Demanda

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Noções de Microeconomia
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado:
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A Demanda e a Lei da Demanda;
A Curva da Demanda;
A Oferta e a Lei da Oferta;
A Curva da Oferta;
Equilíbrio de Mercado;
Elasticidades.
Introdução
• Oferta, demanda e preço dos produtos são elementos
essenciais do conceito econômico de mercado.
• Em todas as diferentes estruturas de mercado sempre
haverá oferta e demanda.
•
E, de seu entrechoque,
resultam os preços
pelos quais se praticam
as transações.
1. A Demanda e a Lei da Demanda
• A demanda de determinado produto é determinada pelas
várias quantidades que os consumidores estão dispostos
e aptos a adquirir, em função de vários níveis possíveis de
preços, em dado período de tempo.
• De acordo com a Lei da Demanda:
– “O preço e a quantidade demandada num determinado mercado
estão inversamente relacionados.”
1. A Demanda e a Lei da Demanda
• Em um comportamento padrão:
– Quanto mais baixos os preços, maiores as quantidades
demandadas, e vice-versa.
– Assim:
Q = f(P)
2. A Curva da Demanda
• A função demanda possui uma curva descendente,
resultante do seguinte princípio:
– Quanto mais altos os preços, menores as quantidades
demandadas correspondentes.
2. A Curva da Demanda
• A demanda de mercado é igual a soma das demandas
individuais.
2. A Curva da Demanda
• Alguns fatores de deslocamento que levam a curva da
demanda a ser inclinada negativamente:
– Preço de mercado;
– Renda do indivíduo;
– Preço dos bens relacionados:
• Substitutos. Ex.: Manteiga e margarina;
• Complementares. Ex.: Peças de carros adicionais.
– Gosto;
– Expectativa;
– Número de consumidores.
2.1 Preço de mercado
• Relação inversa entre o preço e a quantidade.
• Mudanças na quantidade demandada devido às alterações
no preço ocorrem ao longo da curva de demanda.
2.2 Renda do indivíduo
• O aumento de renda
aumenta a demanda por
um bem “normal”.
• O aumento na renda
diminui a demanda por
um bem “inferior”.
2.3 Preço dos bens relacionados
• Aumento do preço de um
bem normal, leva a uma
diminuição da demanda
por
seus
bens
complementares.
• Aumento do preço de um
bem normal, leva a uma
maior demanda por seus
bens substitutos.
2.3.1 Exemplos de substitutos e
complementos perfeitos
Curvas de indiferença para bens substitutos e complementares perfeitos.
2.4 Gostos, expectativas e número de
consumidores
• Gostos e expectativas:
– Vão causar o deslocamento da curva de demanda, podendo
aumentar (deslocamento pra direita e para cima) ou diminuir a
quantidade demandada (deslocamento para a esquerda e para
baixo).
• Número de consumidores:
– Quanto mais consumidores maior é a demanda, ou seja, relação
direta.
3. A Oferta e a Lei da Oferta
• A oferta de determinado produto é determinada pelas
várias quantidades que os produtores estão dispostos e
aptos a oferecer no mercado, em função de vários níveis
de preços, em dado período de tempo.
• De acordo com a Lei da Oferta:
– “O preço e a quantidade ofertada num determinado mercado
estão diretamente relacionados.”
3. A Oferta e a Lei da Oferta
• O comportamento típico dos produtores é:
– Aumentar as quantidades ofertadas, caso os preços aumentem;
– Reduzir as quantidades em caso de redução de preços
incompatíveis com os custos de produção.
– Assim:
Q = f(P)
4. A Curva da Oferta
• A função oferta possui uma curva ascendente, resultante
do seguinte princípio:
– Quanto mais altos os preços, maiores as quantidades ofertadas
correspondentes.
4. A Curva da Oferta
• A oferta de mercado é igual a soma das ofertas
individuais dos produtores.
4. A Curva da Oferta
• Alguns fatores de deslocamento que levam a curva de
oferta a ser inclinada positivamente:
– Preço de mercado;
– Preço dos insumos ou quantidade disponível dos insumos;
– Tecnologia de produção;
– Expectativa de mercado;
– Número de produtores.
4.1 Preço de mercado
• Relação direta entre o preço e a quantidade.
• Mudanças na quantidade demandada devido às alterações
no preço ocorrem ao longo da curva de oferta.
4.2 Preço dos insumos ou quantidade
disponível dos insumos
• Aumento do preço dos
insumos diminui a oferta
do bem.
• Aumento na quantidade
disponível de insumos
aumenta a oferta do bem.
4.3 Tecnologia de produção
• A implantação ou disseminação de uma nova tecnologia
com maior produtividade ou redutora de custos aumenta a
possibilidade de oferta de bens.
