Senhor Presidente

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Discurso proferido pelo Deputado
Dr. HELENO (PP-RJ),
na sessão de de outubro de 2004.
Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados,
Louvo o governo do presidente Lula,
através do Ministro da Saúde, Dr. Humberto Costa,
bem como o Secretário de Vigilância em Saúde, Dr.
Jarbas Barbosa, pelo lançamento da campanha
publicitária
“Tuberculose
tem
remédio”,
objetivando levar à população brasileira todos os
conhecimentos sobre a doença, estimulando os seus
possíveis portadores a procurarem os Postos de
Saúde para tratamento.
Campanha idêntica tem sido veiculada
nos meios de comunicação de massa com relação à
“Hanseníase”,
o que vem provocando a ida de
várias pessoas também aos Postos de Saúde para
comprovação de diagnóstico, isto porque a exemplo
da “Tuberculose”, a “Hanseníase” também é curável.
Após ter sido considerada sob controle, a
tuberculose ressurgiu na década de 1990 como uma
das principais doenças infecciosas letais. Em alguns
países, o aumento dramático do número de casos da
doença
deveu-se
à
disseminação
da
AIDS,
vinculando
esse fenômeno ao surgimento de
linhagens
de
bactérias
resistentes
aos
medicamentos contra elas empregados, o que
ameaçava transformar a tuberculose num flagelo
semelhante ao que varreu o mundo antes da
descoberta dos antibióticos.
O que a população precisa ainda saber é
que toda medicação para o tratamento dessa
doença
está
disponibilizado
gratuitamente
nos
Postos de Saúde, devendo esse tratamento ter uma
duração de apenas seis meses, não podendo ser
abandonado, sob qualquer hipótese.
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Os objetivos da campanha publicitária
visam aumentar a detecção de casos, elevar o
percentual de cura, com a redução do abandono de
seu tratamento. Para isso o governo federal está
disponibilizando, até o ano de 2007, cerca de 119,5
milhões de reais.
Ela vem se apresentando como uma
doença grave, porém curável, transmitida pelo
paciente ao falar, espirrar ou tossir, todas as vezes
que gotas de secreção respiratória são propagadas
no ar. O bacilo de Koch é o microorganismo
responsável por essa enfermidade que pode atingir
todos os órgãos do corpo, especialmente os
pulmões. A doença quando não tratada pode causar
lesões no pulmão, o que diminui a área disponível
para a troca de gases na respiração, morrendo
assim o seu portador por falha na circulação de ar toxemia geral e exaustão. Em alguns casos a
infecção se estende a outros sistemas orgânicos e
pode afetar praticamente todos os órgãos: nodos
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linfáticos,
articulações,
ossos,
pele,
intestinos,
órgãos genitais rins e bexiga.
A tuberculose tem se constituído em mais
outra mancha negra contra a qual vem lutando todo
o serviço sanitário nacional. Segundo dados da
Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS)
do
Ministério da Saúde, cerca de seis mil pessoas
morrem anualmente em decorrência da tuberculose.
É lamentável se registrar mas, nos últimos anos a
média de detecção de novos casos tem chegado a
85 mil.
A previsão do Programa Nacional de
Controle da Tuberculose (PNCT)
para que os
portadores de tuberculose que atendam aos critérios
sociais dos programas de transferência de renda do
governo federal, seja contemplado com o BolsaFamília
foi
muito
inteligente.
Entretanto
há
necessidade de que essas idéias sejam prontamente
postas em prática pois, quem tem tuberculose, a
exemplo daqueles que têm fome precisam de uma
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ação imediata na passagem da idéia à ação; e isso
tem sido, um dos problemas do governo Lula, haja
vista o Programa “Fome Zero”, grande carro-chefe
de sua eleição que até agora não decolou.
Entrementes louvo a atitude tomada pelo
governo
federal
no
tocante
à
detecção,
cadastramento e tratamento dos portadores de
tuberculose, mais uma doença que volta ao seio de
nossa tão sofrida população.
Era o que eu tinha a dizer. Muito
obrigado.
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