Tuberculose

Propaganda
2017­4­28
Tuberculose ­ Versão para Impressão
a
a a Tuberculose
Reproduzido de:
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO – 8ª edição revista [Link Livre para o
Documento Original]
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância Epidemiológica
8ª edição revista
BRASÍLIA / DF – 2010
Tuberculose
CID 10: A15 a A19
ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS
Descrição
A Tuberculose e um problema de saúde prioritário no Brasil. O agravo atinge a todos os grupos etários,
com maior predomínio nos indivíduos economicamente ativos (15 ­ 54 anos) e do sexo masculino. Doença
infecciosa, atinge principalmente o pulmão. A Tuberculose primária ocorre durante uma primoinfecção, e
pode evoluir tanto a partir do foco pulmonar, quanto do foco ganglionar ou, então, em consequência da
disseminação hematogênica, o que acontece em 5% dos primoinfectados, em geral nos primeiros dois anos
apos a infecção. A Tuberculose pós­primária ocorre no organismo que tem sua imunidade desenvolvida,
tanto pela infecção natural quanto pelo BCG. Dos primoinfectados, 5% adoecerão tardiamente, em
consequência do recrudescimento de algum foco já existente no seu organismo (reativação endógena).
Também pode ocorrer a reinfecção exógena, ou seja, o paciente adoecer por receber nova carga bacilar do
exterior. Estes dois mecanismos não podem ser distinguidos clinicamente. Os pacientes com Tuberculose
apresentam comprometimento do estado geral, febre baixa vespertina com sudorese, inapetência e
emagrecimento. Quando a doença atinge os pulmões, o indivíduo pode apresentar dor torácica e tosse
produtiva, acompanhada ou não de escarros hemoptoicos. A tosse produtiva e o sintoma mais frequente da
forma pulmonar. Nas crianças também é comum o comprometimento ganglionar mediastínico e cervical
(forma primaria), que se caracteriza por lesões bipolares: parênquima e gânglios. Nos pacientes adultos,
maiores de 15 anos, a Tuberculose pulmonar e a forma mais frequente, atingindo cerca de 90% dos casos.
Nos menores de 15 anos, este percentual e de 75%, podendo, entretanto, se localizar em outras partes do
organismo: rins, ossos e meninges, dentre outras, em função das quais se expressara clinicamente. Uma
das formas mais graves e a Tuberculose miliar, decorrente de disseminação hematogênica com
acometimento sistêmico, quadro toxico infeccioso importante e grande risco de meningite. Os pulmões se
apresentam difusamente ocupados por pequenas lesões. Os demais órgãos também podem ser acometidos
por lesões idênticas.
Agente Etiológico
M. tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch (BK). O complexo M. tuberculosis é
constituído de varias espécies: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum e M. microti. Mycobacterium
tuberculosis.
Reservatório
O reservatório principal é o homem. Em algumas regiões, o gado bovino doente. Em raras ocasiões, os
primatas, aves e outros mamíferos O homem (principal) e o gado bovino doente (em algumas regiões
especificas).
Modo de Transmissão
A Tuberculose e transmitida de pessoa a pessoa, principalmente, através do ar. A fala, o espirro e,
principalmente, a tosse de um doente de Tuberculose pulmonar bacilífera lança no ar gotículas, de tamanhos
variados, contendo no seu interior o bacilo.
http://assinantes.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/1829/imprimir.aspm?codConteudo=1829
1/10
2017­4­28
Tuberculose ­ Versão para Impressão
Período de Incubação
Apos a infecção pelo M. tuberculosis, transcorrem, em media, 4 a 12 semanas para a detecção das
lesões primarias. A maioria dos novos casos de doença pulmonar ocorre em torno de 12 meses apos a
infecção inicial.
Período de Transmissibilidade
Enquanto o doente estiver eliminando bacilos e não houver iniciado o tratamento. Com o início do
esquema terapêutico recomendado, a transmissão é reduzida, gradativamente, a níveis insignificantes, ao
fim de poucos dias ou semanas. As crianças, com Tuberculose pulmonar, geralmente não são infectantes.
Complicações
Distúrbio ventilatório obstrutivo e/ou restritivo, infecções respiratorias de repetição, formação de
bronquiectasias, hemoptise, atelectasias, empiemas.
Diagnóstico
São fundamentais os seguintes métodos.
Clínico
Baseado nos sintomas e história epidemiológica. Os casos suspeitos de Tuberculose em crianças e
adolescentes devem ser encaminhados para a unidade de referência, para investigação e confirmação do
diagnóstico. Apos definição do diagnóstico e estabelecido o tratamento, a criança devera voltar para
acompanhamento na Unidade Básica de Saúde.
Laboratorial
Exames bacteriológicos.
Baciloscopia direta do escarro ­ É o método prioritário, permite identificar o doente bacilífero.
