Diapositivo 1

Propaganda
MIOLOGIA
“Os músculos permitem-nos fazer movimentos. Os músculos movem-nos. Sem
músculos seriamos incapazes de abrir a boca, falar, andar ou até mesmo digerir a
comida. Não conseguiríamos mover nada dentro ou fora do nosso corpo. De
facto, sem músculos, não conseguiríamos viver …”
ALGUNS CONCEITOS
BÁSICOS
O QUE É A MIOLOGIA?
A miologia é a área da anatomia responsável pelo estudo dos músculos e seus
anexos. O músculo é definido como uma estrutura anatómica capaz de se contrair
quando estimulado, ou seja, é capaz de diminuir sua longitude mediante um estímulo;
PROPRIEDADES DOS MÚSCULOS
EXCITABILIDADE:
Capacidade
de
receber e responder a
estímulos;
CONTRACTIBILIDADE:
capacidade de encurtarse
e
espessar-se,
diminuem de tamanho,
contraem-se;
EXTENSIBILIDADE:
Capacidade
distender-se,
de tamanho;
de
aumentam
ELASTICIDADE:
Capacidade de voltar à
posição original após a
contração / extensão.
TIPOS DE MÚSCULO
O sistema muscular dos animais é o conjunto de órgãos que lhes permite o
movimento, tanto externa, como internamente. O sistema muscular dos vertebrados
é formado por três tipos de músculo: liso, estriado cardíaco, estriado esquelético;
Unidade
muscular
União entre
duas células
Fibra muscular
Fibra muscular
Núcleo
Núcleo
Fibra muscular
Núcleo
MÚSCULO
ESTRIADO
CARDÍACO
MÚSCULO
ESTRIADO
ESQUELÉTICO
MÚSCULO LISO
Tipos de fibras musculares
Os
MÚSCULOS
ESTRIADOS
ESQUELÉTICOS são
controlados
pela vontade do homem, e por serem
ligados aos ossos permitem a
movimentação do corpo;
O
MÚSCULO
ESTRIADO
é um músculo estriado,
no
entanto,
possui
como
característica o facto de não estar
sob qualquer controle voluntário;
CARDÍACO
Os MÚSCULOS LISOS são
involuntários e trabalham para
acionar
os
órgãos
internos
(movimentos do esôfago ou
intestinos).
TIPOS DE MÚSCULO
MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO
Apresentam estrias nas suas fibras. São os responsáveis pelos movimentos
voluntários. Estes músculos inserem-se sobre os ossos e sobre as cartilagens e
contribuem para formar o invólucro exterior do corpo. A maioria dos músculos está
presa ao esqueleto, junto a articulações, abrindo-as e fechando-as e permitindo
mover o corpo. Nas articulações, esses músculos são presos a ossos por meio de
tendões, que são cordões de tecido conjuntivo. São formados por células
bastante compridas e polinucleadas;
Músculo estriado esquelético ao microscópio
Músculos afetos ao movimento voluntário
TIPOS DE MÚSCULO
MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO
O músculo estriado cardíaco é o tipo de tecido muscular que forma a camada
muscular do coração, conhecida por miocárdio. Também é chamado tecido
muscular estriado esquelético cardíaco. As fibras musculares cardíacas têm discos
(membranas que delimitam a célula) intercalados entre uma fibra e outra. O
músculo cardíaco possui contrações involuntárias, permitindo levar o sangue a
todo o corpo;
Artéria aorta
Aurícula direita
Aurícula
esquerda
Válvula
tricúspida
Ventrículo
direito
Músculo estriado esquelético ao microscópio
Músculos afetos ao movimento voluntário
Ventrículo
esquerdo
Septo
TIPOS DE MÚSCULO
MÚSCULO LISO
Músculo liso é um tecido muscular de contração involuntária e lenta, composta por
células fusiformes mononucleadas. O músculo liso encontra-se nas paredes de
órgãos ocos, tais como os vasos sanguíneos, na bexiga, no útero e no trato
gastrointestinal. O músculo liso é responsável por movimentos peristálticos, que
são contrações lentas e involuntárias, em ondas, que deslocam o alimento pelo
sistema digestivo. Estas contrações peristálticas são controladas
automaticamente pelo Sistema Nervoso Autónomo;
Parede muscular
do esófago
Músculo contraído
Bolo alimentar
Músculo relaxado
Músculo estriado esquelético ao microscópio
Músculos afetos ao movimento voluntário
COMPARAÇÃO ENTRE TIPO DE MÚSCULOS
Músculo
Esquelético
Músculo Liso
Músculo
Esquelético
Cardíaco
Inserido nos ossos
Paredes dos órgãos ocos,
vasos sanguíneos, olhos,
Glândulas e pele
Coração
Forma das células
Muito longas e cilíndricas
Em forma de fusos
Cilíndricas e ramificadas
Núcleo
Múltiplos, com localização
periférica
Único, com localização
central
Único, com localização
central
Estrias
Sim
Não
Sim
Voluntário e involuntário
(reflexos)
Involuntário
Involuntário
Não
Sim (alguns músculos lisos)
Sim
Movimento corporal
Ex.: esvaziamento da
bexiga, alteração do
tamanho da pupila,
movimento dos pêlos, etc.
Bombeia o sangue
Características
Localização
Controle
Capacidade
de
contração espontânea
Função
FUNÇÕES DO MÚSCULO
a) Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e
correr;
b) Estabilização da Posição e distribuição do peso corporais: A contração dos
músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das
posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar, bem como a distribuição do peso;
c) Manutenção dos contornos corporais, proteção dos órgãos viscerais e regulação
do Volume dos Órgãos: A contração sustentada dos músculos lisos pode impedir a
saída do conteúdo de um órgão oco;
d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos
das paredes vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo, podem mover alimentos,
urina e gâmetas do sistema reprodutivo e promovem o fluxo de linfa e o retorno do
sangue para o coração;
e) Regulação da temperatura: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e
grande parte desse calor libertado pelo músculo é usado na manutenção da
temperatura corporal.
A – ORGANIZAÇÃO
MACROSCÓPICA E
PROPRIEDADES DO
MÚSCULO ESQUELÉTICO
ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA GERAL
VENTRE MUSCULAR
APONEVROSES
TENDÕES
ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA GERAL
VENTRE MUSCULAR
Ventre muscular é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras
musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção
carnosa).
