GEOGRAFIA / 1º ANO PROF. SÉRGIO RICARDO POPULAÇÃO E URBANIZAÇÃO MUNDIAL Profº. Sérgio Ricardo População Absoluta número total de habitantes de uma área. População Relativa número total de habitantes por área ocupada; Pr = Pop. Total: Pop/Km² Área Densidade Demográfica = Pop. Relativa. População Absoluta Populoso População Relativa Povoado. 1. CRESCIMENTO POPULACIONAL Resulta do crescimento natural ou vegetativo e do saldo das migrações; Crescimento vegetativo ou natural = diferença entre a taxa de natalidade e mortalidade; 1.2) - Fases do crescimento populacional a) – Primeira Fase – as populações apresentavam elevadas taxas de natalidades e de mortalidade, ocasionando um baixo crescimento populacional.Essa fase ocorreu em quase todos os países do mundo até o final do século XVIII. b) – Segunda Fase – as populações começaram a apresentar elevadas taxas de natalidade e um declínio nas taxas de mortalidade, gerando um elevado crescimento populacional. (Explosão Demográfica). c) – Terceira Fase – as populações apresentam uma baixa taxa de natalidade e de mortalidade, ocasionando um baixíssimo crescimento populacional essa última fase ocorre hoje nos países desenvolvidos, que passam a enfrentar um processo de envelhecimento da população, devido às baixas taxas de natalidade. Transição Demográfica – é o período ou ciclo no qual o país passou pelas três fases de crescimento demográfico. 1.2.1) – Teorias Demográficas Teoria Malthusiana. Teoria Neomalthusiana. Teoria Reformista. 2) – DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃO A população mundial acha-se concentrada sobretudo nos litorais e nos vales dos rios. A desigual distribuição da população explica-se pela conjugação de diversos fatores (naturais, históricos e sócio-econômicos) que favorecem ou restringem a ocupação Humana. a) – Fatores Naturais ou Físicos: Os fatores naturais restringem ou contribuem para uma maior ou menor concentração populacional, sendo que as áreas que favorecem a ocupação humana, são chamadas ecúmenos e as áreas sendo os fatores naturais dificultam a ocupação humana são chamadas de anecúmenos. Áreas naturais favoráveis planície, deltas e vales fluviais, solos férteis, etc. b) – Fatores históricos e econômicos: Os fatores históricos ligados à ocupação econômica das regiões, são importantes no processo de distribuição demográfica. Porém, atualmente os fatores econômicos são mais importantes na distribuição da população sobre a superfície terrestre, superando principalmente os fatores naturais. 3) – OS MOVIMENTOS POPULACIONAIS São os deslocamentos da população de um lugar para outro. As causas dos movimentos migratórios, são: políticos, religiosos, naturais, étnico- racionais e econômicos. Quanto ao tempo às migrações podem ser: periódicas ou definitivas. Em relação ao espaço, as migrações podem ser: internas ou nacionais e externas ou internacionais. Os movimentos migratórios refletem a estreita relação que existe entre a dinâmica demográfica e o desenvolvimento econômico. Baixo padrão de vida decorrente de condições sócio-econômicas estruturais, estagnação econômica, desemprego, são situações que podem gerar movimentos de repulsão de populações, que então emigram, isto é, deixam seus locais de origem em busca de novas oportunidades, como é comum em muitas regiões e países da América Latina, da África e da Ásia Meridional. Por outro lado, economias em rápido crescimento ou que ofereçam padrões elevados de prosperidade, configuram situações atrativas para os movimentos migratórios, isto é, podem tornar-se pólos de imigração ou de chegada de fluxos migratórios. A Europa e a Ásia, foram os primeiros grandes centros dispersores de populações da era moderna. Durante os séculos XIX e XX os fluxos variaram de intensidade e de direção, motivados quase sempre por causas econômicas, às vezes por crises políticas, por guerras. Na segunda metade do século XX assistiu-se a uma inversão no sentido predominante das migrações e a Europa e o Japão passaram a atrair imigrantes provenientes da América Latina, da África e dos países do sul da Ásia. O principal ponto de destino das grandes correntes migratórias internacionais têm sido os Estados Unidos. Entre 1865 e 1920 registrou-se a entrada de 30 milhões de imigrantes, em sua grande maioria européia, agora atraída pela economia industrial, então em plena expansão. Já no período posterior à Segunda Guerra Mundial as principais correntes migratórias para os EUA passaram a ter origem na América Latina (México e Porto Rico) e na Ásia (China, Japão, Filipinas, Coréia). Na África, os maiores países receptores são a Costa do Marfim, a Nigéria e Camarões, onde a atividade petrolífera atrai mão-de-obra dos países próximos, além da África do Sul, com 500 mil imigrantes residentes, principalmente indianos e chineses, geralmente voltados às atividades comerciais. Na América do Sul, desde os anos 70, mais de 1 milhão de bolivianos, chilenos e paraguaios deslocaramse para a Argentina, Brasil e Venezuela. Nos últimos anos milhões de brasileiros deixaram o país, num movimento de emigração que alterou a tradicional posição do Brasil como país receptor de fluxos migratórios. A estagnação econômica dos anos 80 (a chamada década perdida) é a principal causa desta mudança. Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão têm sido os principais destinos desses migrantes. 