clique para baixar - Sociedade Brasileira de Hipertensão

Propaganda
S U P L E M E N T O
ISSN-1809-4260
RESUMOS
■
■
VOLUME 10
Supl.
■
REVISTA DA
SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO
2007
http://www.sbh.org.br
00 - Capa Hiper congresso 2007.pm6
1
19/06/07, 10:54
Índice dos Resumos
EDITORIAL
EDITORIAL
Mensagem do Presidente do Congresso
Prezados congressistas,
Recife e Olinda abrem as suas portas
para o XV Congresso da SBH.
Organizá-lo foi um desafio que deu certo.
Sentimos que este evento consolida cada
vez mais a Sociedade Brasileira de
Hipertensão, que comemora os seus 15
anos de congressos em grande estilo.
Agora, a bola está na quadra de vocês!
Comprovem e saboreiem uma das mais
importantes reuniões científicas do ano. Aproveitem
intensamente cada momento e sintam-se renovados com
a genuína hospitalidade pernambucana e a nossa
sincera amizade.
Abrações e um ótimo congresso para todos!
Dr. Hilton Chaves
Presidente do XV Congresso da
Sociedade Brasileira de Hipertensão
ATENÇÃO: Os resumos foram transcritos dos originais enviados pelos respectivos autores, tendo
sido respeitadas a redação, a ortografia e as condições de apresentação dos mesmos.
1
01 - Res-Indice 6 paginas - 2007.pm6
1
2/8/2007, 15:46
ÍNDICE
Índice dos Resumos
ÍNDICE
Índice dos resumos ....................................................................................... 4
Resumos ..................................................................................................... 12
HIPERTENSÃO
Revista da Sociedade
Brasileira de Hipertensão
EDITORA
DRA. MARIA HELENA C. DE CARVALHO (SP)
CO-EDITOR
DR. DANTE MARCELO A. GIORGI (SP)
CONSELHO EDITORIAL
DR. EDUARDO MOACYR KRIEGER (SP)
DR. ARTUR BELTRAME RIBEIRO (SP)
DR. DANTE MARCELO A. GIORGI (SP)
DR. FLÁVIO D. FUCHS (RS)
DR. PAULO CÉSAR B. VEIGA JARDIM (GO)
DR. ARMÊNIO C. GUIMARÃES (BA)
DR. CARLOS EDUARDO NEGRÃO (SP)
DRA. ANGELA MARIA G. PIERIN (SP)
DR. FERNANDO NOBRE (SP)
DR. WILLE OIGMAN (RJ)
DR. OSVALDO KOHLMANN JR. (SP)
DR. JOSÉ EDUARDO KRIEGER (SP)
DR. AGOSTINHO TAVARES (SP)
EXPEDIENTE
DR. ROBSON AUGUSTO SOUZA SANTOS (MG)
Produção Gráfica e Editorial - BestPoint Editora
Rua Ministro Nelson Hungria, 239 - Conjunto 5 - 05690-050 - São Paulo - SP
Telefax: (11) 3758-1787 / 3758-2197. E-mail: [email protected].
Médico / Jornalista Responsável: Benemar Guimarães - CRMSP 11243 / MTb 8668.
Assessoria Editorial: Marco Barbato.
Revisão: Márcio Barbosa.
DR. HILTON CHAVES (PE)
As matérias e os conceitos aqui apresentados não expressam necessariamente
a opinião da Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
DR. ELISARDO C. VASQUEZ (ES)
DR. JOSÉ MÁRCIO RIBEIRO (MG)
DR. HENO FERREIRA LOPES (SP)
DRA. FRIDA LIANE PLAVNIK (SP)
CARMELINA DE FACIO (SP)
2
01 - Res-Indice 6 paginas - 2007.pm6
2
2/8/2007, 15:46
Índice dos Resumos
SBH
Sociedade
Brasileira de
Hipertensão
DIRETORIA
Presidente
Dr. Artur Beltrame Ribeiro
Vice-Presidente
Dr. Fernando Nobre
Sociedade Brasileira de Hipertensão
Tel.: (11) 3284-0215
Fax: (11) 289-3279
E-mail: [email protected]
Home Page: http://www.sbh.org.br
Tesoureiro
Dra. Maria Claudia Irigoyen
Secretários
Dra. Frida Liane Plavnik
Dr. Hilton Chaves
Presidente Anterior
Dr. Robson A. Souza dos Santos
Conselho Científico
Dra. Andréa Araujo Brandão
Dra. Angela Maria G. Pierin
Dr. Armênio Costa Guimarães
Dr. Artur Beltrame Ribeiro
Dr. Ayrton Pires Brandão
Dr. Carlos Eduardo Negrão
Dr. Celso Amodeo
Dr. Dante Marcelo A. Giorgi
Dr. Décio Mion Jr.
Dra. Dulce Elena Casarini
Dr. Eduardo Moacyr Krieger
Dr. Elisardo C. Vasquez
Dr. Fernando Almeida
Dr. Fernando Nobre
Dr. Hilton Chaves
Dr. José Eduardo Krieger
Dr. José Márcio Ribeiro
Dra. Luiz Aparecido Bortolotto
Dra. Maria Claudia Irigoyen
Dra. Maria Helena C. Carvalho
Dra. Maria José Campagnole
Dr. Osvaldo Kohlmann Jr.
Dr. Robson A. S. Santos
Dr. Wille Oigman
3
01 - Res-Indice 6 paginas - 2007.pm6
3
2/8/2007, 15:46
Índice dos Resumos
001
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE HIPOTENSORA DO COMPLEXO FORMADO PELO FLAVONÓIDE DIOCLEÍNA COM
β -CICLODEXTRINA
014
José Bonifácio Barbosa, Francisco de
A. A. de Aguiar Filho, Márcio M. Barbosa,
Marcelo M. Barbosa, Maria do Rosário
L. L. Belo, Vinicius J. da S. Nina,
Francisco das C. M. Júnior, José Xavier
de M. Filho, José Albuquerque de F.
Neto, Mary Jane M. Rocha, Ana M. de
Assunção, Carlos A. V. Gama _____________ 1 5
Bruno Almeida de Rezende, Steyner França
Côrtes, Rubén Dario Sinisterra Millan,
Virginia Soares Lemos _________________ 1 2
002
SEDENTARISMO E SÍNDROME METABÓLICA –
AMPLIANDO A MENSURAÇÃO DO SEDENTARISMO
Lucélia Magalhães _____________________ 1 2
003
NOVO DOADOR DE ÓXIDO NÍTRICO REDUZ A PRESSÃO
ARTERIAL DE RATOS HIPERTENSOS RENAIS
015
Gerson J. Rodrigues, Mirian C. C. de Mello,
Renata G. de Lima, Roberto S. da Silva,
Lusiane M. Bendhack ___________________ 1 2
004
HIPERINSULINEMIA EM MULHERES COM DIAGNÓSTICO
RECENTE DE HIPERTENSÃO ARTERIAL PRIMÁRIA: ESTUDO EM POPULAÇÃO APARENTEMENTE SADIA
016
HIPERTENSÃO EM GRUPOS ESPECIAIS: ESTUDO EM POPULAÇÕES APARENTEMENTE SADIAS
RESPOSTA CLÍNICA E AMBULATORIAL DA PRESSÃO ARTERIAL APÓS O EXERCÍCIO RESISTIDO DE INTENSIDADE LEVE/MODERADA
Marta Regueira Teodósio, Alfredo de O.
Neto, Naíde T. Valois Santos, Edgar G.
Victor, José E. Cabral ___________________ 1 3
Andréia C.C. Queiroz, João F.L. Gagliardi,
Cláudia L.M. Forjaz, Cláudio C. Rezk _____ 1 6
INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA PROGRAMADA NA
PRESSÃO ARTERIAL DE IDOSOS HIPERTENSOS SOB
TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO
Weimar Kunz Sebba Barroso, Paulo César
Brandão Veiga Jardim, Priscila Valverde
Vitorino, Amanda Bittencourt, Flávia
Miquetichuc ___________________________ 1 3
007
018
019
HIPERTENSÃO REFRATÁRIA – PREVALÊNCIA E AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA INTERNAÇÃO HOSPITALAR SOBRE A ADERÊNCIA AO TRATAMENTO
PROJEÇÕES NEUROANATONICAS DOS NÚCLEOS CAUDAIS DA RAFE PARA A ÁREA PRESSORA CAUDAL
BULBAR COM HORSERADISH PEROXIDASE
EFICÁCIA DE AMILORIDA VERSUS ENALAPRIL COMO SEGUNDO FÁRMACO EM PACIENTES COM PRESSÃO ARTERIAL NÃO CONTROLADA COM HIDROCLOROTIAZIDA:
ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO COM MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DE PA
020
APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO É FATOR DE RISCO
MAIOR PARA HIPERTENSÃO RESISTENTE: RESULTADO
DE UM ESTUDO DE CASOS E CONTROLES
Sandro C. Gonçalves, Denis Martinez,
Miguel Gus, Erlon de Abreu Silva, Carolina
Bertoluci, Isabela Dutra, Thaís V. Branchi,
Ana Claudia Oliveira, Leila B. Moreira,
Sandra C. Fuchs, Flavio D Fuchs ________ 1 4
011
EFEITO DO TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO SOBRE
DIFERENTES ÍNDICES DEVARIABILIDADE DA PRESSÃO
SISTÓLICA AVALIADOS POR MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DE PRESSÃO ARTERIAL
021
022
ADESÃO E MELHORA DE ASPECTOS CLÍNICOS EM HIPERTENSOS ACOMPANHADOS POR EQUIPE MULTIDISCIPLINAR, POR PERÍODO DE 12 MESES, EM SETE LAGOAS, MG
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL E SUA ASSOCIAÇÃO COM
A OBESIDADE
Ana Luisa Opromolla Pacheco, Isabel
Cristina Simon Dal Póz, Frida Liane Plavnik,
Osvaldo Kohlmann Junior ______________ 1 5
029
024
030
025
031
4
TERAPIA HORMONAL ORAL DE ESTROGÊNIO AUMENTA
A PRESSÃO ARTERIAL DEVIGÍLIA EM MULHERES SAUDÁVEIS, HISTERECTOMIZADAS E NA PÓS-MENOPAUSA
Crivaldo Gomes Cardoso Junior, Eliana
Labes, Luiz Gustavo Pinto, Fábio Medina,
Sandra Balieiro Abrahão, Taís Tinucci,
Ângela Maggio da Fonseca, Décio Mion Jr,
Cláudia Lúcia de Moraes Forjaz _________ 1 9
032
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FÍSICA DE CAMUNDONGOS
ATEROSCLERÓTICOS
Lis Pieruccetti Souza Louro, Ágata Lages
Gava, José Geraldo Mill, Silvana dos Santos
Meyrelles, Elisardo Corral Vasquez ______ 1 9
033
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR DE
FRAMINGHAM EM UMA POPULAÇÃO DE PACIENTES COM
SÍNDROME METABÓLICA
Regina Coeli Machado, Danielle Guedes
Andrade Ezequiel, Felipe de Souza Fernandes
Leão, Edwiges Motta Santos, Mônica Barros
Costa, Rogério Baumgratz de Paula ______ 2 0
034
VELOCIDADE DE ONDA DE PULSO, PRESSÃO ARTERIAL E ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS EM JOVENS
ACOMPANHADOS POR 17 ANOS, ESTRATIFICADOS
SEGUNDO O TRACKING DA PRESSÃO ARTERIAL. ESTUDO DO RIO DE JANEIRO
Érika MG Campana, MEC Magalhães,
AA Brandão, R Pozzan, FL Fonseca, O Pizzi,
EV Freitas, MF França, AP Brandão ______ 2 0
SÍNDROME METABÓLICA EM INDIVÍDUOS JOVENS ACOMPANHADOS POR 16 ANOS. ESTUDO DO RIO DE JANEIRO
Andréa A Brandão, EMG Campana, MEC
Magalhães, R Pozzan, FL Fonseca, O Pizzi,
EV Freitas, MF França, AP Brandão ______ 2 0
036
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA (SM) E DE
SEUS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS EM UMA POPULAÇÃO
DE HIPERTENSOS NÃO DIABÉTICOS
Patrícia dos Santos Pinto, Aline Franco
Coelho, Wyara Gomes de Aniceto, Priscila
Moura de Souza, Rogério Baumgratz
de Paula _______________________________ 2 0
RELAÇAO ENTRE A CAPACIDADE AERÓBIA E A COMPLACÊNCIA VASCULAR DE HIPERTENSOS ESSENCIAIS
037
EFEITOS DA REMOÇÃO SELETIVA DOS BARORRECEPTORES SOBRE AJUSTES CARDIOVASCULARES AO TREINAMENTO FÍSICO EM RATOS NORMOTENSOS E HIPERTENSOS
A. Ceroni, L.C. Michelini ________________ 1 8
4
01 - Res-Indice 6 paginas - 2007.pm6
A FALTA DE ADESÃO AO TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL DE UM AMBULATÓRIO ESCOLA
Camila Dosse, Claudia Bernardi Cesarino,
José Fernando Vilela Martim, Maria
Carolina Andrade Castedo ______________ 1 9
ANALISE TEMPORAL DA NEFRECTOMIA DE 5/6 COMO
UM MODELO DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM CAMUNDONGOS: ALTERAÇÕES NO EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO
Maria I. Gonçalves, Carolina Z.
Nogueira, Paulo H. Waib, Roberto J.
Silva Franco ___________________________ 1 7
EXERCÍCIO DE RESPIRAÇÃO GUIADA REDUZ A ATIVIDADE NERVOSA SIMPÁTICA PERIFÉRICA E A PRESSÃO
ARTERIAL
Bruna Oneda, Kátia Coelho Ortega, Josiane
Lima de Gusmão, Tatiana Gouveia de Araújo,
Décio Mion Jr __________________________ 1 9
ANALISE TEMPORAL DA NEFRECTOMIA DE 5/6 COMO
UM MODELO DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM CAMUNDONGOS: ALTERAÇÕES NA FUNÇÃO RENAL
Ágata Lages Gava, Flávia Priscila Santos
Freitas, Antônio de Melo Cabral, Elisardo
Corral Vasquez, Silvana dos Santos
Meyrelles ______________________________ 1 7
ADEQUAÇÃO DA EXECUÇÃO DE EXERCÍCIOS POR HIPERTENSOS COM OS PARÂMETROS DE PRESCRIÇÃO E
RELAÇÃO COM A ORIGEM DA ORIENTAÇÃO
Mônica Jane C. Silva, Alberto H. Godoi
Filho, Patrícia Nayara D. Aquino,
Dallyana C. Silva, Valter A. Pereira,
Erilene A. Lucena, Alexandre S. Silva _____ 1 8
035
Ricardo Silva Ramos, Maria Goret Silva,
Cláudio R. França, Jacqueline R. Oliveira,
Kate Lane M. Caputo ___________________ 1 4
013
028
Ágata Lages Gava, Flávia Priscila Santos
Freitas, Antônio de Melo Cabral, Silvana
dos Santos Meyrelles ___________________ 1 7
023
INFLUÊNCIA DA CAFEÍNA NA RESPOSTA PRESSÓRICA AO EXERCÍCIO AERÓBIO EM SUJEITOS HIPERTENSOS
Raquel Freire Cazé, Alexandre Sérgio Silva,
Gisele Augusto Maciel Franco, Suênia Karla
Pacheco Porpino, Helena Oliveira Rego,
Aline de Freitas Brito ___________________ 1 8
O EFEITO DO EXERCÍCIO FÍSICO AGUDO NA RESPOSTA
VASOMOTORA AÓRTICA DE RATOS
Luís Gustavo Oliveira de Sousa,
Adriana M. dos Santos, Luiz R. G.
Bechara, Leonardo Y. Tanaka, Camila P.
Jordão, Teresa Bartholomeu,
Paulo R. Ramires _______________________ 1 7
Miguel Gus, Patrícia Guerrero, Fernanda
F. Vianna, Carolina M. Moreira, Vitor M.
Martins, Luciano B. Diettrich, Leila B.
Moreira, Fuchs SC, Flavio D. Fuchs ______ 1 4
012
027
EFEITO ANTI-HIPERTENSIVO DO EXTRATO HIDRO-ALCOÓLICO DE CAROÇO DE AÇAÍ (EUTERPE OLERACEA
MART.)
Ana Paula M. Rocha, Ângela C. Resende,
Marcelo A.V.Sousa, Lenize C.R.M. Carvalho,
Pergentino J. Sousa, Tania Tano, Roberto
Soares de Moura _______________________ 1 6
Patrícia Guerrero, Flavio D Fuchs, Leila B
Moreira, Vitor M Martins, Carolina Bertoluci,
Sandra C Fuchs, Miguel Gus ____________ 1 4
010
MIDDLE AORTIC SYNDROME – UM CASO RARO DE COARCTAÇÃO DE AORTA COMO CAUSA DE HIPERTENSÃO
ARTERIAL SECUNDÁRIA
Aureleide C. Correia, Diana L. Sepulveda,
Carlos G. C. Abath, Jose Sérgio N. Silva,
Lívia de Kássia L. Interaminense, Marcela
A. Castro, Janaise M. Oliveira, Jayme A.
Schmitt, Diego Luiz G. Amaral, Leila
Isabele S. Mota, Clarissa R. Cruz ________ 1 6
Vianna MV, Silva NF, Futuro Neto H _______ 1 3
009
EFEITOS DA HIPERTENSÃO E DO TREINAMENTO FÍSICO SOBRE AJUSTES MORFOLÓGICOS E FUNCIONAIS DO LEITO VENOSO MUSCULAR ESQUELÉTICO
BENEFÍCIO DAS ESTATINAS NO PORTADOR DE DOENÇA
RENOVASCULAR ATEROSCLERÓTICA
Vanessa dos S. Silva, Luís C. Martin, Fábio C.
Carvalho, João Henrique Castro, Edson Antônio
Bregagnollo, Roberto Jorge S. Franco ________ 18
Tania Regina França, Lisete Compagno
Michelini ______________________________ 1 6
Carvalho EMF, Arroyo D, Geleilete TJM,
Nobre F, Coelho EB _____________________ 1 3
008
026
EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO ORAL DE RAPAMICINA
SOBRE A REATIVIDADE VASCULAR DE CAMUNDONGOS
ATEROSCLERÓTICOS
Gadioli ALN, Arruda RPM, Pereira RB,
Meyrelles SS, Arruda JA, Vasquez EC ______ 1 5
017
006
INCIDÊNCIA DE OBESIDADE E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM FUNCIONÁRIOS DE UM HOSPITAL PARTICULAR DA CIDADE DE JOÃO PESSOA, PB
Julianna Paula C. Serrão, Lúcia Helena C.
Serrão, Francisco Ítalo Kumamoto _______ 1 5
Marta Regueira Teodósio, Naíde T.
Valois Santos, Edgar G. Victor, José
E. Cabral ______________________________ 1 2
005
PREVALÊNCIA DA SÍNDROME METABÓLICA EM HOSPITAL PRIVADO DE SÃO LUÍS, MARANHÃO
2/8/2007, 15:46
O NÍVEL SÓCIO-ECONÔMICO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA E A PRESSÃO ARTERIAL E INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS NA FASE ADULTA JOVEM.
ESTUDO DO RIO DE JANEIRO
Roberto Pozzan, AA Brandão, MEC Magalhães,
EMG Campana, FL Fonseca, O Pizzi, EV
Freitas, MF França, AP Brandão _________ 2 1
Índice dos Resumos
038
A RELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS DE RISCO CARDIOVASCULAR NA FASE ADULTA JOVEM A PRESSÃO
ARTERIAL NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA, EM SEGUIMENTO DE 17 ANOS. ESTUDO DO RIO DE JANEIRO
Flavia L Fonseca, R Pozzan, AA Brandão,
EMG Campana, O Pizzi, MEC Magalhães,
EV Freitas, AP Brandão _________________ 2 1
039
041
043
053
HIPERTENSÃO DE DIFÍCIL CONTROLE ASSOCIADA À
TERATOMA DE OVÁRIO
Melo NCV, Costalonga EC, Pedreira AB,
Fontes MS, Santelo JL, Praxedes JN ______ 2 2
045
Érika Emy Nishi, Elizabeth Barbosa de
Oliveira-Sales, Cássia M. Bergamaschi,
Ruy Ribeiro de Campos Junior ___________ 2 3
046
057
A HIPERTENSÃO ARTERIAL RENOVASCULAR NÃO AGRAVA A PERIODONTITE EXPERIMENTAL EM RATOS
047
EFEITOS CARDIOVASCULARES À ADMINISTRAÇÃO
CENTRAL DE ANTIOXIDANTE NA HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA
058
Elizabeth Barbosa de Oliveira-Sales,
Bruno de Arruda Carillo, Érika Nishi,
Mirian Aparecida Boim, Cássia M.
Bergamaschi, Ruy Ribeiro de
Campos Junior ________________________ 2 3
RESPOSTAS CARDIOVASCULARES À ADMINISTRAÇÃO
AGUDA DE ANTIOXIDANTE NA HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA
Elizabeth Barbosa de Oliveira-Sales,
Bruno de Arruda Carillo, Érika Nishi,
Paulo José Forcina Martins, Vânia
D‘Almeida, Cássia M. Bergamaschi,
Ruy Ribeiro de Campos Junior ___________ 2 3
049
EFEITOS DA ADMINISTRAÇÃO DE DUAS DROGAS
HIPOGLICEMIANTES SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E O
METABOLISMO GLICÍDICO DE UM MODELO EXPERIMENTAL DE SÍNDROME METABÓLICA
Carolina Baeta Neves Duarte Ferreira,
Mário Luis Ribeiro Cesaretti, Milton
Ginoza, Osvaldo Kohlmann Jr. ______________ 24
064
EFEITOS DA ADMINISTRAÇÃO AGUDA E CRÔNICA DO
EXTRATO SECO DA CASCA DE UVA (ACH-09) NA PRESSÃO ARTERIAL DE RATOS HIPERTENSOS
Milton Ginoza, Mário LR Cesaretti,
Luiz Pianowski, Aline Voltera, Maria Tereza
Zanella, Artur Beltrame Ribeiro,
Osvaldo Kohlmann _____________________ 2 7
065
EFEITOS DO FLAVONÓIDE QUERCETINA SOBRE A ATEROSCLEROSE EXPERIMENTAL EM CAMUNDONGOS
APOE KNOCK-OUT
João Paulo Loureiro Damasceno, Tânia
Toledo de Oliveira, Silvana dos Santos
Meyrelles, Kelly Fabiane dos
Santos Ricardo ________________________ 2 8
066
DELEÇÃO GENÉTICA DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA-(1-7), MAS, EM CAMUNDONGOS DA LINHAGEM FVB/N:
UM MODELO DE SÍNDROME METABÓLICA
Santos SHS, Fernandes LR, Ferreira
AVM, Mario EG, Alvarez-Leite JI,
Botion LM, Bader M, Alenina N,
Santos RAS ____________________________ 2 8
067
PREVALÊNCIA DO SEDENTARISMO EM POPULAÇÃO
ADULTA RESIDENTE NO INTERIOR DO BRASIL
Ana Luiza Lima Sousa, Patrick Correa
Souza, Paulo César Veiga Jardim,
Estelamaris Tronco Monego, Maria do
Rosário Gondim Peixoto ________________ 2 8
068
ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE ABDOMINAL E
EFEITOS DELETÉRIOS DOS DIURÉTICOS TIAZÍDICOS SOBRE OS VALORES DE POTÁSSIO PLASMÁTICO E GLICEMIA EM PACIENTES HIPERTENSOS
NÃO DIABÉTICOS
Lydia Sebba Souza Mariosa, Fernando
Flexa Ribeiro Filho, Andréia Harumi
Hirota, Marcelo Costa Batista, Maria
Teresa Zanella _________________________ 2 8
069
THE MDRD FORMULA, BUT NOT COCKROFT-GAULT
EQUATION, IDENTIFIES EARLY KIDNEY DISFUNCTION IN
NORMOALBUMINURIC DIABETIC PATIENTS WITH
METABOLIC SYNDROME
Rodolfo Leão Borges, Hirota AH,
Quinto BMR, Ribeiro AB, Zanella MT,
Batista MC ____________________________ 2 9
070
CYSTATIN C IDENTIFIES EARLY CHANGES IN KIDNEY
FUNCTION IN PATIENTS WITH DIABETES AND
HYPERTENSIONWITHOUT MICROALBUMINURIA
ESTUDO DA EXPRESSÃO DE RECEPTORES AT1 NO DIABETES EXPERIMENTAL
Thiago de Melo Costa Pereira, Isabele
Beserra Santos Gomes, Silvana dos
Santos Meyrelles _______________________ 2 6
060
Mário LR Cesaretti, Milton Ginoza,
Luiz Pianowski, Aline Voltera, Maria Tereza
Zanella, Artur Beltrame Ribeiro,
Osvaldo Kohlmann _____________________ 2 7
DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL E RELATO DE
HIPERTENSÃO EM ALUNOS DE UNIVERSIDADES PÚBLICAS DE VÁRIAS REGIÕES DO BRASIL
Claudileide de Sá Silva, Poliana
Coelho Cabral, Maria Edilma de Lima,
Levy Petrus Silvestre de Lima Silva,
Eliane Cunha Mendonça de Oliveira _____ 2 6
059
048
EFEITOS DO EXTRATO SECO DA CASCA DA UVA (ACH09) SOBRE OS PARÂMETROS METABÓLICOS DE DIFERENTES MODELOS EXPERIMENTAIS DE RESISTÊNCIA
À INSULINA NO RATO
PESO AO NASCIMENTO COMO MARCADOR DE ALTERAÇÕES NA PRESSÃO ARTERIAL E NA ALBUMINÚRIA DE
CRIANÇAS ESCOLARES
Cláudia Maria Salgado, Paulo César
Brandão Veiga Jardim, Flávio
Bittencourt Gonsalves Teles,
Mariana Cabral Nunes _________________ 2 6
Silva LMR, Pereira RB, Veloso TRG,
Meyrelles SS ___________________________ 2 3
063
MULTIPLE-RISK INTERVENTION WITH SINGLE-PILL
AMLODIPINE/ATORVASTATINTHERAPY HELPS PATIENTS
WITH DIVERSE ETHNICITY ATTAIN RECOMMENDED
THERAPEUTIC GOALS FOR BLOOD PRESSURE AND
LIPIDS (THE GEMINI-AALA STUDY)
H Chaves, HF Tse, Y Ro, L Howes,
C Aguilar-Salinas, S Erdine, R Guindy,
P Chopra, RA Moller, IM Schou,
on behalf of the GEMINI-AALA
Investigators __________________________ 2 5
EFEITOS CARDIOVASCULARES AO TRATAMENTO CRÔNICO COM ÁCIDO ASCÓRBICO NA HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
AVALIAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL NA POPULAÇÃO
FREQÜENTADORA DE UM SHOPPING CENTER
Camila Dosse __________________________ 2 7
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
EM ESTUDANTES DE MEDICINA
Nara Alves Buriti, Mellysande Pontes Faccin,
Ary Serpa Neto, José Luís Aziz, Thiago
Corsi Filiponi, Leonardo Bernal,
Henrique Palomba ______________________ 2 5
056
062
ANÁLISE ANGIOGRÁFICA REVELA QUE CAMUNDONGOS
ATEROSCLERÓTICOS FÊMEAS IDOSAS SÃO PROTEGIDAS CONTRA INSUFICIÊNCIAVALVULAR AÓRTICA
Thiago de Melo Costa Pereira, Vitor
Arantes Pazolini, José Airton de Arruda,
Elisardo Corral Vasquez, Silvana dos
Santos Meyrelles _______________________ 2 5
055
SOLUÇÃO SAÚDE – CLÍNICA DE HIPERTENSÃO,
SANTOS, SP
Rubens Azevedo do Amaral, Alberto
Borga Medeiros, Michelle Boto
dos Santos ____________________________ 2 7
EVIDENCETHAT THE VASODILATOR ANGIOTENSIN-(1-7)MAS AXIS PLAYS A CRITICAL ROLE IN ERECTILE
FUNCTION
Costa-Gonçalves AC, Leite R, Fraga-Silva
RA, Pinheiro SV, Reis AB, Reis FM,
Touyz RM, Webb RC, Alenina N, Bader M,
Santos RAS ____________________________ 2 5
054
061
AN ORALLY-ACTIVE FORMULATION OF ANGIOTENSIN(1-7) PRODUCES MAS-DEPENDENT ANTITHROMBOTIC
EFFECT
Fraga-Silva RA, Sinisterra RD, Sousa FB,
Alenina N, Bader M, Santos RAS _________ 2 4
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ASSOCIADA À
FÍSTULA ARTERIOVENOSA RENAL: RELATO DE DOIS
CASOS
Melo NCV, Mundim JS, Costalonga EC,
Pedreira AB, Ikejiri DS, Ebad GX, Lucon AM,
Praxedes JN, Santelo JL _________________ 2 2
044
052
PRESSÃO ARTERIAL NO REPOUSO EM ADOLESCENTES
– INFLUÊNCIAS DA ATIVIDADE FÍSICA E DO ÍNDICE DE
MASSA CORPORAL
Odwaldo Barbosa e Silva, Pedro Israel
Cabral de Lira, Gustavo Carvalho
Barbosa e Silva, Francisco Cândido
Monteiro Cajueiro, Maria do
Carmo Medeiros _______________________ 2 2
CONSUMO DE ÁCIDO FÓLICO EM MULHERES JOVENS:
UM ESTUDO EM ALUNAS DA ÁREA DE SAÚDE DE UMA
UNIVERSIDADE PÚBLICA DA CIDADE DO RECIFE
Vanessa Cristina Martins Leal Bezerra,
Maíra Pereira Simões, Aline Rafaelly
Apolônio da Silva, Brhenda Sobrinho
Bezerra, Poliana Coelho Cabral _________ 2 4
ALTERAÇÕES AUTONÔMICA E PRESSÓRICA NAS MUDANÇAS POSTURAIS EM PORTADORES DE DIABETES E/
OU HIPERTENSÃO ARTERIAL
Fernanda de Barros Fróes, Fernanda
Rudine Carqueijeiro, Miriam Pisani
Megna, Bruno Martinelli, Sílvia
Regina Barrile _________________________ 2 2
042
051
RESPOSTA PRESSÓRICA AO EXERCÍCIO FÍSICO AERÓBIO COMPARANDO INDIVÍDUOS HIPERTENSOS NEGROS
E BRANCOS
Letícia Dominguez Campos, Bruno
Martinelli, Silvia Regina Barrile ________ 2 1
IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DIFICULTADORES
NO SEGUIMENTO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO
ARTERIAL
Célida Juliana de Oliveira, Rita Neuma
Dantas Cavalcante de Abreu, Thereza
Maria Magalhães Moreira ______________ 2 4
ANÁLISE TEMPORAL DA INFLUÊNCIA DA HIPERCOLESTEROLEMIA NA FUNÇÃO RENAL DE CAMUNDONGOS
Camille de Moura Balarini, Ágata Lages
Gava, Silvana dos Santos Meyrelles,
Elisardo Corral Vasquez ________________ 2 1
040
050
Borges RL, Hirota AH, Quinto BMR,
Ribeiro AB, Zanella MT, Batista MC _______ 2 9
071
EXCESSO DE PESO E HIPERTENSÃO EM GESTANTES:
UMA EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DA CIDADE DO RECIFE
Maíra Pereira Simões, Julyana
Priscila de Souza, Vanessa Cristina
Martins Leal Bezerra, Poliana
Coelho Cabral, Sydia Darcila de
Oliveira Machado, Célia Maria
Mendes Vasconcelos, Gisélia
de Santana Muniz _________________________ 26
METABOLIC SYNDROME INCREASES ESTIMATION FOR
CORONARY VASCULAR DISEASE OCCURRENCE IN
HYPERTENSIVE NON-DIABETIC PATIENTS BUT NOT IN
THOSE INDIVIDUALS WITH DIABETES MELLITUS
Andrea Harumi Hirota, Rodolfo Leão Borges,
Marcelo Costa Batista, Artur Beltrame
Ribeiro, Maria Teresa Zanella ___________ 2 9
072
DISLIPIDEMIAS: FATORES POTENCIAIS PARA O RISCO
CARDIOVASCULAR
Aryannie Barbosa Brasileiro, Maria do
Socorro Ramos de Queiroz, Diogo Tenner
Rodrigues, Patrícia Cibelle de Morais Leite, Laís
Cristiane Costa Figueiredo _________________ 29
5
01 - Res-Indice 6 paginas - 2007.pm6
5
2/8/2007, 15:46
Índice dos Resumos
073
AVALIAÇÃO DA FARMACOTERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA EM PACIENTES IDOSOS
086
Aryannie Barbosa Brasileiro, Gilliard Justino
de Oliveira, João Maurício de Almeida, Diogo
Tener Rodrigues do Nascimento, Laís
Cristiane Costa Figueiredo _____________ 3 0
074
075
A FLUVASTATINA ATENUA A RESPOSTA PRESSÓRICA
DE ESFORÇO, MAS NÃO A PRESSÃO ARTERIAL AFERIDA
PELA MAPA, EM PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E DISLIPIDEMIA
STATIN USE AND LEFT VENTRICULAR MASS
ATTENUATION IN HYPERTENSIVE PATIENTS
089
Marcelo C. Batista, Rodolfo Leão, Andrea
Hirota, Maria Teresa Zanella, Artur B. Ribeiro
31
078
ESTUDO DA EXPRESSÃO PROTÉICA E ATIVIDADE ENZIMÁTICA DAS ISOFORMAS DA ECA NAS CÉLULAS
MESANGIAIS EM CULTURA DE CAMUNDONGOS NORMAIS
E GENETICAMENTE MODIFICADOS COM 1, 2, 3 E 4 CÓPIAS DO GENE DA ECA
Lyvia Ferreira Ebner, Juliana Almada Colucci,
Silvia Lacchini, José Eduardo Krieger, Dulce
Elena Casarini ________________________ 3 1
079
ESTUDO DA MODULAÇÃO DA EXPRESSÃO PROTÉICA E
ATIVIDADE DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA 2 (ECA 2) NOSTECIDOS RENAL E CARDÍACO DE RATOS WISTAR CONTROLE E TRATADOS COM LPS
Rodolfo Mattar Rosa, Juliana Almada Colucci,
Dulce Elena Casarini ___________________ 3 1
080
090
092
Medeiros AB, Amaral RA _________________ 3 1
081
EFEITOS DO LIPOPOLISSACARÍDEO DE E. COLI SOBRE
AS CATECOLAMINAS NAS CÉLULAS MESANGIAIS HUMANAS IMORTALIZADAS E EM SITUAÇÃO DE HIPÓXIA
093
Zanini AP, Arita DY, Almeida WS, Casarini DE 3 2
082
COMPARAÇÃO DA EFETIVIDADE ANTI-HIPERTENSIVA DA
HIDROCINESIOTERAPIA E DOTREINAMENTO FÍSICO REALIZADO NO SOLO EM MULHERES HIPERTENSAS
Roberta Danielle Maia da Silva, Eduardo
Aguilar Arca, Roberto Jorge da Silva Franco,
Luis Cuadrado Martin, Ana Paula Rossi Sacco,
Silvia Regina Barrile ___________________ 3 2
083
EFEITOS DOTRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO SOBRE
A RAREFAÇÃO CAPILAR FUNCIONAL E ESTRUTURAL DE
RATOS ESPONTANEMENTE HIPERTENSOS (SHR)
094
084
PAPEL DO ESTRESSE OXIDATIVO NA DISFUNÇÃO ENDOTELIAL ASSOCIADA À HIPERTENSÃO
Costa Ca, Amaral Tas, Carvalho Lcrm,
Ognibene Dt, Emiliano da Silva Af, Valenca
S, Soares de Moura R, Resende Ac ________ 3 2
085
ASSOCIAÇÃO ENTRE A ESPESSURA DO COMPLEXO ÍNTIMA-MÉDIA CAROTÍDEO E OS FATORES DE RISCO PARA
DOENÇA CARDIOVASCULAR EM MULHERES OBESAS
PRÉ E PÓS – CIRURGIA BARIÁTRICA
Priscilla L. F.A. Sarmento, Sérgio A. Ajzen,
Maria Teresa Zanella, Paulo Engler P. Jr.,
Robson B. Miranda, Frida L. Plavnik _____ 3 3
095
101
102
6
RESULTADOS GERAIS DO DIA NACIONAL DE COMBATE
E PREVENÇÃO À HIPERTENSÃO ARTERIAL DE VITÓRIA
DE 2007
Mariana Suéte Guimarães, Chaves CN,
Rocha JA, Targueta GP, Santos GCL,
Huber MK, Bongestab RS, Casagrande TZ,
Herkenhoff FL _________________________ 3 7
103
PREVALÊNCIA DE SOBREPESO EM USUÁRIOS MASCULINOS DE UM RESTAURANTE COLETIVO COMO FATOR
DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS
CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS
Marlete Bezerra dos Santos, Tatiana Maria
Palmeira dos Santos, Patrícia Maria
Candido Silva, Jacilene Cirilo da Silva,
Maria Cristina Tavares _________________ 3 7
104
ABORDAGEM FARMACOEPIDEMIOLÓGICA EM PACIENTES HIPERTENSOS E DIABÉTICOS
Allamahac Silva Pequeno, Sylvana
Alves Rocha, Francisco George Sucupira
Barbosa, Ione Ramos de Queiroz,
Caio César de M. Silva _________________ 3 7
105
6
01 - Res-Indice 6 paginas - 2007.pm6
CARACTERIZAÇÃO DA HEMODINÂMICA SISTÊMICA, DA
FUNÇÃOVENTRICULAR ESQUERDA E DA MORFOLOGIA
CARDÍACA DE RATOS TORNADOS OBESOS PELA ADMINISTRAÇÃO DE GLUTAMATO MONOSSÓDICO
Aline Francisco Voltera, Mário Luís
Ribeiro Cesaretti, Milton Ginoza,
Alessandra Stivaletti, Paloma Lupinari,
Evelyn Manuella Martins Gomes Jodas,
Artur Beltrame Ribeiro, Osvaldo
Kohlmann Júnior ______________________ 3 7
RELAÇÃO SOBREPESO E OBESIDADE X CONTROLE
PRESSÓRICO EM PACIENTES ACOMPANHADOS PELA
LIGA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA
CPC Silva, LR Sousa, YL A Léda,
TC Oliveira, MM Barbosa, N Salgado
Filho, WEC Castro, EL Barros Filho,
FS Barroqueiro, PIS Veloso, LC Lucena,
KS Santos, EV Memória, GLS Caldas,
CS Pereira, AC Diógenes, FF Barbosa,
GV Gomes, AN __________________________ 3 5
MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL NO CONSULTÓRIO:
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O ESFIGMOMANÔMETRO CONVENCIONAL E APARELHO AUTOMÁTICO VALIDADO – ESTUDO MONITOR
Sandra C. Fuchs. Leila B. Moreira,
Andre L. Ferreira, Felipe C. Fuchs, Erlon
A. Silva, Jeruza L. Neyeloff, Marina
B. Moreira, Cláudia Schneider, Cristiane
Koplin, Mario Wiehe, Miguel Gus,
Flávio D. Fuchs ________________________ 3 6
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA ENTRE OS
PACIENTES ATENDIDOS NA LIGA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL DO HU-UFMA
LC Lucena, FS Barroqueiro, N Salgado
Filho, MM Barbosa, WEC Castro,
AN Santos _____________________________ 3 5
Tibiriçá E, Sabino BD, Nascimento AR ____ 3 2
100
ANÁLISE DA HIPERTENSÃO REFRATÁRIA EM AMOSTRA
DE PACIENTES ATENDIDOS NA LIGA DE HIPERTENSÃO
DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA
(HUPD) EM SÃO LUÍS, MA
N Salgado Filho, MM Barbosa, CSPereira,
EV Memória, KS Santos, PIS Veloso, TC
Oliveira, CPC Silva, WEC Castro, LR Sousa,
LC Lucena, FF Barbosa, GLS Caldas, FS
Barroqueiro, AC Diógenes, AN Santos,
YLA Léda ______________________________ 3 5
UTILIZAÇÃO DE ESTATINAS NO TRATAMENTO DE IDOSOS HIPERTENSOS
Marina Sousa Pinheiro Mota, Maria do
Socorro Ramos de Queiroz, Rafael de
Carvalho Mendes, Patrícia Cibelle de
Morais Leite, Aryannie B. Brasileiro ______ 3 6
DISLIPIDEMIAS EM PACIENTES ACOMPANHADOS PELA
LIGA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA
YLA Léda, LR Sousa, CPC Silva,
TC Oliveira, MM Barbosa, N Salgado Filho,
CS Pereira, KS Santos, AC Diógenes,
LC Lucena, PIS Veloso, GLS Caldas,
EV Memória, FS Barroqueiro,
EL Barros Filho, WEC Castro,
FF Barbosa ____________________________ 3 4
DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE À HIPERTENSÃO 2007, PREVALÊNCIA DE PERCENTIS DE PRESSÃO E DE IMC ENTRE 144 CRIANÇAS E ADOLESCENTES
DO MUNICÍPIO DE GUARUJÁ, SP
099
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDOS
NA LIGA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL DO HU-UFMA
AN Santos, PIS Veloso, AC Diógenes,
MM Barbosa, N Salgado Filho,
GLS Caldas, WEC Castro, CPC Silva,
CS Pereira, KS Santos, EV Memória,
GV Gomes _____________________________ 3 4
OBESIDADE CENTRALIZADA E OS RISCOS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES HIPERTENSOS
Marina Sousa Pinheiro Mota, Maria do
Socorro Ramos de Queiroz, Daniele Idalino
Janebro, Patrícia Cibelle de Morais Leite,
Diogo Tenner R. Nascimento _____________ 3 6
ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES PRESENTES EM
IDOSOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS
Thyago Vinicius F. de Andrade, Juliana
Patrícia de Luna Vieira, João Maurício
de Almeida, Maria do Carmo M. Ferraz,
Caio César de M. Silva _________________ 3 4
091
098
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM IDENTIFICADAS EM
CONSULTAS A PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL – ESTUDO EM GRUPO ESPECÍFICO
Francisca Bertilia Chaves Costa,
Thelma Leite de Araujo, Célida
Juliana de Oliveira, Tatiana
Rocha Machado ________________________ 3 4
IMPACT OF HYPERURICEMIA ON KIDNEY FUNCTION IN
HYPERTENSIVE DIABETIC PATIENTS
DISSECÇÃO DE ANEURISMA DE AORTA COM ETIOLOGIA HIPERTENSIVA EM PACIENTE ASSINTOMÁTICA
Clarissa Rocha da Cruz, Leila Isabele
de Souza Mota, Maria do Socorro
Duarte Leite (Orientadora), Livia de
Kassia Leal Interaminense, Jose Sergio
Nascimento Silva, Diego Luiz Gomes
Amaral, Marcela Araujo Castro,
Jayme Augusto Schmitt, Janaise Marques
de Oliveira ____________________________ 3 6
HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS COMO
PROBLEMAS DE SAÙDE PÚBLICA
Fabiana Paiva Galvão, Hortência
Regina de M. Macedo, Maria do
Carmo M. Ferraz, Francisco
George Sucupira Barbosa,
Morgana Roberto de Lima ______________ 3 3
Marcelo C. Batista, Auro Buffani, Maria Teresa
Zanella, Artur Ribeiro, Agostinho Tavares _ 3 0
077
A IMPORTÂNCIA DA MAPA NA PREDITIVIDADE NO DIAGNÓSTICO DE HIPERTENSÃO GESTACIONAL EM ADOLESCENTES PRIMÍPARAS
Zenilda Bruno, Henry de Holanda
Campos _______________________________ 3 3
088
HIPERURICEMIA E FATORES ASSOCIADOS EM PACIENTES HIPERTENSOS ACOMPANHADOS NA LIGA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
PRESIDENTE DUTRA – HUPD
TC Oliveira, Salgado Filho, MM Barbosa,
GLS Caldas, PIS Veloso, CPC Silva,
GV Gomes, YLA Léda, LR Sousa,
WEC Castro, EL Barros Filho, AC Diógenes,
CS Pereira, KS Santos __________________ 3 5
097
087
Marcelo C. Batista, Auro Buffani, Osvaldo
Kohlmann, Maria Teresa Zanella, Artur B.
Ribeiro, Agostinho Tavares ______________ 3 0
076
096
Vanildo da Silva Guimarães Neto,
Sílvia Azevedo Albuquerque,
Fernando Antônio Ribeiro de Souza,
Sandro Gonçalves de Lima, Antônio
Eduardo Cavalcanti, José Luciano
de França Albuquerque, Débora Maria
Silva de Carvalho ______________________ 3 3
O USO DE INIBIDORES NÃO-SELETIVOS DA COX EM IDOSOS HIPERTENSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO: UM ESTUDO EM FARMACOVIGILÂNCIA
Edilson Dantas da Silva Júnior, Aryannie
Barbosa Brasileiro, Ivana Maria Fechine
Sette, Lindomar de Farias Belém, Gustavo José
da Silva Pereira, Jahamunna Abrantes
Andrade Barbosa ______________________ 3 0
MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL CONFORME AV DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL: FAZ DIFERENÇA?
2/8/2007, 15:46
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO EM IDOSOS DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE PERNAMBUCO – UFPE: UM ESTUDO QUANTITATIVO
Thaís Valéria e Silva, Filipe Villa Verde,
Fátima Knape, Marcia Horowitz,
Sergio M. M. Fernandes Filho,
Daniel Kitner, Daniela Teles _____________ 3 8
Índice dos Resumos
106
ASSITÊNCIA MULTIPROFISSIONAL A EX-HANSENIANOS
PORTADORES DE HIPERTENSÃO
118
Bruce David Leite, Ana Carolina Rocha
Peixoto, Ana Lígia Rocha Peixoto,
Francisco Gilberto Fernandes Pereira,
Fátima Luna Pinehiro Landim ___________ 3 8
107
PERFIL DOS RISCOS CARDIOVASCULARES EM MOTORISTAS PROFISSIONAIS DE TRANSPORTE DE CARGAS
NA RODOVIA RÉGIS BITTENCOURT (BR-116)
TC Oliveira, N Salgado Filho, MM Barbosa,
Y Léda, A Diógenes, C Pereira, L Lucena,
E Barros Filho, G Gomes, G Caldas,
F Barbosa _____________________________ 4 1
119
Luciane Cesira Cavagioni, Luciana
Fernandes, Renata A Pinheiro, Gisele
Fraciolo, Roseli Leandro, Sergio
Martucchi, Cláudia S Xavier, Isabela
Benseñor, Angela MG Pierin _____________ 3 8
108
MONITORIZAÇÃO RESIDENCIAL DE PRESSÃO ARTERIAL
EM HIPERTENSOS ATENDIDOS EM UNIDADE BÁSICAS DE
SAÚDE DA REGIÃO OESTE DA CIDADE DE SÃO PAULO
AVALIAÇÃO DO APOIO SOCIAL EM GRUPO DE HIPERTENSOS ATENDIDOS EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
DA ZONA OESTE DA CIDADE DE SÃO PAULO
120
121
111
112
114
123
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DE PACIENTES DO
PROGRAMA DE HIPERTENSÃO E DIABETES DE UMA UNIDADE DE SAÚDE
124
PREVALÊNCIA DE PERIODONTITE EM PACIENTES COM
DOENÇA CARDIOVASCULAR
125
ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS EM UMA POPULAÇÃO
ATENDIDA NO MUTIRÃO DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS
RENAIS, EM SÃO LUÍS, MA, BRASIL, 2006
126
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO PACIENTES ATENDIDOS
NO PROGRAMA MUTIRÃO DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS
RENAIS EM SÃO LUÍS, MA, BRASIL, 2006
TC Oliveira, N Salgado Filho, MM Barbosa,
WEC Castro, TC Oliveira, EV Memória,
E Benvindo, P Cavalcante, V Silva ________ 4 1
DETERMINAÇÃO DO PERFIL PRESSÓRICO EM INDIVÍDUOS DA COMUNIDADE DO BARRO, RECIFE, PE –
PROJETO COMUNITÁRIO ENVOLVENDO ESTUDANTES
DA ÁREA DE SAÚDE DA UFPE
Rebeka Patricia de A. Lins Leonardo,
Marina Batista da Silva, Thaisa de Farias
C. Santos, Suellen Co. de Souza, Roberta
F. de Santana, Clarice Maria de Araújo
Rodrigues, Joseane Thailine P. Carvalho,
Thiago Fraga S. Santos, Helane Santos
Tito de Oliveira, Carlos Peres da Costa,
Denia Fittipaldi Duarte _________________ 4 4
133
PREVALÊNCIA DE HAS ENTRE IDOSOS DO GRUPO DE
ATENÇÃO ÀTERCEIRA IDADE DO HOSPITAL NAVAL DO
RECIFE
Hugo Moura de A. Melo, Ana Paula de O.
Marques, Ana Carolina A. Oliveira,
Bárbara A. Oliveira, Christyanne Maria R. B.
de Assis, Daniela T. Silva, Márcia C. Campos
Leal, Mirella Carla de Melo Mendonça,
Rebeca Matos V. A. Lima, Vitor Enrique P.
Piscoya, Marconi V. Farias _______________ 4 5
AVALIAÇÃO CLÍNICO-LABORATORIAL DOS PACIENTES
ATENDIDOS NO MUTIRÃO DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS
RENAIS, EM SÃO LUÍS-MA, BRASIL, 2006
CORRELAÇÃO ENTRE SINTOMATOLOGIA DO TRATO
URINÁRIO E ANORMALIDADES DO EAS EM PACIENTES
ATENDIDOS NO MUTIRÃO PARA PREVENÇÃO DE DOENÇAS RENAIS EM SÃO LUÍS, MA
134
AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
E DIABETES MELLITUS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA SEMENTES DE URUCUM
(BIXA ORELLANA L.), UM PRODUTO NATURAL, NA REDUÇÃO DOS NÍVEIS DE COLESTEROL EM CAMUNDONGOS
APOE KNOCKOUT
Juliana C. Melo, Isabela C. Carvalho,
Sordaini M. Caligiorne, Paloma B. Barbosa,
Glaucia G. M. Marotta, Jacqueline I. AlvarezLeite, Jomar B. dos Passos, Luis Fernando
Soares, Ronaldo P. Costa ________________ 4 5
135
ADESÃO DO USUÁRIO HIPERTENSO AO TRATAMENTO E
A INTERFACE COM O SABER SOBRE A DOENÇA
Helder de Pádua Lima, Zélia Maria de
Sousa Araújo Santos, Joselany Áfio
Caetano, Jennara Cândido do Nascimento,
Ana Karine de Figueiredo Moreira,
Francisco Getúlio Alves Moreira _________ 4 5
AVALIAÇÃO DO ESTRESSE EM PESSOAS COM NÍVEIS
PRÉSSORICOS ELEVADOS
136
GESTANTES COM ALTERAÇÕES DE PRESSÃO ARTERIAL
– ANÁLISE DO ESTILO DEVIDA COM ENFOQUE NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
ROSUVASTATINA E REMODELAMENTO AÓRTICO EM RATOS DEFICIENTES EM ÓXIDO NÍTRICO
Zélia Maria Sousa de Araújo Santos,
Ângela Regina de Vasconcelos Silva,
Raimunda Magalhães da Silva,
Marlucilena Pinheiro da Silva,
Jennara Cândido do Nascimento,
Brígida Lima Teixeira ___________________ 4 5
Rodrigo Neto Ferreira, Vinícius N. Rocha,
Ana Lúcia Nascimento, Carlos Alberto
Mandarim de Lacerda, Jorge José
de Carvalho ___________________________ 4 3
127
MODELO DE REGRESSÃO LOGÍSTICA PARA HVE BASEADO NO ELETROCARDIOGRAMA E NA PRESSÃO ARTERIAL DE CONSULTÓRIO
Fernando Menezes Campello de
Souza, André Leite Wanderley,
Fátima Lúcia Machado Braga,
Hilton Chaves _________________________ 4 3
128
TC Oliveira, N Salgado Filho, MM Barbosa,
Y Léda, A Diógenes, CS Pereira, L Lucena,
E Barros, G Gomes, G Caldas ____________ 4 0
117
132
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL E COMORBIDADES ASSOCIADAS EM PACIENTES ATENDIDOS EM MUTIRÃO DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS RENAIS, EM SÃO LUÍS, MA, 2006
Souza NC, Almeida, LMD, Bezerril AMR,
Bezerril, THR, Correia, CRP,
Barbosa NLF __________________________ 4 3
Maria Bernadete Depoli, Ana Paula O.
Cápua Norbim, José Aírton de Arruda,
Silvana dos Santos Meyrelles ___________ 4 0
116
OBESIDADE, SÍNDROME METABÓLICA E FATORES ASSOCIADOS EM PACIENTES ATENDIDOS NO MUTIRÃO DE
PREVENÇÃO DE DOENÇAS RENAIS EM SÃO LUÍS, MA,
BRASIL, 2006
Hortência Regina de M. Macedo,
Fabiana Paiva Galvão, Maria do Carmo
M. Ferraz, Zelma Martins Neves, Gilliard
Justino de Oliveira _____________________ 4 2
Allamahac Silva Pequeno, Thyago
Vinícius F. de Andrade, Maria do Carmo M.
Ferraz, Hortência Regina de M. Macedo,
Fabiana Paiva Galvão __________________ 4 0
115
INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR: UM MODELO EFICAZ NO COMBATE A HIPERTENSÃO
Diogo Fiorini Carvalho, Guilliber
Carlos Fonseca, Vinícius Mendonça
Novaes, Mariana de Lucca, Clorivaldo
Rocha Corrêa, Jorge Perrout de Lima,
José Marques Novo Júnior,
Henrique Novaes Mansur _______________ 4 4
WEC Castro, N Salgado Filho,
MM Barbosa, WEC Castro, TC Oliveira,
EV Memória, E Benvindo, P Cavalcante,
V Silva ________________________________ 4 2
CRISE HIPERTENSIVA ASSOCIADA AO USO DE BEBIDA
ALCOÓLICA: RELATO DE CASO
Larissa Cavalcanti de Araújo,
Arethuza Adjuto Palmeira, Denyse
Luckwü Martins, Ednaide Carolina da
Silva Gurgel, Fabiana Gonçalves
de Oliveira, Maria do Socorro
Trindade Morais _______________________ 4 0
131
WEC Castro, M Barbosa, W Castro,
T Oliveira, E Memória, E Benvindo,
P Lima, V Silva _________________________ 4 2
CONHECIMENTO, CRENÇAS E ATITUDES FRENTE À
DOENÇA ETRATAMENTO DE UM GRUPO DE HIPERTENSOS.
Elaine dos Santos Jesus, Mônica A. O.
Augusto, Décio Mion Jr., Edna Caetano,
Kátia Ortega, Angela M. G. Pierin ________ 3 9
113
122
O CONTROLE DA HIPERTENSÃO PODE SER INFLUENCIADO POR CONHECIMENTOS, PRESENÇA DE COMPLICAÇÕES E ALTERAÇÃO PSICOEMOCIONAL
Mônica Aparecida de Oliveira Augusto,
Elaine S. Jesus, Edna Caetano, Décio Mion
Jr., Kátia Ortega, Angela M. G. Pierin _____ 3 9
Fátima Lúcia Machado Braga, M.
Auxiliadora AV Santos, Aline Rafaelly,
Amanda Moreira, Fernando, Campello Souza,
Jocelene Godoi, André Leite Wanderley,
Rosa Carneiro, Hilton Chaves ___________ 4 4
PREVALÊNCIA DOS GRUPOS E FATORES DE RISCO PARA
DOENÇA RENAL CRÔNICA EM PACIENTES ATENDIDOS
NO MUTIRÃO DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS RENAIS NO
MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS, MA,2006
WEC Castro, N Salgado Filho, MM Barbosa,
YL Léda, AC Diógenes, CS Pereira,
L Lucena, E Barros Filho, G Gomes,
G Caldas, F Barbosa ____________________ 4 2
AVALIAÇÃO DE TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM
HIPERTENSOS PELO SELF REPORTING QUESTIONAIRE
(SRQ-20)
Flávia P. C. Rodrigues, Flávia C. Colósimo,
Gabriela Andrade, Talita Serafim, Stael
S. B. E. da Silva, Angela M. G. Pierin ______ 3 9
RELAÇÃO ENTRE ESTÁGIOS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E HIPERURICEMIA
WEC Castro, N Salgado, MM Barbosa,
WEC Castro, TC Oliveira, E Memória,
E Benvindo, P Cavalcante, V Silva ________ 4 1
Stael S. B. E da Silva, Flávia C. Colósimo,
Gabriela Andrade, Flávia P. C. Rodrigues,
Talita Serafim, Angela M. G. Pierin _______ 3 9
110
130
TC Oliveira, N Salgado, MM Barbosa,
Y Léda, A Diógenes, C Pereira, L Lucena,
E Barros, G Gomes, G Caldas ____________ 4 1
Flávia C. Colósimo, Flávia P. C.
Rodrigues, Juliano dos Santos, Stael
S. B. E. Silva, Angela M. G. Pierin _________ 3 8
109
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS EM PACIENTES
ATENDIDOS NO MUTIRÃO DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS
RENAIS NA CIDADE DE SÃO LUÍS, MA, BRASIL, 2006
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR: CARACTERÍSTICAS DE CLIENTES ATENDIDOS EM UMA REDE DE SUPERMERCADOS
Mônica Alice Santos da Silva, Betty Wilma
da Costa Rocha, Lucieno de Moura
Santos, Windira Marhale _______________ 4 6
138
EFEITO DA HIPERTENSÃO RENOVASCULAR 2R1C SOBRE
AS CÉLULAS DE MEDULA ÓSSEA DE CAMUNDONGOS
Bianca Prandi Campagnaro,
Clarissa Loureiro Tonini, Elisardo
Corral Vasquez, Silvana dos Santos
Meyrelles ______________________________ 4 3
129
137
EFEITO DO AVENTAL BRANCO: SOMENTE COM MÉDICOS, ENFERMAGEM OU AMBOS?
Eduardo Costa Duarte Barbosa,
Danilo Potengy Bueno, Fernando
Pivatto Júnior _________________________ 4 6
139
A SAÚDE DOS MOTORISTAS DE TRANSPORTES COLETIVOS DE UMA ESTAÇÃO INTEGRADA EM RECIFE, PE
HIPERTENSÃO ARTERIAL:TRABALHANDO SUA CLASSIFICAÇÃO
Santos MDS, Barbosa NLF, Bezerril AMR,
Lopes MLH, Oliveira PS _________________ 4 4
Lucieno de Moura Santos, Betty
Wilma da Costa Rocha, Luciana
Carla da Silva Freitas, Marly Javorski,
Mônica Alice Santos da Silva ____________ 4 6
7
01 - Res-Indice 6 paginas - 2007.pm6
7
2/8/2007, 15:46
Índice dos Resumos
140
EFEITO DE EXTRATO DA CASCA DE UVA VITISVINÍFERA
NA HIPERTENSÃO E ALTERAÇÕES METABÓLICAS ASSOCIADAS À PROGRAMAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
FETAL
Emiliano da Silva AF, Costa CA,
Amaral TAS, Carvalho LCRM, Boaventura
GT, Soares de Moura R,
Resende AC _____________________________ 4 6
141
143
145
IMPACTO DE TÉCNICAS DE DESSALGA EMPREGADAS
POR UMA POPULAÇÃO DE HIPERTENSOS DO NORDESTE SOBRE O TEOR DE SAL DO CHARQUE
Sandra Mary Lima Vasconcelos,
Evla Dárc Ferro, Nidyanne Patricia
Mesquita Chagas, Patricia Maria
Candido Silva, Tatiana Maria
Palmeira dos Santos ____________________ 4 8
147
ASSOCIAÇÃO ENTRE A PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA E DIASTÓLICA E O SOBREPESO EM ESCOLARES
Kelly Samara da Silva, Adair da
Silva Lopes ____________________________ 4 8
148
155
Salgado CM, Vasconcelos Junior,
HM, Belem JMFM, Junqueira AL,
Seronni EMX, Fortes PM,
Naghettini AV __________________________ 4 9
150
PERFIL DE ENGAJAMENTO PARA O AUTOCUIDADO EM
PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
Natália Coelho de Souza, Giselle Andrade
S. Silva, Maria Lúcia Holanda Lopes,
Lucíola Gondim Ribeiro, Thais
Cristina Santos Silva, Jedaías Silas
da Silva _______________________________ 4 9
164
156
HIPERTENSÃO ARTERIAL: PREVALENCIA DE FATORES
DE RISCO EM FUNCIONÁRIOS QUE PARTICIPARAM DE
UM MUTIRÃO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO MATERNO
INFANTIL
Jedaías Silas da Silva, Ana Maria Rolim
Bezerril, Poliana Soares de Oliveira,
Roberto Flávio Melo dos Santos, Nídia
Lícia de Flôres Barbosa ________________ 5 0
157
165
158
159
ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR EM HIPERTENSOS: UMA BASE PARA PREVENÇÃO
167
168
169
8
MUSICOTERAPIA COMO COADJUVANTE NOTRATAMENTO DA HIPERTENSÂO
Claudia Regina de Oliveira Zanini,
Paulo César Jardim, Marta
Catalayud, Dalma Pereira,
Fabrícia de Urzêda, Mariana Cabral,
Estelamaris Monego, Ana Luiza
Sousa, Thiago Jardim, Luciana
Jardim, Weimar Souza ___________________ 5 4
170
AÇÕES EDUCATIVAS COM DIABÉTICOS E HIPERTENSOS:
RELATOS DE UMA EQUIPE DE ESF
Ariete Ramirez, Roberta Melão,
Mirian Julieta Orellana ________________ 5 4
171
ESTUDO COMPARATIVO DO NÚMERO DE CÉLULAS
TRONCO DE CAMUNDONGOS ATEROSCLERÓTICOS EM
DIFERENTES IDADES
Clarissa Loureiro Tonini, Bianca
Prandi Campagnaro, Elisardo
Corral Vasquez, Silvana dos
Santos Meyrelles _______________________ 5 4
172
8
01 - Res-Indice 6 paginas - 2007.pm6
MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDIOVASCULAR E FUNÇÃO BAROREFLEXA CARDÍACA ESPONTÂNEA EM RATOS OBESOS
Ricardo Alexandre de Morais Brandólis,
Vanessa Capuano, Igor de Oliveira Loss,
Valdo José Dias da Silva ________________ 5 3
PREVALÊNCIA DA GLICEMIA ALTERADA EM HIPERTENSOS E SUA RELAÇÃO COM A OBESIDADE ABDOMINAL
Maria Auxiliadora AV Santos,
Fátima Lúcia Machado Braga,
Amanda Moreira, Aline Rafaelly,
Jocelene, Tenório Godoi, Fernando
Menezes Campello de Souza,
André Leite Wanderley, Rosa Carneiro,
Hilton Chaves _________________________ 5 2
PRESENÇA DE DISLIPIDEMIA EM UM GRUPO DE HIPERTENSOS
Ana Lúcia Tosta Ribeiro,
Ana Cristina Bernardes Gentil,
Caroline Boteon de Oliveira,
Paula Saretta de Oliveira, Sally
Cristina Moutinho Monteiro ____________ 5 3
Santos Rfm, Oliveira Ps, Souza Nc,
Pinheiro Carlos Pr, Soares Em ___________ 5 1
161
IDENTIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ESTUDO DE SEGUIMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL DE CRIANÇAS
Alice Gabrielle de Sousa Costa, Ana
Railka de Souza Oliveira, Daniel Bruno
Resende Chaves, Filipe Emmanuel Coelho
Alves, Thelma Leite de Araujo ____________ 5 3
MISCELÂNEA DE COMORBIDADES – UM CASO DE HAS
REFRATÁRIA COMO COMPONENTE DE DESTAQUE EM
QUADRO DE SÍNDROME METABÓLICA
Marcela Araújo Castro, Janaise
Marques de Oliveira, Aureleide
Câmara Correia (Orientadora),
Jose Sérgio Nascimento Silva, Lívia de
Kassia Leal Interaminense, Jayme Augusto
Schmitt, Diego Luiz Gomes do Amaral,
Leila Isabele de Souza Mota, Clarissa
Rocha da Cruz _________________________ 5 1
160
166
CARACTERIZAÇÃO DE UM GRUPO DE HIPERTENSOS EM
ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL: ASPECTOS
BIOSSOCIAIS, CONHECIMENTO SOBRE A DOENÇA ETRATAMENTO E ADESÃO AO TRATAMENTO
Elaine dos Santos Jesus, Angela
Maria Geraldo Pierin, Mônica Ap. de
Oliveira Augusto _______________________ 5 1
FATORES ASSOCIADOS À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA POPULAÇÃO ADULTA DE GOIÂNIA: MONITORAMENTO POR MEIO DE ENTREVISTAS TELEFÔNICAS
Iana Cândido Cunha, Maria do Rosário
Gondim Peixoto, Paulo César Brandão
Veiga Jardim, Priscila Valverde de
Oliveira Viotinro _______________________ 5 3
DISFUNÇÃO ENDOTELIAL EM CAMUNDONGOS FÊMEAS:
IMPACTO DA ATEROSCLEROSE E DOS HORMÔNIOS SEXUAIS ENDÓGENOS
Silvana dos Santos Meyrelles, Maíne
Sousa Cola, Ágata Lages Gava, Silvana
dos Santos Meyrelles, Elisardo Corral
Vasquez _______________________________ 5 1
PACIENTES ACOMPANHADOS PELO PROGRAMA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL ACOMETIDOS POR ACIDENTE
VASCULAR ENCEFÁLICO – ESTUDO COM UM GRUPO
ESPECÍFICO
Alice Gabrielle de Sousa Costa, Ana
Railka de Souza Oliveira Daniel Bruno
Resende Chaves, Filipe Emmanuel
Coelho Alves, Francisca Bertilia Chaves
Costa, Thelma Leite de Araujo ___________ 5 2
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA DE ETIOLOGIA RENAL SECUNDÁRIA À DEFICIÊNCIA DE PROTEÍNAS S E C
LIGA DE HIPERTENSÃO: PRINCIPAIS ATIVIDADES DA
EQUIPE DE ENFERMAGEM
PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS E SÍNDROME METABÓLICA EM PORTADORES DE DOENÇA CRÔNICA NÃO
TRANSMISSÍVEL
Daniele Idalino Janebro, Maria do Socorro
Ramos de Queiroz, Marina Sousa Pinheiro
Mota, Rafael de Carvalho Mendes, Laís
Cristiane Costa Figueiredo _____________ 5 2
Jedaías Silas da Silva, Lúcia Holanda
Lopes, Ana Maria Rolim Bezerril,
Poliana Soares de Oliveira, Roberto
Flávio Melo dos Santos, Nídia Lícia
de Flôres Barbosa ______________________ 5 0
TRATAMENTO PARA HIPERTENSÃO: TRABALHANDO A
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
AVALIAÇÃO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM CRIANÇAS
E SUA RELAÇÃO COM SOBREPESO E OBESIDADE EM
ÁREA URBANA NO CENTRO-OESTE DO BRASIL
163
Camila Rocha da Cruz, Calina Lígia Lima,
Germana Villela Tenório, Taciana de
Souza Santos __________________________ 5 0
Jedaías Silas da Silva, Jerusa Emídia
Roxo de Abreu, Valéria Cristina Menezes
Berredo, Maria Lúcia Holanda Lopes,
Ana Hélia Silva Sardinha, Cinara Rúbia
Portela Correia ________________________ 4 8
149
NÍVEIS DE PRESSÃO ARTERIAL E SUAS ASSOCIAÇÕES
COM FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM
SERVIDORES DA JUSTIÇA DO TRABALHO DE
PERNAMBUCO
IMPACTO DO TREINAMENTO AERÓBIO DURANTE A
HEMODIÁLISE NA PRESSÃO ARTERIAL E NA CAPACIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA
Maycon de Moura Reboredo, Diane
Michela Nery Henrique, Ruiter de
Souza Faria, Bruno Curty Bergamini,
Marcus Gomes Bastos, Rogério
B. Paula _______________________________ 5 2
Rejane Maria de Santana _______________ 5 0
154
PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NA POPULAÇÃO ATENDIDA
NO DIA MUNDIAL DO RIM 2007 DA LIGA ACADÊMICA
PREVENRIM – UFPE
Camila Barbosa de Medeiros,
Sandra Neiva Coelho, Marcela de
Lima Vidal, Bruno César da Mata
Torreão, Clarice Leite Monte,
Márcia Raquel Horowitz ________________ 4 8
146
153
AVALIAÇÃO DOS PACIENTES COM NÍVEISTENSIONAIS
ELEVADOS ATENDIDOS NO DIA MUNDIAL DO RIM 2007
DA LIGA ACADÊMICA PREVENRIM – UFPE
Camila Barbosa de Medeiros,
Sandra Neiva Coelho, Mirna de
Souza Pessoa, Camila de Sousa Leão
Carvalho e Sá, Camila Pinon de Medeiros
Zoby, Thaís Valéria e Silva ______________ 4 7
162
HIPERTENSÃO ARTERIAL DIFICULDADES E FACILIDADES NA ADESÃO AO REGIMETERAPÊUTICO
Roberto Flávio Melo dos Santos,
Samia Carine Castro Damascena,
Tânia Pavão Oliveira Rocha,
Maria Lúcia Holanda Lopes,
Francisca Georgina Macedo
de Sousa ______________________________ 4 9
ANÁLISE DAS INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM IDENTIFICADAS EM REGISTROS DE CONSULTAS A PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
Francisca Bertilia Chaves Costa,
Thelma Leite de Araujo, Célida Juliana
de Oliveira, Tatiana Rocha Machado _____ 4 7
144
152
HIPERTENSÃO ARTERIAL NA INFÂNCIA: UMA ANÁLISE
DAS PUBLICAÇÕES ENTRE OS ANOS DE 2003 A 2006
Lucieno de Moura Santos, Betty
Wilma da Costa Rocha, Marly Javorski,
Mônica Alice Santos da Silva, Virginia
Machado Mota Silveira _________________ 4 7
HIPERTENSÃO ARTERIAL: CONHECENDO AS AÇÕES DE
AUTOCUIDADO
Natália Coelho de Souza, Giselle Andrade
dos Santos Silva, Maria Lúcia Holanda
Lopes, Lucíola Gondim Ribeiro,
Thais Cristina Santos Silva, Jedaías
Silas da Silva __________________________ 4 9
COMPORTAMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL EM RESPOSTA A UMA SESSÃO DE YOGA EM HIPERTENSOS E
NORMOTENSOS
James Silva Moura Junior, Thereza Karolina
Sarmento da Nóbrega, Naiane Ferraz
Bandeira Alves, Diego Lima de Almeida,
Ristênio Galdino de Araújo, Alexandre
Sergio Silva ___________________________ 4 7
142
151
2/8/2007, 15:46
AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DE FLUXO SANGUÍNEO
NAS ARTÉRIAS RENAL E FEMORAL EVOCADAS PELA
ATIVAÇÃO DO HIPOTÁLAMO DORSOMEDIAL
Carlos Henrique Xavier, Maria José
Campagnole-Santos, Marco Antônio
Peliky Fontes ___________________________ 5 4
Índice dos Resumos
173
TRATAMENTO COM PIRIDOSTIGMINA REDUZ BALANÇO
AUTONÔMICO CARDÍACO EM RATOS
185
Raquel Nitrosi de La Fuente, Ivana
CM Silva, Georgia O Candido, Silvia
Lacchini, Eduardo Moacyr Krieger,
Maria Claudia Irigoyen ________________ 5 5
174
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS PRESSÓRICOS E FATORES DE
RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA HIPERTENSÃO
ARTERIAL EM MULHERES EM USO DE CONTRACEPTIVOS ORAIS EM FORTALEZA, CE
186
176
187
EFEITO DA SOBRECARGA SALINA NA MODULAÇÃO
AUTONOMICA CARDIOVASCULAR
Roque AP, Fiorino P, Fonteles M,
Farah VMA _____________________________ 5 5
177
CONHECIMENTO, DIAGNÓSTICO E PREVALÊNCIA DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL EM SERVIDORES DA
FEPECS
Dumay Henrique, Pereira Juliana,
Lima Káritas, Costa Walkyria, Paula
Adriana, Cardoso Anne, Artiaga Daniel,
Souza Diogo, Galli Fernando, Câmara
Gabrielle, Felipe Neto Geraldo, Neto
Segundo Joaquim, Mendes Marcela,
Ferreira Filho Narcélio, Vieira Thiago,
Schleicher Maria Mouranilda ___________ 5 6
178
179
180
188
189
190
182
191
192
193
194
RELAÇAO ENTRE RESPOSTA PRESSÓRICA EVARIAÇÃO
DE MASSA CORPORAL DE HIPERTENSOS ESSENCIAIS
SUBMETIDOS AO TREINAMENTO AERÓBIO
Carolina Zancheta Nogueira,
Maria Isabel Gonçalves, Paulo
Henrique Waib _________________________ 5 7
INTERVENÇÃO NO MODELO DE ATENDIMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS EM UM
HOSPITAL SECUNDÁRIO
Marina Hideko Anabuki, Egidio
Lima Dórea, Gelba Almeida Pinto,
Lucy Maeda, Maria Cecília Gusukuma,
Márcia Silveira Bernik, Liz Andréa
Yoshihara, Ana Lúcia Sassaki,
Marina Hideko Anabuki, Paulo
Andrade Lotufo ________________________ 6 1
198
PREVALÊNCIA DE OBESIDADE, SEDENTARISMO ETABAGISMO NUMA POPULAÇÃO DE HIPERTENSOS DE
FLEXEIRAS, AL
Jacilene Cirilo da Silva, Leilany Suelle
dos Santos Viana, Lívia Cristina
Deolindo de Souza, Andreza de Araújo
Luna, Fernanda Maria de Banneux Leite,
Nidyanne Patrícia de Mesquita Chagas,
Patrícia Maria Candido Silva, Tatiana
Maria Palmeira dos Santos,
Sandra Mary Lima Vasconcelos __________ 6 1
199
HIPERTENSÃO ARTERIAL EM GESTANTES CADASTRADAS NO PROGRAMA DE PRÉ-NATAL NO MUNICÍPIO DE
MONTADAS, PB
Elisângela Porto. Edivânia Porto,
Eliclenes Porto, Erasmo de Souza,
Adriana Alves de Oliveira _______________ 6 1
200
INGESTÃO DE SÓDIO, POTÁSSIO, CÁLCIO E MAGNÉSIO
EM HIPERTENSOS ACOMPANHADOS PELO HIPERDIA DO
MUNICÍPIO DE FLEXEIRAS, AL
Nidyanne Patrícia de Mesquita Chagas,
Fernanda Maria de Banneux Leite,
Andreza de Araújo Luna, Jacilene
Cirilo da Silva, Leilany Suelle dos
Santos Viana, Lívia Cristina Deolindo
de Souza, Patrícia Maria Candido Silva,
Tatiana Maria Palmeira dos Santos,
Sandra Mary Lima Vasconcelos __________ 6 1
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SEVERA SECUNDÁRIA
À ASSOCIAÇÃO DE HIPERTENSÃO E DIABETES
DESCOMPENSADAS
201
PAPEL DA HIPERTENSÃO ARTERIAL NA TAXA DE INTERNAÇÕES EVITÁVEIS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Marina Hideko Anabuki, Gelba A. Pinto,
Egidio L. Dórea, Lucy Maeda, Maria C.