Ventre muscular
Ventre muscular do bíceps
Aponeurose de revestimento
ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA GERAL
APONEVROSES
São terminações ou origens musculares, em forma de leque ou qualquer
membrana constituída por fibras conjuntivas densas que envolve um músculo.
Possuem cor esbranquiçada ou amarelada. São finas e delgadas, porém muito
resistentes. Como um invólucro ao redor dos músculos, as aponeuroses criam
resistência e aderem à superfície da região do osso em que o músculo se prende.
Aponevrose
Aponeurose de inserção
Aponeurose de revestimento
ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA GERAL
TENDÕES
O tendão é constituído por um cordão fibroso formado por tecido conjuntivo.
Através do tendão os músculos se inserem nos ossos ou noutros órgãos. possuem
a função de manter o equilíbrio estático e dinâmico do corpo, através da
transmissão do exercício muscular aos ossos e articulações;
Osso
Gastrocnémio
Soleus
Tendão
Músculo
Tendão de Aquiles
Tendão de Aquiles
Osso, músculo e tendão
PAPEL DA ELASTICIDADE MUSCULAR
COMO FATOR PROTETOR DA ATIVIDADE
MUSCULAR
COMO FATOR DE ORGANIZAÇÃO DA
ATIVIDADE MUSCULAR
PRINCIPAIS ELEMENTOS ELÁSTICOS DO
MÚSCULO
MÚSCULOS 1; 2 E 3.
PAPEL DA ELASTICIDADE MUSCULAR
COMO FATOR PROTETOR DA ATIVIDADE MUSCULAR
A elasticidade muscular é a capacidade dos músculos se distenderem e
recuperarem o seu comprimento inicial, depois de efetuarem uma contração. Este
processo depende, sobretudo, do comprimento inicial das fibras musculares, já
que quanto maior for a longitude, mais amplo será o movimento de contração e
distensão e, consequentemente, maior será a elasticidade muscular;
Esta
propriedade
pode
ser
aperfeiçoada através do alongamento
muscular, já que os exercícios de
alongamento, essenciais em todas as
atividades de aquecimento, aumentam o
comprimento das fibras musculares;
Exercícios de alongamento garantem
maior elasticidade, evitando situações de
rutura muscular.
Elasticidade muscular
PAPEL DA ELASTICIDADE MUSCULAR
COMO FATOR DE ORGANIZAÇÃO DA ATIVIDADE MUSCULAR
Quando se intenta à realização de qualquer exercício, deve considerar-se a
capacidade de elasticidade individual do praticante, segundo a realização prévia
de um esquema de exercícios, devidamente monitorizados;
Os objetivos do alongamento
centram-se em
restaurar a
amplitude de movimento normal;
prevenir o encurtamento dos
músculos; facilitar o relaxamento
muscular; aumentar a amplitude de
movimento de uma área particular
do corpo antes de iniciar os
exercícios de fortalecimento; e
reduzir o risco de lesões músculotendinosas.
Exercícios de alongamento
PAPEL DA ELASTICIDADE MUSCULAR
PRINCIPAIS ELEMENTOS ELÁSTICOS DO MÚSCULO
Os elementos elásticos do músculo também apresentam alguma resistência ao
alongamento, tendo capacidade de, quando estirados, armazenar energia elástica
que posteriormente restituem quando se verifica o encurtamento. A sua função é
transmitir tensão dos músculos aos ossos e assim produzir movimento;
São
componentes
elásticos,
as
membranas
celulares
das
fibras
musculares e as membranas envolventes
(endomisio – tecido que envolve uma
fibra muscular, perimisio – tecido que
envolve o fascículo; e epimisio – tecido
que envolve o músculo), constituídas por
tecido conjuntivo. Também constituídos
por tecido conjuntivo são os tendões
(elemento elástico ).
Tendão
Epimísio
Endomísio
Fibra
muscular
Osso
Perimísio
Fascículo
Elementos elásticos
Vaso
sanguíneo
Endomísio
B – ORGANIZAÇÃO
MICROSCÓPICA E PROCESSO
DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
CONSTITUIÇÃO DA FIBRA MUSCULAR
CARACTERIZAÇÃO DAS FUNÇÕES GERAIS
DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS
O SARCÓMERO E A CONTRAÇÃO MUSCULAR
PROCESSOS DE CONTRAÇÃO E
RELAXAMENTO
NOÇÃO DE TÉTANO (TETANIA) MUSCULAR
CURVAS FORÇA / ALONGAMENTO E FORÇA
/ VELOCIDADE DA FIBRA MUSCULAR
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
CONSTITUIÇÃO DA FIBRA MUSCULAR
Fibras musculares, células
musculares ou miócitos são
as células que constituem os
músculos. Podem chegar a
30 cm de comprimento. Para
além do seu tamanho e
forma, estas células têm
ainda outra particularidade:
são preenchidas por feixes
longitudinais de miofibrilhas,
responsáveis
pela
contração muscular.
Fascículo Endomísio
Epimísio
Capilar
Perimísio
Músculo
Retículo
sarcoplasmático
Tendão
Osso
Núcleo
Túbulo transverso
Miofibrinas
Sarcómero
(miofilamento)
Miofilamento
de actina
Miofilamento
de miosina
Constituintes da fibra muscular
Sarcolema
Mitocôndrias
Estrias
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
FUNÇÕES GERAIS DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS
Miofibrinas – responsáveis
pela contração muscular;
Sarcolema – membrana
plasmática das células do
tecido
muscular;
Sarcoplasma – citoplasma
das
células
musculares;
Sarcómero – um dos
componentes básicos do
músculo estriado que permite
a
contração
muscular;
Miofilamentos – filamentos
das miofibrinas, responsáveis
pela contractibilidade.
