4. ANO

Propaganda
4.o
ANO
ENSINO FUNDAMENTAL
Introdução
Um recado, um apelo, muita esperança
As plantas espalham seus ramos e folhas em qualquer pedaço de terra que não
esteja coberto de asfalto e cimento. Buscam a vida nos lugares mais inóspitos,
como em rochas cobertas por grossas camadas de gelo, e até em lugares onde,
do deserto sob o sol causticante, o broto rompe e se instala na areia, criando
oásis de pura vida.
E são tantas e tão diferentes, que nos acostumamos a vê-las pelos trajetos que
percorremos.
Por vezes, vergam-se ao vento forte e quebram seus galhos, enquanto nós
apenas olhamos. Ou ouvimos o barulho surdo da motosserra cortando seus
galhos, que ousados cresceram muito e entrelaçaram-se nas redes elétricas, e
continuamos apenas observando.
Em outras ocasiões lemos reportagens em que milhares delas são abatidas e
exportadas para muitos países e, então, sentimos, de repente, um aperto no
coração, como se alguém tivesse entrado em nosso lar e levado o que de mais
precioso tínhamos. Nesse momento paramos e sentimos o preço da omissão
e é por isso que observar as plantas em toda sua diversidade, conhecer como
elas fazem seu alimento e se reproduzem é talvez o passo primordial para compreender e amar a natureza, percebendo que somos parte integrante dela.
CAPÍTULO 9: QUEM CUIDA DO VERDE, CUIDA DA VIDA
Objetivos:
Propiciar condições para o aluno:
– perceber a importância dos vegetais para a purificação do ar;
– identificar os alimentos que propiciam e mantêm a vida de muitos seres
vivos animais;
– promover o cuidado e a preservação dos vegetais;
– reconhecer a utilidade dos vegetais na redução da erosão;
– estabelecer relação entre a presença de vegetais e o clima de uma região;
– identificar a variedade de produtos fabricados a partir dos vegetais, tais
como remédios fitoterápicos, vestuário, papel, móveis, residências;
3 .o bimestre
–
reconhecer, através de aulas práticas, as necessidades que os vegetais têm
de germinar e se desenvolver;
–
identificar e reconhecer as partes que formam um vegetal completo;
–
compreender que cada parte do vegetal possui uma função importante e
necessária para o seu desenvolvimento.
Material a ser providenciado:
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
2 vasos pequenos
terra adubada
algodão
2 mudas de uma mesma planta (de tamanhos semelhantes)
6 etiquetas
1 vaso com semente de feijão plantada
1 caixa de sapato com tampa
tinta guache preta
tesoura
pincel
1 tira de cartolina preta
4 vasos com plantas (de tamanhos semelhantes)
água
1 saco plástico transparente
1 pedaço de barbante
garrafa de PET
muda de flor
cola
Procedimentos:
Para que o desenvolvimento da proposta alcance os objetivos pretendidos e
explicitados, é de grande importância que você explique a função dos vegetais
para o equilíbrio tanto dos demais seres vivos quanto dos próprios vegetais dos
diferentes biomas que compõem o Planeta. Para dar essa explicação, você po–1
derá utilizar painéis ou listas feitas por grupos de alunos, que também poderão
fazer desenhos do que entenderam de cada item apresentado no Caderno.
O trabalho em campo, ou seja, fazer um passeio em ambiente aberto onde
haja vegetais, é de imensa importância. Ao entrar em contato com as plantas,
os alunos terão oportunidade de tocar em algumas flores, sentir o perfume delas
e recolher as folhas secas do chão. Eles aprenderão que esse material orgânico
aduba naturalmente o solo e que a umidade que se verifica no entorno de um
arbusto ou de uma árvore de grande porte torna esse local um excelente hábitat
para inúmeros organismos vivos que sobrevivem em perfeita simbiose com a
natureza, compondo um verdadeiro ecossistema em cada um desses locais.
