Tríplice Epidemia: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika

Propaganda
Tríplice Epidemia: Dengue,
Chikungunya e DEI/Zika
Bahia, 23 de julho de 2015
Historical distribution of Aedes spp in the America
• Aedes aegypti:
1955-1963 Aedes aegypti erradicated in AR
1975
Reintroduction to Brazil,
followed
by spread to other
Southern Cone
countries
1986
Re-infestation Argentina
1997
High infestation levels
• Aedes albopictus:
1985
United States, Texas
1986
Brazil
1998
Argentina
2003
Uruguay, spreading to colder
areas
Aedes albopictus (Asian Tiger mosquito)
N Engl J Med 2007;356:769-771
CICLOS DE TRANSMISSÃO
Alphaviroses associadas a doença humana: dois grupos
Old world
Alphaviruses
New world
Alphaviruses
Alphaviruses
Disease caused
Geographic
distribution
Sindbis virus
Rash, Arthritis
Europe
Semliki Forest virus
Rash, Arthritis
Africa
O’nyong’nyong virus
Rash, Arthritis
Africa
Mayaro virus
Rash, Arthritis
South America
Barmah Forest virus
Rash, Arthritis
Australia
Ross River virus
Rash, Arthritis
Australia, South Pacific
Chikungunya virus
Rash, Arthritis
encephalitis
Africa, India, South-East
Asia, Europe (Italy)
Eastern equine
encephalitis virus
Encephalitis
Americas
Western equine
encephalitis virus
Encephalitis
North-America
Venezuelan equine
encephalitis virus
Encephalitis
Americas
P Gasque NIH/WHO CHIKV meeting Rockville June 2015
Epidemiologia
• O Chikungunya é um vírus enzoótico, encontrado em regiões
tropicais e subtropicais da África, nas ilhas do Oceano Índico, no
Sul e Sudeste da Ásia.
•Seu nome significa “andar encurvado”.
Epidemiologia
• O vírus Chikungunya – CHIKV, é um arbovírus - RNA,
pertencente ao gênero Alphavírus, da família Togaviridae.
•Primeiros casos humanos compatíveis descritos em 1770.
•Primeiro isolamento de soro humano em 1952-53 – Epidemia
na Tanzânia - outros surtos: África e Ásia (pequenas comunidades
rurais); Ásia, 1960 - grandes surtos urbanos: Bangkok e Tailândia
e Índia, décadas 60-70 (Calcutá e Vellore)
Epidemiologia
•Vetores conhecidos: Ae. Aegypti e Ae. Albopictus
•Reservatórios: humanos são a principal fonte de infecção
durante surtos e epidemias. Outros vertebrados como primatas
não
humanos,
roedores,
pássaros
e
outros
pequenos
mamíferos, em períodos interepidêmicos.
•Período de incubação: Intrínseco de 1-12 dias (3-7); extrínseco
de 10 dias em média.
• Suscetibilidade e imunidade: universal e duradoura
Epidemias recentes
• Taxas de ataque: 38 a 63%;
• Ásia: áreas com 766 mil habitante: 47.000 casos em 1 semana;
• Grandes surtos com impacto na saúde pública são descritos a
partir do ano 2000, na República Democrática do Congo;
• Maio de 2005, 215.000 de 341.000 residentes de Grande Comore;
• 2005: tem início um surto nas Ilhas Reunion. Até abril de 2006,
244.000 casos foram registrados.
Patogenia
 Evidência em humanos e em modelos animais sugerem que a resposta
inflamatória do hospedeiro faz parte da doença induzida pelo vírus.
 O edema de tecido é um sintoma comum, embora o derrame articular
seja raro, está presente em poucos pacientes, e somente
durante a fase aguda.
 Citocinas pró-inflamatórias, interleucinas 1 e 6 estão ativadas em
indivíduos com formas graves da doença.
 Há uma desregulação da resposta inflamatória.
 Não há muitos estudos da resposta inflamatória articular.
 Está determinado que o vírus pode produzir miosite.
Patogenia
 A replicação do vírus nos tecidos articulares recruta células
inflamatórias, como monócitos, macrófagos e células natural-killer.
Observação: a retirada dos macrófagos reduz o processo inflamátório.
 A artralgia crônica pode ser devida à persistência viral.
 Pacientes com artralgia crônica tem IgM persistentemente positivo.
 Má resposta do CD8+.
 Apoptose de células.
 Ação de quimiocinas tóxicas.
