Tríplice Epidemia: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Bahia, 23 de julho de 2015 Historical distribution of Aedes spp in the America • Aedes aegypti: 1955-1963 Aedes aegypti erradicated in AR 1975 Reintroduction to Brazil, followed by spread to other Southern Cone countries 1986 Re-infestation Argentina 1997 High infestation levels • Aedes albopictus: 1985 United States, Texas 1986 Brazil 1998 Argentina 2003 Uruguay, spreading to colder areas Aedes albopictus (Asian Tiger mosquito) N Engl J Med 2007;356:769-771 CICLOS DE TRANSMISSÃO Alphaviroses associadas a doença humana: dois grupos Old world Alphaviruses New world Alphaviruses Alphaviruses Disease caused Geographic distribution Sindbis virus Rash, Arthritis Europe Semliki Forest virus Rash, Arthritis Africa O’nyong’nyong virus Rash, Arthritis Africa Mayaro virus Rash, Arthritis South America Barmah Forest virus Rash, Arthritis Australia Ross River virus Rash, Arthritis Australia, South Pacific Chikungunya virus Rash, Arthritis encephalitis Africa, India, South-East Asia, Europe (Italy) Eastern equine encephalitis virus Encephalitis Americas Western equine encephalitis virus Encephalitis North-America Venezuelan equine encephalitis virus Encephalitis Americas P Gasque NIH/WHO CHIKV meeting Rockville June 2015 Epidemiologia • O Chikungunya é um vírus enzoótico, encontrado em regiões tropicais e subtropicais da África, nas ilhas do Oceano Índico, no Sul e Sudeste da Ásia. •Seu nome significa “andar encurvado”. Epidemiologia • O vírus Chikungunya – CHIKV, é um arbovírus - RNA, pertencente ao gênero Alphavírus, da família Togaviridae. •Primeiros casos humanos compatíveis descritos em 1770. •Primeiro isolamento de soro humano em 1952-53 – Epidemia na Tanzânia - outros surtos: África e Ásia (pequenas comunidades rurais); Ásia, 1960 - grandes surtos urbanos: Bangkok e Tailândia e Índia, décadas 60-70 (Calcutá e Vellore) Epidemiologia •Vetores conhecidos: Ae. Aegypti e Ae. Albopictus •Reservatórios: humanos são a principal fonte de infecção durante surtos e epidemias. Outros vertebrados como primatas não humanos, roedores, pássaros e outros pequenos mamíferos, em períodos interepidêmicos. •Período de incubação: Intrínseco de 1-12 dias (3-7); extrínseco de 10 dias em média. • Suscetibilidade e imunidade: universal e duradoura Epidemias recentes • Taxas de ataque: 38 a 63%; • Ásia: áreas com 766 mil habitante: 47.000 casos em 1 semana; • Grandes surtos com impacto na saúde pública são descritos a partir do ano 2000, na República Democrática do Congo; • Maio de 2005, 215.000 de 341.000 residentes de Grande Comore; • 2005: tem início um surto nas Ilhas Reunion. Até abril de 2006, 244.000 casos foram registrados. Patogenia Evidência em humanos e em modelos animais sugerem que a resposta inflamatória do hospedeiro faz parte da doença induzida pelo vírus. O edema de tecido é um sintoma comum, embora o derrame articular seja raro, está presente em poucos pacientes, e somente durante a fase aguda. Citocinas pró-inflamatórias, interleucinas 1 e 6 estão ativadas em indivíduos com formas graves da doença. Há uma desregulação da resposta inflamatória. Não há muitos estudos da resposta inflamatória articular. Está determinado que o vírus pode produzir miosite. Patogenia A replicação do vírus nos tecidos articulares recruta células inflamatórias, como monócitos, macrófagos e células natural-killer. Observação: a retirada dos macrófagos reduz o processo inflamátório. A artralgia crônica pode ser devida à persistência viral. Pacientes com artralgia crônica tem IgM persistentemente positivo. Má resposta do CD8+. Apoptose de células. Ação de quimiocinas tóxicas. Manifestações clínicas •Pode cursar 3 fases clínicas distintas: fase aguda, subaguda e