Informativo do Procedimento Prostatectomia Radical

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INF O R M AT I VO S P AR A P A CI E NT E S
Informativo do Procedimento
Prostatectomia Radical Robótica
O que é a próstata?
A próstata faz parte do sistema reprodutor masculino é considerada uma
glândula exócrina, isto é, armazena e excreta um fluido incolor que juntamente
com a secreção das vesículas seminais e os espermatozóides constitui o sêmen.
Uma próstata saudável é um pouco maior que uma noz e pesa 25 gramas aos 25
anos. Ela envolve a uretra logo abaixo da bexiga urinária, podendo ser sentida
através do exame de toque retal, por isso o exame digital da glândula é tão
importante para detecção precoce do câncer de próstata. A uretra, que passa no
interior da próstata é chamada de uretra prostática, e é neste local que os canais
ejaculatórios liberam o sêmen no momento da ejaculação.
Como é feito o procedimento?
Na maioria dos casos a anestesia geral é utilizada e o paciente dorme durante
todo o procedimento. Um acesso venoso, em geral em uma veia do braço, é
obtido para permitir administração de medica- mentos. Imediatamente antes da
cirurgia é realizada a administração de antibióticos profiláticos, portanto, se
você tem alguma alergia, não se esqueça de avisar o anestesista antes do
procedimento.
A prostatectomia robótica é que uma operação minimamente invasiva para
remover a próstata utilizando apenas pequenas incisões de aproximadamente 01
cm, como feito em outros procedimentos laparoscópicos comuns. A diferença é
que o cirurgião opera em um console robótico situado dentro da sala de cirurgia.
Este console está conectado a quatro braços robóticos, três deles
para instrumentos (como pinças e tesouras) e um para controle de uma câmera
que fornece uma imagem magnificada tridimensional da cavidade abdominal ao
cirurgião. Os três braços robóticos têm a capacidade de funcionar com vários
instrumentos para permitir que o cirurgião realize sua operação. Estes instrumentos têm sete milímetros de largura aproximadamente e podem realizar uma grande
variedade de movimentos mimetizando a mão humana. Entretanto, devido ao seu
tamanho reduzido, eles permitem que o cirurgião acesse pequenos espaços
dentro da cavidade abdominal com ajuda de uma imagem tridimensional
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magnificada, filtrando qualquer tremor das mãos e podendo se movimentar em
escala graduada de 1 a 10 pelo cirurgião.
O robô não tem autonomia para realizar a cirurgia sozinho, os instrumentos são
controlados exclusivamente pelo cirurgião (o robô não pode trabalhar por conta
própria).
A magnificação da imagem e a delicadeza dos instrumentos aliada ao
treinamento do cirurgião robótico permitem a retirada da próstata com o tumor, das
vesículas seminais e da cadeia ganglionar obturatória de forma muito precisa,
evitando, na grande maioria das vezes, lesão dos nervos responsáveis pela
ereção e do esfíncter responsável pela continência urinária.
Após a retirada da próstata, a bexiga é novamente ligada à uretra através de
sutura contínua que evita vazamento de urina no pós-operatório e diminui o tempo
de sonda ureteral no pós-operatório.
Indicações do procedimento:
O tratamento do câncer de próstata só tem objetivo quando é diagnosticado na
sua fase inicial, ou seja, quando ainda está localizado apenas na próstata.O
tratamento do câncer de próstata em sua fase inicial pode ser:
a) Observação ativa
b) Radioterapia externa e braquiterapia (implante de sementes radioativas
na próstata)
c) Cirurgia: prostatectomia radical aberta via perineal, via laparoscópica e
laparoscópica assistida por robô.
O tratamento do câncer de próstata avançado é feito através de bloqueio
hormonal e quimioterapia.
Benefícios da intervenção:
Visualização com intensificação da imagem em alta definição com ampliação
de 10x do campo cirúrgico e visualização em 3D, o que possibilita melhor
abordagem pelo cirurgião
As pinças robóticas são articuladas, o que permite a realização de movimentos
mais finos e precisos, adicionado ao filtro de tremores
Melhor ergonomia para o cirurgião durante o procedimento
Uso de incisões mínimas que oferecem a possibilidade de retorno mais rápido
às atividades normais e cicatrizes menores
Tempo menor de hospitalização
Menor risco de incontinência urinária e impotência sexual
Menor perda de sangue e menor índice de transfusão
Menor dor no pós operatório
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Riscos e Complicações:
Embora raras, as complicações cirúrgicas ou clínicas podem acontecer após
qualquer cirurgia, incluindo aquelas executadas com auxílio da tecnologia robótica.