Gusukuma, Márcia S. Bernik, Liz A.
Yoshihara, Ana L. Sassaki, Marina
Hideko Anabuki Paulo A. Lotufo __________ 6 2
CORRELAÇÃO ENTRE CAMPANHA DE DETECÇÃO E ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
202
CARACTERIZAÇÃO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA DA CLIENTELA ATENDIDA COM CRISE HIPERTENSIVA NA EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL MUNICIPAL DE FORTALEZA,
CEARÁ
Rita Neuma Dantas Cavalcante de Abreu,
Ana Célia Caetano de Souza,
Auzilene Moreira de Andrade,
Isabel Cristina Filgueiras Maciel,
Paulo César de Almeida, Thereza
Maria Magalhães Moreira ______________ 6 0
B1 RECEPTOR ANTAGONISM REDUCED THE MEAN
WALL THICKNESS OF AORTA IN ANGIOTENSIN II
INFUSED RATS
Ceravolo GS, Fernandes L, Tostes RCP,
Fortes ZB, Carvalho MHC _______________ 5 7
184
APTIDÃO FÍSICA EM UMA POPULAÇÃO DE PACIENTES HIPERTENSOS: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES
OSTEO-ARTICULARES PARA O BENEFÍCIO CARDIOVASCULAR
Daniel Costa Garcia, Paulo César B. Veiga
Jardim, Estelamaris T. Monego, Ana Luiza
Lima Souza, Flávio Teles, Mariana Cabral,
Thiago Veiga Jardim ____________________ 5 9
Rita Neuma Dantas Cavalcante de Abreu,
Gilvan Ferreira Fellipe, Célida
Juliana de Oliveira, Thereza Maria
Magalhães Moreira ____________________ 5 7
183
197
MODIFICAÇÕES NO ESTILO DE VIDA E REDUÇÃO DOS
RISCOS CARDIOVASCULARES
Diego Luiz Gomes do Amaral,
Jayme Augusto Schmitt, Diego Luiz
Gomes do Amaral, Aureleide
Camara Correia, Marcela Araujo
Castro, Janaise Marques de Oliveira,
Leila Isabele de Souza Mota,
Clarissa Rocha da Cruz,
Jose Sérgio Nascimento Silva,
Lívia de Kassia Leal Interaminense ______ 5 9
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM FUNCIONÁRIOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
ASPECTOS CONTEMPLADOS NA CONSULTA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM HIPERTENSÃO ARTERIAL
ATENDIDO NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA
A DELEÇÃO DO RECEPTOR PARA O LDL-COLESTEROL
INDUZ DISFUNÇÃO AUTONÔMICA EM CAMUNDONGOS
Moreira ED, Mostarda C, De
Souza LE, Souza SBC, Oliveira VLL,
Irigoyen MC ___________________________ 6 0
Ana Lúcia de Souza Cardoso, Agostinho
Tavares, Frida L. Plavnik ________________ 5 9
EFEITO DA REPOSIÇÃO HORMONAL COM PREMARIN
SOBRE A REATIVIDADEVASCULAR E PERFIL METABÓLICO DE RATAS SHR OVARECTOMIZADAS
Natalie Fiorezi Artuzi, Anderson
Carrijo da Costa, Flavia Aparecida
Francisquetti, Nara Andressa Morais
do Nascimento, Sally Cristina
Moutinho Monteiro ____________________ 5 7
196
INFLUÊNCIA DA OBESIDADE ABDOMINAL SOBRE O PERFIL CLÍNICO-BIOQUÍMICO EM UMA POPULAÇÃO HIPERTENSA
João Maurício de Almeida,
Juliana Patrícia de Luna Vieira,
Gilliard Justino de Oliveira,
Thyago Vinícius F. de Andrade,
Sylvana Alves Rocha ____________________ 5 9
Filgueira FP, Ceravolo GS,
Dantas APV, Tostes RC, Fortes ZB,
Carvalho MHC _________________________ 5 6
181
Juliana Valente Francica, Marcelo
Velloso Heeren, Márcio Tubaldini,
Michelle Sartori, Cristiano Mostarda,
Rubens Correa Araújo, Maria Cláudia
Irigoyen, Kátia De Angelis ______________ 6 0
Tárik Isbele, Mario Fritsch Neves,
Wille Oigman, Mateus A. L. M. Brum,
Carolina A. Ito, Mayra R. P. Barreto,
Raphael Monteiro ______________________ 5 8
CASTRAÇÃO AUMENTA A RESPOSTA VASOCONSTRITORA INDUZIDA PELA ANGIOTENSINA II EM RATOS
SHR
Filgueira Fp, Lobato Ns, Tostes Rc,
Fortes Zb, Carvalho Mhc ________________ 5 6
VARIABILIDADE DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA EM JOVENS
COM HISTÓRIA POSITIVA DE HIPERTENSÃO: RESPOSTAS A UM TESTE DE ESTRESSE MENTAL
ANGIOTENSIN II INDUCED CONSTRICTION IN VEIN AND
VENULES OF SHR AND WISTAR RATS BY DIFFERENTE
MECHANISMS
RA Loiola, L Fernandes,
RC Tostes, D Nigro, ZB Fortes,
MHC Carvalho _________________________ 5 8
ADESÃO AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO EM PACIENTES EM USO DE DOIS OU MAIS ANTIHIPERTENSIVOS: ESTUDO EM UMA UNIDADE DO PROGRAMA DE
SAUDE DA FAMÍLIA
Rita Neuma D. Cavalcante de Abreu,
Magali Pinheiro Landim, Célida Juliana
de Oliveira, Silvânia M. M. Vasconcelos
Patrocínio, Thereza Maria M. Moreira ____ 5 6
A ATEROSCLEROSE ESTÁ ASSOCIADA COM A BAIXA
DENSIDADE MINERAL ÓSSEA EM CAMUNDONGOS APOE
KNOCKOUT
Breno Valentim Nogueira, Guilherme
Henrique Souza Campos, Frederico
Ledig Ribeiro Henriques, Sérgio Hagi Eis,
Letícia Batista Azevedo Rangel, Letícia
Soncini de Souza, Silvana dos Santos
Meyrelles, Elisardo Corral Vasquez,
Ian Victor Silva ________________________ 5 8
ALTERAÇÕES NA REATIVIDADEVASCULAR EM MODELO
DE RESISTÊNCIA À INSULINA INDUZIDA POR
GLUTAMATO MONOSSÓDICO (OBESIDADE EM RATOS)
Lobato Ns, Tostes Rc, Carvalho Mhc,
Fortes Zb ______________________________ 5 5
195
Marina Hideko Anabuki, Teresa C. M. Coan,
Egidio Dórea, Lucy Maeda, Gelba Pinto,
Ana Lucia M. Lopes, Maria Cecília
Gusukuma, Marcia Bernik,
Paulo Lotufo ___________________________ 5 8
Rita Neuma Dantas Cavalcante de Abreu,
Luanna Maria Varela Fontenele,
Thereza Maria Magalhães Moreira ______ 5 5
175
HIPERTENSÃO ARTERIAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: IMPORTANCIA DA CONSCIENTIZAÇÃO DE HÁBITOS
DE VIDA SAUDÁVEIS
A ATENUAÇÃO DO BARORREFLEXO E O AUMENTO DA
VARIABILIDADE DA PRESSÃO ARTERIAL AUMENTAM A
RESPOSTA HIPERTRÓFICA CARDÍACA EM RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS
Ivana C. M. Silva, Raquel N. de La
Fuente, Cristiano Mostarda, Kátia
de Angelis, Eduardo M. Krieger, Maria
Cláudia Irigoyen _______________________ 6 2
203
FREQÜÊNCIA DE OBESIDADE ANDRÓIDE SEGUNDO
GÊNERO EM UMA AMOSTRA DE PACIENTES HIPERTENSOS DE UM MUNICÍPIO DA ZONA DA MATA
ALAGOANA
MORTALIDADE APÓS INFARTO DO MIOCÁRDIO NO DIABETES EXPERIMENTAL: PAPEL DAS DISFUNÇÔESVENTRICULAR E AUTONÔMICA
Bruno Rodrigues, Alessandra Medeiros,
Cristiano Mostarda, Kaleizu Teodoro Rosa,
Patricia Chakur Brum, Kátia De Angelis,
Maria Cláudia Irigoyen ________________ 6 0
Patrícia Maria Candido Silva,
Tatiana Maria Palmeira dos Santos,
Jacilene Cirilo da Silva, Leilany
Suelle dos Santos Viana, Lívia
Cristina Deolindo de Souza,
Andreza de Araújo Luna, Fernanda
Maria de Banneux Leite, Nidyanne
Patrícia de Mesquita Chagas,
Sandra Mary Lima Vasconcelos __________ 6 2
9
01 - Res-Indice 6 paginas - 2007.pm6
9
2/8/2007, 15:46
Índice dos Resumos
204
AVALIAÇÃO DOS PACIENTES HIPERTENSOS ATENDIDOS
NO DIA MUNDIAL DO RIM 2007 DA LIGA ACADÊMICA
PREVENRIM – UFPE
213
Danilo Carmo Rezende, Debora Moura
Miranda, Michela Maria G. Martini,
Diego Diricio Antonio, Elaine S. Azevedo,
Daniela O. Balbo, Cristiane L. G. Chaves,
Marco Antonio Veira da Silva,
Luiz Antonio P. R. de Resende ____________ 6 5
Camila Barbosa de Medeiros, Sandra
Neiva Coelho, Marclébio Manuel
Dourado, Juliana Melo de Moraes
Guerra, Rodolfo Brilhante de Farias,
Marcela de Lima Vidal __________________ 6 2
205
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL CLINICO, LIPIDICO E GLICÍDICO EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO ASSISTIDOS
PELA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS HIPERTENSOS DE
UBERABA – MG
Débora M. Miranda, Danilo C. Rezende,
Michela Maria G. Martini, Rafael C.
Barbosa, Tatiana M. Provasi Cunha,
Marco Antonio V. da Silva, Luiz Antonio
P. R. de Resende _________________________ 6 3
206
214
215
INFLUENCIA DE GRUPOS DE APOIO NA QUALIDADE DE
VIDA EM PACIENTES HIPERTENSOS EM UBERABA
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO HIPERTENSA E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM INDIVIDUOS
PARTICIPANTES DO DIA DO COMBATE A HIPERTENSÃO
DE 2007, EM UBERABA, MG
Débora Moura Miranda, Danilo Carmo
Rezende, Michela Maria Gonçalves
Martini, Rafael Cardoso Barbosa,
Tatiana Machado Provasi Cunha,
Marco Antonio Veira da Silva,
Luiz Antonio Pertili Rodrigues
de Resende _____________________________ 6 3
208
216
217
218
211
212
219
O ESCORE DE QUALIDADE DE VIDA É UM MARCADOR DE MELHOR CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL EM PACIENTE HIPERTENSOS?
220
224
221
DISTÚRBIOS DO SONO E SUA INFLUÊNCIA NA ELEVAÇÃO DA PRESSAO ARTERIAL DE PACIENTES INTERNADOS NO HSOPITAL DAS CLINICAS DA UFTM EM UBERABA
TREINAMENTO FÍSICO MELHORA O CONTROLE AUTONÔMICO CARDIOVASCULAR EM CAMUNDONGOS LDLKNOCKOUT SUBMETIDOS À PRIVAÇÃO DOS HORMÔNIOS OVARIANOS
Rafael Cardoso Barbosa, Danilo Carmo
Resende, Michela Maria Gonçales Martini,
Tatiana Machado Provasi Cunha, Leandro
Marques de Medonça Teles, Luciana Ligia
Silva, Mirian Caroline Silva, Priscila
Lassalves Carleto ______________________ 6 4
Marcelo Velloso Heeren, Marcelo
Velloso Heeren, Cristiano Mostarda,
Janaina Paulini, Karin Flues,
Leandro Eziquiel de Souza, Edson
Moreira, Maria Cláudia Irigoyen,
Kátia de Angelis _______________________ 6 7
225
10
INFUSÃO CRÔNICA ICV DE ANGIOTENSINA-(1-7) REDUZ
A PRESSÃO ARTERIAL DE RATOS COM HIPERTENSÃO
DOCA-SAL
Guimarães PS, Santiago NM, Santos RAS,
Campagnole-Santos MJ _________________ 6 8
226
CARAVANA NA PRESSÃO CONTE COMIGO: BUSCANDO A
ADESÃO DO PÚBLICO MASCULINO AO TRATAMENTO
Luciana Farrapeira de Assunção, Gabriela
Couto Maurício de Paula Melo, Dhyego
Ferreira Moreira de Lacerda, Diego
Laurentino Lima, Laura Correia Oliveira,
Matheus Falcão Barros, Marcos Cerqueira
Lima Nogueira, Bruno José Peixoto
Coutinho, Jaqueline Kelly Ferreira de
Souza, Ana Célia O. Santos ______________ 6 8
227
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA (SM) EM HIPERTENSOS
Roberto Flávio M. dos Santos, Poliana
S. de Oliveira, Natália C. de Souza,
Carlos Paulo R. Pinheiro, Elizangela M.
S o a r e s ________________________________ 6 8
228
UTILIZAÇÃO DO NIFEDIPINO POR GESTANTES
Aline Mirelly Ferreira de Souza, Jamilly Kelly
Oliveira Neves, Maria do Socorro Ramos de
Queiroz, Thamara Rodrigues de Melo _____ 6 8
229
HIPERTENSÃO ARTERIAL EM GESTANTES
Jamilly Kelly O. Neves, Aline Mirelly F. Souza,
Thamara Rodrigues de Melo, Maria do
Socorro Ramos de Queiroz ______________ 6 9
230
PAPEL DOS HORMÔNIOS OVARIANOS NA FUNÇÃO
AUTONÔMICA DE FÊMEAS SAUDÁVEIS E OOFORECTOMIZADAS
Iris Callado Sanches, Luciana Jorge,
Cristiano Mostarda, Michelle Sartori,
Henrique Marchet, Lucinar Jupir Forner
Flores, Maria Cláudia Irigoyen,
Kátia De Angelis _______________________ 6 9
231
EFEITO DO TREINAMENTO AGUDO DA MUSCULATURA
INSPIRATÓRIA NO CONTROLE HEMODINÂMICO DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Priscila Raulickis, Suellen Borile, Maria
Claudia Irigoyen, Pedro Dall´Ago, Grazia
Maria Guerra, Eduardo Moacyr Krieger,
Fernanda M. Consolim-Colombo _________ 6 9
232
PERFIL LIPÍDICO EM HIPERTENSOS ATENDIDOS NA LIGA
ACADÊMICA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL/HUUFMA
Poliana Soares de Oliveira, Roberto
Flávio Melo dos Santos _________________ 6 9
233
10
01 - Res-Indice 6 paginas - 2007.pm6
EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO AGUDA DE 100 µ M DE
ACETATO DE CHUMBO NA REATIVIDADE VASCULAR À
FENILEFRINA NO LEITO VASCULAR CAUDAL DE RATOS
Edna Aparecida Silveira Almeida,
Juliana Hott de Fúcio Lizardo,
Liliana Prata Souza, Dalton Valentin
Vassallo _______________________________ 6 7
AVALIAÇÃO DA FARMACOTERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA
EM GESTANTES
Thamara Rodrigues de Melo, Jamilly
Kelly Oliveira Neves, Aline Mirelly
Ferreira de Souza, Maria do Socorro
Ramos de Queiroz ______________________ 6 6
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÓLICA ISOLADA (HSI), DIASTÓLICA ISOLADA (HDI) E
SISTO-DIASTÓLICA (HSD) PELA MONITORIZAÇÃO
AMBULATORIAL DA PRESSÃO ARTERIAL
Marcelo Parente de Andrade, Juliana de
Lucena Ferreira, Leonardo Pinheiro
Carvalho, Audes Magalhães Feitosa,
Camila Sarteschi, Marco Mota Gomes,
Jéssica Myrian de Amorim Garcia,
Roberto Dischinger Miranda ____________ 6 7
PERFIL DOS PACIENTES HIPERTENSOS EM DEMANDA
REPRIMIDA NO CENTRO DE SAÚDE Nº 03 GUARÁ, DF
Seabra André, Rezende Ilana,
Argenta Jaison, Lima Káritas,
Pedreiro Luciano, Vilela Murilo,
Oliveira Pollianna, Buffman Regina,
Pinto Thiago, Cunha Vinícius,
Lassance Paulo ________________________ 6 6
PERFIL LIPIDICO DE PACIENTES PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
Tatiana Maria Palmeira dos Santos,
Patrícia Maria Candido Silva,
Nidyanne Patrícia de Mesquita Chagas,
Jacilene Cirilo da Silva, Andreza de
Araújo Luna, Fernanda Maria de
Banneux Leite, Leilany Suelle dos Santos
Viana, Lívia Cristina Deolindo Souza,
Sandra Mary Lima Vasconcelos __________ 6 4
PREVALENCIA DA HIPERTENSÃO ARTERIALSISTEMICA
EM ESCOLARES DE 10 A 14 ANOS NO MUNICIPIO DE
UBERABA
Guerra Grazia Maria, Freitas
Elizangela Oliveira, Lessa Patricia
Silva, Giorgi Dante Marcelo Artigas,
Krieger Eduardo Moacyr, Lopes
Heno Ferreira __________________________ 6 6
RITMO DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM HIPERTENSOS:
PREVENINDO DOENÇAS RENAIS
Poliana Soares de Oliveira, Roberto
Flávio Melo dos Santos, Natália Coêlho
de Souza, Elizangela Mendes Soares,
Tereza Helena Rolin Bezerril, Carlos
Paulo Ribeiro Pinheiro _________________ 6 4
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO SISTÓLICA ISOLADA
PELA MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DA PRESSÃO
ARTERIAL EM PACIENTES IDOSOS
Tatiana Machado Provasi Cunha,
Debora Moura Miranda, Danilo Carmo
Rezende, Danilo Marchesi Marcussi,
Rafael Cardoso Barbosa, Thiago Alves
de Sousa, Marina Nolli Bittencourt,
Luciene Mayumi Sato, Marco Antonio
Veira da Silva, Luiz Antonio Pertili
Rodrigues de Resende ___________________ 6 6
Marco Mota Gomes, Valéria Lafayette, Lucélia
Magalhães, Roberto Dischinger, Audes
Magalhães Feitosa _____________________ 6 4
210
223
Leonardo Pinheiro Carvalho, Audes
Magalhães Feitosa, Juliana de Lucena
Ferreira, Marcelo Parente de Andrade,
Jessica Myrian de Amorim Garcia,
Roberto Dischinger Miranda, Marco
Mota Gomes, Camila Sarteschi ___________ 6 5
PREVALENCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PACIENTES INFARTADOS ATENDIDOS NO PRONTO SOCORRO
DO HC DE UBERABA
AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO RASTREÔMETRO DIGITAL,
UM NOVO EQUIPAMENTO PARA TRIAGEM POPULACIONAL DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
NA PRESSÃO, CONTE COMIGO: EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA AUMENTAR A ADESÃO
DO PACIENTE HIPERTENSO AO TRATAMENTO INSTITUÍDO
AVALIAÇÃO DOS DIFERENTES FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM HIPERTENSOS E SUA ASSOCIAÇÃO
COM O GRAU DE DISFUNÇÃO RENAL
Isabel Cristina Simon Dal Poz, Ana Luisa
Opromolla Pacheco, Frida Liane Plavnik,
Osvaldo Kohlmann Jr. __________________ 6 7
COMPOSIÇÃO CORPORAL E PERFIL LIPÍDICO DE HIPERTENSOS ATENDIDOS POR UMA EQUIPE DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF)
Bruno José Peixoto Coutinho, Anália
Nusya de Medeiros Garcia, Dhyego
Ferreira Moreira de Lacerda, Diego
Laurentino Lima, Gabriela Couto
Mauricio de Paula Melo, Jaqueline Kelly
Ferreira de Souza, Laura Correia
Oliveira, Luciana Farrapeira de
Assunção, Marcos Cerqueira L.
Nogueira, Matheus Falcão Barros _______ 6 5
Débora Moura Miranda, Danilo Carmo
Rezende, Michela Maria Gonçalves Martini,
Wanessa Nakamura Guimarães, Marcelo
Garcia Tavares, Danilo Carmo Rezende,
Michela Maria Gonçalves Martini, Marco
Antonio Veira da Silva, Luiz Antonio
Pertili Rodrigues de Resende ____________ 6 3
209
222
Francisca Rosângela da Silva, Paulo de
Tarso da S. Lopes, Lilian Gomes de Sousa,
Cláudio Henrique L. Rocha, Maria do
Carmo de C. e Martins __________________ 6 5
Michela Maria Gonçalves Martini,
Debora Moura Miranda, Álvaro
Henrique Neto, Ana Laura Ferreira,
Natália Dias Batista Guimarães, Rafael
Cardoso Barbosa, Lorena Vaz Damascena,
Marco Antonio Veira da Silva,
Luiz Antônio Pertili Rodrigues
de Resende _____________________________ 6 3
207
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL NA POPULAÇÃO ASILADA DE UBEREBA
2/8/2007, 15:46
ASSOCIAÇÃO ENTRE RESISTÊNCIA À INSULINA E DISFUNÇÃO AUTONÔMICA EM RATAS FÊMEAS
Janaina de Oliveira Brito, Kátia Ponciano,
Diego Figueroa, Nathalia Bernardes,
Íris C. Sanches, Maria Cláudia Irigoyen,
Kátia De Angelis _______________________ 7 0
Índice dos Resumos
234
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL ASSOCIADA À OBESIDADE VISCERAL E À OBESIDADE SUBCUTÂNEA
244
Ana Luisa Opromolla Pacheco,
Isabel Cristina Simon Dal Póz,
Frida Liane Plavnik, Osvaldo
Kohlmann Junior ______________________ 7 0
235
236
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E RELAÇÃO CINTURA/
QUADRIL: ASSOCIAÇÃO COM ALTERAÇÕES DOS NÍVEIS
DE TRIGLICÉRIDES, COLESTEROL HDL E LDL, EM HIPERTENSOS
Fátima Lúcia Machado Braga, Jocelene
Tenório Godoi, Maria Auxiliadora AV
Santos, Rosa Carneiro, Fernando Menezes
Campello de Souza, André Leite
Wanderley, Hilton Chaves _______________ 7 0
237
238
239
242
Dias-Peixoto MF, Santos RAS,
Gomes ERM, Alves MNM, Almeida PW,
Martins-Cruz J, Rosa M, Fauler B,
Bader M, Alenina N, Guatimosim S __________ 76
Cláudia Geovana da Silva Pires, Fernanda
Carneiro Mussi ________________________ 7 3
247
248
Barros JG, Roque FR, Zamo FS,
Mattos KC, De Angelis K, Irigoyen MC,
Oliveira EM ____________________________ 7 3
250
CONTROLE DE HIPERTENSÃO ARTERIAL NUMA POPULAÇÃO DE IDOSOS
CORRELAÇÃO INVERSA ENTRE PRESSÃO ARTERIAL
E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES HIPERTENSOS
– AVALIAÇÕES PRELIMINARES
Silvia Goldmeier, Katya Rigatto, Maria
Cláudia Irigoyen _________________________ 76
259
CAPTOPRIL/HYDROPHOBIC
CYCLODEXTRIN
SYSTEM. A NOVEL PROMISING FORMULATION OF
WATER-SOLUBLE DRUG AS ANTI-HYPERTENSIVE
AGENT
Mariangela Burgos de Azevedo,
Fabiana Cantos, Carlos Alves de
Carvalho, Cynthia Santos, Danielle
Ianzer, Ruben D. Sinisterra,
Robson dos Santos ________________________ 76
260
DO THE CARDIOVASCULAR EFFECTS OF ACEI
INVOLVE ACE-INDEPENDENT MECHANISMS? NEW
INSIGHTS FROM PROLINE-RICH PEPTIDES OF
BOTHROPS JARARACA
Vanille Valério Barbosa Pessoa __________ 7 4
Danielle Ianzer, Gisele M. Etelvino,
Carlos H. Xavier, Jerusa Almeida,
Vincent Dive, Antonio C. M. Camargo,
Robson A. S. Santos _______________________ 76
Mello HMV, Batista RA __________________ 7 4
251
ADESÃO À TERAPÊUTICA ANTI-HIPERTENSIVA EM
USUÁRIOS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
DE CABEDELO, PB
261
Nilza Maria Cunha Maciel de Oliveira,
Alisson Paschoal Câmara Torquato ______ 7 4
252
HIPERTENSÃO ARTERIAL E DÉFICIT COGNITIVO EM
IDOSAS
253
RESPOSTAS AGUDAS DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA AO MÉTODO DROP SET NO TREINAMENTO
RESISTIDO
Mello HMV, Batista RA __________________ 7 4
“REAÇÃO DE ALARME” NA MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL: PREVALÊNCIA EM AMBULATÓRIO TERCIÁRIO
DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
Zélia Maria de Sousa Araújo Santos,
Luciana Zaranza Monteiro, Francisco
Erivaldo de Sousa Filho, Itana Lisane
Spinato, Frederico Lemos Araújo,
Vívian Saraiva Veras, Mônica Helena
Neves Pereira Pinheiro _________________ 7 5
254
MELHORA AUTONÔMICA ESTÁ ASSOCIADA COM
ATENUAÇÃO DAS DISFUNÇÕES EM UM MODELO EXPERIMENTAL DE SÍNDROME METABÓLICA E MENOPAUSA
Carolina de Campos Gonzaga,
Antonio Carlos Cordeiro Sj, José C Silva,
Neusa Er Portela, Leda Lotaif, Eduardo
Pimenta, Marcio G Sousa, Flávio AO
Borelli, Oswaldo Passarelli Jr,
Leopoldo S Piegas, Celso Amodeo ________ 7 2
258
TREINAMENTO FÍSICO DE NATAÇÃO INDUZ MELHORA
DA PERFUSÃO SANGÜÍNEA NO MÚSCULO CARDÍACO EM
SHR JOVENS VIA MECANISMO DEPENDENTE DE
ADENOSINA
MODULAÇAO AUTONÔMICA CARDIOVASCULAR EM INDIVÍDUOS COM SÍNDROME METABÓLICA SOB TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
PREVALÊNCIA DA DIFERENÇA DE PRESSÃO ARTERIAL
NOS MEMBROS SUPERIORES QUANDO DA INSTALAÇÃO
DA MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DE PRESSÃO ARTERIAL (MAPA)
257
ADESÃO ÀTERAPÊUTICA ANTI-HIPERTENSIVA EM USUÁRIOS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE JOÃO
PESSOA, PB
Nilza Maria Cunha Maciel de Oliveira,
Clélia Lúcia Sampaio Nunes Araújo, Yana
Karla Muniz de Medeiros, Cleyton Cezar
Souto Silva ____________________________ 7 3
255
NITRIC OXIDE AND ANGIOTENSIN II RECEPTORS
INFLUENCES
THE PRESSOR EFFECT OF
ANGIOTENSIN II CENTRALLY: STUDY IN AWAKE AND
ANAESTHETHIZED RATS
Wilson Abrão Saad, Ismael Francisco
Motta Siqueira Guarda, Luiz Antonio
de Arruda Camargo, Talmir Augusto
Faria Brizola dos Santos ___________________ 77
262
SUBFORNICAL ORGAN MEDIATES PRESSOR EFFECT
OF ANGIOTENSIN: INFLUENCE OF NITRIC OXIDE AND
L-TYPE CALCIUM CHANNEL
Wilson Abrão Saad, Ismael Francisco
Motta Siqueira Guarda, Luiz Antonio
de Arruda Camargo, Talmir Augusto
Faria Brizola dos Santos ___________________ 77
263
ADESÃO DO USUÁRIO HIPERTENSO AO TRATAMENTO NO CONTEXTO DA RELAÇÃO PROFISSIONAL/
USUÁRIO
Juliana Gomes Ramalho Camelo,
Zélia Maria de Sousa Araújo Santos,
Joselany Áfio Caetano, Francisca
Lucélia Ribeiro de Farias,
Itana Lisane Spinato Dalcastel,
Juliana Lima Fonteles _____________________ 77
A SUPLEMENTAÇÃO DE CÁLCIO DIETÉTICO EM OBESOS É CAPAZ DE POTENCIALIZAR OS EFEITOS BENÉFICOS DA RESTRIÇÃO CALÓRICA SOBRE O PESO CORPORAL, OBESIDADE ABDOMINAL, PERFIL METABÓLICO E NÍVEIS DE PRESSÃO ARTERIAL?
Antonio Felipe Sanjuliani, Márcia
Regina Simas Gonçalves Torres, Virginia
Genelhu, Maria de Lourdes Guimarães
Rodrigues, Lívia de Paula Nogueira,
Débora Cristina Cupello Niceli, Luana
Todesco, Maria Inês Barreto Silva, Emilio
Antonio Francischetti __________________ 7 5
Kátia Regina Ponciano, Janaina de
Oliveira Brito, Iris Callado Sanches, }
Marcelo Velloso Heeren, Maria Cláudia
Irigoyen, Kátia De Angelis ______________ 7 2
243
CRENÇAS EM SAÚDE DE PESSOAS NEGRAS HIPERTENSAS RELACIONADAS ÀS MEDIDAS DE PREVENÇÃO E
CONTROLE DA DOENÇA
O NUTRICIONISTA E O ATENDIMENTO AO HIPERTENSO
NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE
Carolina de Campos Gonzaga,
Antonio Carlos Cordeiro SJ, Márcio
G Sousa, Neusa ER Portela, José C Silva,
Leda Lotaif, Eduardo Pimenta,
Flávio AO Borelli, Oswaldo Passarelli Jr,
Leopoldo S Piegas, Celso Amodeo ________ 7 2
Felipe Neto Geraldo, Artiaga Daniel,
Dumay Henrique, Mendes Marcela Pereira
Paula Adriana, Cardoso Anne, Souza
Diogo, Galli Fernando, Câmara Gabrielle,
Neto Segundo Joaquim, Ferreira Filho
Narcélio, Vieira Thiago, Juliana,
Lima Káritas, Costa Walkyria,
Schleicher Maria Mouranilda _______________ 75
Botelho-Santos GA, Alenina N, Bader M,
Santos RAS ____________________________ 7 3
249
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES COM OBESIDADE ABDOMINAL RESIDENTES EM
ÁREA DE MUITO BAIXA RENDA DE MACEIÓ, AL
RESULTADOS DA CAMPANHA DO DIA NACIONAL DE
COMBATE A HIPERTENSÃO ARTERIAL DE 2007 EM
SHOPPINGS DE BRASÍLIA, DF
CARDIOMYOCYTES FROM MAS KNOCKOUT MICE
SHOW IMPAIRED NO GENERATION AND CA 2+
SIGNALING DYSFUNCTION: NEW INSIGHT INTO
ANGIOTENSIN-(1-7) SIGNALING PATHWAYS
ALTERED REGIONAL BLOOD FLOW DISTRIBUTION IN
MAS-DEFICIENT MICE
N Salgado Filho, MM Barbosa,
LC Lucena, FS Barroqueiro, EL Barros
Filho, FF Barbosa, GV Gomes ____________ 7 1
Revilane Alencar Britto,
Telma T. Florêncio ______________________ 7 1
241
246
RELAÇÃO ENTRE CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL E ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR
EM PACIENTES ATENDIDOS NA LIGA DE HIPERTENSÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE
DUTRA – HUPD, EM SÃO LUÍS, MA, 2007
Márcio Tubaldini, Juliana Valente
Francica, Marcelo Velloso Heeren,
Cristiano Mostarda, Rubens Correa
Araújo, Fernanda Consolim-Colombo,
Maria Cláudia Irigoyen, Kátia
De Angelis _____________________________ 7 1
240
245
PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO E LESÕES DE ÓRGÃOS-ALVO EM PACIENTES ATENDIDOS PELA LIGA
DE HIPERTENSÃO ARTERIAL DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA
TC de Oliveira, N Salgado Filho,
MM Barbosa, TC Oliveira, YLA Leda,
EL Barros Filho, FF Barbosa,
GVGomes ______________________________ 7 1
256
Carolina de Campos Gonzaga,
Antonio Carlos Cordeiro SJ, Neusa ER
Portela, José C Silva, Leda Lotaif,
Eduardo Pimenta, Márcio G Sousa,
Flávio AO Borelli, Oswaldo Passarelli Jr,
Leopoldo S Piegas, Celso Amodeo ________ 7 2
EFEITO DA OVARIECTOMIA SOBRE O CONTROLE AUTONÔMICO DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA EM RATASTREINADAS E SUBMETIDAS AO BLOQUEIO DA SÍNTESE DE
ÓXIDO NÍTRICO
Geisa C. S. V. Tezini, Paula Clé, Karina
Delgado, Hugo C. D. Souza ______________ 7 0
ANÁLISE COMPARATIVA DA PREVALÊNCIA DOS DIFERENTES ESTÁGIOS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL PELA
MEDIDA DE PRESSÃO ARTERIAL (PA) EM CONSULTÓRIO
E PELA MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DA PRESSÃO
ARTERIAL (MAPA)
264
AUTOCUIDADO DA GESTANTE ADOLESCENTE NA
PREVENÇÃO DOS FATORES DE RISCO DA SÍNDROME HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ – SHEG
RELAÇÃO ENTRE ÍNDICES DE ADIPOSIDADE E PRESSÃO
ARTERIAL EM ADULTOS DIABÉTICOS TIPO 2
Zélia Maria de Sousa Araújo Santos,
Luciana Zaranza Monteiro, Carlos
Eduardo Sydney Ballalai, Itana Lisane
Spinato, Vívian Saraiva Veras, Virginia
Oliveira Fernandes, Renan Magalhães
Montenegro Júnior _____________________ 7 5
Mariza Galassi Neves, Zélia
Maria de Sousa Araújo Santos,
Marlucilena Pinheiro da Silva,
Jennara Cândido do Nascimento,
Janaina da Silva Feitoza, Helexciana
Teixeira Fernandes ________________________ 77
11
01 - Res-Indice 6 paginas - 2007.pm6
11
2/8/2007, 15:46
Resumos
001
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
002
TRATAMENTO
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE HIPOTENSORA DO COMPLEXO FORMADO PELO
FLAVONÓIDE DIOCLEÍNA COM β -CICLODEXTRINA
SEDENTARISMO E SÍNDROME METABÓLICA – AMPLIANDO A MENSURAÇÃO DO SEDENTARISMO
Bruno Almeida de Rezende, Steyner França Côrtes, Rubén Dario Sinisterra Millan,
Virginia Soares Lemos
Lucélia Magalhães
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG
RESUMO: A síndrome metabólica (SM) é um agregado de fatores de risco cardiovasculares,
incluindo obesidade visceral, nível sérico baixo de hdl-colesterol, aumento das triglicérides, hiperglicemia e pressão arterial elevada. Esta constelação de fatores de risco contribui para o
desenvolvimento da doença cardiovascular aterosclerótica (DCVA) e do diabetes mellitus. A
relação entre o sedentarismo ainda é pouco estudada. Este hábito é determinante de doenças
crônicas ou agudas. Este estudo, testa a hipótese da associação entre sedentarismo global, incluindo no trabalho profissional, os deslocamentos e no lazer e SM, em homens e mulheres adultos
em Salvador, Bahia. Estudo transversal, de base populacional de ambos os sexos, com idade ≥ 20
anos. SM é definida pelos critérios da Fundação Internacional do Diabetes, caracterizando-se
como SM quando,na presença de obesidade abdominal(≥ 84 cm de cintura para mulheres e ≥ 88
cm de cintura para homens) e mais dois dos seguintes critérios: hipertensão arterial(≥ 130/85
mmHg) hiperglicemia (≥100 mg/dl) hipertrigliceridemia (≥ 150 mg/dl). Hipoalfalipoproteinemia
(hdl-colesterol menor 40 mg/dl para mulheres e menor 50 para homens). O sedentarismo foi
definido a partir de quatro critérios de inatividade física descritos abaixo. Foram excluídos os
atletas. Inatividade no trabalho profissional: ausência de atividade física no trabalho profissional
ou a presença de leve atividade física como: trabalho realizado quase exclusivamente sentado ou
com um tempo menor que 25% do tempo total em pé ou com deslocamentos. Inatividade no
trabalho doméstico: ausência de atividade doméstica ou com atividade doméstica leve, como
pequenos reparos, ou limpeza leve e preparo de alimentos. Inatividade física no deslocamento
para o trabalho: a ida e a volta de carro, ou ônibus, e caminhar menos que 30 minutos para este
deslocamento além de realizar tarefas de rua, na maioria das vezes, de carro ou a pé. Inatividade
física no lazer: O lazer não inclui atividade física. A amostra final resultou em 1.333 indivíduos
Na regressão logística, a razão de prevalência (RP) ajustada do sedentarismo global e a SM para
as mulheres, foi de 1,31 (IC 95% 0,86-1,91). Para os homens a razão de prevalência ajustada foi
de 1,68 (IC 95% 1,05-2,53), estatisticamente significante. Este trabalho revela, em homens, que
sedentarismo global associa-se à SM. Não houve associação estatisticamente significante entre
sedentarismo exclusivo no lazer e SM. A situação conjugal apresentou-se como confundidora e
levanta uma questão pouco estudada desta variável como fator de risco cardiovascular.
FUNDAMENTO: Os Flavanoides são compostos polifenolicos extraídos de plantas que têm tido
grande interesse farmacológico devido principalmente aos benefícios sob sistema cardiovascular. A diocleína é um flavonóide extraído das raízes da planta Dioclea grandiflora e tem se
mostrado bastante promissora devido ao potente efeito vasodilatador in vitro e hipotensor após a
administração iendovenosa. No entanto, assim como a maioria dos flavonoides conhecidos, a
diocleína não apresenta atividade por via oral.
OBJETIVO: Criar uma formulação farmacêutica que torne possível a observação do efeito
hipotensor do flavonóide diocleína após a administração oral, criando desta forma novas perspectivas para sua utilização como agente anti-hipertensivo.
PACIENTE OU MATERIAL: camundongos machos da especie Swiss
MÉTODOS: Camundongos Swiss com peso aproximado de 40 g tiveram diocleína isolada ou
incluída em ciclodextrina administrada por via intraperitonial ou por gavagem gástrica e sua
pressão sistólica foi continuamente monitorada por um período de até 5 horas em intervalos
constantes por pletismografia de cauda
RESULTADOS: Tanto a diocleína administrada isoladamente (2,5 e 10 mg/Kg) quanto complexada
com β-ciclodextrina (2,5 e 10 mg/kg) mostraram diminuição na pressão sistólica de camundongos
normotensos quando administradas por via intraperitonial, sendo este efeito hipotensor mais pronunciado no composto resultante da complexação deste flavonóide com β-ciclodextrina. Quando
administrados por via oral, somente o composto complexado (10 mg/Kg) mostrou atividade
hipotensora. A criação deste novo complexo não altera o efeito vasodilatador in vitro observado
pela diocleína originalmente.
CONCLUSÕES: Mesmo sendo a diocleína pouco ativa oralmente, o produto de sua complexação
com β-ciclodextrina inerte resulta em um composto com atividade por via oral, que foi indiretamente comprovada através de seu efeito redutor da pressão sistólica observado após sua ingestão.
003
TRATAMENTO
NOVO DOADOR DE ÓXIDO NÍTRICO REDUZ A PRESSÃO ARTERIAL DE RATOS HIPERTENSOS RENAIS
Gerson J. Rodrigues, Mirian C. C. de Mello, Renata G. de Lima, Roberto S. da
Silva, Lusiane M. Bendhack
004
TRATAMENTO
HIPERINSULINEMIA EM MULHERES COM DIAGNÓSTICO RECENTE DE HIPERTENSÃO ARTERIAL PRIMÁRIA: ESTUDO EM POPULAÇÃO APARENTEMENTE SADIA
Marta Regueira Teodósio, Naíde T. Valois Santos, Edgar G. Victor, José E. Cabral
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – USP, Laboratório de Farmacologia
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE
Os doadores de óxido nítrico (NO) mais conhecidos são os nitratos orgânicos e inorgânicos,
nitroglicerina e nitroprussiato de sódio (NPS), respectivamente. A nitroglicerina tem seu uso
limitado pelo fato de induzir tolerância, que caracteriza-se pela perda dos seus efeitos hemodinâmicos. Quanto ao NPS, a liberação do NO é acompanhada pela formação de cianeto, com alta
toxicidade ao organismo. Os compostos macrocíclicos vêm sendo estudados como potentes doadores de NO que se apresentam inertes, sem efeitos tóxicos às células do músculo liso vascular,
nas concentrações que produzem vasodilatação. O nosso grupo de pesquisa sintetizou o composto
macrocíclico [Ru(NH.NHq)(tpy)NO+]3+ (TPY), solúvel em água, estável em pH e temperatura
fisiológicos. O TPY promove relaxamento total em aortas isoladas de ratos pré-contraídas com
fenilefrina ou prostaglandina.
OBJETIVO: Investigar o efeito do TPY sobre a pressão arterial média (PAM) de ratos hipertensos
renais (2R-1C) e ratos normotensos (2R). Comparamos o efeito do TPY com NPS.
MÉTODOS: Ratos Wistar (180-200g) foram submetidos à cirurgia para implantação da hipertensão renal (2R-1C) e os ratos controle (2R) foram submetidos à cirurgia fictícia. Após 6 semanas, os animais foram canulados e a PAM foi aferida por método direto no rato acordado, canulandose a veia femoral para infusão da droga e a artéria femoral conectada a transdutor de pressão para
detecção da PAM. Os ratos que apresentavam PAM superior a 160 mmHg foram considerados
hipertensos (2R-1C). Na veia, injetamos em bolus NPS (70 µg/Kg de rato) e medimos o efeito.
Após estabilização da pressão, injetamos em bolus TPY (7mg/Kg) e registramos o efeito. Os
resultados foram expressos em valores de queda da PAM (∆mmHg), registrado antes e após
injeção do doador de NO. A quantificação do tempo do efeito foi expressa em segundos (s).
RESULTADOS: O TPY reduz a PAM dos ratos de forma dose dependente. O efeito hipotensor do
TPY foi significativamente maior nos ratos hipertensos (dose de 5mg/Kg: 21,8 ± 1,6 mmHg; n=5;
dose de 7mg/Kg: 33,2 ± 2,6 mmHg; n=8) que nos ratos normotensos (dose de 5mg/Kg: 3,5 ± 1,4
mmHg; n=3; dose de 7mg/Kg: 6,9 ± 1,4 mmHg; n=7). O efeito do TPY (7mg/Kg) foi mais prolongado (1071,5 ± 92,2s; n=8) do que o NPS (206,8 ± 20,5s; n=10) em ratos hipertensos. O NPS
induziu maior queda na PAM nos ratos 2R-1C (70,1 ± 6,8 mmHg; n=10) quando comparados aos
2R (48,0 ± 2,4 mmHg; n=8).
CONCLUSÃO: O novo doador de NO promove efeito hipotensor de forma dose dependente e
apresenta pouca alteração na pressão dos ratos normotensos. O relaxamento pelo TPY é mais
prolongado que o NPS.
AUXÍLIO FINANCEIRO: FAPESP, CAPES, CNPq.
FUNDAMENTO: estudos têm revelado que pacientes com hipertensão arterial primária, após
sobrecarga oral de glicose, apresentam níveis glicêmicos e insulinêmicos mais elevados que seus
controles normotensos, evidenciando um estado de resistência à insulina. Na hipertensão primária, a hiperinsulinemia representa mecanismos compensatórios à resistência à insulina, semelhante ao que ocorre em obesos e pacientes com diabetes tipo 2.
OBJETIVO: determinar a concentração de insulina em jejum e o índice insulina/glicose após teste
oral de tolerância à glicose, em mulheres com diagnóstico de hipertensão primária e normotensas,
durante estudo epidemiológico em população aparentemente sadia.
DELINEAMENTO: para detecção da hipertensão primária, empregou-se estudo clínico
observacional, do tipo transversal, prospectivo, em amostragem representativa de mães de 126.800
escolares de Jaboatão dos Guararapes, PE, Brasil. Para determinação da insulinemia, empregouse estudo não direcional, de casos e controles, em amostragem multifásica.
MÉTODOS: para cálculo do tamanho da amostra de escolares, considerou-se uma prevalência de
hipertensão esperada de 5% ± 2%, com nível de confiança de 99,99%.O estudo abrangeu 986 mães
(média de idade = 36 ± 5anos) de 1.601 escolares, com diagnóstico de hipertensão em 27,7% (273
mães). O índice de massa corporal (IMC) foi determinado em 893 mães. De um total de 319 com
sobrepeso e 169 com obesidade, foram selecionadas 23 com diagnóstico recente de hipertensão
primária, sendo 15 com idade 30 ± 1 anos (G H1 com IMC = 27,8 ± 1,1) e 8 com idade 55 ± 1anos (G
H2 com IMC = 27,9 ± 0,7). O grupo controle (G C com IMC= 27,9 ± 0,7) compreendeu 12 mães
normotensas (30 ± 1 anos). Após jejum noturno de 12 horas, as hipertensas (GH1 e GH2) e as do GC,
realizaram coleta de amostra sanguínea para dosagens de glicose (aparelho automatizado Cobas
Miraplus). Todas com níveis normais de glicemia de jejum (< 110 mg/dl) e com intolerância à glicose
(> 110 mg/dl e < 126 mg/dl), realizaram o teste oral de tolerância à glicose (TOTG), sendo determinado, concomitantemente, a curva glicêmica e de insulina (método imunofluorimétrico), em duas
horas (2h), com dosagem basal e a cada trinta minutos, após ingestão de 75 g de dextrosol. Considerouse nível normal de insulina quando o índice insulina/glicose (I/G) - 2h = 0,3. Estatística: teste t .
RESULTADOS: a glicemia de jejum foi 84 ± 1,8 (G H1); 92 ± 6,6 (G H2) e 80 ± 1,9 (G C), não
havendo diferença significante entre os grupos. O I/G foi 0,227 (GH1); 0,330 (GH2) e 0,100 (GC),
com diferença significante (p < 0,01) entre hipertensas e normotensas.
CONCLUSÕES: nossos resultados estão de acordo com os da literatura, demonstrando estado de
resistência à insulina em mulheres com excesso de peso corporal e hipertensão primária. Tais
achados alertam para a importância de programas de promoção da saúde eficazes para controle
do peso corporal e prevenção e controle da hipertensão.
APOIO: FINEP – Parcerias: LAPAC e CENDAP
12
02 - Resumos.pm6
12
2/8/2007, 15:39
Resumos
005
TRATAMENTO
006
TRATAMENTO
HIPERTENSÃO EM GRUPOS ESPECIAIS: ESTUDO EM POPULAÇÕES APARENTEMENTE SADIAS
INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA PROGRAMADA NA PRESSÃO ARTERIAL
DE IDOSOS HIPERTENSOS SOB TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO
Marta Regueira Teodósio, Alfredo de O. Neto, Naíde T. Valois Santos, Edgar G.
Victor, José E. Cabral
Weimar Kunz Sebba Barroso, Paulo César Brandão Veiga Jardim, Priscila Valverde
Vitorino, Amanda Bittencourt, Flávia Miquetichuc
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE
Liga de Hipertensão Arterial do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
Federal de Goiás
FUNDAMENTO: o diagnóstico precoce da hipertensão arterial sistêmica e o acompanhamento
do paciente, ao longo de sua vida, são medidas fundamentais para o controle da doença hipertensiva e prevenção de suas complicações. No Brasil, a epidemiologia da hipertensão tem sido pouco
estudada e os raros estudos populacionais procedem das Regiões Sul e Sudeste. A partir da década
de noventa, tem crescido o interesse em estudar a hipertensão em grupos especiais, entre os quais,
mulheres e crianças merecem destaque.
OBJETIVO: estudar a prevalência de hipertensão arterial em escolares e suas mães, com vistas a
oferecer dados epidemiológicos ao Governo Municipal e auxiliar as atividades de promoção da saúde.
DELINEAMENTO: empregou-se estudo clínico observacional, do tipo transversal, prospectivo,
em amostragem representativa de 126.800 escolares do município de Jaboatão dos Guararapes
e de 8.619 escolares do município de Camaragibe, PE, Brasil, e suas mães.
METODOLOGIA: para cálculo do tamanho da amostra considerou-se uma prevalência de hipertensão
esperada em crianças de 5% + 2%, com nível de confiança de 95% (EPI-INFO para estudos
populacionais). A seleção das escolas foi aleatória e abrangeu 1.337 escolares (de 6 a 14 anos de idade)
e 986 mães (média da idade = 35,7 anos) em Jaboatão e 290 escolares (de 6 a 12 anos de idade) e 196
mães (média da idade = 34,7anos) em Camaragibe. Empregou-se o manômetro de coluna de mercúrio
com manguito apropriado (diferentes dimensões de bolsa de borracha). A medida da pressão foi realizada nas escolas em dois momentos distintos: na posição sentada, no membro superior direito com duas
aferições feitas pelo mesmo examinador, no primeiro e segundo exames, em intervalos de 15 dias.
Adotou-se os critérios das IV Diretrizes Brasileiras para diagnóstico da hipertensão em adultos e crianças, considerando-se a menor de quatro aferições. Todos foram pesados e medida a estatura. Para o
estudo comparativo entre hipertensos e normotensos, empregou-se o c2 e/ou o teste exato de Fisher.
RESULTADOS: Entre as mães, a prevalência da hipertensão foi 27,7% (273 das 986) em Jaboatão e
18,8% (37 das 196) em Camaragibe. Entre os escolares, a prevalência da hipertensão foi 9% em Jaboatão
e 12% em Camaragibe. A prevalência da hipertensão segundo sexo e idade foi 2,8% em Jaboatão e 3%
em Camaragibe. Entre as mães, bem como entre os escolares, a prevalência de hipertensão foi
significantemente maior (χ² < 0,01) entre as de sobrepeso e obesas que entre as de peso normal.
CONCLUSÕES: nossos resultados estão de acordo com as raras referências da literatura quanto
à prevalência de hipertensão em crianças (2% a 7%) e mulheres não grávidas (26%), apresentando uma tendência maior para aquelas com excesso de peso corporal. Entre os escolares, a
maior prevalência da hipertensão, de acordo com o percentil da estatura, que a observada,
segundo sexo e idade, provavelmente está relacionada com a alta prevalência de desnutrição
pregressa (atraso do crescimento) encontrada na população estudada (10,9%).
APOIO: FINEP – Parcerias: LAPAC, CENDAP e PMC.
007
TRATAMENTO
OBJETIVOS: Avaliar a influência da atividade física programada e supervisionada na pressão
arterial de pacientes idosos hipertensos sob tratamento não farmacológico (TNF).
METODOLOGIA: Estudamos homens e mulheres, maiores de 60 anos, com hipertensão arterial
estágio I, sem uso de anti-hipertensivos. Os pacientes foram alocados aleatoriamente em dois
grupos: GRUPO CONTROLE (GC) – orientados para tratamento não-farmacológico (TNF); e
GRUPO ESTUDO (GE) – TNF convencional e programa de atividade física supervisionada. O
período de seguimento foi de seis meses com avaliações na inclusão no estudo (V1) e a cada 3
meses (V2 e V3). Toda a amostra foi submetida à avaliação clínica, bioquímica sanguínea, Eletrocardiograma (ECG), Teste Ergométrico, Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial
(MAPA) e Ecodopplercardiograma. Utilizamos o teste de Friedman para análise evolutiva das
médias intragrupo e teste t de Student para comparação de dados independentes entre os grupos.
RESULTADOS: Foram randomizados 24 pacientes no GE (5 homens) e 21 no GC (4 homens),
destes 22 completaram os 06 meses de seguimento no GE e 13 no GC. As pressões sistólicas (PAS)
encontradas na MAPA em V1, V2 e V3 no GC foram de 134,2 mmHg ± 14,5, 136,1 mmHg ± 9 e
143,7 mmHg ± 13,9 respectivamente; e no GE 135,6mmHg ± 11,4, 138,7 mmHg ± 12,2 e 133,9
mmHg ± 8,5. As pressões diastólicas (PAD) no GC foram 78,7 mmHg ± 5,82, 82,3 mmHg ± 6,2
e 83,3 mmHg ± 9,2 e no GE 80,1 mmHg ± 6,8, 81 mmHg ± 6,6 e 80,8 mmHg ± 7,3. Os valores da
pressão casual apresentaram evoluções semelhantes à MAPA.
CONCLUSÃO: A atividade física supervisionada foi mais eficiente em manter o controle da
pressão arterial (PA) quando comparada ao grupo controle.
008
BÁSICA
HIPERTENSÃO REFRATÁRIA – PREVALÊNCIA E AVALIAÇÃO DO IMPACTO
DA INTERNAÇÃO HOSPITALAR SOBRE A ADERÊNCIA AO TRATAMENTO
PROJEÇÕES NEUROANATONICAS DOS NÚCLEOS CAUDAIS DA RAFE PARA
A ÁREA PRESSORA CAUDAL BULBAR COM HORSERADISH PEROXIDASE
Carvalho EMF, Arroyo D, Geleilete TJM, Nobre F, Coelho EB
Vianna MV, Silva NF, Futuro Neto H
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, Ribeirão Preto, SP
UFES, Vitória, ES
FUNDAMENTO: Hipertensão arterial refratária é definida como a presença de valores de
pressão arterial maiores que 140 x 90 mmHg na vigência de uso regular de ao menos 3 agentes
hipotensores sendo um deles um diurético. A aderência ao tratamento crônico da hipertensão
arterial é pequena, sendo difícil caracterizar o diagnóstico de HAR no ambiente ambulatorial.
Assim, o presente trabalho tem por objetivo.
OBJETIVO: Estabelecer a prevalência de pacientes não aderentes dentro da amostra de pacientes internados por “hipertensão refratária” ou de difícil controle na enfermaria de nefrologia do
HCFMRP-USP.
PACIENTE OU MATERIAL: Pacientes internados por “hipertensão refratária” ou de difícil
controle na enfermaria de nefrologia do HCFMRP-USP.
MÉTODOS: Foram analisados prontuários de dez pacientes com diagnóstico ambulatorial de
HAR em seguimento na Unidade Clínica de Hipertensão do HCFMRP-USP e que foram internados
na enfermaria de nefrologia para controle da pressão arterial. Os valores de PA sistólica e diastólica da consulta prévia a internação (PAS e PAD Pré, respectivamente), assim como os valores
no primeiro, segundo e último dia de internação (PA alta) foram comparados. Após a alta, comparou-se os valores de PAS e PAD após o 1, 3 e 6 mês de seguimento ambulatorial com os valores
de pressão arterial prévios a internação. Os dados foram expressos como média ± EPM e comparados através de ANOVA não paramétrica para medidas repetidas (teste de Friedman) seguida
de pós-teste de Dunn, com nível de significância de P < 0,05 e poder de 0.8.
RESULTADOS: A idade dos pacientes foi de 56 ± 2 anos, sendo 70% da amostra composta por
mulheres. A PA pré-internação foi de 202 ± 7 x 113 ± 5 (PAS e PAD, respectivamente) e o número
de medicamentos hipotensores foi de 5,3 ± 0,2. Durante a internação houve redução significativa
da PA, com medidas na alta de 133 ± 5 x 86 ± 2 (P < 0,0001 e P = 0,007, PAS e PAD, respectivamente). Apenas 1 paciente não obteve controle da pressão arterial para valores menores que 140
x 90 mmHg (prevalência real de HAR = 10%). Durante o seguimento, houve uma tendência de
retorno dos valores de pressão arterial para os valores pré-internação (171 ± 9 x 98 ± 6; 190 ±
11 x 105 ± 6 e 180 ± 13 x 100 ± 5, PA 1, 3 e 6 meses após internação; P = 0,24 e P = 0,13, PAS e
PAD vs PA pré, respectivamente).
CONCLUSÕES: A maioria dos pacientes com HAR diagnosticados no ambulatório são na realidade não aderentes. O controle da PA obtido durante a internação não é mantido no seguimento
ambulatorial após a alta.
FUNDAMENTO: Alguns estudos demonstram a participação dos núcleos caudais da rafe em
alterações cardiovasculares seguidas à sua estimulação, e parte desde controle depende da integridade da APC.
OBJETIVO: Identificar a existência de projeções eferentes monossinápticas dos núcleos caudais
da rafe; Magno (RMg), Pálido (RPa) e Obscuro (NRO), para a APC.
MATERIAL: Ratos wistar machos (270 – 300 g.), anestesiados com cloral (0,4 g/kg), posicionados
no aparelho estereotáxico com barra incisiva a -11 mm.
MÉTODOS: Cânula de microinjeção posicionada na APC (1,0 mm caudal e 1,7 mm lateral ao
obex; 2,0 mm da superfície encefálica) e o tracejador axonal retrogrado horseradish peroxidase
(HRP; 20%; 50 nl), injetado unilateralmente. Em seguida, a incisão foi suturada e os animais
mantidos vivos durante dois a três dias, tempo necessário para permitir o deslocamento retrogrado
intraneuronal do tracejador. Só então, os ratos foram profundamente anestesiados e perfundidos
transcardiacamente com 500 ml de solução salina; 500 ml de paraformaldeido a 1% e 1,25% de
glutaraldeido em buffer fosfato 0,1M (pH 7,6). O tronco cerebral foi retirado e seccionado com
uma espessura de 40 µm e tratado com Diaminobenzidina a 0,05%. Esta reação promoveu uma
coloração escura nos neurônios marcados. As secções foram coradas com vermelho neutro e os
neurônios marcados visualizados com o auxílio do microscópio óptico, sendo suas coordenadas
analisadas com o auxilio de um atlas histológico.
RESULTADOS: Foram encontrados neurônios marcados em todos os três núcleos da rafe caudal.
Num total de 6 ratos, 3 apresentaram marcações no RMg, 4 no RPa e 5 no NRO. No RMg, os
neurônios marcados estavam situados de -11,30 mm a -11,60 mm caudal ao Bregma (10 neurônios),
estando a maioria (7 neurônios) em -11,60 mm, com profundidade entre 10,4 mm e 10,7 mm da
superfície externa do crânio. NO RPa os neurônios foram encontrados entre -11,30 mm e -12,80
mm caudal (14 neurônios), com profundidade de 10,6 mm a 11,1 mm, estando o maior número a
-11,60 do Bregma (5 neurônios). No NRO os neurônios foram marcados entre -11,60 mm a -12,72
mm caudal ao Bregma (11 neurônios), 8 destes entre -11,60 mm e -11,80 mm, e profundidade
variando entre 10,0 mm a 10,8 mm dorso-ventral. O RMg foi a região de menor dispersão dos
neurônios marcados rostro-caudalmente, visto que num total de 10 neurônios marcados, 7 estavam
a -11,60 mm caudais ao Bregma.
CONCLUSÕES: O estudo demonstra a presença de projeções eferentes monossinapticas dos
núcleos RMg, NRO e RPa para a APC. Com base nestas evidências é possível sugerir que estas
projeções estejam relacionadas, pelo menos em parte, com o controle das atividades cardiovasculares em ratos.
13
02 - Resumos.pm6
13
2/8/2007, 15:39
Resumos
009
010
TRATAMENTO
EFICÁCIA DE AMILORIDA VERSUS ENALAPRIL COMO SEGUNDO FÁRMACO EM PACIENTES COM PRESSÃO ARTERIAL NÃO CONTROLADA COM HIDROCLOROTIAZIDA: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO COM MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DE PA
TRATAMENTO
APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO É FATOR DE RISCO MAIOR PARA HIPERTENSÃO RESISTENTE: RESULTADO DE UM ESTUDO DE CASOS E CONTROLES
Patrícia Guerrero, Flavio D Fuchs, Leila B Moreira, Vitor M Martins, Carolina
Bertoluci, Sandra C Fuchs, Miguel Gus
Sandro C. Gonçalves, Denis Martinez, Miguel Gus, Erlon de Abreu Silva,
Carolina Bertoluci, Isabela Dutra, Thaís V. Branchi, Ana Claudia Oliveira, Leila
B. Moreira, Sandra C. Fuchs, Flavio D Fuchs
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, UFRGS, Porto Alegre, RS
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, UFRGS, Porto Alegre, RS
FUNDAMENTO: Muitos pacientes hipertensos necessitam um segundo fármaco para atingir
adequado controle de pressão arterial (PA), mas há poucos estudos comparativos entre segundas
opções.
OBJETIVO: Comparar a eficácia anti-hipertensiva e efeitos metabólicos de amilorida com enalapril
como segundo agente em pacientes com PA não controlada com hidroclorotiazida.
DELINEAMENTO: Ensaio clínico randomizado duplo-cego em paralelo.
PACIENTE OU MATERIAL: 82 pacientes com PA não controlada sob tratamento com hidroclorotiazida 25 mg por dia.
MÉTODOS: Os pacientes foram randomizados para amiloride 2,5-5 mg/dia (n = 39) ou enalapril
10-20 mg/dia (n = 43). MAPA foi realizado antes e após 12 semanas de tratamento. Pressão de
consultório foi aferida na 4a., 8a. e 12a. semanas. As doses de amilorida e enalapril foram
dobradas na 4a. semana e propranolol foi adicionado na 8a. semana se a PA de consultório
estivesse acima de 140/90 mmHg
RESULTADOS: Houve maior redução da PA com enalapril. Os deltas de MAPA entre os grupos
foram de 3,6 ± 2,2, 3,9 ± 2,2 e 1,1 ± 2,7 mmHg para as pressões de 24-h, vigília e sono de PA
sistólica favorecendo enalapril. Para a PA diastólica os deltas foram de 1,7 ± 2,0, 3,2 ± 1,5 e 1,2
± 1,9 mmHg, respectivamente, (P = 0,039 para a diferença na vigília). A PA sistólica de consultório reduziu-se mais rápida e intensamente no pacientes alocados a enalapril (P = 0,003). Mais
pacientes alocados a amilorida requereram a adição de propranolol na 8a. semana (P = 0,035).
Potássio sérico aumentou 0,3 mEq/L em media em ambos os grupos. Tosse, predominantemente
leve, foi mais comum entre os pacientes tratados com enalapril
CONCLUSÕES: Enalapril é mais eficaz do que amilorida em reduzir a PA de pacientes sob
hidroclorotiazida e pressão arterial não controlada.
FUNDAMENTO: Síndrome da Apnéia-Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS) tem sido identificada como causa de hipertensão arterial (HAS) resistente, mas não há estudo controlado que
confirme esta associação.
OBJETIVO: Investigar a independência e intensidade de associação entre SAHOS e HAS resistente.
DELINEAMENTO: Estudo de casos e controles.
PACIENTE OU MATERIAL: 63 pacientes com hipertensão resistente (PA = 140/90 mmHg sob
tratamento com três agentes anti-hipertensivos, incluindo um diurético), e 63 pacientes com PA
controlada sob tratamento. Controles foram emparelhados por freqüência aos casos com base em
idade, gênero e IMC
MÉTODOS: Casos e controles foram submetidos a polissonografia portátil e MAPA. SAHOS foi
definida por índice de apnéia-hipopnéia (IAH) = 10 episódios por hora de sono.