crônica; • A febre tem início súbito, é alta, associada a poliartralgia intensa. Pode ocorrer mialgia, cefaleia e exantema; • Muito semelhante à infecção pelo vírus da dengue; • A incubação varia de 1 a 12 dias, com média de 3-7 dias; • A viremia pode persistir por até 10 dias; • Nem todos os indivíduos infectados com o vírus desenvolvem sintomas. Analises sorológicas indicam que 3% a 28% das pessoas com anticorpos para CHIKV apresentam infecção assintomática. Evolução e prognóstico 2 a 8 semanas. Fase febril < 7 dias. • • • • Comum. Complicada. Grave. Mãe-filho. Fase de recuperação. • Erupção. • Melhora progressiva. Fase crônica. • Lesões articulares. • Persistente. • Recidivante. Febre O paciente recorda a hora de início da febre; Pode haver um único pico ou ser bifásica; Poliartralgia É a principal característica de infecção pelo vírus; É um sintoma debilitante; Usualmente simétrica e compromete mais de uma articulação; O edema é comum, mas não há outros sinais de inflamação; Pode persistir por meses ou anos; Lesões de pele Normalmente se apresentam durante a fase aguda. Acometem o tórax, membros e face. A incidência varia até 50%. A manifestação mais comum é um exantema máculopapular, que dura de dois a três dias. Podem haver lesões tipo aftas, vesicobolhosas, descamação e vasculite. P. Poubeau. CHU de la Réunion Manifestações gastrointestinais • Foram relatados nas Ilhas Reunião (Costa Africana): • Diarreia, • Vômito e • Dor abdominal Manifestações no Sistema Nervoso Pode produzir encefalopatias. Não há evidências de neurotrpismo, mas relatos de paralisa aguda flácida e de Síndrome de Guillain-Barré - África, Índia, Sudeste da Asia, Europa (Itália). 25% dos pacientes podem ter manifestação atípica, com comprometimento do Sistema Nervoso Central. Nas crianças menores de 2 anos pode haver convulsão febril, encefalite e encefalopatias. Crianças Têm risco de manifestação grave da doença. Pode haver transmissão materno-fetal. Nesses casos, o comprometimento do Sistema Nervoso Central é grave e frequente. 50% dos RN de mães com CHIKV durante o parto com formas graves - primeiros sintomas com 3-7 dias (República Dominicana) Letalidade A morte pode acometer 1 em cada 1000 pacientes. Geralmente ocorre em neonatos, idosos e adultos com comorbidades. Formas atípicas – 90% dos adultos com comorbidade: 67 óbitos/384 pacientes internados – consumo de álcool excessivo em 37% (Ilhas da Reunião, 2005-2006). Causas da morte Falência cardíaca, falência múltipla dos órgãos, hepatite, encefalite. Na maioria dos casos, uma relação causal direta entre o vírus e a morte não consegue ser demonstrada. Outras manifestações Conjuntivite, desordens cardiovasculares, pneumonia, insuficiência renal e insuficiência respiratória. As manifestações hemorrágicas são raras e constituem Diagnóstico diferencial com dengue. A fadiga pode demorar meses. PCR Diagnóstico Laboratorial Coletar até do primeiro ao oitavo dia de início de sintomas. Sorologia Coletar a partir do primeiro dia de início de sintomas. Amostras negativas na 1ª coleta: 2ª coleta de 15 a 45 dias após o início dos sintomas, ou 10-14 dias após a coleta da amostra na fase aguda - Casos graves, formas atípicas ou gestantes (3º trimestre). Parola P, et al. Emerg Infect Dis 2006; 12:1493-9 Fase Aguda Simon et al. Medicine, 86 (3), May 2007 Fase Aguda After a 4-day anti-inflammatory treatment Simon et al. Medicine, 86 (3), May 2007 Crianças Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62 Fase crônica •Sintomas persistem após 3 meses; •Artralgia inflamatória nas mesmas articulações afetadas durante a fase aguda; •Pode desenvolver artropatia / artrite (artrite reumatóide); •Fatiga; •Depressão; Simon F et coll. Medicine 2007;86: 123-37 Fase crônica •Sintomas persistem