Método simples e seguro, deve ser realizado por todos os laboratórios. A baciloscopia direta devera
ser indicada para todos os sintomáticos respiratórios (indivíduo com tosse e expectoração por três
semanas e mais). Devera ser dada ênfase, para realização deste exame, em pacientes que
apresentem alterações pulmonares na radiografia de tórax e nos contatos de Tuberculose pulmonar
bacilíferos. Também e utilizada para acompanhar a evolução bacteriológica do paciente pulmonar,
inicialmente positivo, durante o tratamento. O controle bacteriológico deve ser de preferência mensal
e, obrigatoriamente, ao termino do segundo, quarto e sexto mês de tratamento. Recomenda­se, para
o diagnóstico, a coleta de duas amostras de escarro: uma por ocasião da primeira consulta, e a
segunda na manha do dia seguinte, ao despertar.
Cultura de escarro ou outras secreções ­ É indicada para suspeitos de Tuberculose pulmonar
negativos ao exame direto do escarro, e para o diagnóstico de formas extrapulmonares, como
meníngea, renal, pleural, óssea e ganglionar, e também para o diagnóstico de Tuberculose em
pacientes HIV positivo. Também esta indicada à solicitação desse exame acompanhado do teste de
sensibilidade, nos casos de suspeita de resistência bacteriana as drogas, ou ao final do segundo
mês de tratamento quando a baciloscopia se mantem positiva, retratamento após falência ao
esquema básico ou reinicio apos abandono. Nos casos de suspeita de infecção por microbactérias
não tuberculosas, notadamente nos doentes HIV positivos ou com aids, além de cultura, devera ser
realizada a tipificação do bacilo.
Exame radiológico ­ É auxiliar no diagnóstico da Tuberculose, justificando­se sua utilização, se
possível, nos casos suspeitos. Este exame permite a identificação de pessoas portadoras de
imagens sugestivas de Tuberculose, ou de outras patologias. O exame radiológico, em pacientes
com baciloscopia positiva, tem como função principal, a exclusão de outra doença pulmonar
associada, que necessite de tratamento concomitante, além de permitir avaliação da evolução
radiológica dos pacientes, sobretudo daqueles que não responderam a quimioterapia.
Tomografia computadorizada do tórax ­ Método diagnóstico útil, notadamente a tomografia
computadorizada de alta resolução, em alguns casos em que a radiografia do tórax apresenta
resultados imprecisos, por alterações parenquimatosas mínimas ou por não permitir distinguir
lesões antigas das lesões da Tuberculose ativa. No entanto, é método de maior custo e menor
oferta, restrito aos centros de referência. Deve ser usado de forma individualizada, levando em
consideração os recursos disponíveis e o custo­benefício, especialmente nos casos com
baciloscopia negativa que exigem melhor diagnóstico diferencial com outras doenças.
Broncoscopia ­ A broncoscopia e os procedimentos a ela associados, a exemplo de lavado
brônquico, lavado broncoalveolar, escovado brônquico, biopsia brônquica, biopsia transbrônquica e
http://assinantes.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/1829/imprimir.aspm?codConteudo=1829
2/10
2017­4­28
Tuberculose ­ Versão para Impressão
punção aspirativa com agulha podem ser uteis no diagnóstico da Tuberculose nas seguintes
situações: formas negativas a baciloscopia, suspeita de outra doença pulmonar que não a
Tuberculose, presença de doença que acomete difusamente o parênquima pulmonar, suspeita de
Tuberculose endobrônquica ou pacientes imunodeprimidos, particularmente os infectados pelo HIV.
Prova tuberculínica ­ Indicada, como método auxiliar, no diagnóstico da Tuberculose, em pessoas
não vacinadas com BCG ou indivíduos infectados pelo HIV. A prova tuberculínica quando positiva,
isoladamente, indica apenas a presença de infecção, e não e suficiente para o diagnóstico da
Tuberculose doença.
No Brasil, a tuberculina usada e o PPD RT23, aplicado por via intradérmica, no terço médio da face
anterior do antebraço esquerdo, na dose de 0,1ml, equivalente a 2UT (unidades de tuberculina).
Quando conservada em temperatura entre 4° e 8°C, a tuberculina mantem­se ativa por seis meses.
Não deve, entretanto, ser congelada, nem exposta à luz solar direta.
A técnica de aplicação e o material utilizado, são padronizados pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), e tem especificações semelhantes às usadas para a vacinação BCG. A injeção do líquido
faz aparecer uma pequena área de limites precisos, pálida e de aspecto pontilhado, como casca de
laranja.
A leitura da prova tuberculínica e realizada de 48 a 72 horas apos a aplicação, podendo este prazo
ser estendido para 96 horas, caso o paciente falte a consulta de leitura na data agendada. O maior
diâmetro transverso da área de endurecimento palpável deve ser medido com régua milimetrada, e o
resultado, registrado em milímetros. (Não será mais utilizada a classificação de forte ou fraco
reator).
A interpretação do resultado depende da probabilidade de infecção latente, do risco de adoecimento
por TB, do tamanho do endurado e da idade.