RESULTADOS: Casos e controles foram adequadamente emparelhados para fatores de confusão. SAHOS estava presente em 45 (71%) dos casos e 24 (38%) dos controles (P < 0,001). Em um
modelo de regressão logística SAHOS mostrou-se forte e independentemente associada com
hipertensão resistente (OR 4,8; IC 95% 2,0 – 11,7). A proporção de pacientes com SAHOS e o IAH
em pacientes com HAS mascarada e do avental branco foram intermediárias entre os pacientes
com PA normal no consultório e na MAPA e pacientes com PA elevada no consultório e na MAPA
(P < 0,001).
CONCLUSÕES A magnitude e independência do risco de SAHOS para hipertensão resistente
demonstram que se constitui em fator de risco maior para esta condição e reforçam a indicação
de pesquisar SAHOS em pacientes com HAS resistente.
011
012
TRATAMENTO
TRATAMENTO
EFEITO DO TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO SOBRE DIFERENTES ÍNDICES DE VARIABILIDADE DA PRESSÃO SISTÓLICA AVALIADOS POR MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DE PRESSÃO ARTERIAL
ADESÃO E MELHORA DE ASPECTOS CLÍNICOS EM HIPERTENSOS ACOMPANHADOS POR EQUIPE MULTIDISCIPLINAR, POR PERÍODO DE 12 MESES,
EM SETE LAGOAS, MG
Miguel Gus, Patrícia Guerrero, Fernanda F. Vianna, Carolina M. Moreira, Vitor
M. Martins, Luciano B. Diettrich, Leila B. Moreira, Fuchs SC, Flavio D. Fuchs
Ricardo Silva Ramos1, Maria Goret Silva2, Cláudio R. França3, Jacqueline R.
Oliveira4, Kate Lane M. Caputo5
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, UFRGS
1
Médico Especialista em Hipertensão Arterial (SBH), 2Nutricionista Especialista em Hipertensão
Arterial (SBH), 3Preparador Físico, 4Assistente Social, 5Psicóloga, UNIMED – Sete Lagoas, MG
FUNDAMENTO: A variabilidade da pressão sistólica (PAS) analisada a partir da monitorização
ambulatorial de pressão arterial (MAPA) e avaliada por diferentes indicadores como o desvio
padrão da média (SD) ou, mais recentemente, por sua variação no tempo – índice “time-rate”
(Zakapoulos NA, et al, Hypertension 2005; 45: 505–512), está associada a dano em órgão alvo.
Não tem sido descrito o efeito de agentes anti-hipertensivos sobre estas variáveis.
OBJETIVO: Investigar se a variabilidade de PAS na MAPA aferida pelo SD ou índice “time-rate”
são influenciados pela redução da PA com terapia anti-hipertensiva.
DELINEAMENTO: ensaio clínico duplo-cego em paralelo.
PACIENTE OU MATERIAL: Os participantes desse estudo foram selecionados a partir de
estudo randomizado, duplo-cego, comparando amilorida e enalapril em pacientes com PA não
controlada em uso de hidroclorotiazida.
MÉTODOS: A MAPA foi realizada no início e no término do estudo que teve duração de 3 meses.
A variabilidade foi avaliada pelo SD e índice “time-rate” o qual mede a velocidade e a direção
de variação de valores de PAS na MAPA. Consiste na primeira derivada da PAS contra o tempo.
Comparou-se a variabilidade e PAS basais e finais através de MANOVA (efeito tempo e interação
tempo x droga).
RESULTADOS: Foram analisados 36 pacientes em cada grupo de tratamento. Não ocorreram
diferenças basais em relação à PAS, idade, variáveis antropométricas e na variabilidade avaliadas por SD ou “time-rate”. As variações da PAS e dos índices de variabilidade estão mostradas
na tabela.
PAS (mmHg)
SD (mmHg)
Time-rate
(mmHg/min)
Inicial
Enalapril
Amilorida
133,4 ± 9,7 132,8 ± 9,1
12,9 ± 3,4 12,0 ± 2,7
0,52 ± 0,08 0,52 ± 0,08
Final
Enalapril
Amilorida
120,0 ± 9,0 123,1 ± 9,4
11,7 ± 2,9 10,9 ± 2,8
0,52 ± 0,14 0,49 ± 0,07
P tempo
P interação
<0,001
0,003
0,33
0,10
0,90
0,29
CONCLUSÕES: A queda na PAS verificada nos dois grupos foi acompanhada de queda na
variabilidade avaliada por SD, mas não por “time-rate”. Os efeitos de diferentes agentes
antihipertensivos sobre a variabilidade no tempo devem ser analisados independentemente dos
efeitos sobre a pressão arterial.
FUNDAMENTOS: A necessidade de trabalho multiprofissional nos cuidados com a saúde é
reconhecida por todos e vem sendo incorporada de forma progressiva na prática diária. A hipertensão arterial é um excelente modelo para o trabalho de uma equipe muldisciplinar. Por ser uma
doença multifatorial, que envolve orientações voltadas para objetivos diversos, terá seu tratamento mais efetivo com o apoio de vários profissionais da saúde, ampliando o sucesso do controle da
hipertensão e dos demais fatores de risco cardiovascular.
OBJETIVOS: O presente trabalho tem por objetivo verificar a taxa de adesão, demonstrando os
benefícios clínicos resultantes da adesão ao tratamento de clientes hipertensos participantes de
um grupo de acompanhamento multidisciplinar, tentando manter a pressão arterial dos pacientes
do grupo em níveis normais.
MÉTODOS: Identificação de clientes: encaminhamentos médicos, campanhas de medidas da PA
e entrevista médica qualificada na aquisição do plano. Extratificação do risco individual de
acordo com as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Acompanhamento de dez/2005 a dez/
2006 dos pacientes c/ a PA > 140 X 90 mmHg, com atendimentos semanais c/ o preparador físico,
nutricionista e psicóloga. Atividades mensais c/ o médico e contatos telefônicos com a assistente
social. Foram avaliados dados antropométricos, consumo de sódio e omega 3, medidas da pressão
arterial, sedentarismo, presenças nas atividades propostas e uso do plano de saúde p/ fins de
tratamentos p/ hipertensão.Para análise dos dados foi considerado aderentes a presença em mais
de 80% de todas as atividades propostas.
RESULTADOS: A adesão do grupo foi de 57,3%. Houve uma redução no consumo de sódio para
níveis preconizados em 51% dos clientes, redução do peso em mais de 5% do seu valor inicial em
55%, adequação de IMC em 53% dos participantes, diminuição de sedentarismo em 42% e um
aumento na ingestão de omêga 3 em 27%. A melhora destes dados parece ter colaborado de forma
significativa à redução da PA, que foi controlada em 59% dos participantes deste estudo.
CONCLUSÕES: A adesão foi superior ao da literatura pesquisada refletindo na melhora dos
parâmetros clínicos analisados. Cerca de 60% do grupo “aderente” teve a PA controlada, valor
este superior às pesquisas divulgadas, porém os estudos existentes não são similares a este, tendo
populações, características e profissionais diferentes do aqui apresentado. O que sugere mais
estudos a este respeito.
14
02 - Resumos.pm6
14
2/8/2007, 15:39
Resumos
013
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL E SUA ASSOCIAÇÃO COM A OBESIDADE
Ana Luisa Opromolla Pacheco, Isabel Cristina Simon Dal Póz, Frida Liane
Plavnik, Osvaldo Kohlmann Junior
Unifesp – EPM, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: Dados da literatura recente mostram que indivíduos com sobrepeso e obesos estão sob
maior risco de disfunção renal devido à lesão glomerular, e que elevado índice de massa corpórea (IMC) é
descrito como fator de risco potencialmente modificável para Doença Renal Crônica Terminal (DRCT).
OBJETIVO: Avaliar o estadiamento da função renal e sua associação com a obesidade nos 5 estratos de IMC.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram avaliados 486 indivíduos adultos hipertensos acompanhados no
Ambulatório de Hipertensão do Hospital do Rim.
MÉTODOS: O banco de dados contém os dados demográficos, antropométricos e clínicos da primeira
consulta, além de um painel laboratorial contendo o perfil metabólico, o nível sérico de creatinina e a TFG
calculada de acordo com a fórmula de Cockroft-Gault. Os paceintes foram classificados de acordo com o IMC:
Normal (N) < 25Kg/m², sobrepeso (SP) 25-29,9 Kg/m², Obesidade Classe I (OB1) 30-34,9 Kg/m²,Obesidade
Classe II(OB2) 35-39,9 Kg/m² e Obesidade Classe III (OB3) >40 Kg/m². Baseados nessa classificação,
comparamos a TFG inicial com as últimas observações disponíveis, que ocorreram em média, 90 meses (entre
10-286 meses) após da primeira consulta.
RESULTADOS: Trezentos indivíduos permaneceram na mesma classe durante o período avaliado e a distribuição
dentro das 5 classes de IMC foi a seguinte: N = 65, SP = 113, OB1 = 73, OB2 = 23, OB3 = 26. Os 186 indivíduos
remanescentes mudaram de uma classe para a outra durante o período observado e não foram levados em consideração nas análises feitas. As informações a seguir correlacionaram as TFG com as classes de IMC.
Inicial
Final
Valor P
IMC Normal
Sobrepeso
(n = 65)
67.5 ± 30.8
50.7 ± 22.9
< 0.0001
(n = 113)
82.4 ± 25.6
66.3 ± 21,2
0.0001
Classe 1
(n = 73)
92.6 ± 33.4
80.8 ± 26.1
<0,0001
Obesidade
Classe 2
(n = 23)
114.7 ± 33.5
105.6 ± 33.4
<0.05
Classe 3
(n = 26)
137.2 ± 45.0
128.3 ± 40.3
0.06
Quando os pacientes diabéticos foram excluídos do banco de dados as diferenças entre a Avaliação inicial
(Ai) e Avaliação final (Af) permaneceram as mesmas, como segue:
IMC Normal
Inicial
Final
Valor P
(n = 54)
67.3 ± 29.8
53.5 ± 19.2
0.0001
Sobrepeso
(n = 90)
84.6 ± 24.6
68.3 ± 21.0
0.0001
Classe 1
(n = 48)
91.3 ± 30.4
81.8 ± 27.0
<0,002
Obesidade
Classe 2
(n = 18)
120.7 ± 33.4
113.0 ± 34.3
NS
Classe 3
(n = 16)
129.5 ± 44.9
124.8 ± 47.0
NS
Feita regressão linear, não se evidenciou associação entre TFG e a diferença de idade. Não houve diferenças
nos valores de pressão arterial (PA) entre os grupos na avaliação inicial. No grupo IMC N a redução nos níveis
de PA foram menores que nos outros grupos.
CONCLUSÕES: No grupo IMC N a falta de um controle ótimo da PA pode ter influenciado a queda da TFG.
Nosso estudo populacional consiste de indivíduos em sobrepeso e obesidade classe 1, que apresentaram
maior queda na TFG. A falta de significância estatística nos obesos classe 3 (>40 Kg/m²) pode ser tanto
devido a um pequeno número de pacientes, quanto pela fórmula de Cockroft-Gault não ser apropriada para
estimar a TFG nesse subgrupo de pacientes, nos quais o MDRD pode fornecer um melhor resultado quando
consideramos as varáveis incluídas nos cálculos. Assim, nossos dados sugerem que o excesso de peso, per
se, pode ser considerado como um fator de risco modificável para disfunção renal nessa população.
015
BÁSICA
014
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PREVALÊNCIA DA SÍNDROME METABÓLICA EM HOSPITAL PRIVADO DE SÃO
LUÍS, MARANHÃO
José Bonifácio Barbosa, Francisco de A. A. de Aguiar Filho, Márcio M. Barbosa,
Marcelo M. Barbosa, Maria do Rosário L. L. Belo, Vinicius J. da S. Nina,
Francisco das C. M. Júnior, José Xavier de M. Filho, José Albuquerque de F. Neto,
Mary Jane M. Rocha, Ana M. de Assunção, Carlos A. V. Gama
UDI Hospital, São Luis, MA/Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA
FUNDAMENTO: a obesidade abdominal e a síndrome metabólica (SM) estão fortemente
relacionadadas às doenças cardiovasculares. Em nosso meio ainda não dispomos de dados confiáveis
quanto a prevalência destas patologias.
OBJETIVO: avaliar a prevalência de SM em um hospital da rede privada em nosso estado.
DELINEAMENTO: os pacientes foram avaliados entre fevereiro e maio de 2007.
PACIENTE OU MATERIAL: pacientes que procuravam os serviços ambulatoriais de nosso
hospital e que dispunham de dados laboratoriais que permitissem sua classifcação quanto a presença ou não de SM.
MÉTODOS: preenchimento de ficha protocolo com consentimento informado. Análise dos dados
com software de estatística (STATA). Foi considerado estatisticamente significativo o resultado
com valor de p < 0,05.
RESULTADOS: dos 719 pacientes avaliados entre fevereiro e maio de 2007 (45,76% do sexo
masculino), 81,78% (p < 0,0001) tinham circunferência abdominal acima dos limites normais:
74,1% nos homens e 88,2% nas mulheres. 37,13% (p = 0,001) tinham níveis alterados de HDL
(30,7% dos homens e 42,56% das mulheres). Hipertensão arterial estava presente em 77,05% dos
pacientes (77,81% dos homens e 76,41% das mulheres, p = 0,656). Triglicerídeos acima de 150
mg/dl estava presente em 61,06% dos pacientes (68,69% dos homens e 54,62% das mulheres, p
< 0,0001). Glicemia alterada foi encontrada em 36,16% dos pacientes (38,91% dos homens e
33,85% das mulheres, p = 0,159). O diagnóstico de SM foi determinado em 59,94% dos pacientes
(54,41% dos homens e 64,62% das mulheres, p = 0,005). Entre os pacientes com SM, 58,47% eram
mulheres (p = 0,005).
CONCLUSÕES: a SM e a obesidade foram encontradas na maioria dos pacientes ambulatoriais
em nosso serviço, mais ainda nas mulheres que nos homens, o que justifica uma maior atenção para
o diagnóstico e tratamento da síndrome. Associado a obesidade abdominal encontrou-se mais
comumente a hipertensão e a hipertrigliceridemia.
016
BÁSICA
INCIDÊNCIA DE OBESIDADE E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM FUNCIONÁRIOS
DE UM HOSPITAL PARTICULAR DA CIDADE DE JOÃO PESSOA, PB
EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO ORAL DE RAPAMICINA SOBRE A REATIVIDADE VASCULAR DE CAMUNDONGOS ATEROSCLERÓTICOS
Julianna Paula C. Serrão, Lúcia Helena C. Serrão, Francisco Ítalo Kumamoto
Gadioli ALN, Arruda RPM, Pereira RB, Meyrelles SS, Arruda JA, Vasquez EC
Instituto Felipe Kumamoto, HMSF, João Pessoa, PB
Laboratório de Transgenes e Controle Cardiovascular, Programa de Pós-Graduação em Ciências
Fisiológicas, Centro de Ciências da Saúde, UFES
FUNDAMENTO: As doenças cardiovasculares são atualmente responsáveis por 32% do total de óbitos no
Brasil, e por mais de um milhão de internações por ano no Sistema Único de Saúde - SUS, tendo a hipertensão
arterial como um de seus principais fatores de risco. Levando-se em conta que o aumento da massa corporal
está fortemente associado à elevação da pressão arterial (PA), apresentando altas prevalências, tanto nos
países ricos, como naqueles menos desenvolvidos, podemos considerar o excesso de peso como o principal
determinante que pode ser prevenido, da ocorrência de hipertensão arterial.
OBJETIVO: Verificar a incidência de obesidade e hipertensão utilizando-se o índice de massa corporal (IMC)
e as medidas da pressão arterial dos funcionários
DELINEAMENTO: Trata-se de um estudo do tipo descritivo e observacional do tipo quantitativo quanto
ao método de coleta de dados.
PACIENTE OU MATERIAL: Realizado com 82 funcionários sendo 20 do gênero masculino e 62 do
feminino, com faixa etária maior de dezoito anos e menor de sessenta e cinco anos.
MÉTODOS: O peso e a altura foram aferidos utilizando-se uma balança plataforma com capacidade máxima de 150
kg. A altura foi verificada com fita métrica de 150 cm fixada na parede. A pressão arterial foi verificada com
esfigmomanômetro de mercúrio padrão. Foram utilizados os indicadores peso e altura para o cálculo do IMC
(Índice de Massa Corporal), a partir da fórmula PESO/ALTURA2; além da idade e sexo de cada funcionário. Para
classificação do IMC, foi utilizado o padrão de referência adotado pela Organização Mundial de Saúde - OMS
(1997) para adultos. Os níveis de pressão arterial foram classificados de acordo com o VII Joint National Commitee.
RESULTADOS: O estado nutricional da população estudada (n = 82), mostrou a predominância de eutrofia
(45,1%), seguido de excesso de peso (37,8%) (figura 1).
Figura 1 Classificação nutricional
da população estudada
A medida da PA para ambos os sexos pode ser visto na figura 2, onde evidencia-se para o masculino (n =
20) uma média de 120 x 70 mmHg e 110 x 70 mmHg para o feminino (n = 62). O que pode classificar a
população estudada em Pré-hipertenso (masculino) e normal (feminino), segundo o VII Joint National
Committee.
Fundamentos: A aterosclerose é uma doença inflamatória vascular que muitas vezes culmina
com a necessidade de terapias intervencionistas. Uma delas é a colocação de stents. Para se evitar
a reestenose arterial, stents são recobertos com rapamicina, que tem a função de inibir a migração
e proliferação de células musculares lisas. Apesar de benéfica, o alto custo impede sua utilização
com maior freqüência, principalmente quando é necessário o tratamento de múltiplas lesões
durante uma intervenção. A rapamicina oral associada a colocação do stent poderia ser uma
alternativa mais acessível para prevenir a reestenose. Entretanto, pouco se sabe sobre os demais
efeitos da administração oral de rapamicina sobre a função vascular.
Objetivo: Verificar qual o efeito do tratamento sistêmico crônico de rapamicina sobre a função
vascular de camundongos knockout para a apolipoproteina E (ApoE).
Métodos e Resultados: Camundongos ApoE foram tratados com rapamicina da 8ª até a 20ª
semana de idade. A rapamicina foi adicionada à ração, na concentração de 30 mg/Kg. A dose
diária ingerida foi em média a de 5 mg/kg de peso do animal. Os animais controles receberam
ração padrão. Na 20ª semana os animais foram anestesiados (tiopental sódico, 40 mg/Kg) para
estudo in vitro da reatividade vascular do leito arterial mesentérico (LAM). Foram realizadas
curvas dose-resposta a norepinefrina (NE10-9 a 10-3M), a acetilcolina (ACh (10-9 a 10-3M) e ao
nitroprussiato de sódio (NPS 10-9 a 10-3M). Cada injeção in bolus de droga correspondeu a um
volume de 100 uL. Nas curvas de relaxamento utilizou-se a NE (10-6M) para pré-contração. Após
a remoção do LAM prosseguiu-se com a eutanásia dos animais por overdose anestésica. O peso
corporal inicial e final dos animais não foi diferente entre os grupos (P>0.05). Não houve diferença no relaxamento máximo induzido pela ACh e pelo NPS, nem na pD2 (log ED50). Entretanto,
quanto à contração induzida pela NE, houve redução da resposta máxima no grupo tratado (117
± 4,63 mmHg; N = 5) em relação ao controle (165 ± 2,88 mmHg; N = 3; P < 0,05), sem alteração
na pD2 (1,66 ± 0,1; N = 5, versus 1,94 ± 0,14; N = 3, respectivamente, P > 0,05).
Conclusão: Os resultados demonstram que a rapamicina, além de seus efeitos já conhecidos de
prevenção da reestenose, também atua beneficamente na função vascular mediante redução da
amplitude de contração ao agonista alfa-adrenérgico NE.
Apoio financeiro: SESA-ES, CNPq, CAPES.
Figura 2 Média da PAS e PAD nos
gêneros masculino e feminino
CONCLUSÕES: Os indivíduos com excesso de peso apresentaram PAS elevada. Sugere-se deste modo que
o IMC é um parâmetro importante a ser investigado nos casos de hipertensão arterial.
15
02 - Resumos.pm6
15
2/8/2007, 15:39
Resumos
017
BÁSICA
RESPOSTA CLÍNICA E AMBULATORIAL DA PRESSÃO ARTERIAL APÓS O
EXERCÍCIO RESISTIDO DE INTENSIDADE LEVE/MODERADA
Andréia C.C. Queiroz, João F.L. Gagliardi, Cláudia L.M. Forjaz, Cláudio C. Rezk
018
BÁSICA
EFEITOS DA HIPERTENSÃO E DO TREINAMENTO FÍSICO SOBRE AJUSTES
MORFOLÓGICOS E FUNCIONAIS DO LEITO VENOSO MUSCULAR
ESQUELÉTICO
Lab. de Hemodinâmica da Atividade Motora, EEFE-USP, São Paulo, SP, Centro Universitário
FIEO, Osasco, SP
Tania Regina França, Lisete Compagno Michelini
FUNDAMENTO: Os exercícios resistidos têm sido recomendados como parte do programa de
condicionamento físico para prevenção e reabilitação cardiovascular, devido aos seus inegáveis
benefícios osteomusculares. Porém, seus efeitos sobre o sistema cardiovascular não estão bem
estabelecidos, e poucos estudos investigaram as respostas agudas da pressão arterial (PA) após
este tipo de exercício.
OBJETIVO: Estudar a resposta clínica e ambulatorial da PA após uma sessão de exercícios
resistidos em normotensos.
DELINEAMENTO: Ensaio clínico com duas sessões experimentais randomizadas.
PACIENTE OU MATERIAL: 15 jovens (25 ± 1 anos), normotensos (PAS: 111 ± 3/PAD: 72 ± 2
mmHg), não obesos (23,5 ± 0,9 kg) e sedentários.
MÉTODOS: Duas sessões experimentais realizadas com no mínimo 5 dias de intervalo: a) Controle (C)–40 min de repouso sentado e b) Exercício (E)–6 exercícios resistidos, 3 séries até a
fadiga moderada, com 50% de 1 RM. Em ambas as sessões, foram realizadas medidas da PA antes
e após as intervenções por 60 min no laboratório (clínica) e por 24 horas durante as atividades
cotidianas (ambulatorial-Spacelabs-90207). Os dados foram analisados pela ANOVA de 2 fatores, Teste t-Student e correlação de Pearson, e apresentados como média ± EP.
RESULTADOS: Considerando a resposta clínica auscultatória, a PA sistólica (PAS) não se alterou
na sessão C, mas reduziu pós-intervenção na sessão E (-3,7 ± 1,6 mmHg, P < 0,05). A PA diastólica
(PAD) aumentou pós-intervenção na sessão C (+3,4 ± 1,0 mmHg, P < 0,05) e diminuiu na E (-3,6
± 1,7 mmHg, P < 0,05). Assim, a PA média (PAM) aumentou na sessão C (+3,0 ± 0,8 mmHg, P <
0,05) e reduziu na E (-3,4 ± 1,4mmHg, P < 0,05). Utilizando a medida oscilométrica, houve
diferença na PAS entre as sessões aos 60 min pós-intervenção. A PAD aumentou pós-intervenção
na sessão C (+5,0 ± 1,7 mmHg, P < 0,05) e não se alterou na E. Assim, a PAM foi diferente entre
as sessões em todos os momentos pós-intervenção. Houve correlação significante e negativa entre
os valores de PA pré-exercício e suas quedas clínicas pós-exercício. Com relação à PA ambulatorial, o comportamento ao longo das 24 horas não diferiu entre as sessões, mas também houve
correlação significante e negativa entre os valores de PA medidos pré-exercício e as quedas
médias ambulatoriais pós-exercício.
CONCLUSÕES: De modo geral, agudamente, o exercício resistido promoveu hipotensão pósexercício nas medidas clínicas (auscultatória e oscilométrica), porém não alterou o comportamento da PA ambulatorial. Entretanto, ao considerar as respostas individuais, as reduções da PA
clínica e também ambulatorial foram maiores nos indivíduos que apresentaram maiores valores
de PA pré-exercício.
FUNDAMENTO: Demonstramos anteriormente que a queda da pressão arterial (PA) induzida
pelo treinamento físico (T) em ratos hipertensos espontâneos (SHR) encontrava-se associada com
a redução da resistência vascular do trem posterior e com a redução da razão parede/luz de
arteríolas musculares esqueléticas (J Hypertens 2000;18:1563–1572). Observamos também, especificamente nos SHRT, marcante aumento da densidade venular na musculatura esquelética (J
Hypertens 2001;19:931–940; Hypertension 2003,42:851–857). Não se sabe se este ajuste estrutural teria ou não correlação funcional.
OBJETIVO: No presente trabalho investigamos possíveis alterações da circulação venosa induzidas
pelo T em SHR e seus controles normotensos (WKY) no repouso e durante exercício dinâmico.
MÉTODOS: SHR (n = 30) e WKY (n = 36) foram submetidos a T em esteira (50 - 60% da
capacidade máxima) ou mantidos sedentários (S) por 13 semanas. Submetidos à implantação
crônica de fluxometro (Transonic) na veia ilíaca e catéter arterial, dois a tres dias após registrouse PAM e fluxo na ilíaca (FVEN) na situação basal (20 - 40 min), durante exercício escalonado em
esteira (0.4; 0.8; 1.1; 1.4 km/h, 2 min cada) e recuperação. Ao final dos experimentos funcionais
a volemia foi medida (técnica de diluição do Azul de Evans) e procedeu-se à fixação/remoção
de músculos locomotores (sóleo e espinotrapézio) e não locomotores (temporal) para análise
histológica.
RESULTADOS: Nos SHRS (vs WKYS) a PAM e FVEN basais apresentavam-se elevados (171±3
mmHg, 1.58 ± 0.28 ml/min/g, p < 0.05). T foi igualmente eficaz em aumentar o desempenho em
esteira de ambos os grupos (~40%), mas queda da PAM (-8%) e FVEN (-30%) foram observados
somente nos SHRT. Durante exercício o aumento da PAM foi similar nos 4 grupos (+17 ± 3 mmHg),
mas o efeito do T sobre a resposta de FVEN diferiu entre grupos: foi aumentada pelo T nos WKY,
mas reduzida nos SHRT vs SHRS. Neste grupo a resposta máxima de FVEN já se estabelecia na fase
de entrada do exercício. O T não alterou a pressão venosa central dos SHR, mas normalizou a
reduzida volemia dos SHRS (-19% vs WKYS). Houve aumento da razão capilares/fibra em músculos locomotores de WKYT e SHRT (vs respectivos controles), mas a densidade venular foi
aumentada (+100%, P < 0.05) apenas nos SHRT vs SHRS.
CONCLUSÕES:Nossos resultados sugerem que a acomodação de uma volemia aumentada no
repouso e menor efluxo venoso durante exercício dinâmico na musculatura esquelética são ajustes funcionais que refletem o crescimento venular e o aumento da capacitância venosa induzida
pelo treinamento em SHR treinados. Estes ajustes anátomo-funcionais, observados apenas nos
SHR, representam um importante efeito protetor adicional do treinamento aeróbio ao hipertenso.
019
020
BÁSICA
Depto. Fisiologia e Biofísica, ICB/USP – Brasil
BÁSICA
MIDDLE AORTIC SYNDROME – UM CASO RARO DE COARCTAÇÃO DE AORTA COMO CAUSA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SECUNDÁRIA
EFEITO ANTI-HIPERTENSIVO DO EXTRATO HIDRO-ALCOÓLICO DE CAROÇO DE AÇAÍ (EUTERPE OLERACEA MART.)
Aureleide C. Correia, Diana L. Sepulveda, Carlos G. C. Abath, Jose Sérgio N.
Silva, Lívia de Kássia L. Interaminense, Marcela A. Castro, Janaise M. Oliveira,
Jayme A. Schmitt, Diego Luiz G. Amaral, Leila Isabele S. Mota, Clarissa R. Cruz
Ana Paula M. Rocha, Ângela C. Resende, Marcelo A.V.Sousa, Lenize C.R.M.
Carvalho, Pergentino J. Sousa, Tania Tano, Roberto Soares de Moura
Departamento de Farmacologia – Instituto de Biologia – UERJ, Rio de Janeiro, RJ
Faculdade de Ciências Médicas – FCM/UPE e Pronto Socorro Cardiológico Prof. Luiz Tavares – PROCAPE
FUNDAMENTO: Descrição de um caso raro de Coarctação de Aorta (CoAo) – Middle Aortic Syndrome – com
hipertensão secundária em adolescente assintomático.
OBJETIVO: Rever na literatura casos de Coarctação de Aorta e apresentar este quadro clínico a esclarecer.
DELINEAMENTO: Trata-se de um relato de caso em um paciente que apresentava uma forma rara de CoAo.
PACIENTE: EJS, 14 anos, estudante, natural e procedente de Jaboatão dos Guararapes, PE.
MÉTODOS: Paciente assintomático, porém acompanhado por médico desde os seis anos de idade quando
foram diagnosticadas HAS e Insuficiência mitral de etiologia reumática e desde então faz uso de captopril e
benzetacil. Em fevereiro de 2007, foi submetido a um Ecocardiograma (ECO) que revelou agravamento da
insuficiência mitral com leve hipertrofia de VE, razão pela qual foi encaminhado ao PROCAPE para elucidação
diagnóstica. Ao exame físico apresentou-se em EGB, normocorado, acianótico, eupnéico, consciente, orientado. P.A.(M.S.E.) 130 x 70 mmHg, P.A.(M.S.D.): 120 x 80 mmHg, P.A.Máx.(MMII.): 95 mmHg. ACV:
Discreto abaulamento precordial; ictus cordis tipo hipertrofia de VE; pulsação aórtica visível e palpável na
fúrcula esternal e carótidas, pulsações sistólicas visíveis em 3°, 4° e 5° EIE; B2 palpável em 3° EIE; frêmito
sistólico em BEEB. RCR em 2T com FC = 52 bpm; sopro meso-sistólico +++/4+, rude, mais intenso em
BEEB, com fraca irradiação para as carótidas e também bem audível em dorso ao nível das linhas paravertebrais
na região infraescapular; sopro holossistólico ++/4+, suave em FM com irradiação para axila e dorso; A2
hiperfonético ++/4+. Pulsos intercostais em região infraescapular nos bordos inferiores costais. Pulsos de
MMSS cheios e nos MMII de amplitude bastante diminuída. Demais aparelhos normais. O ECG demonstrou
sobrecarga de ventrículo esquerdo. A RMN e TC revelaram obstrução segmentar importante da aorta em sua
transição toraco-abdominal, compatível com CoAo (Middle Aortic Syndrome), sendo indicada angioplastia
para colocação de endoprótese (stent).
RESULTADOS: A angioplastia realizada com a colocação de duas endopróteses de poliéster 18/50 tendo
o paciente evoluído bem, sem intercorrências. Após a correção cirúrgica, ao exame físico o paciente apresentou aumento da amplitude dos pulsos dos MMII, os quais eram quase imperceptíveis e à ausculta cardíaca,
houve diminuição importante do sopro característico da CoAo. Além disso, houve melhora significativa do
quadro hipertensivo que possibilitou a diminuição da freqüência das medicações anti-hipertensivas prescritas anteriormente.
CONCLUSÃO: Em todo paciente que se diz portador ou em quem se constata HAS, em especial naqueles
casos cujo início se deu na infância, é de grande importância a aferição da P.A. nos quatro membros, bem como
o exame comparativo dos pulsos, analisando sua simetria, com finalidade de definição diagnóstica precoce
de CoAo e conseqüentemente seu tratamento, evitando dessa forma as complicações que a doença possa
acarretar. Outros exames como radiografia de tórax, eletrocardiograma e ecocardiograma serão na realidade
complementares e confirmatórios de um diagnóstico presuntivo já estabelecido.
INTRODUÇÃO: A hipertensão é uma patologia que atinge cerca de 24% da população mundial.
Só no Brasil estima-se que 40 milhões de habitantes sofrem desta patologia. Diversos trabalhos têm
demonstrado que os polifenóis apresentam algumas propriedades farmacológicas, tais como efeitos anti-hipertensivo e vasodilatador. Estudos recentes de nosso laboratório demonstram que o
açaí, uma fruta típica do Brasil e rica em polifenóis apresenta ação vasodilatadora. Desta forma,
este estudo tem por objetivo avaliar a atividade anti-hipertensiva do ASE em ratos espontaneamente hipertensos (SHR) na fase adulta com hipertensão estabelecida e na fase jovem, em desenvolvimento da hipertensão, a partir de 21 dias de idade até completarem 95 dias. Também foi
avaliada a expressão da óxido nítrico sintase endotelial (eNOS) em ratos Wistar e SHR tratados
e não tratados com ASE.
MÉTODOS E RESULTADOS: As pressões sistólica, média e diastólica (mm Hg) foram avaliadas
por método não invasivo, através de pletismografia de cauda. Os SHR adultos foram tratados com
ASE (200 mg/kg/dia), dissolvido na água de beber, por um período de 20 dias. Os SHR jovens, com
21 dias, foram divididos em dois grupos: um controle, que recebeu somente água, e outro grupo
tratado com ASE (200 mg/kg/dia), dissolvido na água de beber, até os ratos completarem 95 dias
de idade. A expressão da eNOS foi avaliada a partir de homogenato de vasos mesentéricos
isolados de ratos Wistar e SHR tratados com ASE (200 mg/kg/dia) por 20 dias e em ratos não
tratados. Em SHR adultos, o ASE promoveu uma redução significativa (p < 0,05) das pressões
sistólica, média e diastólica (187,8 ± 5; 168,3 ± 5; 159,7 ± 5, respectivamente) quando comparadas
ao período anterior ao tratamento (209,8 ± 7; 195,2 ± 7; 188,8 ± 7, respectivamente). Em ratos
SHR jovens, o tratamento com ASE a partir de 21 dias de idade promoveu redução significativa
(p < 0,05) das pressões sistólica, média e diastólica (143,9 ± 4; 109,6 ± 3; 93,0 ± 3, respectivamente) comparadas as de SHR não tratados com a mesma idade (218 ± 7; 201,5 ± 6; 193,4 ± 5,
respectivamente). A expressão da eNOS foi maior em SHR controle em relação aos SHR tratados
com ASE (p < 0,05). Em contraste, ratos Wistar tratados com ASE apresentaram uma expressão
maior da eNOS em relação aos ratos Wistar controle.
CONCLUSÃO: Desta forma, podemos concluir que o ASE possui uma atividade anti-hipertensiva
apontando para uma possível utilização terapêutica do extrato hidro-alcoólico de caroço de açaí
para pacientes com hipertensão arterial.
APOIO: CNPq e FAPERJ.
16
02 - Resumos.pm6
16
2/8/2007, 15:39
Resumos
021
BÁSICA
O EFEITO DO EXERCÍCIO FÍSICO AGUDO NA RESPOSTA VASOMOTORA
AÓRTICA DE RATOS
Luís Gustavo Oliveira de Sousa, Adriana M. dos Santos, Luiz R. G. Bechara,
Leonardo Y. Tanaka, Camila P. Jordão, Teresa Bartholomeu, Paulo R. Ramires
Lab. Bioquímica da Atividade Motora da Escola de Ed. Física e Esporte – USP, São Paulo, SP
022
BÁSICA
ANALISE TEMPORAL DA NEFRECTOMIA DE 5/6 COMO UM MODELO DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM CAMUNDONGOS: ALTERAÇÕES NA FUNÇÃO RENAL
Ágata Lages Gava, Flávia Priscila Santos Freitas, Antônio de Melo Cabral,
Silvana dos Santos Meyrelles
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas, Universidade Federal do Espírito Santo
FUNDAMENTO: A melhora da função endotelial é um dos muitos fatores benéficos que o
exercício aeróbio crônico promove no sistema cardiovascular, entretanto ainda não está totalmente esclarecido qual o efeito do exercício agudo na resposta vasomotora aórtica dependente
do endotélio.
OBJETIVO: Investigar experimentalmente os efeitos do exercício físico agudo em esteira rolante
na resposta vasomotora dependente do endotélio e na biodisponibilidade de óxido nítrico em aorta
de ratos.
DELINEAMENTO: Foram estudados ratos normais distribuídos aleatoriamente em dois grupos:
repouso controle (C) e exercício agudo (EX).
PACIENTE OU MATERIAL: 28 ratos machos (Wistar, 350 ± 10 g): grupo repouso (C; n = 13)
e exercício (EX; n = 15).
MÉTODOS: Os animais foram submetidos a um teste de esforço para identificação da velocidade
máxima de corrida (Vel. Max). Pelo menos quarenta e oito horas após o teste, os ratos do grupo
EX foram submetidos a uma sessão de exercício em esteira rolante com intensidade entre 60%
– 70% da Vel.Max individual, durante 60 minutos. Os ratos foram sacrificados em uma câmara
conectada a um cilindro de gás carbônico, imediatamente após o exercício ou repouso. A aorta
torácica foi retirada e dissecada para a remoção de tecidos conectivos e cortada em anéis de 5
mm para avaliação da reatividade vascular aos agonistas acetilcolina (ACh, 10 -10 a 10-4 M) e
noradrenalina (NA, 10-10 a 10-4 M) em banho de órgãos conectados a um transdutor de tensão
isométrico e para análise de concentração de nitrato (NO 3 ) e nitrito (NO 2 ) por método
quimioluminescente.
RESULTADOS: O exercício físico melhorou a resposta vasodilatadora à acetilcolina (EX: 102,4
± 1,66 vs. C: 91,57 ± 1,19% pré-tensão à NA 10-7 M) e atenuou a resposta constritora à noradrenalina (EX: 2,36 ± 0,17 vs. C: 3,06 ± 0,19 g/mg peso seco) comparado ao grupo C. Além disso, os
marcadores da biodisponibilidade do NO, nitrato e nitrito, apresentaram níveis mais elevados após
o exercício comparado ao grupo C: NO 3 (EX: 15,1 ± 4,2 vs C: 6,5 ± 1,2 nmol/mg proteína) e NO2
(EX: 0,13 ± 0,04 vs. C: 0,07 ± 0,02 nmol/mg proteína).
CONCLUSÕES: Uma sessão de exercício físico aeróbio melhora a resposta vasodilatadora
endotélio dependente e atenua a reposta vasoconstritora à NA possivelmente devido ao aumento
da biodisponibilidade do NO em aorta de ratos.
FUNDAMENTOS: A insuficiência renal crônica (IRC) é um grave problema de saúde pública
no Brasil, com aproximadamente 13.000 óbitos anuais. Devido ao impacto sócio-econômico desta
doença, torna-se importante o desenvolvimento de modelos animais para um melhor esclarecimento dos possíveis mecanismos envolvidos. A nefrectomia de 5/6 é um modelo experimental que
mimetiza a IRC e já encontra-se bem estabelecido em estudos com ratos. Entretanto, existem
poucos trabalhos que utilizam este modelo em camundongos.
OBJETIVOS: Desenvolver o modelo de nefrectomia de 5/6 camundongos.
MÉTODOS: Camundongos C57 foram submetidos à cirurgia para indução da IRC (nefrectomia
de 5/6), ou cirurgia fictícia (sham) e os animais foram avaliados 1, 2, e 3 semanas após este
procedimento (Sham, IRC-1, IRC-2 e IRC-3). Após esses respectivos períodos de tempo, os animais foram alocados em gaiolas metabólicas para a coleta da urina e medida da ingestão de água
em 24 horas. O sangue dos animais foi coletado para medidas de creatinina, uréia, e ácido úrico
no plasma. Na urina também foi realizada a medida de creatinina para determinação de clearance,
além de quantificação do volume urinário de 24 horas. Os animais tiveram seus corações pesados
para análise de hipertrofia. Os dados estão expressos como média ± EPM. Para análise estatística
foi utilizada ANOVA 1-via seguida pelo post hoc de Fisher. P < 0,05; **p < 0,01 vs. sham
RESULTADOS: Os resultados encontram-se sumarizados na tabela abaixo:
Parâmetro
Volume urinário (mL/24h)
Ingestão de água (mL/24h)
Creatinina plasmática (mg/dL)
Creatinina urinária (mg/dL)
Clearance de creatinina (ìL/min)
Uremia (mg/dL)
Uricemia (mg/dL)
Relação peso cardíaco/
peso corporal (mg/g)
Sham
(n = 6)
2,4 ± 0,1
7,6 ± 0,6
0,46 ± 0,04
39,8 ± 3,85
142 ± 12
78 ± 6
1,70 ± 0,25
IRC-1
(n = 4)
8,4 ± 0,5**
13,6 ± 0,3**
0,81 ± 0,07*
12,5 ± 0,84**
96 ± 15*
232 ± 18*
1,44 ± 0,10
IRC-2
IRC-3
(n = 5)
(n = 4)
8,1 ± 0,9**
8,7 ± 0,6**
16,1 ± 1,3** 15,4 ± 0,9**
0,99 ± 0,17* 0,91 ± 0,13*
8,2 ± 1,66** 12,2 ± 3,32**
59 ± 13**
77 ± 9*
291 ± 52**
238 ± 47*
2,41 ± 0,50
2,03 ± 0,61
1,16 ± 0,04
1,31 ± 0,02*
1,39 ± 0,05** 1,32 ± 0,04*
CONCLUSÕES: A nefrectomia de 5/6 em camundongos demonstrou ser um excelente modelo de
estudo de IRC, com marcante perda da função renal, alteração de parâmetros hídricos e presença
de hipertrofia cardíaca.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, Capes e FACITEC
023
BÁSICA
024
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
ANALISE TEMPORAL DA NEFRECTOMIA DE 5/6 COMO UM MODELO DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM CAMUNDONGOS: ALTERAÇÕES NO
EQUILÍBRIO HIDRO-ELETROLÍTICO
RELAÇAO ENTRE A CAPACIDADE AERÓBIA E A COMPLACÊNCIA VASCULAR DE HIPERTENSOS ESSENCIAIS
1
Ágata Lages Gava, 1Flávia Priscila Santos Freitas, 1Antônio de Melo Cabral,
Elisardo Corral Vasquez, 1Silvana dos Santos Meyrelles
Centro de Pesquisa em Hipertensão Arterial da Faculdade de Medicina de Marília, São Paulo
Universidade Federal do Espírito Santo, 2EMESCAM
FUNDAMENTO: Os indivíduos hipertensos apresentam diminuição da complacência vascular caracterizada por
diminuição da elasticidade de grandes e pequenas artérias. A perda dessa elasticidade poderia, inclusive, preceder
a hipertensão. Existe uma interessante relação entre elasticidade arterial e condicionamento físico. Como a complacência arterial sofre influência de vários fatores inclusive anti-hipertensivos poucos artigos avaliaram a relação
entre a complacência vascular e a capacidade física aeróbia em hipertensos essenciais não medicados.
OBJETIVO: Avaliar a influência da capacidade aeróbia de hipertensos essenciais não medicados sobre a
complacência vascular.
DELINEAMENTO: Estes resultados fazem parte da caracterização inicial de um grupo de hipertensos
essenciais que participaram de um protocolo de pesquisa cujo objetivo final é avaliar a resposta cardiovascular e vascular a um programa de treinamento aeróbio (FAPESP 98/15931-8).
PACIENTES: 94 pacientes hipertensos essenciais (PAS/PAD diurna 144 ± 11 / 93 ± 9 mmHg e PAS/PAD
noturna de 131 ± 12 / 81 ± 9 mmHg), 55 mulheres e 39 homens, sedentários, idade 21 a 69 anos (média
49,5 ± 9) e massa corporal de 29,8 ± 5,1, não medicados.
MÉTODOS: A pressão arterial foi aferida pela MAPA (Spacelabs 90207). O consumo de oxigênio ( VO2max)
em ml/kg/min foi analisado por um teste ergométrico em esteira (protocolo de Bruce modificado) pelo
aparelho analisador multi-gas Vmax 229 (SensorMedics Corp. USA). As categorias para o VO2max foram
baixo (14,3 a 19,3 ml/kg/min), médio (19,5 a 28,3 ml/kg/min) e alto (29,1 a 42,2 ml/kg/min). A complacência arterial foi avaliada por meio de tonometria de aplanamento através de onda de pulso medida pelo
aparelho HDI/PulseWaveTM. Este método calcula a complacência de grandes (C1, mL/mmHg X 10) e pequenos (C2, mL/mmHg x 100) artérias através de um software especifico. Na análise estatística, utilizou-se o
programa Statview 5 (SAS Institute Inc., Cary, NC).
RESULTADOS: No presente estudo, há uma relação inversa entre idade e consumo máximo de oxigênio (R
= -0,46, p < 0,0001) e entre idade e complacência vascular de grandes (C1, R = -0,54, p < 0,0001) e pequenas
(C2, R = -0,42, p < 0,0001) artérias. Quanto maior a categoria de condicionamento físico (VO2max) maior
a complacência arterial de grandes e pequenas artérias (Gráfico 1 e 2), independente da idade e pressão arterial.
Maria I. Gonçalves, Carolina Z. Nogueira, Paulo H. Waib, Roberto J. Silva Franco
1,2
1
FUNDAMENTOS: Dentre as principais alterações presentes na insuficiência renal crônica (IRC)
encontram-se mudanças na excreção de água e íons, fatores estes que podem gerar impactos
sobre a homeostase, como metabolismo do cálcio e fosfato e mecanismos reguladores da volemia.
Portanto, estudos que utilizem modelos experimentais de IRC podem ser importantes para o esclarecimento dos mecanismos envolvidos nas disfunções hidroeletrolíticas presentes nesta doença.
OBJETIVOS: O presente trabalho propõe que a nefrectomia de 5/6 pode gerar alterações no
balanço hidro-eletrolítico em camundongos, com alterações significativas da excreção de água
e íons.
MÉTODOS: Camundongos C57 foram submetidos à cirurgia para indução da IRC (nefrectomia
de 5/6), ou cirurgia fictícia (sham) e estudados 1, 2 e 3 semanas após este procedimento (Sham,
IRC-1, IRC-2 e IRC-3). Após esses respectivos períodos de tempo, os animais foram alocados em
gaiolas metabólicas para a coleta da urina e medida da ingestão de água e volume urinário de 24
horas. O sangue dos animais foi coletado para medidas de cálcio, sódio e potássio plasmáticos, os
quais foram também mensurados na urina de 24 horas. Os dados estão expressos como média ±
EPM. Para análise estatística foi utilizada ANOVA 1-via seguida pelo post hoc de Fisher. *p<0,05;
**p < 0,01 vs. sham
RESULTADOS: Os resultados encontram-se sumarizados na tabela abaixo:
Parâmetro
Volume urinário (mL/24h)
Calcemia (mg/dL)
Excreção diária de cálcio (mg/24h)
Natremia (mEq/dL)
Excreção diária de sódio (mEq/24h)
Calemia (mEq/dL)
Excreção diária de potássio
(mEq/24h)
Sham
(n = 6)
2,4 ± 0,1
7,3 ± 0,30
0,06 ± 0,01
176 ± 9
0,32 ± 0,02
10,0 ± 1,4
IRC-1
(n = 4)
8,4 ± 0,5**
8,9 ± 0,22**
0,70 ± 0,21**
165 ± 7
0,55 ± 0,10*
8,8 ± 0,5
IRC-2
IRC-3
(n = 5)
(n = 4)
8,1 ± 0,9**
8,7 ± 0,6**
9,1 ± 0,35*
7,8 ± 0,68
0,76 ± 0,06** 2,94 ± 0,38**
164 ± 4
169 ± 8
0,66 ± 0,14** 0,55 ± 0,12*
9,3 ± 0,7
10,7 ± 1,3
0,57 ± 0,02
0,71 ± 0,05*
0,78 ± 0,10*
Gráfico 1: Complacência de grandes
artérias (C1) de acordo com a estratificação
do consumo máximo de oxigênio
Gráfico 2: Complacência de pequenas
artérias (C2) de acordo com a estratificação
do consumo máximo de oxigênio
0,71 ± 0,10
CONCLUSÕES: A nefrectomia de 5/6 em camundongos acarreta alterações significativas na
excreção de íons extremamente importantes para manutenção da homeostasia corporal, constituindo assim um excelente modelo experimental para os estudos de alterações no balanço hidroeletrolitico presentes na IRC e suas conseqüências.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, Capes e FACITEC
CONCLUSÃO: Existe uma influência do condicionamento físico em relação à complacência arterial independente da idade e pressão arterial, sendo mais marcante em grandes vasos. Sugerindo que o condicionamento
físico exerce um efeito benéfico cardioprotetor em indivíduos hipertensos essenciais.
17
02 - Resumos.pm6
17
2/8/2007, 15:39
Resumos
025
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
EFEITOS DA REMOÇÃO SELETIVA DOS BARORRECEPTORES SOBRE AJUSTES CARDIOVASCULARES AO TREINAMENTO FÍSICO EM RATOS
NORMOTENSOS E HIPERTENSOS
026
TRATAMENTO
BENEFÍCIO DAS ESTATINAS NO PORTADOR DE DOENÇA RENOVASCULAR
ATEROSCLERÓTICA
A. Ceroni, L.C. Michelini
Vanessa dos S. Silva, Luís C. Martin, Fábio C. Carvalho, João Henrique Castro,
Edson Antônio Bregagnollo, Roberto Jorge S. Franco
Depto Fisiologia e Biofísica, ICB, USP, São Paulo, SP
Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, SP
FUNDAMENTOS/OBJETIVOS: Estudos clínicos e experimentais têm demonstrado que o treinamento aeróbio de baixa intensidade (T) determina bradicardia de repouso em normotensos e
hipertensos, reduzindo a pressão arterial (PA) nestes últimos. Não se conhecem os mecanismos
que condicionam estas alterações funcionais. Neste trabalho investigamos em ratos hipertensos
espontâneos (SHR) e seus controles normotensos (WKY), o papel da sinalização aferente mediada pelos baroreceptores arteriais sobre ajustes cardiovasculares ao T.
MÉTODOS: SHR e WKY (machos, 2 meses) foram submetidos à desnervação sino-aórtica
(DSA, Circ. Res. 15: 511, 1964) ou à cirurgia fictícia (SHAM). Testes máximos, realizados antes
e após a cirurgia, foram utilizados para avaliar o efeito da DSA ou SHAM e para ajustar a
intensidade do T (50-60% da capacidade máxima, 1 hora/dia, 5 dias/semana). Os protocolos de
T e sedentarismo (S) estenderam-se por 3 meses, após o que os ratos foram cronicamente canulados
para registros basais da PA e FC e aferição do funcionamento de reflexo barorreceptor cardíaco
(fenilefrina e nitroprussiato de sódio iv) nos grupos SHAM ou comprovação da eficácia da
desnervação nos grupos DSA.
RESULTADOS: O desempenho em esteira dos SHR era superior ao dos WKY (1.42 ± 0.06 vs 0.9
± 0.05 km/h), mas a DSA o reduziu, igualando-o ao dos WKY. Por outro lado o ganho de desempenho subseqüente ao T (+0.71 ± 0.09 km/h) foi similar para todos os grupos. Nos grupos SHAM
o T foi acompanhado de bradicardia de repouso (-9%) e redução da PAM apenas nos SHR (5,4%); houve aumentos significativos do intervalo de funcionamento (182 ± 12 e 155 ± 3 b/min)
e do ganho do reflexo barorreceptor cardíaco (-4.23 ± 0.44 e –2.56 ± 0.19 b/min/mmHg) nos
WKY e SHR após T. A DSA foi acompanhada por ausência de bradicardia e taquicardia reflexas
e de aumentos significativos da variabilidade da PA nos WKY e SHR. Contrariamente ao observado no grupo SHRSHAM, o T determinou nos SHRDSA elevação da PAM e FC (183 ± 3 mmHg e 394
± 9 b/min, correspondendo a aumentos de +11% e +13%, vs S, p < 0.05), com tendências semelhantes no grupo WKYDSA (p > 0.05).
CONCLUSÕES: Nossos resultados sugerem que a integridade dos barorreceptores arteriais (e
a manutenção da informação periférica conduzida por estes aferentes) é fundamental para a
manifestação dos efeitos benéficos do treinamento aeróbio de baixa intensidade sobre o sistema
cardiovascular de hipertensos.
APOIO FINANCEIRO: FAPESP, CNPq e CAPES.
FUNDAMENTO: A doença renovascular aterosclerótica (DRA) pode se manifestar como insuficiência renal
crônica, hipertensão ou doença cardiovascular acelerada. Sua importância epidemiológica é crescente e seu
prognóstico reservado. O tratamento por angioplastia percutânea parece não alterar significativamente o
prognóstico dos pacientes com DRA. Os inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA), em
estudo observacional, mostraram associação com melhor sobrevida. O benefício das estatinas na sobrevida
renal e dos pacientes com DRA nunca foi testado.
OBJETIVO: Avaliar o benefício das estatinas no prognóstico de pacientes com doença renovascular.
DELINEAMENTO: Estudo observacional de 100 pacientes portadores de DRA.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram avaliados 100 pacientes consecutivos com diagnóstico de DRA,
média de acompanhamento de 24,85 meses. Todos eram hipertensos, 86 dislipidêmicos, 29 diabéticos, 71
ex-tabagistas (nenhum tabagista ativo), 50 portadores de aterosclerose coronariana confirmada por angiografia,
63 pacientes estavam em uso de estatinas, 83 usavam anti-agregante plaquetário, 22 ácido fólico, 73 IECA
ou antagonista do receptor da angiotensina II (BRA) e 57 em uso de β-bloqueadores.
MÉTODOS: Os pacientes foram divididos em dois grupos: 63 pacientes que usaram estatinas (Grupo E) e
37 pacientes que não usaram estatinas (Grupo NE). As características clínicas com potencial impacto na
sobrevida foram comparadas nos dois grupos e as que apresentaram p < 0,1 foram selecionadas para inclusão
no modelo de regressão proporcional múltiplo de Cox para avaliar sua associação com a sobrevida renal e
geral. Nesta análise foi considerado estatisticamente significante p < 0,05. Para construção de tábua de
sobrevida renal foram considerados como eventos finais o aumento da creatinina para o dobro da inicial ou
a entrada em diálise. Para construção da tábua de sobrevida do paciente foi considerado o óbito como evento
final.
RESULTADOS: Além do uso das estatinas, as seguintes características foram incluídas no modelo de Cox:
ex-tabagismo, uso de AAS, uso de β-bloqueadores, uso de IECA ou BRA, dislipidemia, creatinina inicial,
proteinúria de 24 horas e data de início de acompanhamento. Apenas o uso de estatinas e de IECA ou BRA
(RR = 0,19, IC = 0,04-0,85) mantiveram associação independente com sobrevida geral. O uso de estatina
e a magnitude da proteinúria (RR = 1,33, IC = 1,13-1,55) tiveram associação independente com sobrevida
renal. As curvas de sobrevida renal e do paciente estão apresentadas a seguir:
CONCLUSÕES: Este é o primeiro estudo, de nosso conhecimento, que associa o uso de estatinas a melhor
prognóstico em portadores de DRA.
027
TRATAMENTO
INFLUÊNCIA DA CAFEÍNA NA RESPOSTA PRESSÓRICA AO EXERCÍCIO AERÓBIO EM SUJEITOS HIPERTENSOS
Raquel Freire Cazé, Alexandre Sérgio Silva, Gisele Augusto Maciel Franco,
Suênia Karla Pacheco Porpino, Helena Oliveira Rego, Aline de Freitas Brito
Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW/UFPB) Divisão de Educação Física, João Pessoa, PB
028
TRATAMENTO
ADEQUAÇÃO DA EXECUÇÃO DE EXERCÍCIOS POR HIPERTENSOS COM OS
PARÂMETROS DE PRESCRIÇÃO E RELAÇÃO COM A ORIGEM DA ORIENTAÇÃO
Mônica Jane C. Silva, Alberto H. Godoi Filho, Patrícia Nayara D. Aquino,
Dallyana C. Silva, Valter A. Pereira, Erilene A. Lucena, Alexandre S. Silva
Hospital Universitário Lauro Wanderley, UFPB – Divisão de Educação Física, João Pessoa, PB
FUNDAMENTO: A redução da pressão arterial (PA) promovida pelo exercício físico é bastante
evidente segundo a literatura atual. Mecanismos neuro-humorais podem explicar essa resposta
hipotensora, dentre os quais a diminuição da atividade simpática se apresenta como um dos
principais mecanismos. Porém a ingestão de alimentos ricos em cafeína (CA) pode suprimir esta
atenuação simpática.
OBJETIVO: Determinar a influência da CA sobre a resposta hipotensora promovida pelo exercício
aeróbio em sujeitos hipertensos de meia idade. Foi testada a hipótese de que sujeitos que realizam
exercícios físicos, mas ingerem produtos a base de CA podem estar gerando uma atividade concorrente entre a vasodilatação induzida pelo exercício e a vasoconstricção promovida pela CA.
DELINEAMENTO: Estudo experimental, de corte transversal.
PACIENTE OU MATERIAL: O estudo foi conduzido com sete hipertensos (52,3 + 3,3 anos),
sendo 5 mulheres. Para a verificação da freqüência cardíaca utilizou-se um cronômetro digital
da marca Nike. Para verificação da PA, utilizou-se um esfigmomanômetro aneróide da marca BD,
com precisão de 2 mmHg previamente calibrado contra um de coluna de mercúrio.
MÉTÓDOS: Os sujeitos realizaram duas sessões de caminhada com duração de 40 minutos em
dois dias de treinamento, tendo previamente ingerido CA (4 mg/kg de peso corporal) ou placebo
(PL). A PA e a FC foram verificadas anteriormente a ingestão, após 15, 30, 45, 60 minutos da
ingestão em estado de repouso e com 10, 20 e 30 minutos após o exercício. Os dados foram tratados
por meio de estatística descritiva, e pelo teste não paramétrico de Wilcoxon (p < 0,05)
RESULTADOS: A média da PA aumentou de 124,9/80,9 mmHg antes da ingestão de CA para
129,4/84,3 mmHg 60 minutos após. No período de recuperação, após 30 minutos do exercício,
observou-se resposta hipotensora no procedimento PL (queda da PA de 122,6/79,4 mmHg para
115,7/78,6 mmHg). Por outro lado, no procedimento com CA a PA mostrou-se mais alta que no
repouso (aumento de 124,9/80,9 mmHg para 136,9/90,9 mmHg). Estas diferenças só foram estatisticamente significativas no procedimento CA, conforme indicado na tabela1.
Tabela 1: Comparação da PAS e PAD no repouso e pós 30 minutos de
recuperação do exercício, com a ingestão de placebo e cafeína.
Tabela
PAS Placebo
PAD Placebo
PAS Cafeína
PAD Cafeína
Repouso
122,6
79,4
124,9
80,9
Pós 30 min exercício
115,7
78,6
136,9
90,9
p
0,246
0,673
0,018
0,018
CONCLUSÕES: Conclui-se que a ingestão de CA não só suprime a resposta hipotensora do
exercício, como provoca uma hipertensão pós-exercício.
FUNDAMENTO: A freqüência cardíaca (FC) tem sido considerada um parâmetro válido para monitoração
da intensidade de treinamento voltado para a promoção de saúde. Considera-se que uma zona segura de
treinamento para obtenção de benefícios cardiovasculares é entre 60 e 85% da freqüência cardíaca máxima.
Além disso, a monitoração da pressão arterial (PA) é importante porque aumento da pressão arterial diastólica
(PAD) igual ou superior a 20 mmHg pode expor o praticante a riscos de saúde.
OBJETIVO: Averiguar a zona de FC, a resposta da PA e a origem da orientação do exercício em
sujeitos hipertensos que praticam caminhada na orla de uma praia do município de Cabedelo, PB.
DELINEAMENTO: Estudo experimental, de caráter transversal.
PACIENTE OU MATERIAL: Participaram 30 hipertensos do sexo masculino com idade média
de 54,4 anos (40 a 64 anos). Para verificação da FC foi utilizado um monitor da marca Polar S 610i. A PA foi medida através de um esfigmomanômetro da marca BD.
MÉTODOS: Os sujeitos tiveram suas PA e FC medidas antes do exercício e, posteriormente, foram
solicitados a realizar suas caminhadas como de costume em termos de volume e intensidade, e tiveram
sua FC monitorada na metade da caminhada e ao final do exercício. A PA foi novamente medida ao
final do exercício. Os dados foram tratados através de estatística descritiva, com o software SPSS 12.0.
RESULTADOS: Observou-se que 93,3% dos sujeitos caminham com FC abaixo de 60% da FCmax,
enquanto que apenas 6,7% dos mesmos caminham dentro da faixa de 60 a 85% (Tabela 1). Com
relação a PA, mostrou-se que 73,3% dos sujeitos apresentaram uma resposta fisiológica normal
para a PAD e 26,7% apresentaram aumento igual ou maior a 20 mmHg ao final do exercício. Ao
mesmo tempo, 43,3% dos sujeitos afirmaram que tiveram a atividade orientada por médico, 23,3%
por educadores físicos, 26,6% faziam exercício sem orientação, e 6,6% mencionaram outros
meios de orientação.
TABELA 1: CORRELAÇÃO DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA (FC) COM A ZONA ALVO
Abaixo da zona-alvo
Dentro da zona-alvo
Acima da zona-alvo
TOTAL
18
Percentual (%)
93,3
6,7
0
100
Percentual Válido
93,3
6,7
0
100
CONCLUSÕES: Conclui-se que a intensidade do exercício está abaixo da intensidade mínima
para promover benefícios cardiovasculares na maioria dos sujeitos e que a resposta da PAD pode
estar colocando alguns deles em risco. Estes dados apontam para a necessidade de prescrição e
acompanhamento profissional destes sujeitos hipertensos.
18
02 - Resumos.pm6
n
28
02
0
30
2/8/2007, 15:39
Resumos
029
030
TRATAMENTO
TRATAMENTO
EXERCÍCIO DE RESPIRAÇÃO GUIADA REDUZ A ATIVIDADE NERVOSA SIMPÁTICA PERIFÉRICA E A PRESSÃO ARTERIAL
A FALTA DE ADESÃO AO TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL DE
UM AMBULATÓRIO ESCOLA
Bruna Oneda, Kátia Coelho Ortega, Josiane Lima de Gusmão, Tatiana Gouveia
de Araújo, Décio Mion Jr
Camila Dosse1, Claudia Bernardi Cesarino2, José Fernando Vilela Martim3, Maria
Carolina Andrade Castedo4
Laboratório de Hipertensão do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, São Paulo, SP
1,4
Alunas do Curso de Graduação em Enfermagem da FAMERP, 2,3Professores Doutores da FAMERP,
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
FUNDAMENTO: Sabe-se que a respiração lenta (10 ou menos respirações por minuto) diminui
a pressão arterial. Desde 1998 um equipamento (Resperate®) que guia a freqüência respiratória
através de uma música, vem sendo estudado e os resultados indicam que 8 semanas com utilização
média de 10 a 15 minutos diários é eficiente para reduzir os níveis de pressão arterial. Entretanto,
os mecanismos envolvidos nesse fenômeno não estão totalmente elucidados, assim como os efeitos
agudos do equipamento.
OBJETIVO: Avaliar as respostas de atividade nervosa simpática periférica e pressão arterial
durante a utilização do equipamento de respiração guiada.
DELINEAMENTO: A atividade nervosa simpática periférica e a pressão arterial foram medidas
durante um período de 5 minutos (basal), 15 minutos de utilização do equipamento e 5 minutos de
recuperação.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram estudados 14 hipertensos (7 homens e 7 mulheres de 51 ±
10 anos, com IMC de 26 ± 4 kg/m2 e pressão arterial sistólica/diastólica de 137 ± 17/84 ± 10 mmHg.
MÉTODOS: Para medida da pressão arterial foi utilizado aparelho automático oscilométrico
calibrado DIxtal DX-2710, posicionado no braço esquerdo dos pacientes. A atividade nervosa
simpática periférica foi registrada de maneira direita, através da microneurografia. O sinal nervoso foi amplificado, filtrado e integrado sendo registrado em papel através de um polígrafo
(GOULD RS 3000) e posteriormente foi contado o número de impulsos nervosos por minuto. Para
análise dos dados foi aplicada análise de variância ANOVA de um fator para medidas repetidas
(basal, intervenção e recuperação). Foi aceito como significativo P = 0,05.
RESULTADOS: A diminuição da freqüência respiratória para 5,6 ± 1,7 respirações/minuto promoveu redução da atividade nervosa simpática periférica (42 ± 10 para 36 ± 7 impulsos/ minuto,
P < 0,01) e também dos níveis de pressão sistólica (140 ± 19 para 135 ± 18 mmHg, P < 0,05) e
diastólica (84 ± 8 para 82 ± 10 mmHg).
CONCLUSÕES O equipamento foi eficiente em reduzir agudamente a pressão arterial e a redução da atividade nervosa simpática periférica perece ser um dos mecanismos envolvidos nesse
fenômeno.
031
BÁSICA
TERAPIA HORMONAL ORAL DE ESTROGÊNIO AUMENTA A PRESSÃO ARTERIAL DE VIGÍLIA EM MULHERES SAUDÁVEIS, HISTERECTOMIZADAS E
NA PÓS-MENOPAUSA
Crivaldo Gomes Cardoso Junior, Eliana Labes, Luiz Gustavo Pinto, Fábio
Medina, Sandra Balieiro Abrahão, Taís Tinucci, Ângela Maggio da Fonseca,
Décio Mion Jr, Cláudia Lúcia de Moraes Forjaz
Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo
FUNDAMENTO: A terapia hormonal oral de estrogênio (TH) é um recurso muito utilizado para
combater a sintomatologia climatérica. Sua indicação ocorre, sobretudo, para mulheres saudáveis
e sem risco cardiovascular conhecido. No entanto, o efeito isolado do estrogênio sobre os níveis
de pressão arterial de mulheres saudáveis ainda não foi devidamente investigado.
OBJETIVO: Avaliar e comparar o efeito da TH sobre a pressão arterial (PA) ambulatorial de 24
horas de mulheres saudáveis, histerectomizadas e na pós-menopausa.
DELINEAMENTO: Ensaio clínico.
PACIENTE OU MATERIAL: 23 mulheres histerectomizadas, saudáveis, normotensas e na pósmenopausa, foram divididas em dois grupos, sendo que 10 delas receberam placebo (PLA) e 13
TH (valerato de estradiol, 2 mg/dia).
MÉTODOS: Foram realizadas medidas antropométricas (peso, estatura e índice de massa corporal-IMC), metabólicas (glicemia de jejum, colesterol total e frações) e medidas de PA clínica
(DIXTAL) e de 24 horas (MAPA-SpaceLabs).
RESULTADOS: Após 6 meses de acompanhamento, houve aumento da pressão arterial sistólica
(+3,2 ± 1,5 mmHg, P < 0,05) e diastólica (+3,4 ± 1,3 mmHg, P < 0,05) do período de vigília apenas
no grupo que recebeu TH. Além disso, os comportamentos da PA sistólica e diastólica de 24 horas
foram diferentes após 6 meses no grupo TH e no grupo PLA (+2,9 ± 1,6 / + 2,4 ± 1,3 vs –2,5 ±
1,6 / -1,8 ± 1,4 respectivamente, P < 0,05). Nenhuma modificação foi observada na medida clínica
da PA, variáveis antropométricas e metabólicas ao longo do estudo, nos dois grupos.
CONCLUSÕES: A terapia hormonal oral de estrogênio aumenta a pressão arterial ambulatorial
de vigília em mulheres histerectomizadas, saudáveis, normotensas e na pós-menopausa. Este
efeito pode estar atrelado à via de administração do hormônio promovendo aumento da ativação
do sistema renina angiotensina.
APOIO FINANCEIRO: FAPESP (01/14989-7)
INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença que acomete aproximadamente 20% da população adulta e estima-se que 50% da população hipertensa seja
desconhecedora de seu diagnostico e dentre aqueles que tem ciência de possuir a doença apenas
metade adere ao tratamento. O abandono ao tratamento da HAS, pode ser medido pela freqüência
às consultas e controle efetivo da pressão arterial (PA).
OBJETIVO: Este estudo teve como objetivos: determinar as freqüências à consulta e/ou tratamento medicamentoso e não medicamentoso e identificar os principais motivos referidos pelos
pacientes hipertensos para não adesão aos tratamentos.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo exploratório realizado em um ambulatório
escola. Os sujeitos do estudo foram 327 pacientes, sendo selecionados 24 homens e 44 mulheres
(64,71%), média de idade foi de 63,9 (IC 95%: 60,3 a 67,5) anos para o sexo feminino e 55,7 (IC
95%: 48,9 a 62,5) anos para o sexo masculino. Como instrumento de coleta de dados foram
utilizados o formulário de atendimento da equipe multiprofissional e o teste de Morisky-Green.
Considerou-se a não adesão, os pacientes hipertensos que apresentaram PA média da MAPA
superior a 130/80 mmHg nas 24 horas. Posteriormente foi realizada uma busca fonada, para
identificar os motivos declarados pelos pacientes da não adesão e para análise dos dados utilizouse à estatística descritiva.