Fascículo Endomísio
Epimísio
Capilar
Perimísio
Músculo
Retículo
sarcoplasmático
Tendão
Osso
Núcleo
Túbulo transverso
Miofibrinas
Sarcómero
(miofilamento)
Miofilamento
de actina
Miofilamento
de miosina
Constituintes da fibra muscular
Sarcolema
Mitocôndrias
Estrias
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
FUNÇÕES GERAIS DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS
PLACA MOTORA
Cada músculo possui o seu nervo motor, o qual se divide em muitos ramos para
poder controlar todas as células do músculo. O local onde as divisões destes
ramos terminam e se unem ao músculo é denominado como placa motora (região de
contato, de invaginação, da fibra nervosa na fibra muscular);
Medula espinal
Unidade Unidade
motora 1 motora 2
Dendrites
Nervo motor
Axónio
Músculo
Fibras musculares
Placa motora (imagem microscópica)
Placa motora
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
FUNÇÕES GERAIS DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS
MITOCÔNDRIA
A mitocôndria é um dos organitos celulares mais importantes. É abastecida pela
célula que a hospeda por substâncias orgânicas como a glicose, as quais processa
e converte em energia sob a forma de ATP, que devolve para a célula hospedeira,
sendo energia química que pode ser usada em reações bioquímicas que necessitem
de consumo de energia;
Síntese de ATP
Espaço intermembranoso
Matriz
Cristas
Ribossomas
Granulos
Membrana
ADN interna e externa
Mitocôndria (imagem microscópica)
Esquema de mitocôndria
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
O SARCÓMERO E A CONTRAÇÃO MUSCULAR
Contração muscular é
um processo fisiológico
característico
das
fibras musculares que
corresponde
à
capacidade de gerar
tensão com a ajuda de
um neurónio motor.
Ocorre com a saída de
um impulso elétrico, do
sistema
nervoso
central,
que
é
conduzido ao músculo
através de um nervo.
Sarcolema
Mitocôndria
Miofibrina
Banda A
Banda I
Núcleo
Linha Z
Banda H
Banda I
Banda A
Linha Z
Actina
Miosina
Constituintes da fibra muscular
Sarcómero
Banda I
Linha M
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
PROCESSOS DE CONTRAÇÃO E RELAXAMENTO
A contração do músculo esquelético é voluntária e ocorre pelo deslizamento dos
filamentos de actina sobre os de miosina. Nas pontas dos filamentos de miosina
existem pequenas projeções, capazes de formar ligações com certos sítios dos
filamentos de actina, quando o músculo é estimulado;
Essas projeções (cabeças) de
miosina puxam os filamentos de
actina, forçando-os a deslizar
sobre os filamentos de miosina.
Isso leva ao encurtamento das
miofibrilas e à contração muscular.
Durante a contração muscular, o
sarcómero diminui devido à
aproximação das duas linhas Z, e
a zona H chega a desaparecer.
Relaxamento muscular
Miosina
Linha Z
Banda H
Contração muscular
Ação de contração e relaxamento muscular
Actina
Linha Z
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
PROCESSOS DE CONTRAÇÃO E RELAXAMENTO
AÇÃO DO CÁLCIO
A contração muscular esquelética acontece quando há uma interação das
proteínas contráteis de actina e miosina, que ocorre na presença de íões de cálcio
e energia;
A função do cálcio no músculo
esquelético é expor um sítio de
ligação da miosina na proteína
actina. Quando o impulso é
interrompido o cálcio é removido
através da bomba de cálcio para
ser armazenado no retículo
sarcoplasmático;
Iões de Ca2+
Linha Z
ATP
ADP + P i
ATPase
Flexão das cabeças de miosina
Presença do cálcio na contração muscular
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
PROCESSOS DE CONTRAÇÃO E RELAXAMENTO
FORMAÇÃO DO COMPLEXO ACTOMIOSINA (PONTE CRUZADA)
Os filamentos de actina e miosina
dentro do músculo participam
principalmente
do
processo
mecânico da contração muscular.
Quando o cálcio e a adenosina
trifosfato
(ATP)
estão
presentes
em
quantidades
suficientes,
os
filamentos
interagem para formar o complexo
actomiosina, o que vai acabar por
resultar na contração muscular.
Ligação da miosina à actina
Filamento de actina
ATP
Filamento de miosina
Quebra da molécula de ATP
O filamento de miosina
provoca o deslizamento da
actina
Com novo ATP as moléculas desligam-se
Complexo miosina - actina
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
NOÇÃO DE TÉTANIA (TETANUS) MUSCULAR
Corresponde a uma continuada e involuntária contração muscular, devido a
problemas no estímulo nervoso. É um estado patológico caracterizado por crises
de contrações musculares espasmódicas. A estimulação contínua faz com que o
músculo atinja um grau máximo de contração, o músculo permanece contraído,
condição conhecida como tetania;
A Fadiga Muscular pode ser
definida como declínio da tensão
muscular com a estimulação
repetitiva e prolongada durante
uma atividade.
Tensão
Tetania completa
Fadiga
Tempo
Contração muscular involuntária
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
CURVAS FORÇA
A Força Rápida, requerida na
Halterofilia, trata-se do máximo valor de
força que o indivíduo consegue produzir
até aos 0,4 segundos;
A força inicial traduz o máximo valor de
produção de força num movimento até
aos 0,2 segundos.
Curva força de um Powerlifter
Curva força de um halterofilista
Curva força de um pugilista
Força máxima
Força rápida
Força inicial
FORÇA
A Força Máxima, que é solicitada no
Powerlifting, demora em média 0,8
segundos a ser atingida e traduz-se no
máximo valor de força oferecido por uma
resistência que o individuo consiga
igualar;
0,2 seg.
Força inicial
0,4 seg.
Tempo
Força rápida
Constituintes da fibra muscular
0,8 seg.
1seg.
Força máxima
Sustentável até aos 4 seg
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
ALONGAMENTO VERSUS FORÇA
Um músculo flexível tende a ser mais resistente a lesões que um músculo rígido. Os
alongamentos permitem uma melhor mobilidade e flexibilidade, desenvolvendo uma
certa amplitude de movimento;
Existe a ideia que o alongamento se opõe às lesões, sendo um músculo alongado
mais resistente que músculos não alongados;
O exercício de alongamento realizado em
alta intensidade de extensão muscular,
acaba por diminuir a força, por um
mecanismo conhecido como Inibição
Neural;
A diminuição da força pode ser
decorrente de fatores neurológicos,
mecânicos e comprimento-tensão da fibra
muscular.
