Pacote af para econ oceanos r ao clima

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Mudanças climáticas e África
O Pacote reúne conhecimentos e atividades, que estão atualmente
fragmentados, sobre as mudanças climáticas no que diz respeito aos setores
relacionados com os oceanos e centra-se em:
• compreender as vulnerabilidades específicas do contexto geográfico,
dos setores económicos, incluindo pescas, e das comunidades direta e
indiretamente dependentes desses setores;
• combinar boas práticas de políticas, tecnologia e gestão de modo a melhorar
a resistência social, económica e ecológica;Identificar opções económicas de
eficiência dos recursos e apoiar os esforços de resiliência e atenuação;
• identificar opções económicas de eficiência dos recursos e apoiar os esforços
de resiliência e atenuação;
• melhorar a utilização sustentável dos ecossistemas costeiros de forma a
otimizar o potencial de captação de carbono dos mesmos;
• desenvolver sistemas de observação hidrometeorológicos e de oceanos com
vista a um alerta precoce e preparação para catástrofes.
Trabalhando em parceria para criar
comunidades mais resilientes ao clima
Este Pacote, resposta ao Comunicado da Maurícia, é atualmente um trabalho
em curso e flexível ao ponto de adequar-se às necessidades de futuros parceiros.
O Pacote é melhor gerido e mais suscetível de alcançar os seus ambiciosos
objetivos, ao aproveitar as vantagens comparativas das três organizações em vez
de trabalharem de forma independente.
FAO
Assistência técnica para
geração de conhecimento
e estabelecimento de
políticas
Países
africanos
e UA
Banco Africano
de
Desenvolvimento
e Banco Mundial
Países
africanos
e UA
BAD
e BM
FAO
números
metade) até 2050.
essenciais
Estima-se que a erosão costeira na África
Ocidental coloca uma média de 500 000
pessoas em risco anualmente, sendo as perdas
económicas, só no Togo, de cerca de 2,3% do
PIB em 2013.
Construir vontade política
Países
africanos
e UA
A parceria é uma oportunidade excepcional para as três organizações
trabalharem em conjunto, combinando recursos e conhecimentos técnicos,
de modo a apoiar os países na luta contra as mudanças climáticas. Uma
iniciativa desta envergadura será fundamental para a obtenção de fácil acesso
a financiamento internacional, incluindo através do Fundo Verde do Clima, do
Fundo Mundial para o Ambiente e de outros parceiros, de modo a estimular as
economias de oceanos inteligentes em termos climáticos.
As mudanças climáticas estão a afetar de forma negativa
as populações costeiras em todo o mundo. No entanto,
o continente africano e as suas comunidades costeiras
que dependem dos oceanos para a segurança alimentar e
subsistência são considerados particularmente vulneráveis.
Uma subida do nível das águas do mar de
43 cm até 2100 poderá afetar mais de
900 000 pessoas na Tanzânia e mais de
2 milhões de pessoas em Moçambique.
A Agência Internacional de Energia estima que a
energia renovável dos oceanos tem potencial para
satisfazer até 400% da procura de energia
atual mundial.
Na região oeste do Oceano Índico, durante o
período de 1950 a
2009, a temperatura da
água do mar subiu em 0,60°C, desencadeando
descoloração em massa dos corais e desastres
mortais relacionados com o clima em toda
a região. Os custos económicos do evento
de descoloração dos corais de 1998 no que
diz respeito ao turismo de mergulho foram
Zanzibar e até 15,09
Mombaça.
