúpula das Américas, encerrada no balneário argentino de Mar del Plata. O encontro acabou dominado pelas divergências sobre a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), sem a definição clara de que haverá uma quinta 43 edição e com o desgaste de relações entre latino-americanos, que poderiam, nesse momento, avançar sem obstáculos. Em paralelo à "morte" da ALCA, tornou-se evidente o isolamento do Mercosul e da Venezuela, que deverá tornar-se o seu quinto sócio pleno. Com a última cúpula realizada até o presente momento, a Solar não terá grandes mudanças em relação a sua política de preços, pois como foi citado acima, não se concretizou nada em relação à abertura desse Livre Comércio das Américas. Abaixo, está descrita a analise de cada ambiente e sua tendência de mercado. AMBIENTE TENDÊNCIA Social Com os eventos naturais que vem acontecendo ultimamente no mundo, empresas estão se conscientizando de atos que trazem prejuízos a natureza e também as medidas impostas pelo governo federal estabeleceram normas às prefeituras e estados para o tratamento correto dos recursos hídricos da localidade instalada. Econômico Devido à instabilidade econômica, a Solar mede com muita cautela cada passo, pois o ambiente econômico. O Brasil, não se encontra estável a ponto de realizar grandes investimentos e também a alta taxa de juros faz com que a empresa “ande” somente com os recursos próprios. Tecnológico Com a fácil fonte de informação que as empresas de componentes têm disponibilizado em revistas técnicas, entre outros meios de comunicação, um diferencial deste item é a assistência técnica que algumas empresas prestam junto a clientes, pois a grande maioria desses equipamentos são importados, sem representações treinadas no Brasil. Político O fator político ALCA está com pouca influência nas previsões da Solar, pois os assuntos referentes a esse tratado estão sem foco, ou seja, nenhum país saiu a ganhando ou perdendo, como foi relatado na 4 Cúpula em Mar Del Plata. Quadro 7: Ambiente e tendências de mercado. 4.2.2 Análise do ambiente externo Para Churchill Jr. e Peter (2003, p.26), análise ambiental “é a prática de rastrear as mudanças no ambiente que possam afetar uma organização e seus mercados”. 44 Observa-se, assim, que essas mudanças podem ocorrer e afetar uma organização e seus mercados. É nesse momento que os profissionais de marketing devem atuar e examinar todas as dimensões do ambiente externo. Com essa atitude, as informações resultantes podem ajudá-los a identificar as oportunidades para servir melhor seus mercados, criando valor superior, ou seja, analisar e identificar as ameaças da organização para manter sua vantagem competitiva, sobreviver e prosperar. A Solar busca, a cada evento, visualizar tanto o lado negativo como o lado positivo deste, pois, para a empresa, ao mesmo tempo em que pode ser considerado uma ameaça, logo se pensa na oportunidade que o evento pode proporcionar, como, por exemplo, a instabilidade econômica. Nesse contexto, ao mesmo tempo em que, para a Solar, o investimento interno se torna uma opção de risco, isso também acontece com os seus principais concorrentes. Com a oscilação do Dólar, por exemplo, a SOLAR consegue ver, além da ameaça, uma oportunidade, pois apesar de seus equipamentos possuírem componentes importados, já que no Brasil este mercado é inexistente para a maioria dos componentes usados, a concorrência externa que atua no mercado nacional também perde força, visto que seu preço tende a aumentar devido ao produto dessas empresas serem cotados em Dólar. Abaixo será apresentado o quadro das oportunidades e ameaças encontradas no ambiente externo da empresa Solar e as seguintes sugestões para cada evento. Eventos Ameaças Economia Preço Dólar componentes exportação importados equipamentos alto Oportunidades dos Aumento Sugestões da Avaliar variação da de moeda, e quando a cotação despencar por alguma especulação, comprar suficiente estoque para estocagem total. Política Facilidade para Facilidade Possível surgimento de aquisição e Fazer acordo com de empresas de 45 surgimento de uma equipamentos mercado de Livre semelhantes componentes países que estão no eletrônicos Comercio entre as Brasil. fabricados Américas (ALCA) EUA ligados com a Alça nos oferecendo com preço produto com preço mais baixo. Surgimento de Analisar de empresas empreses no ramo fabricantes de equipamentos