Alongamento versus força
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
FORÇA / VELOCIDADE DA FIBRA MUSCULAR
Relação Força-Velocidade
Tensão aplicada
Força (potência máxima)
Energia
Energia
Velocidade (potência máxima)
Força
A velocidade na qual um músculo varia
em comprimento (geralmente regulado
por forças externas, tais como
carregar pesos) também afeta a força
que pode gerar. A força declina
(hiperbólica) em relação à força
isométrica medida conforme aumenta a
velocidade
de
encurtamento,
eventualmente chegando a zero à
velocidade máxima.
Velocidade
O inverso vale para quando o músculo é esticado - aumenta a força acima do
máximo isométrico, até finalmente chegar a um máximo absoluto. Há fortes
implicações para a taxa na qual os músculos podem realizar trabalho mecânico
(energia). Dado que a energia é igual à força vezes a velocidade, o músculo gera
nenhum poder em força isométrica (devido à velocidade zero).
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
VELOCIDADE DA FIBRA MUSCULAR – CONTRAÇÃO LENTA
As fibras de contração lenta são responsáveis pela resistência da contração,
permitindo forças suficientes para contrações prolongadas, podendo persistir por
vários minutos ou horas. Um músculo com função de resistência, sustentação, que
responde de forma lenta, suportando maior tempo de contração, possui maior
número de fibras lentas, que são preparadas para atender essas características;
Estas têm uma alta capacidade de oxidar
aerobicamente os glícidos e os ácidos
gordos, de modo a gerar ATP e
permitindo exercícios duradouros;
As Fibras musculares lentas (tipo I)
oxidativas, efectuam atividades lentas;
são menores; exercícios aeróbicos; baixa
intensidade, muita vascularização; muitas
mitocôndrias; abundante mioglobina
(aspeto avermelhado).
Atleta maratonista –Fibras Tipo I
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
VELOCIDADE DA FIBRA MUSCULAR – CONTRAÇÃO RÁPIDA
Proporcionam grandes quantidades de potência de
contração, podendo suportar trabalhos de segundos
a um minuto. As fibras rápidas são adaptadas para
contrações musculares muito rápidas e fortes, como as
que ocorrem nos saltos e corridas curtas, entrando em
fadiga apenas alguns minutos após a sua contração;
Prova de 100 m – Fibras tipo II
As Fibras musculares rápidas (brancas – Tipo II)
exercem atividades rápidas; exercícios anaeróbicos;
fibras
maiores;
maior
diâmetro,
retículo
sarcoplasmático extenso; poucas mitocôndrias; pouca
vascularização; possuem coloração esbranquiçada
devida a menor quantidade de mioglobina;
Constituintes da fibra muscular
Sub-tipo IIa – fibras rápidas oxidativas-glicolíticas;
Sub-tipo IIb – rápidas glicolíticas.
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA E
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES NO NOSSO DIA-A-DIA
As fibras CL (contração lenta) são recrutadas em primeiro lugar, independentemente
da intensidade do exercício. Caso haja necessidade de um fornecimento rápido e
potente de energia, fibras adicionais do tipo IIA serão recrutadas. Somente em níveis
máximos ou quase máximos é que recrutamos as fibras IIB. Quando corremos em
velocidade máxima recrutamos todos os tipos de fibras, principalmente as do tipo IIB.
No entanto, as fibras IIB entram rapidamente em fadiga e caso quiséssemos continuar
correndo, seríamos obrigados a reduzir a velocidade, pois as fibras IIA passariam a ser
preferencialmente recrutadas. Apesar de possuírem um alto potencial energético, este
é ainda assim inferior à potência das fibras IIB. Não demoraria muito e rapidamente
sentiríamos uma enorme sensação de fadiga, forçando a reduzir ainda mais a
velocidade. Assim, as fibras CR (contração rápida) passariam a ser recrutadas
preferencialmente. Estas fibras utilizam o alto potencial oxidativo para queimar,
preferencialmente as gorduras e ácido láctico, que foi acumulado durante os momentos
anteriores do exercício. Somente assim seria possível continuar sem esgotar as
reservas limitadas de glícidos que se encontram nos músculos.
C – PROCESSOS
ENERGÉTICOS NO MÚSCULO
ESQUELÉTICO
PROCESSOS ENERGÉTICOS NO MÚSCULO
ESQUELÉTICO
NECESSIDADES ENERGÉTICAS DA FIBRA
MUSCULAR
PAPEL DO ATP
PROCESSOS DE RESÍNTESE DE ATP
INTERAÇÃO DOS DIFERENTES PROCESSOS
EM DIVERSOS TIPOS DE ESFORÇO
PROCESSOS ENERGÉTICOS NO MÚSCULO
ESQUELÉTICO
NECESSIDADES ENERGÉTICAS DA FIBRA MUSCULAR
A Bioenergética dedica-se ao estudo dos vários
processos químicos que tornam possível a vida
celular do ponto de vista energético, e permite
entender como a capacidade para realizar
trabalho depende da conversão sucessiva, de
uma em outra forma de energias;
O trabalho muscular é uma questão de conversão
de energia química em energia mecânica, energia
que é utilizada pelas miofibrilas para provocar o
deslize dos miofilamentos, resultando em ação
muscular e produção de força
Trabalho - Conversão de energia
O dispêndio energético depende de vários fatores, da tipologia do exercício, da
frequência, da duração e intensidade, dos aspetos de carácter dietético, das
condições de exercitação (altitude, temperatura e humidade), da condição física do
atleta e da sua composição muscular em termos de fibras (tipo I e II)
PROCESSOS ENERGÉTICOS NO MÚSCULO
ESQUELÉTICO
PAPEL DO ATP
A fonte de energia garante o fornecimento de energia às
células é o ATP. O trifosfato de adenosina (ATP) é o
instrumento bioquímico que serve para armazenar e
utilizar energia;
Ribose
Molécula de A.T.P.
O ATP é necessário para as reações químicas
envolvidas em toda contração muscular. Conforme a
atividade do músculo aumenta, mais ATP é
consumido;
As células obtêm energia química, pelo catabolismo
de nutrientes e empregam esta energia para
sintetizar ATP a partir de ADP + Pi. O ATP
transfere parte de sua energia para processos de
síntese de macromoléculas ou transporte de
substâncias através das membranas contra
gradientes de concentração.