4.4 Expectativa de mercado e número de
produtores
• Expectativas de mercado:
– Vão causar o deslocamento da curva de oferta, podendo
aumentar (deslocamento pra direita e para baixo) ou diminuir a
quantidade ofertada (deslocamento para a esquerda e para cima).
• Número de produtores:
– Quanto mais produtores maior é a oferta, ou seja, tem relação
direta.
5. Equilíbrio de Mercado
• A posição dos produtores e consumidores em relação a
uma dada escala de preços é, geralmente, oposta. Ou seja:
– Produtores estão dispostos a produzir mais quando os preços
estão mais altos;
– Consumidores estão dispostos a consumir mais quando os preços
estão baixos.
• Entretanto há uma posição de equilíbrio estável:
– Dada pela interseção das curvas de oferta e demanda. Esse
ponto, define-se o preço de equilíbrio.
5. Equilíbrio de Mercado
• A situação de equilíbrio, separa os pontos onde há mais
oferta do que demanda ou mais demanda do que oferta,
harmonizando os interesses conflitantes dos produtores e
consumidores.
5. Equilíbrio de Mercado
• Exemplo do mercado de sorvetes
5. Equilíbrio de Mercado
• Abaixo do ponto de equilíbrio:
– A demanda é superior a oferta;
– Isso levará a uma competição entre os consumidores,
estimulando a produção de mais itens e forçando a elevação
natural do preço.
5. Equilíbrio de Mercado
• Acima do ponto de equilíbrio:
– A oferta é superior a demanda;
– Isto levará a uma competição entre os produtores, estimulando a
aquisição de mais itens e forçando a diminuição natural do
preço.
5.1 Exemplo prático 1
• A Tabela apresenta a quantidade ofertada e demandada de
maçãs, de acordo com determinado preço.
Preço P
(R$)
Qtde Q demandada
(milhões/semana)
Qtde Q ofertada
(milhões/semana)
10
8
6
4
50
100
200
400
260
240
200
150
5.1 Exemplo prático 1
1. Esboce a curva da demanda.
2. Esboce a curva da oferta.
3. Qual o ponto de equilíbrio P*? Indique-o no gráfico.
4. Identifique a região no gráfico onde haverá a escassez e
o excesso de oferta. Qual a tendência em relação ao
preço em cada um desses casos?
5.1 Solução exemplo prático 1
5.2 Deslocamento das curvas de demanda e oferta
• Sempre que houver deslocamentos da demanda e/ou da oferta
haverá o movimento dos preços de equilíbrio, pois o mercado irá
ajustar-se.
Demanda
Oferta
Aumento
Diminuição
5.4 Curto prazo X Longo prazo
• Efeitos do tempo na Demanda:
– Curto prazo: Consumidores tem pouca margem para se
adaptar ou mudar suas escolhas frente as alterações no preço.
– Longo prazo: Consumidores tem muita margem para se
adaptar ou mudar suas escolhas frente às alterações nos preços,
buscando alternativas de substituições.
• Ex.: No curto prazo o consumo de gasolina não diminui
se houver um aumento nos preços, devido às necessidades
dos clientes, mas no longo prazo a gasolina pode ser
substituída por etanol.
5.4 Curto prazo X Longo prazo
• Efeitos do tempo na Oferta:
– Curto prazo: Vendedores tem pouca margem para se adaptar
ou mudar suas escolhas frente as alterações no preço.
– Longo prazo: Vendedores tem muita margem para se adaptar
ou mudar suas escolhas frente às alterações nos preços,
ampliando a produção ou mudando de ramo.
• Ex.: Se o mercado de celulares for aumentando
rapidamente faltará linhas disponíveis no curto prazo, mas
no longo prazo novas empresas poderão entrar, ou as
existentes poderão expandir o serviço.
5.4 Curto prazo X Longo prazo
6. Elasticidades
• Em geral, a elasticidade é uma medida da sensibilidade de
uma variável em relação à outra.
• Ela nos informa a variação percentual em uma variável
(Ex.: preço) em decorrência da variação de percentual em
outra variável (Ex.: demanda).
• Pode-se ter dois tipos de elasticidade:
– Da demanda;
– Da oferta.
6.1 Elasticidade Preço da demanda
• Para alguns produtos:
– Uma pequena alteração no preço pode provocar alterações
bastante acentuadas na quantidade;
• Para outros:
– Mesmo alterações muito altas no preço não são capazes de
provocar alterações muito grandes na quantidade;
• Há ainda casos em que:
– Variações preço/quantidade são rigorosamente proporcionais.
6.1 Elasticidade Preço da demanda
• Nos informa a variação percentual na quantidade
demandada de um bem em decorrência da variação de 1%
no preço do bem.