após 3 meses; •Artralgia inflamatória nas mesmas articulações afetadas durante a fase aguda; •Pode desenvolver artropatia / artrite (artrite reumatóide); •Fatiga; •Depressão; Simon F et coll. Medicine 2007;86: 123-37 Diagnóstico Diferencial – Fase Aguda CHIKUNGUNYA FEVER Acute polyarthritis Tenosynovitis DENGUE FEVER Rash Bleedings Fever Myalgia Retro-orbital pain Transient arterial hypotension MALARIA Anemia Jaundice Renal failure Myalgia Myocarditis ADRS LEPTOSPIROSIS Adapted from Simon et al, Schwartz, Infections in travelers, Ed 2009 BACTERIAL SEPSIS T R A T A M E N T O FEBRE PELO VÍRUS ZIKA Características: arbovírus do gênero Flavivírus, que foi isolado em 1947 na floresta Zika em Uganda. Distribuição: África, Ásia, Oceania e América do Sul Transmissão: principalmente por Aedes aegypt Clínica: 80% das infecções humanas são assintomáticas e desaparecem espontaneamente após 3-7 dias. Tratamento: paracetamol para febre e dor e anti-histamínicos no caso de erupções pruriginosas Diagnóstico laboratorial: disponível RT-PCR 36 DENGUE , C HIKUNGUNYA , Z IKA E S ARAMPO: PRESENÇA E FREQUÊNCIA DOS PRINCIPAIS SINAIS / SINTOMAS 37 Manifestações do dengue no Sistema Nervoso MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DE DENGUE: Estudo de 41 casos Arq Neuropsiquiatr 2005;63(2-B):488-493 Maria Lúcia Brito Ferreira1, Cybele Gomes Cavalcanti2, Candice Alvarenga Coelho3, Solange Dornelas Mesquita4 1Neurologista Chefe do Serviço de Neurologia do Hospital da Restauração, Recife PE, Brasil (SENEU/HR); 2Neurologista do Setor de Emergência do SENEU/HR; 3Residente 3 do SENEU/HR; 4Neurologista e Liqüorologista do SENEU/HR. Recebido 21 Junho 2004, recebido na forma final 11 Janeiro 2005. Aceito 28 Janeiro 2005. Dra. Maria Lúcia Brito Ferreira - Rua Neto de Mendonça 230/802 52050-100 Recife PE - Brasil. E-mail: [email protected] Manifestações do dengue no Sistema Nervoso MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DE DENGUE: Estudo de 41 casos – Hospital Público de Recife/PE. Arq Neuropsiquiatr 2005;63(2-B):488-493 “Método: estudo descritivo, retrospectivo, entre março e julho de1997, e prospectivo, de fevereiro a maio de 2002.” “Três hipóteses de infecção viral sistêmica: A teoria da infecção seqüencial, desenvolvida por Halstead; A teoria de hiperendemicidade de Rosen e A ocorrência de recombinação gênica, resultante deinfecções simultâneas por sorotipos virais diferentes, tanto no hospedeiro humano como no vetor.” Manifestações do dengue no Sistema Nervoso MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DE DENGUE: Estudo de 41 casos. Arq Neuropsiquiatr 2005;63(2-B):488-493 “etiopatogenia das manifestações neurológicas do dengue houve dois momentos.” Primeiro: admitiu-se que anticorpos antidengue seriam causa do comprometimento neurológico. Segundo: a partir da constatação da presença de antígenos virais no LCR, buscou-se identificar a forma pela qual o vírus alcança as estruturas do sistema nervoso. Os vírus DEN2 e DEN3 podem cruzar a barreira hematoencefálica e invadir o cérebro. Manifestações do dengue no Sistema Nervoso MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DE DENGUE: Estudo de 41 casos. Arq Neuropsiquiatr 2005;63(2-B):488-493 “Por toxicidade direta e especialmente, associadas à trombocitopenia ou à coagulopatia disseminada, sejam consequência de reações imunológicas da infecção viral por dengue, com subsequente inflamação perivascular.” “edema cerebral, congestão vascular, hemo rragias focais e infiltrados linfocitários perivasculares, além de diversos focos de desmielinização perivenosa e formação de imunocomplexos,durante a infecção, ou como manifestação pós-infecciosa.” Manifestações do dengue no Sistema Nervoso MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DE