Manifestações clínicas
•Pode cursar 3 fases clínicas distintas: fase aguda, subaguda e
crônica;
• A febre tem início súbito, é alta, associada a poliartralgia
intensa. Pode ocorrer mialgia, cefaleia e exantema;
• Muito semelhante à infecção pelo vírus da dengue;
• A incubação varia de 1 a 12 dias, com média de 3-7 dias;
• A viremia pode persistir por até 10 dias;
• Nem todos os indivíduos infectados com o vírus desenvolvem
sintomas. Analises sorológicas indicam que 3% a 28% das pessoas
com anticorpos para CHIKV apresentam infecção assintomática.
Evolução e prognóstico
2 a 8 semanas.
Fase febril < 7
dias.
•
•
•
•
Comum.
Complicada.
Grave.
Mãe-filho.
Fase de
recuperação.
• Erupção.
• Melhora
progressiva.
Fase crônica.
• Lesões
articulares.
• Persistente.
• Recidivante.
Febre
O paciente recorda a hora de início da febre;
Pode haver um único pico ou ser bifásica;
Poliartralgia
É a principal característica de infecção pelo vírus;
É um sintoma debilitante;
Usualmente simétrica e compromete mais de uma articulação;
O edema é comum, mas não há outros sinais de inflamação;
Pode persistir por meses ou anos;
Lesões de pele
 Normalmente se apresentam durante a fase aguda.
 Acometem o tórax, membros e face.
 A incidência varia até 50%.
 A manifestação mais comum é um exantema máculopapular,
que dura de dois a três dias.
 Podem haver lesões tipo aftas, vesicobolhosas, descamação
e vasculite.
P. Poubeau. CHU de la Réunion
Manifestações gastrointestinais
• Foram relatados nas Ilhas Reunião
(Costa Africana):
• Diarreia,
• Vômito e
• Dor abdominal
Manifestações no Sistema Nervoso
 Pode produzir encefalopatias. Não há evidências de neurotrpismo,
mas relatos de paralisa aguda flácida e de Síndrome de
Guillain-Barré - África, Índia, Sudeste da Asia, Europa (Itália).
 25% dos pacientes podem ter manifestação atípica,
com comprometimento do Sistema Nervoso Central.
 Nas crianças menores de 2 anos pode haver convulsão febril,
encefalite e encefalopatias.
Crianças
 Têm risco de manifestação grave da doença.
 Pode haver transmissão materno-fetal. Nesses casos,
o comprometimento do Sistema Nervoso Central é grave e frequente.
 50% dos RN de mães com CHIKV durante o parto com formas graves
- primeiros sintomas com 3-7 dias (República Dominicana)
Letalidade
 A morte pode acometer 1 em cada 1000 pacientes.
 Geralmente ocorre em neonatos, idosos e adultos com comorbidades.
 Formas atípicas – 90% dos adultos com comorbidade:
67 óbitos/384 pacientes internados – consumo de álcool excessivo
em 37% (Ilhas da Reunião, 2005-2006).
Causas da morte
 Falência cardíaca, falência múltipla dos órgãos, hepatite, encefalite.
 Na maioria dos casos, uma relação causal direta entre o vírus
e a morte não consegue ser demonstrada.
Outras manifestações
 Conjuntivite, desordens cardiovasculares, pneumonia,
insuficiência renal e insuficiência respiratória.
 As manifestações hemorrágicas são raras e constituem
Diagnóstico diferencial com dengue.
 A fadiga pode demorar meses.
PCR
Diagnóstico Laboratorial
Coletar até do primeiro ao
oitavo dia de início de
sintomas.
Sorologia
Coletar a partir do primeiro dia
de início de sintomas.
Amostras negativas na
1ª coleta: 2ª coleta de 15 a 45
dias após o início dos sintomas, ou
10-14 dias após a coleta da
amostra na fase aguda - Casos
graves, formas atípicas ou
gestantes (3º trimestre).