Observações em relação à prova tuberculínica
­ Algumas circunstâncias podem interferir no resultado da prova tuberculínica como, por exemplo:
Tuberculose grave ou disseminada, desnutrição, aids, sarcoidose, neoplasias, doenças
linfoproliferativas, tratamentos com corticosteroide e drogas imunodepressoras, gravidez, etc.
­ Todos os indivíduos infectados pelo HIV devem ser submetidos a prova tuberculínica.
Enduração =5mm reflete infecção latente, para qual deve ser iniciada a quimioprofilaxia (ou
tratamento da infecção latente) com isoniazida, apos exclusão de Tuberculose ativa. Para
pacientes com enduração entre 0 e 4mm, e em uso de terapia antirretroviral, recomenda­se fazer
o teste seis meses apos o inicio da terapia, devido a possibilidade de restauração da resposta
tuberculínica e anualmente apos a recuperação (reconstituição) imune.
­ Nos indivíduos vacinados com BCG, sobretudo entre aqueles imunizados ha ate 2 anos, a prova
tuberculínica deve ser interpretada com cautela porque, em geral, apresenta reações de tamanho
médio, podendo alcançar 10mm ou mais.
Exame anatomopatológico (histológico e citológico) ­ Sempre que possível, nas formas
extrapulmonares, deve­se realizar a biopsia. No material colhido será feito o exame direto, a cultura
e o exame anatomopatológico, para identificar o M. tuberculosis, ou o processo inflamatório
granulomatoso compatível com a Tuberculose.
Exame bioquímico ­ São mais utilizados em casos de Tuberculose extrapulmonar, principalmente no
derrame pleural, derrame pericárdico e meningoencefalite tuberculosa.
Exame sorológico e de biologia molecular ­ Esses novos métodos são uteis para o diagnóstico
precoce da Tuberculose, contudo a sensibilidade, especificidade e valores preditivos variáveis,
aliados ao alto custo e complexidade, os inviabilizam como exames de rotina, ficando seu uso
restrito a alguns centros de pesquisa.
Observação: Exame sorológico anti­HIV deve ser oferecido o mais cedo possível a todo indivíduo com
diagnóstico estabelecido de Tuberculose, independentemente da confirmação bacteriológica. O profissional
de saúde deve abordar a possibilidade de associação das duas infecções e dos benefícios do diagnóstico e
tratamento precoces da infecção pelo HIV, realizando aconselhamento pré­teste. O teste anti­HIV deve ser
realizado com o consentimento do paciente, observando­se o sigilo e confidencialidade do teste, utilizando­
se o algoritmo de diagnóstico com testes rápidos sempre que possível. Independente do resultado da
testagem, deve ser realizado aconselhamento pós­teste. Caso o exame seja positivo, o doente deve ser
encaminhado para um serviço ambulatorial especializado (SAE) no tratamento da infecção do HIV e aids,
mais próximo de sua residência.
Diagnóstico Diferencial
Pneumonias, micoses pulmonares (paracoccidioidomicose, histoplasmose), sarcoidose e carcinoma
brônquico, dentre outras enfermidades.
http://assinantes.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/1829/imprimir.aspm?codConteudo=1829
3/10
2017­4­28
Tuberculose ­ Versão para Impressão
Tratamento
O tratamento da Tuberculose deve ser feito em regime ambulatorial, supervisionado, no serviço de
saúde mais próximo a residência do doente. Antes de iniciar a quimioterapia, e necessário orientar o paciente
quanto ao tratamento. Para isso, deve­se explicar, em linguagem acessível, as características da doença e o
esquema de tratamento que será seguido ­ drogas, duração, benefícios do uso regular da medicação,
consequências advindas do abandono do tratamento, e possíveis efeitos adversos dos medicamentos.
Principal estratégia do novo modelo de atenção ao paciente com Tuberculose, o DOTS, Estratégia de
Tratamento Diretamente Observado, e fator essencial para se promover o real e efetivo controle da
Tuberculose. A estratégia DOTS visa o aumento da adesão dos pacientes, maior descoberta das fontes de
infecção (pacientes pulmonares bacilíferos), e o aumento da cura, reduzindo­se o risco de transmissão da
doença na comunidade. As drogas usadas, nos esquemas padronizados, são as seguintes:
Isoniazida ­ H;
Rifampicina ­ R;
Pirazinamida ­ Z;
Etambutol ­ E.
Em crianças menores de cinco anos, que apresentem dificuldade para ingerir os comprimidos,
recomenda­se o uso das drogas, na forma de xarope ou suspensão.
Em agosto de 2008, o Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Controle da Tuberculose,
recomendou a inclusão do Etambutol, para adultos e adolescentes (>10 anos de idade), no tratamento de
primeira linha da Tuberculose no Brasil. Desse modo, está recomendado o uso de Rifampicina, Isoniazida,
Pirazinamida e Etambutol na primeira fase do tratamento durante dois meses seguidos de Rifampicina e
Isoniazida durante quatro meses, mantendo dessa forma o regime de curta duração de 6 meses. Para
crianças (< 10 anos de idade) continua a recomendação com 3 fármacos na 1a fase (RHZ) e 2 fármacos
(RH) na 2a fase.