DENGUE: Estudo de 41 casos. Arq Neuropsiquiatr 2005;63(2-B):488-493 “as manifestações resultariam da deposição de imunocomplexos mais do que do envolvimento direto do sistema nervoso.” “A prevalência de complicações neurológicas diagnosticadas no HR em 1997 foi 17,4/100000 casos notificados de dengue, enquanto que a dos primeiros seis meses de 2002 foi 44,8/100000 casos notificados de dengue, representando um aumento de diagnóstico de complicações neurológicas de 385,7%.” Controle Ações de vigilância entomológica; Atividades recomendadas para prevenção e controle do vetor; Mobilização e comunicação social; Oportunidade no desenvolvimento das ações – integração dos serviços: atenção / vigilância; Caso importado evento inusitado. Até o momento não existe vacina! EPIDEMIA DE ARBOVIROSES DADOS GERAIS Distribuição espacial dos casos notificados das arbviroses. Bahia, 2015.* DENGUE 45.635 casos Fonte: Fonte: GT-Dengue/ Divep/ Sesab – Sinan (atualizado: dengue – 20/07/2015, chik e DEI/ZIKA– 17/06/15 ) *Dados sujeitos a alterações.. FEBRE CHIKUNGUNYA 8.906 casos DEI/ZIKA 32.873 casos Dados da Dengue na Bahia até a 27ª semana epidemiológica, 2015*. • 45.635 casos notificados até 27ª semana epidemiológica (01/01 a 06/07), em 365 (87,5%) municípios; • 24 casos de dengue com sinais de alarme; • 17 casos de dengue grave; • 08 óbitos confirmados: municípios de Salvador (02), Feira de Santana(01), Mairi (01), Candeias (01), Simões Filho (01), Araci (01) e Valente (01); • 04 óbitos em investigação: Macaúbas, Araci, Cândido Sales e Itabuna. • Aumento de 162,72% das notificações em relação ao mesmo período de 2014, quando foram notificados 17.333 casos. Fonte: Sinan/DIS; DIVEP/SUVISA *Dados sujeitos a alterações. Dados da Febre Chikungunya. Bahia, 2015.* Total de casos notificados: 11.351 (2.445 em 2014, 8.906 em 2015) Municípios notificantes: 148 em 2015, acumulando 177 nos anos de 2014-2015. Municípios com mais de 30 casos notificados: 25 Municípios com Casos autóctones: 13 (Feira de Santana, Riachão do Jacuípe, Baixa Grande, Ribeira do Pombal, Amélia Rodrigues, Valente, Camaçari, Salvador, Simões Filho, Capela do Alto Alegre, Ipirá, Nova Fátima e Pé de Serra) Fonte: Secretarias Municipais de Saúde (SMS) . * Dados sujeitos a alterações Dados da Febre Chikungunya, Bahia, 2015.* • Municípios com casos com vínculo epidemiológico com Feira de Santana ou Riachão do Jacuípe: 06 (Alagoinhas, Brejões, Cachoeira, Conceição do Coité, Irecê e Santa Bárbara). • Municípios que têm casos confirmados e permanecem em investigação quanto ao local provável de infecção: 09 (Cansanção, Gavião, Lauro de Freitas, Pintadas, Serrinha, Ichu, Retirolândia, Santaluz e Una). Fonte: Secretarias Municipais de Saúde (SMS) * Dados até 17/06/2015 sujeitos a alterações Dados da Febre Chikungunya. Bahia, 2015.* • Hospitalizados: 158 casos(2015), com registro de 05 casos graves em crianças. • Gestantes: 04 casos em 2014. • Faixa etária mais atingida compreende os adultos jovens (21 a 51anos), correspondendo a 50,0% do total de casos. • O sexo feminino representa 66% dos casos. Fonte: Secretarias Municipais de Saúde (SMS) * Dados até 17/06/2015 sujeitos a alterações Municípios mais atingidos pelas epidemias Bahia, 2015* Município Zika CHIK DENGUE Araci 9 71 225 Baixa Grande 34 255 24 Castro Alves 165 49 17 Conceição do Jacuípe 113 34 14 Feira de Santana 86 2874 335 Lauro de Freitas 287 155 17 Pintadas 29 118 76 Porto Seguro 952 26 14 Salvador 15.182 106* 426 Serrinha 573 18 238 Valente 23 1817 10 Várzea do Poço 240 12 22 * Dados sujeitos a retificação – 20 município até 20/07/2015 Casos de complicações neurológicas, temporalmente associados à doença exantemática indeterminada (DEI/dengue/zika). Bahia, 2015. • Até a semana epidemiológica (SE) 28, foram notificados 106 casos de complicações neurológicas, temporalmente associados à doença exantemática indeterminada: 59,3% são adultos jovens na faixa etária entre 21 a 59 anos e 65%, residentes no município de Salvador e 35% distribuídos em 20 municípios do Estado. • 50 confirmados como Síndrome de Guillain-Barré (SGB): 48 (65%) - história pregressa de DEI/ZIKA e 02 (6,9%) - dengue com sorologia reagente. • 24 descartados e 26 em investigação (outras manifestações Neurológicas?