Parola P, et al. Emerg Infect Dis 2006; 12:1493-9
Fase Aguda
Simon et al. Medicine, 86 (3), May 2007
Fase Aguda
After a 4-day anti-inflammatory treatment
Simon et al. Medicine, 86 (3), May 2007
Crianças
Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62
Fase crônica
•Sintomas persistem após 3 meses;
•Artralgia inflamatória nas mesmas articulações afetadas durante a fase
aguda;
•Pode desenvolver artropatia / artrite (artrite reumatóide);
•Fatiga;
•Depressão;
Simon F et coll. Medicine 2007;86: 123-37
Fase crônica
•Sintomas persistem após 3 meses;
•Artralgia inflamatória nas mesmas articulações afetadas durante a fase
aguda;
•Pode desenvolver artropatia / artrite (artrite reumatóide);
•Fatiga;
•Depressão;
Simon F et coll. Medicine 2007;86: 123-37
Diagnóstico Diferencial – Fase Aguda
CHIKUNGUNYA FEVER
Acute polyarthritis
Tenosynovitis
DENGUE
FEVER
Rash
Bleedings
Fever
Myalgia
Retro-orbital pain
Transient arterial hypotension
MALARIA
Anemia
Jaundice
Renal failure
Myalgia
Myocarditis
ADRS
LEPTOSPIROSIS
Adapted from Simon et al, Schwartz, Infections in travelers, Ed 2009
BACTERIAL
SEPSIS
T
R
A
T
A
M
E
N
T
O
FEBRE PELO VÍRUS
ZIKA

Características: arbovírus do gênero Flavivírus, que foi isolado em 1947 na

floresta Zika em Uganda.

Distribuição: África, Ásia, Oceania e América do Sul

Transmissão: principalmente por Aedes aegypt

Clínica: 80% das infecções humanas são assintomáticas e desaparecem

espontaneamente após 3-7 dias.

Tratamento: paracetamol para febre e dor e anti-histamínicos no caso de

erupções pruriginosas

Diagnóstico laboratorial: disponível RT-PCR
36
DENGUE , C HIKUNGUNYA , Z IKA E S ARAMPO:
PRESENÇA E FREQUÊNCIA DOS PRINCIPAIS
SINAIS / SINTOMAS
37
Manifestações do dengue
no Sistema Nervoso
MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DE DENGUE: Estudo de 41 casos
Arq Neuropsiquiatr 2005;63(2-B):488-493
Maria Lúcia Brito Ferreira1, Cybele Gomes Cavalcanti2, Candice Alvarenga
Coelho3, Solange Dornelas Mesquita4
1Neurologista Chefe do Serviço de Neurologia do Hospital da Restauração, Recife PE, Brasil
(SENEU/HR); 2Neurologista do Setor de Emergência do SENEU/HR; 3Residente 3 do SENEU/HR;
4Neurologista e Liqüorologista do SENEU/HR. Recebido 21 Junho 2004, recebido na forma final 11
Janeiro 2005. Aceito 28 Janeiro 2005. Dra. Maria Lúcia Brito Ferreira - Rua Neto de Mendonça 230/802 52050-100 Recife PE - Brasil. E-mail: [email protected]
Manifestações do dengue
no Sistema Nervoso
MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DE DENGUE: Estudo
de 41 casos – Hospital Público de Recife/PE.
Arq Neuropsiquiatr 2005;63(2-B):488-493
“Método: estudo descritivo, retrospectivo, entre março e julho
de1997, e prospectivo, de fevereiro a maio de 2002.”
“Três hipóteses de infecção viral sistêmica:
 A teoria da infecção seqüencial, desenvolvida por Halstead;
 A teoria de hiperendemicidade de Rosen e
 A ocorrência de recombinação gênica, resultante
deinfecções simultâneas por sorotipos virais diferentes,
tanto no hospedeiro humano como no vetor.”
Manifestações do dengue
no Sistema Nervoso
MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DE DENGUE: Estudo
de 41 casos.
Arq Neuropsiquiatr 2005;63(2-B):488-493
“etiopatogenia das manifestações neurológicas do dengue houve dois momentos.”
Primeiro: admitiu-se que anticorpos antidengue seriam
causa do comprometimento neurológico.
Segundo: a partir da constatação da presença de antígenos
virais no LCR, buscou-se identificar a forma pela qual o vírus
alcança as estruturas do sistema nervoso. Os vírus DEN2 e
DEN3 podem cruzar a barreira hematoencefálica e invadir o
cérebro.
Manifestações do dengue
no Sistema Nervoso
MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DE DENGUE: Estudo
de 41 casos.
Arq Neuropsiquiatr 2005;63(2-B):488-493
“Por toxicidade direta e especialmente, associadas à
trombocitopenia ou à coagulopatia disseminada, sejam
consequência de reações imunológicas da infecção viral por
dengue, com subsequente inflamação perivascular.”
“edema cerebral, congestão vascular, hemo rragias focais e
infiltrados linfocitários perivasculares, além de diversos focos
de desmielinização perivenosa e formação de
imunocomplexos,durante a infecção, ou como
manifestação pós-infecciosa.”
