54º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 54º Congresso Brasileiro de Genética • 16 a 19 de setembro de 2008 Bahia Othon Palace Hotel • Salvador • BA • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2 Variação genética em indivíduos remanescentes de jacarandá-da-Bahia com base em marcadores RAPD Barreto, MA; Santos, SG; Corrêa, RX Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Santa Cruz Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa [email protected] Palavras-chave: Fabaceae, marcadores moleculares, Mata Atlântica, conservação O jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra (Vell.) Allem. ex. Benth.) é uma árvore que ocorre na Mata Atlântica, de elevado valor econômico para indústria, motivo pelo qual foi explorada de forma desordenada para produção de mobílias e instrumentos musicais. Por causa disso, tornou-se uma espécie ameaçada de extinção, incluída na lista da IUCN como vulnerável. Atualmente as populações de D. nigra são encontradas em agrupamentos de baixa densidade. Portanto, é pertinente o desenvolvimento de pesquisas sobre a diversidade genética dessa espécie, visando subsidiar elaboração de estratégias que permitam a sua conservação e o seu uso racional. Umas das ferramentas importantes para estes estudos são os marcadores moleculares RAPD, uma técnica prontamente disponível para espécies para as quais há poucos estudos de genética molecular. Amostras de folhas de 20 indivíduos foram coletadas no município de Ilhéus (BA) e utilizadas para a extração de DNA pelo método CTAB. Amostras de DNA foram submetidas a técnica RAPD/PCR. A análise de agrupamento pelo método UPGMA (unweighted pair-group method with arithmetic averages) foi realizada com base nas distâncias genéticas, utilizando-se o programa PAST. Foram testados 20 primers, dos quais 7 foram selecionados por serem os mais polimórficos. A caracterização molecular possibilitou a identificação de 73 bandas RAPD, em que 33 foram informativas. Por ser uma planta ainda não domesticada, pôde-se acessar seu polimorfismo com um número pequeno de primers. Com base no índice de dissimilaridade de Dice, observou-se uma variação de 0,14 à 0,96 entre os indivíduos de D. nigra. Considerando um limite de 60% de similaridade entre os indivíduos foi possível identificar oito grupos. Esses dados estão de acordo com o esperado para espécies arbóreas de vida longa que, usualmente mantêm maior nível de diversidade genética dentro das populações. Serão testados mais primers, visando testar a estabilidade desses agrupamentos, bem como permitir inferências estatísticas tais como diversidade genética de Nei (H), número médio de alelos por loco (A) e a porcentagem de alelos polimórficos (P). Apoio financeiro: FAPESB, UESC e CNPq. 131