Avanços no tratamento do câncer de próstata aumentam controle da

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: Avanços no tratamento do câncer de próstata aumentam controle da continência e função erétil
: O Estado de S. Paulo Online - : SÃO PAULO - SP - : 24/11/2016
: Notícias - : On-line
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Abordagens pouco invasivas e técnicas de reabilitação propiciam melhor qualidade de vida para o paciente
diagnosticado com câncer de próstata, o mais comum entre os homens no Brasil O câncer de próstata é o mais
comum entre os brasileiros. São estimados, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 60 mil novos
casos da doença em 2016. Junto com esta alta incidência é grande também a preocupação dos profissionais de saúde
e dos pacientes com dois importantes efeitos adversos do tratamento, que são a incontinência urinária e a disfunção
erétil. A boa notícia para os homens é que os avanços no tratamento, com destaque para a prostatectomia, estão
ocorrendo , cada vez mais, de forma menos invasiva, oferecendo não apenas o controle da doença como também
melhor qualidade de vida para o paciente. Desponta também o aprimoramento das abordagens de reabilitação. "É
importante que as condutas clínicas adotadas antes e após a cirurgia busquem amenizar os riscos dos pacientes
apresentarem graus severos de incontinência urinária e disfunção erétil", destaca o cirurgião oncologista e diretor do
Departamento de Urologia do A.C.Camargo Cancer Center, Gustavo Cardoso Guimarães. De acordo com o
especialista, o crescimento das indicações de cirurgias minimamente invasivas no Brasil tem propiciado recuperação
mais rápida e melhor qualidade de vida para os pacientes diagnosticados com câncer de próstata. De janeiro a outubro
deste ano, o A.C.Camargo realizou mais de 600 prostatectomias por via robótica. "A cirurgia robótica, assim como
outras modalidades de cirurgia por vídeo e minimamente invasivas, quando comparadas às cirurgias convencionais (as
chamadas cirurgias abertas), possibilitam melhor visualização do tumor e benefícios para o paciente como menos
sangramento, dor e tempo de internação, além da já citada reabilitação mais rápida da continência urinária e função
erétil", explica Guimarães. Reabilitação. Tão importante quanto tratar um paciente com câncer de próstata é
reabilitá-lo e inseri-lo ao seu convívio social e atividades de rotina. De acordo com o urologista responsável pelo
Ambulatório de Disfunções Miccionais e Urodinâmica do Departamento de Urologia do hospital, Carlos Alberto Ricetto
Sacomani, isso é possível a partir do momento em que a instituição, unindo as mais diversas especialidades,
estabeleça o planejamento terapêutico de forma que já se vislumbre como será o pós-operatório e a reabilitação de
cada paciente. Sacomani explica que, ao se operar a próstata, o cirurgião precisa se preocupar em preservar o
esfíncter, que é a musculatura que controla a urina e também os nervos que mantêm a potência. "Sem uma cirurgia
adequada, seguida por um suporte interdisciplinar, provavelmente o paciente não recupera essas funções", ilustra.
Outras técnicas que têm propiciado melhora na qualidade de vida do paciente submetido à prostatectomia são a
fisioterapia do assoalho pélvico, abordagem esta que pode ser indicada no pós-operatório da prostatectomia radical
com o objetivo de acelerar o processo de recuperação do controle urinário nos primeiros doze meses após a
intervenção cirúrgica. "Após estes 12 meses, se o problema persistir, cirurgias podem ser necessárias. Entre as
técnicas existentes, está a implantação de esfíncter artificial, um dispositivo que substitui o esfíncter uretral do paciente
e é colocado cirurgicamente. Quando o paciente necessita urinar, ele aciona um botão no escroto, o dispositivo abre e
ele urina", detalha Sacomani. Outra abordagem é o implante neuromodular sacral, que se assemelha ao marca passo
e é indicado para pacientes com bexiga hiperativa, caracterizada por frequência urinária (ir varias vezes ao banheiro) e
urgência miccional (necessidade de ir rapidamente urinar). O Neuromodulador sacral está indicado em casos
específicos. "O implante neuromodular sacral é feito na medula, com um dispositivo que controla a bexiga. É indicado
para casos pré-selecionados", destaca o especialista. Independentemente do câncer de próstata, o homem pode
desenvolver incontinência urinária. Estima-se que 1 em cada 25 indivíduos no Brasil apresentem esse quadro clínico,
segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia, sendo mais comum em mulheres. Na mulher, a incontinência se
deve a alterações do suporte anatômico do assoalho pélvico, deficiência do esfíncter uretral e a alterações funcionais
da bexiga. O homem pode apresentar deficiência do esfíncter após manipulações cirúrgicas da região pélvica e
próstata. Alterações funcionais da bexiga podem ocorrer no homem, independentemente da cirurgia, da mesma forma
que ocorre na mulher. A disfunção erétil também não é consequência apenas de cirurgia para retirada da próstata. Há,
segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, outras doenças ou condições comumente associadas, como hipertensão
arterial, diabetes melitus, aterosclerose, tabagismo, obesidade e estresse, assim como problemas de relacionamento
com parceiros sexuais. Consultoria: A.C.Camargo Cancer Center
Link:
http://emais.estadao.com.br/noticias/bem-estar,avancos-no-tratamento-do-cancer-de-prostata-aumentam-controle-da-c
ontinencia-e-funcao-eretil,10000090193
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