Adenina
Grupo fosfato
δ
α
β
α
Matriz
mitocondrial
ATP
ADP + Pi
H+
γ ε
Bicamada
lipídica
Rotor
Estator
ATPase
H+
Exterior
PROCESSOS ENERGÉTICOS NO MÚSCULO
ESQUELÉTICO
PAPEL DO ATP
A reação que transforma o ATP em energia apresenta um conjunto de etapas:
– Quimicamente, o ATP é um nucleótido de adenina cercado por três fosfatos;
– Há muita energia armazenada na ligação entre o segundo e o terceiro grupo de
fosfato que pode ser usada para alimentar as reações químicas;
– Quando uma célula precisa de energia, a ligação é quebrada para produzir
difosfato de adenosina (ADP) e uma molécula livre de fosfato (Pi);
– Em alguns casos, o segundo grupo de fosfato também pode ser quebrado para
produzir monofosfato de adenosina (AMP);
– Quando uma célula tem excesso de energia, é armazenada produzindo ATP a
partir de ADP e fosfato;
O ATP dos músculos vem de três sistemas bioquímicos
diferentes, nesta ordem:
– Sistema ATP - fosfocreatina (anaeróbio alático)
– Sistema Glicolítico (anaeróbio lático);
– Sistema Oxidativo (Aeróbio).
Grupo fosfato
Adenina
Molécula de A.T.P.
Ribose
PROCESSOS ENERGÉTICOS NO MÚSCULO
ESQUELÉTICO
DIFERENTES PROCESSOS E DIVERSOS TIPOS DE ESFORÇO
Em termos de performance, destacam-se três grupos distintos - potência,
velocidade e resistência (endurance) – aos quais associam um sistema energético
específico, respetivamente, os fosfatos de alta energia, a glicólise anaeróbia e o
sistema oxidativo.
Lançamento do peso
400 m livres
O lançamento do peso e a corrida de 400m são
sistemas energéticos designados de anaeróbios, o
que significa que a produção de energia não está
dependente da utilização de oxigénio;
Maratona
A maratona é um sistema
oxidativo (mitocôndria)
com gasto de oxigénio sistema aeróbio;
O sucesso e a operacionalidade de cada um dos grupos de atividade encontra-se
dependente do funcionamento do sistema energético preferencialmente utilizado.
PROCESSOS ENERGÉTICOS NO MÚSCULO
ESQUELÉTICO
SISTEMA ANAERÓBIO
As fibras musculares costumam "construir" as moléculas de ATP a partir da
combustão ou oxidação dos nutrientes que armazenam no seu interior através de
um processo aeróbio, ou seja, mediante um processo que necessita da presença
de oxigénio;
Todavia, como a assimilação de oxigénio a partir da circulação sanguínea,
durante os primeiros dois minutos de exercício físico, o tempo que o aparelho
cardiorrespiratório necessita para se adaptar completamente às necessidades, é
muito reduzido, as fibras musculares, durante a fase inicial do exercício físico,
obtêm o ATP de que necessitam a partir de dois mecanismos anaeróbios em
que não é necessária a presença de oxigénio: o da fosfocreatina e o da glicólise
anaeróbia.
PROCESSOS ENERGÉTICOS NO MÚSCULO
ESQUELÉTICO
SISTEMA ATP - FOSFOCREATINA (ANAERÓBICO
Embora este mecanismo seja muito eficaz no início da
contração, o depósito de fosfocreatina acaba
igualmente por se esgotar, obrigando a fibra muscular a
recorrer a outro dos seus processos anaeróbios, com
vista a obter mais moléculas de ATP.
Sistemas energéticos
Percentagem de
energia total
A fosfocreatina é uma substância composta por uma
molécula de creatina e outra de ácido fosfórico
armazenada no interior das fibras musculares, que
participa no primeiro mecanismo destinado a obter
moléculas de ATP e, consequentemente, energia,
perante necessidades repentinas. O mecanismo da
fosfocreatina é ativado no preciso momento em que a
contração da fibra muscular se inicia e consiste no
desdobramento desta substância numa molécula de
creatina e noutra de ácido fosfórico e na posterior
junção desta molécula e de outra de ADP, de modo
a formar uma nova molécula de ATP.
ALÁTICO)
Fosfocreatina
Glicolítico
Oxidativo
Tempo (segundos)
Sistema ATP-PC
Velocista
Nadador
8 – 10 seg. (100 m)
Sistema glicolítico
1,3 – 1,6 seg. (400 m)
Sistema oxidativo
Maratonista
Tempo limitado (15 km)
Sistemas energéticos
PROCESSOS ENERGÉTICOS NO MÚSCULO
ESQUELÉTICO
SISTEMA GLICOLÍTICO (ANAERÓBIO LÁTICO)
Este processo consiste na degradação do glicogénio
armazenado no interior das fibras musculares, de modo
a proporcionar a obtenção de energia que permita a
junção das moléculas de ácido fosfórico com outras de
ADP, para que no final do processo se obtenham
duas moléculas de ATP e, como produtos residuais,
duas moléculas de água e outras duas de ácido láctico.
Glicólise
Cerca de quarenta segundos após este tipo de atividade, a relevância da glicólise
anaeróbia diminui, já que após este período, o aparelho cardiorrespiratório começa
a adaptar-se ao exercício físico e a transportar uma quantidade mais significativa
de oxigénio para o tecido muscular.
A velocidade da eliminação do ácido láctico provocado por este processo é menor
do que a velocidade de produção, pois tem tendência para se acumular. Cerca de
dois minutos após o início do exercício físico, os mecanismos aeróbios
desempenham um papel muito mais importante do que os anaeróbios.
PROCESSOS ENERGÉTICOS NO MÚSCULO
ESQUELÉTICO
SISTEMA AERÓBIO
É através do metabolismo aeróbio que as fibras musculares obtêm a energia de
que necessitam para formarem as moléculas de ATP, a partir da união de
moléculas de ADP e ácido fosfórico, mediante a degradação de nutrientes em
processos que necessitam da presença de oxigénio
Este processo fornece dez vezes mais energia do que os mecanismos
anaeróbios e tem a vantagem de não gerar substâncias residuais tóxicas,
formando moléculas eliminadas de dióxido de carbono, com o ar expirado, e água.