mesmos empresa Concorrência Aumento para qualidade da equipamentos Brasil. água. um mais competitivo. as Criar maior valor agregado dos concorrentes a produtos que não diretas e estudar tem como baixar no seus passos e em mais os preços. alguns passos executar benchmarking. Tecnologia Crescimento rápido Ter acesso tecnologia informações de da novidades alcance de todos dificultando as inovações referentes a acompanhar Facilidade notícias tecnologias a Estar e pensando sempre em das desenvolver novos equipamentos com no novos ajustes e das necessidades que tecnológicas no a população exige. ramo de atividade facilidades para o mercado. da empresa. cliente. Quadro 8: Ameaças e oportunidades 4.2.3 Análise do ambiente interno Essa análise se torna atípica, colocando grandes organizações em comparação com a Solar, pois essa empresa possui grandes oportunidades, porém algumas ameaças deixam-na temer grandes investimentos. Um dos grandes fatores que impedem o seu desenvolvimento é a questão do espaço físico. A Solar, apesar de ser considerada uma indústria, pois é fabricante de seus próprios equipamentos, possui um espaço físico limitado, o que dificulta o seu crescimento, entre outros fatores destacados nesta análise. 46 4.2.3.1 Pontos fortes e fracos Em relação ao pessoal, a empresa Solar possui hoje em seu quadro de funcionário apenas seis pessoas, sendo dois sócios, um funcionário registrado e três estagiários, não possuindo equipe específica para cada área. No entanto, na qualificação de seus integrantes, a Solar demonstra-se forte, pois possui entre eles, engenheiro eletricista, técnico em eletrostática e graduando em Administração com habilitação em Marketing. A respeito dos equipamentos, a empresa é fraca em relação à capacidade instalada, pelo espaço limitado e o caro custo dos equipamentos de precisão, porém a tecnologia empregada é de grande porte, já que para a fabricação desses equipamentos é necessário tecnologia de grande escala devido a testes e calibrações a que são sujeitos para um bom funcionamento. No setor financeiro, a empresa Solar possui um caixa bem estruturado, sendo que outra quantia se encontra em fundos de investimentos, tendo, dessa forma, total credibilidade caso deseje efetuar empréstimos ou compras de grande porte. Como a área de desenvolvimento da Solar possui um alto nível de conhecimento e pelo fato de a empresa ser flexível para desenvolvimentos de novas tecnologias, tem um forte potencial de desenvolver equipamentos para áreas em que no Brasil ainda não existam concorrentes diretos, tornando-se, assim, pioneira nacional nesse ramo. Quanto ao Marketing (4Ps), o produto, o preço e a distribuição são de excelência nacional. Porém, na promoção, propaganda e equipe de vendas, torna-se fraca, porque até o ano de 2006, quase nada da arrecadação foi destinado a esses setores. Contudo, recentemente surgiu a primeira propaganda da empresa em uma das áreas de atuação, já dando o retorno desejado. Uma grande oportunidade para a empresa Solar é o seu produto, pois a empresa possui uma linha de equipamentos da qual praticamente não existe desenvolvimento no Brasil e, em relação àqueles que possuem concorrentes, os fabricantes são escassos, tendo a empresa forte oportunidade de aumentar suas vendas. 47 ASPECTOS ANALISADOS FORTE FRACO Pessoal Quantidade X Qualificação x Equipamentos Capacidade Instalada x Tecnologia x Finanças Recursos Financeiros Possibilidade de x Obtenção de Empréstimos x Marketing Produto x Preço x Distribuição x Propaganda X Equipe de vendas X Promoção x Quadro 9: Pontos fortes e fracos da empresa. 4.2.4 Análise da concorrência A SOLAR é fabricante de seus próprios equipamentos e responsável pelo desenvolvimento também de cada. Estes foram os fatores que prevaleceram na escolha dos concorrentes. Cada uma destas empresas possuem em medias 10 a 15 anos de existência, quanto a SOLAR, apesar de estar apenas 8 anos no mercado, só no ultimo ano se desligou de uma participação no qual tinha todos os direitos da empresa, sendo assim, entrando direto no mercado para concorrer com estas industrias.