Mobilizar e gerenciar
investimentos para
impulsionar a transformação
Pacote africano
para economias dos
oceanos resilientes
ao clima
Se as práticas de gestão das pescas não forem
reformadas, a captura de pesca marinha no Gana,
Côte d’Ivoire, Libéria, Togo, Nigéria e Serra Leoa
deve registar uma queda (possivelmente para
estimados em até 2,2
BAD
e BM
FAO
&
Factos
milhões USD em
milhões USD em
Banco Africano de Desenvolvimento
Abidjan, Côte d’Ivoire
www.afdb.org
Contato: Chiji Chinedum Ojukwu ([email protected])
Abdoulaye Dagamaissa ([email protected])
Samba Bocary Tounkara ([email protected])
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)
Roma, Italia
www.fao.org
Contato: [email protected]
Banco Mundial
Washington, D.C., USA
www.worldbank.org
Contato: Magda Lovei ([email protected])
Benoit Bosquet ([email protected])
© FAO 2017
I6441PT/1/04.17
Ponto central do Pacote africano para
economias dos oceanos resilientes ao clima
Pacote africano
para economias dos
oceanos resilientes
ao clima
Os oceanos e as praias geram importantes receitas de turismo para África,
enquanto as principais cidades costeiras, portos, agricultura costeira, indústrias
e pescas representam cerca de 56 por cento do PIB da África Ocidental. A
Agenda 2063 da União Africana declara de forma unânime que o Oceano, ou
Economia Azul, é o “futuro da África” e reconhece o seu papel fundamental
como catalisador da transformação socioeconómica. A África necessitará
de estratégias intersetoriais e coerentes para explorar este potencial de
transformação estrutural da Economia dos oceanos face às mudanças climáticas.
Resultante de pedidos na Conferência Ministerial Africana de setembro
sobre as Economias dos oceanos e mudanças climáticas na Maurícia, o Pacote
africano para economias dos oceanos resilientes ao clima (“o Pacote”) responde
a um pedido para que o Banco Mundial (BM), a Organização das Nações Unidas
para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Banco Africano de Desenvolvimento
(BAD) apresentassem uma proposta na COP 22 em Marraquexe, Marrocos.
O Pacote consiste em assistência técnica e financeira para apoiar os
estados costeiros e insulares africanos a enfrentarem os desafios das mudanças
climáticas, desenvolvendo as suas economias com base nos oceanos e
implementando os seus contributos determinados a nível nacional (CDN).
O Pacote é uma oportunidade inédita para as três principais organizações de
desenvolvimento multilaterais unirem esforços entre si e com outros, incluindo o
Fundo Verde do Clima (GCF), e coordenarem a assistência planejada com acesso
a conhecimento e financiamento.
O Pacote aborda o espectro dos setores relacionados com os oceanos
através de cinco programas emblemáticos regionais que abrangem o continente
africano, do Marrocos à Maurícia. Com base em avaliações de vulnerabilidade, o
Pacote fornecerá a estrutura para tornar as vias de desenvolvimento dos países
mais resilientes ao clima, criar orlas costeiras e comunidades resilientes, reforçar
a segurança alimentar, criar oportunidades de emprego decentes e facilitar as
reformas políticas necessárias para as pessoas mais afetadas pelas
mudanças climáticas.
Mudanças climáticas e África
O Pacote reúne conhecimentos e atividades, que estão atualmente
fragmentados, sobre as mudanças climáticas no que diz respeito aos setores
relacionados com os oceanos e centra-se em:
• compreender as vulnerabilidades específicas do contexto geográfico,
dos setores económicos, incluindo pescas, e das comunidades direta e
indiretamente dependentes desses setores;
• combinar boas práticas de políticas, tecnologia e gestão de modo a melhorar
a resistência social, económica e ecológica;Identificar opções económicas de
eficiência dos recursos e apoiar os esforços de resiliência e atenuação;
• identificar opções económicas de eficiência dos recursos e apoiar os esforços
de resiliência e atenuação;
• melhorar a utilização sustentável dos ecossistemas costeiros de forma a
otimizar o potencial de captação de carbono dos mesmos;
• desenvolver sistemas de observação hidrometeorológicos e de oceanos com
vista a um alerta precoce e preparação para catástrofes.
Trabalhando em parceria para criar
comunidades mais resilientes ao clima
Este Pacote, resposta ao Comunicado da Maurícia, é atualmente um trabalho
em curso e flexível ao ponto de adequar-se às necessidades de futuros parceiros.