/Etiologia? História de DEI/dengue/zika?). Atendimento aos pacientes com manifestações neurológicas associadas à tríplice epidemia: Plano Emergencial! Organização da Rede e do Cuidado • Objetivo: Qualificar a atenção aos pacientes com sinais e sintomas de Dengue, Chikungunya DEI/ZIKA nas diversas portas de entradas de urgência e emergência nos municípios selecionados atingidos por surtos/ epidemias por estas doenças. • Participação: SUVISA (CIEVS/BA, DIVEP, LACEN), SAIS (DAE/COUR, DGRP, HCM), DASF e GASEC. Organização da Rede e do Cuidado • Compor e estruturar equipes de multiplicadores para atuar como referências regionais; • Qualificação dos profissionais das unidades da rede própria para diagnóstico diferencial das doenças exantemáticas - PAINEL – 08/07/15; • Identificar uma unidade hospitalar do estado por Macrorregião para ser referência para tratamento e internação leito – DGRP: 15 unidades - 04 em SSA; • Pacientes que necessitarem de leitos hospitalares deverão ser regulados via Central Estadual de Regulação - CER; • Emissão de alertas, informes epidemiológicos protocolos de investigação clinico-epidemiológica – DIVEP/LACEN. Síndrome de Guillain-Barré Diagnóstico e tratamento - Regionalizado • Quadro de neurologistas no Estado = 87 neurologistas/ 2 hospitais de referência distribuídos nas nove regiões de saúde do Estado. • DASF - Medicamento de Alto Custo – APAC, tem protocolo para dispensação ambulatorial, as unidades hospitalares fazem aquisição/compra para pacientes internados. • Secretário articulou com o MS: providenciado fornecimento emergencial de dois tratamentos por paciente/UR da Rede Própria – 300 ampolas Via MS + 640 APAC/ SESAB para UR/RP (Portaria DASF/COAF 05, 08/072015); • Desafio - Custo elevado para as Unidades: cada ampola - R$645,00, cada tratamento (paciente 70 kg) utiliza em média de 30 ampolas - custo estimado/paciente R$ 19.350,00. Síndrome de Guillain-Barré Diagnóstico e tratamento - Regionalizado Coleta de LCR - amostra na unidade até duas horas após a coleta, após este período existe prejuízo para a celularidade, e para outros exames, como cultura e o látex (caso sejam necessários). Organizar e divulgar fluxo de pacientes na região de saúde – SESAB/NRS e SMS. Todos os casos de complicações neurológicas, independente do início dos sintomas, associados ao denv, zikv, chikv e outras DEI everão ser, imediatamente notificados – 24h, conforme respectivos protocolos de vigilância epidemiológica. Fluxograma de atendimento aos paciente com eventos neurológicos relacionados às arboviroses: Dengue, Chikungunya e ZIKA. SAMU 192 Unidade Hospitalar NÃO USF/UBS/UPA/PA/PS Hospitalar (Demanda espontânea) Caso Suspeito SGB Notificar e Regular SIM Unidade Hospitalar de Referência NÃO SIM • Iniciar medidas de • Realizar diagnóstico diferencial; • Notificação negativa. suporte; • Solicitar regulação para Unidade de Referência pela Central de Regulação Macrorregional; • Notificação, se não realizada Fluxo complementar: 1. Se a unidade de referência não possuir condições de internar o paciente com suspeita de SGB, deve-se proceder com o fluxo semelhante ao dos pacientes com meningite, ou seja encaminhar para coleta de líquor e avalição com especialista na unidade de referência, após terminado o