É importante 48 salientar que estas empresa são concorrentes na área de equipamentos para laboratórios de analises físico químicos, pois no Brasil, não existe fabricantes de outros equipamentos que a empresa SOLAR desenvolve, porém ainda não tomou uma política concreta para comercialização destes outros itens. ASPECTOS ANALISADOS DELLAB Forte Pessoal Quantidade POLICONTROL Fraco Forte X X SOLAR Fraco Forte Fraco X X Qualificação X X Equipamentos Capacidade Instalada X X X Tecnologia X X X X X X X X X Finanças Recursos Financeiros Possibilidade de obtenção de Empréstimos. Marketing Produto Preço X X X X X X X X X Distribuição Propaganda Equipe de vendas Promoção X X X X X X Quadro 10: Pontos fortes e fracos da empresa junto aos concorrentes. 49 O quadro anterior explica os pontos fortes e fracos analisados sobre cada concorrente. As informações dos concorrentes foram adquiridas através de pesquisa e experiências junto às empresas. Quanto ao pessoal, a concorrente DELLAB ainda não possui grande quantidade de pessoas em seu grupo de trabalho, pois quando se entra em contato com essa empresa, a pessoa que atende, algumas vezes, é um dos sócios responsáveis da empresa. Já a POLICONTROL, com 15 anos de mercado, possui grande quadro de funcionários e firmou fortes representações em alguns estados do Brasil, o que fortalece ainda mais sua participação no mercado nacional. Quanto à qualificação profissional, todas as empresas possuem alto grau de qualificação entre seus funcionários, principalmente no setor de desenvolvimento. Quanto aos equipamentos, todos possuem, no mínimo, equipamentos para testes e fabricação, pois esses equipamentos exigem alto grau de precisão nas análises realizadas. Quanto às finanças, não foi viável obter dados precisos sobre a obtenção de recursos das concorrentes, pois são informações confidencias, no entanto, devido ao conhecimento de participação em licitações pelo Brasil, alguns editais exigem apresentação de balanços contábeis que exige que a empresa participante tenha o mínimo de recursos para poder participar e cumprir com prazos preestabelecidos. Quanto ao marketing, após uma pesquisa de mercado realizada, as concorrentes se revelaram semelhantes nos 4Ps, tendo a DELLAB fatores mais negativos que a POLICONTROL. 4.2.5 Análise do ambiente do consumidor A empresa Solar, por estar há pouco tempo atuando diretamente no mercado, não possui muitas informações sobre a satisfação de seus consumidores, porém, como um dos objetivos da empresa Solar é a implementação da ISO 9001, esta lhe exige saber o que seus consumidores estão achando dos produtos/serviços ofertados. Devido a esse fator, a Solar elaborou um questionário para ser enviado a cada cliente quando 50 este realizar uma segunda compra, um questionário que não permite ao cliente total grau de consciência de resposta de imediato. Outra maneira de saber sobre a satisfação de seus consumidores foi a implementação, no site da empresa, de uma enquete com quatro perguntas alternadas mensalmente: grau de satisfação em relação aos produtos, assistência técnica, atendimento e cumprimento dos prazos. As respostas são qualitativas, como: Ótimo, Bom, Regular, Ruim e Péssimo. Abaixo, será apresentado o resultado da pesquisa realizada com os clientes da Solar. 10% 0% Ótimo Bom 50% Regular Ruim 40% Péssimo Gráfico 1: Grau de satisfação dos clientes da empresa Solar. Fonte: Pesquisa de campo. A primeira questão está relacionada a qualidade dos equipamentos da empresa Solar em campo ou laboratório, onde são as aplicações dos clientes. 50% dos clientes responderam que estão muito satisfeitos com os equipamentos da empresa, sendo que sempre os utilizaram e, até então, não tiveram dificuldades em fazê-lo. 40% dos entrevistados responderam que os equipamentos são bons quanto à qualidade, porém não os consideraram ótimo devido à pequena dificuldade da calibração de alguns. Em relação à calibração, a grande maioria dos equipamentos existentes para as mesmas aplicações necessita de calibragem, sendo que, por esse motivo, os entrevistados não os desconsideram de boa qualidade. 51 10% dos entrevistados responderam que os equipamentos estão funcionando como deveria funcionar, que não há maiores vantagens nos demais e que encontram os mesmos problemas que encontraram em outros já adquiridos. Quando questionados sobre esses problemas, os entrevistados não souberam dizer o que acontecia exatamente, sendo que cada um respondia algo diferente. A todos os que prestaram informações mais precisas, a Solar realizava testes para ver se o problema era realmente verídico e, caso positivo, solicitava ao cliente a devolução para a troca sem ônus, no entanto, se os testes mostravam o bom funcionamento, o cliente era informado sobre os testes e resultados. A questão a seguir está relacionada ao atendimento da empresa. 