1ª fase (ou de ataque) ­ As 4 drogas preconizadas serão administradas em comprimidos compostos
por dosagens fixas de Rifampicina – 150mg, Isoniazida – 75mg, Pirazinamida – 400mg e Etambutol
– 275mg.
2ª fase (ou de manutenção) ­ As 2 drogas preconizadas serão administradas em comprimidos com
dosagens fixas de Rifampicina – 150mg e Isoniazida – 75mg.
Estes comprimidos denominados dose fixa combinada (DFC) incorporam 2 ou 4 drogas em proporções
fixas. O uso destas apresentações traz uma serie de vantagens para o controle da Tuberculose:
Menor emergência de resistência bacteriana, uma vez que a DFC incorpora múltiplas drogas em um
único comprimido e com isso diminui a chance de monoterapia;
Facilita a prescrição médica e a entrega das drogas pela farmácia, o que pode ser altamente
desejável em serviços de atenção básica onde os profissionais estão pouco familiarizados com o
tratamento da Tuberculose;
Número reduzido de comprimidos, o que pode melhorar a adesão do paciente ao tratamento.
Apesar de todos os benefícios da DFC, ela não garante a ingestão dos comprimidos pelos pacientes.
Portanto, e fundamental o controle efetivo do tratamento e a implementação do DOTS.
Esquema básico para adultos e adolescentes (a partir de 10 anos de idade) ­ 2RHZE/4RH
Indicações
Casos novos[1] ­ De todas as formas de Tuberculose pulmonar e extrapulmonar (exceto
meningoencefalite) infectados ou não pelo HIV.
­ Retratamento: recidiva (independentemente do tempo decorrido do primeiro episodio) ou retorno
apos abandono com doença ativa.
Este esquema consiste em doses fixas combinadas (DFC) de Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e
Etambutol por seis meses, sendo dois meses de RHZE seguidos de quatro meses de RH em doses que
variam conforme o peso (Quadro 42). Pode ser usado por gestantes em qualquer periodo da gestação, em
dose plena.
Quadro 42. Esquema básico para adultos e adolescentes – 2RHZE/4RH
http://assinantes.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/1829/imprimir.aspm?codConteudo=1829
4/10
2017­4­28
Regime
Tuberculose ­ Versão para Impressão
Fármacos e
doses em mg
Faixa de peso Unidades/dose
Meses
2
2RHZE
Fase
intensiva
RHZE
150/75/400/275
20 a 35 kg
36 a 50 kg
> 50 kg
4RH
Fase de
manutenção
RHa 300/200
ou 150/100
20 a 35 kg
36 a 50 kg
> 50 kg
2 comprimidos
3 comprimidos
4 comprimidos
1 cápsula 300/200
1 cápsula 300/200 + 1 cápsula
150/100
2 cápsulas 300/200
4
a) As apresentações de RH em cápsulas de 300/200 e 150/100 deverão ser utilizadas até que as
apresentações de RH em comprimidos de 150/75 estejam disponíveis. (As doses preconizadas para
comprimidos de RH 150/75 são: a) 2 comprimidos/dia para 20 a 35 kg de peso; b) 3 comprimidos para 36
a 50 kg de peso; e c) 4 comprimidos para > 50 kg de peso.)
Em casos individualizados, cuja evolução clínica inicial não tenha sido satisfatória, ou ainda nos casos
de TB extrapulmonar, com a orientação de especialistas ou profissionais de unidades de referência, o tempo
de tratamento poderá ser prolongado, na sua 2a fase, por mais três meses.
Os casos de Tuberculose associados ao HIV devem ser encaminhados para unidades de referência
(serviços ambulatorial especializado), em seu município ou em municípios vizinhos, para serem tratados
para os dois agravos (TB/HIV).
Observação: Em todos os casos de retratamento por recidiva ou retorno apos abandono preconiza­se
a solicitação de cultura, identificação e teste de sensibilidade antes de iniciar o tratamento.
Quadro 43. Esquema Básico para crianças – 2 RHZ/4RH
Regime
Fármacos e doses em
mg
2RHZ
Fase intensiva
R/H/Z
4RH
Fase de
manutenção
R/H
Faixa de peso
Unidades/dose
Até 20 kg
20 a 35 kg
36 a 50 kg
> 50 kg
Até 20 kg
20 a 35 kg
36 a 50 kg
> 50 kg
10/10/35 mg/kg peso
300/200/1.000 mg/dia
450/300/1.500 mg/dia
600/400/2.000 mg/dia
10/10 mg/kg/dia
300/200 mg/dia
450/300 mg/dia
600/400 mg/dia
Meses
2
4
Esquema para tuberculose meningoencefálica para adultos e adolescentes (a partir de 10 anos de
idade) – 2RHZE/7RH
O esquema preconizado para casos da forma meningoencefálica em adultos e adolescentes consiste
em doses fixas combinadas por nove meses, sendo dois meses de RHZE seguidos de sete meses de RH
em doses que variam conforme o peso (Quadro 44).