Manifestações do dengue
no Sistema Nervoso
MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DE DENGUE: Estudo
de 41 casos.
Arq Neuropsiquiatr 2005;63(2-B):488-493
“as manifestações resultariam da deposição de
imunocomplexos mais do que do envolvimento direto do
sistema nervoso.”
“A prevalência de complicações neurológicas diagnosticadas no HR em
1997 foi 17,4/100000 casos notificados de dengue, enquanto que a dos
primeiros seis meses de 2002 foi 44,8/100000 casos notificados de
dengue, representando um aumento de diagnóstico de complicações
neurológicas de 385,7%.”
Controle
Ações de vigilância entomológica;
Atividades recomendadas para prevenção e
controle do vetor;
Mobilização e comunicação social;
Oportunidade no desenvolvimento das ações –
integração dos serviços: atenção / vigilância;
Caso importado evento inusitado.
Até o momento não existe vacina!
EPIDEMIA DE
ARBOVIROSES DADOS GERAIS
Distribuição espacial dos casos notificados das
arbviroses. Bahia, 2015.*
DENGUE
45.635 casos
Fonte: Fonte: GT-Dengue/ Divep/ Sesab
– Sinan (atualizado: dengue – 20/07/2015,
chik e DEI/ZIKA– 17/06/15 )
*Dados sujeitos a alterações..
FEBRE CHIKUNGUNYA
8.906 casos
DEI/ZIKA
32.873 casos
Dados da Dengue na Bahia até a 27ª semana
epidemiológica, 2015*.
•
45.635 casos notificados até 27ª semana epidemiológica (01/01 a 06/07), em
365 (87,5%) municípios;
•
24 casos de dengue com sinais de alarme;
•
17 casos de dengue grave;
•
08 óbitos confirmados: municípios de Salvador (02), Feira de Santana(01),
Mairi (01), Candeias (01), Simões Filho (01), Araci (01) e Valente (01);
•
04 óbitos em investigação: Macaúbas, Araci, Cândido Sales e Itabuna.
•
Aumento de 162,72% das notificações em relação ao mesmo período de
2014, quando foram notificados 17.333 casos.
Fonte: Sinan/DIS; DIVEP/SUVISA
*Dados sujeitos a alterações.
Dados da Febre Chikungunya. Bahia, 2015.*
Total de casos notificados: 11.351 (2.445 em 2014, 8.906 em 2015)
Municípios notificantes: 148 em 2015, acumulando 177 nos anos de
2014-2015.
Municípios com mais de 30 casos notificados: 25
Municípios com Casos autóctones: 13 (Feira de Santana, Riachão do
Jacuípe, Baixa Grande, Ribeira do Pombal, Amélia Rodrigues,
Valente, Camaçari, Salvador, Simões Filho, Capela do Alto Alegre,
Ipirá, Nova Fátima e Pé de Serra)
Fonte: Secretarias Municipais de Saúde (SMS)
.
* Dados sujeitos a alterações
Dados da Febre Chikungunya, Bahia, 2015.*
• Municípios com casos com vínculo epidemiológico com Feira de
Santana ou Riachão do Jacuípe: 06 (Alagoinhas, Brejões, Cachoeira,
Conceição do Coité, Irecê e Santa Bárbara).
• Municípios
que
têm
casos
confirmados
e
permanecem
em
investigação quanto ao local provável de infecção: 09 (Cansanção,
Gavião, Lauro de Freitas, Pintadas, Serrinha, Ichu, Retirolândia, Santaluz e
Una).
Fonte: Secretarias Municipais de Saúde (SMS)
* Dados até 17/06/2015 sujeitos a alterações
Dados da Febre Chikungunya. Bahia, 2015.*
• Hospitalizados: 158
casos(2015), com registro de 05
casos graves em crianças.
• Gestantes: 04 casos em 2014.
• Faixa etária mais atingida compreende os adultos jovens
(21 a 51anos), correspondendo a 50,0% do total de casos.
• O sexo feminino representa 66% dos casos.
Fonte: Secretarias Municipais de Saúde (SMS)
* Dados até 17/06/2015 sujeitos a alterações
Municípios mais atingidos pelas epidemias
Bahia, 2015*
Município
Zika
CHIK
DENGUE
Araci
9
71
225
Baixa Grande
34
255
24
Castro Alves
165
49
17
Conceição do Jacuípe
113
34
14
Feira de Santana
86
2874
335
Lauro de Freitas
287
155
17
Pintadas
29
118
76
Porto Seguro
952
26
14
Salvador
15.182
106*
426
Serrinha
573
18
238
Valente
23
1817
10
Várzea do Poço
240
12
22
* Dados sujeitos a retificação – 20
município até 20/07/2015
Casos de complicações neurológicas, temporalmente
associados à doença exantemática indeterminada
(DEI/dengue/zika). Bahia, 2015.