O Pacote é melhor gerido e mais suscetível de alcançar os seus ambiciosos
objetivos, ao aproveitar as vantagens comparativas das três organizações em vez
de trabalharem de forma independente.
FAO
Assistência técnica para
geração de conhecimento
e estabelecimento de
políticas
Países
africanos
e UA
Banco Africano
de
Desenvolvimento
e Banco Mundial
Países
africanos
e UA
BAD
e BM
FAO
números
metade) até 2050.
essenciais
Estima-se que a erosão costeira na África
Ocidental coloca uma média de 500 000
pessoas em risco anualmente, sendo as perdas
económicas, só no Togo, de cerca de 2,3% do
PIB em 2013.
Construir vontade política
Países
africanos
e UA
A parceria é uma oportunidade excepcional para as três organizações
trabalharem em conjunto, combinando recursos e conhecimentos técnicos,
de modo a apoiar os países na luta contra as mudanças climáticas. Uma
iniciativa desta envergadura será fundamental para a obtenção de fácil acesso
a financiamento internacional, incluindo através do Fundo Verde do Clima, do
Fundo Mundial para o Ambiente e de outros parceiros, de modo a estimular as
economias de oceanos inteligentes em termos climáticos.
As mudanças climáticas estão a afetar de forma negativa
as populações costeiras em todo o mundo. No entanto,
o continente africano e as suas comunidades costeiras
que dependem dos oceanos para a segurança alimentar e
subsistência são considerados particularmente vulneráveis.
Uma subida do nível das águas do mar de
43 cm até 2100 poderá afetar mais de
900 000 pessoas na Tanzânia e mais de
2 milhões de pessoas em Moçambique.
A Agência Internacional de Energia estima que a
energia renovável dos oceanos tem potencial para
satisfazer até 400% da procura de energia
atual mundial.
Na região oeste do Oceano Índico, durante o
período de 1950 a
2009, a temperatura da
água do mar subiu em 0,60°C, desencadeando
descoloração em massa dos corais e desastres
mortais relacionados com o clima em toda
a região. Os custos económicos do evento
de descoloração dos corais de 1998 no que
diz respeito ao turismo de mergulho foram
Zanzibar e até 15,09
Mombaça.
Mobilizar e gerenciar
investimentos para
impulsionar a transformação
Pacote africano
para economias dos
oceanos resilientes
ao clima
Se as práticas de gestão das pescas não forem
reformadas, a captura de pesca marinha no Gana,
Côte d’Ivoire, Libéria, Togo, Nigéria e Serra Leoa
deve registar uma queda (possivelmente para
estimados em até 2,2
BAD
e BM
FAO
&
Factos
milhões USD em
milhões USD em
Banco Africano de Desenvolvimento
Abidjan, Côte d’Ivoire
www.afdb.org
Contato: Chiji Chinedum Ojukwu ([email protected])
Abdoulaye Dagamaissa ([email protected])
Samba Bocary Tounkara ([email protected])
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)
Roma, Italia
www.fao.org
Contato: [email protected]
Banco Mundial
Washington, D.C., USA
www.worldbank.org
Contato: Magda Lovei ([email protected])
Benoit Bosquet ([email protected])
© FAO 2017
I6441PT/1/04.17
Ponto central do Pacote africano para
economias dos oceanos resilientes ao clima
Pacote africano
para economias dos
oceanos resilientes
ao clima
Os oceanos e as praias geram importantes receitas de turismo para África,
enquanto as principais cidades costeiras, portos, agricultura costeira, indústrias
e pescas representam cerca de 56 por cento do PIB da África Ocidental. A
Agenda 2063 da União Africana declara de forma unânime que o Oceano, ou
Economia Azul, é o “futuro da África” e reconhece o seu papel fundamental
como catalisador da transformação socioeconómica. A África necessitará
de estratégias intersetoriais e coerentes para explorar este potencial de
transformação estrutural da Economia dos oceanos face às mudanças climáticas.