Após a adaptação do aparelho cardiorrespiratório ao exercício, o principal
mecanismo de obtenção de energia consiste na neoglicogénese aeróbia, a partir
do momento em que as reservas de glicogénio do tecido muscular e hepático
começam a esgotar-se. As fibras musculares começam a construir moléculas de
ATP através da degradação das moléculas de proteínas e lipídios dos tecidos,
provenientes dos depósitos adiposos, que se encontram na hipoderme e à volta
dos órgãos internos através do sangue.
PROCESSOS ENERGÉTICOS NO MÚSCULO
ESQUELÉTICO
SISTEMA OXIDATIVO (AERÓBIO)
Com cerca de dois minutos de exercício, o corpo já responde para suprir oxigénio
aos músculos que se exercitam. Quando há oxigénio, a glicose pode ser
completamente decomposta em dióxido de carbono e água em um processo
chamado respiração aeróbia. A glicose pode ter três diferentes origens:
As reservas de glicogénio restantes nos
músculos; a quebra do glicogénio do fígado,
através da corrente sanguínea; a absorção
da glicose dos alimentos no intestino, através
da corrente sanguínea;
Glicólise oxidativa
Glicose
A respiração aeróbica também pode usar ácidos gordos das reservas de gordura
do músculo e do corpo para produzir ATP. Em casos extremos, as proteínas
também podem ser decompostas em aminoácidos e utilizadas para produzir ATP.
A respiração aeróbica usaria primeiramente os glícidos, depois as gorduras e, se
necessário, as proteínas. A respiração aeróbica produz ATP num ritmo mais
lento, mas pode continuar o fornecimento por muitas horas.
PROCESSOS ENERGÉTICOS NO MÚSCULO
ESQUELÉTICO
PROCESSOS DE RESÍNTESE DE ATP
A energia necessária para a realização de todas as tarefas que nosso corpo
necessita é proveniente do ATP, fabricada em todas as células vivas como um
modo de capturar e armazenar energia. À medida que o corpo vai realizando
suas funções, o ATP é degradado e, consequentemente, restaurado por outra
fonte energética que pode ser proveniente da fosfocreatina, das ácidos gordos,
dos lípidos ou das proteínas. Conforme as necessidades energéticas, o corpo
utiliza o pouco ATP que tem disponível . À medida que o ATP acaba, é
solicitado o uso da fosfocreatina para ressintetizar o ATP, porém a
fosfocreatina também é reduzida. Então, o nosso organismo solicita outro
macronutriente para realizar a ressintese do ATP. Entretanto, o organismo
precisa de determinar qual o substrato energético a utilizar: gordura, na forma
de triglicerídeos, ou glícidos na forma de glicose ou glicogénio muscular,
dependendo de dois fatores: a velocidade de ressintese do ATP e se há ou
não a presença de oxigénio.
PROCESSOS ENERGÉTICOS NO MÚSCULO
ESQUELÉTICO
DIFERENTES PROCESSOS E DIVERSOS TIPOS DE ESFORÇO
Na presença de oxigénio e na pouca necessidade de solicitação deste
macronutriente, o organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP, uma vez
que a gordura gera mais ATP que a glicose, e sua fonte é praticamente ilimitada no
nosso corpo, não levando-o ao risco de sofrer pela má utilização deste substrato.
Por outro lado, na necessidade de alta velocidade de ressintese do ATP o
organismo irá optar pela glicose ou glicogénio hepático e muscular; como em
exercícios extenuantes e muito intensos. Isso também ocorreria na ausência de
oxigênio durante o processo de transformação para gerar energia, chamado de
ciclo da glicólise. Esse ciclo seria capaz de gerar energia suficiente para
ressintese do ATP, mas teria um efeito indesejável, a produção de ácido lático,
que faria com que o exercício fosse interrompido minutos
depois pela instalação
Constituintes da fibra muscular
da fadiga muscular dos músculos ativos (músculos exercitados).
D – TIPOS DE FIBRAS
MUSCULARES
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES
FIBRAS DOS TIPOS I E II
TIPO I
A classificação das fibras musculares faz-se de acordo com o metabolismo
energético dominante, da velocidade de contração e da sua coloração
histoquímica, a qual depende das atividades enzimáticas: Tipo I , de contração
lenta ou vermelhas, e isto devido à densi-dade capilar e ao conteúdo em mioglobina
e Tipo II, de contracção rápida ou fibras brancas, as quais se sub-dividem na lIa,
IIb, e IIc
Fibras tipo I, de contração lenta, vermelhas ou ST(slow twitch) São fibras com
menor diâmetro, com um maior fornecimento sanguíneo, quando expresso em
capilares por fibra, possuem muitas e grandes mitocôndrias e muitas enzimas
oxidativas. São por isso fibras com um metabolismo energético de predomínio
aeróbico, resultando uma grande produção de ATP, permitindo esforços
duradouros. Estas fibras predominam nos músculos dos atletas de endurance ou
resistência
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES
FIBRAS DOS TIPOS I E II
TIPO II
De contração rápida, brancas ou FT(fast twitch) São fibras brancas, de maior
diâmetro, com predomínio de metabolismo energético de tipo anaeróbico. Possuem
grandes quantidades de enzimas ligadas a este tipo de metabolismo, como por
exemplo a CPK (creatinofosfoquínase), necessária à regeneração rápida de ATP
a partir da fosfocreatina (CP)
O músculo tem uma velocidade de contração, uma velocidade de condução na
membrana e uma tensão máxima maior do que nas fibras do tipo I. Têm elevados
níveis de atividade da ATPase miofibrinar, o que revela grande velocidade na
elaboração das interações actina-miosina
Nas Fibras subtipo IIb o metabolismo anaeróbico é dominante, o que origina uma
grande acumulação de ácido láctico. São fibras com um mau rendimento
energético, de contração rápida e facilmente fatigáveis; Fibras do subtipo lIa: são
também fibras brancas, com predomínio do metabolismo anaeróbico, mas já com uma
capacidade oxidativa superior; as fibras Iic possuem predomínio do metabolismo
anaeróbico e uma capacidade oxidativa superior.
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES
DISTRIBUIÇÃO DOS TIPOS DE FIBRAS NOS MÚSCULOS
As percentagens de fibras rápida, intermediária e lenta
num músculo esquelético pode ser bastante variável.