0% Ótimo 40% Bom Regular 60% Ruim Péssimo Gráfico 2: Atendimento da empresa em relação aos clientes. Fonte: Pesquisa de campo. A segunda questão foi relacionada ao atendimento da empresa para com os clientes. 60% dos entrevistados responderam que foram muito bem atendidos, uma vez que alegaram que o atendente realmente mostrou-se interessado em fazer com que estes tivessem suas necessidades supridas, não estando interessado apenas em vender o produto. Alguns dos clientes responderam que o atendimento parecia ser uma consultoria, pois o funcionário da empresa não apenas lhes atenderam, mas também forneceu dados para que pudessem contatar com outras empresas que possuíam algum produto que a Solar não fabricava. 40% dos clientes entrevistados responderam que o atendimento foi bom. Os entrevistados alegaram que foram atendidos nas perspectivas que esperavam e que não 52 havia muito o que se pudesse fazer para tornar o atendimento diferente, uma vez que esse processo de compra se tornou meio padrão quando não há o contato direto com o cliente. A terceira questão cita a satisfação quanto ao prazo de entrega dos produtos da empresa Solar. 20% 0% Ótimo Bom Regular Ruim 80% Péssimo Gráfico 3: Satisfação dos clientes quanto ao prazo de entrega dos produtos. Fonte: Pesquisa de campo. O prazo de entrega da empresa Solar sempre foi um dos fatores que se destacaram. Como pode ser visto, 80% dos entrevistados alegaram que o prazo de entrega dos equipamentos é mais rápido que o tempo médio determinado pelas empresas existentes. A Solar, na maior parte das entregas, supera o tempo predeterminado com o cliente. Deve-se entender que, antes de ser enviado qualquer equipamento, a empresa está ciente de que o cliente está apto para recebê-lo antes do que foi determinado, pois o fator de entrega muitas vezes pode se tornar estratégico para o cliente e, quando o combinado não é atingido, mesmo o equipamento sendo entregue antes, o prazo de entrega pode não ter sido satisfatório para o cliente. Já os demais entrevistados, 20%, consideram o prazo de entrega bom, pois os equipamentos foram entregues nas datas determinadas e quando, por força maior, o equipamento não era enviado no dia, a empresa Solar entrava em contato para deixar o cliente ciente. Muitas vezes, quando a falha era da empresa, o equipamento era enviado 53 em caráter de urgência pelos meios de transporte existentes e totalmente por conta da Solar. A quarta questão envolve o fator assistência técnica, que, para muitos, é o fator principal para fidelização de clientes. 0% Ótimo 40% Bom Regular 60% Ruim Péssimo Gráfico 4: Grau de satisfação da assistência técnica. Fonte: Pesquisa de campo. Para a empresa Solar, a assistência técnica sempre foi um fator de diferenciação junto aos seus concorrentes. Na empresa, existe uma política de que o equipamento não fica mais que uma semana aguardando manutenção. O resultado da pesquisa mostra exatamente como sua assistência é qualificada e ágil. Para 60% dos entrevistados, a assistência da empresa foi ótima, pois alguns clientes recebiam o equipamento de volta sem ao menos entrar em contato para saber o que aconteceu. Quando o equipamento está na garantia e a manutenção não tem ônus, após a devida manutenção, o produto é imediatamente devolvido por conta da empresa Solar. Alguns clientes se mostravam surpresos, elogiando a rapidez da prestação do serviço. Em 40% dos casos, o resultando foi bom, pois o tempo de manutenção foi considerado bom e todo o processo acontecia conforme o esperado. A quinta e última questão realizada envolvia todas as seguintes em um grau de satisfação geral. Essa questão resultou a soma dos atributos elegidos pelos clientes e se mostrou coerente com o resultado das demais questões realizadas. 54 10% 0% Ótimo Bom 50% 40% Regular Ruim Péssimo Gráfico 5: Soma dos atributos elegidos pelos clientes. Fonte: Pesquisa de campo. 50% dos clientes consideram a empresa em um grau ótimo quanto a todo o processo, elegendo o principal a atenção da empresa para com o cliente durante todo o processo de compra e pós-compra. 40% dos entrevistados consideram a empresa boa e compatível com as expectativas durante o processo de aquisição de equipamentos. 