Quadro 44. Esquema para Tuberculose meningoencefálica – 2RHZE/7RH
Regime
Fármacos
2RHZE
Fase
intensiva
RHZE
150/75/400/275
7RH
Fase de
manutenção
RHa
300/200 ou
150/100
Faixa de
peso
20 a 35 kg
36 a 50 kg
> 50 kg
20 a 35 kg
36 a 50 kg
> 50 kg
Unidades/dose
2 comprimidos
3 comprimidos
4 comprimidos
1 cápsula 300/200
1 cápsula 300/200 + 1 cápsula
150/100
2 cápsulas 300/200
Meses
2
7
a) As apresentações de RH em cápsulas de 300/200 e 150/100 deverão ser utilizadas até que as
apresentações de RH em comprimidos de 150/75 estejam disponíveis. (As doses preconizadas para
comprimidos de RH 150/75 são: a) 2 comprimidos/dia para 20 a 35 kg de peso; b) 3 comprimidos para 36
a 50 kg de peso; e c) 4 comprimidos para > 50 kg de peso.)
http://assinantes.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/1829/imprimir.aspm?codConteudo=1829
5/10
2017­4­28
Tuberculose ­ Versão para Impressão
Esquema para tuberculose meningoencefálica para crianças (menores de 10 anos de idade) –
2RHZ/7RH
O esquema preconizado para casos da forma meningoencefálica em crianças (menores de 10 anos de
idade) consiste em doses fixas combinadas por nove meses, sendo dois meses de RHZ seguidos de sete
meses de RH em doses que variam conforme o peso (Quadro 45).
Quadro 45. Esquema para Tuberculose meningoencefálica – 2RHZ/7RH
Regime
Fármacos e doses em
mg
2RHZ
Fase intensiva
R/H/Z
7RH
Fase de
manutenção
R/H
Faixa de peso
Unidades/dose
Até 20 kg
20 a 35 kg
36 a 50 kg
> 50 kg
Até 20 kg
20 a 35 kg
36 a 50 kg
> 50 kg
10/10/35 mg/kg peso
300/200/1.000 mg/dia
450/300/1.500 mg/dia
600/400/2.000 mg/dia
10/10 mg/kg/dia
300/200 mg/dia
450/300 mg/dia
600/400 mg/dia
Meses
2
7
Para todos os casos (crianças, adolescentes e adultos):
A internação é mandatória, sempre que se suspeitar do diagnóstico de Tuberculose
meningoencefálica.
Nos casos de tuberculose meningoencefálica, em qualquer idade, recomenda­se o uso de
corticosteroides (prednisona, dexametasona ou outros), por um periodo de 1 a 4 meses, no inicio do
tratamento. Na criança, a prednisona e administrada na dose de 1 a 2mg/kg de peso corporal, ate a
dose máxima de 30mg/dia. No caso de se utilizar outro corticosteroide, aplicar a tabela de
equivalência entre eles.
A fisioterapia na tuberculose meningoencefálica deve ser iniciada o mais cedo possível.
Esquema para falência do esquema básico ­ Para os casos de suspeita de falência (veja definição
de falência no item Notificação deste capitulo) ao esquema básico, devem ser solicitados a cultura com
identificação e teste de sensibilidade. Estes pacientes devem ser encaminhados a unidade de referência
para avaliação e definição do esquema terapêutico a ser instituído baseado no teste de sensibilidade aos
fármacos. Ate que a unidade básica receba o resultado destes exames e encaminhe o paciente para
referência, o esquema básico deve ser mantido.
Estão abolidos os esquemas IR e III.
Além dos suspeitos de falência aos tuberculostáticos, os pacientes que apresentam as seguintes
condições também deverão ser encaminhados para uma unidade de referência:
Evidências clínicas de hepatopatia aguda (hepatite medicamentosa ou menos comumente viral), ou
crônica (cirrose, hepatopatia alcoólica, hepatite viral B ou C);
Evidências clínicas de nefropatias (insuficiência renal crônica, pacientes em regime de diálise);
Infecção pelo HIV ou aids (para esta situação, a referência será o SAE;
Manifestação clínica de efeitos adversos maiores ou intolerância medicamentosa de difícil manejo.
Os pacientes que não se curam apos tratamento com os esquemas padronizados pelo Programa
Nacional de Controle da Tuberculose – PNCT/SVS/MS, podem ser portadores de bacilos resistentes aos
tuberculostáticos. A resistência deve ser confirmada por testes laboratoriais e é definida como:
???? Monorresistência ­ Resistência a um fármaco.
???? Polirresistência ­ Resistência a mais de um fármaco que não rifampicina e isoniazida.
???? Multirresistência ­ Resistência simultânea a, pelo menos, rifampicina e isoniazida.
???? Resistência extensiva aos fármacos ­ Resistência a rifampicina e isoniazida, acrescida de
resistência a uma fluoroquinolona e um medicamento injetável de segunda linha.
Estes pacientes e seus familiares serão atendidos por equipe multiprofissional especializada, em
centros de referência que cumpram as normas de biossegurança, e estejam credenciados pelas
coordenações municipais e estaduais de Tuberculose.