6.1 Elasticidade Preço da demanda
6.1 Elasticidade Preço da demanda
6.1 Elasticidade Preço da demanda
• A Elasticidade Preço da demanda pode ter as seguintes
características:
– Demanda perfeitamente elástica (∞);
– Demanda elástica (de 1 a ∞);
– Demanda unitária (1);
– Demanda inelástica (de 0 a 1);
– Demanda perfeitamente inelástica (0);
6.1 Elasticidade Preço da demanda
• A curva de demanda apresenta diferentes elasticidades em
sua extensão:
6.1 Elasticidade Preço da demanda
• Exemplo de cálculo da Elasticidade Preço da demanda:
PERÍODO
PREÇO
QUANTIDADE
JAN/20X1
R$10,00
500
FEV/20X1
R$10,50
480
Cálculo
Neste caso a variação percentual em 1% no preço diminui (sinal negativo) a
quantidade demandada em 0,8%, ou seja, demanda inelástica ao preço.
6.2 Elasticidade Renda da demanda
• Mede a variação da quantidade demandada em relação à
renda.
• É dada pela fórmula:
6.2 Elasticidade Renda da demanda
• Bens superiores ou normais:
– Quando a renda aumenta, aumenta também a demanda por esses
produtos.
– Elasticidade de renda positiva.
• Bens inferiores:
– Quando a renda aumenta, diminui também a demanda por esses
produtos.
– Elasticidade de renda negativa.
6.2 Elasticidade Renda da demanda
• Exemplo de cálculo da Elasticidade Renda da demanda:
PERÍODO
RENDA
QUANTIDADE
JAN/20X1
R$1000,00
480
FEV/20X1
R$1100,00
500
Cálculo
Neste caso a variação percentual em 1% na renda aumenta (sinal positivo) a
quantidade demandada em 0,4%, ou seja, demanda inelástica à renda.
6.3 Elasticidade Cruzada da demanda
• Mede a variação da quantidade demandada em relação à
variação do preço de outro produto.
• É dada pela fórmula:
6.3 Elasticidade Cruzada da demanda
• Bens Substitutos:
– Se a elasticidade cruzada da demanda é positiva, ou seja, a
quantidade demandada de X se move na mesma direção que uma
variação no preço de Y.
• Bens Independentes:
– Uma elasticidade cruzada próxima ou igual a zero sugere que os
bens X e Y são independentes.
• Bens Complementares:
– Quando a elasticidade cruzada é negativa, ou seja, o aumento no
preço de X diminui a demanda por Y.
6.3 Elasticidade Cruzada da demanda
• Exemplo de cálculo da Elasticidade Cruzada da demanda:
PERÍODO
PREÇO
MANTEIGA
DEMANDA POR
MARGARINA
JAN/20X1
R$10,00
480
FEV/20X1
R$10,50
Cálculo
500
Neste caso a variação percentual em 1% no preço da manteiga aumenta (sinal
positivo) a quantidade demandada de margarina em 0,83%, ou seja, demanda
de margarina é inelástica ao preço da manteiga .
6.4 Elasticidade Preço da oferta
• Mede a variação percentual da quantidade ofertada em
relação a variação percentual do preço.
• É dada pela fórmula:
6.4 Elasticidade Preço da oferta
• Fatores que afetam a Elasticidade da oferta:
– Custo e Possibilidade de estocar: quanto maior o custo de
estocagem, menor é a elasticidade da oferta;
– Características do processo de produção: quanto mais facilmente
se deslocam recursos para a produção do bem, maior a
elasticidade da oferta;
– Tempo: quanto maior o tempo em consideração, maior será a
elasticidade da oferta verificada.
6.4 Elasticidade Preço da oferta
• A Elasticidade Preço da oferta pode ter as seguintes
características:
– Oferta perfeitamente elástica (∞);
– Oferta elástica (de 1 a ∞);
– Oferta unitária (1);
– Oferta inelástica (de 0 a 1);
– Oferta perfeitamente inelástica (0);
6.5 Exemplo Prático 2
• O mercado de Trigo nos EUA em 1981 é dado pelas
seguintes curvas:
– Curva de Oferta: QS = 1.800 + 240P
– Curva de Demanda: QD = 3.550 - 266P
1. Qual o preço de equilíbrio do trigo?
2. E a quantidade de equilíbrio?
3. Qual a elasticidade-preço da demanda no ponto de
equilíbrio?
4. Qual a elasticidade-preço da oferta no no ponto de
equilíbrio?
Referências principais
• Slides de aulas sobre Gestão de Projetos da prof. Ingrid Machado,
do DEENP – UFOP (2014/2).
• Pindyck,R. S.; Rubinfeld, D. L. Microeconomia. 7 ed. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2010.
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