Músculos dominado por fibras rápidas aparecem
pálidas e são chamados de músculos brancos. Peitos de
frango contêm "carne branca", porque as galinhas usam
as asas apenas por breves intervalos, como quando em
fuga de um predador, e o poder de voo provém de
fibras rápidas nos músculos do peito. Os vasos
sanguíneos e mioglobina nas fibras lentas conferem uma
cor avermelhada aos músculos lentos. Na galinha, o
andar todo o dia confere às fibras lentas (carne escura)
o tom escuro das pernas.
A maioria dos músculos humanos contêm uma mistura de tipos de fibras e assim
aparecem rosa. No entanto, não há fibras lentas nos músculos do olho ou na mão,
onde contrações rápidas, mas breve são obrigatórios. São dominados por fibras
lentas, os músculos que se contraem continuamente para manter uma postura ereta.
A percentagem de fibras rápidas versus lenta em cada músculo é determinada
geneticamente, podendo aumentar como resultado do treinamento atlético
E – CONCEITOS
RELACIONADOS COM A
DETERMINAÇÃO DAS
AÇÕES MUSCULARES
CONCEITOS RELACIONADOS COM A
DETERMINAÇÃO DAS AÇÕES MUSCULARES
O MÚSCULO ESQUELÉTICO E A FUNÇÃO ARTICULAR
Os músculos esqueléticos ou músculos estriados,
já que apresentam estriações nas suas fibras, são
os responsáveis pelos movimentos voluntários;
estes músculos inserem-se sobre os ossos e sobre
as cartilagens e contribuem, com a pele e o
esqueleto, para formar o invólucro exterior do
corpo.
A maioria dos músculos está presa ao esqueleto,
junto a articulações, abrindo-as e fechando-as.
Nas articulações, esses músculos são presos a
ossos por meio de tendões, que são cordões de
tecido conjuntivo. Quando os tendões são chatos
e largos, e não possuem a forma de cordão,
recebem o nome de aponeuroses ou aponevroses.
Relação músculo-articulação
Diferentes exigências/fibras
Tendão de
inserção
CONCEITOS RELACIONADOS COM A
DETERMINAÇÃO DAS AÇÕES MUSCULARES
NOÇÕES DE ORIGEM E DE INSERÇÃO
Origem e inserção do biceps
Por convenção, denomina-se de origem, a
extremidade do músculo presa à peça do esqueleto
que não se move e inserção a extremidade do
músculo presa à peça óssea que se desloca;
Inserção proximal
(origem)
Peça óssea que não
se desloca
Ponto fixo
Inserção distal
(inserção)
Peça óssea que se
desloca
Ponto móvel
PROXIMAL
DISTAL
Origem
Inserção
CONCEITOS RELACIONADOS COM A
DETERMINAÇÃO DAS AÇÕES MUSCULARES
TIPOS DE ACÃO MUSCULAR
Estática (isométrica) - se a tensão desenvolvida pelo
músculo é igual à resistência que ele tem de vencer, o
comprimento das fibras musculares, mantém-se
essencialmente inalterado. Este tipo de ação muscular
ocorre quando se pretende exercer força contra uma
resistência inamovível;
Dinâmica concêntrica - quando a tensão desenvolvida
pelo músculo é superior à resistência que ele tem de
vencer, ocorre um encurtamento. Este tipo de ação
ocorre na fase positiva (concêntrica) da maioria dos
exercícios de treino de força, como o supino ou o
agachamento;
Relação músculo-articulação
Sem movimento
Contração isométrica
Movimento
Contração concêntrica
Movimento
Contração excêntrica
Dinâmica excêntrica - quando a tensão desenvolvida pelo músculo é inferior à
resistência que ele tem de vencer, apesar do músculo tentar encurtar-se, ocorre um
alongamento das fibras musculares. Este tipo de ação ocorre na fase negativa
(excêntrica) da maioria dos exercícios de treina da força, como o supino ou o
agachamento.
CONCEITOS RELACIONADOS COM A
DETERMINAÇÃO DAS AÇÕES MUSCULARES
TIPOS DE ACÃO MUSCULAR
CICLO MUSCULAR ALONGAMENTO/ENCURTAMENTO
O ciclo alongamento e encurtamento (CAE),
mecanismo fisiológico cuja função é aumentar a
eficiência mecânica dos movimentos, utiliza ações
musculares excêntricas seguidas, imediatamente,
por explosivas ações concêntricas;
Salto em altura
A primeira fase é o pré-estiramento ou ação
muscular excêntrica. Aqui, a energia elástica é
gerada e armazenada;
A segunda fase é o período entre o fim do pré-estiramento e do início da ação
muscular concêntrica, fase de amortização. Quanto menor esta fase, mais poderosa
será a subsequente contração do músculo. A terceira e última fase é a contração
real do músculo, que corresponde ao salto (ou lançamento).
CONCEITOS RELACIONADOS COM A
DETERMINAÇÃO DAS AÇÕES MUSCULARES
PAPÉIS DOS MÚSCULOS DESEMPENHAM NO MOVIMENTO
Agonistas: São os músculos principais que
ativam um movimento específico do corpo,
contraindo ativamente para criar o movimento
desejado. Ex: agarrar uma chave sobre a mesa,
agonistas são os flexores dos dedos. b)
Antagonistas: Músculos que se opõem à ação
dos agonistas, quando o agonista se contrai, o
antagonista
relaxa
progressivamente,
produzindo um movimento suave. Ex: os
antagonistas são os extensores dos dedos.
Flexão
Bíceps
contraído
(agonista)
Movimento
Extensão
Tríceps
relaxado
(antagonista)
Bíceps
relaxado
(antagonista)
Tríceps
contraído
(agonista)
Movimento
Músculos agonistas e antagonistas
d) Fixadores: Estabilizam a articulação e a origem do agonista de modo que ele
possa agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando
move-se a parte distal.