Em todos os esquemas, a medicação e de uso diário, e deverá ser administrada, de preferência, em
uma única tomada em jejum ou, em caso de intolerância digestiva, junto com uma refeição.
http://assinantes.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/1829/imprimir.aspm?codConteudo=1829
6/10
2017­4­28
Tuberculose ­ Versão para Impressão
Atenção especial deve ser dada ao tratamento dos grupos considerados de alto risco de intoxicação,
como pessoas com mais de 60 anos, em mau estado geral e alcoolistas.
A rifampicina interfere na ação dos contraceptivos orais, devendo as mulheres, em uso desse
medicamento, receber orientação para utilizar outros métodos anticoncepcionais.
Reações adversas ao uso de drogas antituberculose ­ A maioria dos pacientes submetidos ao
tratamento de Tuberculose, consegue completar o tempo recomendado, sem sentir qualquer efeito colateral
relevante. Os fatores relacionados as reações são diversos. Todavia, os maiores determinantes dessas
reações se referem a dose, horários de administração da medicação, idade do doente, seu estado
nutricional, alcoolismo, condições da função hepática e renal e coinfecção pelo HIV.
A conduta adequada esta apresentada, de forma esquemática, nos quadros abaixo, conforme a
classificação: efeitos menores e efeitos maiores. Os efeitos menores ocorrem entre 5 a 20% dos casos,
e são assim classificados, porque não implicam em modificação imediata do esquema padronizado (Quadro
46); os efeitos maiores são aqueles que implicam interrupção, ou alteração do tratamento e são menos
frequentes, ocorrendo em torno de 2%, podendo chegar a 8% em serviços especializados (Quadro 47).
Quadro 46. Efeitos menores
Efeitos
Irritação gástrica (náusea, vômito)
epigastralgia e dor abdominal
Artralgia ou artrite
Neuropatia periférica (queimação das
extremidades)
Cefaleia e mudança de comportamento
(euforia, insônia, ansiedade e
sonolência)
Suor e urina cor de laranja
Prurido cutâneo
Hiperuricemia (com ou sem sintomas)
Febre
Drogas
Rifampicina
Isoniazida
Pirazinamida
Pirazinamida
Isoniazida
Isoniazida
Etambutol
Condutas
Reformular os horários de
administração da medicação e
avaliar a função hepática
Isoniazida
Orientar
Rifampicina
Isoniazida
Rifampicina
Pirazinamida
Etambutol
Rifampicina
Isoniazida
Orientar
Medicar com ácido acetilsalicílico
Medicar com piridoxina (vit B6)
Medicar com anti­histamínico
Orientação dietética (dieta
hipopurínica)
Orientar
Quadro 47. Efeitos maiores
Efeitos
Drogas
Exantemas
Estreptomicina
Rifampicina
Hipoacusia
Estreptomicina
Vertigem e nistagmo
Estreptomicina
Psicose, crise convulsiva,
encefalopatia tóxica e
coma
Isoniazida
Substituir por estreptomicina + etambutol
Neurite ótica
Etambutol
Isoniazida
Substituir
Todas as
drogas
Suspender o tratamento temporariamente até
resolução
Rifampicina
Dependendo da gravidade, suspender o
Hepatotoxicidade
(vômitos, hepatite,
alteração das provas de
função hepática)
Trombocitopenia,
Condutas
Suspender o tratamento
Reintroduzir o tratamento, droga a droga, após
resolução
Substituir o esquema nos casos graves ou
reincidentes
Suspender a droga e substituí­la pela melhor
opção
Suspender a droga e substituí­la pela melhor
opção
http://assinantes.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/1829/imprimir.aspm?codConteudo=1829
7/10
2017­4­28
leucopenia, eosinofilia,
anemia hemolítica,
agranulocitose, vasculite
Tuberculose ­ Versão para Impressão
Isoniazida
tratamento e reavaliar o esquema de tratamento
Nefrite intersticial
Rifampicina,
principalmente
intermitente
Suspender o tratamento
Rabdomiólise com
mioglobinúria e
insuficiência renal
Pirazinamida
Suspender o tratamento
Características Epidemiológicas
A Tuberculose não apresenta variações cíclicas ou sazonais, de importância prática. A prevalência
observada e maior em áreas de grande concentração populacional, e precárias condições socioeconômicas
e sanitárias. A distribuição da doença e mundial, com tendência decrescente da morbidade e mortalidade nos
países desenvolvidos. Nas áreas com elevada prevalência de infecção pelo HIV, vem ocorrendo
estabilização, ou aumento do numero de casos e óbitos por Tuberculose. Estão mais sujeitos a doença,
indivíduos que convivam (contatos) com doente bacilífero, determinados grupos com redução da imunidade,
silicóticos e pessoas que estejam em uso de corticosteroides, ou infectados pelo HIV.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Objetivos
O principal objetivo da vigilância epidemiológica e identificar as possíveis fontes de infecção. Deve ser
feita investigação epidemiológica, entre os contatos de todo caso novo de Tuberculose e, prioritariamente,
nos contatos que convivam com doentes bacilíferos, devido ao maior risco de infecção e adoecimento que
esse grupo apresenta.