• Até a semana epidemiológica (SE) 28, foram notificados
106 casos de complicações neurológicas, temporalmente
associados à doença exantemática indeterminada:
 59,3% são adultos jovens na faixa etária entre 21 a 59 anos e
 65%, residentes no município de Salvador e
 35% distribuídos em 20 municípios do Estado.
• 50 confirmados como Síndrome de Guillain-Barré (SGB):
 48 (65%) - história pregressa de DEI/ZIKA e
 02 (6,9%) - dengue com sorologia reagente.
• 24 descartados e 26 em investigação (outras manifestações
Neurológicas?/Etiologia? História de DEI/dengue/zika?).
Atendimento aos pacientes
com manifestações
neurológicas associadas à
tríplice epidemia:
Plano Emergencial!
Organização da Rede e do Cuidado
• Objetivo: Qualificar a atenção aos pacientes com sinais e
sintomas de Dengue, Chikungunya DEI/ZIKA nas diversas
portas de entradas de urgência e emergência nos municípios
selecionados atingidos por surtos/
epidemias por estas doenças.
• Participação: SUVISA (CIEVS/BA, DIVEP, LACEN),
SAIS (DAE/COUR, DGRP, HCM), DASF e GASEC.
Organização da Rede e do Cuidado
• Compor e estruturar equipes de multiplicadores para atuar
como referências regionais;
• Qualificação dos profissionais das unidades da rede própria
para diagnóstico diferencial das doenças exantemáticas
- PAINEL – 08/07/15;
• Identificar uma unidade hospitalar do estado por
Macrorregião para ser referência para tratamento e
internação leito – DGRP: 15 unidades - 04 em SSA;
• Pacientes que necessitarem de leitos hospitalares deverão
ser regulados via Central Estadual de Regulação - CER;
• Emissão de alertas, informes epidemiológicos protocolos de
investigação clinico-epidemiológica – DIVEP/LACEN.
Síndrome de Guillain-Barré
Diagnóstico e tratamento - Regionalizado
• Quadro de neurologistas no Estado = 87 neurologistas/
2 hospitais de referência distribuídos nas nove regiões de
saúde do Estado.
• DASF - Medicamento de Alto Custo – APAC, tem protocolo
para dispensação ambulatorial, as unidades hospitalares
fazem aquisição/compra para pacientes internados.
• Secretário articulou com o MS: providenciado fornecimento
emergencial de dois tratamentos por paciente/UR da Rede Própria
– 300 ampolas Via MS + 640 APAC/ SESAB para UR/RP (Portaria
DASF/COAF 05, 08/072015);
• Desafio - Custo elevado para as Unidades:
cada ampola - R$645,00, cada tratamento (paciente 70 kg)
utiliza em média de 30 ampolas - custo estimado/paciente R$ 19.350,00.
Síndrome de Guillain-Barré
Diagnóstico e tratamento - Regionalizado
 Coleta de LCR - amostra na unidade até duas horas após a coleta, após
este período existe prejuízo para a celularidade, e para outros exames, como
cultura e o látex (caso sejam necessários).
 Organizar e divulgar fluxo de pacientes na região de saúde
– SESAB/NRS e SMS.
 Todos os casos de complicações neurológicas, independente do início
dos sintomas, associados ao denv, zikv, chikv e outras DEI everão ser,
imediatamente notificados – 24h, conforme respectivos protocolos de
vigilância epidemiológica.
Fluxograma de atendimento aos paciente com eventos neurológicos
relacionados às arboviroses: Dengue, Chikungunya e ZIKA.
SAMU 192
Unidade Hospitalar
NÃO
USF/UBS/UPA/PA/PS Hospitalar
(Demanda espontânea)
Caso Suspeito SGB
Notificar e
Regular
SIM
Unidade Hospitalar de Referência
NÃO
SIM
• Iniciar medidas de
•
Realizar diagnóstico
diferencial;
• Notificação negativa.
suporte;
• Solicitar regulação para
Unidade de Referência
pela Central de Regulação
Macrorregional;
• Notificação, se não
realizada
Fluxo complementar:
1. Se a unidade de referência não possuir condições de
internar o paciente com suspeita de SGB, deve-se
proceder com o fluxo semelhante ao dos pacientes com
meningite, ou seja encaminhar para coleta de líquor e
avalição com especialista na unidade de referência, após
terminado o procedimento e a consulta retornará a
Unidade de Origem.