Esse trabalho de campo torna-se mais rico e proveitoso se for realizado antes do trabalho com o Caderno, pois a aprendizagem na prática traz muito mais
prazer e satisfação.
Você deve utilizar todo e qualquer recurso para enriquecer essa atividade.
Os alunos, acompanhados por você, podem colher materiais diversos, como
folhas e flores secas, talos de caules, cascas de árvores etc., sempre utilizando
pinças longas, lupa e luvas de borracha. Com esse material recolhido, mais
desenhos ou fotos de plantas aquáticas, árvores frondosas ou arbustos, bancos
ou escadas de madeira, eles devem produzir um “livro comunitário", no qual
cada aluno deve deixar sua marca pessoal. Eles devem anotar nesse livro tudo
o que observaram, e escrever nele o próprio nome e a data.
Então, você deve dar início às atividades do Caderno, lendo os itens relacionados sobre os vegetais.
Algumas turmas darão mais importância a determinados vegetais, porque
durante o trabalho de campo cada aluno observou o ambiente sob uma perspectiva diferente.
A ciência é vivenciar, testar, levantar hipóteses, ter dúvidas; por isso, as
experiências devem ser realizadas quantas vezes forem necessárias até que se
chegue a um ponto comum de entendimento.
A interação entre os alunos, e entre os alunos e o professor deve existir em
todas as etapas.
Para que essas aulas sejam aproveitadas ao máximo, você deve planejá-las com antecedência e providenciar todo o material necessário para sua melhor realização. É nesse contexto que o planejamento diário é importante, pois
reduz ao mínimo possíveis falhas.
2–
Experiência nº 1
Esta experiência tem o objetivo de comprovar que, através das raízes, a
planta retira da terra água e sais minerais sem os quais ela não se desenvolve.
As plantas utilizadas devem ser de crescimento fácil, ficar em local iluminado e ser regadas frequentemente.
Os resultados variam de acordo com cada planta e, por isso, você pode
realizar a experiência nº 2 enquanto os alunos monitoram os resultados da experiência anterior.
Espera-se que os alunos concluam que o algodão não fornece as substâncias necessárias ao desenvolvimento do vegetal, que tenderá a murchar, perder
a força e secar.
Experiência nº 2
Esta experiência deve ser realizada com 2 mudas da mesma planta, de
tamanhos semelhantes. Uma delas será regada e a outra, não. A planta que for
regada irá se desenvolver com mais rapidez, enquanto a outra utilizará a água
que houver na terra, até que suas raízes não tenham mais água e sais minerais
para absorver, suas folhas murcharão e ela secará.
–3
Experiência nº 3
Experiência nº 4
Esta experiência pode ser realizada uma por cada grupo, pois a inclinação
da planta e o tempo que ela levará para vencer a escuridão e alcançar a luz
variará bastante, e os grupos apreciarão muito essa variação.
Espera-se que a planta cresça contornando os obstáculos até sair em direção à luz, sem a qual ela não conseguirá elaborar seu alimento.
A planta é um ser vivo e, como a maior parte dos seres vivos, respira o ar
que está no ambiente.
Ela não conseguiu absorver o oxigênio do ar e acabou não se desenvolvendo.
A planta que estava livre para fazer a fotossíntese e respirar desenvolveu-se adequadamente.
4–
terra adubada
água
luz
ar
Sugestões de atividades:
A ilustração deve representar a
mensagem do poema, ou seja, a
natureza precisa, como nós, de
carinho, cuidado e proteção para
sobreviver.
•
Será bastante interessante você pedir que os alunos, divididos em grupos,
pintem numa folha de papel Kraft, dividido em 2 ou 4 partes, a raiz, o caule,
as folhas e os frutos de uma planta e exponham o trabalho nas paredes da
classe. Através dele, eles entenderão as funções de cada parte dela no seu
devido tempo. Esse painel deve ser feito, de preferência, fora da sala de
aula. Não apresse o trabalho e incentive os alunos a capricharem e fazerem
perguntas.