RESULTADOS: Os resultados mostraram que 61,76% são assíduos às consultas bem como no
grupo de hipertensão, observou-se que 82% possuíam relação cintura quadril alterada e destes
25% era portador de Diabetes Mellitus, a somatória dos pontos de acordo com o preconizado pelo
teste de Morisky-Green, mostrou que 86,76% apresentaram pontuação menor ou igual a 3, verificou-se que no sexo masculino 58,33% fazem uso de dois antihipertensivos, já as mulheres
61,36% fazem uso de três medicamentos ou mais, apenas um dos pacientes era tratado com
monoterapia. Observou-se que a maioria 85,29% mantinha pelo menos um hábito de vida não
saudável. Os motivos relatados para o não controle da PA foram em sua maioria o emocional
69,12%.
CONCLUSÕES: Os resultados deste estudo permitem as seguintes conclusões: apesar da maioria
dos pacientes freqüentarem regularmente o grupo de hipertensão, foram altos os percentuais que
demonstram a não adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso, sendo que o
motivo da não adesão mais prevalente foi o emocional. Este estudo proporcionará subsídios para
intervenções na assistência dos pacientes com HAS para aumentar as taxas de adesão e qualidade
de vida.
PESQUISA FINANCIADA: PIBIC/CNPq
032
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FÍSICA DE CAMUNDONGOS ATEROSCLERÓTICOS
1
Lis Pieruccetti Souza Louro, 1Ágata Lages Gava, 1José Geraldo Mill, 1Silvana
dos Santos Meyrelles, 1,2Elisardo Corral Vasquez
1
Universidade Federal do Espírito Santo, 2EMESCAM
FUNDAMENTOS: Camundongos geneticamente modificados para produção da apolipoproteina
E (ApoE) apresentam hipercolesterolemia e aterosclerose espontâneas que mimetizam a doença
aterosclerótica em seres humanos. Considerando a importância da atividade aeróbica na terapia
e prevenção de doenças cardiovasculares, tais como hipertensão arterial e aterosclerose, é necessário avaliar a capacidade aeróbica desses animais. Para tanto, são freqüentemente utilizadas
medidas indiretas de esforço como parâmetro na avaliação da capacidade aeróbica, devido sua
estreita relação com o consumo de oxigênio.
OBJETIVO: Investigar a capacidade aeróbica estimada de camundongos ApoE e o seu desempenho em esteira ergométrica.
MÉTODOS: Camundongos ApoE (n = 8) e C57BL/6J (C57, n = 8) machos de 5 meses de idade
foram divididos em grupo treinado e sedentário. Para determinação da capacidade aeróbica,
todos os animais foram submetidos a teste de esforço máximo, no início e ao fim do treino, com
velocidade inicial de 5 m/min, incremento de 2,5 m/min a cada 3 min até exaustão com angulação
constante de 5°. O treino foi realizado durante 1 hora em intensidade moderada (50-70% da
velocidade máxima determinada no teste de esforço), 5 vezes/semana por 5 semanas. Também
foram realizados medidas de peso corporal e ventricular, colesterol e consumo de ração e água.
Os dados estão expressos como média ± EPM. Para análise estatística foi usado ANOVA 1-via,
seguida do post hoc de Fisher, *p < 0,05.
RESULTADOS: A velocidade máxima percorrida no teste de esteira pré-treino foi similar entre
os grupos ApoE e C57 (28 ± 1,5 vs 27 ± 1,0 m/min). Após o treinamento, os animais C57 e ApoE
apresentaram melhora no teste máximo de corrida, comparado aos sedentários, com ganho percentual de velocidade no grupo C57 (46 ± 6,9%) e ApoE (40 ± 0,7%), sem diferenças entre os
mesmos. Os animais ApoE apresentaram hipercolesterolemia (sedentário: 609 ± 225*, treinado:
754 ± 121* mg/dL) em relação aos C57 (sedentário: 156 ± 21, treinado: 94 ± 13 mg/dL), sem
influência do treinamento em ambos os grupos. O consumo de ração e água, peso corporal e
ventricular foram similar entre os grupos.
CONCLUSÃO: Os animais ApoE com 5 meses de idade apresentaram o mesmo condicionamento
físico que os animais C57. O treinamento produziu o efeito esperado, com aumento significativo
da velocidade percorrida no teste máximo, confirmando a eficiência do protocolo de treino nestes
animais. É importante notar que o ganho apresentado no grupo aterosclerótico treinado foi de
mesma magnitude que nos animais controles, ressaltando a eficiência do treinamento físico nesta
fisiopatologia.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, CAPES, FAPES
19
02 - Resumos.pm6
19
2/8/2007, 15:39
Resumos
033
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR DE FRAMINGHAM EM UMA POPULAÇÃO DE PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA
Regina Coeli Machado, Danielle Guedes Andrade Ezequiel, Felipe de Souza
Fernandes Leão, Edwiges Motta Santos, Mônica Barros Costa, Rogério
Baumgratz de Paula
Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora/NIEPEN
034
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
VELOCIDADE DE ONDA DE PULSO, PRESSÃO ARTERIAL E ÍNDICES
ANTROPOMÉTRICOS EM JOVENS ACOMPANHADOS POR 17 ANOS,
ESTRATIFICADOS SEGUNDO O TRACKING DA PRESSÃO ARTERIAL. ESTUDO DO RIO DE JANEIRO
Érika MG Campana, MEC Magalhães, AA Brandão, R Pozzan, FL Fonseca, O Pizzi,
EV Freitas, MF França, AP Brandão
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro, RJ
FUNDAMENTO: A prevalência de obesidade e de síndrome metabólica (SM) atinge proporções
epidêmicas e está ligada a elevados índices de morbimortalidade cardiovascular.
OBJETIVO: Avaliar a prevalência de fatores de risco cardiovascular pelos critérios de Framingham,
em portadores de síndrome metabólica.
DELINEAMENTO: Estudo de coorte transversal.
PACIENTE E MÉTODOS : Trinta e cinco indivíduos não diabéticos, portadores de SM, pelos
critérios do National Cholesterol Education Program, foram submetidos a avaliação clínica e
dosagens de glicose, lípides, creatinina, microalbuminúria e ao cálculo do risco cardiovascular
segundo os critérios de Framingham.
RESULTADOS: Dos 35 pacientes estudados, 7 eram do sexo masculino e 28 do sexo feminino. A
média de idade foi 44 ± 11 anos e a duração da obesidade foi de 12 ± 9 anos. Os critérios de SM
mais prevalentes foram: circunferência abdominal aumentada (94%), HDL baixo (89%) e níveis
de triglicérides elevados (71%). Dezesseis indivíduos (46%) eram hipertensos e 2 (6%) apresentavam glicemia de jejum alterada. Doze pacientes (34%) apresentavam 3 critérios para SM; 20
pacientes (57%) 4 critérios e 3 (9%) 5 critérios diagnósticos para SM. Vinte e quatro pacientes
(69%) apresentavam microalbuminúria, com mediana igual a 66,6 mg/24 h (variação = 0,8 a 426
mg/24h). Os fatores de risco de Framingham mais prevalentes foram HDL baixo, colesterol total
e pressão arterial elevados (quadro 1). História familiar de coronariopatia (DAC) foi positiva em
25 (72%) pacientes. A maioria dos pacientes (97%) apresentava baixo risco cardiovascular
segundo os critérios utilizados (risco < 10% em 10 anos) e apenas 1(3%) paciente apresentava
risco médio (10 a 20%, em 10 anos).
CONCLUSÕES: Apesar das alterações metabólicas e do diagnóstico de HAS, na população
estudada, o risco cardiovascular de Framingham foi baixo, o que permite inferir que estes indivíduos poderão se beneficiar de medidas de prevenção primária. O elevado percentual de pacientes com microalbuminúria, ao mesmo tempo um fator de risco cardiovascular independente, não
considerado pelos critérios de Framingham e um critério da OMS para o diagnóstico de SM, alerta
para a importância deste marcador na população estudada.
FUNDAMENTO: O conhecimento os fatores de risco (FR) cardiovascular em populações jovens
brasileiras tem grande importância para a adoção de medidas de prevenção primária.
OBJETIVO: Avaliar a pressão arterial, índices antropométricos, perfil metabólico e velocidade
de onda de pulso (VOP) de indivíduos jovens acompanhados, estratificados pelo comportamento
da sua PA obtida em 3 ocasiões por 17 anos de acompanhamento, desde a infância e a adolescência.
DELINEAMENTO: Estudo observacional, longitudinal, prospectivo.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram avaliados 91 indivíduos (47M) pertencentes à coorte do
estudo do Rio de Janeiro em seguimento de 205,40 ± 10,22 meses e feitas 3 avaliações: A1: aos
12,81 ± 1,52 anos (10-15 anos); A2: aos 21,97 ± 1,95 anos (18-25 anos) e A3: 30,05 ± 1,92 anos
(26-34 anos). Três grupos foram constituídos: Grupo N (n = 46): PA normal nas 3 avaliações;
Grupo H (n = 12): PA anormal nas 3 avaliações e Grupo L (n = 33): PA variável nas 3 avaliações.
MÉTODOS: Nas 3 avaliações foram obtidos PA, peso e altura e calculado o índice de massa
corpórea (IMC). Em A2 e A3 também foram dosados após jejum de 12h: glicose, colesterol (C),
LDL-c, HDL-c e triglicerídeos. Em A3 acrescentaram-se as medidas da circunferência abdominal (CA) e das dobras cutâneas e a medida da VOP pelo método Complior. Foi considerada
hipertensão arterial (HA) em A1 quando PA ≥ percentil 95 para sexo e idade e em A2 e A3,
quando PA ≥ 140/90 mmHg. Sobrepeso/Obesidade (S/O) foram definidos quando IMC ≥ percentil
85 para idade e sexo (A1) ou ≥ 25 kg/m2 (A2 e A3). A presença de síndrome metabólica (SM)
foi definida de acordo com a I Diretriz Brasileira de SM.
RESULTADOS: Todas as comparações foram ajustadas para o sexo, 1) Em A3, a prevalência de
HA foi de 27,6% e de sobrepeso de 54,4%; 2) Os grupos H e L mostraram maiores médias de PAS
e PAD que N em A1, A2 e A3 (p < 0,001); 3) Os grupos H e L mostraram maiores médias de peso
e IMC que N em A1, A2 e A3 (p < 0,001); 4) Em A3, as prevalências de S/O nos grupos N, H e
L foram 34,8%, 100% e 65,6%, respectivamente (p < 0,001); 5) Não houve diferenças em relação
às variáveis metabólicas, com exceção da glicemia em A3, onde os Grupos H e L apresentaram
maiores médias (p = 0,028); 6) As médias de VOP foram significativamente maiores no grupo H
(p = 0,011); 7) Em A3 a SM foi detectada em 83,3% do grupo H, em 20,4% no grupo N e 51,6%
no Grupo L (p < 0,001).
CONCLUSÕES: Em 17 anos de acompanhamento, a PA de indivíduos jovens mostrou relação
significativa com variáveis antropométricas, com a ocorrência de SM e com menor distensibilidade
arterial.
035
036
↓ HDL
31
(88%)
QUADRO 1: FATORES DE RISCO DE FRAMINGHAM
↑ Colesterol
Hipertensão
Tabagismo
História
Arterial
DAC
18
16
3
25 (1/35)
(52%)
(46%)
(8%)
(72%)
Diabetes
mellitus
0
(0%)
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
SÍNDROME METABÓLICA EM INDIVÍDUOS JOVENS ACOMPANHADOS POR
16 ANOS. ESTUDO DO RIO DE JANEIRO
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA (SM) E DE SEUS CRITÉRIOS
DIAGNÓSTICOS EM UMA POPULAÇÃO DE HIPERTENSOS NÃO DIABÉTICOS
Andréa A Brandão, EMG Campana, MEC Magalhães, R Pozzan, FL Fonseca, O
Pizzi, EV Freitas, MF França, AP Brandão
Patrícia dos Santos Pinto, Aline Franco Coelho, Wyara Gomes de Aniceto, Priscila
Moura de Souza, Rogério Baumgratz de Paula
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro, RJ
Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora/NIEPEN
FUNDAMENTO: Estudos longitudinais sobre os fatores de risco cardiovascular em populações
jovens brasileiras são importantes para a adoção de estratégias de prevenção primária da doença
cardiovascular. A síndrome metabólica (SM) tendo sido relacionada o pior prognóstico cardiovascular.
OBJETIVO: Avaliar a pressão arterial (PA) e o perfil antropométrico e metabólico de indivíduos
jovens acompanhados por 16 anos, desde a infância e adolescência, estratificados pela presença
de SM na fase adulta jovem.
DELINEAMENTO: Estudo observacional, longitudinal, prospectivo.
PACIENTES: Em seguimento de 203,30 ± 1,86 meses, 82 indivíduos (44M), pertencentes à coorte
do Estudo do Rio de Janeiro foram submetidos a 3 avaliações: A1: aos 12,85 ± 1,50 (10-16 anos),
A2: aos 21,93 ± 1,86 (18-29 anos), e A3: aos 29,88 ± 1,82 (26-34 anos). Dois grupos foram
constituídos: Grupo 1 (n = 10): com SM em A3; Grupo 2 (n = 72): sem SM em A3.
MÉTODOS: Nas 3 avaliações foram obtidos PA, peso e altura e calculado o índice de massa
corpórea (IMC). Em A2 e A3 também foram dosados após jejum de 12h: glicose, colesterol (C),
LDL-c, HDL-c e triglicerídeos. Em A3 acrescentou-se a medida da circunferência abdominal
(CA), e a prevalência de SM foi determinada de acordo com a I Diretriz Brasileira de SM.
Hipertensão foi considerada quando PA > percentil 95 para idade e sexo (A1) ou > 140/90 mmHg
(A2 e A3). Sobrepeso/Obesidade (S/O) foram definidos quando IMC > percentil 85 para idade
e sexo (A1) ou > 25 kg/m2 (A2 e A3).
RESULTADOS: 1) SM foi identificada em 12.2%; 2) Grupo 1 apresentou maiores médias de peso
e IMC nas 3 avaliações (p < 0.04) e maior CA em A3 (p < 0.001); 3) Grupo 1 mostrou maiores
médias de PA sistólica (p < 0.03) em A1 e de PA sistólica e diastólica em A3 (p < 0.04); 4) Grupo
1 apresentou menor média de HDL-c em A2 (p < 0,01) e A3 (p < 0.05); 5) Grupo 1 mostrou maior
variação positiva do IMC ao longo de 16 anos que o Grupo 2 (8.46 ± 4.15 X 5.87 ± 3.36 kg/m2)
(p < 0.04); 6) Grupo 1 mostrou maior prevalência de PA > percentil 95 em A1 (p < 0.01) e maior
prevalência de S/O em A1, A2 e A3 (p < 0.02); 7) Em A1, 50% do Grupo 1 eram hipertensos e
tinham S/O (p < 0,01); 8) Em regressão logística, S/O em A1 mostrou-se significativamente
relacionada à ocorrência de SM após 16 anos (RR = 8.4787 p < 0.01).
CONCLUSÕES: A ocorrência de síndrome metabólica em adultos jovens relacionou-se a pressão arterial elevada, maior IMC e baixo HDL-c obtidos em 16 anos de seguimento, desde a
infância e a adolescência. A presença de S/O em idades precoces aumenta significativamente o
risco para o desenvolvimento de síndrome metabólica na fase adulta jovem.
FUNDAMENTO: Os parâmetros preconizados pelo NCEP para o diagnóstico de SM incluem
circunferência abdominal aumentada, hipertensão arterial, alteração no metabolismo da glicose,
redução do HDL-colesterol e aumento dos triglicérides. No entanto, a participação de cada um
desses critérios no contexto da SM não tem sido estudada no nosso meio.
OBJETIVO: Avaliar a prevalência de SM e dos critérios diagnósticos em uma população de
hipertensos não diabéticos.
DELINEAMENTO: Estudo de corte transversal.
PACIENTE E MÉTODOS: Foram avaliados 179 pacientes hipertensos acompanhados em nosso
serviço de Nefrologia. Para diagnóstico de SM foram utilizados os critérios do National Cholesterol
Education Program (NCEP-ATP III).
RESULTADOS: Dos 179 pacientes avaliados, 40 (23%) foram excluídos por terem o diagnóstico
de diabete tipo 2. Dos 139 pacientes restantes, 83 (59,7%) eram mulheres e 56 (40,3%) homens,
com média de idade igual a 53 ± 16,18 anos. Sessenta e sete pacientes (48,0%) preencheram os
critérios diagnósticos de SM. Destes, 63 (94%) apresentavam sobrepeso ou obesidade; 42 (63%)
tinham TG elevado; 39 (59%) tinham HDL-colesterol baixo e 29 (43%) apresentavam glicemia
> 100 mg/dl (quadro 1).
Hipertensão
Arterial
67
100%
Sobrepeso
ou Obesidade
63
94%
20
42
63%
HDL
39
59%
Glicemia
> 100mg/dL
29
43%
CONCLUSÕES: Na população avaliada, a prevalência de SM foi igual a 48% e os critérios diagnósticos mais freqüentes foram respectivamente a obesidade, a elevação dos triglicérides e os níveis reduzidos de HDL-colesterol.
20
02 - Resumos.pm6
QUADRO 1
↑ Triglicérides
2/8/2007, 15:39
Resumos
037
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
038
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
O NÍVEL SÓCIO-ECONÔMICO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA E A PRESSÃO ARTERIAL E INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS NA FASE ADULTA
JOVEM. ESTUDO DO RIO DE JANEIRO
A RELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS DE RISCO CARDIOVASCULAR NA FASE
ADULTA JOVEM A PRESSÃO ARTERIAL NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA,
EM SEGUIMENTO DE 17 ANOS. ESTUDO DO RIO DE JANEIRO
Roberto Pozzan, AA Brandão, MEC Magalhães, EMG Campana, FL Fonseca, O
Pizzi, EV Freitas, MF França, AP Brandão
Flavia L Fonseca, R Pozzan, AA Brandão, EMG Campana, O Pizzi, MEC
Magalhães, EV Freitas, AP Brandão
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro, RJ
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ
FUNDAMENTO: O nível sócio econômico (NSE) baixo tem sido relacionado a maior pressão
arterial e pior perfil de risco cardiovascular em populações adultas. No Brasil não se dispõe de
dados longitudinais em faixas etárias jovens.
OBJETIVO: Avaliar a pressão arterial, índices antropométricos e perfil metabólico de indivíduos
jovens acompanhados desde a infância e a adolescência, estratificados pelo NSE obtido há 17
anos.
DELINEAMENTO: Estudo observacional, longitudinal, prospectivo.
PACIENTES: Foram avaliados 91 indivíduos (47M) pertencentes à coorte do estudo do Rio de
Janeiro em seguimento de 205,40 ± 10,22 meses e estratificados pelo NSE obtido há 17 anos, de
acordo com os critérios do 14º DEC e baseado no local de moradia e na profissão e renda dos pais.
Foram analisados 2 momentos de avaliação: A1: aos 12,81 ± 1,52 anos (10-15 anos), e A3: aos
30,05 ± 1,92 anos (26-34 anos). Três grupos foram constituídos: Grupo 1 (n = 16): com NSE baixo;
Grupo 2 (n = 34): com NSE médio e Grupo 3 (n = 41): com NSE alto.
MÉTODOS: Nas 2 avaliações foram obtidos PA, peso e altura e calculado o índice de massa
corpórea (IMC). Em A3 também foram dosados após jejum de 12h: glicose, colesterol (C), LDLc, HDL-c e triglicerídeos e obtidas as medidas da circunferência abdominal (CA) e das dobras
cutâneas. Foi considerada hipertensão arterial (HA) em A1 quando PA > percentil 95 para sexo
e idade e em A3, quando PA > 140/90 mmHg.
RESULTADOS: 1) Os grupos não diferiram quanto à idade e sexo; 2) Em A1 não houve diferenças
entre os NSE quanto a PA e IMC; 3) Em A3, o Grupo 1 (NSE baixo) mostrou maiores médias de
PA sistólica e diastólica (p < 0,03), maiores médias de IMC (p < 0,02) e da dobra cutânea subescapular
(p < 0,05) e maior variação do IMC ao longo de 17 anos (p < 0,02) que o grupo 3 (NSE alto); 4)
Não houve diferenças em relação às variáveis metabólicas; 5) Ao longo de 17 anos, 50,0% dos
indivíduos que se mantiveram hipertensos pertenciam ao Grupo 1, enquanto que no Grupo 3,
45,7% permaneceram normotensos (p < 0,03); 6) Em análise de regressão logística foi observado
que quanto menor o NSE observado em A1, maior é a razão de chance para a ocorrência de HA
e sobrepeso / obesidade em A3.
CONCLUSÕES: Em indivíduos jovens acompanhados longitudinalmente, o NSE baixo na infância e adolescência associou-se a maior variação do IMC ao longo de 17 anos de acompanhamento
e maior pressão arterial e IMC na fase adulta jovem.
FUNDAMENTO: Estudos longitudinais sobre os fatores de risco cardiovascular em populações
jovens brasileiras são importantes para a adoção de estratégias de prevenção primária.
OBJETIVO: Avaliar a relação entre a medida da pressão arterial (PA) obtida na infância e
adolescência e as variáveis de risco cardiovascular obtidas na fase adulta jovem em acompanhamento longitudinal de 17 anos
DELINEAMENTO: Estudo observacional, longitudinal, prospectivo.
PACIENTES: Foram avaliados 91 indivíduos (47M) pertencentes à coorte do estudo do Rio de
Janeiro em seguimento de 205,40 ± 10,22 meses. Foram analisadas 2 avaliações: A1: aos 12,81
± 1,52 anos (10-15 anos), e A3: aos 30,05 ± 1,92 anos (26-34 anos). Dois grupos foram constituídos
de acordo com a PA obtida há 17 anos: Grupo N (n = 56): com PA< percentil 95 para sexo e idade;
Grupo H (n = 35): com PA > percentil 95 para sexo e idade.
MÉTODOS: Nas 2 avaliações foram obtidos PA, peso e altura e calculado o índice de massa
corpórea (IMC). Em A3 também foram dosados após jejum de 12h: glicose, colesterol e frações,
triglicerídeos e obtidas as medidas da circunferência abdominal (CA) e das dobras cutâneas. Em
A1, foi considerada hipertensão arterial (HA) quando PA > percentil 95 para sexo e idade e
Sobrepeso/Obesidade (S/O) foi definido quando IMC > percentil 85 para idade e sexo.
RESULTADOS: 1) Os grupos não diferiram quanto à idade e sexo; 2) Em A1 e A3, o grupo H
apresentou maiores médias de peso, IMC, PA sistólica e diastólica (p < 0,0001); 3) Ao longo de 17
anos, o grupo H apresentou maior variação da PA diastólica e do IMC (p < 0,02); 4) Em A3, o
Grupo H mostrou maiores médias de CA (p < 0,005) e maior percentual de gordura corporal (p <
0,02); 5) O grupo H tinha maior percentual de S/O (p < 0,03) em A1 6) Após 17 anos (A3), o
Grupo H tinha maior prevalência de HA, de S/O (p < 0,0001) e de síndrome metabólica (SM) (p <
0,02); 6) Não houve diferenças em relação às variáveis metabólicas; 7) Em análise de avaliação do
risco relativo, foi observado que a presença de percentil normal de PA e/ou a ausência de S/O na
infância e adolescência apresentou associação negativa para a presença de HA e SM na idade
adulta (OR = 0,177 IC 95%: 0,073-0,430 e OR = 0,450 IC 95%: 0,235-0,863, respectivamente).
CONCLUSÕES: Em 17 anos de acompanhamento, a medida elevada da PA na infância e adolescência associou-se a maiores valores de PA, dos índices antropométricos e maior prevalência de
síndrome metabólica na fase adulta jovem. Por outro lado, a presença de PA e/ou IMC normais na
infância e adolescência levou maior proteção para a ocorrência de HA e SM na idade adulta.
039
040
BÁSICA
TRATAMENTO
ANÁLISE TEMPORAL DA INFLUÊNCIA DA HIPERCOLESTEROLEMIA NA FUNÇÃO RENAL DE CAMUNDONGOS
RESPOSTA PRESSÓRICA AO EXERCÍCIO FÍSICO AERÓBIO COMPARANDO
INDIVÍDUOS HIPERTENSOS NEGROS E BRANCOS
Camille de Moura Balarini1, Ágata Lages Gava1, Silvana dos Santos Meyrelles1,
Elisardo Corral Vasquez1,2
Letícia Dominguez Campos, Bruno Martinelli, Silvia Regina Barrile
1
Universidade do Sagrado Coração, Bauru, São Paulo
2
Universidade Federal do Espírito Santo e EMESCAM
FUNDAMENTO: Já está estabelecido que as doenças cardiovasculares estão entre as principais
causas de morte nos países industrializados ocidentais e que a hipercolesterolemia é um dos
principais fatores de risco para o desenvolvimento de tais doenças. Em adição, a hipercolesterolemia influencia a biodisponibilidade de moléculas essenciais à fisiologia renal, tornando-se assim
pertinente avaliar a sua influência sobre a função deste órgão.
OBJETIVO: Avaliar se a hipercolesterolemia influencia temporalmente na função renal de camundongos a partir da taxa de depuração de creatinina.
MÉTODOS: Utilizaram-se animais knocknout para o gene da apolipoproteína E (ApoE) e seus
respectivos controles (C57), machos, com idades de 2, 4, 8 e 18 meses. Estes foram alocados em
gaiolas metabólicas para a coleta de urina de 24 horas e posteriormente, de sangue através do
plexo retro-orbital. Nestas amostras foi realizada a dosagem de creatinina por espectofotometria,
possibilitando o cálculo da depuração da mesma, que serve como uma inferência sobre a taxa de
filtração glomerular e função renal. Todos os dados estão expressos como média ± EPM. Para
análise estatística foi utilizada análise de variância de 2 vias, seguida pelo teste post hoc de Fisher.
RESULTADOS:
2 Meses
C57
ApoE
(N = 6)
(N = 5)
V. U. 2,9 ± 0,4
2,5 ± 0,4
Cl. Cr. 408 ± 92 184,4 ± 34,6**
4 Meses
C57
ApoE
(N = 6)
(N = 5)
2,3 ± 0,5 1,8 ± 0,2*
262 ± 98* 87,7 ± 14**
8 Meses
18 Meses
C57
ApoE
C57
ApoE
(N = 4)
(N = 4)
(N = 8)
(N = 9)
1,9 ± 0,4 1,7 ± 0,25*
1,6 ± 0,3*
1,9 ± 0,35*
97 ± 15** 104 ± 14** 196,6 ± 50,7** 163,3 ± 28,3**
Cl. Cr. = Clearance Creatinina (mcL/min); V. U. = Volume Urinário 24 horas (mL)
* p < 0,05 vs. C57 2 meses; ** p < 0,01 vs. C57 2 meses
À medida que houve um aumento da idade, observou-se uma queda no volume de urina excretado
em ambos os grupos, embora tal alteração ocorra precocemente nos animais ApoE. A depuração
de creatinina diminui progressivamente nos animais C57 à medida que se tornam mais velhos, ao
passo que os ApoE precocemente apresentam função renal prejudicada. Nos animais idosos (18
meses) houve aumento da depuração de creatinina no animais hipercolesterolêmicos e seus controles, provavelmente devido à acentuada perda de função renal, com provável lesão tubular.
CONCLUSÃO: A hipercolesterolemia tende a acelerar a perda de função renal decorrente do
envelhecimento nos grupos estudados.
APOIO: CNPq, CAPES, FAPES-PPSUS, Laboratório Bioclínico.
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial (HA) cresce em grande proporção, associada a morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares. A etiopatogenia é multifatorial, com prevalência em negros.
OBJETIVO: Verificar a resposta pressórica e bioquímica ao exercício aeróbio comparando
negros e brancos.
DELINEAMENTO: Estudo antes-depois com amostragem intencional, analisado pelo Comitê de
Ética e Pesquisa da Instituição.
PACIENTES: Participaram 14 brancos (G1) e 15 negros (G2) hipertensos, acima de 45 anos,
acompanhados no programa de atendimento ao paciente hipertenso em estágio supervisionado de
Fisioterapia.
MÉTODOS: Foram realizadas antropometria e análise bioquímica (glicose, triglicerídeo, colesterol total e frações). Os indivíduos realizaram protocolo de exercício aeróbio, com 40 min. de
exercício (60% a 80% da FCmáx.), precedido por 10 min. de aquecimento, seguido de 20 min. de
alongamento e relaxamento, três x/semana. Foram registradas pressão arterial sistólica (PAS)
(mmHg), diastólica (PAD) (mmHg) e freqüência cardíaca (FC) (bpm) pré e pós 12 semanas de
protocolo. Para a análise estatística considerou-se variáveis dependentes, antropometria e bioquímicos, e independente o protocolo de exercícios aeróbio. Foram utilizados teste t-student e análise
de variância para modelo com medidas repetidas em dois grupos independentes (p < 0,05).
RESULTADOS: No momento inicial G2 apresentou maiores valores de índice de massa corpórea
(IMC), circunferência abdominal (CA), de cintura (CC) e quadril (CQ), PAD, colesterol total e
HDL-colesterol (p < 0,05). Após a realização do protocolo de exercícios o gurpo G1 apresentou
diminuição significativa (p < 0,05) no peso (68,95 ± 10,70 para 67,91 ± 10,13 kg), IMC (27,87 ±
3,34 para 27,46 ± 3,32kg/m2), PAS (125,95 ± 14,56 para 118,01 ± 10,04), FC (81,44 ± 7,92 para
77,66 ± 6,54) e glicose (103,41 ± 14,14 para 95,14 ± 14,13), enquanto que G2 obtiveram diferença
estatística apenas em HDL-colesterol (60,73 ± 16,94 para 50,95 ± 15,95), que diminuiu após
treinamento, houve também diminuição de 5,86 mmHg na PAS, apesar de não significativo.
CONCLUSÕES: O exercício aeróbio teve efeito benéfico na redução da pressão em negros e
brancos, porém significativa nos brancos. Isso ocorreu também na redução de peso, IMC, FC e
glicose, enquanto os negros obtiveram diferença estatística apenas em HDL-colesterol, que diminuiu após o treinamento.
21
02 - Resumos.pm6
21
2/8/2007, 15:39
Resumos
041
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
042
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
ALTERAÇÕES AUTONÔMICA E PRESSÓRICA NAS MUDANÇAS POSTURAIS
EM PORTADORES DE DIABETES E/OU HIPERTENSÃO ARTERIAL
PRESSÃO ARTERIAL NO REPOUSO EM ADOLESCENTES – INFLUÊNCIAS
DA ATIVIDADE FÍSICA E DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
Fernanda de Barros Fróes, Fernanda Rudine Carqueijeiro, Miriam Pisani Megna,
Bruno Martinelli, Sílvia Regina Barrile
Odwaldo Barbosa e Silva, Pedro Israel Cabral de Lira, Gustavo Carvalho
Barbosa e Silva, Francisco Cândido Monteiro Cajueiro, Maria do Carmo
Medeiros
Universidade do Sagrado Coração (USC) e Associação dos Diabéticos de Bauru (ADB), Bauru, São Paulo.
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE
FUNDAMENTO: A disfunção do sistema nervoso autonômico é estudada em indivíduos portadores de diabetes mellitus e hipertensão arterial, porém pouco estudada em ambos. Essa manifestação é decorrente de função barorreflexa anormal incluindo perda da variabilidade da freqüência cardíaca (FC) em repouso e hipotensão postural.
OBJETIVO: O objetivo desse estudo foi avaliar as diferenças da pressão arterial (PA) e FC na
mudança postural entre grupos de portadores de hipertensão/diabetes e hipertensão isolada.
DELINEAMENTO: Estudo prospectivo com amostragem intencional, analisado pelo Comitê de
Ética e Pesquisa da Instituição.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram avaliados 15 portadores de hipertensão (G1) e 16 de hipertensão e diabetes (G2) com idade entre 50-75 anos, acompanhados no projeto de Extensão Universitária e no Programa de atendimento ao paciente hipertenso na clínica escola de Fisioterapia.
MÉTODOS: Foram realizadas triagem pressórica, pressão arterial sistólica (PAS) (mmHg) e
diastólica (PAD) (mmHg), e pulso, em repouso. A avaliação antropométrica constou peso (kg),
altura (m) e índice de massa corpórea (kg/m2). Para análise de mudança postural, foi utilizado
teste ortostático nas posições: sentada (5 min.), deitada (1 min.) e em pé (imediatamente, após 1
min. e 5 min.). Para análise estatística foi utilizado teste t de Student para amostras pareadas, sendo
PA e FC, variável dependente e mudança postural, variável independente.
RESULTADOS: O peso e IMC em G1 e G2 formam de 73,29 ± 10,14 kg e de 27,46 ± 2,98 kg/m2,
72,99 ± 7,92 kg e 29,70 ± 3,80 kg/m2, respectivamente. Apresentaram PA controlada no momento
inicial com PAS e PAD de 121,00 ± 34,09 mmHg e 80,02 ± 10,38 mmHg para G1 e de 131,19 ±
17,58 mmHg e 80,79 ± 15,35 mmHg para G2, respectivamente. Não houve diferença significativa
das variáveis entre os grupos no momento inicial. Ao analisar as mudanças posturais, na posição
deitada, houve aumento significativo da PAS no G2 (p < 0,05). Não houve diferença da PAD nas
diferentes mudanças de postura nos dois grupos. No G1 houve diminuição significativa da FC na
posição deitada (p < 0,05), com tendência a aumento nas outras posturas. No G2 houve diminuição
da FC na postura deitada, e aumento nas posições em pé em 1 e 5 min. (p < 0,05). Não houve
diferença significativa das mudanças posturais entre os grupos.
CONCLUSÕES: Os grupos não apresentaram hipotensão postural durante o teste. Ocorreu aumento da PAS nos portadores de hipertensão e diabetes na posição deitada, provavelmente por
aumento no retorno venoso. A diminuição da FC deitado era esperada assim como o aumento na
posição em pé, o que foi encontrado em G2, esse aumento ocorreu, possivelmente, por estimulação simpática secundária ao estímulo dos barorreceptores. Indivíduos hipertensos, independentes
de apresentarem diabetes, não foram diferentes nas respostas das mudanças posturais.
043
TRATAMENTO
FUNDAMENTO: Nos últimos anos vem-se reconhecendo maior número de casos de hipertensão
arterial essencial nos adolescentes, freqüentemente associada à obesidade. Alterações no comportamento alimentar e estilo de vida sedentária em indivíduos geneticamente susceptível contribuiriam para o importante aumento da obesidade.
OBJETIVO: Descrever os níveis da pressão arterial (PA) sistêmica no repouso em adolescentes
e sua relação com o índice de massa corporal (IMC) e atividade física.
DELINEAMENTO: Estudo descritivo com componente analítico.
PACIENTE OU MATERIAL: 502 estudantes entre 14 e 17 anos de ambos os sexos, examinados
em 2005 e 2006.
MÉTODOS: Descrição da pressão arterial, das características antropométricas e de atividade
física, comparações da diferença entre médias e proporções e análise de regressão linear de
Pearson para determinar a associação entre a PA, o IMC e a atividade física segundo a variável
sexo, atribuindo-se significância estatística para valores de p < 0,05.
RESULTADOS: Nas meninas e nos meninos com IMC normal as PA sistólica (PAS) e PA diastólica
(PAD) eram menores, quando comparadas aos com IMC aumentado, com valores estatisticamente significantes, exceto para PAD em meninos. A análise de regressão linear de Pearson não
mostrou correlação do número de horas ativas ou sedentárias com o IMC, porém, o IMC teve
correlação positiva com a PAS e PAD. As horas de atividade física tiveram correlação negativa
com a PAD e as horas sedentárias não se correlacionaram com a PA.
CONCLUSÕES: A associação positiva do IMC com valores mais elevados da PA e a associação
negativa das horas ativas por semana com a PAD, sugerem que devam ser estimuladas medidas
preventivas para combater o sobrepeso e aumentar a atividade física entre os adolescentes.
044
TRATAMENTO
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ASSOCIADA À FÍSTULA ARTERIOVENOSA RENAL: RELATO DE DOIS CASOS
HIPERTENSÃO DE DIFÍCIL CONTROLE ASSOCIADA À TERATOMA DE OVÁRIO
Melo NCV, Mundim JS, Costalonga EC, Pedreira AB, Ikejiri DS, Ebad GX, Lucon
AM, Praxedes JN, Santelo JL
Melo NCV, Costalonga EC, Pedreira AB, Fontes MS, Santelo JL, Praxedes JN
Departamento de Nefrologia do HC-FMUSP, São Paulo, SP
Departamento de Nefrologia do HC-FMUSP
FUNDAMENTO: Fístula arteriovenosa (FAV) de rim primitivo é causa rara e potencialmente
reversível de hipertensão arterial sistêmica (HAS), insuficiências renal e cardíaca.
OBJETIVO: Relatar dois casos de hipertensão arterial, insuficiência renal e cardíaca secundárias
a FAV não traumática de rim primitivo e a conduta terapêutica adotada em cada caso.
DELINEAMENTO: Relato de caso
RELATO DE CASO: Caso 1: Adolescente, 18 anos, sexo masculino, branco, que apresentou em
exame clínico de rotina surgimento de sopro abdominal de forte intensidade em flanco direito
associado à HAS leve e alteração de função renal com creatinina de 1,45 mg/dl. Ultrassonografia
(USG) com doppler de artérias renais evidenciou FAV renal direita, que foi confirmada por
angiotomografia computadorizada. Arteriografia renal mostrou FAV hilar renal de alto fluxo com
preenchimento irregular do parênquima renal por contraste. Optou-se pela correção cirúrgica da
FAV através de ligadura do ramo da artéria renal responsável pela mesma. O Paciente evolui com
desaparecimento do sopro abdominal. Caso 2: Mulher, 38 anos, branca, admitida com quadro de
insuficiência cardíaca congestiva (ICC) descompensada associada à hipertensão de difícil controle e presença de sopro abdominal em flanco esquerdo. Há 3 anos apresentara quadro semelhante no vigésimo dia pós-parto cesariano, tendo recebido o diagnóstico de miocardiopatia pósparto. USG com doppler de abdômen evidenciou rim esquerdo único e fístula arterio-venosa
intrarenal, confirmados por tomografia computadorizada. Optou-se por abordagem e correção
da fístula através de radiologia intervencionista após compensação clínica, devido aos riscos
inerentes ao procedimento cirúrgico em paciente com rim único. Atualmente paciente encontrase em tratamento conservador aguardando abordagem terapêutica.
CONCLUSÕES: FAV é causa rara de HAS e perda de função renal secundárias à ativação do
sistema renina-angiotensina e ao “roubo” de fluxo sanguíneo pela FAV, respectivamente. Encontra-se ainda associada à ICC de alto débito devido ao aumento do retorno venoso decorrente da
FAV. Todas essas condições podem ser evitadas ou revertidas com a correção da FAV, que, portanto, deve ser sempre cogitada.
FUNDAMENTO: Hidronefrose unilateral é uma causa rara de hipertensão arterial sistêmica
(HAS), geralmente responsiva à nefrectomia ou nefrostomia descompressiva. Massas anexiais,
especialmente as benignas, não costumam causar obstrução ureteral ou hidronefrose.
OBJETIVO: Descrever um caso raro de teratoma de ovário benigno como causa de hidronefrose
gigante unilateral e conseqüentes hipertensão de difícil controle e exclusão renal ipslateral.
DELINEAMENTO: Relato de Caso.
RELATO DE CASO: Mulher de 42 anos, portadora de HAS há 14 anos, foi submetida à angioplastia por balão de artéria renal direita há 4 anos, devido à estenose do óstio da mesma. Na
ocasião, apresentava rim esquerdo de dimensões reduzidas (7,8 cm) com artéria difusamente
estreitada e função renal relativa de 19%. Após a angioplastia, evoluiu com redução dos níveis
pressóricos, porém ainda com necessidade de uso de anti-hipertensivos. Há um ano começou a
apresentar piora progressiva do controle pressórico, apesar de uso regular dos medicamentos.
Tomografia computadorizada mostrou rim direito de dimensões preservadas e com artéria renal
pérvia e rim esquerdo de 13 cm com acentuado afilamento do parênquima decorrente de severa
uretero-hidronefrose, até a região anexial ipsilateral, onde notava-se massa medindo 5,0 cm,
compatível com teratoma. A artéria renal esquerda encontrava-se difusamente afilada, mas sem
sinais de estenose. A cintilografia renal revelou rim excluso à esquerda. A paciente foi submetida
à nefrectomia esquerda e exérese da massa em ovário ipsilateral , evoluindo com melhora significativa do controle pressórico no pós-operatório. O exame anatomopatológico de cisto anexial
foi compatível com teratoma benigno.
CONCLUSÕES: Apesar de raramente descrito, massas anexiais benignas, em particular o teratoma,
podem determinar obstrução ureteral e subseqüente hidronefrose, que por sua vez pode gerar ou
agravar hipertensão arterial sistêmica.
22
02 - Resumos.pm6
22
2/8/2007, 15:39
Resumos
045
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
046
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
EFEITOS CARDIOVASCULARES AO TRATAMENTO CRÔNICO COM ÁCIDO
ASCÓRBICO NA HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
A HIPERTENSÃO ARTERIAL RENOVASCULAR NÃO AGRAVA A PERIODONTITE EXPERIMENTAL EM RATOS
Érika Emy Nishi, Elizabeth Barbosa de Oliveira-Sales, Cássia M. Bergamaschi,
Ruy Ribeiro de Campos Junior
Silva LMR, Pereira RB, Veloso TRG, Meyrelles SS
UNIFESP, São Paulo, SP
Laboratório de Transgenes e Controle Cardiovascular, Programa de Pós-Graduação em Ciências
Fisiológicas, Centro de Ciências da Saúde, UFES
FUNDAMENTO: O estresse oxidativo tem sido apontado como um dos mecanismos envolvidos
no desenvolvimento e manutenção da hipertensão renovascular.
OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo investigar se a administração crônica de ácido
ascórbico (Vit C) em ratos hipertensos renovasculares 2 rins-1 clipe (2R-1C) modifica parâmetros
cardiovasculares como pressão arterial média (PAM), freqüência cardíaca (FC) e controle
barorreflexo da FC.
DELINEAMENTO: O estudo experimental foi realizado em animais Controles tratados com Vit
C (CTL Vit C = 8) e não tratados (CTL = 5) e Hipertensos tratados com Vit C (2R-1C Vit C = 7)
e não tratados (2R-1C = 5).
PACIENTE OU MATERIAL: Foram utilizados ratos Wistar (250 a 300g), 6 semanas após a
cirurgia para indução da hipertensão 2R-1C.
MÉTODOS: O tratamento com Vit C (250 mg/kg/dia) foi realizado uma vez ao dia durante sete
dias, por gavagem. Um dia antes dos experimentos, os animais tiveram a artéria e veia femoral
canuladas para registro direto da PAM e FC, e injeção de drogas, respectivamente. Após o registro
basal da PAM e FC, foi realizado o teste do barorreflexo cardíaco nos animais acordados, utilizando-se três doses pressoras de fenilefrina (3, 5 e 10 µg/kg) e nitroprussiato de sódio (5, 15 e 20
µg/kg). A partir das variações de FC e PAM provocadas por essas drogas vasoativas, o ganho
barorreflexo para o controle da FC foi determinado e expresso em bat/mmHg.
RESULTADOS: Não houve mudanças nos níveis basais da PAM e FC em ambos os grupos tratados
cronicamente com Vit C, quando comparados aos seus grupos não tratados correspondentes.
Entretanto, em ambos os grupos tratados com Vit C, houve aumento do ganho barorreflexo cardíaco após a administração das três doses de fenilefrina, caracterizando o componente vagal do
controle de FC. A menor dose de fenilefrina (3 µg/kg) mostrou um maior ganho no grupo 2R-1C
Vit C (-2,15 ± 0,43 bat/mmHg) em relação ao grupo 2R-1C (-0,99 ± 0,24 bat/mmHg P < 0,03).
Quanto ao ganho barorreflexo cardíaco para o nitroprussiato de sódio, nas três doses administradas, a Vit C foi capaz de reduzir as respostas taquicárdicas em ambos os grupos. A maior dose de
nitroprussiato (20 µg/kg) mostrou no grupo 2R-1C um ganho de -4,14 ± 0,60 bat/mmHg e no grupo
2R-1C Vit C -1,51 ± 0,30 bat/mmHg (P < 0,05).
CONCLUSÕES: Em conjunto, os resultados sugerem uma participação do estresse oxidativo no
controle reflexo da FC.
FUNDAMENTOS: A doença periodontal é uma doença inflamatória crônica que pode levar a
perda do dente. Embora estudos relatem a influência de doenças sistêmicas, tais como diabetes
e AIDS sobre a doença periodontal, a literatura se apresenta escassa no que diz respeito à relação
entre periodontite e hipertensão arterial.
OBJETIVO: Avaliar o efeito da hipertensão arterial renovascular sobre a periodontite em ratos.
MÉTODOS E RESULTADOS: Foram utilizados 11 ratos Wistar, com 5 semanas de idade e com
peso corporal variando de 150 a 170g. Os animais foram randomicamente divididos em 2 grupos:
Hipertensão Arterial Renovascular (HA) e SHAM. No dia 0 todos os animais foram anestesiados
com hidrato de cloral (0,4 g/Kg, i.p.) para a realização de laparotomia e afastamento das alças
intestinais. Apenas o grupo HA foi submetido a clipagem da artéria renal. A ferida cirúrgica foi
suturada e os animais permaneceram em observação até a recuperação da anestesia. No décimo
quarto dia os animais foram novamente anestesiados para a indução da periodontite experimental
por ligadura do primeiro molar inferior esquerdo. O molar contralateral não foi ligado para servir
de controle da periodontite. No vigésimo sétimo dia, sob anestesia, foi realizada a canulação da
artéria femoral esquerda dos animais. Decorridas vinte e quatro horas, com o animal acordado
foram obtidos registros hemodinâmicos para comprovar a HA. Em seguida os animais foram
sacrificados por overdose anestésica e a mandíbula removida para processamento histológico. O
parâmetro clínico utilizado para o diagnóstico de periodontite foi a perda óssea, determinada pela
medida da distância entre a junção cemento esmalte e a crista óssea, na região interproximal distal
ao primeiro molar. Também foi realizada a contagem relativa de células polimorfonucleares
(PMN). Como esperado, a pressão arterial média foi maior nos animais HA (178 ± 4,6, N = 6 vs
SHAM: 107,8 ± 1,4 mmHg, N = 5; P < 0,05) sem alterações de freqüência cardíaca. Não houve
diferença quanto a perda óssea entre os grupos HA com periodontite (0,815 ± 0,11 µm, N = 6) e
SHAM com periodontite (0,774 ± 0,06 µm, N = 5; P > 0,05). A contagem de PMN também não foi
influenciada pela HA (HA com periodontite: 40,3 ± 3,5 %, N = 6; SHAM com periodontite: 34,7
± 3,1%, N = 5; P > 0.05).
CONCLUSÃO: A hipertensão arterial renovascular não foi capaz de agravar a doença periodontal,
quanto aos parâmetros avaliados.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, Capes e Facitec.
047
048
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
EFEITOS CARDIOVASCULARES À ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DE ANTIOXIDANTE NA HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA
RESPOSTAS CARDIOVASCULARES À ADMINISTRAÇÃO AGUDA DE ANTIOXIDANTE NA HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA
Elizabeth Barbosa de Oliveira-Sales, Bruno de Arruda Carillo, Érika Nishi,
Mirian Aparecida Boim, Cássia M. Bergamaschi, Ruy Ribeiro de Campos Junior
Elizabeth Barbosa de Oliveira-Sales, Bruno de Arruda Carillo, Érika Nishi,
Paulo José Forcina Martins, Vânia D‘Almeida, Cássia M. Bergamaschi, Ruy
Ribeiro de Campos Junior
UNIFESP, São Paulo, SP
UNIFESP, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: O estresse oxidativo caracteriza-se como um dos mecanismos envolvidos no
desenvolvimento e manutenção da hipertensão renovascular (2R-1C). Além disso, neste modelo,
a região rostroventrolateral do bulbo (RVL) é o principal pré-motor do simpático responsável pelo
aumento da atividade simpática e manutenção da hipertensão.
OBJETIVO: Uma das hipóteses é que um excesso na atividade NAD(P)H oxidase-enzima produtora de ROS e uma redução na CuZnSOD-enzima antioxidante endógena, na região RVL pode
contribuir para o desenvolvimento da hipertensão 2R-1C. Por isso, o primeiro objetivo foi quantificar
a expressão gênica das subunidades da enzima NAD(P)H oxidase: p47phox e gp91phox e de
CuZnSOD em animais hipertensos renovasculares. E para testar funcionalmente se o estresse
oxidativo estava envolvido na manutenção do tônus vasomotor simpático e da pressão arterial
neste modelo, foi administrado o mimético da superóxido dismutase 4-hidroxi-2,2,6,6tetramethilpiperidina-1-oxil (Tempol) na região RVL.
DELINEAMENTO: O estudo experimental foi realizado em animais controles (C = 10) e Hipertensos (2R-1C = 10).
PACIENTE OU MATERIAL: Foram utilizados ratos Wistar machos (250 a 300g), 6 semanas
após a cirurgia para indução da hipertensão 2R-1C.
MÉTODOS: Para quantificar a expressão gênica, a região RVL foi microdissecada com a utilização de “micropunch” e utilizada no PCR em Tempo Real. Foram realizadas microinjeções
bilaterais de 1; 5 e 10 nmol de Tempol na RVL em um volume de 100 nL e a pressão arterial média
(PAM), freqüência cardíaca (FC) e a atividade nervosa simpática renal (ANSR) foram monitoradas.
RESULTADOS: A expressão gênica das subunidades de NAD(P)H oxidase: p47phox e gp91phox foi
significativamente aumentada nos animais hipertensos na RVL em relação aos normotensos (C 1,0 ±
0,1 e 2R-1C 21,8 ± 3,6 UA; C 1,0 ± 0,2 e 2R-1C 4,6 ±1,8 UA, respectivamente). Entretanto, a expressão
de CuZnSOD na RVL nos animais hipertensos apresentou semelhança em relação aos normotensos
(2R-1C 0,9 ± 0,01/C 0,85 ± 0,2 UA). A menor concentração de Tempol (1 nmol) causou a maior
diminuição da PAM em relação às outras concentrações (15 ± 1%, P < 0,03) seguida de uma diminuição na ANSR (11 ± 2%). Não ocorreram variações importantes na FC. Tempol 5 nmol reduziu
significativamente PAM (12 ± 4%, P < 0,03) no 2R-1C e a ANSR diminuiu 20 ± 7%, P < 0,0001.
Entretanto, Tempol 10 nmol aumentou a PAM em 8 ± 2% e ANSR permaneceu constante. Nos animais
normotensos, Tempol 1; 5 e 10 nmol produziu um ligeiro aumento não significante de PAM. Entretanto,
a administração de Tempol 1 e 5 nmol causou uma ligeira redução da ANSR (6 ± 2% e 2 ± 2%,
respectivamente) e Tempol 10 nmol causou um ligeiro aumento da ANSR (3,6 ± 2%).
CONCLUSÕES: Estes resultados sugerem que na hipertensão 2R-1C o aumento da PAM e da
ANSR podem estar associados com o estado de estresse oxidativo na região RVL.
FUNDAMENTO: Os mecanismos fisiopatológicos responsáveis pela manutenção da hipertensão
renovascular (2R-1C) permanecem indefinidos. Sabe-se que o estresse oxidativo caracterizado
por um estado de desequilíbrio entre as espécies reativas de oxigênio e os sistemas antioxidantes
endógenos pode estar envolvido neste modelo de hipertensão.
OBJETIVO: Uma das hipóteses é a de que o excesso na geração de Angiotensina-II possa levar
a liberação de superóxidos e aumentar a vasoconstrição, além de gerar uma hipertonia simpática.
O primeiro objetivo foi examinar se o estresse oxidativo sistêmico no modelo 2R-1C estava aumentado. E para testar funcionalmente a contribuição do estresse oxidativo neste modelo, administramos um antioxidante agudamente -mimético da superóxido dismutase 4-hidroxi-2,2,6,6tetramethilpiperidina-1-oxil (Tempol) em animais hipertensos 2R-1C e avaliamos a pressão arterial média (PAM), freqüência cardíaca (FC) e a atividade nervosa simpática renal (ANSR).
DELINEAMENTO: O estudo experimental foi realizado em animais Controles (C = 13) e Hipertensos (2R-1C = 14).
PACIENTE OU MATERIAL: Foram utilizados ratos Wistar machos (250 a 300g), 6 semanas
após a cirurgia para indução da hipertensão 2R-1C.
MÉTODOS: Para a primeira série de experimentos, os animais foram decapitados, amostras de
sangue foram coletadas para realização de medidas das substâncias reativas de ácido tiobarbitúrico
(TBARS) no espectrofotômetro. Na segunda série, a artéria e veia femorais foram canuladas
visando o registro da pressão arterial e administração de drogas, respectivamente. O Tempol foi
administrado 10 e 30 mg/kg (EV) durante 6 minutos, por meio de uma bomba de infusão. Os ratos
foram anestesiados com uretana (1,4g/kg, IV) e o registro da ANSR foi realizado com eletrodos
bipolares. A PAM, FC e a ANSR foram monitoradas durante 30 minutos.
RESULTADOS: O TBARS plasmático foi significativamente aumentado nos animais hipertensos
(2K-1C: 2,2 ± 0,4 vs C: 1,6 ± 0,3 nmol/ml, p < 0,07). O tratamento agudo com Tempol (10 mg/kg)
nos ratos hipertensos diminuiu 7 ± 1% a PAM durante a infusão seguida de uma diminuição
significante na ANSR (8 ± 2%, p < 0,02). Não ocorreram variações importantes na FC. Tempol
(30 mg/kg) reduziu significativamente PAM (23 ± 4%, p < 0,001) no 2R-1C e a ANSR diminuiu
17 ± 7%, p< 0,04. Nos animais normotensos, Tempol 10 mg/kg não modificou a PAM, FC e ANSR.
Entretanto, a administração de Tempol 30 mg/kg reduziu a PAM (10 ± 2%) sem modificar a ANSR
e FC.
CONCLUSÕES: Estes resultados sugerem que na hipertensão 2R-1C o aumento da PAM e da
ANSR podem estar associados com o estado de estresse oxidativo sistêmico.
23
02 - Resumos.pm6
23
2/8/2007, 15:39
Resumos
049
050
BÁSICA
EFEITOS DA ADMINISTRAÇÃO DE DUAS DROGAS HIPOGLICEMIANTES SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E O METABOLISMO GLICÍDICO DE UM MODELO EXPERIMENTAL DE SÍNDROME METABÓLICA
Carolina Baeta Neves Duarte Ferreira, Mário Luis Ribeiro Cesaretti, Milton
Ginoza, Osvaldo Kohlmann Jr.
BÁSICA
IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DIFICULTADORES NO SEGUIMENTO AO
TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL
Célida Juliana de Oliveira, Rita Neuma Dantas Cavalcante de Abreu, Thereza
Maria Magalhães Moreira
Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, Ceará
Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, São Paulo, São Paulo
FUNDAMENTO: Alterações do metabolismo dos carboidratos e da gordura representadas principal e respectivamente pela resistência à ação da insulina e pelo acúmulo de gordura visceral são
mecanismos-chave no desenvolvimento de hipertensão arterial, diabetes melitus tipo 2 e dislipidemia. Tais doenças crônicas têm contribuído para aumentar a morbi-mortalidade associada a
doenças cardiovasculares.
OBJETIVO: Avaliar os efeitos da administração de metformina e pioglitazona sobre a pressão
arterial e o metabolismo glicídico de Ratos Espontaneamente Hipertensos (SHR) tornados obesos
pela injeção neonatal de Glutamato Monossódico (MSG).
MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados ratos da cepa SHR e Wistar. Os primeiros receberam até o 11º dia de vida, por via subcutânea, 2 mg/kg/dia de MSG em dias alternados (grupo
SHR + MSG). Os Wistar receberam a mesma dose, porém diariamente (grupo Wistar + MSG).
Os animais controles receberam o mesmo volume de salina (grupos SHR e Wistar). Parte dos
animais dos dois grupos, a partir de 12 semanas de vida, passou a receber, por gavagem, 500 mg/
kg/dia de metformina ou 20 mg/kg/dia de pioglitazona (grupos SHR + Met, SHR + Pio, Wistar +
Met, Wistar + Pio, SHR + MSG + Met, SHR + MSG + Pio, Wistar + MSG + Met e Wistar + MSG
+ Pio), por mais 12 semanas. Neste período, foram acompanhados a pressão arterial de cauda
(PAC, mmHg) e peso corporal (PC, g) e, ao final, foi realizado teste de tolerância oral à glicose,
onde se mediu a área sobre a curva de glicose (ASCG) e a área sobre a curva de insulina (ASCI).
A partir desses dois dados é possível medir o índice de sensibilidade à insulina (ISI = 10000/
ACSGxASCI). A gordura epididimal, que nos dá parâmetros sobre a gordura visceral dos animais,
também foi retirada e pesada.
RESULTADOS:
SHR
SHR + MSG
SHR + MSG + Met SHR + MSG + PIO
Mudança na PAC
+ 22.8 ± 5.18 + 21.6 ± 6.87*
- 2,9 ± 4.33#
+ 5.79 ± 4.22
% Mudança PAC
+26.1 ± 3.83
+17,8 ± 2.96
+19,9 ± 5,76
+44.4 ± 8.48#*
ASCG
172.8 ± 0.5
199.9 ± 12.2*
163.7 ± 12,0#
196.7 ± 12.9
ASCI
4.97 ± 0.18
7.13 ± 0.43*
3.39 ± 0.30#
6.46 ± 0.77
ISI
12.12 ± 0.56
7.58 ± 1.99*
15.84 ± 1,40#
9.33 ± 1.57
Gord. Epidídimo
1.22 ± 0.07
2.57 ± 0.05*
0.84 ± 0.04#
1.08 ± 0.04#
FUNDAMENTO: O tratamento da hipertensão arterial (HA) objetiva a máxima redução da
pressão arterial e consiste em tratamento não-farmacológico e o farmacológico. Conhecendo-se
o tratamento da HA e os benefícios deste, torna-se indispensável a sua adesão pelo portador,
porém a literatura apresenta vários fatores que têm contribuído para a não-adesão.
OBJETIVO: O estudo tem por objetivo identificar os fatores intervenientes na adesão ao tratamento anti-hipertensivo em periódicos da enfermagem brasileira.
DELINEAMENTO: Estudo bibliográfico, retrospectivo, de natureza quantitativa.
PACIENTE OU MATERIAL: Artigos de enfermagem, de circulação internacional, presentes
na Base de Dados Bibliográficos Especializados na Área de Enfermagem do Brasil (BDENF).
MÉTODOS: Busca sistematizada dos artigos de enfermagem que continham como descritor
“hipertensão” ou “hipertensão arterial”, publicados no período de 1995 a 2005.
RESULTADOS: Foram identificados 38 artigos, destes 14 apresentavam fatores que interferem
na adesão ao tratamento. Os fatores relacionados aos pacientes mais citados foram: desconhecimento da doença, dificuldades financeiras, falta de tempo do paciente, conflitos familiares; referente ao tratamento não-farmacológico tem-se: dificuldade em realizar exercício físico, reduzir sal da dieta, diminuir gorduras dos alimentos e controlar estresse/ansiedade; quanto ao tratamento farmacológico, os mais citados foram: efeitos colaterais, custo dos medicamentos, número
de comprimidos, dose dos medicamentos e, os relacionados ao serviço de saúde são: dificuldade
no acesso ao serviço, falta de medicamentos na farmácia, dificuldade de comunicação profissional-cliente e demora no atendimento.
CONCLUSÕES: O conhecimento desses fatores é fundamental para que a enfermagem possa
planejamento estratégias que facilitem a adesão do cliente portador de hipertensão arterial ao
tratamento.
CONCLUSÕES: Neste modelo de obesidade induzida por glutamato monossódico, houve melhora da sensibilidade à insulina nos ratos tratados com metformina, mas não com pioglitazona. Este
fato pode ser explicado pela diminuição da eficácia do tratamento com as tiazolidinedionas nos
ratos SHR. Em ambos os grupos tratados houve redução da adiposidade visceral.
051
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
052
BÁSICA
CONSUMO DE ÁCIDO FÓLICO EM MULHERES JOVENS: UM ESTUDO EM ALUNAS DA ÁREA DE SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DA CIDADE DO
RECIFE
AN ORALLY-ACTIVE FORMULATION OF ANGIOTENSIN-(1-7) PRODUCES
MAS-DEPENDENT ANTITHROMBOTIC EFFECT
Vanessa Cristina Martins Leal Bezerra1, Maíra Pereira Simões1, Aline Rafaelly
Apolônio da Silva1, Brhenda Sobrinho Bezerra1, Poliana Coelho Cabral2
1
Curso de Graduação em Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alunos de
iniciação científica, PIBIC/CNPQ1 – Professor adjunto, Depto de Nutrição (UFPE) 2
FUNDAMENTO: A homocisteinemia responsiva ao folato é uma condição associada ao maior
risco de eventos cardiovasculares e é comum entre indivíduos saudáveis, sugerindo que as deficiências subclínicas de folato podem ser bastante freqüentes.
OBJETIVO: Avaliar o consumo de ácido fólico em mulheres jovens, alunas da área de saúde da
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
DELINEAMENTO: Estudo de caráter transversal.
PACIENTE OU MATERIAL: 154 alunas de uma universidade pública do Recife.
MÉTODOS: Com o objetivo de estimar o consumo quantitativo de ácido fólico foi empregado um
inquérito alimentar tipo recordatório de 24 horas. A construção do banco de dados e a análise
estatística foram realizadas nos programas Epi-info e SPSS. A comparação entre as médias foram
realizadas pelo teste ‘’t’’ de Student e pela Análise de Variância, utilizando-se o teste de Scheffé
a posteriori, quando necessário. Foi adotado o nível de significância de 5% para rejeição da
hipótese de nulidade. A análise da composição da dieta foi realizada através do software de apoio
a Nutrição da Escola Paulista de Medicina.
RESULTADOS: Os dados desse estudo mostram resultados bastante preocupantes, tendo em vista
que, o percentual de inadequação do ácido fólico na dieta das estudantes ficou em torno de 97%.
A mediana de ingestão de ácido fólico foi de 95,6 mg (p25 = 58,1 mg e p75 = 140,3 mg), sendo
que a recomendação (EAR) para a faixa etária avaliada é de 320 mg.
CONCLUSÕES: Os resultados acima mostram que a prevalência de inadequação de ácido fólico
na dieta das estudantes é algo alarmante, em virtude do envolvimento desse nutriente na redução
do risco cardiovascular pelo seu papel na diminuição da hiperhomocisteinemia. Desse modo,
torna-se necessário a realização de programas de intervenção e orientação nutricional para esse
grupo em particular.
Fraga-Silva RA1, Sinisterra RD2, Sousa FB2, Alenina N3, Bader M3, Santos RAS1
Dept. of Physiology, Biological Science Institute, Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brazil, 2Dept. of Chemistry, Exact Science Institute, Federal University of Minas
Gerais, Belo Horizonte, MG, Brazil, 3Max-Delbrück Center for Molecular Medicine, Berlin,
Germany
The cyclodextrins (CyDs) are pharmaceutical tools used for design and evaluation of drug
formulation. Inclusion complexes based on CyD can be used for the enhancement of drug stability
and/or absorption across biological barriers, serving as potent drug carrier in the immediate
release formulations. Recently we have shown that the antithrombotic effect of Angiotensin-(17) [Ang-(1-7)] is dependent of receptor Mas. Here we described an orally-active formulation
based on Ang-(1-7) inclusion in CyD [Ang-(1-7)-CyD] as an antithrombotic Mas-dependent
agent. To test the antithrombotic effect of Ang-(1-7)-CyD, thrombus formation was induced in the
abdominal vena cava of male Mas-knockout (Mas-/-) and wild type (Mas+/+) mice by 30% ferric
chloride (FeCl3) solution. Acute oral administration of Ang-(1-7)-CyD [100 µg/Kg of Ang-(1-7)]
was performed two hours before starting the surgical procedures. After 30 minutes of FeCl 3
topical application the thrombus formed was carefully removed and dried. The thrombus formation
was measured by thrombus weight. In addition, to evaluate the effect of Ang-(1-7)-CyD in a
pathological condition, we tested the antithrombotic effect of chronic oral treatment with Ang-(17)-CyD in spontaneous hypertensive rats (SHR) [30 µg/ Kg once a day for 8 weeks]. The thrombus
formation was induced in the abdominal vena cava by ligature. After two hours, the thrombus
formed was removed, dried and weighted. Ang-(1-7)-CyD promoted an antithrombotic effect in
Mas+/+ mice, strikingly this effect was abolished in Mas-/- (Mas+/+: 0.77 ± 0.10 vs. 0.37 ± 0.02 mg;
Mas-/-: 0.97 ± 0.11 vs. 0.87 ± 0.14 mg). The prolonged treatment with Ang-(1-7)-CyD promotes
a potent antithrombotic effect in SHR (Vehicle: 5.29 ± 1.38 mg vs. Ang-(1-7)-CyD: 1.39 ± 0.68
mg). These results show that the oral formulation Ang-(1-7)-CyD possess antithrombotic activity
which is Mas-dependent. Furthermore, these results suggest that formulation of Mas agonist such
as Ang-(1-7)-CyD could be used for treating thrombotic diseases.
24
02 - Resumos.pm6
24
2/8/2007, 15:39
Resumos
053
BÁSICA
EVIDENCE THAT THE VASODILATOR ANGIOTENSIN-(1-7)-MAS AXIS PLAYS
A CRITICAL ROLE IN ERECTILE FUNCTION
Costa-Gonçalves AC7, Leite R2, Fraga-Silva RA1, Pinheiro SV1, Reis AB3, Reis FM4,
Touyz RM56, Webb RC2, Alenina N7, Bader M7, Santos RAS1
1
Department of Physiology, Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais,
Brazil, 2 Department of Physiology, Medical College of Georgia, Augusta, Georgia, USA, 3 Surgery
Department, Medical School of Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais,
Brazil, 4 Gynecology and Obstetrics Department, Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil, 5 Kidney Research Centre, Ottawa Health Research Institute,
University of Ottawa, Ontario, Canada, 6 Clinical Research Institute of Montreal, University of
Montreal, Quebec, Canada, 7 Max-Delbrück Center for Molecular Medicine, Christan-AlbrechtsUniversity of Kiel, Berlin, Germany
The vasodilator/antiproliferative peptide angiotensin-(1-7) [Ang-(1-7)] is released into the corpus
cavernosum sinuses, but its role on erectile function has not yet been defined. In this study we
sought to determine whether Ang-(1-7) and its receptor Mas play a role in erectile function. The
Ang-(1-7) receptor Mas was immunolocalized in human and rat corpus cavernosum by confocal
microscopy. Infusion of Ang-(1-7) into corpus cavernosum at a rate of 15.5 pmol/Kg/min potentiated
the elevation of the corpus cavernosum pressure (CCP) induced by electrical stimulation of the
major pelvic ganglion (MPG) in rats, without altering mean arterial pressure (MAP) (CCP/MAP,
0.27 ± 0.04, 0.31 ± 0.05, 0.54 ± 0.08 vs 0.54 ± 0.08, 0.63 ± 0.06, 0.78 ± 0.04, for 1.0, 1.2 and 1.5
V, respectively. P < 0.05). The facilitatory effect of Ang-(1-7) was completely blunted by the
specific Ang-(1-7) receptor blocker A-779 and L-NAME. NO release in the corpus cavernosum
was evaluated with the fluorescent dye DAF-FM (4-amino-5 methylamino-2’,7’difluorofluorescein diacetate ). Incubation of human, rat and mouse corpus cavernosum strips
with Ang-(1-7) at 10 nmol/L resulted in an increase of NO release. This effect was completely
abolished in mas-deficient mice. More importantly, genetic deletion of Mas resulted in compromised
erectile function as demonstrated by penile fibrosis and severely depressed response to electrical
stimulation of the MPG (CCP/MAP, 0.54 ± 0.11, 0.68 ± 0.1, 0.71 ± 0.1, 0,75 ± 0.1 vs 0.3 ± 0.03, 0.3
± 0.02, 0.33 ± 0.03, 0.43 ± 0.1, for 1.5, 2.0, 2.5 and 3.0 V, respectively. P < 0.001). Furthermore,
the attenuated erectile function of DOCA-salt hypertensive rats was fully restored by Ang-(1-7)
administration (CCP/MAP, 0.23 ± 0.05, 0.3 ± 0.06, 0.33 ± 0.1 vs 0.46 ± 0.03, 0.57 ± 0.03, 0.57 ±
0.08, for 2.0, 2.5 and 3.0 V, respectively. P < 0.05). Together these data provide strong evidence
for a key role of the Ang-(1-7)-Mas axis in erectile function.