Resultante de pedidos na Conferência Ministerial Africana de setembro
sobre as Economias dos oceanos e mudanças climáticas na Maurícia, o Pacote
africano para economias dos oceanos resilientes ao clima (“o Pacote”) responde
a um pedido para que o Banco Mundial (BM), a Organização das Nações Unidas
para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Banco Africano de Desenvolvimento
(BAD) apresentassem uma proposta na COP 22 em Marraquexe, Marrocos.
O Pacote consiste em assistência técnica e financeira para apoiar os
estados costeiros e insulares africanos a enfrentarem os desafios das mudanças
climáticas, desenvolvendo as suas economias com base nos oceanos e
implementando os seus contributos determinados a nível nacional (CDN).
O Pacote é uma oportunidade inédita para as três principais organizações de
desenvolvimento multilaterais unirem esforços entre si e com outros, incluindo o
Fundo Verde do Clima (GCF), e coordenarem a assistência planejada com acesso
a conhecimento e financiamento.
O Pacote aborda o espectro dos setores relacionados com os oceanos
através de cinco programas emblemáticos regionais que abrangem o continente
africano, do Marrocos à Maurícia. Com base em avaliações de vulnerabilidade, o
Pacote fornecerá a estrutura para tornar as vias de desenvolvimento dos países
mais resilientes ao clima, criar orlas costeiras e comunidades resilientes, reforçar
a segurança alimentar, criar oportunidades de emprego decentes e facilitar as
reformas políticas necessárias para as pessoas mais afetadas pelas
mudanças climáticas.
Mudanças climáticas e África
O Pacote reúne conhecimentos e atividades, que estão atualmente
fragmentados, sobre as mudanças climáticas no que diz respeito aos setores
relacionados com os oceanos e centra-se em:
• compreender as vulnerabilidades específicas do contexto geográfico,
dos setores económicos, incluindo pescas, e das comunidades direta e
indiretamente dependentes desses setores;
• combinar boas práticas de políticas, tecnologia e gestão de modo a melhorar
a resistência social, económica e ecológica;Identificar opções económicas de
eficiência dos recursos e apoiar os esforços de resiliência e atenuação;
• identificar opções económicas de eficiência dos recursos e apoiar os esforços
de resiliência e atenuação;
• melhorar a utilização sustentável dos ecossistemas costeiros de forma a
otimizar o potencial de captação de carbono dos mesmos;
• desenvolver sistemas de observação hidrometeorológicos e de oceanos com
vista a um alerta precoce e preparação para catástrofes.
Trabalhando em parceria para criar
comunidades mais resilientes ao clima
Este Pacote, resposta ao Comunicado da Maurícia, é atualmente um trabalho
em curso e flexível ao ponto de adequar-se às necessidades de futuros parceiros.
O Pacote é melhor gerido e mais suscetível de alcançar os seus ambiciosos
objetivos, ao aproveitar as vantagens comparativas das três organizações em vez
de trabalharem de forma independente.
FAO
Assistência técnica para
geração de conhecimento
e estabelecimento de
políticas
Países
africanos
e UA
Banco Africano
de
Desenvolvimento
e Banco Mundial
Países
africanos
e UA
BAD
e BM
FAO
números
metade) até 2050.
essenciais
Estima-se que a erosão costeira na África
Ocidental coloca uma média de 500 000
pessoas em risco anualmente, sendo as perdas
económicas, só no Togo, de cerca de 2,3% do
PIB em 2013.
Construir vontade política
Países
africanos
e UA
A parceria é uma oportunidade excepcional para as três organizações
trabalharem em conjunto, combinando recursos e conhecimentos técnicos,
de modo a apoiar os países na luta contra as mudanças climáticas. Uma
iniciativa desta envergadura será fundamental para a obtenção de fácil acesso
a financiamento internacional, incluindo através do Fundo Verde do Clima, do
Fundo Mundial para o Ambiente e de outros parceiros, de modo a estimular as
economias de oceanos inteligentes em termos climáticos.
