produzir as proteínas virais. Dentro do código genético do vírus

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Nº35
O vírus HPV (Papilomavírus
Humano) é considerado o agente
etiológico de quase 100% dos casos
de Carcinoma Cervical (Câncer de
Colo de Útero).
Os tipos de HPV mais associados ao
desenvolvimento deste câncer são:
16, 18, 31, 33 e 45. Por este motivo
testes capazes de detectar o material
genético viral no interior das células
cervicais e, subseqüentemente,
“tipa-los”, são considerados para
melhoria das medidas de
rastreamento do Câncer de Colo de
Útero.
No entanto existe uma disparidade
entre o número de mulheres
infectadas pelo HPV e a incidência
(número de casos novos da doença)
do Carcinoma Cervical, ou seja, o
número de mulheres que vêem a
desenvolver este câncer é bem
menor que o número de infectadas
por este vírus, principalmente
quando mulheres mais jovens são
avaliadas e acompanhadas.
Mulheres com menos de 30 anos
apresentam taxas elevadas de
infecções assintomáticas e
transitórias, ou seja, que curam
espontaneamente, pelos vários tipos
de HPV.
No entanto, o risco de desenvolver
câncer cervical nesta faixa etária não
é nulo! O desafio que se desenha,
então, seria identificar
adequadamente as mulheres de alto
risco, evitando ansiedade
desnecessária e excesso de
intervenções, ao mesmo tempo que
conseguimos uma melhor
abordagem individual de cada caso.
Existe, atualmente, alguma
aproximação laboratorial neste
sentido a disposição dos médicos? A
resposta: Sim!
NASBA: uma técnica empregada
para avaliação de material
genético constituído de fita única!
Uma técnica conhecida como
NASBA (Nucleic Acid Sequence
Based Amplification), sigla em inglês
para reação de Amplificação
Baseada em Sequência de Ácidos
Nucléicos, vem sendo utilizada para
avaliação de materiais genéticos
constituídos de fita única como
moléculas de RNA, mesmo quando
estas se encontram misturadas a
moléculas de DNA de fita dupla.
Neste sentido podemos utilizar esta
técnica para amplificar e detectar um
RNA viral (material genético dos
“vírus de RNA”) em meio a uma
amostra biológica humana (que
contém DNA) ou ainda para
detectarmos um RNAm (RNA
Mensageiro).
produzir as proteínas virais. Dentro
do código genético do vírus temos
dois “oncogenes” (Genes que levam
a produção de proteínas que
transformam uma célula normal em
uma “célula imortalizada”, que em
ú l ti m a a n á l i s e é u ma cé l u l a
cancerosa). Estes oncogenes são
conhecidos como E6 e E7 e a sua
expressão contínua esta associada
ao desenvolvimento de lesões de
alto grau (de alto risco pra
transformação em um câncer).
O RNAm serve ao fenômeno de
transcrição, ou seja, a amplificação
de um RNAm específico a um Gene,
indica que este esta sendo expresso
(em última análise significa que o
Gene esta “ativo”).
E6/E7: o significado por trás das
siglas!
Ao infectar o epitélio do colo de útero
o HPV integra o seu material genético
ao DNA das células humanas. Desta
forma a célula humana passa a
HPV (Papilomavírus Humano)
Nº35
Ensaios laboratoriais podem identificar a
expressão destes oncogenes!
Atualmente já existem à disposição exames
laboratoriais baseados na técnica de NASBA,
com a capacidade de detectar o RNAm dos
oncogenes virais E6/E7, evidenciando que estes
genes estão ativos e portanto, contribuindo para
a transformação neoplásica das células
cervicais.
Desta forma temos um teste com maior
especificidade e maior valor preditivo de
evolução para lesão de alto grau no colo de útero
que a simples determinação do tipo viral e podem
ser solicitados de maneira complementar à
identificação dos tipos 16, 18, 31, 33 e 45,
principalmente quando do acompanhamento de
mulheres mais jovens.
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