procedimento e a consulta retornará a Unidade de Origem. • Realizar diagnóstico diferencial; • Solicitar regulação para Unidade de Retaguarda pela Central de Regulação Macrorregional (onde houver) ou CER; • Notificação negativa. • Iniciar terapêutica, segundo protocolo clinico • Leito de UTI, se necessário • Notificação, se não realizada. Transporte: 1. Paciente de Baixo Risco: Ambulância tipo A do município 2. Paciente crítico: SAMU (onde houver) ou UTI móvel da CER Síndrome de Guillain-Barré Diagnóstico e tratamento - Regionalizado Capacitar/atualizar profissionais da rede de atenção, laboratório e epidemiologia para execução das atividades - Hospital das Clínicas – HUPES/UFBA capacitado pela equipe do HCM. Hospital Couto Maia– órgão consultor estadual - referencia para as unidades de Salvador e região metropolitana, que devem ser avisadas do prazo para exame das amostras, inclusive as privadas – núcleos hospitalares de epidemiologia (NHE) - casos em que o líquor for sugestivo de SGB, o NHE informa ao CIEVS-BA – FLUXO; Demais municípios - entrar em contato com o hospital referência de sua região de saúde para envio de amostra do líquor - caso o tempo entre coleta e recebimento da amostra no hospital de referência exceda duas horas, para coleta/análise do líquor, encaminhar o próprio paciente via regulação para a referência regional/ estadual. Fluxo de informações das manifestações neurológicas associadas a tríplice epidemia – Bahia, 2015 Unidade de Saúde – Notificação Distrito Sanitário SSA Secretaria Municipal de Saúde Núcleo Regional de Saúde/BOS CIEVS SSA CIEVS BAHIA SESAB/SUVISA/DIVEP ASCOM/SESAB CIEVS Nacional IMPRENSA 59 Síndrome de Guillain-Barré Diagnóstico e tratamento - Regionalizado Verificar disponibilidade junto ao DGRP/SESAB de instrumentos/ equipamentos: microscópio óptico comum; câmara de neubauer; aparelho automatizado ou semi-automatizado para hemograma e insumos - kit de proteína urinária. Tratamento - adotar protocolo clínico preconizado pelo Ministério da Saúde - Portaria SAS/MS Nº 497/ 2009. Em geral, pacientes com LCR e sintomatologia compatível com SGB com até 15 dias de sintomas, devem receber Imunoglobulina 5 mg (0,4mg/Kg). Após esse período, a terapêutica com Ig deve ser avaliada pelo médico responsável - neurologista, infectologista, clínico ou outro capacitado. Obrigada! Jesuina do S. Mendes Castro Coordenadora - CODTV/DIVEP/SUVISA/SESAB Contatos: (71) 3353-7521/3116-0029/ 0047 [email protected]/ www.saude.ba.gov.br/gtdengue Atividades preparatórias Atividades preparatórias Notificação – 24 horas http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/ novo/Documentos/SinanNet/fichas/Fic ha_conclusao.pdf Atividades preparatórias Notificação de casos - Portaria MS 1.271, de 06 de junho de 2014: Comunicação em 24 horas; Disque notifica 0800-644-6645 – plantão 24 horas E-mail: [email protected] [email protected] BAHIA: CEVESP (71) 9994-1088 ou para [email protected] & GT- Dengue/ Chikv DIVEP - [email protected] Plano de Contingência da Bahia – CHICK, 2014/2015 Os objetivos: coordenar as ações de saúde, para controlar a expansão de surtos e /ou epidemias no Estado da Bahia, bem como orientar e apoiar os municípios atingidos quanto aos procedimentos a serem adotados para reduzir os efeitos da propagação no território. Metodologia: estar em harmonia com os planos de contingência desenvolvidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde (MS), adequando as recomendações à realidade local e detalhando a operacionalização das ações no âmbito do estado da Bahia. Previsão de apresentação para aprovação CIB – BA - 16/10/2014 Atividades preparatórias http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2 014/julho/24/af-plano-contingenciachikungunya-anexos-b.pdf