A combinação entre conhecimento, treinamento e experiência da equipe cirúrgica
além da qualidade da Instituição Hospitalar são fatores importantes para minimizar
o risco de complicações. Qualquer complicação deve ser prevenida e no caso de
ocorrer, deve ser identificada rapidamente e tratada de modo a minimizar suas
conseqüências. Seguem abaixo algumas das complicações que podem ocorrer no
período pós-operatório imediato da prostatectomia radical, independentemente do
acesso utilizado:
Tempo prolongado para o intestino voltar a funcionar
Transfusão de hemoderivados
Perda de urina no dreno
Complicações cardiopulmonares
Lesões de estruturas adjacentes à próstata
Necessidade de re-operações
Internação hospitalar prolongada
O que esperar na recuperação do procedimento:
A recuperação após a cirurgia é diferente para cada paciente,
entretanto, algumas características gerais podem ser colocadas, tais como:
A maioria dos pacientes recebe alta hospitalar dentro de 48 e 72 horas horas
após a cirurgia
Uma vez que a cirurgia é realizada através de pequenas incisões, em geral os
pacientes têm menos dor no pós-operatório quando comparado àqueles
submetidos à cirurgia tradicional, necessitando de menos medicação para
a dor e no pós operatório.
A maioria dos pacientes retoma as atividades diárias normais dentro de 10
dias. Entretanto, pacientes que trabalham usando força física, como por
exemplo, levantar peso, precisam de um tempo maior de recuperação (em
torno de 04-06 semanas). Exercícios físicos mais fortes não são recomendados
por seis semanas.
O tempo para recuperação do controle urinário é variável, assim como o grau
de incontinência , porém de modo geral, a maioria dos pacientes recupera a
continência dentro de 03 a 06 meses após a cirurgia. Este período pode se
prorrogar até um ano.
A recuperação da potência sexual depende de diversos fatores como idade do
paciente, tipo de cirurgia realizada (com ou sem preservação dos nervos da
ereção), função sexual antes da cirurgia, entre outros. Mesmo que a recuperação
da potência seja precoce, abstinência sexual é recomendada por 04 semanas
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após a cirurgia. A utilização de drogas vasoativas e inibidores da fosfodiesterase
costumam melhorar a recuperação e devem ser usadas. O tempo de recuperação
é extremamente variável, podendo se estender por até 02 anos.
A taxa de mortalidade pela prostatectomia radical independente do acesso
utilizado e é menor que 0.1%. Esta situação extrema, normalmente está associada
a complicações clínicas importantes em pacientes com doenças associadas préoperatórias graves.
Complicações tardias:
Algumas complicações cirúrgicas ou clínicas tardias podem acontecer após o
procedimento, independentemente do acesso utilizado. Seguem abaixo algumas
das complicações tardias que podem ocorrer:
Estreitamento do canal da urina
Infecção urinária
Abaulamento na local das incisões
Incontinência urinária
Impotência sexual
Acumulo liquido abdominal - linfocele
Alternativas ao procedimento:
As opções para o tratamento do câncer de próstata incluem: a vigilância ativa
(observação da evolução da doença), terapia hormonal (bloqueio da produção de
testosterona para evitar o crescimento do tumor), a prostatectomia radical aberta
(retirada da próstata por via convencional, perineal ou transvesical), prostatectomia
laparoscópica (cirurgia minimamente invasiva com pequenas incisões, mas sem o
uso do robô), a radioterapia externa e a braquiterapia (radioterapia através do
implante de sementes radioativas na próstata). Cada uma destas opções tem
indicações especificas vantagens e desvantagens que devem ser discutidas com
seu urologista.
O que pode acontecer se não realizar o procedimento:
A evolução do câncer de próstata quando não tratado é extremamente variável,
de acordo com o seu grau de agressividade. Aproximadamente 30% dos tumores
de próstata não evoluem ou são muito lentos em sua evolução. Pacientes com
expectativa de vida menor que 10 anos, normalmente não são tratados e apenas
seguidos com vigilância ativa. Tumores mais agressivos podem se disseminar
para outros órgãos causando as metástases. Desta maneira, cada caso deve ser
avaliado pelo urologista.
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