054
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
ANÁLISE ANGIOGRÁFICA REVELA QUE CAMUNDONGOS ATEROSCLERÓTICOS FÊMEAS IDOSAS SÃO PROTEGIDAS CONTRA INSUFICIÊNCIA VALVULAR AÓRTICA
1
Thiago de Melo Costa Pereira, 2Vitor Arantes Pazolini, 2José Airton de Arruda,
Elisardo Corral Vasquez, 1Silvana dos Santos Meyrelles
1,3
1
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas, 2Hospital Universitário Cassiano Antônio
de Morais, UFES e, 3EMESCAM
FUNDAMENTOS: Sabe-se que a senescência bem como o climatério são importantes fatores na progressão
de distúrbios cardiovasculares (DCV), tais como a aterosclerose. Também está bem estabelecido que o camundongo deficiente para a apolipoproteina E (ApoE) é uma importante ferramenta para o entendimento desta
doença. Embora este animal tenha somente 10% do peso do rato, é importante viabilizar o uso de técnicas
de detecção de lesões cardiovasculares in vivo, que permitam um melhor entendimento deste modelo animal
nos DCV.
OBJETIVOS: O presente trabalho propõe adaptar a técnica da angiografia humana para estudos em camundongos ApoE, a fim de otimizar as investigações morfo-fisiológicas relacionadas à senescência e influência
de hormônios sexuais na aterosclerose.
MÉTODOS: Foram utilizados camundongos C57 e ApoE de 18 meses de idade, alocados em 4 grupos: C57
fêmeas (n = 2), C57 machos (n = 4), ApoE fêmeas (n = 3) e ApoE machos (n = 4). Após anestesia, seguida
de cateterização da artéria carótida direita, injetou-se o contraste (200 µL de iodo a 35%) para a angiografia
por meio do sistema de aquisição de imagens por raios X (Shimadzu®). Cada animal foi submetido a dois tipos
de imagens, sob angulações de 90° e 45°, previamente padronizados. As imagens obtidas foram analisadas
pelo programa do QCA (Quantitative Coronary Analysis). Os dados estão expressos como média ± EPM e
para análise estatística, foram realizados ANOVA de 1 e 2 vias, seguidas pelo post hoc de Fisher (*p < 0,05).
RESULTADOS: Observou-se um maior grau de insuficiência aórtica em camundongos machos quando
comparados às fêmeas tanto para os animais C57 quanto para os animais ApoE (tabela abaixo). Entretanto,
a técnica da angiografia quando adaptada ao camundongo não detectou diferença significativa entre os graus
de estenose, diâmetro médio interno e velocidades de fluxo sanguíneo da artéria aorta nos animais idosos
C57 e ApoE independente do sexo.
Grupo
C57 machos
ApoE machos
C57 fêmeas
ApoE fêmeas
Grau 0
+
++
Grau 1
Insuficiência Aórtica
Grau 2
+
++
Grau 3
Grau 4
+++
++
+
+
CONCLUSÕES: A angiografia realizada sugere uma influência cardioprotetora dos hormônios sexuais
femininos em animais idosos, tanto controles quanto aterocleróticos, com relação a presença e severidade da
insuficiência da válvula aórtica. Além disto, similiar ao que ocorre em seres humanos, não foram detectadas
outras alterações hemodinâmicas na artéria aorta dos grupos estudados.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, Capes, FACITEC
055
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM ESTUDANTES
DE MEDICINA
Nara Alves Buriti, Mellysande Pontes Faccin, Ary Serpa Neto, José Luís Aziz,
Thiago Corsi Filiponi, Leonardo Bernal, Henrique Palomba
Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP
FUNDAMENTO: O aumento da expectativa de vida e dos fatores de risco ligados à aterosclerose
vem tornando obrigatórias tanto a adoção de medidas preventivas para doenças cardiovasculares
(DVC) como sua investigação precoce.
OBJETIVO: Determinar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) em uma amostra
de acadêmicos ingressantes no curso médico, e se há correlação da pressão arterial (PA) medida
com os fatores de risco cardiovascular nesta população.
PACIENTE E MÉTODOS: A PA de 106 estudantes do primeiro ano do curso médico foi medida,
em uma única ocasião, por três vezes, durante uma aula de aprendizado de sinais vitais. Foram
analisadas as seguintes variáveis: sexo, idade, raça e índices antropométricos (peso, estatura,
índice de massa corporal, circunferência abdominal e a do braço). Antecedentes familiares para
HAS (de primeiro grau), atividade física prévia ao ingresso na graduação, tabagismo e uso de
anticoncepcional foram obtidos com a aplicação de questionário. As medidas de PA foram classificadas segundo as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial Sistêmica.
RESULTADOS: O total da amostra foi de 84 alunos (25 homens e 59 mulheres). A média de idade
foi de 20,27 ± 1,91, composta por 90,5% de caucasianos e 9,5% de orientais. Foi encontrada uma
prevalência de HAS de 2,4%, PA limítrofe de 3,6%, normal de 26,2% e PA ótima de 67,9%. Não
foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre os sexos para medidas de pressão
arterial e índices antropométricos, à exceção da cintura abdominal, com média de 76,72 ± 8,67
cm (homens 85,0 ± 8,97 vs 73,22 ± 5,69 p < 0,001). Foi encontrado 59,4% da população com pelo
menos 1 fator de risco para DCV.
CONCLUSÕES: Apesar da baixa prevalência de HAS nesta população, uma abordagem precoce para prevenção de fatores de risco cardiovascular se torna justificada.
056
TRATAMENTO
MULTIPLE-RISK INTERVENTION WITH SINGLE-PILL AMLODIPINE/
ATORVASTATIN THERAPY HELPS PATIENTS WITH DIVERSE ETHNICITY
ATTAIN RECOMMENDED THERAPEUTIC GOALS FOR BLOOD PRESSURE
AND LIPIDS (THE GEMINI-AALA STUDY)
H Chaves1, HF Tse2, Y Ro3, L Howes4, C Aguilar-Salinas5, S Erdine6, R Guindy7, P
Chopra8, RA Moller8, IM Schou9, on behalf of the GEMINI-AALA Investigators
1
Federal University of Pernambuco, Brazil; 2University of Hong Kong, China; 3Korea University,
South Korea; 4Griffith University, Australia; 5INCMNSZ, Mexico; 6Istanbul University, Turkey;
7
Ain Shams University Cairo, Egypt; 8Pfizer Inc, New York; 9Pfizer, Australia
BACKGROUND: Hypertension (HTN) and dyslipidemia (DYS) are highly prevalent and frequently
coexist, increasing the risk of cardiovascular (CV) disease. Currently, attainment of therapeutic
goals for these conditions is low among patients worldwide.
OBJECTIVE: To evaluate the efficacy/safety of single-pill amlodipine besylate/atorvastatin
calcium in treating patients of diverse ethnicity with concomitant hypertension (HTN) and
dyslipidemia (DYS).
DESIGN AND METHOD: The GEMINI-AALA study was a 14-week, multicenter, open-label,
titration-to-goal study in patients with HTN/DYS from 27 countries across 5 continents. In addition
to lifestyle recommendations, 8 dosages of amlodipine besylate/atorvastatin calcium single-pill (5/
10 – 10/80 mg) were administered and titrated to improve BP and LDL-C control. The primary
efficacy assessment was the percentage of patients attaining both BP and LDL-C goals according
to JNC 7 and NCEP ATP III guidelines (goals set according to patients’ risk factors: BP < 130 – 140/
80 – 90 mmHg; LDL-C < 100 – 160 mg%).
RESULTS: 1649 patients received study medication; 51.7% were of Asian ethnicity. A large
proportion of the study population (91.4%) had at least one risk factor in addition to HTN/DYS and
61.7% had coronary heart disease (CHD) or a risk equivalent. At baseline, mean BP was 146.5
/ 88.3 mmHg and LDL-C was 130.2 mg%. The mean daily dose of amlodipine/atorvastatin was 6.1/
17.1 mg. After 14 weeks of treatment, 55.2% of patients reached both BP and LDL-C therapeutic
goals, 61.3% reached BP goals, and 87.1% reached LDL-C goals. Goal attainment was similar
across different racial groups. Mean BP and LDL-C reductions were 20.2/11.4 mmHg (13.5/
12.5%), and 44.2 mg% (28.6%), respectively. Overall, mean Framingham 10-year risk of CHD
was reduced from 13.4% at baseline to 6.2% at last observation, a relative risk reduction of 49.6%.
Treatment was safe and well tolerated. The most common treatment-emergent adverse events
were peripheral edema (9.8%) and respiratory tract infection (5.0%).
CONCLUSIONS: Amlodipine besylate/atorvastatin calcium single-pill therapy is an effective
and safe intervention, which helps patients from diverse ethnic backgrounds with combined HTN/
DYS to achieve therapeutic BP and LDL-C goals and reduce their overall CV risk.
25
02 - Resumos.pm6
25
2/8/2007, 15:39
Resumos
057
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
058
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PESO AO NASCIMENTO COMO MARCADOR DE ALTERAÇÕES NA PRESSÃO
ARTERIAL E NA ALBUMINÚRIA DE CRIANÇAS ESCOLARES
DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL E RELATO DE HIPERTENSÃO EM
ALUNOS DE UNIVERSIDADES PÚBLICAS DE VÁRIAS REGIÕES DO BRASIL
Cláudia Maria Salgado, Paulo César Brandão Veiga Jardim, Flávio Bittencourt
Gonsalves Teles, Mariana Cabral Nunes
Claudileide de Sá Silva, Poliana Coelho Cabral, Maria Edilma de Lima, Levy
Petrus Silvestre de Lima Silva, Eliane Cunha Mendonça de Oliveira
Liga de Hipertensão Arterial, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás
Departamento de Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
FUNDAMENTO: O baixo peso ao nascimento (BPN) ou o retardo do crescimento intra-uterino
está associado com um aumento da incidência de hipertensão arterial e doença cardiovascular no
adulto. A microalbuminúria (MA) e alteração no ritmo circadiano da pressão arterial (PA) são
considerados fatores de risco para lesões secundárias à hipertensão.
OBJETIVO: Avaliar a influência do peso ao nascimento na pressão arterial e na albuminúria de
crianças escolares.
DELINEAMENTO: Estudo transversal caso-controle.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram estudadas crianças entre 8 e 11 anos, matriculadas em
escolas da região leste da cidade de Goiânia. Divididas em 2 grupos, um formado por aquelas com
BPN (< 2,5 Kg) e outro daquelas com peso ao nascimento normal – PNN (> 3,0 Kg) .
MÉTODOS: Avaliadas com relação a PA casual e Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), além da MA em urina de 24 horas. Peso (PN) e estatura ao nascimento foram
obtidos no cartão da criança. Investigada idade gestacional (termo > 37 e pré-termo < 37 semanas), tempo de aleitamento materno exclusivo e antecedentes familiares de hipertensão ou diabetes. Realizadas medidas do peso e estatura, para cálculo do índice de massa corpórea (IMC);
exame físico, avaliação da maturação sexual segundo os critérios de Tanner (excluídos se índice
de Tanner > 2).
RESULTADOS: Foram 34 crianças com BPN e 34 com PNN. Não houve diferença significante
quanto à idade, sexo, raça, peso, estatura, IMC, história familiar de hipertensão ou de diabetes.
As com BPN apresentaram maior pressão sistólica casual (p = 0,007*). Na MAPA, as com BPN
também apresentaram maior pressão diastólica em 24 horas (p = 0,009*) e em vigília (p = 0,002*),
maiores pressão sistólica e diastólica no sono (p = 0,005 e p = 0,001*) e menor descenso noturno
da pressão sistólica (p = 0,001*) do que as crianças com PNN. Observou-se uma correlação
positiva entre o PN e o descenso noturno da pressão sistólica (p = 0,022*) e correlação negativa
do PN com a pressão sistólica de sono (p = 0,032*). Na análise de regressão múltipla apenas o PN
apresentou correlação com o descenso noturno da pressão sistólica (p = 0,032*). Houve maior
excreção de albumina em urina de 24 horas nas crianças com BPN (p = 0,015*).
CONCLUSÕES: Crianças escolares, com baixo peso ao nascimento apresentam pressão arterial
mais elevada, diminuição do descenso noturno da PA e maiores níveis de albumina em urina de
24 horas. Estes achados podem representar um marcador precoce de comprometimento da função renal e/ou vascular nas pessoas com BPN, já presente na infância.
FUNDAMENTO: O acúmulo de gordura visceral está fortemente associado à maior prevalência
de hipertensão arterial e desarranjos metabólicos, hormonais, inflamatórios e hemodinâmicos,
que no conjunto implicarão em maior risco cardiovascular.
OBJETIVO: Avaliar a ocorrência de obesidade visceral e hipertensão arterial em alunos de
universidades públicas de várias regiões do Brasil
DELINEAMENTO: Estudo de caráter transversal
PACIENTE OU MATERIAL: 252 alunos de universidades públicas de várias regiões do Brasil.
Os dados foram coletados durante encontro de estudantes universitários, realizado em Recife, PE.
MÉTODOS: Para avaliar o estado nutricional foi utilizado o IMC com a classificação da OMS
(1995). Com o objetivo de estimar a distribuição corporal de gordura o perímetro abdominal foi
avaliado, sendo utilizado os pontos de corte da OMS (1998). Além dos dados antropométricos
foram coletadas também informações sobre o histórico familiar e a ocorrência (no aluno) de
outros fatores de risco cardiovasculares, tais como: hipertensão (HAS), hipercolesterolemia e
diabetes (DM). A construção do banco de dados e a análise estatística foi realizada no programa
Epi-info versão 6.04. A comparação entre os resultados obtidos foi realizada pelo teste do quiquadrado com correção de Yates. Foi adotado o nível de significância de 5% para rejeição da
hipótese de nulidade.
RESULTADOS: Os dados desse estudo mostram resultados interessantes, onde apenas 8,9% dos
homens estão sob risco cardiovascular elevado, enquanto que 43,4% das mulheres encontram-se
nesta situação (p < 0,05), segundo a classificação de risco cardiovascular a partir do perímetro
abdominal com pontos de corte de > 94 cm para homens, e de >80cm mulheres (OMS, 1998). No
que se refere ao IMC, os dados são ainda mais instigantes, pois somente 12,9% das mulheres
apresentaram sobrepeso e 1% obesidade, e ao analisar-se os homens encontra-se que 20,7% estão
acima do peso normal e 2,1% são obesos. Com relação ao quadro hipertensivo, 2,7% dos homens
e 1,9% das mulheres relataram ter conhecimento de que são hipertensos.
CONCLUSÕES: Os resultados acima mostram que está ocorrendo uma elevada prevalência de
distribuição de gordura corporal andróide nas mulheres, o que preocupa, em virtude da associação entre obesidade visceral e risco cardiovascular. Diante dos resultados encontrados, justificase a realização de campanhas educativas com enfoque na alimentação saudável e de incentivo
a prática de atividade física visando a prevenção primária de eventos cardiovasculares.
059
060
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
ESTUDO DA EXPRESSÃO DE RECEPTORES AT1 NO DIABETES EXPERIMENTAL
EXCESSO DE PESO E HIPERTENSÃO EM GESTANTES: UMA EXPERIÊNCIA
DE UM HOSPITAL PÚBLICO DA CIDADE DO RECIFE
Thiago de Melo Costa Pereira, Isabele Beserra Santos Gomes, Silvana dos
Santos Meyrelles
Maíra Pereira Simões, Julyana Priscila de Souza, Vanessa Cristina Martins Leal
Bezerra, Poliana Coelho Cabral, Sydia Darcila de Oliveira Machado, Célia
Maria Mendes Vasconcelos, Gisélia de Santana Muniz
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas, UFES
Departamento de Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
FUNDAMENTOS: O diabetes é um fator de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como hipertensão e aterosclerose. Embora a hiperglicemia seja um dos maiores determinantes no desenvolvimento de complicações sistêmicas, as interações com o sistema reninaangiotensina contribuem diretamente com os danos associados ao diabetes. Nos estágios iniciais
da doença, a hiperglicemia induz alterações significativas da função renal o que compensatoriamente, eleva a produção de angiotensina II (Ang II) para a manutenção da pressão sanguínea.
Já no diabetes crônico, a manutenção das ações promovidas pela Ang II podem acarretar prejuízos cardiovasculares.
OBJETIVOS: Sabendo-se que os efeitos deletérios da Ang II são mediados via receptores AT1
e que o seu bloqueio demonstra benefícios em pacientes diabéticos e hipertensos, nosso trabalho
visa avaliar o efeito do diabetes experimental na modulação da expressão dos receptores AT1
para Ang II.
MÉTODOS: Utilizou-se camundongos C57BL/6, machos, com 18 semanas de idade. Os animais
foram divididos nos grupos diabético (n = 4) e controle (n = 4). O diabetes foi induzido com 8
semanas de idade, por meio de injeção intraperitoneal de estreptozotocina 100 mg/kg/dia em
tampão de citrato, durante 3 dias consecutivos; o grupo controle recebeu apenas o veículo. A
indução do diabetes foi confirmada após 1 semana das injeções e os animais com glicemia inferior
a 200 mg/dL foram excluídos do grupo diabético. Após 10 semanas da indução foi feita a coleta
de sangue para dosagem de glicose, colesterol total e frações, triglicerídeos e creatinina seguido
de armazenamento do coração e rins para análise através do Western Blotting. Os dados estão
expressos como média ± EPM e na análise estatística foi utilizado o teste t de Student (*p < 0,05).
RESULTADOS: Conforme esperado, a glicemia dos animais diabéticos foi maior em relação aos
controles (508 ± 42* vs. 126 ± 9 mg/dL). Os níveis de colesterol total apresentaram-se elevados
no grupo diabético (108 ± 6* vs. 78 mg/dL). Todavia, os valores de triglicerídeos e creatinina não
se mostraram diferentes. Quanto à expressão de receptores AT1, os dados preliminares também
não apontaram diferença entre os grupos diabéticos e controle tanto no tecido renal (0,24 ± 0,03
vs 0,26 ± 0,04 u.d.o., respectivamente) quanto cardíaco (0,23 ± 0,03 vs. 0,27 ± 0,01 u.d.o., respectivamente).
CONCLUSÕES: Embora a literatura confirme um aumento dos níveis de AngII no diabetes,
nossos dados preliminares demonstram que, neste animal, o aumento desse octapeptídeo não
reflete alterações na expressão dos receptores AT1.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, CAPES, Laboratório Bioclínico
FUNDAMENTO: Os distúrbios hipertensivos são as complicações médicas de maior relevância
durante o período gravídico-puerperal.
OBJETIVO: Avaliar o estado Nutricional e a ocorrência de Hipertensão em gestantes admitidas
para internamento em um hospital público da cidade do Recife.
DELINEAMENTO: Estudo de caráter transversal.
PACIENTE OU MATERIAL: 100 Gestantes nas últimas semanas de gestação, de alto risco,
admitidas para internamento por alguma intercorrência clínica.
MÉTODOS: Foi aplicado um questionário composto de: características pessoais, informações
sobre o pré-natal e dados sócio-econômicos e antropométricos.Os dados foram analisados no
programa Epi-Info versão6.04. No estudo comparativo entre os resultados foram aplicados os
testes do qui-quadrado com correção de Yates e o teste de probabilidade de Fisher quando os dados
não preenchiam os requisitos para aplicação do qui-quadrado. Foi adotado um nível de significância de 5% para rejeição da hipótese de nulidade.
RESULTADOS: 48% das gestantes analisadas foram classificadas como hipertensas. A média de
idade das mulheres foi de 25,8 ± 6.9, não sendo encontrada diferença estatisticamente significante
entre as gestantes hipertensas e não hipertensas no que se refere a: idade, estado nutricional prégestacional, paridade e hábito de fumar ou beber. No que se refere ao estado nutricional prégestacional 17,9 % foram classificadas como baixo peso e 26,8 % excesso de peso.
CONCLUSÕES: Os dados deste estudo chamam a atenção pela elevada prevalência de hipertensão, o que demonstra a necessidade de uma melhor qualidade no atendimento pré-natal visando
a redução da morbimortalidade por hipertensão arterial.
26
02 - Resumos.pm6
26
2/8/2007, 15:39
Resumos
061
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
SOLUÇÃO SAÚDE – CLÍNICA DE HIPERTENSÃO, SANTOS, SP
Rubens Azevedo do Amaral, Alberto Borga Medeiros, Michelle Boto dos Santos
062
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
AVALIAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL NA POPULAÇÃO FREQÜENTADORA
DE UM SHOPPING CENTER
Camila Dosse
FUNDAMENTO: Em função de ser uma doença crônica e de alta prevalência com baixos índices
de conhecimento, adesão aos tratamentos e controle, houvemos estudar o nível básico de informação/conhecimento sobre hipertensão arterial em três comunidades diferentes.
OBJETIVO: Avaliar o nível de informação/conhecimento sobre hipertensão em três comunidades
distintas, a saber: adolescentes, técnicos de enfermagem e terceira idade.
MATERIAL E MÉTODOS: Através de um questionário com dez questões de múltipla escolha,
com somente uma única resposta correta, sendo, 5 questões com três alternativas e 5 questões com
duas alternativas, aplicado pessoalmente pelo observador em três comunidades distintas, a saber:
56 Adolescentes entre 14 e 17 anos de um colégio particular em Santos; 42 Técnicos de Enfermagem entre 21 e 55 anos do município do Guarujá e 66 alunos da Universidade Pública da
Terceira Idade de São Caetano do Sul entre 50 e 76 anos, num total de 164 pessoas avaliadas.
Questões: 1-O que é hipertensão; 2-Podemos dizer que uma pessoa tem hipertensão quando: 3Em relação à hipertensão, podemos afirmar: 4-A hipertensão ocorre com mais freqüência nas
pessoas: 5- A hipertensão ocorre com mais freqüência nas pessoas: 6-Se não apresento sintomas
não tenho hipertensão: 7-Quem tem hipertensão não deve fazer exercícios físicos: 8- O tratamento da hipertensão é para toda a vida: 9-Todo medicamento para a hipertensão deve ser tomado com
leite: 10-Os medicamentos para a hipertensão sempre causam impotência sexual. Procedemos a
uma análise estatística simples e apresentamos os resultados.
RESULTADOS: Das 164 pessoas avaliadas observamos que: 95,1% sabem que hipertensão é
aumento da pressão arterial, porém somente 78% conhecem os níveis que determinam o diagnóstico; 82,9% sabem que é uma doença do sistema circulatório; 84%% que ocorre com mais freqüência em obesos e acima de 60 anos; 89,6% sabem que a hipertensão não tem sintomas; 73,7%
sabem que os exercícios físicos devem ser praticados por hipertensos; 90,8% sabem que o tratamento é para toda a vida; 78,6% sabem que os medicamentos não precisam ser tomados com leite
e 85,9% afirmam que, nem sempre, os medicamentos para a hipertensão causam impotência
sexual. Comparando as diferentes comunidades pudemos constatar que há um melhor nível de
informação entre os Técnicos de Enfermagem: 91,3% de acertos, contra 85,5% na terceira idade
e 77,4% nos adolescentes.
CONCLUSÕES: Observamos um bom nível básico de informação/conhecimento em hipertensão
arterial nas três comunidades analisadas, porém, como já é senso comum, existe a necessidade de
se melhorar, ainda mais, a informação e o conhecimento nas escolas de ensino fundamental e
médio, onde o nível poderia ser melhor, tornando-as verdadeiras Escolas Promotoras da Saúde.
063
BÁSICA
Liga Acadêmica de Hipertensão da FAMERP
FUNDAMENTO: Investigar e orientar a população quanto à importância da Hipertensão Arterial (HA).
OBJETIVO: Analisar a Pressão Arterial (PA) e fatores de risco para doença cardiovascular na
população restrita de um shopping center.
METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada dia 26 de abril de 2007, Dia nacional de combate à
Hipertensão Arterial, por graduandos de Medicina e Enfermagem, membros da referida Liga. Foi
realizada uma busca ativa durante um período de 8 horas, onde foi aferida a PA e aplicado um
questionário, com informações sobre idade, sexo, cor, pratica de atividades físicas, tabagismo,
etilismo, ingesta de sal > 6 g/dia, além de antecedentes pessoais (diabetes, infarto do miocárdio
e hipertensão). Para avaliação da PA, foi utilizado esfigmomanômetros aneróides previamente
calibrados. A escolha do manguito foi feita de acordo com a circunferência do braço do indivíduo.
Foi certificado que os procedimentos adotados para aferição da PA estavam de acordo com os
propostos pelas V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Considerou-se hipertensos aqueles com
PA Sistólica (PAS) > 140 ou PA Diastólica (PAD) > 90 mmHg. Foram usados o teste t para variáveis
contínuas e o teste de Fisher para as categóricas.
RESULTADOS: Ao fim da campanha foram avaliados 332 pacientes. Os pacientes foram divididos em 2 grupos: Grupo 1 – hipertensos (35%), e Grupo 2 – normotensos (65%). O grupo 1
apresentou maior média de idade que o grupo 2 (54,1 ± 15,9 versus 43,0 ± 18,3; respectivamente;
p < 0,0001), além do predomínio masculino no mesmo grupo (56,7% versus 47,4%;respectivamente; p = 0,013). O grupo 1 mostrou média da PAS de 140 ± 19 e o grupo 2, 115 ± 10 (p < 0,0001),
enquanto a média da PAD foi de 90 ± 11 e 74 ± 7 (p < 0,0001) respectivamente. O carácter racial
não apresentou diferença significante(p > 0,05) entre os grupos, bem como a atividade física,
tabagismo, ingesta de sal > 6 g/dia e etilismo. Na análise dos antecedentes pessoais, apenas a
prevalência Diabetes mostrou-se significante (14,8% no grupo 1 versus 5,9% no grupo 2; p =
0,014).
CONCLUSÕES: Nosso estudo encontrou maior prevalência de HA associada a sexo masculino
e média de idade avançada. Já outros fatores comumente associados como tabagismo, etilismo e
ingesta de sal > 6 g/dia, não se apresentaram significantes, o que pode ser resultado de um maior
conhecimento da população estudada.
064
BÁSICA
EFEITOS DO EXTRATO SECO DA CASCA DA UVA (ACH-09) SOBRE OS PARÂMETROS METABÓLICOS DE DIFERENTES MODELOS EXPERIMENTAIS DE
RESISTÊNCIA À INSULINA NO RATO
EFEITOS DA ADMINISTRAÇÃO AGUDA E CRÔNICA DO EXTRATO SECO DA
CASCA DE UVA (ACH-09) NA PRESSÃO ARTERIAL DE RATOS HIPERTENSOS
Mário LR Cesaretti, Milton Ginoza, Luiz Pianowski, Aline Voltera, Maria Tereza
Zanella, Artur Beltrame Ribeiro, Osvaldo Kohlmann
Milton Ginoza, Mário LR Cesaretti, Luiz Pianowski, Aline Voltera, Maria Tereza
Zanella, Artur Beltrame Ribeiro, Osvaldo Kohlmann
Disciplina de Nefrologia da Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP
Disciplina de Nefrologia da Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: Estudos têm demonstrado que a ingestão de doses moderadas de vinho tinto tem
efeito benéfico sobre as doenças cardiovasculares. Mais recentemente, estudos utilizando ou o
vinho tinto ou o extrato da casca da uva também mostraram ter efeito benéfico sobre o metabolismo glicídico. A maior parte deste efeito pode ser atribuída a grande quantidade de polifenóis
contidos nos extratos de casca de uva, na uva toda ou apenas em suas sementes.
OBJETIVO: Determinar os efeitos de um extrato seco de uva Vitis lambrusca (ACH-09) sobre os
parâmetros metabólicos de diferentes modelos experimentais de resistência à insulina
MATERIAL E MÉTODOS: Foram estudados dois modelos experimentais de resistência à insulina associada à hipertensão arterial: (a.) Ratos espontaneamente hipertensos (SHR, n = 16) e (b.)
Wistar + LName (LName 50 mg/kg, n = 10) e dois modelos de obesidade: (c.) Wistar = Glutamato
Monossódico (MSG, n = 17) e (d.) Wistar + Dieta Cafeteria (CAF, n = 16). Os grupos experimentais foram tratados com 400 mg/kg/dia de ACH-09 administrados na água para beber por 12
semanas consecutivas, enquanto ratos controles permaneceram bebendo água potável. A pressão
arterial de cauda (PAC, mmHg) e o peso corporal foram medidos semanalmente e após as 12
semanas de acompanhamento todos os ratos foram submetidos ao Teste de Tolerância Oral a
Glicose. As áreas sob as curvas de glicose (ASCG, mg/dL) e insulina (ASCI, mU/L) foram utilizadas para o cálculo do índice de sensibilidade à insulina (ISI, mg-1mU-1/L. A sensibilidade à
insulina também foi analisada pelo HOMA (Homeostasis Model Assessment). Ao final do TTGO,
os animais foram sacrificados e o conteúdo de gordura epididimal foi retirado e pesado.
RESULTADOS: Mean + SEM, *p < 0,05 vs its control group.
FUNDAMENTO: O efeito hipotensor do vinho tinto ou o extrato de uvas pode estar relacionado
a grande quantidade de polifenóis contidos no extrato de uva.
OBJETIVO: Determinar os efeitos agudos e crônicos do tratamento com ACH-09 sobre a pressão
arterial de ratos hipertensos.
MATERIAL E MÉTODOS: Para os estudos agudos foram utilizados ratos espontanemente hipertensos (SHR) que tiveram sua artéria femoral cateterizada. Após a recuperação de 24h, as pressões arteriais basais foram registradas por 30 min. Após a determinação da pressão arteriais
basais, uma dose única de ACH-09 foi administrada por via oral (25, 50, 100, 200 e 500 mg/kg)
e a pressão arterial foi registrada continuamente por 4 horas. Para os estudos crônicos, 400 mg/
kg de ACH-09 foi administrado diariamente para: a) SHRs, b) SHRs que receberam concomitantemente ao ACH-09 salina a 1% para beber, c) ratos que receberam diariamente L-NAME (50
mg/kg) e d) ratos 2R-1C. O período de acompanhamento dos animais LName foi de 8 semanas e
para os demais grupos 12 semanas. Durante o período de acompanhamento, a pressão arterial de
cauda foi acompanhada semanalmente.
RESULTADOS: Estudos agudos: quando comparados ao período basal, as maiores diminuições da
pressão para cada dose de ACH-09 foram de -15.4 ± 5.4 (25 mg/kg), -12.5 ± 4.96 (50 mg/kg),
-26,6 ± 3.48 (100 mg/kg), -19,3 ± 2.4 (200 mg/kg) e 29,67 ± 2,61 mmHg (500 mg/kg). A maior
queda verificada com o grupo placebo foi de -10.95 ± 2.3 mmHg. Todas as doses de ACH-09
foram capazes de diminuir significativamente a pressão arterial média de SHRs quando comparados à medida basal. O efeito antihipertensivo durou todo o período de 4 horas de observação.
O efeito hipotensor observado com ACH-09 foi semelhante a aquele observado com enalapril, 1
mg/kg (-19,38 ± 3.45 mmHg) ou amlodipina 0,5 mg/kg (-19,55 ± 3.77 mmHg) que serviram como
controles positivos. Estudos crônicos: Com a administração crônica de ACH-09 também se verificou redução da pressão arterial de cauda nos ratos SHR, entretanto a diminuição da PAC foi
menor do que aquele observado nos estudos agudos (-6.71 ± 3.43 mmHg). Não foram observadas
diferenças estatísticas nos grupos SHR + Salina 1% or 2K-1C. Porém, uma diminuição mais
consistente da pressão arterial de cauda for observada no grupo LNAME (LNAME = 181,0 ± 11,7
vs LNAME + ACH-09 = 165,9 ± 7,63 mmHg, p < 0.05).
CONCLUSÕES: A extrato seco da casca da uva (ACH-09) diminuiu a pressão arterial de ratos
hipertensos , especialmente no modelo onde se produziu deficiência na síntese de óxido nítrico.
O ACH-09 pode ser considerado uma importante ferramenta na terapêutica da hipertensão arterial.
SHR
SHR + ACH09
LNAME
LNAME + ACH09
MSG
MSG + ACH09
CAF
CAF + ACH09
ASCG
321.1 ± 20.4
180.6 ± 37.0*
326.8 ± 2.2
247.1 ± 2.2*
158.7 ± 6.7
146.9 ± 5.1*
230.8 ± 35.8
159.8 ± 8.1*
ASCI
5.0 ± 1.1
7.3 ± 1.3
19.5 ± 2.2
16.1 ± 2.2
21.9 ± 2.1
16.3 ± 1.4*
27.1 ± 4.1
19.4 ± 3.7*
ISI
6.43 ± 0.50
8.03 ± 0.58*
1.64 ± 2.24
3.35 ± 2.24*
3.09 ± 0.34
4.21 ± 0.35*
2.22 ± 0.52
4.30 ± 0.84*
HOMA
22.1 ± 1.8
16.2 ± 1.7*
13.3 ± 0.7
15.2 ± 1.1
42.9 ± 7.7
32.1 ± 8.1*
33.5 ± 4.6
41.3 ± 10.1
Gord Epid
1.01 ± 0.10
0.97 ± 0.17
2.35 ± 0.21
1.98 ± 0.13*
3.02 ± 0.16
2.81 ± 0.20*
2.60 ± 0.21
2.14 ± 0.10*
∆ %peso
17.2 ± 3.35
18.7 ± 3.2
-1.8 ± 2.1
6.6 ± 0.7
38.0 ± 2.9
34.4 ± 1.9
41.0 ± 5.3
40.9 ± 2.6
CONCLUSÕES: o ACH-09 melhorou a sensibilidade à insulina em todos os modelos estudados e
reduziu o conteúdo da gordura epididimal. Este efeito mimetiza, pelo menos em parte, aos observados pela administração de Tiazolidinedionas a ajudam a explicar os benefícios nos efeitos
cardiovasculares verificados no vinho tinto.
27
02 - Resumos.pm6
27
2/8/2007, 15:39
Resumos
065
TRATAMENTO
EFEITOS DO FLAVONÓIDE QUERCETINA SOBRE A ATEROSCLEROSE EXPERIMENTAL EM CAMUNDONGOS APOE KNOCK-OUT
1
João Paulo Loureiro Damasceno, 2Tânia Toledo de Oliveira, 1Silvana dos
Santos Meyrelles, 3Kelly Fabiane dos Santos Ricardo
1
Universidade Federal do Espírito Santo,-UFES, 2UFV e 3FAESA
066
BÁSICA
DELEÇÃO GENÉTICA DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA-(1-7), MAS, EM CAMUNDONGOS DA LINHAGEM FVB/N: UM MODELO DE SÍNDROME METABÓLICA
Santos SHS, Fernandes LR, Ferreira AVM, Mario EG, Alvarez-Leite JI, Botion LM,
Bader M, Alenina N, Santos RAS
UFMG, Belo Horizonte, MG
FUNDAMENTO: A aterosclerose tem sido a causa da morte de milhões de pessoas em todo o
mundo e está associada diretamente a casos de enfarte, trombose e problemas circulatórios. Sendo
assim há a necessidade de substâncias que sejam eficazes no controle das patologias que acompanham esta disfunção e apresentem o mínimo de efeitos colaterais. Neste quadro destacamos o
flavonóide Quercetina, o qual possui comprovados efeitos antioxidantes e hipo-colesterolêmicos,
como um possível fitofármaco a ser utilizado no controle das disfunções que acompanham a
aterosclerose.
OBJETIVO: Analisar os níveis de colesterol e triglicérides plasmáticos, progressão da área da
lesão vascular aterosclerótica no arco aórtico de camundongos apoE knock-out tratados com
quercetina.
MÉTODOS: Foram utilizados camundongos knockout´s para a apolipoproteína E machos que
desenvolvem espontaneamente aterosclerose semelhante ao que ocorre em seres humanos. Os
animais foram separados em dois grupos: tratados com quercetina a uma dose de 3 mg de quercetina/
Kg/dia (misturada na ração, n = 8) e animais controle (somente ração, n = 8). Ao final de 1 mês
de tratamento, os animais foram eutanaziados, os arcos aórticos retirados para a análise histológica
e o sangue foi retirado para as dosagens bioquímicas. Os resultados estão expressos como média
± EPM, sendo realizado o teste estatístico de t de Student pareado. Os dados foram considerados
significantes quando p < 0,05.
RESULTADOS: Os níveis de colesterol foram significativamente menores nos animais tratados
quando comparados com os controles (471 ± 8 mg/dL vs 561 ± 28 mg/dL, respectivamente), o que
corresponde a uma redução de aproximadamente 21,0% nestes níveis. Os valores de triglicérides
foram também significativamente menores nos animais tratados (136,8 ± 19 mg/dL) quando comparados aos controles (248 ± 19 mg/dL), mostrando uma diminuição de 41%. A área da lesão
aterosclerótica mostrou uma redução de 54% nos animais tratados quando comparados aos controles (0,3802 ± 0,124 µm2 vs. 0,697 ± 0.236 µm2, respectivamente).
CONCLUSÕES: A quercetina se mostrou capaz de reduzir satisfatóriamente os níveis de colesterol e triglicérides plasmáticos, bem como a área da lesão aterosclerótica dos animais tratados
em comparação com os animais controle. O resultado por nós encontrado, sugere que este
flavonóide apresenta importantes efeitos anti-aterogênicos e anti-lipidêmicos, se destacando como
um possível fitomedicamento para esta patologia.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, CAPES, FACITEC, FAPEMIG
067
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PREVALÊNCIA DO SEDENTARISMO EM POPULAÇÃO ADULTA RESIDENTE
NO INTERIOR DO BRASIL
Ana Luiza Lima Sousa, Patrick Correa Souza, Paulo César Veiga Jardim,
Estelamaris Tronco Monego, Maria do Rosário Gondim Peixoto
Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás
A síndrome metabólica, também conhecida como síndrome de resistência à insulina, é caracterizada pela coexistência variável de obesidade, hiperinsulinemia, dislipidemia e hipertensão. Tem
sido demonstrado que o receptor acoplado a proteína G, Mas, medeia várias ações da angiotensina-(1-7). Observamos recentemente que camundongos machos knockout para o receptor Mas
(Mas-/-) com background genético FVB/N, apresenta pressão sanguínea elevada e disfunção
endotelial, alterações presentes no quadro de síndrome metabólica. O objetivo desse estudo foi
verificar se a deleção genética do receptor Mas altera o perfil lipídico e glicêmico desses animais.
Animais machos com aproximadamente dez semanas de vida foram caracterizados através de
curvas da glicemia plasmática pelo tempo, realizadas com aplicação de dose padrão de insulina
(0.75 U/Kg) e glicose (2 g/Kg). Apesar de apresentar peso corporal igual ao do controle e
consumo de comida normal, os camundongos Mas-/- jovens apresentam estado de resistência a
insulina e maior intolerância a glicose, bem como um aumento na glicemia de jejum (86.6 ± 6.43
vs 56.40 ± 4.98 mg/dl in WT). Alem disso encontramos um aumento significante no peso do tecido
adiposo epididimal e retroperitoneal e nos níveis plasmáticos de colesterol total (92.2 ± 3.65 vs 74.6
± 5.67 mg/dl in WT), triglicérides (70.6 ± 13.3 vs 41.4 ± 4.07 mg/dl in WT), insulina e leptina. Os
níveis de adiponectina e a expressão de TNF-alfa não estão alterados. Verificou-se também, uma
diminuição na expressão protéica do receptor Glut-4 no tecido adiposo epididimal. A expressão
do TGF-beta e do angiotensinogênio está aumentada no tecido adiposo. Juntos, esses dados indicam um importante papel do receptor Mas na função cardiovascular e metabólica em camundongos FVB/N e sugerem que o eixo angiotensina-(1-7)/Mas é um alvo potencial para tratamento da
síndrome metabólica e suas complicações.
068
TRATAMENTO
ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE ABDOMINAL E EFEITOS DELETÉRIOS
DOS DIURÉTICOS TIAZÍDICOS SOBRE OS VALORES DE POTÁSSIO PLASMÁTICO E GLICEMIA EM PACIENTES HIPERTENSOS NÃO DIABÉTICOS
Lydia Sebba Souza Mariosa, Fernando Flexa Ribeiro Filho, Andréia Harumi
Hirota, Marcelo Costa Batista, Maria Teresa Zanella
Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP/EPM, Fundação Oswaldo Ramos, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: O sedentarismo, como um hábito de vida da sociedade moderna não apresenta consenso sobre o significado exato do termo e sua conceituação varia conforme o momento,
o local, a cultura e até mesmo os interesses envolvidos na ocasião. O termo é proveniente do latim
sedentarium que significa aquele que trabalha assentado.
OBJETIVO: identificar a prevalência de sedentarismo na população adulta do município de
Firminópolis, Goiás, e as possíveis associações com outros fatores de risco cardiovascular.
DELINEAMENTO: Estudo descritivo, transversal de base populacional, com amostragem aleatória simples. Constituíram-se as variáveis: hipertensão arterial, índice de massa corpórea, idade, gênero, hábitos de atividade física, tabagismo e etilismo. A prevalência do sedentarismo foi
analisada no trabalho, no deslocamento para o trabalho e nos momentos de lazer. Foi proposta uma
escala para identificação do sedentarismo considerando o agrupamento das questões e os três
momentos em conjunto. A construção da escala levou em conta o somatório das pontuações a
partir das alternativas escolhidas nas três questões para determinação da presença de sedentarismo.
PACIENTE OU MATERIAL: Incluídos 1.170 indivíduos entre 18 e 74 anos, residentes na área
urbana.
MÉTODOS: Estudo de prevalência fundamentado em inquérito domiciliar, realizado no ano de
2002. Os dados foram tabulados no Epi Info®, 3.3.2. Aplicou-se o teste de qui-quadrado para
identificação de correlação, considerando-se 95% de nível de confiança e p = 0,05.
RESULTADOS: Foram identificadas prevalências de sedentarismo de 67,7% no momento do
trabalho, 78,5% no deslocamento para o trabalho e 64,9% no momento do lazer. As mulheres
apresentaram-se mais sedentárias do que os homens em todos os momentos. O sedentarismo no
lazer, no trabalho e no deslocamento para o trabalho foi maior entre os indivíduos com menos de
5 anos de escolaridade. A escala identificou uma prevalência de sedentarismo de 59,6%. A
sensibilidade da escala em relação ao sedentarismo no trabalho encontrou taxa de 85,4% de
verdadeiramente sedentários e especificidade de 94,6%. Para o sedentarismo no deslocamento
a escala proposta mostrou sensibilidade de 75,7% e especificidade de 99,6%. A sensibilidade da
escala, considerando o sedentarismo nos momentos de lazer foi de 69,2% e a especificidade foi
de 57,8%.
CONCLUSÕES: Foram encontradas altas taxas de prevalência de sedentarismo nos diferentes
momentos de vida dos indivíduos separadamente e também quando analisada de forma conjunta.
Um elemento novo neste estudo consistiu da construção de uma escala de medida do sedentarismo.
Sugere-se que essa escala possa ser validada com novos estudos.
FUNDAMENTO: Ativação do sistema nervoso simpático e do sistema renina angiotensina (SRA) contribuem para a hipertensão arterial na obesidade. Os diuréticos tiazídicos induzem redução dos níveis de
potássio plasmático através de sua ação natriurética e ativação do SRA em resposta à contração volumétrica.
A diminuição dos níveis de potássio causada pelo uso de diuréticos tiazídicos está relacionada à piora da
secreção e resistência à ação da insulina.
OBJETIVO: Avaliar o impacto da obesidade abdominal sobre as alterações eletrolíticas e metabólicas em
pacientes hipertensos tratados com diuréticos tiazídicos.
MÉTODOS: Avaliados 329 indivíduos hipertensos em tratamento antihipertensivo, sem diabetes e com
função renal normal. Classificados quanto ao uso de diuréticos tiazídicos e quanto aos valores da circunferência da cintura conforme as recomendações do National Cholesterol Education Program (NCEP).
RESULTADOS: Comparação das características clínicas dos pacientes hipertensos conforme o uso de diuréticos tiazídicos e a medida da circunferência da cintura
Sexo feminino (%)
Uso de bloqueadores do SRA (%)
Uso de β-bloqueadores (%)
Uso de antagonistas de canal de cálcio (%)
Idade (anos)
Índice de Massa Corpórea (kg/m²)
PA Sistólica (mmHg)
PA Diastólica (mmHg)
Pacientes que não estavam em uso de diuréticos tiazídicos
GRUPO 1
GRUPO 2
Valor de P
(sem obesidade
(com obesidade
GRUPO 1 vs
abdominal)
abdominal)
GRUPO 2
59.70
85.13
0.001
41.79
54.05
0.146
16.4
8.1
0.130
19.4
14.8
0.474
56.67 ± 11.37
57.08 ± 10.8
0.827
24.59 ± 3.23
31.41± 4.09
0.000
140.65 ± 19.12
137.76 ± 16.01
0.332
86.64 ± 10.98
85.68 ± 8.43
0.560
Comparação das características metabólicas e função renal dos pacientes hipertensos conforme o uso de diuréticos
tiazídicos e a medida da circunferência da cintura
Clearence Creatinina (MDRD)
Glicemia jejum (mg/dl)
Potássio Plasmático
Score Framinghan
PCR
Pacientes que não estavam em uso de diuréticos tiazídicos
GRUPO 1
GRUPO 2
Valor de P
(sem obesidade
(com obesidade
GRUPO 1 vs
abdominal)
abdominal)
GRUPO 2
72.23 ± 12.72
72.42 ± 13.84
0.719
83.75 ± 11.80
86.05 ± 9.76
0.206
4.55 ± 0.41
4.53 ± 0.44
0.784
12.91 ± 4.73
14.51 ± 4.31
0.038
0.15 (0.08-0.31)
0.32 (0.17-0.48)
0.000
28
Pacientes que estavam em uso de diuréticos tiazídicos
GRUPO 3
GRUPO 4
Valor de P
(sem obesidade
(com obesidade
GRUPO 3 vs
abdominal)
abdominal)
GRUPO 4
72.51 ± 9.52
69.70 ± 11.47
0.070
84.77 ± 8.39
87.71 ± 10.94
0.039
4.38 ± 0.50
4.21 ± 0.45
0.013
13.85 ± 3.69
15.25 ± 3.49
0.010
0.13 (0.08-0.24)
0.38 (0.18-0.58)
0.000
CONCLUSÕES: Pacientes hipertensos com obesidade abdominal estão mais propensos à redução dos níveis de
potássio e intolerância à glicose na vigência do uso de diuréticos tiazídicos, mesmo na vigência do bloqueio do
sistema renina angiotensina.
28
02 - Resumos.pm6
Pacientes que estavam em uso de diuréticos tiazídicos
GRUPO 3
GRUPO 4
Valor de P
(sem obesidade
(com obesidade
GRUPO 3 vs
abdominal)
abdominal)
GRUPO 4
62
93.8
0.000
72
71
0.775
28.4
23.7
0.471
36.4
29.8
0.340
58.65 ± 10.44
57.25 ± 8.55
0.319
25.72 ± 2.98
32.72 ± 4.79
0.000
140.19 ± 17.77
139.04 ± 19.41
0.681
86,61 ± 11.14
87.79 ± 9.63
0.441
2/8/2007, 15:39
Resumos
069
TRATAMENTO
070
TRATAMENTO
THE MDRD FORMULA, BUT NOT COCKROFT-GAULT EQUATION, IDENTIFIES
EARLY KIDNEY DISFUNCTION IN NORMOALBUMINURIC DIABETIC PATIENTS
WITH METABOLIC SYNDROME
CYSTATIN C IDENTIFIES EARLY CHANGES IN KIDNEY FUNCTION IN PATIENTS
WITH DIABETES AND HYPERTENSION WITHOUT MICROALBUMINURIA
Rodolfo Leão Borges, Hirota AH, Quinto BMR, Ribeiro AB, Zanella MT, Batista MC
UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo/EPM, Fundação Oswaldo Ramos, Hospital do Rim
e Hipertensão, São Paulo, SP
Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP/EPM, Fundação Oswaldo Ramos, São Paulo, SP
Borges RL, Hirota AH, Quinto BMR, Ribeiro AB, Zanella MT, Batista MC
FUNDAMENTO: Early detection of kidney dysfunction is critical to avoid ESRD occurrence in
diabetic patients. The association between metabolic syndrome (MS) and a reduced glomerular
filtration rate was recently documented. So far, it is not known whether metabolic syndrome
presence in diabetic patients would result in an additional risk of reduced kidney function.
OBJETIVO: The objective of this study was to assess the impact of metabolic syndrome in the
kidney function among diabetic patients. Kidney function was evaluated by Cockcroft-Gault and
Modification of Diet in Renal Disease (MDRD) formulae, and serum measures of creatinine.
MÉTODOS: The study group was selected from 665 patients, who were regularly attended the
Diabetes and Hypertension Unit at Federal University of São Paulo. A total of 133 patients with
diabetes mellitus and normal values of microalbuminuria were eligible for the study and they were
separated according to the metabolic syndrome presence, based on NCEP– ATP III criteria. The
study had a cross-sectional design and the kidney function was assessed through serum creatinine
and the glomerular filtration rate was estimated from Modification of Diet in Renal Disease 4
variable (MDRD-4) and Cockcroft-Gault formulae
RESULTADOS: The groups were not different in relation to age, percentage of smokers and
coronary heart disease. There was a higher percentage of female sex in diabetics with metabolic
syndrome (MS (+): 72,8% vs. MS (-):46,3%; P = 0,003), and this group had a greater BMI (body
mass index) (MS (+): 31,94 ± 4,26 kg/m² vs. MS (-): 26,45 ± 4,10; P < 0,001.) The kidney function
was not different when assessed through serum creatinine (MS (+): 0,99 ± 0,2 mg/dL and MS
(-): 1,0 ± 0,21 mg/dL; P = 0,68). The glomerular filtration rate was greater in the metabolic
syndrome group when Cockcroft-Gault formula was adopted (MS(+): 86,5 ± 24,38 mL/min/1,73
m² vs. MS (-): 71,91 ± 20,85 mL/min/1,73 m²; P = 0,001). Conversely, the metabolic syndrome
presence resulted in a lower glomerular filtration rate when evaluated by the MDRD equation (MS
(+): 69,94 ± 13,79 mL/min/ 1,73 m² vs. MS (-): 75,13 ± 13,58 mL/min/ 1,73 m²; P = 0,04). There
was a significant correlation between the BMI and the Cockcroft-Gault equation (r = 0,61; P <
0,001). Otherwise, the correlation with BMI was not present with the MDRD equation (r = -0,07;
P = 0,43).
CONCLUSÕES: Diabetic normoalbuminuric patients with metabolic syndrome had a significant
reduction in glomerular filtration rate when compared with those without the syndrome. This
finding was evident only when the MDRD equation was adopted as the kidney function index. The
Cockcroft-Gault equation overestimated the glomerular filtration rate in diabetic patients with
metabolic syndrome, and this is justified by the higher BMI found in this group
FUNDAMENTO: The serum concentration of creatinine and equations for glomerular filtration
rate (GFR) estimation have low accuracy to modest decreases in kidney function. Cystatin C, a
cysteine-protease inhibitor, was proposed as an improved index of glomerular filtration rate
compared with creatinine, because its serum concentrations are independent of muscle mass and
do not seem to be affected by age or sex.
OBJETIVO: The aim of this study was to assess the ability of cystatin C in kidney function evaluation
in normoalbuminuric hypertensive patients with and without diabetes mellitus.
DELINEAMENTO, PACIENTE OU MATERIAL, MÉTODOS: The study group was selected
among 665 patients from the Diabetes and Hypertension Unit at Federal University of São Paulo.
A total of 255 patients without diabetes mellitus (DM) and 74 with DM were eligible for this
crossectional study based on normal thyroid function, normal values of microalbuminuria and
glomerular filtration rate (according to MDRD equation) higher than 60 ml/min/1,73 m². The
kidney function was assessed through serum creatinine, serum cystatin C. Glomerular filtration
rate was estimated from Modification of Diet in Renal Disease 4 variable formula (MDRD-4) and
Cockcroft-Gault formula.
RESULTADOS: There were no differences between the two groups in sex, percentage of smokers
and coronary heart disease. The diabetic group was older (57,9 ± 8,4 vs. 54,5 ± 9,3 years; P = 0,01)
and more obese (Body Mass Index :30,1 ± 4,6 kg/m² vs. 28,8 ± 5,3 kg/m²; P = 0,03). Both groups
presented similar blood pressure control. Patients with diabetes had a higher percentage of treatment
with ACE inhibitors or angiotensin II receptor blockers (77% vs. 43,5%; P < 0,001). There were
no differences in the GFR estimatives either by Cockcroft-Gault formula (87,5 ± 23,5 mL/min/1,73
m² (diabetics) vs. 83,3 ± 21,3 mL/min/1,73 m² (non diabetics); P = 0,09) or MDRD formula (77,04
± 10,39 mL/min/1,73 m² (diabetics) vs 75,72 ± 10,01 mL/min/1,73 m² (non diabetics); P = 0,25).
The serum creatinine levels were also similar (0,92 ± 0,13 mg/dL (diabetics) vs. 0,93 ± 0,13 mg/
dL (non diabetics); P = 0,36). However, patients with diabetes had higher cystatin C levels than
patients without diabetes (0,93 ± 0,18 mg/L vs 0,88 ± 0,17 mg/L, respectively; P = 0,04).
CONCLUSÕES: In patients with diabetes and with normal values of albuminuria and glomerular
filtration rate according to MDRD formula, there is a significant elevation of cystatin C compared
to nondiabetic patients, and this also reinforces the value of cystatin C as a surrogate marker of
early renal dysfunction in this population.
071
072
TRATAMENTO
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
METABOLIC SYNDROME INCREASES ESTIMATION FOR CORONARY VASCULAR DISEASE OCCURRENCE IN HYPERTENSIVE NON-DIABETIC
PATIENTS BUT NOT IN THOSE INDIVIDUALS WITH DIABETES MELLITUS
DISLIPIDEMIAS: FATORES POTENCIAIS PARA O RISCO CARDIOVASCULAR
Andrea Harumi Hirota, Rodolfo Leão Borges, Marcelo Costa Batista, Artur
Beltrame Ribeiro, Maria Teresa Zanella
Universidade estadual da Paraíba – UEPB e Prefeitura Municipal de Campina Grande, PB
UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo/EPM, Fundação Oswaldo Ramos, Hospital do Rim
e Hipertensão, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: O excesso de lipídeos no sangue, também conhecido como dislipidemia –
principal fator de risco de doenças cardiovasculares –, é um dos problemas de saúde pública que
mais crescem no país. Contribuem para o desenvolvimento das doenças ateroscleróticas e podem
se expressar através de várias doenças como angina pectoris, Acidente Vascular Cerebral (AVC),
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e doença arterial periférica e se encontram entre as principais
causas de morbidade e moralidade em adultos. São classificadas em dois tipos, a hipercolesterolemia (excesso de colesterol no sangue) e hipertrigliceridemia (excesso de triglicerídeos no
sangue) e correspondem a fatores de risco para doenças cardiovasculares que atualmente são
responsáveis pela maioria dos casos de mortalidade em adultos.
OBJETIVO: A pesquisa teve como objetivo traçar o perfil lipídico em usuários do Programa de
Hipertensão e Diabetes (HIPERDIA) que participam mensalmente de reuniões de aconselhamento.
MÉTODOS: Tratou-se de um estudo transversal, descritivo e analítico e foi desenvolvido no
período de setembro a dezembro de 2006, no Serviço Municipal de Saúde, onde recebiam acompanhamento médico e no Laboratório de Análises Clínicas da UEPB, local destinado aos exames
laboratoriais de colesterol total e frações e triglicerídeos. Os dados dos participantes eram registrados em fichas individuais e todos os resultados tratados através da estatística percentual.
RESULTADOS: Participaram 98 pacientes, sendo a prevalência maior do sexo feminino 73%. A
faixa etária predominante foi de 70 a 79 anos (29%); 78% deles eram hipertensos, 21% eram
hipertensos e diabéticos e apenas 1% apresentava diabetes. Todas as mulheres eram dislipidêmicas
e a maioria dos homens eram portadores (88%). O tipo de dislipidemia prevalente nos dois sexos
foi a hipercolesterolemia. Com relação ao colesterol-HDL, 62% dos participantes apresentavam
níveis baixos e 51% tinham o colesterol-LDL acima do normal.
CONCLUSÃO: Observou-se que os participantes apresentam risco cardiovascular. É preciso
intensificar as práticas de educação e saúde visando assim, uma redução no número de Infarto
Agudo do Miocárdio (IAM), Angina Pectoris, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e trombose,
contribuindo para uma vida mais saudável.
FUNDAMENTO: The metabolic Syndrome (MetS) has been defined as a cluster of components
frequently involved with atherosclerotic cardiovascular disease occurrence (CVD). Its clinical
usefulness as a CVD estimator may vary between the MeTS definition adopted and the studied
population.
OBJETIVO: We aim to investigate The National Cholesterol Educational Program-Adult Panel III
(NCEP-ATP III) and the International Diabetes Federation (IDF) definitions of MetS as estimators
of CVD prevalence in patients with and without diabetes mellitus (DM).
DELINEAMENTO, PACIENTE OU MATERIAL, MÉTODOS: We assessed 664 patients and
compared the prevalence of the metabolic syndrome using ATP III and IDF definitions. Risk of
CHD was calculated using the Framingham Score. Fisher’s exact test and chi-square test were
used to estimate the age adjusted odds ratio for CVD occurrence.
RESULTADOS: Among all patients, the prevalence of Metabolic Syndrome according IDF
definition (IDF) was 52.5% and according NCEP criteria (ATPIII) was 43.6%. Diabetic patients
were 30.4% (n = 202) of the studied population. ATPIII criteria was present in 75,7% and IDF
definition in 85.1% of the diabetic patients.
Among patients with hypertension (86.6%), 59.1% had ATPIII and 49% had IDF criteria for MetS.
Among the total of 664 participants, the presence of hypertension increased in 5.48-fold the odds
ratio for CVD (p = 0.007) and the presence of DM increased in 3.7-fold this estimation (p < 0,05).
In the patients without DM, but not in those with DM, MetS occurrence was related to the presence
of CVD.
CONCLUSÕES: Regardless the definition adopted, the MetS presence resulted in an increased
estimation for CVD occurrence in hypertensive non-diabetic patients but not in those individuals
with diabetes mellitus.
Aryannie Barbosa Brasileiro, Maria do Socorro Ramos de Queiroz, Diogo Tenner
Rodrigues, Patrícia Cibelle de Morais Leite, Laís Cristiane Costa Figueiredo
29
02 - Resumos.pm6
29
2/8/2007, 15:39
Resumos
073
BÁSICA
AVALIAÇÃO DA FARMACOTERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA EM PACIENTES
IDOSOS
Aryannie Barbosa Brasileiro, Gilliard Justino de Oliveira, João Maurício de
Almeida, Diogo Tener Rodrigues do Nascimento, Laís Cristiane Costa Figueiredo
Universidade estadual da Paraíba – UEPB e Prefeitura Municipal de Campina Grande, PB
074
TRATAMENTO
O USO DE INIBIDORES NÃO-SELETIVOS DA COX EM IDOSOS HIPERTENSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO: UM ESTUDO EM
FARMACOVIGILÂNCIA
Edilson Dantas da Silva Júnior, Aryannie Barbosa Brasileiro, Ivana Maria
Fechine Sette, Lindomar de Farias Belém, Gustavo José da Silva Pereira,
Jahamunna Abrantes Andrade Barbosa
FUNDAMENTO: Nos países desenvolvidos, as doenças cardiovasculares são responsáveis pela
metade das mortes, além disso, são as principais causadoras de óbito na população brasileira.
Dentre essas doenças, a Hipertensão Arterial (HA) é a mais comum em todo o mundo, sendo
responsável por altos índices de morbimortalidade, sobretudo entre os idosos. No Brasil, aproximadamente 65% dos idosos são portadores da HA e, em razão das patologias que surgem concomitantemente nesta idade, os idosos constituem, possivelmente, o grupo etário mais medicalizado
na sociedade. Os fatores: envelhecimento, maior prevalência das enfermidades crônicodegenerativas e consumo de fármacos, aumentam a incidência dos Problemas Relacionados aos
Medicamentos (PRMs), deixando esta população vulnerável aos vários problemas de saúde,
aumentando os custos dos sistemas de atenção primária.
OBJETIVO: Avaliar a farmacoterapia anti-hipertensiva em idosos cadastrados no Programa de
Hipertensão e Diabetes mellitus (HIPERDIA) de uma unidade de saúde.
MÉTODOS: Tratou-se de um estudo transversal e descritivo, realizado no período de março a
junho de 2007, após análise das fichas de acompanhamento dos usuários cadastros no Serviço
Municipal de Saúde, Campina Grande-PB, e foi desenvolvido.
RESULTADOS: Foram acompanhados cadastros de 346 usuários sendo 62% do gênero feminino;
a hipertensão isolada foi observada em 79% deles e associada ao Diabetes Mellitus 18%; a faixa
etária de 60-69 anos foi a mais freqüente com 49% seguida de 70-79 anos. Com relação às
complicações cardiovasculares o Infarto Agudo do Miocárdio foi o mais relatado com 10%,
porém 68% da amostra ainda não apresentou nenhuma delas. Quanto aos fatores de risco para elas
a hereditariedade, obesidade, tabagismo e alcoolismo foram os mais citados. Quanto à farmacoterapia os grupos de medicamentos mais prescritos foram: diuréticos, Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina I, Inibidores Adrenérgicos, Anti-agregante plaquetário e Hipoglicemiantes. A associação de medicamentos esteve presente em muitos casos, alguns pacientes utilizavam até 7 itens.
CONCLUSÕES: Para os portadores da HA, a adesão e a atenção ao tratamento são o maior
desafio a ser enfrentado, uma vez que por ser uma doença crônica, pouco sintomática e cujo
tratamento consiste na farmacoterapia e nas mudanças dos hábitos de vida. O ideal seria a abordagem multiprofissional (médico, enfermeiro e farmacêutico) nas atividades ligadas diretamente
ao medicamento, afim de proporcionar ao idoso a conscientização quanto aos cuidados com a
saúde, reduzir os PRMs e obter a adesão satisfatória.
Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de
Farmácia, Fundação Assistencial da Paraíba, C. Grande, PB
075
076
TRATAMENTO
A FLUVASTATINA ATENUA A RESPOSTA PRESSÓRICA DE ESFORÇO, MAS
NÃO A PRESSÃO ARTERIAL AFERIDA PELA MAPA, EM PORTADORES DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL E DISLIPIDEMIA
Marcelo C. Batista, Auro Buffani, Osvaldo Kohlmann, Maria Teresa Zanella,
Artur B. Ribeiro, Agostinho Tavares
UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo/EPM, Fundação Oswaldo Ramos – Hospital do
Rim e Hipertensão, São Paulo, SP
FUNDAMENTO:A hipertensão arterial e a hipercolesterolemia determinam incremento significativo no risco cardiovascular. Às estatinas, inibidores da HMGCoA redutase, são imputadas
ações pleiotrópicas sobre o endotélio vascular com resultante impacto na pressão arterial.
OBJETIVO: Avaliar o impacto da utilização da Fluvastatina sobre dados da pressão arterial
aferida através da MAPA e do esforço físico.
DELINEAMENTO, PACIENTE OU MATERIAL, MÉTODOS: Estudo duplo-cego, placebocontrolado da utilização da Fluvastatina em 39 pacientes com dislipidemia e tratamento escalonado
para a hipertensão arterial ( enalapril e hidroclorotiazida) ao longo de 48 semanas. A randomização
foi precedida por período de “washout” de 3 semanas da terapia anti-hipertensiva. MAPA realizada por monitor automatizado (Spacelabs, modelo SL-90207, Ecafix) e Teste Ergométrico através de esteira ergométrica (Challenger 5.0-Ecafix) precedendo a randomização e após 48 semanas do estudo.
RESULTADOS: Quando comparados ao grupo placebo (GP), pacientes do grupo droga ativa
(GA) apresentaram idade (50 + 9 vs 51 + 8 anos, NS, GA vs GP), IMC (27 + 3 vs 29 + 4 Kg/m2,
NS), PAS de 24hs (139 + 14 vs 138 + 12 mmHg,NS), PAD de 24hs (87 + 11 vs 86 + 8, ns) e PAS ao
esforço máximo (190 + 20 vs 187 + 20 mmHg, NS) semelhantes ao período da randomização. Não
houve diferença na posologia ou no número de anti-hipertensivos administrados entre os grupos.
Também não foi abservada correlação entre a magnitude das modificações dos parâmetros do
perfil lipídico (Colesterol total, LDL-colesterol, HDL-colesterol e triglicérides) e os parâmetros
pressóricos estudados entre os grupos ao longo do estudo. Após um ano de tratamento, a comparação entre os grupos demonstrou que não houve diferença significativa na PA aferida pela MAPA
nos quesitos analizados – PAS 24hs (126 + 12 vs 131 + 11 mmHg,NS, GA vs GP); PAD 24hs (80
+ 7 vs 82 + 8, NS). Entretanto, observamos significativa atenuação da PAS aferida ao esforço
máximo no GA comparado ao GP (175 + 17 vs 192 + 23 mmHg, p < 0,05).
Conclusão: O utilização de estatina em portadores de hipertensão arterial e dislipidemia resultou
na atenuação da resposta pressórica ao esforço físico, mas não da pressão arterial aferida através
da MAPA. O efeito observado não guardou relação com a magnitude das alterações observadas
no perfil lipídico realçando uma possível ação pleiotrópica dos inibidores da hidroxi-metil-CoA
redutase.
FUNDAMENTO: A farmacovigilância é a ciência e as atividades relativas à detecção, avaliação, compreensão e prevenção de RAM’s ou quaisquer outros possíveis problemas relacionados
a medicamentos. Os inibidores não-seletivos da COX são fármacos que podem aumentar a pressão arterial em pacientes hipertensos sob tratamento ou não. Tal efeito pode estar relacionado a
falha da terapêutica anti-hipertensiva e ao aumento do risco de problemas cardiovasculares,
principalmente em idosos.
OBJETIVO: Procurou-se avaliar através da Farmacovigilância o uso de inibidores não-seletivos
da COX e seu efeito na pressão arterial em idosos internados na clinica geral da Fundação
Assistencial da Paraíba - FAP.
PACIENTE OU MATERIAL: Pacientes idosos e hipertensos em uso de inibidores não-seletivos
da COX.
MÉTODOS: Tratou-se de um estudo exploratório em pacientes hipertensos com aplicação de um
formulário, no qual foram registrados dados clínicos e as queixas dos pacientes.
RESULTADOS: Dos 23 idosos participantes, mais da metade constitui-se de homens; o inibidor
não-seletivo da COX mais prescrito foi a dipirona. Todos os pacientes estavam em uso de antihipertensivos, sendo o captopril o mais prescrito em monoterapia. Para avaliação da pressão
arterial, utilizou-se as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial; constatou-se que 57% dos
pacientes apresentaram a média dos níveis pressóricos acima do valor arbitrariamente definido
(139/89 mmHg). As queixas mais relatadas pelos pacientes estão correlacionadas com os sintomas
da pressão arterial elevada, como dor de cabeça, tontura e mal-estar.
CONCLUSÕES: Pôde-se identificar o descontrole da pressão arterial possivelmente relacionado
à classe de fármaco em estudo. Conhecendo-se melhor o mecanismo fisiológico responsável pelo
aumento dos níveis pressóricos pode-se diminuir a morbidade e a mortalidade relacionada a
hipertensão.
TRATAMENTO
STATIN USE AND LEFT VENTRICULAR MASS ATTENUATION IN
HYPERTENSIVE PATIENTS
Marcelo C. Batista, Auro Buffani, Maria Teresa Zanella, Artur Ribeiro, Agostinho
Tavares
UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo/EPM, Fundação Oswaldo Ramos – Hospital do
Rim e Hipertensão, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: Ventricular Hypertrophy as well as elevated LDL-cholesterol constitutes majors
modifiable risk factors for cardiovascular disease.
OBJETIVO: To assess the impact of statin use in ventricular mass of hypertensive patients.
DELINEAMENTO, PACIENTE OU MATERIAL, MÉTODOS Double-blind, placebo controlled
study of Fluvastatin administration in hypertensive patients over one year. After three weeks
wash-out period of antihypertensive medication, thirty-nine patients were sequentially treated for
hypertension with enalapril and hydrochlortiazide (if necessary) and randomically assigned to
Fluvastatin or placebo. Office Blood Pressure, ABPM (Spacelabs,SL-90207,ECAFIX), lipid profile,
and left ventricular mass index (LVMI) were measured before and one year after randomization.
RESULTADOS: Twenty Patients from placebo group (PG) and 19 from Fluvastatin Group (FG)
had similar age (50 + 9 vs 51 + 8 years, NS) and BMI (29 + 3 vs 27 + 3 Kg/m2, NS). At baseline,
both placebo and Fluvastatin Group had similar Office blood pressure (154 + 14 vs 155 + 10
mmHg, NS), LDL-cholesterol (164 + 30 vs 161 + 38 mg/dl, NS), 24-hour systolic and diastolic
ABPM (139 + 14 vs 138 + 12 mmHg, NS and 87 + 11 vs 86 + 9 mmHg, NS) and LVMI (99 + 35 vs
116 + 34 g/m2, NS). There no significant difference between the groups regarding Office BP and
ABPM after one year. Similarly, no difference was observed in dosage or number of
antihypertensive drugs taken between FG and PG group. On the other hand, compared with PG,
Fluvastatin use resulted in a significant reduction of LDL-cholesterol (127 + 30 and 155 + 27 mg/
dl, p < 0,05) and LVMI (82 + 15 vs 100 + 23 g/m2, p < 0,05). There was no correlation between
LVMI achieved and LDL-cholesterol, ABPM or office blood pressure in both groups.