As mudanças climáticas estão a afetar de forma negativa
as populações costeiras em todo o mundo. No entanto,
o continente africano e as suas comunidades costeiras
que dependem dos oceanos para a segurança alimentar e
subsistência são considerados particularmente vulneráveis.
Uma subida do nível das águas do mar de
43 cm até 2100 poderá afetar mais de
900 000 pessoas na Tanzânia e mais de
2 milhões de pessoas em Moçambique.
A Agência Internacional de Energia estima que a
energia renovável dos oceanos tem potencial para
satisfazer até 400% da procura de energia
atual mundial.
Na região oeste do Oceano Índico, durante o
período de 1950 a
2009, a temperatura da
água do mar subiu em 0,60°C, desencadeando
descoloração em massa dos corais e desastres
mortais relacionados com o clima em toda
a região. Os custos económicos do evento
de descoloração dos corais de 1998 no que
diz respeito ao turismo de mergulho foram
Zanzibar e até 15,09
Mombaça.
Mobilizar e gerenciar
investimentos para
impulsionar a transformação
Pacote africano
para economias dos
oceanos resilientes
ao clima
Se as práticas de gestão das pescas não forem
reformadas, a captura de pesca marinha no Gana,
Côte d’Ivoire, Libéria, Togo, Nigéria e Serra Leoa
deve registar uma queda (possivelmente para
estimados em até 2,2
BAD
e BM
FAO
&
Factos
milhões USD em
milhões USD em
Banco Africano de Desenvolvimento
Abidjan, Côte d’Ivoire
www.afdb.org
Contato: Chiji Chinedum Ojukwu ([email protected])
Abdoulaye Dagamaissa ([email protected])
Samba Bocary Tounkara ([email protected])
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)
Roma, Italia
www.fao.org
Contato: [email protected]
Banco Mundial
Washington, D.C., USA
www.worldbank.org
Contato: Magda Lovei ([email protected])
Benoit Bosquet ([email protected])
© FAO 2017
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Ponto central do Pacote africano para
economias dos oceanos resilientes ao clima
Pacote africano
para economias dos
oceanos resilientes
ao clima
Os oceanos e as praias geram importantes receitas de turismo para África,
enquanto as principais cidades costeiras, portos, agricultura costeira, indústrias
e pescas representam cerca de 56 por cento do PIB da África Ocidental. A
Agenda 2063 da União Africana declara de forma unânime que o Oceano, ou
Economia Azul, é o “futuro da África” e reconhece o seu papel fundamental
como catalisador da transformação socioeconómica. A África necessitará
de estratégias intersetoriais e coerentes para explorar este potencial de
transformação estrutural da Economia dos oceanos face às mudanças climáticas.
Resultante de pedidos na Conferência Ministerial Africana de setembro
sobre as Economias dos oceanos e mudanças climáticas na Maurícia, o Pacote
africano para economias dos oceanos resilientes ao clima (“o Pacote”) responde
a um pedido para que o Banco Mundial (BM), a Organização das Nações Unidas
para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Banco Africano de Desenvolvimento
(BAD) apresentassem uma proposta na COP 22 em Marraquexe, Marrocos.
O Pacote consiste em assistência técnica e financeira para apoiar os
estados costeiros e insulares africanos a enfrentarem os desafios das mudanças
climáticas, desenvolvendo as suas economias com base nos oceanos e
implementando os seus contributos determinados a nível nacional (CDN).
O Pacote é uma oportunidade inédita para as três principais organizações de
desenvolvimento multilaterais unirem esforços entre si e com outros, incluindo o
Fundo Verde do Clima (GCF), e coordenarem a assistência planejada com acesso
a conhecimento e financiamento.
O Pacote aborda o espectro dos setores relacionados com os oceanos
através de cinco programas emblemáticos regionais que abrangem o continente
africano, do Marrocos à Maurícia. Com base em avaliações de vulnerabilidade, o
Pacote fornecerá a estrutura para tornar as vias de desenvolvimento dos países
mais resilientes ao clima, criar orlas costeiras e comunidades resilientes, reforçar
a segurança alimentar, criar oportunidades de emprego decentes e facilitar as
reformas políticas necessárias para as pessoas mais afetadas pelas
mudanças climáticas.