Notificação
Doença de notificação compulsória e investigação obrigatória.
Definição de Caso
Suspeito
Todo indivíduo com sintomatologia clínica sugestiva de Tuberculose pulmonar: tosse por três ou mais
semanas, febre, perda de peso e apetite, ou suspeito ao exame radiológico.
Paciente com imagem compatível com tuberculose.
Confirmado
Critério clínico laboratorial
Tuberculose pulmonar bacilífera ­ Paciente com duas baciloscopias diretas positivas, ou uma
baciloscopia direta positiva e cultura positiva ou uma baciloscopia direta positiva e imagem
radiológica sugestiva de Tuberculose.
Tuberculose pulmonar escarro negativo (BK) ­ É o paciente com duas baciloscopias negativas,
com imagem radiológica sugestiva, e achados clínicos ou outros exames complementares, que
permitam ao médico efetuar um diagnóstico de Tuberculose.
Tuberculose extrapulmonar ­ Paciente com evidências clínicas, achados laboratoriais, inclusive
histopatológicos compatíveis com Tuberculose extrapulmonar ativa, em que o médico toma a
decisão de tratar com esquema especifico; ou paciente com, pelo menos, uma cultura positiva para
M. tuberculosis, de material proveniente de uma localização extrapulmonar.
Critério clínico­epidemiológico ­ O raciocínio diagnóstico deve desenvolver­se, a partir do exame
clínico, dos dados epidemiológicos e da interpretação dos resultados dos exames solicitados. Em situações
em que o diagnóstico laboratorial não pode ser realizado, o clínico pode confirmar o caso pelo critério clínico
epidemiológico, principalmente, quando de história de contato com doentes de Tuberculose, fator de
importância primordial para a suspeição diagnóstica.
Casos suspeitos que, apesar de sintomatologia compatível, apresentaram resultados negativos nos
exames laboratoriais. Principalmente, quando se confirma outra patologia, na busca de diagnóstico
diferencial.
MEDIDAS DE CONTROLE
http://assinantes.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/1829/imprimir.aspm?codConteudo=1829
8/10
2017­4­28
Tuberculose ­ Versão para Impressão
Diagnóstico e tratamento – A procura de casos de Tuberculose deve ser, prioritariamente, efetuada
nos sintomáticos respiratórios (indivíduos com tosse por três ou mais semanas), que deverão ser
submetidos a baciloscopia direta do escarro no momento da consulta, e solicitação de outra amostra a ser
colhida no dia seguinte. Sempre que necessário, outros exames deverão ser solicitados para elucidação
diagnóstica. Deve­se avaliar mensalmente o doente e a evolução do tratamento, realizando­se, nos casos
novos pulmonares com baciloscopia positiva (BK +), o controle bacteriológico, de preferência mensal e,
obrigatoriamente, ao termino do segundo, quarto e sexto meses de tratamento. Para todos os pacientes com
baciloscopia positiva ao final do 2° mês de tratamento, devera ser solicitado cultura e teste de sensibilidade.
Quando houver indicação de internação de pacientes com Tuberculose, devem ser adotadas medidas
de isolamento respiratório, especialmente tratando­se de pacientes bacilíferos e resistentes aos fármacos
antituberculose. Deve­se internar o doente em hospitais que tenham poder de resolução para os motivos que
determinaram a sua internação, não sendo obrigatório que sejam hospitais especializados em pneumologia.
Controle de contato ­ Indicado, prioritariamente, para contatos que convivam com doentes
bacilíferos especialmente os intradomiciliares, por apresentarem maior probabilidade de
adoecimento, e nos adultos que convivam com doentes menores de 5 anos, para identificação da
possível fonte de infecção.
Imunização ­ A vacina BCG, sigla decorrente da expressão bacilo de Calmette­Guërin, e preparada
a partir de uma cepa derivada do M. bovis, atenuada por sucessivas passagens através de meio de
cultura. A vacina BCG confere poder protetor as formas graves de Tuberculose, decorrentes da
primoinfecção. No Brasil, e prioritariamente indicada para as crianças de 0 a 4 anos de idade, sendo
obrigatória para menores de um ano, como dispõe a Portaria n° 452, de 6 de dezembro de 1976, do
Ministério da Saúde. Recomenda­se o adiamento da aplicação da vacina, nos seguintes casos:
peso ao nascer inferior a 2kg; reações dermatológicas na área de aplicação; doenças graves; uso
de drogas imunossupressoras. Ha contraindicação absoluta para aplicar a vacina BCG nos
portadores de imunodeficiências congênitas ou adquiridas, exceto recém­nascidos e crianças
soropositivas para HIV, ou filhos de mães com aids, que não apresentem os sintomas da doença.
Os adultos infectados pelo HIV (sintomáticos ou assintomáticos), não deverão ser vacinados se
apresentarem contagem de linfócitos T (CD4+) abaixo de 200 células/mm3.