CONCLUSÕES: Fluvastatin use in hypertensive patients resulted in an attenuation of LVMI over
one year. Since there is no relation with ABPM, office BP or LDL-choleterol levels, a pleiotropic
statin-related effect might be taken in account for this LVMI attenuation.
30
02 - Resumos.pm6
30
2/8/2007, 15:39
Resumos
077
TRATAMENTO
IMPACT OF HYPERURICEMIA ON KIDNEY FUNCTION IN HYPERTENSIVE
DIABETIC PATIENTS
Marcelo C. Batista, Rodolfo Leão, Andrea Hirota, Maria Teresa Zanella, Artur B.
Ribeiro
UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo/EPM, Fundação Oswaldo Ramos – Hospital do
Rim e Hipertensão, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: Hyperuricemia has long been associated with kidney disease and its particularly
common in people with hypertension, metabolic syndrome and cardiovascular disease. Recently,
some authors have challenged the role of uric acid as an epiphenomenon in the context of cardiovascular and renal diseases and emphasized his strength as an independent risk factor for kidney
disease progression.
OBJETIVO: Assess the impact of hyperuricemia on kidney function in diabetic patients.
DELINEAMENTO, PACIENTE OU MATERIAL, MÉTODOS: The study had a crossectional
design and the patients were selected from the Diabetes and Hypertension Unit at Universidade
Federal de São Paulo. We assessed 200 diabetic patients and they were separated according to the
uric acid levels, and hyperuricemia was considered if the serum values were higher than 6,0 mg/
dL (females) or 7,0 mg/dL (males). The kidney fuction was evaluated by cystatin-C, serum creatinine,
microalbuminuria. The glomerular filtration rate was estimated by Modification of Diet in Renal
Disease (MDRD) formulae.
RESULTADOS: The patients were not different in relation to sex, age, coronary heart disease and
tobacco use. Patients with hyperuricemia had a higher body mass index (31,9 ± 5,03 kg/m² vs.
30,02 ± 4,85 kg/ m²; P = 0,01), higher waist circumference (104,1 ± 10,7 cm vs. 97,8 ± 11,2 cm),
lower levels of HDL-cholesterol (50,8 ± 13,0 mg/dL vs. 56,8 ± 16,7 mg/dL). In relation to kidney
function parameters, there were no differences between the groups regarding the serum cystatinC values (0,99 ± 0,19 mg/dL vs. 0,92 ± 0,21 mg/dL; P = 0,07), microalbuminuria (99,7 ± 279,3 mcg/
min vs. 57,8 ± 240,6 mcg/min; P = 0,28). However, patients with hyperuricemia had a significant
increase in serum creatinine levels (1,18 ± 0,32 mg/dL vs. 0,97 ± 0,21 mg/dL; P < 0,001) and a
decrease in glomerular filtration rate according to MDRD equation (61,9 ± 16,1 mL/min/1,73 m²
vs. 73,6 ± 13,6 m L/min/1,73 m²; P < 0,001). There were significant correlations between uric acid
and serum creatinine (R = 0,44; P < 0,001); serum cystatin-C (R = 0,18. P = 0,03), microalbuminuria
(R = 0,15; P = 0,03) and glomerular filtration rate – MDRD (R = -0,36; P < 0,001).
CONCLUSÕES: In diabetic patients , hyperuricemia was significantly associated with a decrease
in kidney function. Prospective studies are necessary to determine the importance of uric acid as
a potential goal of treatment in order to prevent or slow the progression rate of renal disease
related to diabetes mellitus.
079
BÁSICA
078
BÁSICA
ESTUDO DA EXPRESSÃO PROTÉICA E ATIVIDADE ENZIMÁTICA DAS
ISOFORMAS DA ECA NAS CÉLULAS MESANGIAIS EM CULTURA DE CAMUNDONGOS NORMAIS E GENETICAMENTE MODIFICADOS COM 1, 2, 3 E 4 CÓPIAS DO GENE DA ECA
Lyvia Ferreira Ebner, Juliana Almada Colucci, Silvia Lacchini, José Eduardo
Krieger, Dulce Elena Casarini
Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: O sistema renina-angiotensina clássico é composto principalmente pela renina,
seu substrato, o angiotensinogênio, e pela ECA. Essa enzima é responsável pela produção de um
peptídeo vasoativo, a angiotensina II (AII), que atua nas células mesangiais, influenciando o ritmo
de filtração glomerular e, portanto, a pressão arterial. O estudo com animais geneticamente modificados com 1, 2 e 3 cópias do gene da ECA se torna interessante para avaliar a expressão e atividade
das isoformas da ECA bem como o nível de angiotensinas geradas ou inativadas por elas.
OBJETIVO: Verificar a presença das isoformas da ECA nas células mesangiais em cultura e se
há alteração na atividade e/ou expressão dessas isoformas que afete os níveis de angiotensinas por
elas geradas ou inativadas.
PACIENTE OU MATERIAL: Animais normais e geneticamente modificados com 1, 2 e 3 cópias
do gene da ECA.
MÉTODOS: Cultura primária de células mesangiais, Western blotting, atividade enzimática da
ECA, quantificação de angiotensinas.
RESULTADOS: Para a quantificação de angiotensinas foi utilizado o meio de cultura. Os animais
que apresentavam uma cópia do gene mostraram menor nível de angiotensina 1-7 (A 1-7) e um
nível maior de AI e II em relação aos outros grupos. Os animais com 2 cópias apresentaram o
maior nível de A1-7 e os menores níveis de AI e II. Já os animais com 3 cópias apresentaram, em
relação aos de 2 cópias, uma leve diminuição no nível de A1-7 e o mesmo nível de AI; quanto ao
nível de AII, foi o mesmo dos animais de 1 cópia. Para a atividade da ECA foi utilizado lisado
celular e os resultados mostram uma maior atividade no grupo de 2 cópias, intermediária no de 3
cópias e menor no de 1 cópia.
CONCLUSÕES: Pudemos verificar alterações nos níveis de angiotensinas formadas. Algumas
ocorreram de acordo com o esperado, como nos animais com 1 cópia, que apresentaram nível
maior de AI em decorrência da menor quantidade de ECA. Outras alterações mostraram que
diferentes vias de produção de angiotensinas podem estar ativas, como ocorreu nos animais de 2
cópias, onde o nível de A1-7 é maior (se comparado ao grupo de 1 cópia). Esse resultado é
possivelmente explicado pela transformação da AI em 1-7 pela NEP. Analisando a atividade da
ECA, podemos chegar à conclusão que nem sempre um aumento no grau de expressão de uma
enzima corresponde a um aumento significativo em sua atividade, já que no grupo de 3 cópias,
apesar de apresentar mais ECA, mostrou uma atividade semelhante ao grupo de 2 cópias.
APOIO FINANCEIRO: Fapesp 06/58926-2
080
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
ESTUDO DA MODULAÇÃO DA EXPRESSÃO PROTÉICA E ATIVIDADE DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA 2 (ECA 2) NOS TECIDOS RENAL E
CARDÍACO DE RATOS WISTAR CONTROLE E TRATADOS COM LPS
DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE À HIPERTENSÃO 2007, PREVALÊNCIA DE PERCENTIS DE PRESSÃO E DE IMC ENTRE 144 CRIANÇAS E
ADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE GUARUJÁ, SP
Rodolfo Mattar Rosa, Juliana Almada Colucci, Dulce Elena Casarini
Medeiros AB, Amaral RA
Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP
Liga de Hipertensão da Diretoria de Saúde do Município de Guarujá, São Paulo
FUNDAMENTO: A sepse decorre de uma infecção bacteriana que provoca intensa e descontrolada resposta sistêmica do hospedeiro. É uma síndrome comum em pacientes com processos
infecciosos e imunodepressivos, sendo a principal causa de insuficiência renal aguda em unidades
de terapia intensiva. Assim, torna-se importante o estudo da expressão do sistema renina angiotensina (SRA) durante tal injúria, já que é uma das principais vias endócrinas de controle da
volêmia e pressão arterial sistêmica. Muito pouco se sabe sobre a modulação da ECA 2, um novo
componente do SRA, na sepse.
OBJETIVO: Mimetizar um quadro de sepse em um modelo animal e evidenciar a modulação de ECA
2 em tecidos de rim e coração de ratos Wistar normais e sépticos (após seu tratamento com LPS).
MATERIAL: Ratos Wistar de 280-400 g, lipopolissacarídeo de E. Coli (LPS)
MÉTODOS: Os ratos receberam injeção intraperitoneal de solução salina (CT) ou LPS suspenso
nessa solução (LPS). Cada animal foi pesado e teve a pressão arterial de cauda aferida 3 vezes
antes e 1 vez 3 dias depois da veiculação da droga. Urina de 24 horas foi coletada antes e 2 dias
depois do tratamento com LPS. No terceiro dia de tratamento os ratos foram sacrificados por
decapitação e seus rins e coração coletados, pesados e congelados.
RESULTADOS: A pressão arterial de cauda se mostrou elevada na primeira aferição constante
nos outros dois dias e diminuída após o tratamento. Quanto ao peso do animal, houve aumento de
seu valor no grupo controle durante o período de acompanhamento, contudo após o tratamento
com LPS, o grupo séptico apresentou redução de peso, conforme esperado. O volume de urina
coletado manteve certa constância no grupo CT e maior oscilação no grupo LPS. Já o peso médio
dos órgãos coletados foi mais elevado no grupo LPS em relação ao CT, sendo que a maior diferença foi observada no rim.
CONCLUSÕES: A queda da pressão arterial pós-tratamento foi quase significativa e o volume
de urina coletada teve diferença estatística nos dois grupos no pré e pós-tratamento, mas tais
resultados não eram esperados e pode ter sofrido influência de fatores como o dia diferente em
que cada grupo foi colocado na gaiola metabólica. A diminuição do peso do grupo LPS após o
tratamento pode ter ocorrido devido a alguma alteração metabólica. A diferença de peso entre
rim e coração mostra que tais tecidos foram afetados pela sepse. Portanto, os parâmetros analisados até o momento mostram que o tratamento com LPS deve ter sido eficaz para mimetizar o
quadro séptico. Contudo, vale ressaltar que o projeto ainda está em fase inicial e seu objetivo final
é avaliar a expressão e atividade de ECA 2 nessa patologia.
APOIO FEINANCEIRO: FAPESP 06/58925-6
FUNDAMENTO: História familiar, percentis de pressão arterial, IMC, atividade física, níveis de
colesterol da criança e/ou da família e proteinúria são fatores de risco que podem compor o risco
estimado de doença cardiovascular e nefropatia de cada criança para prevenção primária. Considera-se hipertensa a criança ou adolescente que apresentar níveis de PA iguais ou superiores ao
percentil 95 para idade, sexo e estatura, após três medidas sucessivas de PA, tomadas pelo mesmo
examinador, em visitas diferentes, utilizando equipamento e técnica adequados. As medidas da
PA, durante a campanha, servem de alerta para vigilância e seguimento em ambulatório dos casos
suspeitos.
OBJETIVO: Analisar a prevalência de percentis de pressão arterial e IMC em 144 crianças e
adolescentes do Município de Guarujá, obtidos na Campanha “É cedo que se previne” do Dia
Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão 2007.
MATERIAL E MÉTODOS: O estudo é baseado na medida da pressão arterial com manguito de
bolsa de borracha de tamanho adequado à circunferência do braço (criança – infantil – adulto
pequeno), após 05 minutos de repouso com braço apoiado e posicionado no nível do précordio em
uma única aferição. Medida também altura e peso para posterior análise dos percentis. As aferições foram realizadas em 02 Unidades Básicas de pediatria do município e dois Centros de
Procedimentos e Apoio da Unimed Guarujá. Considera-se Normotensão: PA inferior ao percentil
90; Pré -hipertensão arterial: PA entre os percentis 90 e 95; Hipertensão arterial estagio 1: PA entre
os percentis 95 a 99 + 5 mmHg; Hipertensão arterial grau 2: PA acima do percentil 99 +5 mmHg.
Considera-se IMC < 85 normal, IMC entre 85 e 95 sobrepeso, IMC > 95 obeso.
RESULTADOS:Constatamos 52% das crianças do sexo feminino e 48% do sexo masculino. Em
relação a idade, 67% entre 03 e 07 anos; 27% entre 8 e 12 anos e 6% entre 13 e 17 anos. O percentil
de pressão < 90 foi de 64%; entre o percentil 90 a 95 -13%; no Percentil 95 a 99 -17% e, no
Percentil > 99% - 6%. Quanto ao IMC, os valores foram de 71% para Percentil < 85; 15% para
o Percentil entre 85 e 95 e 14% para Percentil > 95.
CONCLUSÃO: Observamos 14% de crianças obesas, 15% de crianças com sobrepeso e 71% das
crianças com peso normal. Em relação à hipertensão, 64% com pressão arterial normal, 13% com
pressão arterial limítrofe, 17% com hipertensão grau 1 e 6% com hipertensão grau 2. Campanhas
de prevenção primária devem ser implementadas para detecção e informação precoces para
pais, professores e responsáveis, na tentativa de diminuição dos riscos cardiovasculares desde a
infância e adolescência, promovendo hábitos e estilo de vida saudáveis.
31
02 - Resumos.pm6
31
2/8/2007, 15:39
Resumos
081
BÁSICA
082
TRATAMENTO
EFEITOS DO LIPOPOLISSACARÍDEO DE E. COLI SOBRE AS CATECOLAMINAS NAS CÉLULAS MESANGIAIS HUMANAS IMORTALIZADAS E EM SITUAÇÃO DE HIPÓXIA
COMPARAÇÃO DA EFETIVIDADE ANTI-HIPERTENSIVA DA HIDROCINESIOTERAPIA E DO TREINAMENTO FÍSICO REALIZADO NO SOLO EM MULHERES HIPERTENSAS
Zanini AP, Arita DY, Almeida WS, Casarini DE
Roberta Danielle Maia da Silva, Eduardo Aguilar Arca, Roberto Jorge da Silva
Franco, Luis Cuadrado Martin, Ana Paula Rossi Sacco, Silvia Regina Barrile
Departamento de Medicina, Disciplina de Nefrologia – Universidade Federal de São Paulo –
UNIFESP
FUNDAMENTO: As células mesangiais (CM), representam 25% da população celular do
glomérulo renal e controlam a função glomerular através de suas múltiplas funções, tais como,
contratilidade, fagocitose, síntese e secreção de vários componentes da matriz extracelular, bem
como de substâncias vasoativas e inflamatórias, incluindo angiotensina II, interleucinas, entre
outras. Estudos em nosso laboratório evidenciaram que as CM possuem toda a maquinaria enzimática e de substratos, para produção das catecolaminas (CA): dopamina, adrenalina e noradrenalina. Além disso, as CM expressam o mCD14 (Thijs, 1998; Baud, 1989; Camussi, 1995), um dos
componentes do receptor de lipopolissacarídeo (LPS) que está associado aos Toll Like receptor
tipo 4 na superfície celular (Aderem, 2000; Medzhitov, 2001). Dentre os estímulos que podem
alterar o equilíbrio renal, está o LPS, presente na sepse, e a hipóxia celular. OBJETIVO: Avaliar
o efeito do lipopolissacarídeo (LPS) de E. coli e da hipóxia sobre o metabolismo das catecolaminas
em células mesangiais humanas imortalizadas (CMHI).
MATERIAL: Todos os experimentos foram realizados em CMHI, gentilmente doadas pelo Centro
de Nefrologia da Universidade de Munich.
MÉTODOS: As CMHI foram cultivadas em meio DMEM (Dulbecco’s Modified Eagle’s Medium)
com 10% de soro bovino fetal, até confluência em incubadora a 37º C, umidificada com uma
mistura gasosa de ar (95%) e CO2 (5%). As CMHI foram incubadas com LPS (100 µg/mL) por
um período de 2 horas, e foram submetidas a situação de hipóxia por 30 minutos. O estudo da
viabilidade celular foi realizado pelo método de exclusão com os corantes fluorescentes: laranja
de acridina e brometo de etídeo, para a visualização de necrose. A apoptose celular foi avaliada
pelo corante Hoechst 33342. A produção/liberação de L-Dopa, dopamina, noradrenalina e adrenalina pelas CMHI foi quantificada, utilizando-se cromatografia líquida de alta performance com
detecção eletroquímica (HPLC-ED).
RESULTADOS: As CMHI apresentaram-se viáveis frente ao processo de hipóxia e à presença
de LPS. A incubação com LPS induziu um aumento significativo nos níveis de CA intracelular,
enquanto que no meio de cultura, a liberação de adrenalina e L-Dopa foi reduzida, e os níveis de
noradrenalina e dopamina permaneceram praticamente inalterados.
CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que o LPS pode influenciar a produção/liberação das CA
nas CMHI. (Financiado pelo CNPq)
083
TRATAMENTO
EFEITOS DO TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO SOBRE A RAREFAÇÃO CAPILAR FUNCIONAL E ESTRUTURAL DE RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS (SHR)
Tibiriçá E, Sabino BD, Nascimento AR
Laboratório de Farmacologia Neuro-Cardiovascular, Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz, Rio de
Janeiro, RJ
FUNDAMENTO: As alterações microvasculares funcionais e estruturais da hipertensão arterial
estão relacionadas com o desenvolvimento de lesões de órgãos-alvo.
OBJETIVO: Investigar os efeitos do tratamento crônico com anti-hipertensivos de diferentes
classes farmacológicas sobre a densidade capilar funcional (DCF) cutânea e muscular esquelética (grácil) e estrutural (DCE) muscular esquelética e do ventrículo esquerdo de ratos SHR.
MÉTODOS: Seis grupos de 10 ratos SHR machos com 12-14 semanas receberam tratamento oral
por gavagem durante quatro semanas com atenolol (ATE, 50 mg/kg/dia), enalapril (ENA, 10 mg/
kg/dia), nifedipina (NIFE, 20mg/kg/dia), losartan (LOS, 10 mg/kg/dia) ou veículo (grupo controle), comparados aos ratos normotensos Wistar (WKY, n =10). A DCF foi avaliada através de
microscopia intravital com fluorescência e a DCE em microscópio confocal após marcação dos
capilares por histoquímica.
RESULTADOS: A redução da pressão arterial sistólica foi similar em todos os grupos (p > 0.05).
A DCF (capilares/mm2) encontrava-se diminuída em SHR no músculo esquelético (WKY 395 ±
17 e SHR 258 ± 13, p < 0.01) ou pele (WKY 391 ± 18 e SHR 210 ± 15, p < 0.01). LOS e NIFE
reverteram completamente a rarefação capilar funcional em ambos os tecidos (434 ± 26 e 422
± 18 no músculo esquelético e 397 ± 31 e 391 ± 24 na pele, p < 0.01, respectivamente), enquanto
o ENA aumentou significativamente a DCF apenas na pele de SHR (283 ± 17, p < 0.05). ATE não
induziu nenhuma alteração na DCF. Foi observada uma relação linear entre a densidade capilar
funcional no músculo esquelético e na pele (r = 0.654, p < 0.0001). Na análise estrutural, foi
observada uma relação capilar/fibra significativamente menor no músculo esquelético de SHR
(WKY 1.74 ± 0.08 e SHR 1.40 ± 0.06, p < 0.01), que foi revertida pelos tratamentos com ENA,
NIFE e LOS (1.65 ± 0.04; 1.78 ± 0.1 e 1.8 ± 0.07, p < 0.01, respectivamente). A razão entre a
densidade de volume de capilares e de fibras (Vv[cap] / Vv[fib]) do ventrículo esquerdo de SHR
também estava significativamente reduzida (WKY 0.
CONCLUSÕES: Os efeitos microcirculatórios de diferentes drogas anti-hipertensivas diferem
entre as classes farmacológicas e vão além da redução da pressão arterial. Este conceito pode ser
útil para guiar o tratamento anti-hipertensivo na tentativa de reduzir ou até mesmo reverter as
alterações microcirculatórias e, consequentemente, as lesões de órgãos-alvo da hipertensão arterial.
Universidade do Sagrado Coração/Bauru/São Paulo e Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho, UNESP, Botucatu, São Paulo
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial (HA) é considerada um dos principais problemas de
saúde pública mundial, sendo um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Apesar de muitos estudos comprovarem a eficácia do treinamento físico realizado no solo,
no controle da pressão arterial em hipertensos, pouco se sabe a respeito do efeito crônico da
hidrocinesioterapia. Além disso, não foi encontrado nenhum estudo comparando o efeito do treinamento físico realizado no solo e a hidrocinesioterapia.
OBJETIVO: O objetivo do estudo foi comparar os efeitos da hidrocinesioterapia e do treinamento
físico realizado no solo sobre a pressão arterial e medidas antropométricas em mulheres hipertensas.
DELINEAMENTO: Estudo prospectivo, randomizado, antes-depois.
PACIENTE : A casuística foi composta por 33 mulheres, com idade média de 63 anos, portadores
de HA leve e/ou moderada e que faziam uso de medicamentos anti-hipertensivos.
MÉTODOS: As participantes foram randomizadas e divididas em dois grupos: (G1) Água (n =
17) e (G2) Solo (n = 16) Os programas tiveram duração de 12 semanas, realizados três vezes por
semana com 50 minutos por dia. Os programas foram divididos em 4 etapas: I-Aquecimento, IIAlongamento, III-Exercícios Aeróbios e IV-Desaquecimento. Foi considerada como medida prétratamento a média das três primeiras aferições da pressão arterial e pós-tratamento a média das
três últimas medidas. O peso, as circunferências de cintura e quadril foram avaliadas no início e
ao término dos programas. Os dados obtidos foram analisados por meio do teste T de Student,
sendo considerado nível de significância de 5%.
RESULTADOS: Houve diferença significativa nas variáveis antropométricas no G1 com aumento de peso, índice de massa corpórea (IMC) e circunferência da cintura (p < 0,05). Houve redução
da pressão arterial sistólica (PAS) em ambos os grupos, sendo que G1 foi de 140,8 ± 14,6 no prétratamento (M1) para 126,0 ± 13,3 mmHg (p = 0,0004) no pós-tratamento (M2); e G2 de 138,3 ±
11,8 para 126,4 ± 8,7 mmHg (p = 0,0008). O mesmo ocorreu com a pressão arterial diastólica
(PAD) variando de 82,7 ± 6,4 em M1 para 78,3 ± 8,5 mmHg (p = 0,02) em M2 no G1 e 84,1 ± 5,9
em M1 para 77,3 ± 5,3 mmHg (p = 0,0003) em M2 no G2. Porém, não houve diferença significativa
na resposta pressórica quando foi feita a comparação entre os grupos.
CONCLUSÕES: Baseado nos resultados obtidos no presente estudo, conclui-se que somente as
participantes do G1 tiveram aumento significativo do peso corporal, IMC e circunferência de
cintura. Com relação aos níveis pressóricos, ambos os grupos apresentaram reduções significativas, porém não houve diferença entre o treinamento físico realizado no solo e a hidrocinesioterapia.
084
BÁSICA
PAPEL DO ESTRESSE OXIDATIVO NA DISFUNÇÃO ENDOTELIAL ASSOCIADA À HIPERTENSÃO
Costa CA, Amaral TAS, Carvalho LCRM, Ognibene DT, Emiliano da Silva AF,
Valenca S, Soares de Moura R, Resende AC
Departamento de Farmacologia e Psicobiologia, UERJ, Rio de Janeiro
FUNDAMENTO: No modelo de hipertensão renal dois rins um clip (2R,1C), uma disfunção
endotelial é observada pelo impedimento do relaxamento induzido por substâncias vasodilatadoras. Como o estresse oxidativo parece estar aumentado nesse modelo de hipertensão, os objetivos
do nosso trabalho são: avaliar o efeito do tratamento crônico do Tempol, um superóxido desmutase
mimético, sobre o desenvolvimento da hipertensão e disfunção endotelial; avaliar a atividade
enzimática de enzimas antioxidantes como a superóxido desmutase (SOD) e catalase (CAT); e
avaliar os níveis de malondialdeído (MDA), um indicador de peroxidação lipídica.
MÉTODOS: Ratos Wistar machos (150-180g) controles (sham operados, n = 5) ou submetidos à
cirurgia 2R, 1C receberam tratamento diário (40 dias) com veículo (2R,1C, n = 5) ou Tempol
(2R,1C+Tempol, n = 5) e tiveram a pressão sistólica (PAS), aferida por pletismografia de cauda.
Os efeitos vasodilatadores da acetilcolina (ACh,1-100 pmol) e nitroglicerina (NG,1-100 nmol)
foram estudados em leito arterial mesentérico perfundido segundo McGregor (1965) e pré-contraído com norepinefrina (30mM). As atividades das enzimas SOD e CAT (U/mg proteína) foram
avaliadas em amostras de soro e mesentério por espectrofotometria e os níveis de MDA (nmol
TBA/mg proteína) foram avaliados pelo método de análise de substâncias reativas ao ácido
tiobarbitúrico (TBARs), em amostras de soro dos grupos controle e 2R,1C.
RESULTADOS: A PAS (mm Hg) de animais 2R,1C foi maior (p < 0.05) que a dos controles (189,6
± 5 vs 115,9 ± 4) e o Tempol preveniu o desenvolvimento da hipertensão (116,6 ± 3). O efeito
vasodilatador (% de relaxamento) reduzido da ACh (p < 0.05) em animais 2R,1C (10 pmol:
controle 63,2 ± 3 vs 2R,1C 10,5 ± 3) foi parcialmente (p < 0.05) recuperado pelo Tempol (46,4
± 6), assim como o da NG (10 nmol: controle 46 ± 5 vs 2R,1C 20 ± 2 vs 2R,1C+Tempol 38,7 ± 4).
A atividade da SOD, em amostras de mesentério, foi menor (p < 0.05) em animais 2R,1C (14 ±
0.5) quando comparada com o controle (19 ± 1.3). A atividade da CAT, em amostras de mesentério
e soro, não foi diferente entre animais 2R,1C e controle (Mesentério: 0.04 ± 0.01 vs 0.2 ± 0.04;
Soro: 0.011 ± 0.001 vs 0.012 ± 0.004). O nível de MDA, em amostras de soro, foi maior (p < 0.05)
em animais 2R,1C (2.5 ± 0.1) quando comparado com o controle (1.8 ± 0.1).
CONCLUSÃO: Nossos resultados demonstram que o Tempol previne o desenvolvimento da hipertensão e melhora a disfunção endotelial em animais 2R,1C. Em animais 2R,1C a redução da
atividade antioxidante e aumento da peroxidação lipídica sugerem um comprometimento do
mecanismo de defesa antioxidante e aumento do estresse oxidativo, que devem contribuir para a
disfunção endotelial e desenvolvimento da hipertensão.
32
02 - Resumos.pm6
32
2/8/2007, 15:39
Resumos
085
TRATAMENTO
ASSOCIAÇÃO ENTRE A ESPESSURA DO COMPLEXO ÍNTIMA-MÉDIA
CAROTÍDEO E OS FATORES DE RISCO PARA DOENÇA CARDIOVASCULAR
EM MULHERES OBESAS PRÉ E PÓS – CIRURGIA BARIÁTRICA
Priscilla L. F.A. Sarmento, Sérgio A. Ajzen, Maria Teresa Zanella, Paulo Engler P.
Jr., Robson B. Miranda, Frida L. Plavnik
Departamento de Diagnóstico por Imagem – UNIFESP/Disciplina de Nefrologia – UNIFESP,
Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: A obesidade está associada a múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular (FRDCV),
como hipertensão arterial (HAS) e dislipidemia .A perda de peso por sua vez associa a redução desses fatores
de risco. Em pacientes com índice de massa corporal (IMC)>40 Kg/m 2 ou 35 Kg/m 2 quando associado a
FRDCV, a redução de peso é obtida mais rápida e efetivamente com procedimentos cirúrgicos (cirurgia
bariátrica).O aumento da espessura da parede das artérias carótidas (complexo íntima–média-CIM-C), é considerado um marcador precoce de aterosclerose associado a FRDCV.
OBJETIVO: Correlacionar a espessura do CIM-C com diferentes FRDCV pré e pós-cirurgia e observar se a
perda de peso é acompanhada pela regressão do CIM-C.
MÉTODOS: As avaliações foram feitas no período pré–operatório e aos 3, 6 e 12 meses pós cirurgia. Os
fatores de risco analisados foram dislipidemia (colesterol total e frações e triglicérides), relação triglicéride/
HDL-C, conhecida como índice aterogênico no plasma (IAP), glicemia de jejum, hipertensão arterial e
tabagismo. A medida do CIM-C foi feita através de ultra-sonografia modo B em aparelho LogicBook GE.
RESULTADOS: A idade média das pacientes foi de 46,3 ± 8 anos com IMC basal de 43,9 ± 6,4 Kg/m 2. HAS
foi encontrada em 57,3%, HDL-C diminuído (< 50 mg/dl) em 46,7%, nível de colesterol total elevado (> 200
mg/dl) em 40%, trigliceridemia elevada (> 150 mg/dl) em 33,3%. Na avaliação inicial, não houve correlação
estatisticamente significante entre o CIM-C e o IMC, assim como com os FRDCV. A única correlação positiva
foi vista para a idade (r = 0,56, p < 0,05). Após 6 meses da cirurgia, observou-se redução significativa do
CIM-C (p < 0,05) que mostrou uma correlação positiva com o IAP (r = 0.56, p < 0,05).
Tabela – Redução do CIM e das variáveis clínicas e metabólicas ao longo de 12 meses de acompanhamento (n = 15)
Variável
CIM (mm)
Glicemia jejum (mg/dl)
Triglicérides (mg/dl)
HDL-C
LDL-C
PAS (mmHg)
PAD (mmHg)
IMC (kg/m2)
Cintura (cm)
Relação trig/HDL
Basal
0,77 ± 0,12
91,1 ± 28,6
153,0 ± 77,1
50,9 ± 18
105,5 ± 27,7
129,3 ± 13,9
86,7 ± 8,2
43,9 ± 6,4
119,5 ± 13,6
3,33 (1.79-3.99)
3 meses
0,71 ± 0,06
83,2 ± 6,6
94,7 ± 22,8*
47,3 ± 12,3
93,6 ± 20,1
125,9 ± 23,1
84,5 ± 16,9
35,7 ± 6,5*
104,5 ± 13,4*
1,85 (1,56-2.64)
6 meses
0,65 ± 0,13 *
89,2 ± 14,1
85,3 ± 27,6*
53,4 ± 13,3
86,0 ± 22,2
121,1 ± 21,2
82,1 ± 11,5
31,0 ± 4,9*
97,2 ± 13,8*
1.60 (1.20-2.01)*
12 meses
0,63 ± 0,13*
86,0 ± 12,2
73,7 ± 21,4*
54,1 ± 11,7
84,4 ± 23,3
111,1 ± 15,8
77,5 ± 9,4
26,8 ± 8,8*
89,1 ± 12,5*
1.17 (0.9-2.04)*
086
TRATAMENTO
MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL CONFORME A V DIRETRIZ BRASILEIRA
DE HIPERTENSÃO ARTERIAL: FAZ DIFERENÇA?
Vanildo da Silva Guimarães Neto, Sílvia Azevedo Albuquerque, Fernando Antônio
Ribeiro de Souza, Sandro Gonçalves de Lima, Antônio Eduardo Cavalcanti, José
Luciano de França Albuquerque, Débora Maria Silva de Carvalho
Hospital Getúlio Vargas, Recife, PE
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma entidade clínica facilmente reconhecida
através da medida indireta da pressão arterial (PA). Apesar da técnica amplamente difundida e de fácil
realização, tem-se observado que médicos e demais profissionais em saúde raramente seguem as padronizações para a medida adequada da PA.
OBJETIVOS: 1) Comparar a medida inicial (primeira aferição) com a média final (média aritmética das duas
últimas aferições) da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD); 2) Verificar o número de aferições
necessárias para se obterem os valores da PA mais fidedignos segundo as orientações da V Diretriz Brasileira
de Hipertensão Arterial (V-DBHA), entre hipertensos controlados (HC) e não controlados (HNC).
MÉTODOS: Foram medidas as pressões arteriais conforme a V-DBHA, em 150 atendimentos de hipertensos
recebendo terapia anti-hipertensiva, em um ambulatório de HAS.
RESULTADOS: Em 77 (51,3%) atendimentos a PA não estava controlada, sendo 28,7% no estágio 1, 11,3%
no estágio 2 e 11,3% no estágio 3. As médias f inais das PAS, PAD e PAM dos HC e dos HNC, foram
significativamente inferiores às médias das primeiras aferições, sendo esta diferença tanto maior quanto mais
elevado o estágio da HAS (Tabela 1).
Tabela 1: Média das aferições da PA em mmHg.
HC
HNC
HNC estágio 1
HNC estágio 2
HNC estágio 3
PAS
PAD
PAM
PAS
PAD
PAM
PAS
PAD
PAM
PAS
PAD
PAM
PAS
PAD
PAM
Medida Inicial
121,34
75,62
90,85
158,16
88,36
111,63
144,77
80,44
101,89
158,35
91,12
113,53
191,82
105,65
134,38
Média Final
117,95
74,32
88,86
148,19
85,03
106,08
136,05
77,72
97,16
149,18
87,88
108,31
177,94
100,65
126,42
Diferença
3,39
1,30
1,99
9,97
3,33
5,55
8,72
2,72
4,73
9,17
3,24
5,22
13,88
5,00
7,96
Valor de p
p < 0,0001
p = 0,0224
p = 0,0002
p < 0,0001
p < 0,0001
p < 0,0001
p < 0,0001
p = 0,0002
p < 0,0001
p = 0,0016
p = 0,0050
p = 0,0005
p = 0,0013
p = 0,0260
p = 0,0016
CONCLUSÕES Nossos resultados sugerem que a perda de peso obtida com a cirurgia bariátrica permite
regressão do CIM-C, um indicador precoce da aterosclerose e essa regressão pode ser evidenciada após 6
meses de cirurgia com benefício adicional em 12 meses. Uma possível explicação seria o maior impacto sobre
o índice aterogênico no plasma, um marcador indireto do tamanho da partícula do LDL e portanto do
processo de aterogênese.
Entre os HC foram necessárias 3 medidas da PA em 63% dos pacientes e 4 a 8 medidas em 37% deles. Nos
HNC esses percentuais foram 46,8% e 53,2%, respectivamente (p = 0,0456). Os percentuais de pacientes com
4 a 5 e 6 a 8 medidas da PA para os HC e HNC foram de 32,9% e 44,2%; e de 4,1% e 9,1%, respectivamente.
Quando estratificamos os HNC, identificamos média de 3,63 e 4,47 medidas da PA para os estágios 1 e 3
da HAS respectivamente, denotando a necessidade de mais medidas quanto maior o nível de PA (p = 0,0408).
CONCLUSÕES: 1) Houve redução significativa entre a medida inicial e a média final da PAS, PAD e PAM;
2) Foi necessário um número significativamente maior de medidas da PA entre os HNC quando comparados
aos HC para atingir os valores considerados mais f idedignos pela V-DBHA.
087
088
* p < 0,05 vs basal
BÁSICA
BÁSICA
A IMPORTÂNCIA DA MAPA NA PREDITIVIDADE NO DIAGNÓSTICO DE HIPERTENSÃO GESTACIONAL EM ADOLESCENTES PRIMÍPARAS
HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS COMO PROBLEMAS DE
SAÙDE PÚBLICA
Zenilda Bruno, Henry de Holanda Campos
Fabiana Paiva Galvão, Hortência Regina de M. Macedo, Maria do Carmo M.
Ferraz, Francisco George Sucupira Barbosa, Morgana Roberto de Lima
Maternidade Escola Assis Chatheaubriand (UFC), Centro Integrado de Hipertensão e Diabetes
(SESA), Fortaleza, Ceará
FUNDAMENTO: As doenças hipertensivas gestacionais são consideradas como a principal causa de mortalidade materna em países em desenvolvimento. A precocidade das alterações pressóricas podem ser detectadas na MAPA desde o inicio da gestação. As adolescentes primíparas são
consideradas como grupo de risco para o desenvolvimento de doenças hipertensivas gestacionais
(hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia e eclâmpsia). A hipertensão gestacional (HG), definida
como a presença de hipertensão arterial transitória na gravidez, sem proteinúria e normalização
da pressão arterial após a 12ª semana de gestação, é mais recorrente em futuras gestações e
apresenta maior risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
OBJETIVO: Analisar as variáveis da MAPA na 28ª semana de gestação e avaliar o seu valor de
preditividade no diagnóstico de HG em primíparas adolescentes.
DELINEAMENTO: Acompanhamento prospectivo da gestação de 29 adolescentes primíparas,
desde a primeira consulta do pré-natal, parto e puerpério (12ª semana de puerpério).
PACIENTE OU MATERIAL: As vinte e nove gestantes eram adolescentes, primíparas, com
idade média de 16 anos, sem relato de doenças prévias à gestação, foram convidadas a participaram da pesquisa de forma aleatória e com consentimento por escrito do responsável legal da
mesma, pois todas eram menores de 18 anos. Todas as gestantes compareceram com o mínimo de
sete consultas do pré-natal. Realizaram a MAPA na 28ª semana de gestação. A pressão arterial
foi verificada no momento do parto e na 12 ª semana de puerpério, em visita domiciliar.
MÉTODOS: As gestantes foram dividas em dois grupos (I e II), dependendo ou não de desenvolverem HG. No grupo I, as gestantes permaneceram normotensas no parto e no puerpério e no
grupo II, houve elevação dos níveis tensionais no momento do parto com a normalização da
pressão arterial na 12ª semana de puerpério. As variáveis da MAPA na 28ª semana de gestação
foram analisadas retrospectivamente e correlacionadas com o diagnóstico de HG.
RESULTADOS: A prevalência de HG foi de 51.7% Na MAPA encontramos valor de preditividade
para HG, na carga pressórica diastólica em vigília , na carga pressórica sistólica e diastólica no
sono noturno , na variabilidade pressórica e na pressão máxima diastólica no sono. A pressão
arterial diastólica (PAD) máxima no período do sono noturno > 64 mmHg apresentou razão de
chance (odds radion) de 6 vezes para o desenvolvimento de HG, com sensibilidade de 80% e
especificidade de 60%.
CONCLUSÕES: A MAPA, na 28ª semana de gestação, em adolescentes primíparas apresentou
um valor de preditividade para o diagnóstico tardio de HG e tal rotina pode vir e ser utilizada como
instrumento para estratificação de risco nesse gruo específico de gestantes.
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e Prefeitura Municipal de Campina Grande, PB
FUNDAMENTO: As doenças cardiovasculares representam um relevante problema de saúde
pública no Brasil, porque ultimamente correspondem a principal causa de morte no país. A Hipertensão Arterial (HA) associada ao Diabetes Mellitus (DM) são responsáveis pela redução da
capacidade de trabalho e da expectativa de vida.
OBJETIVO: Traçar um perfil dos hipertensos e diabéticos de uma unidade de saúde e avaliar as
ações promovidas pelo poder público.
MÉTODOS: Foi um estudo documental e quantitativo, realizado no período de março a abril de
2007, no Serviço Municipal de Saúde, em Campina Grande-PB.
RESULTADOS: Das 600 fichas analisadas apenas 344 foram selecionadas o critério de escolha
foi à idade a partir de 60 anos. Destes 64% eram mulheres, 80% hipertensos, 2% diabéticos e 18%
diabéticos e hipertensos. A faixa de idade entre 60-69 anos foi predominante, com 49%. A hereditariedade foi o fator de risco mais citado seguido da obesidade, sedentarismo e tabagismo.
Quanto aos hipertensos 83% apresentaram hipertensão leve e 13% moderada, para os diabéticos
o monitoramento mensal da glicemia capilar nem sempre é oferecido. Entre as complicações a
mais citada foi o AVC, com 9%. Os medicamentos foram inibidores de ECA (captopril), diuréticos
tiazídicos (hidroclorotiazida) e hipoglicemiantes orais (glibenclamida).
CONCLUSÃO: Controlar a HA e o DM não é fácil porque implica não apenas no uso do medicamento e sim em aplicação de medidas socioeducativas. É preciso humanizar melhor o atendimento, incentivar as mudanças no estilo de vida para que os usuários também sintam responsáveis
pelo processo.
33
02 - Resumos.pm6
33
2/8/2007, 15:39
Resumos
089
TRATAMENTO
090
BÁSICA
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM IDENTIFICADAS EM CONSULTAS A PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL – ESTUDO EM GRUPO ESPECÍFICO
ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES PRESENTES EM IDOSOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS
Francisca Bertilia Chaves Costa, Thelma Leite de Araujo, Célida Juliana de
Oliveira, Tatiana Rocha Machado
Thyago Vinicius F. de Andrade, Juliana Patrícia de Luna Vieira, João Maurício de
Almeida, Maria do Carmo M. Ferraz, Caio César de M. Silva
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará
Universidade estadual da Paraíba – UEPB e Prefeitura Municipal de Campina Grande, PB
FUNDAMENTO: A atuação da enfermeira nas consultas a portadores de hipertensão arterial,
realizando ações específicas e intervenções sistematizadas, tem crescente importância porque,
não raro, o cliente carece de intervenções que fogem da competência de um só profissional.
OBJETIVO: Identificar intervenções de enfermagem documentadas em prontuários de portadores de hipertensão arterial atendidos em um serviço de referência e detectar a freqüência dos
registros.
DELINEAMENTO: O estudo caracteriza-se como documental e descritivo, com a abordagem
dos dados de natureza quantitativa. Foi realizado na cidade de Fortaleza, em uma unidade de
saúde de referência em hipertensão arterial e diabetes mellitus, para o Ceará.
PACIENTE OU MATERIAL: Universo constituído por 3.606 prontuários cadastrados de julho
de 2003 a julho de 2005, no total de 704 prontuários com registro do diagnóstico de hipertensão
arterial. Entre esses, 175 prontuários atenderam aos critérios de inclusão pré-definidos.
MÉTODOS: Os dados foram coletados nos prontuários pela análise dos registros das consultas
de enfermagem realizadas de dezembro de 2005 a fevereiro de 2006. Utilizou-se um formulário
que tinha como eixo as questões necessárias para atingir os objetivos propostos.
RESULTADOS: Nos 175 prontuários, houve registro de 259 consultas de enfermagem (média:
1,48). Em todas havia registros de intervenções, no total de 10 ações de enfermagem e 972
registros de intervenções, com uma média de 3,7 intervenções por consulta. As ações presentes
foram: verificar (819), orientar (71), encaminhar (65), ensinar (7), manter (5), estimular (1),
conscientizar (1), evitar (1), vigiar (1) e solicitar (1). Na ação de verificar destacaram-se intervenções que ocorreram com uma freqüência igual ou superior a cinco vezes: pressão arterial
(257), peso (217), glicemia (212), altura (86); seguindo-se pelas intervenções referentes a encaminhar: cardiologista (18), odontologista (12), nutricionista (10), oftalmologista (8) e nefrologista
(7), e orientar: para diminuir peso (9), dieta (8), orientações (5); manter: cuidados (5). Observouse que a intervenção mais registrada foi verificação da pressão arterial (257), no entanto, mesmo
essa sendo caracterizada como uma ação específica e imprescindível na consulta de enfermagem
ao portador de hipertensão arterial, não se fez presente em todas as consultas. Esse fato parece
indicar a ocorrência de sub-registros pelos enfermeiros, o que representa prejuízo para a avaliação sistemática do cliente e acompanhamento da eficácia de sua terapêutica.
CONCLUSÕES: No entanto, sub-registros podem estar ocorrendo, fazendo com que o quantitativo de intervenções seja inferior ao que poderia se esperar em face da especificidade das
consultas analisadas.
FUNDAMENTO: A Hipertensão Arterial está relacionada ao Diabetes Mellitus, sendo mais
freqüente no diabético tipo II. Constituem um problema de saúde pública por ser as responsáveis
pelo grande número de óbitos no Brasil.
OBJETIVO: Identificar as complicações cardiovasculares apresentadas por hipertensos e diabéticos de uma unidade de saúde em Campina Grande, PB.
MÉTODOS: Tratou-se de um estudo documental, descritivo e quantitativo realizado no período
de março a abril de 2007 com pacientes hipertensos e diabéticos da terceira idade, cujos dados
foram tratados através da estatística percentual.
RESULTADOS: Foram estudados 344 pacientes com idade superior a 60 anos sendo 64% mulheres. Dos participantes 80% apresentavam hipertensão, 18% hipertensão e diabetes e apenas 2%
diabetes. Dentre os fatores de risco, os mais detectados foram hereditariedade 47%, presente em
232 pacientes e obesidade 42% em 206 dos pacientes. Com relação às complicações a mais citada
foi Acidente Vascular Cerebral (AVC) apresentado por 9% deles, Infarto Agudo do Miocárdio
(IAM) por 7%, pé diabético por 1%, Insuficiência Renal 4%, 64% da amostra ainda não apresentaram nenhuma complicação cardiovascular.
CONCLUSÃO: Verificamos que os riscos cardiovasculares ainda não estão presentes na amostra
estudada. É preciso que mensalmente a enfermeira (que realiza a consulta subseqüente) e a
farmacêutica (a dispensação de medicamentos) orientem a prática de hábitos saudáveis e o uso
correto da medicação para que os agravos cardiovasculares não aconteçam e esses usuários
consigam manter uma vida mais saudável com autonomia e expectativa de vida.
091
092
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
TRATAMENTO
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDOS NA LIGA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL DO HU-UFMA
DISLIPIDEMIAS EM PACIENTES ACOMPANHADOS PELA LIGA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA
AN Santos, PIS Veloso, AC Diógenes, MM Barbosa, N Salgado Filho, GLS Caldas,
WEC Castro, CPC Silva, CS Pereira, KS Santos, EV Memória, GV Gomes
YLA Léda, LR Sousa, CPC Silva, TC Oliveira, MM Barbosa, N Salgado Filho, CS
Pereira, KS Santos, AC Diógenes, LC Lucena, PIS Veloso, GLS Caldas, EV
Memória, FS Barroqueiro, EL Barros Filho, WEC Castro, FF Barbosa
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica é uma doença assintomática, que a longo
prazo, se não controlada, representa fator de risco para doenças cardiovasculares,
cerebrovasculares, renais, doença vascular periférica, dentre outras, com grande associação
com vários ouros fatores de risco, como obesidade, dislipidemia etc. Inquéritos de base populacional realizados em algumas cidades do Brasil, em diversos anos, mostram prevalências de
hipertensão arterial (maior ou igual a 140/90 mmHg) de 22,3% a 43,9%.
OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos na Liga de Hipertensão
Arterial HU-UFMA.
METODOLOGIA: Os dados foram coletados a partir dos prontuários dos pacientes da Liga de
HAS e computados no Epi-Info. Analisaram-se em um total de 255 pacientes as seguintes variáveis: sexo, idade, escolaridade, cor da pele, pressão arterial, risco cardiovascular (RC), sintomas
mais freqüentes, etilismo, tabagismo, dislipidemia, exercício físico regular (pelo menos 3 vezes
por semana e no mínimo 30 minutos), diabetes (DM) e síndrome metabólica (SM).
RESULTADOS: Do total da amostra, 36,47% eram homens e 63,53% eram mulheres. A idade
média dos pacientes foi de 57,24 anos, sendo que 38,98% tinham idade superior aos 60 anos. A
escolaridade dos pacientes foi de 11,98% analfabeto/primário incompleto, 26,03% primário completo/fundamental incompleto, 16,12% fundamental completo/ensino médio incompleto, 19,83%
ensino médio completo/superior incompleto, 2,07% superior completo e 23,97% foram ignorado.
A cor da pele apresentou-se da seguinte forma: parda 37,35%, branca 17,27% e preta 28,11%.
A pressão arterial sistólica (PAS) variou de 90 a 220 mmHg, com média de 142,13 mmHg. A
pressão arterial diastólica (PAD) variou de 60 a 130 mmHg,com média de 83,58 mmHg. O RC mais
freqüente foi o médio com 31,37%, seguido por alto risco 27,06%, baixo risco 25,10%, muito alto
16,08% e sem risco 0,39%. A cefaléia estava presente em 15,69%. A tontura foi encontrada em
10,98%. A dispnéia foi observada em apenas 4,33% dos pacientes. O etilismo estava presente em
8,49% dos pacientes e 7,02% eram tabagistas. Em 52,19% está presente dislipidemias. O exercício
físico regular era feito apenas por 44,22%. A DM foi observada em 15,35%. A SM estava presente
em 41,48% da amostra.
CONCLUSÂO: Observou-se um predomínio do sexo feminino, da idade na sexta década de vida,
da cor parda e da baixa escolaridade. A PAS média foi 142,13 mmHg e PAD média foi 83,58
mmHg. O RC mais freqüente foi o médio. A tontura, a dispnéia, o etilismo e o tabagismo foram
encontrados na minoria da amostra. Pouco menos da metade dos pacientes realizavam exercícios
físicos regulares e apresentavam síndrome metabólica.
Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD)
FUNDAMENTOS: O perfil lipídico é definido pelas III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias
como a avaliação do colesterol total (CT), triglicérides (TG) e HDL-colesterol (HDL-c), e cálculo do LDL-colesterol (LDL-c). Somados à hipertensão arterial, os níveis elevados de colesterol
representam mais que 50% do risco atribuível para doença coronária. Tendo em vista a necessidade de diminuir a morbi-mortalidade devida à doença cardiovascular, tornam-se essenciais à
avaliação e o controle da dislipidemia no paciente hipertenso.
OBJETIVOS: Avaliar o perfil lipídico de pacientes hipertensos em acompanhamento na Liga de
Hipertensão Arterial do HUPD, em São Luís, MA.
METODOLOGIA: Realizou-se um estudo transversal baseado em ficha protocolo preenchida
durante os atendimentos ambulatoriais. As classificações foram feitas de acordo com as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. O processamento e a análise dos dados foram realizados através do programa Epi Info 3.3.2.
RESULTADOS: Foram analisados 255 pacientes. Destes, 63,53% eram mulheres e 36,47% eram
homens. A dislipidemia estava presente em 52,4% dos pacientes, sendo mais freqüente entre as
mulheres (55,7%) do que entre os homens (46,7%). Dentre pacientes com idade inferior a 60 anos,
51% tinham dislipidemia; essa freqüência aumenta para 54,2% entre pacientes com mais de 60
anos. O HDL encontrava-se baixo em 53,9% dos homens e em 42,4% das mulheres; um total de
46,8% da amostra apresentava HDL abaixo de 45mg/dl. A média dos triglicérides foi de 157,1mg/
dl, com 40,6% da amostra apresentando aumento de triglicérides. Este aumento estava presente
entre 42,9% dos homens e 39,2% das mulheres. A média do LDL-c foi de 82,3 mg/dl. 40,6% dos
pacientes possuíam níveis de colesterol total acima de 200 mg/dl. Estes níveis encontravam-se
alterados em 57,6% das mulheres e em 42,3%dos homens (p = 0,018).
CONCLUSÕES: O presente estudo mostra a relevância da avaliação do perfil lipídico nos pacientes hipertensos. Apenas 47,6% da amostra apresentava perfil lipídico normal. A dislipidemia
mostrou-se mais freqüente no sexo feminino (55,7%) e em pacientes com mais de 60 anos.
34
02 - Resumos.pm6
34
2/8/2007, 15:39
Resumos
093
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
ANÁLISE DA HIPERTENSÃO REFRATÁRIA EM AMOSTRA DE PACIENTES
ATENDIDOS NA LIGA DE HIPERTENSÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA(HUPD) EM SÃO LUÍS, MA
N Salgado Filho, MM Barbosa, CSPereira, EV Memória, KS Santos, PIS Veloso, TC
Oliveira, CPC Silva, WEC Castro, LR Sousa, LC Lucena, FF Barbosa, GLS Caldas,
FS Barroqueiro, AC Diógenes, AN Santos, YLA Léda
094
BÁSICA
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA ENTRE OS PACIENTES ATENDIDOS NA LIGA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL DO HU-UFMA
LC Lucena, FS Barroqueiro, N Salgado Filho, MM Barbosa, WEC Castro, AN
Santos
Hospital Universitário Presidente Dutra, UFMA
FUNDAMENTOS: Define-se como Hipertensão Refratária a pressão arterial (PA) acima de 140/
90 mmHg para um paciente, em uso, de pelo menos três drogas anti-hipertensivas, sendo uma delas
um diurético. Devido ao grande número de casos de Hipertensão Refratária é necessário um
maior conhecimento sobre o assunto para sua abordagem adequada.
OBJETIVOS: Avaliar os casos de Hipertensão Refratária atendidos na Liga de Hipertensão do
Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD) em São Luís, MA.
METODOLOGIA: Foi realizado estudo transversal em amostra aleatória de 255 pacientes, através de ficha protocolo de atendimento da Liga de Hipertensão. O processamento dos dados foi
realizado no programa Epiinfo 2.2. Foram utilizados cálculos de proporções e seus respectivos
intervalos de confiança e o teste qui-quadrado para comparar duas ou mais proporções.
RESULTADOS: Dos 255 pacientes estudados, 93 eram homens e 162 mulheres. Dos participantes,
apenas 38,98% tinham mais de 60 anos, sendo a média de 57,25 anos. A maioria freqüenta o
ambulatório da liga de Hipertensão há mais de 2 anos, sendo que 75,93% são regulares. Do sexo
masculino, 78,05% são regulares e no sexo feminino, 74,63% (p > 0,05). Referem uso regular da
medicação 85,04%. Dos homens, 85,87% fazem uso regular da medicação e das mulheres, 84,57%
(p > 0.05). Do total de pacientes analisados 22,86% têm hipertensão refratária.Entre dos homens,
24,14% tem hipertensão refratária e 22,15% das mulheres (p > 0,05). Entre os pacientes com mais
de 60 anos, 27,37% tem hipertensão refratária (p > 0,05). Dos regulares nas consultas, 23,9% tem
hipertensão refratária e dos irregulares,22,45% (p > 0,05). Dos aderentes ao tratamento, 23,19%
tem hipertensão refratária, dos não-aderentes, 21,62% (p > 0,05). Dos pacientes que apresentam
síndrome metabólica, 28,89% tem hipertensão refratária (p no limite de significância). Dos pacientes sedentários, 26,12% tem hipertensão refratária (p > 0,05). A hipertensão refratária aparece em 40% dos pacientes com lesão de órgão-alvo (p < 0,001). Nos pacientes com sobrepeso
e obesidade a hipertensão refratária apareceu em 23,73% e 25%,respectivamente.
CONCLUSÃO: A Hipertensão Refratária é uma situação freqüente na prática clínica que não
pode ser justificada apenas pela má adesão ao tratamento. Portanto, níveis pressóricos ideais
devem ser atingidos através de uma parceria com o paciente, esquemas anti-hipertensivos adequados e mudança no estilo de vida.
FUNDAMENTOS: A síndrome metabólica constitui um fator de risco cardiovascular que habitualmente está relacionada ao depósito central de gordura e à resistência à insulina. É importante
destacar que a presença de tal síndrome aumenta a mortalidade cardiovascular em cerca de 2,5
vezes, o que demonstra a necessidade combatê-la.
OBJETIVOS: Determinar a prevalência de síndrome metabólica entre pacientes atendidos na
Liga de Hipertensão Arterial do HU-UFMA e determinar quais as principais comorbidades associadas a esta.
MÉTODOS: Foi feito um estudo transversal utilizando-se dados da ficha protocolo de atendimento da Liga, sendo a seleção dos 255 pacientes estudados, feita de forma aleatória. O processamento dos dados foi realizado no programa Epiinfo 2.2. Foram utilizados cálculos de proporções e seus
respectivos intervalos de confiança e o teste qui-quadrado para comparar duas ou mais proporções.
RESULTADOS: Dos 255 pacientes estudados, 36,47% eram homens e 63,53%, mulheres. Destes,
38,98% tinham mais que 60 anos e 38,01% eram analfabetos ou tinhas o ensino fundamental
incompleto. Dentre os estudados, 37,35% eram pardos. A maioria freqüenta a liga de hipertensão
há mais de 2 anos, sendo 75,93% regulares. Foi observada síndrome metabólica em 41,48%
pacientes, sendo que destes 48,59% eram do sexo feminino, e 29,89%, do sexo masculino (p <
0,05). Analisando os níveis pressóricos daqueles com síndrome metabólica, tem-se que 33,68%
estavam com a PA controlada, 31,58% estavam no estágio I, 26,32% estavam no estágio II e
8,42%, no estágio III da HAS (p < 0,05). Relacionando com a HAS refratária, tem-se 28,89% dos
pacientes que tem síndrome metabólica (p no limite da significância). Dentre os outros componentes da síndrome metabólica, observou-se o HDL baixo em 27,23% entre os homens e 59,90% entre
as mulheres. Dos pacientes, 4,39% estavam com a taxa de triglicérides elevada. A maioria estava
com a medida da cintura abdominal elevada, 60,37%, sendo destes, 40% homens e 72,26%,
mulheres. A glicemia em jejum estava alterada em 26,11% daqueles estudados (p < 0,05). Observou-se que 15,35% dos pacientes apresentavam diabetes melitus, sendo a maioria homens (19,57%)
do que mulheres (12,96%).
CONCLUSÃO: Diante dos resultados observados, tem-se que a associação de síndrome metabólica e HAS é uma situação bastante freqüente na prática médica que merece atenção devido ao
elevado risco de problemas cardiovasculares ao paciente. Portanto, além do adequado controle
dos níveis pressóricos, é importante o ajustes de outros componentes da síndrome metabólica como
o LDL, o HDL, os triglicérides, a medida da circunferência abdominal e principalmente o controle
da diabetes melitus.
095
096
Hospital Universitário Presidente Dutra
BÁSICA
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
RELAÇÃO SOBREPESO E OBESIDADE X CONTROLE PRESSÓRICO EM PACIENTES ACOMPANHADOS PELA LIGA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL DO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA
HIPERURICEMIA E FATORES ASSOCIADOS EM PACIENTES HIPERTENSOS
ACOMPANHADOS NA LIGA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA – HUPD
CPC Silva, LR Sousa, YL A Léda, TC Oliveira, MM Barbosa, N Salgado Filho,
WEC Castro, EL Barros Filho, FS Barroqueiro, PIS Veloso, LC Lucena, KS Santos,
EV Memória, GLS Caldas, CS Pereira, AC Diógenes, FF Barbosa, GV Gomes, AN
Santos
TC Oliveira, Salgado Filho, MM Barbosa, GLS Caldas, PIS Veloso, CPC Silva, GV
Gomes, YLA Léda, LR Sousa, WEC Castro, EL Barros Filho, AC Diógenes, CS
Pereira, KS Santos
Hospital Universitário Presidente Dutra, São Luís, MA
Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD)
FUNDAMENTOS: Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2002/2003, 50%
dos homens e 53,1% das mulheres do Brasil eram obesos ou possuíam excesso de peso. De acordo
com as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, o excesso de massa corporal pode ser
a causa da hipertensão em 20 a 30% dos pacientes, tendo se estabelecido como desejável um
índice de massa corporal (IMC) inferior a 25 Kg/m2 e circunferência abdominal (CA) inferior a
102 cm para homens e 88 cm para mulheres.
OBJETIVOS: Avaliar a relação entre sobrepeso e obesidade e a pressão arterial (PA) de pacientes em acompanhamento na Liga de Hipertensão Arterial do HUPD, em São Luís, MA.
METODOLOGIA: Realizou-se um estudo transversal baseado em ficha protocolo preenchida
durante os atendimentos ambulatoriais. As classificações foram feitas de acordo com as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. O processamento e a análise dos dados foram realizados através do programa Epi Info 3.3.2.
RESULTADOS: Foram analisados 255 pacientes. Destes, 63,53% eram mulheres e 36,47% eram
homens. O peso era normal em apenas 23,46% dos casos. Foi observado sobrepeso em 51,44% da
amostra e obesidade em 24,28%. O sobrepeso estava presente em 60,47% dos homens e 46,5%
das mulheres. Detectou-se obesidade em 15,12% dos homens e em 29,3% das mulheres (p =
0.049). As médias de PA sistólica e diastólica de pacientes com peso normal, sobrepeso e obesidade foram respectivamente de: 135,9 mmHg, 144 mmHg e 144,7 mmHg; 81 mmHg, 83,4 mmHg
e 85,9 mmHg (p = 0.0449). O risco cardiovascular estratificado pelo IMC mostrou ser mais
freqüente entre pacientes com peso normal o risco baixo (40,35%); entre pacientes com sobrepeso,
o risco médio (30,4%); e entre obesos, o risco alto (32,2%) (p = 0.078). A CA estava elevada em
60,37% dos pacientes. Nestes, houve prevalência de risco cardiovascular alto (36,64%). Naqueles com CA normal o risco médio foi predominante (31,4%) (p = 0.001). Dos pacientes com CA
elevada, 75,5% eram do sexo feminino (p = 0).
CONCLUSÕES: Dentre os pacientes estudados, 76,54% encontravam-se com peso acima do
normal, com maior freqüência de obesidade entre mulheres. A estratificação de acordo com o
IMC dos pacientes (normal, sobrepeso e obesidade) mostrou-se relacionada com aumentos de PA
sistólica, PA diastólica e risco cardiovascular. A CA elevada, encontrada em 60,37% do grupo
estudado e mais freqüente entre mulheres, mostrou relação significativa com maior risco cardiovascular.
FUNDAMENTO: A hiperuricemia é um achado comum em hipertensos, tendo maior freqüência
durante o tratamento anti-hipertensivo. Estudos mostram que o aumento dos níveis de ácido úrico
durante o tratamento foram associados com eventos cardiovasculares, independentemente do uso
de diuréticos e de outros fatores de risco. Quando em uso de diuréticos, a hiperuricemia impediu
o benefício desses na mortalidade cardiovascular.
OBJETIVO: Avaliar a presença de hiperuricemia e os fatores associados em pacientes hipertensos acompanhados por uma liga acadêmica de hipertensão.
DELINEAMENTO/ MATERIAL E METODOS: Trata-se de um estudo transversal de uma
amostra aleatória de 255 pacientes que fazem acompanhamento na liga de hipertensão arterial
do HUPD. Foram coletados dados utilizando-se ficha protocolo, com processamento e análise de
dados através do programa Epiinfo 3.0.As variáveis incluídas na análise foram hiperuricemia,
sexo, idade, uso de diuréticos tiazídicos, estágio da hipertensão e hipertensão refratária, tomandose como referência as V diretrizes brasileiras de hipertensão arterial.
RESULTADOS: A amostra constituiu-se em sua maioria (63,5%) de mulheres, negros (37%), e
a média de idade foi de 57,2 anos. A prevalência geral de hiperuricemia foi de 38%, sendo de 36%
em homens e 8,9% em mulheres (p = 0,0001). Os valores médios de ácido úrico foram de 5,1 mg/
dl, sendo mais alto para os homens (6,09 mg/dl) em relação às mulheres (4,5 mg/dl), (p < 0,001).
Não houve significância estatística para a associação de hiperuricemia com idade acima de 60
anos, nem com uso de tiazídicos e nem com estágio da hipertensão.A hiperuricemia ainda mostrou
associação com hipertensão refratária, definida em um paciente em uso de 3 anti-hipertensivos
(sendo 1 diurético) mantendo níveis pressóricos maiores que 140/90 mmHg, com prevalência de
17,7% entre os que não a apresentam contra 28,5% naquelas que a apresentam (p = 0,03).
Conclusão: Os dados obtidos são compatíveis com a literatura e permitem demonstrar a importância da hiperuricemia em hipertensos, como tendo uma prevalência considerável, especialmente no sexo masculino. Outro aspecto relevante é associação encontrada entre níveis os altos níveis
de ácido úrico e hipertensão refratária, porém essa relação de causalidade não pode atribuída
somente à hiperuricemia, devendo-se considerar outros fatores que interferem no tratamento que
não foram incluídos nessa análise. O uso de diuréticos tiazídicos não se associou com hiperuricemia,
pelo menos nesse grupo de pacientes.
35
02 - Resumos.pm6
35
2/8/2007, 15:39
Resumos
097
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
098
BÁSICA
DISSECÇÃO DE ANEURISMA DE AORTA COM ETIOLOGIA HIPERTENSIVA
EM PACIENTE ASSINTOMÁTICA
OBESIDADE CENTRALIZADA E OS RISCOS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES HIPERTENSOS
Clarissa Rocha da Cruz, Leila Isabele de Souza Mota, Maria do Socorro Duarte
Leite (Orientadora), Livia de Kassia Leal Interaminense, Jose Sergio Nascimento
Silva, Diego Luiz Gomes Amaral, Marcela Araujo Castro, Jayme Augusto Schmitt,
Janaise Marques de Oliveira
Marina Sousa Pinheiro Mota, Maria do Socorro Ramos de Queiroz, Daniele
Idalino Janebro, Patrícia Cibelle de Morais Leite, Diogo Tenner Rodrigues do
Nascimento
Universidade estadual da Paraíba – UEPB e Prefeitura Municipal de Campina Grande, PB
Procape, Recife, PE
FUNDAMENTO: A dissecção da Aorta é uma complicação grave da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Uma vez diagnosticada necessita de correção cirúrgica de urgência, devido à alta
mortalidade nos casos não tratados.
OBJETIVO: Apresentar caso de dissecção de aneurisma de Ao ascendente do tipo A (Stanford)
de etiologia hipertensiva e assintomática.
DELINEAMENTO: Relato de caso.
PACIENTE: CMG, sexo feminino, 52 anos, parda, obesa, contadora, natural/procedente: Recife,
PE. Encaminhada ao serviço de cardiologia com suspeita de dissecção de Ao ascendente.
MÉTODO: Em 21/05/2007 realizou RX de tórax para pré-operatório de histerectomia, sendo
evidenciado alargamento do mediastino. O ecocardiograma transtorácico revelou aneurisma de
Ao ascendente e dissecção de Ao tipo A. O ecocardiograma transesofágico evidenciou dissecção
da Ao ascendente à abdominal com trombose da falsa luz, refluxo moderado em valvas aórtica
e mitral e hipertrofia leve de VE c/ disfunção diastólica moderada. A paciente, em fevereiro de
2005, foi hospitalizada e diagnosticada com HAS e IAM SSST, c/CATE normal. Permaneceu
assintomática e não utilizou medicação anti-hipertensiva prescrita. Ao exame físico de admissão
(24/05/07): EGB, consciente, confusa, eupnéica, FC: 62 bpm, PA: 150 x 60 mmHg (nos quatros
membros). ACV: SSD FAo principal ++/4+, SD FAo acessório ++/4+. Diminuição de pulso radial
em MSE e pulso pedioso em MIE. AR: Pulmões limpos, SRA. A TC (26/05/07) evidenciou aneurisma
da Ao ascendente (6,5 cm de diâmetro e 5,0 cm de luz pérvia) da raiz ao joelho anterior do arco
da Ao. A dissecção iniciou na raiz da Ao ascendente, abrangendo Ao torácica e abdominal,
estendendo-se à artéria ilíaca esquerda. Realizou cirurgia em 28/05/07, por esternotomia longitudinal mediana com parada circulatória total e ressecção de toda a Ao. Preservou casquete com
vasos da cabeça. Foi implantado tubo de Dacron corrugado pré-coagulado acima dos óstios
coronários e tubo distal para crossa.
RESULTADOS: A paciente evoluiu bem no pós-operatório imediato. O ECG mostrou alteração
da repolarização ventricular em toda parede anterior e lateral alta.
CONCLUSÕES: A dissecção da aorta é uma patologia rara, cujo principal fator etiológico é a
HAS. A produção e a extensão da dissecção dependem da pressão elevada e do fluxo pulsátil,
sendo, a Ao ascendente mais acometida. No presente caso, a paciente era portadora de HAS
severa, não tratada, o que contribuiu para o quadro de dissecção.
099
TRATAMENTO
UTILIZAÇÃO DE ESTATINAS NO TRATAMENTO DE IDOSOS HIPERTENSOS
Marina Sousa Pinheiro Mota, Maria do Socorro Ramos de Queiroz, Rafael de
Carvalho Mendes, Patrícia Cibelle de Morais Leite, Aryannie Barbosa Brasileiro
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e Prefeitura Municipal de Campina Grande, PB
FUNDAMENTO: Diversos estudos epidemiológicos envolvendo pacientes hiperlipêmicos mostram uma relação direta entre o risco de desenvolvimento de Doença Arterial Coronariana (DAC)
e as lesões ateroscleróticas. A hiperlipidemia pode ser desencadeada por distúrbio genético,
influências ambientais ou pela combinação destes fatores. Associando-se este fator de risco a
Hipertensão Arterial (HA), os pacientes ampliam as possibilidades de eventos cardiovasculares
e potencializam a morbimortalidade. Atualmente, as estatinas são os fármacos que vem se destacando na prevenção primária e secundária da hiperlipidemia, pois diminuem os níveis de lipoproteínas plasmáticas ricas em colesterol e assim, reduzem os riscos da DAC. Seus efeitos são
resultantes da atividade inibidora que exercem sobre a enzima HGM-CoA redutase, ao bloquear
a conversão do substrato HGM-CoA em ácido malavônico, o que inibe os primeiros passos da
biossíntese do colesterol, e conseqüentemente, reduz os níveis séricos de colesterol de baixa
densidade (LDL-C) e de triglicérides (TGs) e eleva os valores do colesterol de alta densidade
(HDL-C)
OBJETIVO: Acompanhar o tratamento farmacológico de pacientes idosos hipertensos.
