TECNOLOGIAS ADOTADAS PARA ALCANÇAR O INCREMENTO DE SOLUBILIDADE DO ANTICHAGÁSICO BENZNIDAZOL FRANCISCA DOS SANTOS, OGENYA RAFAELA BISPO DE SOUZA, DANIELLY SILVA DE MELO, ANA PATRICIA SOUSA DA CRUZ, VICTOR MARLOS DA SILVA NASCIMENTO, HELIOMAR MOURA MACÊDO, JONATAS FERNANDES DA SILVA, ERMESON FABLO BEZERRA LIMA, ANDERSON WILBUR LOPES ANDRADE, LYGHIA MARIA ARAÚJO MEIRELLES Introdução: A doença de Chagas é uma patologia negligenciada descoberta há mais de um século, cujo agente etiológico, o Tripanosoma cruzi, é transmitido através de um vetor vulgarmente conhecido como barbeiro. E apesar do conhecimento profundo acerca desta patologia, as alternativas terapêuticas para tratamento da doença de Chagas pouco evoluíram (ARAÚJO-JORGE, 2014). O benznidazol possui baixa solubilidade aquosa e baixa permeabilidade e, uma vez que a biodisponibilidade oral depende da solubilidade aquosa e permeabilidade, diversas estratégias têm sido adotadas no sentido de promover uma melhor solubilização deste ativo (LEONARDI; BOMBARDIERE; SALOMÓN, 2013). Portanto, procedeuse o levantamento bibliográfico dos polímeros e sistemas de liberação já empregados com esta finalidade, para nortear pesquisas futuras. Materiais e Métodos: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados Science Direct, PubMed, Web of Science e ACS Publications nos meses de maio a julho de 2015. As palavras-chave utilizadas na busca foram: Chagas disease; Treatment; Benznidazole; Dissolution rate. Após a pesquisa, selecionou-se os artigos que abordavam o uso de sistemas de liberação, polímeros e ou compósitos para solubilização de benznidazol, a fim de demonstrar os melhores resultados envolvendo este fármaco. Resultados e Discussão: A partir da leitura dos artigos selecionados buscou-se apresentar os resultados mais promissores, os quais adotaram um ou mais recursos para alcançar a solubilização do fármaco. Microcristais de benznidazol foram obtidos por técnica de precipitação, comincremento de dissolução do fármaco e supressão total da parasitemia nas doses de 50 e 100 mg/Kg. Os cristais de benznidazol foram recobertos por estabilizantes, os quais conferiram um caráter hidrofílico ao produto e impediram a cristalização do fármaco em agregados de maiores dimensões (MAXMILIANO et al, 2011). Soares-Sobrinho et al. (2012) avaliaram o uso de um derivado de ?-ciclodextrina e a influência da adição de hidropropilmetilcelulose na melhoria do perfil de dissolução do benznidazol. Os complexos de inclusão obtidos por malaxagem e evaporação, empregando variadas proporções da ciclodextrina, apresentaram perfis de _______________________________________________________________________________ Revista Brasileira de Biodiversidade e Biotecnologia GPI Cursos - Teresina-PI - CNPJ:14.378.615/0001-60 Registro: http://gpicursos.com/slab2015/Sistema/trabalho-pdf.php?id=331" dissolução superiores ao do fármaco livre. Leonardi et al. (2009) prepararam micropartículas de benznidazol. A matriz de escolha foi quitosana, um copolímero biocompatível, biodegradável, de baixo custo e solúvel em água. Os resultados indicaram uma maior taxa de dissolução do fármaco quando este foi veiculado em micropartículas, com uma maior área superficial que favoreceu a solubilização. Conclusão: A partir do levantamento realizado percebe-se que há possibilidade de alcançar melhores resultados em termos de redução da parasitemia, empregando excipientes de baixo custo e equipamentos simples, bastando garantir a estabilidade do novo material preparado. Estes dados indicam ainda a possibilidade de minimizar a dose administrada e,consequentemente,os seus efeitos colaterais. _______________________________________________________________________________ Revista Brasileira de Biodiversidade e Biotecnologia GPI Cursos - Teresina-PI - CNPJ:14.378.615/0001-60 Registro: http://gpicursos.com/slab2015/Sistema/trabalho-pdf.php?id=331"