Tratamento preventivo da tuberculose – Nesta edição estaremos adotando o termo tratamento da
infecção latente em substituição ao termo genérico quimioprofilaxia.
Prevenção da infecção latente ou quimioprofilaxia primária ­ Recomenda­se a prevenção da
infecção tuberculosa em recém­nascidos coabitantes de caso índice bacilífero. Nestes casos, o recém­
nascido não devera ser vacinado ao nascer. A Isoniazida (H) e administrada por três meses e, apos esse
periodo, faz­se a prova tuberculínica. Se a criança tiver PT =5mm, a quimioprofilaxia deve ser mantida por
mais três meses; caso contrario, interrompe­se o uso da Isoniazida e vacina­se com BCG.
Tratamento da infecção latente ou quimioprofilaxia secundária – O tratamento da infecção latente
com isoniazida reduz em 60 a 90% o risco de adoecimento. Esta variação se deve a duração e a adesão ao
tratamento. O numero de doses tomadas tem se revelado mais importante do que o uso diário do
medicamento. Portanto, mesmo que o indivíduo não use a H todos os dias, e importante insistir para que
complete o numero de doses do tratamento, mesmo depois de decorrido o tempo pré­estabelecido pelo
médico. O numero mínimo de doses preconizadas e de 180 (podendo ser tomado num periodo entre 6 e 9
meses).
Fármaco utilizado
Isoniazida ­ Na dose de 5 a 10 mg/kg de peso, ate a dose máxima de 300 mg/dia.
Indicações ­ A indicação do uso da H para tratamento da ILTB depende de três fatores: a idade, a
probabilidade de infecção latente e o risco de adoecimento.
Em adultos e adolescentes ­ Em adultos e adolescentes (>10 anos) com infecção latente por M.
tuberculosis, a relação risco­beneficio do tratamento com H deve ser avaliada. A idade e um dos fatores de
risco para hepatoxicidade pela isoniazida. Pelo elevado risco de hepatoxicidade e reduzido risco acumulado
de adoecimento, recomenda­se:
Mais de 65 anos apenas em caso de alto risco de adoecimento.
Idade entre 50 e 65 anos devem ser tratados em caso de risco moderado ou alto.
Menos de 50 anos devem ser tratados em caso de risco leve, moderado ou alto.
Quadro 48. Risco relativo estimado de adoecimento entre indivíduos com infecção latente por M.
tuberculosis
Alto risco
Aidsa
http://assinantes.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/1829/imprimir.aspm?codConteudo=1829
Risco relativo estimado
110­170
9/10
2017­4­28
Tuberculose ­ Versão para Impressão
HIVa
Transplantados em terapia imunossupressora
Silicose
Insuficiência renal em diálise
Neoplasia de cabeça e pescoço
Contatos
Infecção latente adquirida recentemente (há menos de 2 anos)
Alterações radiológicas fibróticas sugestivas de sequela de TB
Uso de inibidores do TNF­a
Indígenas
Risco moderado
Uso de corticosteroides (> 15 mg de prednisona por >1 mês)
Diabetes mellitus
Crianças que adquiriram infecção latente até os 4 anos
Risco leve
Baixo peso (<85% do peso ideal)
Tabagistas (1 maço/dia)
Calcificação isolada (sem fibrose) na radiografia
Referência (risco muito baixo)
Indivíduo com ILTB sem fatores de risco e radiografia de tórax
normal
50­110
20­74
30
10­25
16
15
15
6­19
1,7­9
5,8­22
Risco relativo estimado
4,9
2­3,6
2,2­5
Risco relativo estimado
2­3
2­3
2
Risco relativo estimado
1
Radiografia de tórax normal e:
­ PT = 5mm;
­ contatos intradomiciliares ou institucionais de pacientes bacilíferos independentemente da PT;
­ PT < 5 mm com registro documental de ter tido PT = 5mm e não submetido a tratamento ou
quimioprofilaxia na ocasião.
Radiografia de tórax anormal
­ presença de cicatriz radiológica de TB sem tratamento anterior (afastada possibilidade de TB
ativa através de exames de escarro, radiografias anteriores e se necessário, TC de tórax),
independentemente do resultado da PT.
Educação em Saúde ­ Além das medidas descritas acima, e necessário esclarecer a comunidade,
quanto aos aspectos importantes da doença, sua transmissão, prevenção e tratamento. O desconhecimento
leva a discriminação do doente, no âmbito familiar e profissional. O afastamento compulsório do trabalho
contribui para o agravamento do sofrimento do paciente.
SOBRE OS DIREITOS AUTORAIS DO DOCUMENTO
Consta no documento:
“Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a
fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.”
O objetivo do site MedicinaNet e seus editores é divulgar este importante documento. Esta reprodução
permanecerá aberta para não assinantes indefinidamente.
[1] Caso novo: paciente que nunca usou ou usou por menos de 30 dias medicamentos antituberculose.
http://assinantes.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/1829/imprimir.aspm?codConteudo=1829
10/10
Download