5% consideram o processo regular. Esses clientes foram exatamente os que consideraram a qualidade dos equipamentos regular, levando em conta que a empresa procurou atender as reivindicações que os clientes manifestaram e esta margem está abaixo da data que foi encerrada a entrevista com a população selecionada. 4.3 Objetivos a) Aumento da participação no mercado em 50% até o início do segundo semestre de 2007; b) Ampliar a área de atuação da empresa Solar até dezembro de 2007; c) Estabelecer novas parcerias até dezembro de 2007. 55 4.4 Estratégias de marketing a) Divulgação em meios de comunicação dos segmentos de atuação da Solar; b) Cadastro junto a empresas de saneamento para participação facilitada nas licitações abertas; c) Participação em feiras e eventos ligados aos segmentos de atuação da Solar; d) Desenvolver equipamento para monitoração no nível da maré; e) Capacitação da produção para fabricação; f) Desenvolver multi-sonda submergível, para monitoração de diversos parâmetros simultaneamente; g) Desenvolver plano de pesquisa de empresas que atuam no ramo semelhante ao da Solar; h) Determinar junto à direção área geográfica a ser representada em cada estado; i) Desenvolver contrato para determinações de normas para representação exclusiva no estado representado. 4.5 Plano de ação Divulgação em meios de comunicação dos ramos de atuação da Solar: O QUÊ QUANDO QUANTO Pesquisar por meios de comunicação para Departamento Até Custo divulgação do produto e da empresa Solar, Comercial dezembro R$ difundindo cada linha de produtos em revistas de 2007. bimestre. relacionadas ao segmento de atuação. RESPONSÁVEL inicial 756,00 de por 56 Cadastro junto a empresas de saneamento para participação facilitada nas licitações abertas: O QUÊ RESPONSÁVEL QUANDO QUANTO Até Custo saneamento do Brasil para cadastro junto ao órgão Comercial dezembro médio público como fornecedor e, em seguida, agrupar os de 2007. R$ 50,00 a Solicitar documentação para empresas de Departamento documentos relacionados e enviar às empresas cada aguardando o recebimento do CRC (Certificado de cadastro Registro Cadastral). realizado. de Participação em feiras e eventos ligados aos segmentos de atuação da Solar: O QUÊ RESPONSÁVEL QUANDO QUANTO Solicitar às empresas organizadoras de evento Departamento Até R$ 4.500,00 calendário anual de atividades ligadas ao segmento Comercial dezembro da empresa Solar. Em seguida, agendar com de 2007. antecedência as feiras escolhidas e julgadas mais importantes para a Solar no prazo determinado no objetivo. Desenvolver equipamento para monitoração de nível da maré: O QUÊ RESPONSÁVEL Criação de um equipamento para monitorar evento Departamento QUANDO de Até de pressão, nível em oceano e depois enviar para Desenvolvimento dezembro empresas que atuam no ramo para testes e emissão de 2007. QUANTO R$ 3.000,00 de laudo para aprovação ou melhoramento do equipamento que se está desenvolvendo. Capacitação da produção para fabricação: O QUÊ Desenvolver RESPONSÁVEL procedimento de fabricação para Departamento QUANDO de Até treinamento junto à produção, pois a norma ISO 9001 Produção dezembro exige que cada produto tenha um procedimento de de 2007. QUANTO Sem custo 57 fabricação. Com esse procedimento é mais rápido o treinamento de novos funcionários, pois se torna um único método de fabricação, agilizando a montagem do equipamento. Desenvolver muiti-sonda submergível, para monitoração de diversos parâmetros simultaneamente: O QUÊ RESPONSÁVEL Criação de equipamentos para realizar diversas Departamento análises em oceanos e mares, depois enviar para Desenvolvimento QUANDO QUANTO de Até julho de R$ 2.000,00 2007. empresas que atuam no ramo para testes e emissão de laudo para aprovação ou melhoramento no equipamento em desenvolvimento. Desenvolver plano de pesquisa de empresas que atuam no ramo semelhante ao de atuação da Solar: O QUÊ RESPONSÁVEL QUANDO QUANTO Pesquisar por empresas no Brasil que atuam no Departamento Até Sem custo ramo da Solar para representar os equipamentos da Comercial dezembro empresa em cada área geográfica determinada e de 2007. acordada com a Solar e o representante, prestando treinamento de uso e manutenção no pessoal de vendas do representante. Determinar junto à direção área geográfica a ser representada em cada estado: O QUÊ RESPONSÁVEL Determinar em cada estado a área em que cada Departamento QUANDO QUANTO Até Sem custo representante irá ter exclusividade para que não haja Comercial e Direção dezembro conflitos de áreas cobertas por dois ou mais representantes e para limitar a área em que o representante terá exclusividade em atuar. de 2007. 