PACIENTE OU MATERIAL: Pacientes usuários do Programa HIPERDIA do Serviço Municipal
de Campina Grande, PB
MÉTODOLOGIA: Tratou-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado durante o período de janeiro a abril de 2007, no Serviço Municipal de Saúde em Campina Grande,
PB e no Laboratório de Análises Clínicas da UEPB. A amostra foi composta pelos participantes
do Programa de Atenção Farmacêutica da UEPB e os dados obtidos foram avaliados através da
estatística percentual.
RESULTADOS: Dos 134 pacientes idosos submetidos a análises bioquímicas, colesterol total e
frações e de TGs, 75% eram dislipidêmicos. Além deste fator de risco cardiovascular, 74% eram
hipertensos e 26% apresentavam hipertensão e diabetes. Apenas 11% utilizavam as estatinas para
controle. O sexo feminino representou 77% da amostra e a faixa etária predominante foi de 6069 anos com 45%.
CONCLUSÃO: Considerando a faixa etária estudada, que em sua maioria é polimedicada, a
conduta médica de prescrever com restrição as estatinas é adequada, pois mesmo apresentando
eficácia, este grupo farmacológico pode causar uma série de efeitos colaterais como cefaléia,
flatulência, dores musculares, exatema cutâneo, além da hepatoxicidade. O ideal é como está
sendo realizado, acompanhar mensalmente os pacientes através de reuniões de aconselhamento,
onde é possível orientar medidas de hábitos saudáveis e encaminhar os mesmos para a avaliação
clínica e laboratorial a cada trimestre.
FUNDAMENTO: A deposição de gordura na região abdominal caracteriza a obesidade centralizada (OC), que é o mais grave fator de risco cardiovascular e de distúrbio na homeostase
glicose-insulina do que a obesidade generalizada. Está associada, também, à hipertensão, dislipidemias, fibrinólise, aceleração da progressão da aterosclerose e fatores pisicossociais.
OBJETIVO: Tendo conhecimento de que as doenças cardiovasculares são responsáveis pelo
grande número de óbitos no Brasil, este trabalho teve por objetivo avaliar a associação da OC e
os demais fatores de risco cardiovasculares.
PACIENTE OU MATERIAL: Pacientes usuários do programa HIPERDIA do Serviço Municipal
de Saúde de campina Grande, PB
METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo transversal, quantitativo e descritivo realizado no
período de setembro a dezembro de 2006, no Serviço Municipal, em Campina Grande-PB. Foram
estudadas as variáveis pressão arterial, medida da cintura e os inquéritos desenvolvidos foram
bioquímico e laboratorial. Os dados obtidos foram tratados através da estatística percentual.
RESULTADOS: Participaram da pesquisa 91 pessoas sendo 76 % do gênero feminino. A faixa
etária predominante correspondeu a 60-69 anos com 39% e a hipertensão isolada esteve presente
em 77% da amostra. Com relação à OC, 77% da amostra apresentou este componente alterado,
sendo 89% nas mulheres. Todos eram dislipidêmicos sendo que 100% revelaram hipercolesterolemia e 78% hipertrigliceridemia.
CONCLUSÃO: Observou-se que os pacientes com a OC acima do recomendado apresentaram
o perfil clássico dislipidêmico que se caracteriza pela elevação dos triglicerídeos, dos níveis de
colesterol LDL bem como a redução do colesterol HDL, condições que somado à hipertensão,
aumenta o risco cardiovascular. É importante que as políticas públicas de saúde dêem prioridade
a este grupo desenvolvendo atividades que contribuam para as mudanças no estilo de vida,
minimizando o impacto sobre a mortalidade cardiovascular decorrentes de suas complicações.
100
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL NO CONSULTÓRIO: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O ESFIGMOMANÔMETRO CONVENCIONAL E APARELHO AUTOMÁTICO VALIDADO – ESTUDO MONITOR
Sandra C. Fuchs. Leila B. Moreira, Andre L. Ferreira, Felipe C. Fuchs, Erlon A.
Silva, Jeruza L. Neyeloff, Marina B. Moreira, Cláudia Schneider, Cristiane
Koplin, Mario Wiehe, Miguel Gus, Flávio D. Fuchs
UFRGS, HCPA, Porto Alegre, RS
FUNDAMENTO: Equipamentos automáticos para medir a pressão arterial validados podem
diminuir erro introduzido pelo observador, mas esta hipótese não foi avaliada na prática clínica.
OBJETIVO: Avaliar a concordância entre os métodos empregados para diagnosticar hipertensão
no consultório, utilizando a monitorização ambulatorial da pressão arterial diurna (MAPA) como
método de referência.
DELINEAMENTO: Análise transversal foi realizada em indivíduos elegíveis para arrolamento
em ensaio clínico randomizado de tratamento da hipertensão.
PACIENTE OU MATERIAL: Pacientes (n = 76) com hipertensão arterial, em uso de medicamentos anti-hipertensivos e com pressão não controlada foram arrolados em ambulatório de
hipertensão de hospital universitário.
MÉTODOS: Pacientes realizaram duas aferições de pressão arterial em duas consultas consecutivas utilizando esfigmomanômetro aneróide e equipamento automático oscilométrico, Omron
705 CP, em seqüência aleatória. Além disso, os pacientes realizaram MAPA, para estabelecer qual
método é mais provável de estar incorreto em caso de discordância. Pressões médias diurnas
sistólica > 135 ou diastólica > 85 mmHg foram utilizadas para classificar MAPA como anormal,
tanto quanto pressão no consultório > 140/90 mmHg, medida pelo método aneróide (MA) ou
oscilométrico (MO).
RESULTADOS: A maior parte dos participantes eram mulheres (67%), com média de idade de
55,7 ± 14,1 anos, e 58% eram brancos. Participantes tinham índice de massa corporal médio 30,4
± 5,8 kg/m2 e 42% eram fumantes atuais ou pregressos. A classificação da pressão no consultório
utilizando MA pelo MO mostrou discordância entre 13 pacientes (16,8% da população total, P <
0,001), a qual corresponderia a um erro de classification de 168 por 1000 pacientes na avaliação
de hipertensão no consultório. O MA classificou erroneamente 6 pacientes em relação a pressão
média na MAPA diurna. Dois pacientes apresentavam o fenômeno do avental branco e 4 tinham
efeito da hipertensão mascarada. Os 7 pacientes restantes foram classificados erroneamente pelo
MO, sendo 1 paciente com fenômeno do avental branco e 6 tinham efeito da hipertensão mascarada.
CONCLUSÕES: A discordância entre aferições de pressão com esfigmomanômetro aneróide e
com equipamento automático digital foi elevada, mas não houve tendência a favor de um método.
Como o método convencional ainda é o método de referência para medir a pressão no consultório,
o emprego de métodos automáticos neste contexto pode ter conseqüências prognósticas e econômicas que devem ser avaliadas em estudos futuros.
36
02 - Resumos.pm6
36
2/8/2007, 15:39
Resumos
101
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
CARACTERIZAÇÃO DA HEMODINÂMICA SISTÊMICA, DA FUNÇÃO VENTRICULAR ESQUERDA E DA MORFOLOGIA CARDÍACA DE RATOS TORNADOS
OBESOS PELA ADMINISTRAÇÃO DE GLUTAMATO MONOSSÓDICO
Aline Francisco Voltera, Mário Luís Ribeiro Cesaretti, Milton Ginoza, Alessandra
Stivaletti, Paloma Lupinari, Evelyn Manuella Martins Gomes Jodas, Artur
Beltrame Ribeiro, Osvaldo Kohlmann Júnior
Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: A obesidade é considerada uma doença de elevada morbimortalidade devido
às implicações cardiovasculares a que está associada. As pesquisas experimentais sobre esse
assunto são importantes já que permitem mais abordagens do problema em um curto período de
tempo. A droga utilizada para a indução de obesidade foi o Glutamato monossódico, um aminoácido que promove a degeneração aguda do núcleo arqueado do hipotálamo que leva, além da
obesidade, a alterações metabólicas como hipofagia e déficit no crescimento.
OBJETIVO: Avaliar o efeito da obesidade neuroendócrina induzida pela administração neonatal
de Glutamato monossódico sobre a hemodinâmica sistêmica, a função ventricular esquerda e a
morfologia cardíaca e da gordura epididimal de ratos Wistar.
MATERIAL: foram utilizados 16 ratos wistar tomados como controles (WST) e 18 ratos wistar
tornados obesos (MSG), os quais receberam injeções subcutâneas de Glutamato monossódico
durante os 11 primeiros dias do período neonatal, na dose de 2 mg/kg.
MÉTODOS: Ao completarem 12 semanas de vida, os animais eram pesados e tinham a pressão
arterial de cauda aferida 2 vezes por semana, no mesmo período do dia, durante 12 semanas. Ao
final deste período, os animais foram submetidos ou ao estudo do coração isolado, através da
preparação de Langendorff, ou ao estudo da hemodinâmica sistêmica. Após os experimentos,
procedeu-se a retirada e pesagem do coração, do ventrículo esquerdo e da gordura epididimal.
RESULTADOS: * p < 0,05 vs wistar.
WST
68,4 ± 15,1
235,0 ± 35,1
1,020 ± 0,364
0,312 ± 0,100
145,88 ± 36,15
1,190 ± 0,251
2,708 ± 0,431
0,907 ± 0,174
2,066 ± 0,305
2,076 ± 0,622
Pressão arterial média (mmHg)
Frequência cardíaca (bpm)
Volume sistólico (µl/bat)
Resistência periférica total (mmHg.ml -1.min)
Máxima pressão desenvolvida (mmHg)
Peso cardíaco absoluto (g)
Peso cardíaco relativo (mg/g)
Peso ventricular esquerdo absoluto (g)
Peso ventricular esquerdo relativo (mg/g)
Peso relativo da gordura epididimal (g/100 g)
MSG
97 ± 20,5*
312,0 ± 90,8*
0,748 ± 0,455*
0,535 ± 0,195*
165,88 ± 23,31*
0,857 ± 0,147*
2,302 ± 0,379*
0,664 ± 0,117*
1,781 ± 0,302*
2,731 ± 0,722*
102
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
RESULTADOS GERAIS DO DIA NACIONAL DE COMBATE E PREVENÇÃO À
HIPERTENSÃO ARTERIAL DE VITÓRIA DE 2007
Mariana Suéte Guimarães, Chaves CN, Rocha JA, Targueta GP, Santos GCL,
Huber MK, Bongestab RS, Casagrande TZ, Herkenhoff FL
FUNDAMENTO: Campanhas de prevenção e combate à hipertensão são reconhecidas como importante
instrumento de educação e conscientização. Aproveitamos para, através de critérios científicos, coletar dados
de ocorrência da doença em crianças. Os casos de hipertensão infantil são cada vez mais freqüentes, tanto pelo
aumento da detecção, quanto pelo avanço do sobrepeso e obesidade nessa faixa etária. Os profissionais de
saúde devem se preparar para essa nova realidade.
OBJETIVO: Avaliar os dados registrados no Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão 2007.
DELINEAMENTO/PACIENTES/MÉTODOS: Estudo de corte transversal realizado em 492 alunos matriculados no 1° grau de 3 escolas particulares e 1 pública, selecionadas aleatoriamente obedecendo à distribuição étnico-racial de Vitória. A amostra foi estratificada por etnia e classe social pelos critérios do Censo
IBGE 2000. A aferição da pressão arterial (PA) seguiu as V Diretrizes de Hipertensão. P < 0,05 foi considerado
estatisticamente significante.
RESULTADOS: O número de normotensos foi significativamente maior nas meninas do que nos meninos
(p < 0.05) Entretanto, não houve diferença significante entre os sexos na categoria de hipertensos e limítrofes.
Entre os negros estiveram mais prevalentes hipertensos e limítrofes do que em pardos e brancos. Em relação
ao IMC não foram observadas diferenças entre os grupos étnicos raciais. O grupo com valores de IMC acima
da normalidade foi mais numeroso entre meninos do que meninas, sem diferença significante. Idade, peso,
altura e IMC se correlacionaram positivamente (p < 0,01; R = 0,40; 0,42; 0,43 e 0,28, respectivamente) com
os valores da PA mas em uma análise de regressão por etapas a idade foi a variável com maior impacto e reduzia
estes coeficientes embora os mantivesse significante.
E. Pública
E. Particular 1
E. Particular 2
E. Particular 3
Teste Chi quadradado,
Normal
227 (80%)
57 (56%)
46 (76%)
44 (83%)
p < 0,01
Sobrepeso
25 (10%)
25 (25%)
10 (17%)
6 (11%)
Obeso
25 (10%)
19 (19%)
4 (7%)
3 (6%)
Os valores de IMC (p<0,01) e pressão (p<0.06, aproximando-se da significância) foram maiores na escola
particular 1.
E. Pública
E. Particular 1
E. Particular 2
E. Particular 3
Teste Chi quadrado, p
Normal
204 (82%)
77 (82%)
50 (88%)
48 (91%)
= 0.06
Limítrofe
43 (17%)
10 (11%)
6 (11%)
3 (6%)
Hipertenso
29 (1%)
7 (7%)
3 (1%)
2 (3%)
CONCLUSÕES: A indução da obesidade neuroendócrina produziu um aumento da atividade simpática
resultando em um aumento da pressão arterial média, da freqüência cardíaca e da resistência periférica total.
Também promoveu diminuição do peso cardíaco e ventricular esquerdo e aumento da gordura epididimal.
CONCLUSÕES: Corroborando a literatura, os resultados demonstram uma associação positiva entre Idade
e IMC com os níveis de PA. Apesar das diferenças não terem sido significantes observou-se uma tendência
à cifras pressóricas e antropométricas mais elevadas em negros. Os maiores valores antropométricos e pressóricos na escola particular 1 são explicados pela ausência de planejamento nutricional da alimentação
disponibilizada aos alunos.
103
104
BÁSICA
PREVALÊNCIA DE SOBREPESO EM USUÁRIOS MASCULINOS DE UM RESTAURANTE COLETIVO COMO FATOR DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS
Marlete Bezerra dos Santos, Tatiana Maria Palmeira dos Santos, Patrícia Maria
Candido Silva, Jacilene Cirilo da Silva, Maria Cristina Tavares
BÁSICA
ABORDAGEM FARMACOEPIDEMIOLÓGICA EM PACIENTES HIPERTENSOS
E DIABÉTICOS
Allamahac Silva Pequeno, Sylvana Alves Rocha, Francisco George Sucupira
Barbosa, Ione Ramos de Queiroz, Caio César de M. Silva
Universidade estadual da Paraíba – UEPB e Prefeitura Municipal de Campina Grande, PB
Faculdade de Nutrição – FANUT, Universidade Federal de Alagoas – UFAL
FUNDAMENTOS: As mudanças de hábitos alimentares verificadas nas últimas décadas, aliadas a outros
fatores relacionados ao estilo de vida das sociedades ocidentais têm sido apontados como os principais
determinantes do aumento da prevalência mundial de obesidade e demais doenças não transmissíveis.
Estudos realizados em diferentes países desenvolvidos têm demonstrado que tanto o excesso de peso como
IMC/idade elevados constituem fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas (hipertensão,
doenças cardiovasculares, etc.) e aumentam o risco de morte entre os adultos, devido às complicações
características das doenças associadas à obesidade.
OBJETIVO: Determinar o perfil nutricional dos usuários do Restaurante de um hospital público da cidade
de Maceió, AL.
DELINEAMENTO: Estudo transversal.
AMOSTRA: 92 comensais do restaurante do hospital universitário da cidade de Maceió, AL.
MÉTODOS: A coleta foi realizada nos dias 12 e 13 de abril de 2007, onde o participante foi entrevistado
e indagado sobre dados pessoais; além da aferição de peso e altura. A massa corporal, em quilogramas (Kg),
foi aferida com auxílio de uma balança eletrônica e portátil da marca Marte PP180, com capacidade para 180
Kg, a qual foi colocada em local plano. Utilizou-se fita métrica de material inelástico, com 150 cm de
capacidade, e 1 cm de precisão fixado em parede plana, sem rodapé, a 50 cm do chão.
RESULTADOS: A amostra do estudo foi constituída por 61 mulheres (66,30%) e 31 homens (33,7%).
Analisando os dados em relação à prática de exercício físico a maioria das pessoas (89,13%) não realiza
nenhuma atividade física de lazer. Ao avaliar a distribuição do IMC de acordo com o gênero (Tabela 4)
constatou-se que o percentual de sobrepeso nos homens, 32,25%, foi superior ao das mulheres (19,6).
Tabela 4. Distribuição dos comensais entrevistados no Restaurante do Hospital Universitário de acordo com o estado
nutricional. Maceió, 2007.
IMC
Classificação
Desnutrido
Eutrófico
Sobrepeso
Obesidade
Total
Homem
n
3
16
10
2
31
Mulher
%
9,67
51,16
32,25
6,45
100
n
4
38
12
7
61
Total
%
6,55
62,29
19,67
11,47
100
n
7
54
22
9
92
%
7,6
58,69
23,91
9,78
100
CONCLUSÃO: O Estado Nutricional da maioria dos comensais está inadequado, demonstrando a importância de estratégias de promoção de saúde a fim de melhorar a qualidade de vida. Dentre essas estratégias,
ressalta-se a necessidade de um desenvolvimento de medidas de prevenção e controle da obesidade e/ou
sobrepeso que é, cada vez mais, um problema de saúde pública.
FUNDAMENTO: A farmacoepidemiologia é uma ciência que estuda a epidemiologia, os métodos e o raciocínio no estudo dos efeitos benéficos e adversos do uso de medicamentos, utilizando
para isso os Estudos de Utilização de Medicamentos (EUMs), que se relacionam com a
comercialização, distribuição, prescrição e utilização; e a farmacovigilância que diz respeito a
identificação e avaliação dos efeitos do uso dos tratamentos farmacológicos. Como as doenças
cardiovasculares constituem a principal causa de morbimortalidade na população brasileira e
sendo a Hipertensão Arterial (HA) e o Diabetes Mellitus (DM) os principais fatores de risco, é
necessário realizar um estudo farmacoepidemiológico para analisar a prescrição, a oferta e o
consumo dos medicamentos, visando detectar possíveis falhas e realizar algum tipo de intervenção que garanta um tratamento medicamentoso mais eficaz.
OBJETIVO: Realizar um estudo farmacoepidemiológico em pacientes hipertensos e diabéticos.
MÉTODOS: Este trabalho foi realizado no período de março a maio de 2006, no Serviço Municipal de Saúde em Campina Grande-PB e envolveu os usuários cadastrados e que residiam nos
bairros pertencentes aquela unidade de saúde. Tratou-se de um estudo qualiquantitativo e os
resultados foram tratados seguindo os critérios da estatística descritiva e percentual.
RESULTADOS: A amostra correspondeu a 438 usuários cadastrados no Programa de Hipertensão e Diabetes (HIPERDIA), sendo 306 deles do gênero feminino. Eles residiam nos bairros do
Centenário, São José e Prata. Do total 82% apresentavam hipertensão, 4% diabetes e 14% eram
acometidos pela associação das duas patologias. A faixa etária predominante foi de 51 e 80 anos,
tendo como complicações mais freqüentes as cardiopatias e a doença renal. A maioria dos pacientes fazia uso dos medicamentos com água, fato importante já que esta substância favorece a
desintegração dos comprimidos e a sua dissolução, melhorando assim a absorção. A maior parte
dos participantes utilizava monodrogas, demonstrando uma maior conscientização por parte dos
prescritores, já que eram idosos e já consumiam outros medicamentos. Os fármacos mais prescritos para a HA foram o captopril, hidroclorotiazida e propranolol e para o DM, glibenclamida,
metformina e insulina. Observou-se a utilização de subdoses de captopril, hidroclorotiazida,
metidopa e metformina e superdoses de digoxina. As interações mais freqüentes foram o captopril
e a hidroclorotiazida em associação com antiinflamatórios não-esteróides e a glibenclamida
utilizada juntamente com a hidroclorotiazida, reduzindo o efeito desses medicamentos podendo
resultar em insucesso da terapia.
CONCLUSÃO: Os EUMs devem ser realizados para detectar possíveis erros na prescrição e no
consumo, garantir o uso racional e contribuir para o tratamento adequado à população.
37
02 - Resumos.pm6
37
2/8/2007, 15:39
Resumos
105
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
106
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO EM IDOSOS DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DE PERNAMBUCO – UFPE: UM ESTUDO QUANTITATIVO
ASSITÊNCIA MULTIPROFISSIONAL A EX-HANSENIANOS PORTADORES DE
HIPERTENSÃO
Thaís Valéria e Silva, Filipe Villa Verde, Fátima Knape, Marcia Horowitz, Sergio
M. M. Fernandes Filho, Daniel Kitner, Daniela Teles
Bruce David Leite, Ana Carolina Rocha Peixoto, Ana Lígia Rocha Peixoto,
Francisco Gilberto Fernandes Pereira, Fátima Luna Pinehiro Landim
Hospital das Clínicas – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco
Centro de Convivência Antônio Diogo, Redenção, Ceará
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um problema de saúde pública, estando associada
a aumento da morbimortalidade cardiovascular. O processo de envelhecimento promove alterações cardiovasculares, elevando o número de pacientes idosos que apresentam HAS. Com o aumento da população
geriátrica, verifica-se a importância de estudos sobre a prevalência da HAS em idosos, com a finalidade de
promover melhor atenção à saúde desse grupo.
OBJETIVO: Descrever as características quanto ao sexo, faixa etária e mortalidade de idosos hipertensos
internados em um hospital universitário.
DELINEAMENTO: Através de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, foram
avaliados os pacientes internados com idade superior a 60 anos portadores ou não de HAS. Os dados
analisados compõem o banco de dados de um estudo maior sobre avaliação da morbimortalidade de pacientes
idosos sob internamento hospitalar.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram avaliados prontuários de idosos internados no Hospital das Clínicas
da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE).
MÉTODOS: Os pacientes selecionados foram aqueles internados no período de 1º de dezembro de 2005 a
31 de maio de 2006. Foram excluídos os pacientes admitidos com diagnóstico de admissão de CID H26.9
(catarata não-especificada) devido ao grande número de internamentos breves e com poucos dados para
avaliação, que levaria a um viés de amostragem. Dentre os prontuários selecionados para análise, para ser
considerado hipertenso o paciente precisava ser descrito como portador de HAS através dos termos: hipertensão, hipertensão arterial ou HAS em seu prontuário, na avaliação de admissão ou alta do internamento em
questão. Se o paciente tivesse mais de um internamento no período de seis meses do estudo, era considerado
apenas o último. Os dados obtidos foram avaliados com o uso do programa Epiinfo 6.04d, com cálculo de
comparação de proporções e avaliação de odds ratio para estudos transversais.
RESULTADOS: Dos 632 prontuários selecionados, foram excluídos 20 por dados incompletos ou preenchimento inadequado. Foram avaliados os 612 prontuários restantes, havendo 314 pacientes hipertensos
(51,4%). A média de idade dos pacientes estudados foi de 70,39 ± 7,74 anos, sendo 314 mulheres (51,4%),
com leve predomínio de mulheres (50,6%) também entre os hipertensos. Quanto à estratificação por faixa
etária, foram encontrados 325 pacientes entre 60 e 69 anos, 211 entre 70 e 79 anos e 76 com 80 ou mais anos
de idade, havendo uma prevalência de HAS de, respectivamente, 49,54%, 49,29% e 64,47%, mostrando que
há aumento de prevalência entre os maiores de 80 anos em relação àqueles dos 60 aos 79 anos (p < 0,05).
Na avaliação de mortalidade por todas as causas durante o internamento, entre os 314 pacientes hipertensos
houve 34 óbitos e entre os 298 pacientes não hipertensos 37 óbitos, com uma odds ratio de 0,86 (0,52 –
1,41).
CONCLUSÕES: Foi observada a HAS em mais da metade dos pacientes avaliados, com prevalência particularmente elevada naqueles maiores de 80 anos. Não foi encontrada relação da hipertensão arterial com a
mortalidade geral durante o período de internamento.
FUNDAMENTO A assistência Multiprofissional ao portador de Hipertensão é de grande valia,
pois, hábitos de vida inadequados são fortes determinantes a não adesão ao tratamento e ao
aumento nas chances de complicações no quadro hipertensivo, necessitando assim de um acompanhamento globalizado,por uma equipe de multiprofissionais,levando-s em consideração todo o
contexto em que o sujeito está inserido.Sabe-se que a hipertensão arterial representa importante
fator de risco cardiovascular, a sua origem é de forma multicausal e multifatorial, sabe-se que o
meio ambiente também exerce influência na sua gênese.
OBJETIVO: Notificar qual tipo de assistência de saúde que os ex- hansenianos que sofrem de
hipertensão recebem, assim como identificar o número de hipertensos que são ex- hansenianos
e qual tipo de hanseníase que foram acometidos.
DELINEAMENTO: Tratou-se de um estudo quantitativo, transversal, realizado no período do
mês de maio de 2007, em uma antiga colônia de hanseniano no estado do Ceará, com 59 sujeitos,
sendo todos ex-hansenianos habitantes do local.
PACIENTE OU MATERIAL: Ex-Hansenianos que sofrem de hipertensão, que albergam em um
Centro de Convivência no estado do Ceará.
MÉTODOS: Foi realizado por meio de uma busca ativa nos prontuários, utilizando um formulário
padronizado, onde, buscou-se identificar o tipo específico de hanseníase, quais destes eram
hipertensos e o tipo de assistência profissional recebida. Para análise, foi utilizado o programa
Statistical Package for the Social Sciences – SPSS, versão 13.0.
RESULTADOS: Constatou-se que dos 59 ex-hansenianos sequelados que albergam a colônia
estudada, a maioria 20 (91,0%) foi portador da Hanseníase tipo Virchowiana. Notificou-se que
22 (37,3%) são Hipertensos. Observou-se que dos hipertensos, 15 (68,2%), a maioria, é assistida
por uma equipe multidisciplinar formada por Médico, Enfermeiros e Terapeuta Ocupacional. O
correspondente a 5 (22,7%) dos hipertensos recebem assistência dos serviços do Médico e do
Enfermeiro. São assistidos pelo Medico, enfermeiro, Terapeuta Ocupacional e pelo Fisioterapeuta apenas 1 (4,5%). Os que não recebem nenhum tipo de assistência correspondem a 1 (4,5%).
CONCLUSÕES: Conclui-se que, os ex- portadores de hanseníase que sofrem de hipertensão da
colônia em estudo, em sua maioria recebem assistência multiprofissional, assim como se acredita
que deva ser os cuidados com essa clientela, proporcionado ações promotoras de saúde, que
perpassam a terapeuta medicamentosa.
107
108
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
TRATAMENTO
PERFIL DOS RISCOS CARDIOVASCULARES EM MOTORISTAS PROFISSIONAIS DE TRANSPORTE DE CARGAS NA RODOVIA RÉGIS BITTENCOURT (BR116)
MONITORIZAÇÃO RESIDENCIAL DE PRESSÃO ARTERIAL EM HIPERTENSOS
ATENDIDOS EM UNIDADE BÁSICAS DE SAÚDE DA REGIÃO OESTE DA CIDADE DE SÃO PAULO
Luciane Cesira Cavagioni, Luciana Fernandes, Renata A Pinheiro, Gisele
Fraciolo, Roseli Leandro, Sergio Martucchi, Cláudia S Xavier, Isabela Benseñor,
Angela MG Pierin
Flávia C. Colósimo, Flávia P. C. Rodrigues, Juliano dos Santos, Stael S. B. E.
Silva, Angela M. G. Pierin
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: A Monitorização Residencial de Pressão Arterial (MRPA) é atualmente reconhecida e
recomendada por diretrizes nacionais e internacionais de hipertensão como recurso auxiliar no diagnóstico
e avaliação do tratamento. Seu papel maximizador no controle da pressão arterial leva a necessidade de
estudos que explorem seu potencial.
OBJETIVO: Verificar diferença nos valores de MRPA nos períodos da manhã e tarde nos diferentes dias da
semana. Comparar os valores de pressão arterial (PA) obtidos na unidade de saúde e no domicílio.
DELINEAMENTO: Estudo com abordagem quantitativa, descritivo, exploratório e transversal.
PACIENTES: Foram estudados 52 hipertensos, atendidos em duas unidades básicas de saúde da região
oeste da cidade de São Paulo, 69% mulheres, com idade de 59,3 ± 10,2 anos.
MÉTODOS A medida da pressão arterial na unidade de saúde foi realizada por profissional enfermeiro, com
aparelho automático validado; no membro superior esquerdo; em posição sentada; braço na altura do coração;
com manguito adequado ao tamanho do braço; após 5-10 minutos de repouso. A medida residencial seguiu
as orientações da II Diretriz para uso de MRPA, com o mesmo aparelho usado na medida da unidade,
realizando-se medidas três vezes pela manhã e três vezes à noite, no período compreendido entre 06h-10h
e 18h-22h. O estudo apresenta dados preliminares do projeto de Políticas Públicas apoiado pela FAPESP
(Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
RESULTADOS A análise das médias dos quatro dias da MRPA mostrou que os dias 1 (134,7 ± 22,6 / 80,4
± 12,5 mmHg) e dia 2 (134,4 ± 20,6 / 79,4 ± 12,6 mmHg) foram similares e significativamente mais elevadas
do que os valores do dia 3 (130,0 ± 21,0 / 77,3 ± 11,5 mmHg) e dia 4 (131,0 ± 19,5 / 78,1 ± 11,6 mmHg).
Os valores da MRPA dos dias 3 e 4 foram similares. Dessa forma usou-se a média dos quatro dias para as demais
análises. Os valores da pressão arterial obtidos na unidade de saúde foram significativamente mais elevados
do que aqueles obtidos pela MRPA (p = 0,0001). Não houve diferença significativa (p = 0,56) entre as médias
da pressão sistólica/distólica da medida residencial do período da manhã (132,5 ± 20,3 / 78,6 ± 12,4 mmHg)
e do período da tarde (131,5 ± 20,1 / 78,2 ± 11,3 mmHg). Quando comparada isoladamente a MRPA dos
quatro dias a pressão diastólica do primeiro dia foi significativamente maior (p = 0,002) no período da manhã
(84,2 ± 12.9 mmHg) quando comparada com o período da tarde (79,8 ± 11,3 mmHg), nos demais dias esse
fato não se repetiu. Não houve associação estatisticamente significante (p<0,05) entre a MRPA e as variáveis:
idade, sexo, circunferência abdominal, índice de massa corporal, diabetes, tabagismo e realização de atividade
física.
CONCLUSÃO Os dados do presente estudo confirmam estudos já realizados de que a MRPA apresenta
valores mais baixos quando comparada com os realizados no serviço de saúde. Porém, mostrou que as
medidas do primeiro e segundo dia foram mais elevadas que as do dias três e quatro, enquanto que as
recomendações das II Diretrizes Brasileiras para uso da MRPA, preconizam que somente as medidas do
primeiro dia não devam ser consideradas para análise, por apresentar valores mais elevados.
FUNDAMENTO As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morbimortalidade e os motoristas de caminhão que trafegam pelas rodovias apresentam hábitos e estilos de vida inadequados que podem
contribuir para o favorecimento dessas doenças.
OBJETIVO Caracterizar o perfil para riscos cardiovasculares em motoristas profissionais de transporte de
cargas.
DELINEAMENTO Estudo transversal, descritivo e exploratório.
POPULAÇÃO, MÉTODOS Estudo com 258 motoristas profissionais de transporte de cargas com avaliação
socioeconômicas; variáveis antropométricas, medida da pressão arterial; e realização de exames laboratoriais:
perfil lipídico e glicêmico, proteína C reativa e creatinina. Analisou-se o risco para doenças cardiovasculares
pelo escore de risco de Framingham, consumo de bebidas alcoólicas pelo Alcohol Use Disorders IdentificationAUDIT, distúrbios psiquiátricos comuns pelo Self Report Questionnaire-SRQ-20, Síndrome Metabólica e
angina pectoris pelo Teste de Rose. O nível de significância adotado foi p < 0,05, utilizou-se análise
univariada e multivariada.
RESULTADOS A caracterização dos motoristas mostrou idade 37,5 ± 10,1 anos, 91% de etnia branca, renda
mensal 1.431,3 ± 644,4 reais, 19% tabagistas, 55% referiram ingestão de bebidas alcoólicas, 74% sedentários, 14% usavam inibidores do sono, dirigiam 10 horas por dia, tempo profissão de 14 ± 10 anos e
percorriam 782,9 ± 229,6 km/dia. Verificou-se que 46% tinham sobrepeso e 36% obesidade e 58% com
circunferência abdominal alterada. Os exames laboratoriais mostraram 33% com colesterol total > 200 mg/dL,
10% LDL-c > 160 mg/dL; HDL-c < 40 mg/dL 20%, triglicérides > 150 mg/dL 38%, glicemia > 110 mg/dL
7%, proteína C reativa > 0,5 mg/dL 19%. A prevalência da hipertensão arterial foi de 37%. O Questionnaire
Rose foi positivo em 8,0% dos motoristas, Escore de Risco de Framingham médio/alto em 9%, a presença
de distúrbios psiquiátricos comuns em 33% e AUDIT 17% no escore que sugere intervenção e aconselhamento.
A análise de regressão logística indicou associação independente para as seguintes variáveis (OD Odds ratio,
IC intervalo de confiança a 95%): 1 - Hipertensão arterial: idade (OR = 1,07 IC 1,02-1,11); IMC (OR = 1,22
IC 1,11-1,35); inatividade física (OR = 3,34 IC 1,41-7,91); maior distância percorrida ao dia (OR = 0,99 IC
0,99-1,00) 2 - triglicérides (> 150mg/dL): IMC (OR = 1,14 IC 1,04-1,24), tabagismo (OR = 2,75, IC 1,166,49);.escore de risco de Framingham médio/alto (OR = 3,62 IC 1,49-8,77) 3 - colesterol total (> 200 mg/
dL): antecedentes familiares para diabetes (OR = 0,48 IC 0,24-0,98) 4 - glicemia (> 110 mg/dL): IMC (OR
= 1,15 IC 1,02-1,29); maior tempo de profissão (OR = 1,15 IC 1,05-1,25) 5 - proteína C reativa: escore de
risco de Framingham médio/alto (OR = 4,69 IC 1,91-11,51).
CONCLUSÃO Verificou-se presença expressiva de fatores de risco cardiovasulares, em especial a hipertensão
arterial, nesse sentido os profissionais de saúde devem implementar estratégias para estimular mudanças de
estilos de vida nos motoristas de transporte de cargas, visando a prevenção primária e secundária.
38
02 - Resumos.pm6
38
2/8/2007, 15:39
Resumos
109
TRATAMENTO
AVALIAÇÃO DO APOIO SOCIAL EM GRUPO DE HIPERTENSOS ATENDIDOS
EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DA ZONA OESTE DA CIDADE DE SÃO
PAULO
Stael S. B. E da Silva, Flávia C. Colósimo, Gabriela Andrade, Flávia P. C.
Rodrigues, Talita Serafim, Angela M. G. Pierin
110
TRATAMENTO
AVALIAÇÃO DETRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM HIPERTENSOS PELO
SELF REPORTING QUESTIONAIRE (SRQ-20)
Flávia P. C. Rodrigues, Flávia C. Colósimo, Gabriela Andrade, Talita Serafim,
Stael S. B. E. da Silva, Angela M. G. Pierin
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: Os fatores psicossociais são considerados fatores de risco para a hipertensão. As pessoas
necessitam umas das outras e, por isso, quando o sistema de suporte advindo de familiares e amigos diminui
pode influenciar no seguimento do hipertenso ao tratamento proposto e consequentemente no processo de
adesão. Dessa forma os profissionais da área da saúde devem considerar esse contexto na avaliação das
necessidades dessas pessoas com o uso de instrumentos específicos.
OBJETIVO: Caracterizar um grupo de hipertensos em relação aos domínios de apoio social e relacioná-los
com as seguintes variáveis: sexo, idade, controle de pressão arterial e com o questionário SRQ-20 (self
reporting questionaire) que avalia transtornos mentais comuns.
DELINEAMENTO: Estudo com abordagem quantitativa, descritivo, exploratório e transversal.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram estudados 103 hipertensos, 53,7 ± 11,3 anos, 68% mulheres, PA =
141 ± 21 / 87 ± 13 mmHg, em seguimento em duas Unidades Básicas de Saúde da região oeste da cidade
de São Paulo.
MÉTODOS: Os dados foram coletados através de entrevista e preenchimento de instrumento de escala de
apoio social que foi validada para nosso meio. A escala é composta por 18 questões que avaliam 5 domínios,
com opções de resposta: 1 (nunca), 2 (raramente), 3 (às vezes), 4 (quase sempre) e 5 (sempre). As questões
de 1 a 4 referem-se ao domínio material; de 5 a 7 ao afetivo; de 8 a 11 ao emocional; de 12 a 15 à informação
e de 16 a 18 à interação social positiva. A medida da pressão arterial foi verificada com aparelho automático
validado, observando-se as normas preconizadas nas V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Aplicou-se também o questionário SRQ-20 com o objetivo de avaliar a presença de transtornos mentais comuns.
Para a análise estatística utilizou-se testes Qui-quadrado e Correlação de Spearman e considerado significante
valores de p < 0,05. O estudo apresenta dados preliminares do projeto de Políticas Públicas apoiado pela
FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
RESULTADOS Nas questões relacionadas ao apoio social, 51% a 72% dos hipertensos indicaram que
necessitam contar “sempre” com apoio de alguém cotidianamente. As médias dos domínios que compõem a
escala foram muito próximas: Material (4,2 ±1,1), Afetivo (4,4 ± 0,9), Emocional (4,0 ± 1,3), Informação (4,0
± 1,3) e Interação Social Positiva (4,0 ± 1,2). Não houve diferença significante entre os hipertensos controlados (58%) e não controlados (42%) nos diferentes domínios avaliados, o mesmo ocorrendo para as
variáveis sexo e idade. Encontrou-se associação positiva (p < 0,05) entre os domínios material (4,5 ± 0,9
vs 3,9 ± 1,2), afetivo (4,7 ± 0,7 vs 4,2 ± 1,1) e interação social positiva (4,3 ± 0,9 vs 3,7 ± 1,4) em relação
aos hipertensos sem e com transtornos mentais comuns, respectivamente.
CONCLUSÃO Os resultados mostraram que os hipertensos indicaram necessidade de apoio social, apesar
do controle da hipertensão não depender dessa variável. Porém, o achado de que a necessidade de apoio
social se relacionou com presença de distúrbios mentais comuns ressalta a importância de se considerar a
dimensão psicossocial.
111
TRATAMENTO
O CONTROLE DA HIPERTENSÃO PODE SER INFLUENCIADO POR CONHECIMENTOS, PRESENÇA DE COMPLICAÇÕES E ALTERAÇÃO PSICOEMOCIONAL
Mônica Aparecida de Oliveira Augusto, Elaine S. Jesus, Edna Caetano, Décio
Mion Jr., Kátia Ortega, Angela M. G. Pierin
Liga de Hipertensão do Hospital das Clínicas da FMUSP, Escola de Enfermagem da Universidade
de São Paulo, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial é considerada como síndrome caracterizada pela presença de
níveis pressóricos elevados, associados a alterações metabólicas e hormonais; cujo tratamento é marcado por
dificuldade na adesão, apresentando assim pacientes com a pressão arterial não controlada.
OBJETIVO: Comparar dois grupos de hipertensos, controlados e não controlados.
MÉTODOS: Foram estudados 511 hipertensos, 68% mulheres, 53 ± 11anos, 56% brancos; 67%
com companheiro. Os hipertensos foram entrevistados na primeira consulta por ocasião de inclusão em um estudo. A medida da pressão foi realizada com aparelho automático validado e de
acordo com as recomendações das V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. O nível de significância adotado foi p < 0,05, utilizou-se análise univariada e multivariada.
RESULTADOS: Dentre os hipertensos estudados verificou-se que 22% estavam com a pressão
arterial controlada. Os hipertensos controlados foram significativamente diferentes dos não controlados (p < 0, 05) em relação a: 1 - Predomínio do sexo feminino (26% vs 15%). 2 - Sem companheiros
– solteiros, separados e viúvos – em relação aos com companheiros-casados e amasiados- (28% vs
19%). 3 - Procurou o serviço de saúde através de encaminhamento médico (25% vs 17%). 4 Lembram a última vez que mediu a pressão arterial e esta estava normal (26% vs 17%). 5 - Todos estão
tomando medicamento anti-hipertensivo. 6 - Referem conhecimento sobre o tratamento e a doença
que inclui a redução de peso (24% vs 9%), redução de estresse (24% vs 15%) e sobre a hereditariedade da hipertensão arterial (24% vs 15%). 7 - Tiveram infarto (67% vs 22%) e depressão (32%
vs 18%), porém não referiram problemas na esfera da sexualidade (15% vs 24%). A análise de
regressão logística indicou que o controle da hipertensão foi dependente do conhecimento de redução
do peso corporal (odds ratio = 3,942, IC de 1,481 a 10,489); história de infarto (odds ratio = 1,852,
IC de 1,189 a 2,886) e depressão (odds ratio = 2,152, IC de 1,363 a 3,398); e ausência de problemas
sexuais (odds ratio = 0,494, IC de 0,274 a 0,888).
CONCLUSÕES: Destaca-se que dentre os achados, o controle da hipertensão se relacionou com
a presença de infarto e que provavelmente somente após essa complicação foi que os hipertensos
se alertaram sobre a gravidade de seu problema, ou até a possibilidade de que a doença somente
foi identificada após a ocorrência da complicação. Outro dado que chama atenção foi a presença
de depressão nos hipertensos controlados, indicando que a esfera psíquica merece atenção especial de todos os profissionais na área da saúde, reforçando mais uma vez a importância da
interdisciplinaridade. A ação benéfica de conhecimentos sobre a doença e tratamento no controle
da hipertensão foi achado que denota que a educação à saúde deve fazer parte da proposta
assistencial a essas pessoas.
FUNDAMENTO Recentemente os fatores psicossociais tem sido considerados como fatores de risco para
hipertensão. Os fatores psicossociais mais estudados são alteração de personalidade, transtornos mentais
comuns, estresse no trabalho e apoio social. Os transtornos mentais comuns podem interferir direta e
indiretamente no funcionamento individual, familiar e social e nos hipertensos dificultar a realização do
tratamento.
OBJETIVO Identificar a presença de transtornos mentais comuns em hipertensos atendidos em unidades
básicas de saúde de São Paulo
DELINEAMENTO: Estudo descritivo, exploratório e transversal.
PACIENTE OU MATERIAL Foram estudados 104 hipertensos, 53,7 ± 11,3 anos, 68% mulheres, PA = 141
± 21 / 87 ± 13 mmHg, em seguimento em duas Unidades Básicas de Saúde da região oeste da cidade de São
Paulo.
MÉTODOS Os dados foram coletados através de entrevista utilizando o Self Reporting Questionaire (SRQ20), instrumento validado no Brasil, que identifica casos suspeitos de transtornos mentais comuns. O
instrumento apresenta 20 questões com possibilidade de resposta “sim” (1) ou “não” (0) para transtornos
mentais comuns que julgar ter apresentado nos últimos 30 dias. De acordo com a pontuação atingida os
respondentes são classificados como não suspeitos (< 6) ou suspeitos (> 6). A medida da pressão foi realizada
com aparelho automático validado; no membro superior esquerdo; em posição sentada; braço na altura do
coração; após 5-10 min de repouso. Aplicou-se também a escala de apoio social, instrumento também
validado para nosso meio. Para a análise estatística utilizou-se testes Qui-quadrado e Correlação de Spearman
e considerado significante valores de p < 0,05. Trata-se de dados preliminares de estudo parte de projeto de
Políticas Públicas apoiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo)
RESULTADOS Os problemas mais percebidos nos últimos 30 dias foram: sentir-se nervoso, preocupado
(72%), dormir mal (52 %), cansar-se com facilidade (51%), assustar-se com facilidade (50%), dificuldade de
pensar com clareza (46%), sentir-se triste (44%), dificuldades para tomar decisões (42%), dificuldade para
realizar com satisfação suas atividades diárias (32%), perda de interesse pelas coisas (32%) e dores de cabeça
freqüentes (31%). Dos hipertensos estudados, 53% apresentaram somatória maior ou igual a 6 sendo classificados como suspeitos de apresentarem transtornos mentais comuns. A presença de transtornos mentais
comuns foi significativamente mais elevada nas mulheres (78%) do que nos homens (22%), p = 0,021.
Porém, a presença de transtornos mentais comuns não se relacionou com controle da pressão arterial e idade.
A pressão arterial estava controlada em 58% dos hipertensos.
CONCLUSÃO Verificou-se que a presença de transtornos mentais comuns foi freqüente, pois cerca da metade
das pessoas hipertensas estudadas foi classificada na faixa de suspeitos e que apesar de não se relacionar com
o controle da pressão arterial é um dado que merece ser considerado na avaliação dos hipertensos. Atenção
especial deve ser direcionada para o sexo feminino que tende a ser mais comprometido por alterações na esfera
psíquica.
112
TRATAMENTO
CONHECIMENTO, CRENÇAS E ATITUDES FRENTE À DOENÇA E TRATAMENTO DE UM GRUPO DE HIPERTENSOS
Elaine dos Santos Jesus, Mônica A. O. Augusto, Décio Mion Jr., Edna Caetano,
Kátia Ortega, Angela M. G. Pierin
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Liga de Hipertensão Arterial do Hospital
das Clínicas, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: A hipertensão é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, que
ocupam o primeiro lugar no perfil de morbimortalidade. Dessa forma, o tratamento e controle dos hipertensos
requerem atenção especial e para tanto os profissionais de saúde devem conhecer as características e fatores
que podem interferir no seguimento dos hipertensos.
OBJETIVO: Caracterizar um grupo de hipertensos em relação a crenças e conhecimentos sobre a doença e
atitudes frente ao tratamento.
DELINEAMENTO: Estudo com abordagem quantitativa de forma não experimental, exploratório e transversal.
PACIENTES: Foram estudados 511 hipertensos, 53 ± 11 anos, 68% mulheres, 56% brancos, 67% com
companheiro, 58% possuíam primeiro grau, 43% ocupação em atividades do lar/ serviços domésticos, 19,8%
aposentados e 56% com renda de até 5 salários mínimos e PA = 151 ± 20 / 92 ± 15 mmHg.
MÉTODOS: Os dados foram coletados através de entrevista com formulário próprio contendo questões de
identificação, crenças, conhecimentos da doença, tratamento e atitudes frente ao tratamento. Foi solicitado
ainda, que apontassem em um diagrama composto por sete faces que representavam por meio de sorriso a
avaliação do sentimento em relação à vida como um todo. A medida da pressão arterial foi realizada com
aparelho automático validado, da forma recomendada pelas V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. O estudo
foi realizado em um serviço ambulatorial de um hospital de ensino da cidade de São Paulo.
RESULTADOS: Em relação ao tempo de diagnóstico a maioria (66%) tinha mais de 5 anos de hipertensão;
metade descobriu a doença por ter se sentido mal e 29 % ao passar por exame médico de rotina; e 88% referiram
que já trataram hipertensão. Em relação a crenças e conhecimentos, 84% indicaram que o tratamento deve durar
a vida toda, 67% que a doença não tem cura e acreditavam que o tratamento pode evitar doenças como infarto
(94,5%), “derrame” (96,3%), problemas renais (81,6%) e impotência sexual (64,4%). 37,8% afirmaram já ter
interrompido o tratamento pelos motivos: remédios muito caros (26%), não foram orientados quanto à
necessidade de tomar os medicamentos (16%) e acreditavam que devem tomar os medicamentos só quando
se sentem mal (10%). Verificou-se que 23% referiram faltar às consultas devido a esquecimento (21%),
problemas particulares (18%), e para não faltar ao trabalho (13%). Em relação às atitudes frente ao tratamento
apontaram que sempre levam os remédios quando viajam (93,3%), providenciam os medicamentos antes de
acabarem (78,5%) e seguem as orientações sobre a alimentação (82,2%). Porém, verificou-se que 20% deixam
de tomar remédio quando a pressão está controlada, 26% deixam de tomar os remédios por conta própria e
64% nunca fazem exercícios físicos regularmente. Quanto à avaliação de sua vida como um todo, 65%
informaram satisfação.
CONCLUSÕES: Identificou-se aspectos negativos que podem dificultar a adesão ao tratamento. Os profissionais de saúde ao planejarem as suas ações frente à população hipertensa devem considerar as suas
características para que a assistência tenha abrangência para atender as reais necessidades dos hipertensos.
39
02 - Resumos.pm6
39
2/8/2007, 15:39
Resumos
113
BÁSICA
114
BÁSICA
CRISE HIPERTENSIVA ASSOCIADA AO USO DE BEBIDA ALCOÓLICA: RELATO DE CASO
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DE PACIENTES DO PROGRAMA DE HIPERTENSÃO E DIABETES DE UMA UNIDADE DE SAÚDE
Larissa Cavalcanti de Araújo, Arethuza Adjuto Palmeira, Denyse Luckwü Martins,
Ednaide Carolina da Silva Gurgel, Fabiana Gonçalves de Oliveira, Maria do
Socorro Trindade Morais
Allamahac Silva Pequeno, Thyago Vinícius F. de Andrade, Maria do Carmo M.
Ferraz, Hortência Regina de M. Macedo, Fabiana Paiva Galvão
O trabalho foi desenvolvido em um hospital da rede privada, localizado em João Pessoa-PB, por
discentes da graduação em enfermagem da Faculdade Unida da Paraíba, sob supervisão das
professoras da disciplina Saúde do Adulto I.
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é conceituada como uma patologia
clínica em que há níveis tencionais elevados, durante um período sustentado. Representa, atualmente, um problema de saúde pública mundial, devido ao crescente número anual de casos, além
de constituir uma das maiores causas de morte por doenças cardiovasculares. No Brasil, estimase que a doença acomete 15% a 20% da população, com maiores evidências em indivíduos com
idade acima de 60 anos. A HAS se torna mais grave quando é associada a fatores de risco como
obesidade, sedentarismo e ingestão de bebida alcoólica.
OBJETIVO: Compreender a crise hipertensiva associada ao uso de bebida alcoólica.
DELINEAMENTO: Desenvolveu-se um estudo do tipo relato de caso, em que se registram dados
de um caso particular a fim de organizar um relatório ordenado e crítico de uma experiência. A
população do estudo foi constituída por pacientes hipertensos, independente do sexo, na faixa
etária dos 40 anos ou mais, internados no hospital selecionado. Para a organização da amostra
determinou-se um recorte temporal sendo essa selecionada por acessibilidade, em que foram
coletados os dados de um paciente do sexo masculino, sabidamente hipertenso, hospitalizado com
crise hipertensiva após ingerir bebida alcoólica.
PACIENTE OU MATERIAL: A pesquisa foi realizada com o cliente A.M., 64 anos, moreno,
casado, aposentado, admitido no hospital apresentando pressão arterial elevada, sudorese intensa
e dor abdominal. Durante a anamnese encontrava-se consciente, orientado e hipocorado. Apresentava-se relativamente consciente sobre seu problema de saúde. Na ocasião relatou ser hipertenso e ter ingerido bebida alcoólica no dia anterior.
MÉTODOS: Os dados foram coletados através de anamnese, exame físico e prontuário. Após
coleta, os mesmos foram analisados de acordo com a literatura pertinente à temática.
RESULTADOS: O estudo demonstra a importância de investigar patologias clínicas como a HAS
associada ao uso de bebidas alcoólicas como fator preponderante durante a intervenção e tratamento da doença, portanto, é necessário que a equipe de saúde não subestime o uso de álcool como
fator de risco.
CONCLUSÕES: Acredita-se que a pesquisa alcançou o objetivo estabelecido. Os dados apresentados pelo cliente corroboram com a literatura pesquisada, com relação à ingestão de bebida
alcoólica representar um fator de risco para a HAS.
115
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PREVALÊNCIA DE PERIODONTITE EM PACIENTES COM DOENÇA CARDIOVASCULAR
1
1
Maria Bernadete Depoli, 2Ana Paula O. Cápua Norbim, 2José Aírton de Arruda,
Silvana dos Santos Meyrelles
1
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas, Universidade Federal do Espírito Santo
(UFES) e 2Intercath-Meridional
FUNDAMENTO: A doença periodontal consiste na maior causa de perda dentária em indivíduos
adultos e atinge 75% da população maior que 25 anos. A doença periodontal tem como etiologia
primária microorganismos que colonizam o biofilme dental, o qual protege as bactérias dos agentes antimicrobianos e fornece uma fonte regular de nutrientes. Vários estudos têm demonstrado
a influência da doença periodontal em diferentes doenças sistêmicas, inclusive as doenças cardiovasculares (DCV). Sabe-se que portadores de doença periodontal severa apresentam risco de
morbi-mortalidade 25% maior para as DCV, quando comparados a portadores de doença periodontal
leve, resultando em enormes custos para o sistema único de saúde (SUS).
OBJETIVO: Verificar a associação entre doença periodontal e DCV nos pacientes que irão se
submeter a cineangiocoronariografia.
DELINEAMENTO: Estudo de prevalência.
PACIENTE: Foram selecionados 358 pacientes encaminhados para o exame de cineangiocoronariografia.
MÉTODOS: Após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, os pacientes que
atendiam os critérios de inclusão do estudo foram submetidos ao exame periodontal por meio de
uma sonda e a doença periodontal foi classificada quanto a extensão e severidade (leve, moderada e severa). Os pacientes submetidos a cineangiocoronariografia foram classificados de acordo com a presença ou ausência de estenose coronariana (EC) e tiveram seu sangue coletado para
análises bioquímicas.
RESULTADOS: Do total da amostra inicial, 72 (20%) pacientes preencheram os critérios de
inclusão, 212 (59%) pacientes não possuíam dentes e 74 (21%) não quiseram participar do estudo.
Nos pacientes que participaram do estudo, foi verificada prevalência de 58% de DP moderada
e 27% de severa, sendo que 15% dos pacientes não apresentaram DP. A cineangiocoronariografia
constatou que 59% dos pacientes com DP (moderada e severa) apresentaram EC, sendo que
dentre os pacientes que não apresentavam DP, a EC foi constatada em apenas 30% dos pacientes.
CONCLUSÕES: Nossos dados mostram uma grande prevalência de doença periodontal em pacientes com estenose coronariana. Considerando que a doença periodontal é considerada uma
doença inflamatória sistêmica e que a mesma pode levar ao agravamento das DCV, faz-se necessário um maior cuidado com relação a saúde bucal deste pacientes.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, FAPES-PPSUS
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e Prefeitura Municipal de Campina Grande, PB
FUNDAMENTO: Nos países desenvolvidos, as doenças cardiovasculares são responsáveis pela
metade das mortes, além disso, são as principais causadoras de óbito na população brasileira.
Dentre essas doenças, a Hipertensão Arterial (HA) é a mais comum em todo o mundo, sendo
responsável por altos índices de morbimortalidade, sobretudo entre os idosos. No Brasil, aproximadamente 65% dos idosos são portadores da HA e, em razão das patologias que surgem concomitantemente nesta idade, os idosos constituem, possivelmente, o grupo etário mais medicalizado
na sociedade. Os fatores: envelhecimento, maior prevalência das enfermidades crônicodegenerativas e consumo de fármacos, aumentam a incidência dos Problemas Relacionados aos
Medicamentos (PRMs), deixando esta população vulnerável aos vários problemas de saúde,
aumentando os custos dos sistemas de atenção primária.
OBJETIVO: Avaliar a farmacoterapia anti-hipertensiva em idosos cadastrados no Programa de
Hipertensão e Diabetes mellitus (HIPERDIA) de uma unidade de saúde.
MÉTODOS: Tratou-se de um estudo transversal e descritivo, realizado no período de março a
junho de 2007, após análise das fichas de acompanhamento dos usuários cadastros no Serviço
Municipal de Saúde, Campina Grande-PB, e foi desenvolvido.
RESULTADOS: Foram acompanhados cadastros de 346 usuários sendo 62% do gênero feminino;
a hipertensão isolada foi observada em 79% deles e associada ao Diabetes Mellitus 18%; a faixa
etária de 60-69 anos foi a mais freqüente com 49% seguida de 70-79 anos. Com relação às
complicações cardiovasculares o Infarto Agudo do Miocárdio foi o mais relatado com 10%,
porém 68% da amostra ainda não apresentou nenhuma delas. Quanto aos fatores de risco para elas
a hereditariedade, obesidade, tabagismo e alcoolismo foram os mais citados. Quanto à farmacoterapia os grupos de medicamentos mais prescritos foram: diuréticos, Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina I, Inibidores Adrenérgicos, Anti-agregante plaquetário e Hipoglicemiantes. A associação de medicamentos esteve presente em muitos casos, alguns pacientes utilizavam até 7 itens.
CONCLUSÕES: Para os portadores da HA, a adesão e a atenção ao tratamento são o maior
desafio a ser enfrentado, uma vez que por ser uma doença crônica, pouco sintomática e cujo
tratamento consiste na farmacoterapia e nas mudanças dos hábitos de vida. O ideal seria a abordagem multiprofissional (médico, enfermeiro e farmacêutico) nas atividades ligadas diretamente
ao medicamento, a fim de proporcionar ao idoso a conscientização quanto aos cuidados com a
saúde, reduzir os PRMs e obter a adesão satisfatória.
116
BÁSICA
ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS EM UMA POPULAÇÃO ATENDIDA NO MUTIRÃO DE PREVENÇÃO
DE DOENÇAS RENAIS, EM SÃO LUÍS, MA, BRASIL, 2006
TC Oliveira, N Salgado Filho, MM Barbosa, Y Léda, A Diógenes, CS Pereira, L
Lucena, E Barros, G Gomes, G Caldas
Liga de Hipertensão – Hospital Universitário Presidente Dutra
FUNDAMENTO: Estratificar o risco cardiovascular (CV) de um paciente precocemente é importante para a definição de uma possível intervenção terapêutica e para alertá-lo sobre um
processo degenerativo que progride silenciosamente e que pode muitas vezes ser barrado com
mudanças comportamentais simples.
OBJETIVO: Avaliar a prevalência dos fatores de risco implicados em pior prognóstico para
doença CV e relacioná-los com os níveis pressóricos aferidos na amostra.
DELINEAMENTO: Trata-se de um estudo transversal em 173 pessoas atendidas em um mutirão
na cidade de São Luís em 2006
MÉTODO:Aplicou-se questionário contendo dados demográficos, história clínica, exame físico
e resultados de exames laboratoriais. Foram avaliados fatores de risco CV definidos nas V DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA.Considerou-se nefropatia
se o clearence de creatinina (ClCrea), estimado pela equação de Cockroft-Gault de acordo com
as Diretrizes Brasileiras de DRC. O banco de dados foi feito no software Excel/2000 e análise dos
dados no software EpiInfo. Utilizou-se cálculos de proporções e respectivos intervalos de confiança (95%).
RESULTADOS: : Da amostra, 63,1% eram mulheres. A idade variou de 20 a 84 anos com média
de 50,6 anos. A prevalência geral de HAS foi 40,9% e a faixa etária mais acometida foi de
pacientes com idade > 65 anos (65,2%), com p<0,05. A média da PA foi 128,7 x 81,9 mmHg. Os
estágios 2 e 3 da PA foram os mais prevalentes entre homens (14,1 e 9,4%). Na estratificação do
risco CV, 51,4% da amostra foi classificada como BAIXO risco, 25,4% MÉDIO, 12,7% ALTO,
8,1% MUITO ALTO e 2,3% não tinha risco adicional. Quanto ao sexo, 30,3% das mulheres
tiveram risco CV MÉDIO enquanto 29,7% dos homens tinham risco ALTO ou MUITO ALTO (p
> 0,05). A faixa etária de >65 anos teve prevalências de 34,8 e 17,4% nos riscos ALTO e MUITO
ALTO (p < 0,05). Em pacientes com PA normal, 69,9% tinham risco CV BAIXO e apenas 0,8%
teve risco MUITO ALTO (p < 0,05) Entre os hipertensos 15,8% tinham risco ALTO contra 2,7%
entre os não-hipertensos (p < 0,05). As prevalências gerais de AMF de HAS, dislipidemia, DM,
tabagismo e nefropatia foram respectivamente: 45,1%; 42,1%; 16,4%; 12,7% e 9,4%. A média do
ClCrea foi de 102 ml/min, e nefropatia teve prevalência de 15,7% em homens e 5% em mulheres
(p < 0,05).
CONCLUSÃO: A prevalência de HAS no presente estudo foi similar à literatura brasileira.
Apesar se ter sido evidenciado que o BAIXO risco CV é o mais prevalente, chama a atenção que
1/5 da amostra esteja entre os riscos ALTO e MUITO ALTO. HAS, Dislipidemia e AMF de DCV
foram os fatores de risco mais prevalentes.
40
02 - Resumos.pm6
40
2/8/2007, 15:39
Resumos
117
BÁSICA
118
BÁSICA
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO EM PACIENTES ATENDIDOS NO PROGRAMA
MUTIRÃO DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS RENAIS EM SÃO LUÍS, MA, BRASIL, 2006
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS EM PACIENTES ATENDIDOS NO MUTIRÃO DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS RENAIS NA CIDADE DE SÃO LUÍS, MA, BRASIL, 2006
TC Oliveira, N Salgado Filho, MM Barbosa, WEC Castro, TC Oliveira, EV
Memória, E Benvindo, P Cavalcante, V Silva
TC Oliveira, N Salgado Filho, MM Barbosa, Y Léda, A Diógenes, C Pereira, L
Lucena, E Barros Filho, G Gomes, G Caldas, F Barbosa
Universidade Federal do Maranhão e Hospital Universitário Presidente Dutra, São Luís, MA
Liga de Hipertensão – Hospital Universitário Presidente Dutra, São Luís, MA
FUNDAMENTO: Segundo dados coletados em janeiro de 2000 pela Sociedade Brasileira de
Nefrologia, havia em 31 de dezembro de 1999, 47.063 pacientes em diálise no Brasil. As diversas
caudas de IRC relacionam-se a diversos fatores, como condição sócio demográfica, antecedentes
pessoais e familiares, alterações de exames laboratoriais, hábitos de vida e com fatores de risco
cardiovascular.
OBJETIVO: Apresentar o perfil epidemiológico dos pacientes abordados no Mutirão e destacar
fatores de risco para doença renal.
DELINEAMENTO: Trata-se de um estudo transversal.
PACIENTES: Avaliou-se 186 pacientes no “Mutirão de Prevenção de Doenças renais” em São
Luís.
MÉTODOS: As informações foram obtidas através de aplicação de questionário com dados
sócio-econômicos, história clínica, exame físico, avaliação antropométrica e resultados de exames laboratoriais. Os dados foram processados no EpiInfo 3.2.2. Foram utilizados cálculos de
proporções e respectivos intervalos de confiança(95%), considerando-se delineamento complexo de amostragem.
RESULTADOS: Dos pacientes, 63,1% eram mulheres, 63,6% eram pardos, 19,7% brancos e
15%, negros. Quanto à escolaridade, 89,6% eram alfabetizados. Em relação à faixa etária, 12,5%
tinham menos de 35 anos e 39,2% entre 50 a 65 anos (média de 50,65 anos). 41% eram hipertensos,
41,2% dislipidêmicos, 16,4% diabéticos e 9% portadores de HAS e DM juntas. Quanto à história
familiar, 61,8% de HAS, 37% de DM, 31,8% de doença renal e 45,1% de doença cardiovascular.
As prevalências de tabagismo, etilismo e sedentarismo foram 12,7%, 38,2% e 66,5%, respectivamente. Ao exame físico, evidenciou-se 18,7% de IMC > 30 kg/m2 e obesidade central foi prevalente em 45,5% das mulheres e 59,5% dos homens (p < 0.05). Em relação às alterações laboratoriais,
51,6% apresentaram Urinálise alterada; 26,3% glicemia > 110 mg/dl; 66,6% colesterol total > 200
mg/ml; 25% LDL > 160 mg/dl e 50% triglicérides > 150mg/dl. Quanto à pressão arterial, 67,1%
tinham níveis < 140/90 mmHg. Quanto ao risco cardiovascular 51,4% apresentam risco baixo e
12,7%, risco alto. Quanto à função renal, 4,7% apresentaram Clearence de creatinina < 15; 4,1%
entre 30-59 e 65,9% com clearence > 90 ml/min/1,73.
CONCLUSÕES: Observa-se que a maior parte da amostra é formada pelo sexo feminino, cor
parda, alfabetizados, com idade entre 50 e 65 anos e normotensos. História familiar de hipertensão
foi relevante, assim como a presença de grupos e fatores de risco associados à gênese e progressão tanto da doença renal como também de doenças cardiovasculares, sugerindo maior ênfase nas
metas de rastreio e prevenção de tais patologias.
FUNDAMENTO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e as doenças associadas são responsáveis por alta freqüência de internações. O combate aos fatores de risco associados à HAS é
considerado uma meta dos profissionais de saúde.
OBJETIVO: O objetivo do trabalho é estimar a prevalência de HAS e analisar fatores de risco
associados nos pacientes em estudo.
DELINEAMENTO: Trata-se de um estudo transversal.
PACIENTES: Foram estudados 186 pacientes antendidos no Mutirão de Prevenção de Doenças
Renais promovido pelo Hospital Universitário da cidade.
MATERIAL E MÉTODOS: Foram analisados, além de HAS, alguns fatores de risco, de acordo
com a V DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HAS. As informações foram obtidas através de aplicação de questionário com dados sócio-econômicos, história clínica, exame físico, avaliação
antropométrica e resultados de exames laboratoriais. Os dados foram processados no EpiInfo
3.2.2. Utilizou-se cálculos de proporções, respectivos intervalos de confiança (95%), teste “T”
student e nível de significância 5%.
RESULTADOS: Predominou o sexo feminino (63,1%). A idade variou de 20 a 85 anos (média de
50,64). A prevalência geral de HAS foi 40,9%, homens (40,3%) e mulheres (41,3%), p > 0,05.
Entre os pacientes que negaram ser portadores de HAS, 20% encontrava-se com níveis pressóricos elevados. Constatou-se que 71% das mulheres e 59,4% e dos homens estavam com a pressão
arterial normal ou limítrofe. Quanto à prevalência de hipertensos em Estágio 3 de HAS, evidenciou-se 9,4% em homens e 5,5% em mulheres. Quanto à idade, 55,4% dos pacientes entre 50 e
65 anos eram hipertensos (p < 0,05). Dentre os hipertensos, 49,3% tinham sobrepeso (pelo IMC).
Entre mulheres hipertensas, 59,5% tinham obesidade central (p < 0,05). Entre os tabagistas (12,7%),
havia 44% de hipertensos e entre os não-tabagistas, 40% (p > 0,05). Entre os etilistas (38,2%),
62,3% eram normotensos. História familiar de HAS esteve presente em 61,8% no geral e em
72,4% dos hipertensos (p < 0,05). Atividade física regular foi relatada por 33,5% deles no geral
e 57,9% dos hipertensos eram sedentários (p < 0,05). Entre pacientes com alteração no lipidograma
(42,1%), 53,9% eram portadores de HAS (p < 0,05).
CONCLUSÃO: Os pacientes estudados eram normotensos na maioria, com destaque para melhor
controle pressórico em mulheres, apesar de sexo não ser fator de risco HAS. Idade, obesidade,
tabagismo, sedentarismo, história familiar de HAS e hiperlipidemia mostraram-se fortemente
relacionados à HAS nesses pacientes, corroborando com o proposto pelas V Diretrizes Brasileiras
de HAS.
119
120
BÁSICA
BÁSICA
PREVALÊNCIA DOS GRUPOS E FATORES DE RISCO PARA DOENÇA RENAL
CRÔNICA EM PACIENTES ATENDIDOS NO MUTIRÃO DE PREVENÇÃO DE
DOENÇAS RENAIS NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS, MA, 2006
OBESIDADE, SÍNDROME METABÓLICA E FATORES ASSOCIADOS EM PACIENTES ATENDIDOS NO MUTIRÃO DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS RENAIS
EM SÃO LUÍS, MA, BRASIL, 2006
TC Oliveira, N Salgado, MM Barbosa,Y Léda, A Diógenes, C Pereira, L Lucena, E
Barros, G Gomes, G Caldas
WEC Castro, N Salgado, MM Barbosa, WEC Castro, TC Oliveira, E Memória, E
Benvindo, P Cavalcante, V Silva
Liga de Hipertensão – Hospital Universitário Presidente Dutra, São Luís, MA
Universidade Federal do Maranhão e Hospital Universitário Presidente Dutra, São Luís, MA
FUNDAMENTO: No Brasil, acima de 70.000 pessoas estão em Terapia Renal Substitutiva por
Doença Renal Crônica (DRC) Terminal. Acredita-se que pelo menos 1.500.000 brasileiros têm
algum grau de lesão renal, sendo a maioria deles assintomáticos.
OBJETIVO: Identificar na população estudada os principais grupos e os fatores de risco implicados na gênese e progressão da DRC.