•
Cada árvore tem características próprias, assim como as impressões digitais das pessoas, que são únicas. Para registrar essas características,
leve várias folhas de papel sulfite, fita crepe e giz de cera quando for a um
parque. Use a fita crepe para fixar a folha de papel na árvore e, em seguida,
risque-a, no sentido de cima para baixo, marcando as estrias do tronco de
vários tipos de árvores. Faça um pôster e procure identificar as árvores das
quais você retirou a impressão.
Sugestão de leitura ao professor:
RODRIGUES, Rosicler Martins. O mundo das plantas, Editora Moderna.
CAPÍTULO 10: AS PARTES DA PLANTA E SUAS FUNÇÕES
Objetivos:
Propiciar condições para o aluno:
–
reconhecer as partes de um vegetal;
–
identificar as diferentes funções de cada parte do vegetal;
–
perceber a diferença entre plantas completas e incompletas;
–
identificar raízes que acumulam reservas nutritivas, as quais servem de alimento para a planta;
–
reconhecer que entre esses vegetais existem os caules e as raízes tuberosas, que também produzem alimentos, os quais os homens utilizam desde
o início da agricultura;
–
perceber que uma árvore consiste num verdadeiro ecossistema equilibrado
de animais, bactérias, fungos e húmus;
–
identificar a função do caule para o vegetal, reconhecendo caules aéreos e
subterrâneos;
–
reconhecer que as folhas possuem três grandes funções para o vegetal:
respiração, transpiração e fotossíntese;
–5
–
perceber que os vegetais são seres vivos produtores, pois produzem seu
próprio alimento através da fotossíntese;
–
flores brancas (crisântemo, rosa)
–
corante de várias cores
–
reconhecer e definir como ocorrem as fases principais do processo da fotossíntese;
–
água
–
identificar as folhas que servem de alimento, nomeando-as;
–
tesoura
–
perceber que as folhas são os órgãos responsáveis pela reprodução das
plantas;
–
cana-de-açúcar
–
folhas de diferentes formatos
–
compreender que é através das flores fecundadas que ocorre a produção
dos frutos e das sementes;
–
álcool
–
recipiente de plástico transparente
–
saber que são as sementes que originam as novas plantas;
–
folhas verdes
–
distinguir as partes reprodutoras masculina e feminina de uma flor;
–
socador de madeira
–
identificar como androceu as partes que compõem os órgãos reprodutivos
masculinos, e gineceu, os órgãos reprodutores femininos;
–
saco plástico transparente
–
fio de barbante ou elástico
reconhecer que é através da clorofila, o pigmento verde das folhas, que o
vegetal consegue captar a luz e o gás carbônico da atmosfera, resultando
num tipo de açúcar, que é o alimento da planta (seiva elaborada);
–
folhas de jornal
–
2 ou 3 livros pesados
–
folhas e flores
–
vaso com planta
–
2 tábuas de 30cm x 20cm
–
flores de hibisco ou azálea
–
sementes
–
–
perceber que os vegetais também respiram durante todo o processo da fotossíntese, porém a ausência desse processo é percebida com mais intensidade na ausência de luz;
–
estabelecer que frutos e frutas são todos os vegetais que possuem sementes;
–
reconhecer a função das sementes (ou caroços) para o vegetal, a qual é
formar novas plantas;
–
compreender que a função do fruto é proteger a semente;
–
identificar algumas flores mais conhecidas que nos servem de alimento,
como alcachofra, couve-flor, brócolis;
–
compreender que a germinação é o desenvolvimento da semente até transformar-se em uma nova planta;
Para introduzirmos o assunto sobre a reprodução das plantas através das
flores é preciso que ocorra uma sensibilização, em que devem ser exploradas
as características das flores. Para isso, você deve pedir que os alunos tragam
vários tipos de flores para perceberem a diversidade da localização das estruturas reprodutivas e compará-las.
–
entender que é através da polinização que ocorre o transporte dos grãos
de pólen de uma flor para outra da mesma espécie, através de insetos,
pássaros, vento.