Pacote africano
para economias dos
oceanos resilientes
ao clima
Inicialmente, no que diz respeito a esta
abordagem emblemática, o ponto central será
o programa Ceinture Bleue (Cinto Azul), que se
centra em sistemas de observação de pescas,
aquicultura e oceanos. O programa Ceinture
Bleue inclui um elemento de cooperação Sul-Sul
sólido, particularmente no que diz respeito a
mapeamento e observações dos oceanos.
África Ocidental
abrangendo quatro regiões costeiras e os Pequenos Estados
As águas produtivas da África Ocidental levam a
que vários países priorizem as pescas nos seus CDN.
No entanto, outros problemas, como resiliência e
turismo costeiros, são também prioridades para
estes países.
de 2017 a 2020, criado para abordar suas prioridades em
termos de mudanças climáticas, identificadas nos CDN. Uma
abordagem emblemática otimiza o impacto das intervenções,
maximizando simultaneamente as suas várias vantagens. Esta
abordagem é efetuada de forma integrada e holística, apoiando
simultaneamente compromissos das agências, como o Plano de
Benim
152
Milhões USD
Cabo Verde
33
Milhões USD
negócios do clima da África do Banco Mundial, a Estratégia de dez
anos e a High Fives do Banco Africano de Desenvolvimento (2013
a 2022), e a estratégia Crescimento Azul da FAO. A assistência
fornecida pelas três agências em cada país é efetuada através de
novos investimentos financiados pelas mesmas, assim como pelo
Gana
177
Milhões USD
Pesca e
Aqüicultura
Protecção
costeira
Turismo
CO2
CO2
Sequestro de
Carbono
Transporte/
comércio
Sistema
Hydromet/
alerta precoce
177
Milhões USD
Desperdício
Energia
oceânica
Milhões USD
Côte d’Ivoire
215
Milhões USD
130
Milhões USD
Madagáscar
112
Milhões USD
Maurícia
Moçambique
42
113
Milhões USD
Milhões USD
CO2
Seicheles
42
Somália
28
Milhões USD
INVESTIMENTO TOTAL PLANEADO
economias do
Oceano na África
bilhões
USD*
3
Milhões USD
50
Milhões USD
CO2
Tanzânia
30
Milhões USD
Os países continentais da África Oriental do Oceano Índico
partilham bastantes problemas comuns, como erosão costeira
e o desenvolvimento de um setor da aquicultura. Neste
Pacote, os países formam um grupo com laços económicos
sólidos e participam em muitas organizações regionais comuns
relacionadas com as suas prioridades dos CDN, como pescas,
turismo e sistemas de alerta precoce.
3,5
A Gâmbia
África do Sul
Oceano Índico
para as
Guiné
105
Milhões USD
Guiné-Bissau
30
Milhões USD
Libéria
39
Milhões USD
Mauritânia
Senegal
239
Milhões USD
144
Cabo Verde
Milhões USD
CO2
Serra Leoa
155
Milhões USD
Togo
238
África Central
A orla costeira da África Central estende-se dos Camarões a Angola.
Caraterizada por uma variedade de ecossistemas vitais para o
desenvolvimento económico e a subsistência, aloja atividades
económicas principais, incluindo pescas, agricultura, desenvolvimento
industrial, assim como grandes cidades. É também bastante vulnerável
à subida do nível das águas do mar, às mudanças climáticas e oceânicas
e à sobreexplotação de pescas e outros recursos marinhos.
104
Angola
Milhões USD
116
Comores
Milhões USD
Milhões USD
CO2
Segurança
no mar
25
Milhões USD
CO2
Nigéria
Investimento total planejado
em milhões USD
73
154
Milhões USD
Quénia
CO2
CO2
Fundo Verde do Clima e oCO2
Fundo Mundial para oCO2
Meio
Ambiente (GEF).