F – ORGANIZAÇÃO GERAL E
CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO
TRONCO
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO
DOS PRINCIPAIS MÚSCULOS DO TRONCO
MÚSCULOS DA CAMADA PROFUNDA DA REGIÃO
POSTERIOR DO TRONCO
Músculo sacroilio-lombar
Músculo espinhal
torácico
Músculo dorsal
longo
Músculo
iliocostal lombar
Trapézio
7.ª vertebra
cervical
Músculos da nuca
Músculos espinais
Músculo levantador
da escápula
Músculo romboide
menor
Músculo
romboide maior
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO
DOS PRINCIPAIS MÚSCULOS DO TRONCO
MÚSCULOS DA CAMADA SUPERFICIAL DA REGIÃO
POSTERIOR DO TRONCO
Trapézio superior
Trapézio médio
Trapézio
inferior
Trapézio
Grande
dorsal
Grande dorsal
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO
DOS PRINCIPAIS MÚSCULOS DO TRONCO
MÚSCULOS DA REGIÃO LATERAL DO PESCOÇO
Esternocleidostóideo
Esplénio cervical
Músculo levantador
da escápula
Anterior
Médio
Posterior
Trapézio
Trapézio
Masseter
Digástrico
Esternocleido
-mastoideo
Plexo braquial
Músculos escalenos
Esternocleidomastóideo
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO
DOS PRINCIPAIS MÚSCULOS DO TRONCO
MÚSCULOS DO TÓRAX
Músculos
intercostais
externos
Músculos
intercostais
internos
Grande dentado
Peitoral maior
Diafragma
Músculos intercostais
Músculos intercostais
Músculos peitorais
Peitoral menor
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO
DOS PRINCIPAIS MÚSCULOS DO TRONCO
PAREDES MUSCULARES DA CAVIDADE ABDOMINAL
Diafragma
Pélvis
Cavidade abdominal
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO
DOS PRINCIPAIS MÚSCULOS DO TRONCO
MÚSCULOS DA PAREDE POSTERIOR DO ABDÓMEN
Psoas menor
Quadrado dos
lombos
Psoas maior
Ilíaco
Psoas-ilíaco
Psoas-ilíaco
Quadrado dos lombos
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO
DOS PRINCIPAIS MÚSCULOS DO TRONCO
MÚSCULOS DA PAREDE ANTERO-LATERAL DO ABDÓMEN
Grande dentado
Abdominal transverso
Linha alba
Retos do abdómen
Interno oblíquo
Externo oblíquo
Músculos antero-laterais
G – ORGANIZAÇÃO GERAL E
CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO
MEMBRO SUPERIOR
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR
MÚSCULOS CINTURA ESCAPULAR
Deltóide
Supra-espinal
Infra-espinal
Pequeno redondo
Grande redondo
Subescapular
Deltóide, infraespinhoso e pequeno redondo
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR
MÚSCULOS DO BRAÇO – REGIÃO ANTERIOR
Bicípite braquial
Braquial anterior
Longo supinador (Braquiradial)
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR
MÚSCULOS DO BRAÇO – REGIÃO POSTERIOR
Cabeça longa
Cabeça média
Cabeça lateral
Tricípete braquial
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR
REGIÕES MUSCULARES DO ANTEBRAÇO – ANTERO-INTERNA
Braquioradial
Extensor radial
longo do carpo
Flexor
carporadial
Palmar longo
Flexor longo do
polegar
Flexor ulnar
do carpo
Flexor
superficial
dos dedos
Flexor
profundo
dos dedos
Flexor
superficial
dos dedos
Flexor longo do
polegar
Pronador
quadrado
Eminência
tenar
Músculos antero-internos do antebraço
Adutor do
mínimo
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR
REGIÕES MUSCULARES DO ANTEBRAÇO – POSTERO-EXTERNA
Tendão do
tricípite
Flexor ulnar do
carpo
Extensor
carpo-ulnar
Extensor do
mínimo
Ancónio
Extensor radial
longo do carpo
Extensor radial
curto do carpo
Supinador
Abdutor longo
do polegar
Extensor dos
dedos
Extensor do
indicador
Músculos postero-externos do antebraço
Abdutor curto
do polegar
Extensor do
polegar
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR
REGIÕES MUSCULARES DA MÃO
Dorsais
interósseos
(vários)
Lumbricais
(vários)
Opositor do
mínimo
Flexor curto do
mínimo
Abdutor do
mínimo
Abdutor do
polegar
Abdutor curto
do polegar
Opositor do
polegar
Abdutor do
mínimo
Músculos da região palmar e dorsal
H – ORGANIZAÇÃO GERAL E
CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO
MEMBRO INFERIOR
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR
MÚSCULOS SUPERFICIAIS E PROFUNDOS DA BACIA
Glúteo médio
(secção)
Glúteo grande
(secção)
Crista ilíaca
Glúteo médio
Glúteo
pequeno
Obturator
interno
Grande, médio e pequeno glúteo
Glúteo grande
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR
MÚSCULOS SUPERFICIAIS E PROFUNDOS DA BACIA
Tensor da
fascia lata
Músculo tensor da fascia lata
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR
MÚSCULOS DA COXA – REGIÃO ANTERIOR
Tensor da
fascia lata
Sartório (costureiro)
Reto femural
Vasto externo
Vasto interno
Quadricipete crural e costureiro
Crural
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR
MÚSCULOS DA COXA – REGIÃO POSTERIOR – “HAMSTRINGS”
Glúteo grande
Adutor magno
Grácil
Bicípite femural
Semi-tendinoso
Semi-membranoso
“Harmstrings”
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR
MÚSCULOS DA COXA – REGIÃO INTERNA
Pectíneo
Adutor pequeno
Adutor grande
Músculos adutores da perna
Adutor médio
Grácil
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR
MÚSCULOS DA PERNA – REGIÃO ANTERIOR
Tibial
anterior
Músculo tibial anterior
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR
MÚSCULOS DA PERNA – REGIÃO POSTERIOR
Plantaris
Gastrocnémio
médio
Popliteo
Gastrocnémio
lateral
Solhar
Solhar
Tendão calcâneo
Calcâneo
Tricípite sural
Gastrocnémio
(cortado e removido)
Tendão calcâneo
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR
MÚSCULOS DA PERNA – REGIÃO EXTERNA
Peroneal
lateral longo
Peroneal
lateral curto
Peroneais laterais
ORGANIZAÇÃO GERAL E CARACTERIZAÇÃO DOS
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR
REGIÕES MUSCULARES DO PÉ –SUPERFICIAIS
Flexor curto do halux
Extensor curto do halux
Extensor curto
dos dedos
Lumbricais
Flexor
curto do
mínimo
Abdutor do halux
Músculos dorsais do pé
Abdutor do halux
Flexor curto do dedos
Abdutor do mínimo
Músculos plantares do pé
Download