É importante levar em consideração que muitos alunos possuem alergia ao
pólen das flores e por isso deve-se evitar que encostem o nariz nesse pó.
Material a ser providenciado:
–
batata-doce
–
2 palitos de churrasco
– recipiente transparente
6–
Procedimentos:
Os alunos sempre fazem muitas perguntas relativas ao assunto. Uma das
mais frequentes é o motivo pelo qual em algumas flores ocorre a autofecundação (o pólen cai no estigma da mesma flor). É preciso explicar que a natureza
não facilita esse processo, já que em muitos casos a maturação dos grãos de
pólen e a dos óvulos ocorrem em períodos diferentes.
Folha
Flor
Fruto
Caule
Raiz
–7
Experiência nº 5
Você pode utilizar batata-doce, beterraba, gengibre, cebola, cebolinha ou
cenoura.
O tempo para as folhas começarem a brotar do caule que sai da raiz dependerá muito de cada vegetal, e da disposição em que ela estiver.
Será interessante você realizar a experiência com várias amostras de cada um
desses vegetais, para observar melhor as variações no desenvolvimento deles.
Lembrete: o recipiente deve ficar em lugar iluminado, porém não exposto
à luz direta.
Capim
Cenoura
Mandioca
O desenho deverá ser
da raiz que foi utilizada.
Rabanete
8–
Batata-doce
Beterraba
Depende muito de variantes. É
por isso que o aluno deverá responder o mais cientificamente sobre o desenvolvimento da planta.
O aluno fará o registro do que
observou através de desenho
e de resposta por escrito.
–9
As flores e os caules ficaram com a cor do corante que foi colocado no copo
em que estavam.
Porque o caule é um condutor de substâncias para as outras partes da
planta.
O desenho deve ser condizente com a observação do
aluno.
10 –
O álcool ficou esverdeado.
Ficaram amareladas.
– 11
Atividade de recorte e colagem. Os alunos sairão à procura de folhas secas
para realizá-la. Em vez de colá-las no Caderno, o ideal é que essas folhas
sejam coladas num painel, que será exposto na classe. Esse trabalho deve
ser coletivo e contar com a participação de todos os alunos.
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12 –
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As folhas ficaram com gotinhas de água na superfície, que é a chamada
sudação, o que demonstra a transpiração da planta. Após serem evaporadas
pela ação do calor ambiental, essas gotinhas juntam-se à atmosfera.
C
A
B
– 13
pétala
androceu
antera
filete
estigma
gineceu
estilete
ovário
óvulo
receptáculo
14 –
sépala
Resposta pessoal, de acordo com o que foi solicitado.
Ó V U
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A M E S
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É P A L A S
O aluno fará o registro de acordo com sua observação.
fruto
fruto
sementes
– 15
4
6
1
Sim, pois através delas se originam novas plantas da mesma espécie.
C
16 –
A
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1
Flor
Fruto
Folhas
Caule
Raiz
– 17
Sugestões de atividades:
Mesmo que as flores trazidas para a classe não tenham todas as estruturas, é importante que todas as dúvidas dos alunos sejam esclarecidas. A
classe deve ser incentivada a elaborar um poema comunitário, que mostre
a importância da flor para a perpetuação da espécie vegetal, e que, ao final
de todo o processo, será exposto num painel ou lido na classe.
•
Os alunos podem construir recipientes de argila no formato de bonecos, carrancas e animais, e depois podem ser plantadas neles sementes de linhaça,
alpiste, painço. Após algum tempo e tomando-se o devido cuidado com a
rega, eles servirão como interessantes e criativos enfeites.
Procure cultivar plantas no parapeito de janela onde incida claridade.
• Outra sugestão é juntar sementes de texturas, cores e tamanhos diferentes
e colá-las em bolas de papel machê feitas com antecedência, formando
lindos enfeites, que servirão para confeccionar móbiles ou arranjos para a
classe ou servir como ideia para presente. Essa atividade pode ser realizada individualmente.