Comores
Milhões USD
O Pacote é constituído por cinco programas emblemáticos,
Insulares em Desenvolvimento da África, ao longo do período
Tunísia
Marrocos
Norte da África
Camarões
Guiné
Equatorial
119
99
Milhões USD
23
Milhões USD
Seicheles
Guiné-Bissau
Milhões USD
116
Milhões USD
Gabão
107
Milhões USD
São Tomé e
Príncipe
32
68
Milhões USD
CO2
Pequenos Estados Insulares
em Desenvolvimento (PEID)
Os PEID encontram-se espalhados pelo
continente. Os PEID partilham problemas
e prioridades comuns (tamanho reduzido,
afastamento, pescarias, resiliência costeira,
sistemas de alerta precoce), daí que o seu
agrupamento neste Pacote irá fornecer
oportunidades de colaboração em várias
atividades, como reforço das capacidades e
transferência tecnológica, assim como partilha
de lições aprendidas.
Madagáscar
94
Milhões USD
Maurícia
213
Milhões USD
São Tomé e
Príncipe
114
Milhões USD
CO2
Milhões USD
* O Pacote aqui apresentado encontra-se em desenvolvimento. Os montantes de financiamento são metas
baseadas em estimativas preliminares de necessidades e possibilidades. As três organizações esperam
trabalhar com os países africanos, o GCF, o GEF e outros parceiros de desenvolvimento para desenvolver o
Pacote e conceber programas específicos.
Mudanças climáticas e África
O Pacote reúne conhecimentos e atividades, que estão atualmente
fragmentados, sobre as mudanças climáticas no que diz respeito aos setores
relacionados com os oceanos e centra-se em:
• compreender as vulnerabilidades específicas do contexto geográfico,
dos setores económicos, incluindo pescas, e das comunidades direta e
indiretamente dependentes desses setores;
• combinar boas práticas de políticas, tecnologia e gestão de modo a melhorar
a resistência social, económica e ecológica;Identificar opções económicas de
eficiência dos recursos e apoiar os esforços de resiliência e atenuação;
• identificar opções económicas de eficiência dos recursos e apoiar os esforços
de resiliência e atenuação;
• melhorar a utilização sustentável dos ecossistemas costeiros de forma a
otimizar o potencial de captação de carbono dos mesmos;
• desenvolver sistemas de observação hidrometeorológicos e de oceanos com
vista a um alerta precoce e preparação para catástrofes.
Trabalhando em parceria para criar
comunidades mais resilientes ao clima
Este Pacote, resposta ao Comunicado da Maurícia, é atualmente um trabalho
em curso e flexível ao ponto de adequar-se às necessidades de futuros parceiros.
O Pacote é melhor gerido e mais suscetível de alcançar os seus ambiciosos
objetivos, ao aproveitar as vantagens comparativas das três organizações em vez
de trabalharem de forma independente.
FAO
Assistência técnica para
geração de conhecimento
e estabelecimento de
políticas
Países
africanos
e UA
Banco Africano
de
Desenvolvimento
e Banco Mundial
Países
africanos
e UA
BAD
e BM
FAO
números
metade) até 2050.
essenciais
Estima-se que a erosão costeira na África
Ocidental coloca uma média de 500 000
pessoas em risco anualmente, sendo as perdas
económicas, só no Togo, de cerca de 2,3% do
PIB em 2013.
Construir vontade política
Países
africanos
e UA
A parceria é uma oportunidade excepcional para as três organizações
trabalharem em conjunto, combinando recursos e conhecimentos técnicos,
de modo a apoiar os países na luta contra as mudanças climáticas. Uma
iniciativa desta envergadura será fundamental para a obtenção de fácil acesso
a financiamento internacional, incluindo através do Fundo Verde do Clima, do
Fundo Mundial para o Ambiente e de outros parceiros, de modo a estimular as
economias de oceanos inteligentes em termos climáticos.
As mudanças climáticas estão a afetar de forma negativa
as populações costeiras em todo o mundo. No entanto,
o continente africano e as suas comunidades costeiras
que dependem dos oceanos para a segurança alimentar e
subsistência são considerados particularmente vulneráveis.