4) – ESTRUTURA DEMOGRÁFICA 4.1) – Estrutura etária Quanto à distribuição por faixas de idades, população divide-se em: a) - população jovem – de 0 a 19 anos. b) - população adulta – de 20 a 59 anos. c) - população idosa - + de 60 anos. 4.2) – Divisão dos paises sob o ponto de vista etário 1 - Países Desenvolvidos; Devido às baixas taxas de natalidade e de mortalidade e a elevada expectativa de vida, apresentam uma pequena população jovem e uma elevada população idosa. 2 - Países Subdesenvolvidos: Apresentam uma elevada taxa de natalidade e uma diminuição na taxa de mortalidade, gerando um crescimento vegetativo elevado. Portanto, apresentam um número elevado de jovens e devido à baixa expectativa de vida à população idosa é pequena. 4.3) – Estrutura sexual da população De modo geral há equilíbrio entre a população feminina e a população masculina. As principais exceções a essa regra são: 1 – Os países que sofreram grande emigração masculina ou que participaram de grandes guerras. Nesses casos, a proporção de mulheres pode ser maior que a normal. Ex. Alemanha e Rússia. 2 – Os países predominantemente imigrantes. Nos casos em que ocorre uma maior proporção de imigração masculina, haverá ligeiro predomínio de homens sobre mulheres. Ex. Austrália. 3 – Em alguns países do mundo as mulheres sofrem tanto discriminação que tem a alimentação e a saúde deficientes. A mortalidade feminina, nesses casos, é mais alta do que a masculina. Ex. Paquistão. 4.4) – Estrutura Ocupacional Quanto à estrutura ocupacional, a população divide-se em dois grupos: a) - População Ativa – é formada pelas pessoas que exercem uma atividade econômica remunerada ou que estão à procura de emprego. b) – População Inativa – é composta pelas pessoas que não exercem uma atividade econômica remunerada. 4.5) - Pirâmide Etária É um gráfico que representa a distribuição da população por faixas de idades e sexos. 4.5.1) - Tipos de Pirâmides 1 – Pirâmide de Países de população jovem: A base é larga devido ao número elevado de jovens e o ápice é estreito em função do pequeno número de idosos. 2 – Pirâmide de Países de população idosa: A base é estreita, o corpo é largo e o ápice é também largo em função do grande número de idosos. 4.6) - A População Ativa e os setores de atividades econômicas 1 – Setor primário – abrange as atividades econômicas que estão ligadas diretamente com a terra. Ex. Agricultura, pecuária, extrativismo, etc. 2 – Setor secundário – é o setor de transformação de matérias primas em produtos industrializados Ex. todo tipo de atividade industrial e construção civil. 3 – Setor terciário – é o setor que visa prestar serviços à população. Ex. escolas, hospitais, comércio, bancos etc. OBS: Há uma tendência de crescimento do setor terciário (HIPERTROFIA). 5) - URBANIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL A urbanização deve ser entendida como um processo que resulta em especial da transferência de pessoas do campo para a cidade, ou seja, crescimento da população urbana em decorrência do êxodo rural. Um espaço pode ser considerado urbanizado, a partir do momento em que o percentual de população urbana for superior a rural. Sendo assim, podemos dizer que hoje o espaço mundial é predominantemente urbano. Mas isso não foi sempre assim, durante muito tempo à população rural foi superior a urbana, essa mudança se deve em especial, ao processo de industrialização iniciado no século XVIII, que impulsionou o êxodo rural nos locais em que se deu, primeiramente na Inglaterra, que foi o primeiro pais a se industrializar, e depois se expandiu para outros países, como os EUA, França, Alemanha, etc., a maioria desses países hoje já são urbanizados. Nos países subdesenvolvidos de industrialização tardia, esse processo só começou no século XX, em especial a partir da 2ª Guerra Mundial, e tem se dado até hoje de forma muito acelerada, o que tem se configurado como uma urbanização anômala trazendo uma série de conseqüências indesejadas para o espaço urbano desses países. Atualmente até mesmo os países de industrialização inexpressiva vivem um intenso movimento de urbanização, é o que ocorre em países africanos como a Nigéria. 5.1) – Fatores que contribuíram com o Êxodo Rural 5.2) – Diferenças no processo de Urbanização Existem diferenças fundamentais no processo de urbanização de países desenvolvidos e subdesenvolvidos, abaixo estão relacionadas algumas delas: a) – Desenvolvidos: Urbanização mais antiga ligada em geral a Primeira e Segunda Revolução Industrial; Urbanização mais lenta e num período de tempo mais longo, o que possibilitou ao espaço urbano se estruturar melhor; b) – Subdesenvolvidos: Urbanização mais recente, em especial após a 2ª Guerra mundial; Urbanização acelerada e direcionada em muitos momentos para um número reduzido de cidades, o que gerou em alguns países a chamada – macrocefalia urbana; OBS: Nas metrópoles dos países desenvolvidos os problemas urbanos como violência, transito caótico, etc., também estão presentes. 5.2.1) – Denominações sobre Urbanização a) – Rede Urbana; b) – Hierarquia Urbana; c) – Conurbação; d) – Metrópole; e) – Região Metropolitana; f) – Megalópole; g) – Megacidade; h) – Técnopolo; i) – Cidade Global; j) – Desmetropolização; k) – Verticalização; l) – Especulação imobiliária; m) – Condomínios de luxo e favelas; “A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos”.