Essas ideias foram adaptadas do livro O mundo das plantas, de Rosicler
Martins Rodrigues, Editora Moderna.
As partes da fl or
INFORMAÇÕES AO PROFESSOR
A fl or e a renovação da vida
As plantas, em sua maioria,
carregam no seu corpo vegetal,
além da seiva bruta e elaborada,
o recurso da flor.
Cor, forma, arte,
disfarce, perfume, atração,
primordial, essência de renovação.
Expõe-se em cachos, solitária,
pequenina, exagerada,
exibida, adocicada.
Recebe o vento, os bichos
recebe a chuva, o Sol, seu elemento.
Seu tempo é passageiro,
sua passagem não. É perene.
Prenha de vida, ela fica.
Sobrevive de puro encanto,
até a próxima estação.
–
–
–
–
–
–
Lais Lemes Costa
Procure tornar esse aprendizado lúdico e prazeroso, pois são inúmeras as informações sobre as partes que compõem a flor.
18 –
–
Gineceu: conjunto dos órgãos reprodutores femininos da flor.
Androceu: conjunto dos órgãos reprodutores masculinos da flor.
Bráctea: folha modificada, localizada abaixo de uma flor ou no eixo central
de uma inflorescência, que se diferencia na forma, consistência, tamanho e
cor das folhas normais.
Pedúnculo: estrutura na qual a flor se prende.
Pétalas: muitas vezes, mesmo sendo coloridas, são folhas modificadas, e
suas estruturas protegem os órgãos da reprodução. A cor e o perfume têm
a função de atrair os agentes polinizadores. A flor chama a atenção dos
insetos para si com suas pétalas de cores vibrantes. As pétalas anunciam
que há néctar no interior da flor.
Sépalas: são verdes e envolvem o cálice. Elas formam uma forte camada
protetora que impede que a flor delicada sofra danos quando ainda em botão.
Estigma: é a parte feminina da flor. Quando o pólen passa roçando por sobre o estigma, ocorre a polinização.
–
–
–
–
–
Ovário: um grão de pólen sobre o estigma desce até o ovário. Se ele penetrar no ovário, ocorre a fertilização e surge a semente.
Anteras: as anteras contêm pólen. O pólen gruda-se nos insetos quando
eles estão de visita e é transportado para outra flor.
Estípulas: apêndice geralmente laminar, pequeno e em número de dois,
existente na base dos pecíolos de algumas plantas.
Pecíolo: segmento da folha que a prende ao ramo ou tronco diretamente ou
através de uma bainha; é geralmente cilíndrico e frequentemente caniculado, mas pode apresentar forma e comprimento muito variado e até mesmo
faltar.
Pólen: massa de pó fino, frequentemente amarelo, constituído por micrósporos (grãos de pólen) contidos na antera das flores das angiospermas ou
nos estróbilos masculinos das gimnospermas. Do latim pollis, flor de farinha,
farinha fina.
Adaptado de HOUAISS, A. Dicionário Houaiss da língua
portuguesa. Editora Objetiva.
HARLOW, R., MORGAM, G. Ciência divertida:
crescimento de plantas e animais. Editora Melhoramentos.
Onde é produzido o néctar
O néctar é produzido nos nectários, estruturas especializadas, secretoras
de soluções contendo açúcares, localizados nas flores ou em partes vegetativas
das plantas, como pecíolo, estípulas e brácteas. Nem todas as plantas possuem
nectários. O néctar é composto por sacarose, glicose e frutose, e pode conter
também aminoácidos, proteínas, vitaminas e sais minerais. Ele resulta de um
complexo processo, que se inicia na absorção de água e sais minerais do solo
pela planta e passa pela fotossíntese.
O processo de produção de néctar pode durar algumas horas ou vários
dias, conforme a espécie vegetal e fatores ambientais, como temperatura e luz.
O néctar serve de alimento para diversos insetos, como as abelhas, e pode ter
papel fundamental no processo de polinização das flores.