Uma subida do nível das águas do mar de
43 cm até 2100 poderá afetar mais de
900 000 pessoas na Tanzânia e mais de
2 milhões de pessoas em Moçambique.
A Agência Internacional de Energia estima que a
energia renovável dos oceanos tem potencial para
satisfazer até 400% da procura de energia
atual mundial.
Na região oeste do Oceano Índico, durante o
período de 1950 a
2009, a temperatura da
água do mar subiu em 0,60°C, desencadeando
descoloração em massa dos corais e desastres
mortais relacionados com o clima em toda
a região. Os custos económicos do evento
de descoloração dos corais de 1998 no que
diz respeito ao turismo de mergulho foram
Zanzibar e até 15,09
Mombaça.
Mobilizar e gerenciar
investimentos para
impulsionar a transformação
Pacote africano
para economias dos
oceanos resilientes
ao clima
Se as práticas de gestão das pescas não forem
reformadas, a captura de pesca marinha no Gana,
Côte d’Ivoire, Libéria, Togo, Nigéria e Serra Leoa
deve registar uma queda (possivelmente para
estimados em até 2,2
BAD
e BM
FAO
&
Factos
milhões USD em
milhões USD em
Banco Africano de Desenvolvimento
Abidjan, Côte d’Ivoire
www.afdb.org
Contato: Chiji Chinedum Ojukwu ([email protected])
Abdoulaye Dagamaissa ([email protected])
Samba Bocary Tounkara ([email protected])
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)
Roma, Italia
www.fao.org
Contato: [email protected]
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www.worldbank.org
Contato: Magda Lovei ([email protected])
Benoit Bosquet ([email protected])
© FAO 2017
I6441PT/1/04.17
Ponto central do Pacote africano para
economias dos oceanos resilientes ao clima
Pacote africano
para economias dos
oceanos resilientes
ao clima
Os oceanos e as praias geram importantes receitas de turismo para África,
enquanto as principais cidades costeiras, portos, agricultura costeira, indústrias
e pescas representam cerca de 56 por cento do PIB da África Ocidental. A
Agenda 2063 da União Africana declara de forma unânime que o Oceano, ou
Economia Azul, é o “futuro da África” e reconhece o seu papel fundamental
como catalisador da transformação socioeconómica. A África necessitará
de estratégias intersetoriais e coerentes para explorar este potencial de
transformação estrutural da Economia dos oceanos face às mudanças climáticas.
Resultante de pedidos na Conferência Ministerial Africana de setembro
sobre as Economias dos oceanos e mudanças climáticas na Maurícia, o Pacote
africano para economias dos oceanos resilientes ao clima (“o Pacote”) responde
a um pedido para que o Banco Mundial (BM), a Organização das Nações Unidas
para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Banco Africano de Desenvolvimento
(BAD) apresentassem uma proposta na COP 22 em Marraquexe, Marrocos.
O Pacote consiste em assistência técnica e financeira para apoiar os
estados costeiros e insulares africanos a enfrentarem os desafios das mudanças
climáticas, desenvolvendo as suas economias com base nos oceanos e
implementando os seus contributos determinados a nível nacional (CDN).
O Pacote é uma oportunidade inédita para as três principais organizações de
desenvolvimento multilaterais unirem esforços entre si e com outros, incluindo o
Fundo Verde do Clima (GCF), e coordenarem a assistência planejada com acesso
a conhecimento e financiamento.
O Pacote aborda o espectro dos setores relacionados com os oceanos
através de cinco programas emblemáticos regionais que abrangem o continente
africano, do Marrocos à Maurícia. Com base em avaliações de vulnerabilidade, o
Pacote fornecerá a estrutura para tornar as vias de desenvolvimento dos países
mais resilientes ao clima, criar orlas costeiras e comunidades resilientes, reforçar
a segurança alimentar, criar oportunidades de emprego decentes e facilitar as
reformas políticas necessárias para as pessoas mais afetadas pelas
mudanças climáticas.
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