• Realizar diagnóstico
diferencial;
• Solicitar regulação para
Unidade de Retaguarda
pela Central de Regulação
Macrorregional (onde
houver) ou CER;
• Notificação negativa.
• Iniciar terapêutica,
segundo protocolo
clinico
• Leito de UTI, se
necessário
• Notificação, se não
realizada.
Transporte:
1. Paciente de Baixo Risco: Ambulância tipo A do
município
2. Paciente crítico: SAMU (onde houver) ou UTI
móvel da CER
Síndrome de Guillain-Barré
Diagnóstico e tratamento - Regionalizado
Capacitar/atualizar profissionais da rede de atenção, laboratório e
epidemiologia para execução das atividades
- Hospital das Clínicas – HUPES/UFBA capacitado pela equipe do HCM.
Hospital Couto Maia– órgão consultor estadual - referencia para as
unidades de Salvador e região metropolitana, que devem ser avisadas
do prazo para exame das amostras, inclusive as privadas
– núcleos hospitalares de epidemiologia (NHE) - casos em que o líquor for
sugestivo de SGB, o NHE informa ao CIEVS-BA – FLUXO;
Demais municípios - entrar em contato com o hospital referência de sua
região de saúde para envio de amostra do líquor
- caso o tempo entre coleta e recebimento da amostra no hospital de
referência exceda duas horas, para coleta/análise do líquor,
encaminhar o próprio paciente via regulação para a referência regional/
estadual.
Fluxo de informações das manifestações neurológicas associadas a tríplice
epidemia – Bahia, 2015
Unidade de Saúde –
Notificação
Distrito Sanitário SSA
Secretaria Municipal
de Saúde
Núcleo Regional de
Saúde/BOS
CIEVS SSA
CIEVS BAHIA
SESAB/SUVISA/DIVEP
ASCOM/SESAB
CIEVS Nacional
IMPRENSA
59
Síndrome de Guillain-Barré
Diagnóstico e tratamento - Regionalizado
 Verificar disponibilidade junto ao DGRP/SESAB de instrumentos/
equipamentos: microscópio óptico comum; câmara de neubauer;
aparelho automatizado ou semi-automatizado para hemograma e
insumos - kit de proteína urinária.
 Tratamento - adotar protocolo clínico preconizado pelo Ministério
da Saúde - Portaria SAS/MS Nº 497/ 2009.
 Em geral, pacientes com LCR e sintomatologia compatível com SGB
com até 15 dias de sintomas, devem receber Imunoglobulina 5 mg (0,4mg/Kg).
Após esse período, a terapêutica com Ig deve ser avaliada pelo médico
responsável - neurologista, infectologista, clínico ou outro capacitado.
Obrigada!
Jesuina do S. Mendes Castro
Coordenadora - CODTV/DIVEP/SUVISA/SESAB
Contatos: (71) 3353-7521/3116-0029/ 0047
[email protected]/
www.saude.ba.gov.br/gtdengue
Atividades preparatórias
Atividades preparatórias
Notificação – 24 horas
http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/
novo/Documentos/SinanNet/fichas/Fic
ha_conclusao.pdf
Atividades preparatórias
Notificação de casos - Portaria MS 1.271, de 06 de junho
de 2014:
Comunicação em 24 horas;
Disque notifica 0800-644-6645 – plantão 24 horas
E-mail: [email protected][email protected]
BAHIA: CEVESP (71) 9994-1088 ou para
[email protected] & GT- Dengue/ Chikv DIVEP - [email protected]
Plano de Contingência da Bahia – CHICK, 2014/2015
Os objetivos: coordenar as ações de saúde, para controlar a expansão de
surtos e /ou epidemias no Estado da Bahia, bem como orientar
e apoiar os municípios atingidos quanto aos procedimentos
a serem adotados para reduzir os efeitos da propagação no território.
Metodologia: estar em harmonia com os planos de
contingência desenvolvidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
e pelo Ministério da Saúde (MS), adequando as recomendações
à realidade local e detalhando a operacionalização das ações no
âmbito do estado da Bahia.
Previsão de apresentação para aprovação CIB – BA - 16/10/2014
Atividades preparatórias
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2
014/julho/24/af-plano-contingenciachikungunya-anexos-b.pdf
Download