Batata-inglesa
Esses brotinhos que enxergamos na batata-inglesa são também conhecidos como “olhos”. Cada um, por ser um broto, pode dar origem a um novo pé de
batata; é, portanto, um tubérculo, assim como o aspargo.
O inhame e o cará são também caules subterrâneos por serem hortaliças
com tubérculo nutritivo.
Tubérculos em raízes
Os tubérculos, comuns em supermercados, podem ser consumidos cozidos
e na forma de purês e sopas cremosas.
Como exemplos de tubérculos na raiz principal (raízes tuberosas) podemos
citar: nabo, cenoura, rabanete, gengibre e beterraba.
Como exemplos de raízes secundárias, citamos a batata-doce e a mandioca.
Tubérculos de caules: são caules dilatados pelas reservas que contêm.
Exemplos: cará, inhame, batatinha.
Bulbos: podemos classificá-los como caules modificados, porém são órgãos
mais complexos. São caules rodeados de folhas. Podemos reconhecer dois
tipos de bulbos: tunicado e escamoso.
a) Bulbo tunicado: formado por catáfilos ricos em substâncias nutritivas e dispostos concentricamente em torno do botão vegetativo. Exemplos: cebola,
dente de alho.
Acima, corte do interior da flor do limoeiro
(Citrus aurantifolia) e localização do nectário.
Arlete A. Soares, bióloga, pós-graduada do
Departamento de Botânica do Instituto de
Biociências da Universidade de São Paulo.
– 19
b) Bulbo escamoso: formado por catáfilos ricos em substâncias nutritivas com
disposição imbricada (como telhas num telhado) em torno do botão vegetativo. Exemplo: lírio.
Legumes de frutos
São aqueles dos quais aproveitamos apenas os frutos e também exigem
tratamento especial para não serem atacados pelos insetos, que tantos estragos causam no seu interior. Os legumes de frutos são, por exemplo: tomate,
pepino, abóbora, berinjela, pimentão.
Legumes de sementes
São aqueles dos quais aproveitamos apenas as sementes, como ervilha,
lentilha, fava.
Legumes de tubérculos e raízes
Destes aproveitamos as raízes ou tubérculos, tais como: beterraba, batata,
cará, nabo, mandioca, rabanete.
Importante:
No caso da batatinha, os tubérculos são ramos laterais do caule. Os tubérculos caulinares diferem dos tubérculos radiculares pela presença das gemas
dormentes protegidas por escamas. Na batatinha, as gemas são conhecidas
como “olhos”. Essas gemas podem brotar e garantir a reprodução vegetativa
quando, por fatores desfavoráveis, como frio ou seca, as partes aéreas não
sobrevivem.
CAPÍTULO 11: OS BIOMAS BRASILEIROS: NOSSA FAUNA E FLORA
Objetivos:
Proporcionar condições para o aluno:
Adaptado de MODESTO, Zulmira M.M.; SIQUEIRA,
–
reconhecer e localizar os principais biomas brasileiros;
J.B. Currículo de Estudos de Biologia – CEB.
–
identificar a diversidade de fauna e flora de cada bioma;
Editora Pedagógica e Universitária – Botânica.
–
conscientizar suas atitudes, modificando hábitos que privilegiem a manutenção e o equilíbrio desse ecossistema.
Classificação dos legumes
Legumes de folhas
São aqueles dos quais aproveitamos apenas as folhas para a alimentação.
Devem ser muito bem lavados antes de serem consumidos, e ainda ficarem de
molho numa vasilha por uma ou duas horas com vinagre e água, para destruir
os germes.
Na horta caseira, por exemplo, os legumes de folhas só deverão ser regados com água potável, isto é, limpa e completamente isenta de qualquer contaminação, pois isso é muito importante para a saúde. Alguns exemplos de
legumes de folhas: almeirão, rúcula, alface, agrião.