58 Desenvolver contrato para determinação de normas para representação exclusiva no estado representado: O QUÊ RESPONSAVEL QUANDO QUANTO Elaborar contrato com normas, objetivo, regras, Departamento Até Sem custo multas junto ao contratado e ao contratante, para que Comercial dezembro não haja conflitos no que é para ser parceria, criando de 2007. assim, juntamente às duas partes, o contrato e discutindo antecipadamente o que é aceitável para ambas as partes interessadas. 4.6 Avaliação a controle O quadro anterior é para avaliação e controle dos objetivos, analisados em toda reunião semanal, acompanhar periodicamente o andamento dos objetivos e ações, sendo que, caso haja algum atraso, conforme a norma ISSO 9001, é necessário emitir não-conformidades e ações corretivas/preventivas para que o mesmo erro não venha acontecer novamente. Projetos Objetivo: Descrição da etapa e responsáveis Etapa: Atendimento aos prazos Necessidade de emitir registro de não-conformidade Necessidade de Responsável: emitir ação corretiva/ preventiva Quadro 11: Avaliação e controle. Responsável: 59 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho de conclusão de curso foi elaborado com a intenção de apresentar para a empresa Solar um plano de marketing com o objetivo de consolidar sua força no mercado de atuação, explorando mais as chances que a empresa possui. O trabalho propõe alguns objetivos a serem alcançados conforme a necessidade da organização Para a empresa Solar, este plano de marketing serviu para que fosse analisado mais a fundo informações que não eram tratadas com tanto vigor, porém com grande importância para uma empresa que deseja se tornar referência no ramo de atuação. O primeiro objetivo a ser definido foi o de identificar as ameaças e as oportunidades da empresa. Em torno de uma década atrás, no Brasil quase não se ouvia falar de empresas nacionais de instrumentação analítica. Hoje, não apenas existem representantes, mas também empresas que estão fabricando esses equipamentos. A ameaça do crescimento da concorrência fez com que a Solar buscasse novas alternativas para o mercado, o que acarretou em uma imensa oportunidade de crescimento junto a outro ramo que foi o de oceanografia, que em poucos meses os principais laboratórios e faculdades do Brasil já estavam a par da existência da empresa, uma vez que não há fabricantes desses equipamentos no território nacional. As principais ameaças dizem respeito ao número de concorrentes na área de equipamentos de análise físico-química e sua oportunidade está em abranger sua capacidade de desenvolvimento para atingir outros segmentos. Quanto aos pontos fracos da empresa, devido a Solar, desde sua fundação até meados de 2004, ser fornecedora de sua linha de equipamentos de análise físicoquímica exclusivamente para uma empresa tornou-a inexperiente em relação a esse ramo. Porém, com uma engenharia de grande inteligência, capaz de desenvolver qualquer instrumento eletrônico que seja. A empresa soube se levantar após o encerramento de contrato com a representação exclusiva que veio a se romper em 2004. 60 Para que o crescimento fosse à direção e da maneira correta, a empresa estudou a satisfação dos principais critérios que seus clientes julgam como fator de decisão de compra. O resultado foi o esperado, uma vez que a empresa sempre respeitou o cliente acima de tudo e sempre fez o melhor que estivesse ao alcance. Nesta pesquisa, notou-se também que alguns clientes não estavam nem satisfeitos e nem insatisfeitos, pois alguns dos entrevistados citaram que o equipamento está funcionando como os demais que existem no mercado. A pesquisa também mostrou que, mesmo quando um cliente tinha problemas com o equipamento, sua satisfação pela empresa não diminuía, pois, segundo ele, a qualidade de um equipamento está em todo o processo da empresa, desde o atendimento até a pósvenda. A empresa estava desenvolvendo, havia oportunidades, porém não sabia ao certo por qual caminho priorizar as ações. Como o número de funcionários é limitado e a empresa não possui fluxo de caixa consideravelmente seguro para expandir sua infra-estrutura, foram sugeridos alguns objetivos e estratégias de marketing para que