Legumes de fl ores
Estes também precisam obedecer às mesmas diretrizes dos legumes de
folhas, porque são as flores que consumimos e naturalmente deverão ter o mesmo tratamento, apesar de serem cozidos antes do seu consumo. Exemplos de
legumes de flores: couve-flor, alcachofra, cambuquira.
20 –
FABICHAK, I. Pomar e horta caseiros. Nobel. p. 97-8.
Material a ser providenciado:
Mapas com os biomas, fotos ou desenhos de animais.
Procedimentos:
Antes de iniciar o tema, será bastante produtivo que você traga para a sala
de aula mapas que mostrem a localização dos biomas e procure aprofundar-se
sobre o bioma da região onde o aluno vive. Isso fará com que ele sinta-se responsável por esse lugar e, como cidadão, cuide e preserve as riquezas naturais
do local, das quais ele desfruta como ser integrante da natureza.
A ideia de um projeto pode surgir daí, desde que ela seja aceita com prazer
e desperte o interesse dos alunos.
No decorrer do bimestre, você monitorará os grupos durante a realização
das atividades, registrando tudo no final do trabalho, através de fotos, cartões
postais, textos (sempre com fonte), internet, a fim de se obter um padrão científico.
Paralelamente, a classe estudará os demais biomas.
Amazônia, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica, Caatinga e Campos (ou
Pampas).
– 21
Flora: sumaúma, mogno, açaí e guaraná. Fauna: boto-cor-de-rosa,
bicho-preguiça, bugio e peixes, como tucunaré e piranha.
Ela tem sido derrubada devido às queimadas, ao desmatamento e ao descaso dos órgãos governamentais, que permitem o desmatamento para a
criação de gado.
22 –
– 23
Porque a região é rica em águas que se intercalam durante o ano com
vazantes.
Tudo é tomado pelas águas e até os locais que servem como pasto para os animais são cobertos por elas, havendo necessidade de transportar esses animais
para as áreas mais altas.
24 –
– 25
Representa os vegetais
Representa o ouro
Representa os rios
Porque o verde representa a floresta, que é alvo de constante devastação
desde o descobrimento do Brasil.
Vegetação baixa.
Porque a humanidade (grande parte dela) sabe que sem verde não há vida
e que o Brasil é a sede dos maiores biomas mundiais.
Exatamente pelo tipo de flora que existe nesse bioma.
26 –
Sugestão de atividade:
Montar uma maquete de algum bioma escolhido ou do característico da região, representando a fauna e a flora do local. Os animais devem ser feitos em
argila e pintados pelos alunos.
Para isso, será interessante pesquisar mais sobre o bioma na internet, em
revistas e em filmes didáticos.
Ao final, fazer um relatório no qual constará o nome dos participantes e do
bioma estudado e acrescentar um mapa em que ele esteja destacado, facilitando sua localização.
INFORMAÇÕES AO PROFESSOR
A evolução das plantas
As plantas de hoje são diferentes das plantas que, num passado distante,
viviam na Terra. A maioria das espécies se extinguiu e o restante se transformou, originando as espécies atuais. A essa transformação damos o nome de
evolução. Embora o termo, equivocadamente, possa ter o sentido de melhora,
o que se quer dizer, de fato, é que as plantas de hoje são diferentes em relação
às do passado porque estão adaptadas ao clima e ao solo dos tempos atuais.
Há 600 milhões de anos, enquanto o ambiente terrestre era inabitado, na
água viviam algas, bactérias e animais invertebrados. Os primeiros colonizadores da terra foram os musgos, descendentes de algas verdes mutantes capazes
de sobreviver na beira da água. Num ambiente em que havia mais luz e nenhum predador, esses mutantes se multiplicaram rapidamente e, com o passar
do tempo, há 450 milhões de anos, originaram os musgos. Esses musgos se
transformaram, originando as espécies atuais, mas nunca conquistaram completamente o ambiente terrestre – por dependerem da água para se reproduzir
sexuadamente e por não terem vasos condutores de seiva.
Há 400 milhões de anos, entre os musgos nasceram mutantes com vasos
condutores de seiva e 40 metros de altura. Esses mutantes formaram imensas
florestas às margens dos pântanos. Quando se extinguiram por causa das mudanças climáticas, seus restos ficaram soterrados no lodo durante milhões de
anos, e originaram o carvão mineral. Mutantes menores originaram as samambaias e as avencas, também dependentes da água para a reprodução sexuada.
Enquanto essas plantas evoluíam na terra firme, muitos animais invertebrados
conquistaram o ambiente. Entre os vertebrados, os anfíbios descendentes de
peixes ocuparam a área entre a água e a terra.
As plantas mutantes que se libertaram da necessidade de água para se
reproduzir surgiram há 350 milhões de anos. Tinham folhas impermeáveis e
duras, grãos de pólen e sementes. Estas podem ser comparadas aos ovos dos
répteis, que surgiram na mesma época e foram os primeiros animais que conquistaram a terra firme. Tal como as sementes, os ovos dos répteis têm embrião
rodeado de alimento e protegido pela casca. Essas primeiras plantas com sementes são os ancestrais das coníferas e cicas da atualidade.
As plantas com flores são as mais recentes da história da Terra e nasceram
de espécies que viveram há 140 milhões de anos, época em que os dinossau– 27
ros dominavam a Terra. Quando eles desapareceram, há 65 milhões de anos,
essas plantas viviam em quase todos os ambientes. Esse sucesso deve-se principalmente à polinização feita pelos animais e aos frutos com sementes.
Da clorofila existente nas folhas, as quais conseguem captar a energia
solar, transformando-a em alimento para a planta.
Eles até podem devastar, porque as leis não são suficientes para impedi-los de o fazer, e
existe também uma grande avidez por poder e dinheiro, mas o preço a pagar será incalculável para a geração na qual estamos vivendo e infinitamente maior para aquela que virá.
A planta rompe o solo e se projeta em busca da luz.
Desenho coerente com o assunto estudado.
RODRIGUES, R. M. O mundo das plantas.
Editora Moderna. p. 47.
28 –
responsável pela
reprodução das plantas.
guardar e proteger
uma única semente (caroço)
ou várias sementes pequenas.
absorver a água e os
sais minerais do solo.
são três suas funções: respiração, transpiração
e produção de alimento.
sustentar os ramos ou galhos,
as folhas, as flores e os frutos
das plantas e conduzir a água
e os sais minerais da raiz às
outras partes do vegetal.
Desenho ou colagem da vitória-régia.
Samambaia, avenca e musgo.
Presença de árvores de tamanho médio e grande. Por exemplo: pau-brasil, peroba, jacarandá; mata
São conhecidos como plantas incompletas por não possuírem nem flor, nem
fruto.
rica em animais de vários grupos; muitos pássaros; uma constante neblina que vem da Serra do Mar.
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Sugestão – animais exóticos, como o carcará (gavião pequeno), lagartos de
várias espécies, aves em extinção. Exemplo: a ararinha azul, que já é considerada extinta. O calango, tipo de réptil que sobrevive bem na caatinga.
Sugestões: tuiuiú (ave símbolo do Pantanal), jacaré do papo amarelo,
anta, tucano.
Aqueles que, pelo tamanho, movimentam-se vagarosamente (insetos e aracnídeos), bem como mamíferos de pequeno e grande porte. Índios e ribeirinhos,
que moram em regiões isoladas, também acabam sendo atingidos. Como todo
ecossistema tem vida própria, todos acabam sendo prejudicados.
Para que melhore a qualidade de vida, tanto física como emocionalmente.
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DICAS DE LEITURA
Por que as plantas crescem na primavera?
Editora Melhoramentos
Florinha e a fotossíntese. Samuel Murgel Branco
Editora Moderna
A sementinha bailarina. Iza Ramos de Azevedo Souza
Editora do Brasil
O medo da sementinha. Rubem Alves
Editora Paulus
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