soubesse os passos a seguir e quais atividades a serem priorizadas. Com o estabelecimento desses objetivos e estratégias, as atividades se tornam mais sincronizadas e ágeis em todo o processo. Um dos problemas que se encontra na empresa é a falta de controle do que está sendo desenvolvido ou do que está realizado. Para isso, foi proposto um instrumento de avaliação e controle para que, assim, a direção da empresa tenha mais controle sobre as atividades que estão sendo desempenhadas na empresa. Esse instrumento também auxilia na divisão de responsabilidades, pois cada responsável apresenta o que exatamente deve-se fazer a seu superior. Com isso, o trabalho de monitoração contínua de diretores se torna desnecessária, visto que cada responsável terá que apresentar o controle das atividades. Este trabalho não foi só de interesse do acadêmico, mas também de interesse da organização. A empresa Solar disponibilizou todos os recursos necessários para que o acadêmico tivesse fontes verídicas e que as ações fossem coerentes com o plano proposto. Este estudo será o início do que se tornará procedimento para cada período na empresa antes de iniciar novas atividades. Pretende-se realizar este plano 61 de marketing pelo menos anualmente, e também realizar planos táticos em outras áreas, onde cada plano deverá estar de acordo com os demais. Por fim, a partir deste trabalho de pesquisa sugere-se que outros acadêmicos desenvolvam estudos na empresa sobre planejamento de comunicação e estratégias de marketing de relacionamento. 62 REFERÊNCIAS AMBRÓSIO, Vicente. Plano de marketing passo a passo. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 1999. CHURCHILL JR., Gilbert A; PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para os clientes. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2000. ______. Marketing: criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2003. COSTA, Jane Iara Pereira da. Marketing: noções básicas. Florianópolis: Imprensa Universitária, 1987. CZINKOTA, Michael R. et.al. Marketing: as melhores as práticas. Porto Alegre: 2001. FERRELL, O. C. et al. Estratégia de marketing. São Paulo: Atlas, 2000. HOOLEY, Graham J.; SAUNDERS John. Posicionamento competitivo. São Paulo: Makron Books, 1996. KOTABE, Masaaki; HELSEN, Kristiaan. Administração de marketing global. São Paulo: Atlas, 2000. KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. ________; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 7. ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1998. ________. Princípios de marketing. 5. ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1991. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Plano de marketing para micro e pequena empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 63 McKENNA, Regis. Marketing de relacionamento: estratégias bem-sucedidas para a era do cliente. Rio de Janeiro: Campus, 1993. MANZO, J. M. C. Marketing: uma ferramenta para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Afiliada, 1996. MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de marketing. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologias e práticas. São Paulo: Atlas, 1989. PORTER, Michael E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Campus, 1986. STEVENS, R. et al. Plano de marketing: guia de processo e aplicações práticas, 2001. WESTWOOD, John. O plano de marketing. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1997. 64 APÊNDICE A QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO Prezado(a) Senhor(a), é com muita satisfação que o temos como cliente Solar, e para que sempre possamos estar atendendo-o da melhor forma possível, gostaríamos que o Sr. Respondesse seu grau de satisfação em relação a nossos produtos e serviços. Quanto à qualidade dos equipamentos PÉSSIMO RUIM REGULAR BOM ÓTIMO BOM ÓTIMO BOM ÓTIMO BOM ÓTIMO BOM ÓTIMO Quanto ao Atendimento PÉSSIMO RUIM REGULAR Quanto ao prazo de entrega PÉSSIMO RUIM REGULAR Quanto à assistência técnica PÉSSIMO RUIM REGULAR Satisfação Geral PÉSSIMO RUIM REGULAR Sugestões e Críticas _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________ Agradecemos desde já pela sua participação e a equipe Solar espera sempre poder lhe atender da melhor maneira possível. Obrigado!! __________________________________ Responsável pelo Preenchimento Data _____/_____/______ FAVOR RESPONDER VIA FAX (48) 3024-1137 ou E-MAIL