DELINEAMENTO: Trata-se de um estudo transversal em 186 paciente atendidos Mutirão de
Prevenção de Doenças Renais no Hospital Universitário do Município de São Luís.
MÉTODO: Para análise dos dados, considerou-se como grupos de risco: hipertensos, diabéticos
e pessoas com história familiar de doença renal (hemodiálise, transplante, biópsia, litíase, tratamento com nefrologista).Incluiu-se também outros fatores de risco associados e relevantes, como:
dislipidemia e obesidade (IMC > 30 kg/m2). O parâmetro usado para avaliar a função renal foi
o nível sérico de creatinina (normal = < 1,4 mg/dL) de acordo com as Diretrizes Brasileiras de
DRC. Os dados foram coletados através de ficha protocolo e de resultados de exames laboratoriais.
As diferenças entre os grupos foram avaliados por meio do teste “T de student”, sendo adotado
o nível de significância de 0,05 .O processamento de dados foi no software EpiInfo.
RESULTADOS: Dos pacientes estudados, 63,1% eram mulheres; A idade variou de 20 a 85 anos,
com média de 50,64 anos. Com relação à hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes (DM),
as prevalências foram de 41% e 16,4%, respectivamente, sem relação estatística com sexo (p >
0.05). Quanto aos níveis séricos de creatinina, 4,9% tinham valores acima de 1,4 mg/dL, sendo
100% portadores de HAS e 57,1% diabéticos (p < 0,05). A prevalência de pacientes com história
familiar de doença renal foi de 31,8% e, dentre esses, 7,5% tinham creatinina > 1,4 mg/dL, contra
1,9% entre aqueles que não referiram história de doença renal (p = 0,054).Analisando dislipidemia, constatou-se 42,1% de prevalência geral, sendo maior entre mulheres (47,7%) do que entre
homens(32,8%) (p < 0,05).Os obesos corresponderam a 18,7% dos pacientes. Dos pacientes com
nível sérico de creatinina acima de 1,4 mg/dL, 14,3% eram obesos e 42,7% dislipidêmicos.
CONCLUSÃO: Observou-se que os grupos e fatores de risco para DRC avaliados no estudo
contribuem realmente para gênese e progressão dessa doença. Dentre esses parâmetros, destacaram-se dislipidemia e HAS, a qual é considerada a primeira causa de DRC no Brasil.O conhecimento dos fatores e grupos de risco é importante para fundamentar políticas públicas de saúde
que visam reduzir o ônus e erradicar a epidemia.
FUNDAMENTO: A Síndrome Metabólica (SM) é um transtorno complexo representado por um
conjunto de fatores de risco cardiovasculares. As prevalências de SM e Obesidade têm aumentado de modo paralelo ao aumento da prevalência de Doença Renal Crônica (DRC) nos últimos
20 anos.
OBJETIVO: Estimar a prevalência de obesidade e avaliar a presença da Síndrome Metabólica
e fatores associados nos pacientes.
DELINEAMENTO: Trata-se de estudo transversal.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram coletados dados de 176 pacientes atendidos no Mutirão de
Prevenção de Doenças Renais do Hospital Universitário de São Luís, MA, Brasil.
MÉTODOS: Definiu-se SM pela presença de no mínimo 3 dos seguintes fatores: PAS > 130 mmHg
ou PAD > 85 mmHg; Glicemia jejum (md/dl) > 110; HDL < 40 mg/dL em homens e < 50 mg/dl em
mulheres; Triglicerídios (TGs) (mg/dl) > 150 e circunferência abdominal (cm) > 102/homens e
> 88/mulheres, segundo o NCEP III. Obesidade foi avaliada tanto pelo IMC, quanto pela medida
da circunferência abdominal. O Processamento de dados foi feito no software Epiinfo 3.2.2.
RESULTADOS: Dos pacientes, 63,1% eram mulheres e 30,5% eram portadores de SM. Observou-se que 41% dos pacientes eram hipertensos, sendo 40,6% entre homens e 41,3% entre mulheres (p > 0,05); 16,4% eram diabéticos, prevalência de 17,8% nas mulheres (p > 0,05); 9,3%
possuíam hipertensão e diabetes; 42,1% apresentavam dislipidemia, sendo 47,7% entre mulheres
e 32,8% entre homens (p = 0,02); a maioria tinha sobrepeso (49,1%) e 18,7% eram obesos (IMC),
sem diferença quanto ao sexo. Quanto aos componentes da SM, tem-se: médias da PAS e da PAD
foram respectivamente 128,69 e 81,84 mmHg; 26,3% de glicemias > 110 mg/dl; as médias do HDL
e TG foram respectivamente (mg/dL) 50,9 e 158,5; HDL baixo ocorreu em 46,8% das mulheres
e 14,7% dos homens, com p < 0,05; 50% dos pacientes tinham TG elevado. Observou-se que
45,5% das mulheres e 59,5% dos homens tinham obesidade central e que dentre as hipertensas,
59,5% tinham obesidade central (p = 0,008). Constatou-se que 4,9% de pacientes possuíam níveis
de creatinina sérica > 1,4 mg/dl, 34,1% com Clearence de creatinina < 90 e que 100% dos
pacientes com creatinina elevada eram hipertensos (p < 0,05).
CONCLUSÕES: A prevalência de SM foi relevante, com destaque para HAS, dislipidemia,
glicemia elevada e sobrepeso, principalmente em mulheres. Outro dado relevante foi que todos
os pacientes com valores de creatinina alterada eram hipertensos. Percebe-se que se evitando a
obesidade e os componentes da SM, reduz-se a chance de desenvolvimento de DM e HAS e,
conseqüentemente, a perda de função renal.
41
02 - Resumos.pm6
41
2/8/2007, 15:39
Resumos
121
BÁSICA
122
BÁSICA
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL E COMORBIDADES ASSOCIADAS EM PACIENTES ATENDIDOS EM MUTIRÃO DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS RENAIS,
EM SÃO LUÍS, MA, 2006
AVALIAÇÃO CLÍNICO-LABORATORIAL DOS PACIENTES ATENDIDOS NO
MUTIRÃO DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS RENAIS, EM SÃO LUÍS-MA, BRASIL, 2006
WEC Castro, N Salgado Filho, MM Barbosa, YL Léda, AC Diógenes, CS Pereira, L
Lucena, E Barros Filho, G Gomes, G Caldas, F Barbosa
WEC Castro, M Barbosa, W Castro,T Oliveira, E Memória, E Benvindo, P Lima, V
Silva
Liga de Hipertensão - Hospital Universitário Presidente Dutra, São Luís, MA
Universidade Federal do Maranhão e Hospital Universitário Presidente Dutra. São Luís, MA
FUNDAMENTO: O aumento do número de pacientes portadores de Doença Renal Crônica
(DRC), alerta-nos para necessidade de intervenções. O esclarecimento à população sobre as
principais doenças, fatores de risco relacionados e o diagnóstico precoce são fundamentais.
OBJETIVO: Analisar a função renal nos pacientes e identificar fatores de risco associados com
a DRC.
DELINEAMENTO: Trata-se de um estudo transversal.
PACIENTES: Estudou-se 186 pacientes atendidos no Mutirão de Prevenção de Doenças Renais
realizado no Hospital Universitário Presidente Dutra.
MÉTODOS: Avaliou-se: idade, sexo, Hipertensão arterial sistêmica (HAS), Diabetes Melitus
(DM), Creatinina e História familiar (AMF) de Doença Renal. O clearence de creatinina (Cl)
estimado foi calculado pela equação de Cockroft-Gault e seus estágios definidos de acordo com
as Diretrizes Brasileiras de DRC. A análise e processamento dos dados foi realizada no software
EpiInfo. Utilizou-se cálculos de proporções e respectivos intervalos de confiança (95%) e teste
qui-quadrado foi usado para comparar 2 ou mais proporções.
RESULTADOS: Observou-se 63,1% de mulheres. A idade variou de 20 a 85 anos (média de 56,6).
Do total, 16% eram portadores de DM, 41% de HAS e 9,3% com DM e HAS. AMF de doença renal
foi referida por 31,8% dos pacientes. Do total, apenas 4,9% apresentaram nível de creatinina
sérica > 1,4 mg/dl, sendo em 8,2% dos homens e 3% das mulheres (p = 0,06). Dentre os pacientes
com creatinina elevada, a prevalência de HAS foi de 100% (p = 0,001). Nos pacientes com idade
> 50 anos observou-se creatinina elevada em 23,8% e naqueles < 50 anos, 1,7% (p < 0,05).
Observou-se prevalência de 7,5% de creatinina elevada entre pacientes que referiram AMF de
DRC, e 1,9% entre os que negaram (p < 0,05). Analisando o clearence de creatinina (Cl), encontrou-se média de 102,05 ml/min/1,73 e Cl < 90 ml/min/1,73 em 34,1% dos pacientes. A prevalência
de pacientes em Estágio I da DRC foi 65,9%, sendo 75,9% mulheres. Evidenciou-se 24,7% deles
no estágio II, sendo 45,7% homens e 10% mulheres; 4,1% no estágio III, com prevalência entre
homens de 7,1%, e 2% entre mulheres e 4,7% no estágio V, sendo 8,6% entre homens e 2% entre
mulheres (p < 0,05).
CONCLUSÃO: A prevalência de creatinina alterada foi baixa ao comparar-se com o percentual
alto de pacientes com clearence diminuído. A HAS teve destaque como fator de risco, estando
presente em todos os pacientes com creatinina elevada. Maior idade, sexo masculino e AMF de
DRC foram fatores de risco relacionados com a perda da função renal nos pacientes em estudo.
FUNDAMENTO: Atualmente, a Doença Renal Crônica (DRC) é um problema de saúde pública.
Logo, mutirões são importantes para avaliação clínico-laboratorial da população, permitindo
melhores ações de prevenção, diagnóstico precoce e orientação para tratamento.
OBJETIVO: O objetivo do estudo foi analisar as principais anormalidades clínico-laboratoriais
nos pacientes.
PACIENTE: Trata-se de estudo transversal com 186 pacientes atendidos no Mutirão de Prevenção de Doenças Renais do Hospital Universitário de São Luís.
MÉTODOS: As Informações foram obtidas através de aplicação de questionário com dados
sócio-econômicos, história clínica, exame físico, avaliação antropométrica e resultados de exames laboratoriais. Como parâmetro, seguiu-se a V DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA.
RESULTADOS: Dentre os pacientes avaliados, 63,1% eram mulheres; a idade variou de 20 a 85
anos e 39,2% dos pacientes tinham entre 50-65 anos. Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e
Diabetes Mellitus (DM) foram relatados, respectivamente, por 41% e 16,4% dos pacientes avaliados e 9,3% eram portadores de DM e HAS simultaneamente. Quanto à classificação de HAS
em estágios, 67,1% dos pacientes estavam com pressão normal (< 140/90 mmHg) e 15,6%, 10,4%
e 6,9% classificaram-se nos estágios 1, 2 e 3, respectivamente.Os sintomas mais referidos foram:
dor lombar típica (59%), noctúria (44,5%) e disúria (41,6%). Eliminação de cálculos e litíase
renal foram relatados por 6,4% e 11,1% dos pacientes, respectivamente. Constatou-se 13% de
tabagistas e 38% de etilistas. Quanto à história familiar, 61,8% eram positivos para HAS, 45,1%
para DCV, 37% para DM e 31,8% para Doença Renal. Evidenciou-se 18,7% de obesidade (IMC>
30 kg/m2) e obesidade central foi prevalente em 45,5% das mulheres e 59,5% dos homens (p <
0.05). Os achados laboratoriais dos evidenciaram Triglicérides elevados (> 150 mg/dl) em 50%
dos pacientes, HDL baixo (< 40 mg/dl) em 46,8% das mulheres e 14,7% dos homens (< 50 mg/dl)
(p < 0.05); hiperuricemia (> 7 mg/dl) ocorreu em 10,9% dos pacientes, sendo 17,5% em homens
e 6,3% em mulheres (p < 0.05). Observou-se apenas 4,9% dos pacientes com valores elevados
de creatinina sérica, sendo 8,2% em homens e 3% em mulheres (p = 0,08); Clearence de creatinina > 90 ml/min/1,73: 66,1% dos pacientes. Quanto a Urinálise, 51,6% dos EAS estavam alterados, com destaque para eliminação de cristais (53,6%) e bacteriúria (39,7%).
CONCLUSÕES: A DRC é um problema clínico importante, cuja evolução depende do diagnóstico precoce e tratamento adequado. Desta forma, os mutirões são importantes por permitirem a
realização destas ações com abrangência e eficácia.
123
124
BÁSICA
CORRELAÇÃO ENTRE SINTOMATOLOGIA DO TRATO URINÁRIO E ANORMALIDADES DO EAS EM PACIENTES ATENDIDOS NO MUTIRÃO PARA PREVENÇÃO DE DOENÇAS RENAIS EM SÃO LUÍS, MA
WEC Castro, N Salgado Filho, MM Barbosa, WEC Castro, TC Oliveira, EV
Memória, E Benvindo, P Cavalcante, V Silva
BÁSICA
AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES
MELLITUS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE
Hortência Regina de M. Macedo, Fabiana Paiva Galvão, Maria do Carmo M.
Ferraz, Zelma Martins Neves, Gilliard Justino de Oliveira
Universidade estadual da Paraíba – UEPB e Prefeitura Municipal de Campina Grande, PB
Universidade Federal do Maranhão e Hospital Universitário Presidente Dutra.
FUNDAMENTO: Pacientes com quadro clínico típico de ITU, associada ou não a litíase, geralmente apresentam maior freqüência de determinadas alterações no EAS, que incluem leucocitúria,
bacteriúria e hematúria.
OBJETIVO: Objetivou-se identificar as principais queixas urinárias, analisar a sedimentoscopia
urinária, identificando anormalidades urinárias em pacientes com sintomas típicos de infecção do
trato urinária e também de Doença Renal.
DELINEAMENTO: Estudo transversal em 186 pacientes atendidos no Mutirão de Prevenção de
Doenças Renais.
MÉTODOS: Foram avaliados variáveis, como: disúria, dor lombar típica e urina escura,
leucocitúria, bacteriúria e hematúria (microscópica).Os valores de referência usados foram:
leucocitúria (> 10/campo), hematúria (> 5/campo) e bacteriúria (> 100.000 UFC/ml). O banco de
dados foi feito no software Excel/2000. e os dados foram analisados no EpiInfo 3.2.2.Utilizou-se
cálculos de proporções, respectivos intervalos de confiança (95%).
RESULTADOS: Do total da amostra, a maioria era mulher (63,1%). A idade variou de 20 a 85
anos, com média de 50,64 anos. As prevalências de disúria, dor lombar típica,urina espumosa,
colúria e eliminação de cálculos foram 41,4%, 57,7%, 23,2%, 12,9%, e 5,9%, respectivamente.
A prevalência de litíase renal em USG anteriores foi de 11,4%.Quanto a Urinálise, 51,6% dos EAS
estavam alterados, com destaque para eliminação de cristais (53,6%) e bacteriúria
(39,7%).Leucocitúria foi mais prevalente entre mulheres (35,3%) que em homens (18,5%) e
também em pacientes com idade > 65 anos (50%) (p < 0.05).Dentre os pacientes com disúria,
43,3% apresentaram leucocitúria (p < 0.001). Entre as mulheres com disúria, 52,4% tinham
leucocitúria ao EAS (p < 0,05). Em mulheres, encontrou-se 57,1% de bacteriúria entre as pacientes com disúria e 31,3% nas sem disúria (p < 0.05). Hematúria esteve presente em 21,9%, sendo
26,7% em mulheres (p < 0.05). Proteína na urina foi encontrada em 27,9% e entre pacientes com
“urina espumosa”, 31,7% tinham proteína na urina. Dentre pacientes com cálculos, 90% relataram dor lombar (p = 0,009). A urina escura teve prevalência de 12,9%, dentre os quais, 28,6%
apresentaram hematúria (p < 0.05).
CONCLUSÃO: A prevalência de sintomatologia urinária e alterações na urina foi alta. Houve
correlação significativa entre disúria e leucocitúria, disúria e bacteriúria e urina escura e
hematúria, indicando alta prevalência destas alterações no EAS de pacientes sintomáticos. Dor
lombar típica e sua relação com cálculos renais tiveram destaque.Disúria, leucocitúria e hematúria
foram mais prevalentes em mulheres e idosos.
FUNDAMENTO: A Hipertensão Arterial e o Diabetes Mellitus estão associados à morbimortalidade e são responsáveis por complicações cardiovasculares, encefálicas, coronarianas, renais
e vasculares periféricas. Para reduzir o número de óbitos por estas complicações, o Ministério da
Saúde implantou na rede básica de saúde o Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão
Arterial e ao Diabetes Mellitus, (Programa HIPERDIA) com a finalidade de garantir o diagnóstico
e a vinculação do paciente à unidade.
OBJETIVO: Este trabalho teve por objetivo avaliar o programa HIPERDIA de uma unidade
básica de saúde.
MÉTODOS: Foi um estudo documental e quantitativo, realizado no período de fevereiro a abril
de 2007, no Serviço Municipal de Saúde, em Campina Grande-PB. A coleta dos dados foi obtida
através do banco de informações da referida unidade de saúde.
RESULTADOS: Dos 574 pacientes estudados, 40% recebem orientação com relação ao tratamento não-farmacológico, ou seja, participam do Programa de Atenção Farmacêutica; 67% eram
mulheres; 79% apresentaram somente hipertensão, 4% diabetes e 17% hipertensão associada ao
diabetes. A faixa etária predominante foi de 50 a 69 anos; a hereditariedade foi o principal fator
de risco apresentado (81%), seguido de bebidas alcoólicas e tabagismo; o Acidente Vascular
Cerebral foi à complicação mais citada (9%); 67% dos participantes apresentaram pressão arterial normal e os grupos farmacológicos mais utilizados foram Inibidores da Enzima Conversora
da Angiotensina (IECA), representado pelo captopril, diuréticos tiazídicos, tendo destaque a
hidroclorotiazida e as sulfoniluréias com a glibenclamida.
CONCLUSÃO: O HIPERDIA desta unidade de saúde desenvolve ações educativas para melhorar a qualidade de vida dos hipertensos e dos diabéticos, sendo necessário ampliá-las e realizar
intervenções que facilitem o acesso do medicamento padronizado pelo município para todos os
pacientes que dele necessite, garantindo, assim, uma farmacoterapia adequada e menores riscos
cardiovasculares.
42
02 - Resumos.pm6
42
2/8/2007, 15:39
Resumos
125
126
BÁSICA
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
AVALIAÇÃO DO ESTRESSE EM PESSOAS COM NÍVEIS PRÉSSORICOS ELEVADOS
ROSUVASTATINA E REMODELAMENTO AÓRTICO EM RATOS DEFICIENTES
EM ÓXIDO NÍTRICO
Souza NC, Almeida, LMD, Bezerril AMR, Bezerril, THR, Correia, CRP, Barbosa NLF
Rodrigo Neto Ferreira, Vinícius N. Rocha, Ana Lúcia Nascimento, Carlos Alberto
Mandarim de Lacerda, Jorge José de Carvalho
Universidade Federal do Maranhão
Universidade do Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
FUNDAMENTOS: O estresse pode ser um fator desencadeador de alterações na pressão arterial. Eventos estressantes desencadeiam um conjunto de “reações de alarme”, que incluem elevação dos níveis pressóricos, da freqüência cardíaca e do débito cardíaco, entre outros. A constante repetição dessas reações pode modificar os mecanismos de controle da pressão arterial,
conduzindo ao aparecimento da hipertensão arterial (PIEREN, 2004).
OBJETIVO: Avaliar o estresse em participantes de um mutirão de ação social com níveis pressóricos elevados.
METÓDOS: Estudo exploratório, realizado em junho de 2007 na cidade de São Luís, MA utilizando-se como instrumento de coleta de dados uma lista de sintomas psicofisiológicos e psicossociais de stress com 11, dos 60 itens elaborados por Vasconcelos (1985). A população foi constituída por indivíduos presentes no mutirão que permitiram sua participação na pesquisa, totalizando
uma amostra de 28 pessoas.
RESULTADOS: Na população estudada as mulheres estavam em maior número (75%), entre as
quais 19,04% apresentaram pressão arterial (PA) no estágio I e 14,28% no estágio II. Destas
mulheres que apresentaram estágio I, 50% apresentaram média freqüência de sintomas de estresse e 50% baixa freqüência, já as mulheres em estágio II referiram média freqüência de sintomas
de estresse. Todos os homens da amostra apresentaram PA normal, e sua grande maioria relatou
baixa freqüência de sintomas de estresse (83,7%). Entre as mulheres pardas e brancas (66,7%),
a maioria apresentou níveis pressóricos normais e média freqüência de sintomas de estresse.Todas
as negras apresentaram PA normal e freqüência baixa de sintomas de estresse. Entre os homens,
75.5% eram pardos e destes 80% estavam com freqüência média de sintomas. A maioria das
mulheres com até 30 anos estavam com PA ótima e encaixaram-se na categoria de estresse médio.
Entre as mulheres nas faixas de 31 a 50 anos, 20% apresentou hipertensão estágio I e 40% estágio
II. A maioria das mulheres de 31 a 40 anos referiu baixa freqüência de sintomas de estresse, já
as de 41 a 50 anos relataram média freqüência. As mulheres com mais de 50 anos apresentaram
em sua maioria PA normal alta e nível de estresse baixo. Já os homens com até 20 anos apresentaram PA dentro da normalidade, 50% com freqüência baixa e 50% com freqüência média de
sintomas de estresse. Grande parte dos homens de 21 a 30 anos, apresentou PA normal e baixo
nível de estresse. Nos homens de 31 a 40 anos, observou-se níveis pressóricos normais e nível de
estresse baixo.
CONCLUSÃO: Observou-se que no presente estudo não se estabeleceu uma relação entre freqüências de estresse alta e níveis pressóricos elevados.
127
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
FUNDAMENTO: Existem efeitos benéficos sobre a pressão arterial e disfunção endotelial no
modelo experimental de hipertensão induzida pela inibição da síntese do Óxido Nítrico (L-NAME)
com a administração de Rosuvastatina?
OBJETIVO: Estudar os efeitos benéficos da Rosuvastatina no remodelamento estrutural e
ultraestrutural da artéria aorta torácica em modelo experimental de hipertensão induzida por LNAME em ratos machos Wistar.
MATERIAL e METODOS: Ratos Wistar machos divididos em 4 grupos: normotensos (NT, sem
tratamento), normotenso tratado (NTR, Rosuvastatina 20 mg/kg/dia), hipertenso (LN, L-NAME
40 mg/kg/dia) e hipertenso tratado (LNR, L-NAME 40 mg/kg/dia + Rosuvastatina 20 mg/kg/dia).
Os animais foram anestesiados profundamente e sacrificados na quinta semana de administração
de Rosuvastatina e L-NAME. Foram obtidos anéis com 5 mm de extensão da aorta torácica
próximo da primeira artéria intercostal. O material foi imediatamente isolado e separado do tecido
circunjacente e processado para estudo microscópico de luz e eletrônica de transmissão (MET).
RESULTADOS: Os animais começaram o experimento sem diferença significativa na pressão
arterial sistólica (PA) e na massa corporal. Nos grupos NT e NTR a PA manteve-se sem alteração
(123,1 ± 7,03 mmHg e 129,4 ± 3,20 mmHg, respectivamente). A administração de L-NAME
resultou em aumento expressivo na PA nos grupos LN e LNR (182,9 ± 3,64 mmHg e 167,3 ± 10,9
mmHg, respectivamente). O tratamento simultâneo com L-NAME e Rosuvastatina foi eficaz em
reduzir a PA em relação ao grupo hipertenso não tratado (P < 0.01). Observou-se espessamento
nas túnicas íntima e média da aorta torácica no grupo LN, mas não no grupo LNR (de 269,95 µm
± 68,53 a 192,86 µm ± 23,41). Na MET observou-se espessamento na túnica íntima da aorta nos
grupos hipertensos, com a presença de células endoteliais espessadas, conteúdo de vacúolos e
acúmulo de matriz extracelular no espaço subendotelial. Nos grupos normotensos o endotélio
estava preservado.
CONCLUSÕES: Os dados sugerem claramente que a hipertensão induzida por L-NAME promove remodelamento estrutural adverso nas túnicas íntima e média da aorta torácica de ratos. O
tratamento com Rosuvastatina é eficiente no tratamento dessas alterações.
128
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
MODELO DE REGRESSÃO LOGÍSTICA PARA HVE BASEADO NO ELETROCARDIOGRAMA E NA PRESSÃO ARTERIAL DE CONSULTÓRIO
EFEITO DA HIPERTENSÃO RENOVASCULAR 2R1C SOBRE AS CÉLULAS DE
MEDULA ÓSSEA DE CAMUNDONGOS
Fernando Menezes Campello de Souza, André Leite Wanderley, Fátima Lúcia
Machado Braga, Hilton Chaves
1
Clínica de Hipertensão Arterial, do Serviço de Cardiologia, do Hospital das Clínicas, e Departamento de Eletrônica e Sistemas do Centro de Tecnologia e Geociências – Universidade Federal
de Pernambuco
1
FUNDAMENTOS: Parâmetros do sistema cardiovascular são úteis no apoio ao diagnóstico da
hipertrofia ventricular esquerda (HVE).
OBJETIVOS: Estimar a probabilidade do indivíduo ter hipertrofia ventricular esquerda com base
no eletrocardiograma e na pressão arterial de consultório.
MÉTODOS: 101 homens e mulheres, entre 21 e 81 anos de idade, numa amostra balanceada por
sexo, idade e hipertrofia ventricular esquerda. Usou-se o ECG de repouso convencional (12
derivações). O aparelho eletrocardiógrafo empregado foi o da marca Cardioline, com fita corrida. Calculou-se o índice de Cornell Voltagem (CORNELL) para a hipertrofia ventricular esquerda. A medida da pressão arterial era realizada, usando-se sempre o mesmo esfigmomanômetro
de mercúrio, marca Takaoka, previamente calibrado. O procedimento de medida atendia às
normas e técnicas de medição da pressão arterial com esfigmomanômetro de mercúrio, recomendadas pela Sociedade Britânica de Hipertensão. Foi calculado o índice pulsátil da pressão arterial
(IPPA). O padrão ouro para a hipertrofia ventricular esquerda foi o recomendado pela Sociedade
Americana de Ecocardiografia que estabelece 134g/m2 de ponto de corte para HVE nos indivíduos do sexo masculino e 110 g/m2 para o sexo feminino, tendo sido usado o aparelho de
ecodopplercardiograma da marca Aloka. Foi elaborado um modelo de regressão logística para
a HVE baseado em IDADE, CORNELL e IPPA.
RESULTADOS: A expressão obtida foi:
PROBABILIDADE DE HVE =
exp(-5,0032+0,1194*IDADE+1,8732*CORNELL-2,8926*IPPACM)
1+exp(-5,0032+0,1194*IDADE+1,8732*CORNELL-2,8926*IPPACM)
com uma sensibilidade de 85% e uma especificidade de 79% e uma razão de chances de 21,8.
CONCLUSÕES: É possível estabelecer um diagnóstico da HVE usando-se apenas os resultados
do ECG e da medida da PA de consultório, medidas simples e menos dispendiosas. As conclusões
são definitivas.
1
Bianca Prandi Campagnaro, 1Clarissa Loureiro Tonini, 1,2Elisardo Corral Vasquez,
Silvana dos Santos Meyrelles
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas, UFES, 2EMESCAM
FUNDAMENTOS: Estudos mostram que o número de algumas populações de células de medula
óssea (MO) se encontra alterado em diferentes doenças cardiovasculares (DCV). Sabe-se que
a angiotensina II (ang II), regula o crescimento e proliferação celular e atua como imunomodulador
indutor de respostas inflamatórias. Além disto, níveis aumentados de ang II ocasionam hipertensão
arterial (HA). Entretanto, pouco se sabe a respeito dos efeitos deste tipo de HA sobre as células
mononucleares (CMN) da MO.
OBJETIVOS: Avaliar os efeitos da hipertensão arterial renovascular sobre o número e a viabilidade das CMN da MO de camundongos hipertensos.
MÉTODOS: Camundongos C57 machos (21-24 g) foram separados em dois grupos Sham (n = 6)
e 2R1C (n = 6). A hipertensão foi induzida no grupo 2R1C pela colocação de um clipe de aço ao
redor da artéria renal esquerda. O grupo Sham foi submetido ao mesmo procedimento cirúrgico,
porém sem a colocação do clipe. Após 14 dias, os animais tiveram sua artéria carótida cateterizadas
para medidas da pressão arterial (PA). Em seguida, os animais foram eutanaziados, a MO removida dos fêmures e tíbias e as CMN isoladas por gradiente de densidade Histopaque 1083®. Logo
após, foi realizada a contagem celular em câmara de Neubauer e a viabilidade celular verificada
pela ausência de coloração celular pelo azul de Tripan. Os dados estão expressos como média ±
EPM e variações percentuais em relação ao grupo controle. A análise estatística foi realizada por
meio de test t de Student.
RESULTADOS: Como esperado os animais 2R1C apresentaram níveis maiores de pressão arterial
(150 mmHg) quando comparados com os respectivos controles (130 mmHg). A viabilidade celular não apresentou diferença entre os grupos e, além disso, observamos uma tendência de redução
no número de células tronco mononucleares e de aumento de linfócitos e monócitos no grupo
hipertenso quando comparado ao controle (tabela abaixo).
CÉLULAS MONONUCLEARES
Grupo
Cels tronco (cels/ml x107)
Sham
2R1C
3,32 ± 0,66
2,21 ± 0,28
Valores (%) ∆ ( % )
100
66
-34
Linfócitos (cels/ml x106)
Valores (%)
∆(%)
Monócitos (cels/ml x106)
0,95 ± 0,23
1,66 ± 0,37
100
174
+74
2,85 ± 0,83
3,82 ± 0,69
Valores (%) ∆ ( % )
100
134
+34
CONCLUSÕES: Nossos resultados sugerem que os níveis aumentados de ang II, além gerar HA,
podem levar a modificações do número de células tronco mononucleares e células inflamatórias
produzidas pela medula óssea dos animais hipertensos. A diminuição no número de células tronco
e simultâneo aumento do número de células inflamatórias podem contribuir para o agravamento
das lesões em órgãos-alvo que acompanham o processo hipertensivo.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, Capes, FACITEC
43
02 - Resumos.pm6
43
2/8/2007, 15:39
Resumos
129
BÁSICA
HIPERTENSÃO ARTERIAL: TRABALHANDO SUA CLASSIFICAÇÃO
Santos MDS, Barbosa NLF, Bezerril AMR, Lopes MLH, Oliveira PS
Universidade Federal do Maranhão
FUNDAMENTOS: A hipertensão é um problema de saúde comum que pode ter conseqüências
devastadoras, freqüentemente permanecendo assintomática até uma fase tardia de sua evolução.
A hipertensão é um dos fatores de risco mais importantes tanto para a doença arterial coronariana
quanto para acidentes vasculares cerebrais; a hipertensão pode provocar hipertrofia cardíaca e
insuficiência cardíaca potencial, dissecção aórtica e insuficiência renal (ROBBINS; COTRAN,
2005). No Brasil, em 2003, 27,4% dos óbitos foram decorrentes de doenças cardiovasculares,
atingindo 37% quando são excluídos os óbitos por causas mal definidas e a violência. A principal
causa de morte em todas as regiões do Brasil é o acidente vascular cerebral, acometendo as
mulheres em maior proporção (V DIRETRIZES apud LOTUFO, 2006). Segundo as V Diretrizes
(2006), a classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório (> 18
anos), sistólica e diastólica, respectivamente: Ótima: < 120 e < 80; Normal: < 130 e < 85; Limítrofe:
130-139 e 85-89; Hipertensão estágio 1: 140-159 e 90-99; Hipertensão estágio 2: 160-179 e 100109; Hipertensão estágio 3: > 180 e > 110; Hipertensão sistólica isolada: > 140 e < 90.
OBJETIVOS: Identificar a classificação da população hipertensa atendida na liga de um hospital
universitário.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo de abordagem quantitativa. A população em
estudo será constituída por clientes atendidos na liga de um Hospital Universitário na cidade de
São Luís. O estudo acontecerá no período de janeiro a abril de 2007. A coleta dos dados será
realizada através do preenchimento de uma ficha a partir de dados coletados nos prontuários dos
pacientes atendidos na liga.
RESULTADOS: Na população estudada a maior prevalência de hipertensos foi entre a do sexo
feminino (62,2%) e com idade entre 55 a 69 anos. Entre a população do sexo masculino (37,8)
prevaleceu nos maiores de 70 anos. A pressão arterial da população ficou no estágio 1, 2 e 3, em
maior número no estágio 2. Na população feminina ficou entre o estágio 1, 2 e 3, já na masculina
ficou no estágio 1.
CONCLUSÃO: Nesse estudo foi possível observar que a hipertensão tem maior prevalência na
população feminina nos estágios 1, 2 e 3. Portanto se faz de grande importância a presença desses
pacientes na Liga de Hipertensão para acompanhamento e orientações dos mesmos.
131
TRATAMENTO
INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR: UM MODELO EFICAZ NO COMBATE A
HIPERTENSÃO
Diogo Fiorini Carvalho, Guilliber Carlos Fonseca, Vinícius Mendonça Novaes,
Mariana de Lucca, Clorivaldo Rocha Corrêa, Jorge Perrout de Lima, José
Marques Novo Júnior, Henrique Novaes Mansur
UNIMED – Juiz de Fora
FUNDAMENTO: A Hipertensão (HA) representa elevada morbimortalidade, principalmente por suas complicações. Em 2005 o custo com internações foi de R$1.323.775.008,28, por doenças cardiovasculares
(Ministério da Saúde). Diversos fatores de risco desenvolvem e agravam a hipertensão, alguns deles modificáveis mediante alteração no estilo de vida, como alimentação, abstenção do tabaco e exercício físico. Desta
forma, a melhor estratégia para o tratamento e a prevenção da HA é pautada em uma abordagem multidisciplinar
(Novo Júnior, 2005).
OBJETIVO: Avaliar o impacto do tratamento multidisciplinar nos níveis pressóricos de hipertensos.
DELINEAMENTO: Os pacientes foram acompanhados durante um ano por Nutricionista, Psicólogos,
Educadores Físicos, Enfermeiros, Fisioterapeuta e Médicos.
PACIENTE E MATERIAL: A amostra consistiu de 49 pacientes, 16% homens com idade de 58,5 ± 11,8.
Foi utilizado o esfigmomanômetro aneróide para a avaliação da pressão arterial (PA).
MÉTODOS: Os pacientes foram atendidos através de consultas individuais e participaram de reuniões em
grupo visando a reeducação alimentar e a abstenção do tabaco. O paciente após avaliação fisioterápica,
realizou exercícios aeróbios e neuromusculares em duas sessões semanais com duração de 1 hora, sendo
monitoradas PA, freqüência cardíaca e glicemia. As aferições da PA ocorreram antes das sessões de atividade
física. Para este estudo foram feitas as médias das PAs do 1o, 3o, 6o, 12o meses. Foi utilizada análise de variância
para medidas repetidas seguida do teste pos-hoc de Tukey (P< 0,05).
RESULTADOS: A pressão sistólica (PAS) e diastólica (PAD) caíram 12.4%, de (p < 0,0001) e 7.8% (p <
0,0001), respectivamente, quando se comparou o 1o com o 12 o mês. Os níveis de PAS e PAD reduziram
significativamente até o 6o (124,82 mmHg) e 12o mês (79,14 mmHg) respectivamente, chegando, ambas, a
níveis considerados normais. A queda da PA foi uniforme em todo o grupo.
Gráfico 1 – Comportamento da pressão
sistólica em relação ao tempo
Gráfico 2 – Comportamento da pressão
diastólica em relação ao tempo
CONCLUSÕES: A intervenção multidisciplinar foi eficiente em tratar pacientes hipertensos, reduzindo os
níveis pressóricos para valores normais após um ano de intervenção. Isto afirma a extrema importância da
multidisciplinaridade no combate à hipertensão, o que mostra relevância clínica e pode reduzir o número de
internações e morte, o que interfere diretamente nos gastos com saúde.
130
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
RELAÇÃO ENTRE ESTÁGIOS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E HIPERURICEMIA
Fátima Lúcia Machado Braga, M. Auxiliadora AV Santos, Aline Rafaelly, Amanda
Moreira, Fernando, Campello Souza, Jocelene Godoi, André Leite Wanderley,
Rosa Carneiro, Hilton Chaves
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE
FUNDAMENTO: A associação da hiperuricemia com hipertensão (HA) tem sido evidenciada há
muito tempo e permanece como foco de discussão. A complexidade metodológica para se estabelecer essa relação é influenciada por fatores de risco tradicionais (gênero, idade, obesidade e
outros), geralmente agregados à hiperuricemia.
OBJETIVO: Analisar a prevalência e a correlação entre o estágio de hipertensão e a hiperuricemia,
em pacientes atendidos na Clínica de Hipertensão de um hospital universitário.
DELINEAMENTO: Estudo observacional transversal.
AMOSTRA: A população foi constituída por 470 clientes, 356 (75,8%) do sexo feminino, idade
média de 59,0 (20-90 anos), matriculados na clínica, nos anos 2004–2006.
MÉTODOS: Os dados foram coletados durante a consulta: entrevista; pressão arterial (PA), peso
e altura, ácido úrico (AU), taxas de referências de 2,6-6,0 mg/dL para mulheres e 3,5-7,2 mg/dL
para homens. A análise estatística foi realizada no software EPI-INFO 6,04 e Statistica 7. Foram
calculadas prevalências, razão de prevalência, teste à2 (p < 0,05), teste U de Mann-Whitney e
teste de correlação de Spearman.
RESULTADOS: A hiperuricemia foi encontrada em 21,1% da amostra, com predominância feminina (13,7% vs 7,4%). Porém, a razão de prevalência foi 50% mais elevada nos homens (0,4:1
vs 0,2:1). Notou-se uma distribuição homogênea, nas três categorias de idade (p>0,05). Na
categorização da PA, verificou-se uma concentração da amostra (68,9%) e dos indivíduos com
(14,9%) ou sem (54,0%) hiperuricemia, no estágio 3 da HA. Os níveis de AU apresentaram
correlação positiva com a PAS e PAD (R de Spearman, 0,12, p < 0,05 e 0,15, p < 0,05, resp.), e
além disso, um valor menor entre as mulheres (M = 4,75 mg/dL, H = 5,95 mg/dL, Mann-Whitney
U, p < 0,001). A hiperuricemia apresentou associação significativa com o sexo (χ2 = 8.41; p =
0,0037), grau e HA (χ2 = 12,08; p = 0,0071), mas não com a idade (χ2 = 2,47; p = 0,2908).
CONCLUSÕES: A hiperuricemia mostrou uma prevalência de 21,1% com maior concentração
entre os hipertensos no estágio 3, e nas mulheres. A associação significativa entre a hiperuricemia
e os estágios de HA corrobora achados da literatura e uma correlação positiva entre os níveis de
AU e PAS e PAD. Para confirmar o papel da hiperuricemia como preditor, marcador de HA,
futuros estudos direcionados, como uma amostra balanceada, fazem-se necessário. Investigações poderão avaliar se o ácido úrico contribui independentemente para o desenvolvimento da
hipertensão e DCV, ou se ele é, simplesmente, um componente de condições metabólicas
aterogênicas.
132
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
DETERMINAÇÃO DO PERFIL PRESSÓRICO EM INDIVÍDUOS DA COMUNIDADE DO BARRO, RECIFE, PE – PROJETO COMUNITÁRIO ENVOLVENDO ESTUDANTES DA ÁREA DE SAÚDE DA UFPE
Rebeka Patricia de Albuquerque Lins Leonardo, Marina Batista da Silva, Thaisa
de Farias Cavalcanti Santos, Suellen Correia de Souza, Roberta Francisca de
Santana, Clarice Maria de Araújo Rodrigues, Joseane Thailine Pereira de
Carvalho, Thiago Fraga Souza dos Santos, Helane Santos Tito de Oliveira,
Carlos Peres da Costa, Denia Fittipaldi Duarte
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
FUNDAMENTOS: A Hipertensão Arterial (HA) é uma patologia multifatorial, assintomática e
desconhecida pela maioria de seus portadores sendo fator de risco para complicações cardiovasculares e renais. Sua detecção precoce e prevenção são formas efetivas de evitá-la. Este projeto
visou promover a saúde, através da atuação educacional de alunos dos cursos de Enfermagem e
Medicina, da UFPE, na determinação dos níveis de Pressão Arterial (PA) em voluntários da
comunidade do Barro, Recife, PE.
OBJETIVOS: Determinar o perfil de PA em indivíduos da comunidade do Barro e divulgar conhecimentos sobre a importância da regularidade de sua aferição para a manutenção da saúde e da
qualidade de vida.
MÉTODOS: O trabalho foi desenvolvido na Associação de Moradores do Barro através da
aferição da PA em 301 indivíduos (131 Homens e 170 Mulheres), 18-90 anos. Foram utilizados os
métodos palpatório (determinação da PA Sistólica – PAS estimada), e auscultatório (três medidas,
intervaladas a cada cinco minutos, sendo calculada a média aritmética). Os indivíduos foram
considerados, Normotenso: PAS < 120 mmhg e/ou PA Diastólica (PAD) < 80 mmhg; Limítrofe PAS
> 120 mmhg e < 140 mmhg, e PAD > 80 mmhg e < 90 mmhg; Hipertenso: PAS > 140 mmhg e/ou
PAD > 90 mmhg, sem uso de medicação (Hipertenso Virgem) ou em uso (Hipertenso
Descompensado) e, aqueles que, embora com cifras normais, estivessem sob tratamento farmacológico para HA (Hipertenso Compensado). Quando detectados níveis de HA, o individuo foi
orientado para procurar serviço médico especializado. Palestras educativas foram realizadas e
folders distribuídos. O nível de informação dos ouvintes, sobre a HA, foi avaliado através de
Questionário.
RESULTADOS: Os seguintes resultados foram obtidos, Normotensos: 25,2%; Limítrofes: 9,9%;
e, Hipertensos: 64,8%, sendo, Hipertensos Compensados: 20,3%; Descompensados: 20,3%, e
Virgens: 24,3%. Embora 70% dos ouvintes tenham afirmado ter conhecimento sobre a HA, desconheciam seus riscos e complicações.
CONCLUSÕES: Os resultados mostraram que a comunidade avaliada é composta, predominantemente, por indivíduos hipertensos, os quais possuem escasso conhecimento sobre os riscos da
HA. Isto vem demonstrar a importância da realização de projetos, com alunos da área de saúde,
direcionados ao diagnóstico e prevenção das doenças cardiovasculares mais prevalentes no Brasil.
44
02 - Resumos.pm6
44
2/8/2007, 15:39
Resumos
133
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PREVALÊNCIA DE HAS ENTRE IDOSOS DO GRUPO DE ATENÇÃO À TERCEIRA IDADE DO HOSPITAL NAVAL DO RECIFE
Hugo Moura de Albuquerque Melo, Ana Paula de Oliveira Marques, Ana Carolina
Araújo Oliveira, Bárbara Araújo Oliveira, Christyanne Maria Rodrigues Barreto
de Assis, Daniela Teles da Silva, Márcia Carrera Campos Leal, Mirella Carla de
Melo Mendonça, Rebeca Matos Velez de Andrade Lima, Vitor Enrique Placencia
Piscoya, Marconi Vieira de Farias
134
BÁSICA
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA SEMENTES DE URUCUM (BIXA ORELLANA
L.), UM PRODUTO NATURAL, NA REDUÇÃO DOS NÍVEIS DE COLESTEROL
EM CAMUNDONGOS APOE KNOCKOUT
Juliana Carvalho de Melo, Isabela C Carvalho, Sordaini Maria Caligiorne,
Paloma B. Barbosa, Glaucia Grossi M. Marotta, Jacqueline I Alvarez-Leite, Jomar
Becher dos Passos, Luis Fernando Soares, Ronaldo Peres Costa
Centro Universitário Newton Paiva, Belo Horizonte, Minas Gerais
Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia de Pernambuco (LAGERPE)
FUNDAMENTOS: A hipertensão arterial sistêmica (HAS), segundo Duncan, é uma doença de
alta prevalência e atinge índices de 50% nas pessoas idosas. Nas últimas décadas o rápido crescimento do número absoluto e relativo dos idosos tem sido uma das principais características da
população mundial. No Brasil, o número de pessoas com 60 anos e mais está em torno de 15,2
milhões (9% da população) e nos próximos 30 anos a população idosa deverá ultrapassar 32
milhões e representará 15% da população brasileira.
OBJETIVOS: Verificar a prevalência de idosos hipertensos e o motivo pelo qual procuraram um
grupo de terceira idade.
METODOLOGIA: Foram investigados dados socioeconômicos e antecedentes mórbidos informados pelos idosos participantes do Grupo de Apoio à Terceira Idade (GATI), sendo a coleta dos
dados realizada em maio de 2007. A casuística correspondeu a 102 formulários sendo 70 (68,6%)
do sexo feminino e 32 (31,4%) do sexo masculino. Os dados foram tabulados e analisados no Epiinfo 6.04d.
RESULTADO: A prevalência de hipertensão na amostra (n = 102) correspondeu a 49%. Entre as
mulheres idosas esse percentual foi equivalente a 32,3%, das quais: 23,5% tinham entre 60 e 69
anos; 5,9%, entre 70 e 79 anos; e 2,9%, 80 anos e mais. Para os homens a prevalência de hipertensão correspondeu a 16,6%, sendo a distribuição por faixa etária equivalente a: 9,8% entre 60
e 69 anos; 5,8% entre 70 e 79 anos; e apenas 1% com 80 anos. Quanto ao serviço mais procurado
o setor de cardiologia foi o mais referido, correspondendo a 29,4%, aparecendo em segunda
ordem a clínica geral com 14,7%. Em relação aos motivos que justificaram a procura ao GATI,
30,1% relataram convívio social; 22,3%, tratamento e prevenção; 17,5%, melhoria de qualidade
de vida; 19,4% por outros motivos; e 10,7% não informaram.
CONCLUSÃO: Nota-se uma maior prevalência de mulheres idosas hipertensas em relação aos
homens, o que é compatível com a literatura especializada. A especificidade da casuística estudada – pessoas idosas – e a natureza do grupo justificam a maior procura pelos serviços de
cardiologia e clínica geral, citados com maior freqüência, bem como no que diz respeito à inclusão social.
135
BÁSICA
FUNDAMENTO: Estudos realizados por Cortela e Pochettino (1997), mostraram que o consumo
de infusão de algumas espécies de planta, como alcachofra e alecrim são capazes de diminuir os
níveis de colesterol. Trabalhos anteriores em nosso laboratório (Neves e cols 2001/2003), verificaram que o extrato aquoso de semente de urucum foi capaz de reduzir níveis de colesterol
sangüíneo em ratos. Pedrosa e cols (2000) mostraram resultado semelhante, com relação aos
níveis de colesterol, no entanto, esses autores não observaram ação sobre os níveis plasmáticos
de triglicérides e HDL. Em estudos realizados por Lima e cols (2001) em coelhos, foi observado
que a bixina reduziu os níveis de colesterol plasmático.
OBJETIVO: Avaliar o efeito do extrato aquoso da semente de urucum e da bixina sobre os níveis
de lipídeos plasmáticos.
MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados camundongos apoE Knockout (n = 4) , machos que
desenvolvem espontaneamente hipercolesterolemia e seus respectivos controles, (C57, n = 4). Os
animais foram divididos e tratados por 28 dias com bixina acrescida na ração e tratados com
extrato aquoso de urucum. Semanalmente os animais foram pesados e avaliadas a ingestão alimentar. Após o tratamento os animais foram anestesiados com tiopental sodico (40 mg/Kg i.p.) e
sacrificados por exanguinação pela aorta abdominal e o plasma foi obtido. Os níveis de colesterol
total, triglicérides e HDL foram medidos de acordo com o método da oxidase utilizando-se Kit
comercial. Os resultados foram expressos como média ± EPM e analisados por teste t de Student
seguido de ANOVA.
RESULTADOS: O tratamento com bixina levou a um aumento significativo nos níveis de HDL
plasmático dos animais APOe (30.60 ± 12.70 mg/dL n = 3) em comparação com os animais não
tratados (164.6 ± 1.174 mg/dL n = 3), além de apresentar uma tendência a redução dos níveis de
triglicérides, porém sem produzir efeito no colesterol plasmático (608,2 ± 20.03 mg/dL n = 3,
bixina vs 500.3 ± 58.15 mg/dL n = 4 sem tratamento). Nos animais controle o tratamento com o
extrato aquoso de urucum levou a uma redução significativa nos níveis de triglicérides, sem no
entanto alterar os níveis de colesterol da mesma forma como observado nos animais transgênicos.
Não houve variação do peso corporal e peso de órgãos como coração e fígado dos animais.
CONCLUSÕES: Os nossos resultados preliminares, indicam que o tratamento com o urucum
(bixina ou extrato aquoso) mostrou ser capaz de interferir no metabolismo lipídico dos animais
experimentais.
136
BÁSICA
ADESÃO DO USUÁRIO HIPERTENSO AO TRATAMENTO E A INTERFACE COM
O SABER SOBRE A DOENÇA
GESTANTES COM ALTERAÇÕES DE PRESSÃO ARTERIAL – ANÁLISE DO
ESTILO DE VIDA COM ENFOQUE NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Helder de Pádua Lima, Zélia Maria de Sousa Araújo Santos, Joselany Áfio
Caetano, Jennara Cândido do Nascimento, Ana Karine de Figueiredo Moreira,
Francisco Getúlio Alves Moreira
Zélia Maria Sousa de Araújo Santos, Ângela Regina de Vasconcelos Silva,
Raimunda Magalhães da Silva, Marlucilena Pinheiro da Silva, Jennara Cândido
do Nascimento, Brígida Lima Teixeira
Liga de Hipertensão Arterial do Hospital de Messejana – LHAHM, Mestrado em Saúde Coletiva
– MSC/UNIFOR, Fortaleza, Ceará
Hospital Geral César Cals, SUS/SESA, Fortaleza, CE
FUNDAMENTO: No Brasil, que possui uma população de hipertensos maior do que 15 milhões, menos de
10% destes têm controle efetivo da HAS. De 16% a 50% dos novos hipertensos descontinuam a medicação
anti-hipertensiva durante o primeiro ano de uso e um número substancial daqueles que permanecem em uso
da medicação o fazem de modo inadequado. Portanto, a adesão ao tratamento anti-hipertensivo é baixa, e tem
sido indicada como uma das principais condições responsáveis pela falta de controle da pressão arterial.
OBJETIVO: Analisar a interface do saber do usuário hipertenso sobre o agravo com a adesão ao tratamento.
DELINEAMENTO: Estudo exploratório-descritivo, desenvolvido na Liga de Hipertensão Arterial do
Hospital de Messejana – LHAHM, pertencente ao Sistema Único de Saúde – SUS, em Fortaleza, CE. A
LHAHM é composta por uma equipe multiprofissional, que presta atenção à saúde dos usuários hipertensos,
com o objetivo de reduzir a morbi-mortalidade por doenças cardiovasculares e cerebrovasculares associadas
a HAS, integrando-os e/ou reintegrando-os à sociedade.
PACIENTE: A população foi constituída por 1.600 usuários hipertensos inscritos na LHAHM, e a amostra
foi composta por 400 usuários, independentemente da idade, sexo, estado civil, cor, escolaridade, que
apresentaram condições psicoemocionais para responder aos questionamentos, e que aceitaram participar do
estudo, assinando o termo de consentimento livre e esclarecido.
MÉTODOS: Os dados foram coletados através de entrevista, durante quatro meses, e registrados manualmente, utilizando um roteiro estruturado, contendo os dados sócio-demográficos (idade, sexo, cor, religião,
escolaridade, estado civil, renda familiar, naturalidade, procedência, ocupação, condições de moradia e com
quem mora); o saber sobre a HAS (concepção, cronicidade, gravidade, assistomatologia, forma de descoberta
e condutas terapêuticas); e a adesão ao tratamento, que constituíram as variáveis do estudo.
RESULTADOS: Entre as condutas terapêuticas aderidas, as que mais se destacaram, foram: ingestão adequada
de café, gerenciamento do estresse, preferência por carnes brancas e por vegetais, abstenção do álcool e do
tabaco, uso de gordura vegetal, uso regular do medicamento, uso adequado de sal, que variaram de 50,2%
a 86,2%, respectivamente. Constata-se que entre os usuários aderentes às condutas, predominaram aqueles
que tinham alguma noção sobre o conceito de HAS, numa variação de 50,4% a 57,6%, e sobre o risco de
vida/gravidade, variou de 85,0% a 89,4%. Contudo, o contrário foi constatado em relação a assintomatologia,
pois aqueles que a ignoravam, eram os que mais seguiam as condutas.
CONCLUSÕES: O saber dos usuários sobre a HAS baseava-se em noções relacionadas à sua concepção e
gravidade, e a maioria desconhecia a cronicidade e assintomatologia. Também, constatou-se que, na adesão
ao tratamento, não havia relação com saber ou não acerca da HAS.
FUNDAMENTO: Em mulheres grávidas, o diagnóstico da hipertensão arterial é feito quando o
nível da pressão arterial for maior ou igual a 140/90 mmHg. As principais causas de morte materna
no Brasil, entre as obstétricas diretas, estão às síndromes hipertensivas, as hemorragias, as infecções puerperais e as complicações do aborto, sendo que essas últimas são responsáveis por 66%
das mortes maternas em nosso País.
OBJETIVO: Analisar o estilo de vida dessas gestantes com elevação da pressão arterial, com
enfoque na educação em saúde.
DELINEAMENTO: Estudo descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvido na Unidade de
Internação Obstétrica de um hospital geral da rede estadual, em Fortaleza, Ceará. Tal Instituição
possui referência no atendimento terciário às pessoas com problemas de saúde inerentes às
diversas especialidades, exceto traumatologia, ortopedia, pneumologia e cardiologia.
PACIENTE OU MATERIAL: Participaram da pesquisa trinta mulheres no terceiro trimestre
gestacional com elevação da pressão arterial, internadas nessa Instituição, independentemente da
cor, idade, estado civil e escolaridade.
MÉTODOS: A coleta de dados foi realizada durante dois meses, por meio de entrevista, em que
houve a aplicação de um roteiro estruturado com dados para caracterização das gestantes, discrição da função reprodutiva e para análise do estilo de vida. Esses foram organizados em
categorias analíticas e analisados descritivamente com o apoio da estatística. A interpretação
fundamentou-se nas experiências das entrevistadas e na literatura selecionada.
RESULTADOS: Constatou-se que 12 (40%) gestantes eram primigestas. Evidencia-se que 19
(63,3%) mulheres iniciaram a paridade na faixa etária de 15 a 20 anos, sendo que dessas, 5
(26,3%) tiveram de um a três abortos. Treze (43,3%) gestantes informaram elevação da pressão
arterial em gestações anteriores, dessas, 12 (92,3%) apresentaram pré-eclâmpsia ou eclâmpsia.
As gestantes eram abstinentes de bebida alcoólica, porém 3 (10%) eram tabagistas; 22 (73,3%)
tinham preferência por vegetais; 9 (30%) preferiam as carnes brancas e 7 (23,3%) ingeriam
exclusivamente a gordura vegetal.
CONCLUSÕES: De modo geral, as mulheres não adotavam estilo de vida saudável. Possivelmente, esse comportamento esteja relacionado ao déficit de conhecimento e/ou dificuldade destas em
compreender as orientações fornecidas no acompanhamento do pré-natal.
45
02 - Resumos.pm6
45
2/8/2007, 15:39
Resumos
137
BÁSICA
138
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR: CARACTERÍSTICAS DE CLIENTES
ATENDIDOS EM UMA REDE DE SUPERMERCADOS
EFEITO DO AVENTAL BRANCO: SOMENTE COM MÉDICOS, ENFERMAGEM
OU AMBOS?
Mônica Alice Santos da Silva, Betty Wilma da Costa Rocha, Lucieno de Moura
Santos, Windira Marhale
Eduardo Costa Duarte Barbosa, Danilo Potengy Bueno, Fernando Pivatto Júnior
Liga de Combate à Hipertensão do Centro Clínico Mãe de Deus, Porto Alegre, RS
Sociedade Pernambucana de Cardiologia; Recife, PE
FUNDAMENTO: A elevação da pressão arterial representa um fator de risco independente,
linear e contínuo para doença cardiovascular. Esta patologia também apresenta custos médicos
e socioeconômicos elevados, decorrentes principalmente das suas complicações, tais como: doença
cerebrovascular, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, insuficiência renal crônica e doença vascular de extremidades (V Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2006).
OBJETIVO: Averiguar a prevalência dos fatores de risco cardiovascular (sobrepeso, obesidade,
níveis tensoriais, prática de atividade física, tabagismo) em clientes atendidos em um supermercado da zona urbana do Recife.
DELINEAMENTO: Estudo com abordagem epidemiológica de corte transversal, utilizando uma
amostra aleatória.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram entrevistados 144 clientes em atendimento em um supermercado da zona urbana de Recife.
MÉTODOS: Os dados foram coletados a partir de um questionário semi-estruturado além da
medida de níveis tensoriais e coleta de dados antropométricos.
RESULTADOS: Dos 144 pacientes entrevistados no supermercado em questão, 51,3% dos clientes era do sexo feminino e se declararam de cor branca (50,7%) e na faixa etária entre 20 e 70
anos. Quanto à prática de atividade física 56,9% da amostra eram inativos fisicamente e com
índice de massa corporal nos níveis de sobrepeso com 34% dos mesmos na faixa de 25 a 29,9 kg/
m²; 41,7% da amostra já tiveram casos de infarto na família. 75% dos entrevistados não conheciam
os níveis de glicose no sangue como também não tinham conhecimento sobre os níveis tensoriais
(17,3%), e de colesterol sanguíneo (43,7%). Os níveis tensoriais também se encontraram elevados
em boa parte da população.
CONCLUSÕES: Pode-se observar que na amostra estudada prevaleceram as inatividades físicas,
risco de sobrepeso/obesidade e níveis tensoriais alterados. Medidas de re-educação devem ser
instituídas junto à população a fim de evitar a instalação de doenças crônicas, assim como medidas
de controle eficazes que visem a redução da prevalência de doenças cardiovasculares de uma
maneira geral.
139
BÁSICA
A SAÚDE DOS MOTORISTAS DE TRANSPORTES COLETIVOS DE UMA ESTAÇÃO INTEGRADA EM RECIFE, PE
Lucieno de Moura Santos, Betty Wilma da Costa Rocha, Luciana Carla da Silva
Freitas, Marly Javorski, Mônica Alice Santos da Silva
UNIVERSO Campus Recife, PE
FUNDAMENTO: Há necessidade de extrema cautela antes de rotular algum paciente como
sendo hipertenso não controlado, tanto pelo risco de falso-positivo como pela repercussão na
própria saúde do indivíduo e o custo social resultante. Na fase do controle pressórico, chama-se
a atenção para a presença de efeito do avental branco, caracterizado por níveis pressóricos mais
elevados na medida de consultório em relação a monitorização residencial da pressão arterial
(MRPA).
OBJETIVO: Verificar a significância estatística da variação da pressão arterial (PA) no efeito do
avental branco e, também, se ele ocorre somente na aferição da PA realizada pelo médico ou, da
mesma forma, com outros profissionais da saúde, no caso, técnicas de enfermagem. Outro objetivo foi verificar se há diferença significativa na aferição da PA quando realizada pelo médico,
utilizando aparelho convencional, e pela técnica, utilizando aparelho automático validado.
DELINEAMENTO: Estudo transversal.
PACIENTE: 106 pacientes, que possuíam hipertensão leve a moderada, em tratamento regular
com no máximo duas drogas, sendo 55 (51,9%) do sexo feminino e 51 (48,1%) do masculino. A
média de idade era de 53,8 (21-85) anos e a média do IMC de 28,11 kg/m² (16,7-42,3).
MÉTODOS: Os pacientes tiveram sua pressão aferida no consultório por um médico, utilizando
aparelho convencional, e por uma técnica de enfermagem, utilizando aparelho automático validado antes de ingressar na consulta médica. Foram realizadas 3 medidas e considerada a média
final. A fim de verificar a ocorrência do efeito do avental branco, os mesmos foram submetidos
a monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), sendo considerados, também, os valores
obtidos na média final. Foi seguido na MRPA o protocolo de 4 dias e 3 medidas na manhã e 3 na
tarde/noite.
RESULTADOS: O valor médio de PAS encontrado pelos médicos foi de 143,05 mmHg, pelas
técnicas de enfermagem 143,74 mmHg e pela MRPA 135,30 mmHg. O valor médio de PAD foi de
85,37 mmHg na aferição realizada pelos médicos, 86,39 mmHg pelas técnicas e 81,38 mmHg pela
MRPA.
CONCLUSÕES: Quando se comparou a aferição realizada pelos médicos e pelas técnicas de
enfermagem, não houve diferença estatisticamente significativa tanto para a PAS (p = 0,52)
quanto para a PAD (p = 0,44). Quando comparadas à MRPA, tanto a média do valor encontrado
para a PAS e PAD pelos médicos e pelas técnicas de enfermagem tiveram diferença estatisticamente significativa (p < 0,01). A partir disso, conclui-se que o fenômeno do efeito do avental
branco parece não ocorrer apenas com médicos, mas sim em qualquer aferição de pressão
arterial realizada em ambiente de consultório.
140
BÁSICA
EFEITO DE EXTRATO DA CASCA DE UVA VITIS VINÍFERA NA HIPERTENSÃO
E ALTERAÇÕES METABÓLICAS ASSOCIADAS À PROGRAMAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO FETAL
Emiliano da Silva AF, Costa CA, Amaral TAS, Carvalho LCRM, Boaventura GT,
Soares de Moura R, Resende AC
Departamento de Farmacologia, UERJ, Rio de Janeiro, RJ
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial, considerada uma doença crônica, pode ser influenciada pelo grau de participação do individuo portador de tal patologia, dependendo de fatores como
a aceitação da doença, controle e conhecimento da mesma e aparecimento de complicações.
Conforme preconiza Pessuto (1998). A detecção precoce das possíveis complicações pela hipertensão arterial assume postura decisiva no emprego da abordagem para o cliente. Acerca disso
lemos que: A hipertensão arterial tem sido indicada como o fator de risco conhecido de maior
importância para a morbidade e mortalidade precoces causadas por doenças cardiovasculares.
(CHOR, 1998).
OBJETIVO: Avaliar os níveis pressóricos arteriais, bem como mensuração de peso e altura para
obtenção do Índice de massa corpórea dos motoristas de uma estação integrada em Recife, PE.
DELINEAMENTO: Os dados foram coletados entre os meses de Março a Abril de 2007. Sendo
posteriormente analisados à luz da literatura.
PACIENTE OU MATERIAL: Foi empregado um formulário fechado onde eram registradas as
medidas antropométricas e o valor da pressão arterial. Os entrevistados puderam marcar mediante histórico pessoal e familiar se eram ou se tinha algum parente com Hipertensão; Diabetes ou
Doença cardíaca.
MÉTODOS: Estudo transversal desenvolvido a partir de uma amostra representativa de 56 motoristas de transportes coletivos de uma estação integrada em Recife, PE. Sendo 45 do sexo
masculino e 11 do sexo feminino. O peso, a altura e a pressão arterial foram medidos e através
de questionário, obtidas informações acerca do histórico pessoal e familiar. Foi calculado o Índice
de massa corpórea (IMC), dividindo-se o peso (quilograma) pela altura (metro) elevada ao quadrado.
RESULTADOS: Dos motoristas participantes da pesquisa (43,1%) eram normotensos, (56,9%)
foram classificados como hipertensos. (18,8%) apresentaram IMC inferior a 25. Em (53,2%) foi
constatado valores de 25 a 30. E em (28%) pôde-se observar valores acima de 30. No histórico
pessoal (87,6%) informaram não ter patologia de base, enquanto (12,4%) referiram ter. No
histórico familiar (79%) relataram ter algum familiar com Hipertensão, Diabetes ou Doença
cardíaca. (21%) não relataram ter.
CONCLUSÕES: A alta freqüência de níveis pressóricos e fatores de risco apontam para a necessidade de mediadas preventivas e terapêuticas de doenças cardiovasculares direcionadas aos
servidores do transporte público.
FUNDAMENTOS: Atualmente, a incidência de obesidade e morte por doenças cardiovasculares
não é mais característica de países do primeiro mundo, fazendo parte também do cotidiano de
países em desenvolvimento como o Brasil. Recentes estudos epidemiológicos e experimentais têm
sugerido que os fatores de riscos cardiovasculares (hipertensão, dislipidemia, obesidade e
homeostasia da glicose alteradas) que caracterizam a síndrome metabólica, e que são em parte
atribuídos a influências do ambiente em que vive o indivíduo, podem ser adquiridos no útero.
Dessa forma, a nutrição materna deve influenciar a evolução da gravidez e determinar a saúde
do feto (Mcardle HJ et al., Placenta. 27(13), A:S56-60, 2006).
OBJETIVO: Avaliar o efeito protetor do extrato de cascas de uvas (GSE) Vitis viníferas em prole
cujas mães foram submetidas a uma dieta hiperlipídica na lactação.
MÉTODOS: Foram utilizadas proles machos e fêmeas de ratas Wistar subdivididas em 3 grupos:
grupo controle (dieta controle), grupo hiperlipídico (dieta hiperlipídica com 24% de gordura) e
grupo GSE (dieta hiperlipídica com o GSE, 200 mg/Kg do peso do animal, diluído na mamadeira).
A medida da PA sistólica (PAS) foi realizada pela técnica da pletismografia de cauda em animais
adultos (45 dias até 90 dias de idade), o peso e o comprimento do animal foram aferidos semanalmente. A reatividade vascular e a glicose foram medidas em animais com 3 meses. O sangue foi
retirado da artéria aorta abdominal do animal para a medida da glicose e o leito arterial mesentérico
do rato foi retirado segundo a técnica de McGregor (McGregor D.,1965).
RESULTADOS: Animais machos e fêmeas do grupo hiperlipído tiveram um aumento de peso
(gramas) significativo (p < 0,05), nas primeiras semanas (43 + 1;42 + 1, respectivamente) em
relação ao controle (27 + 1; 26 + 2), que foi reduzido pelo GSE (28 + 1; 27 + 2; p < 0,05). A PAS
(mmHg) de machos e fêmeas do grupo hiperlipídico (136 + 6;135 + 5; respectivamente) foi maior
em relação ao controle (78 + 3; 72 + 3) e significativamente (p < 0,05) reduzida pelo GSE (78,6
+ 2; 77 + 3). A glicose (ng/dl) foi aumentada na prole fêmea do grupo hiperlipídico em relação
ao controle (138 + 2 vs 98 + 5; p < 0,05) e foi observada resistência à insulina em fêmeas do grupo
hiperlipídico (73 + 8 mg/dl) em relação ao controle (46 + 4), com significativa redução pelo GSE
(35 + 4). Não foi observada alteração da reatividade vascular a ACh, NG e NA entre os diferentes
grupos experimentais.
CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que o GSE protege animais machos e fêmeas adultos,
cujas mães foram submetidas a dieta rica em gordura durante a lactação, contra o desenvolvimento da hipertensão, ganho de peso e níveis elevados de glicose.
46
02 - Resumos.pm6
46
2/8/2007, 15:39
Resumos
141
TRATAMENTO
142
BÁSICA
COMPORTAMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL EM RESPOSTA A UMA SESSÃO DE YOGA EM HIPERTENSOS E NORMOTENSOS
HIPERTENSÃO ARTERIAL NA INFÂNCIA: UMA ANÁLISE DAS PUBLICAÇÕES
ENTRE OS ANOS DE 2003 A 2006
James Silva Moura Junior, Thereza Karolina Sarmento da Nóbrega, Naiane
Ferraz Bandeira Alves, Diego Lima de Almeida, Ristênio Galdino de Araújo,
Alexandre Sergio Silva
Lucieno de Moura Santos, Betty Wilma da Costa Rocha, Marly Javorski, Mônica
Alice Santos da Silva, Virginia Machado Mota Silveira
UNIVERSO Campus Recife, PE
Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba.
FUNDAMENTO: A literatura corrente mostra que o exercício físico apresenta potencial para
redução da pressão arterial (PA) de magnitude similar ao uso de uma das classes de medicação
anti-hipertensiva. Exercícios dinâmicos e contínuos de natureza aeróbia são os mais recomendados e alvo da maioria dos estudos sobre este tema. Por outro lado, algumas atividades físicas ditas
alternativas (yoga, tai-chi-chuam, biodança), interferem em atividades fisiológicas que estão
envolvidas no controle da pressão arterial, como por exemplo, a atividade nervosa autônoma.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi investigar o potencial de uma sessão de yoga na redução
aguda da pressão arterial
DELINEAMENTO: Eles tiveram a PA medida em repouso antes de uma sessão de yoga, imediatamente depois e após 10 minutos de recuperação. A sessão foi constituída inicialmente de
pranayamas, que são exercícios de respiração; em seguida uma junção de pranayamas com
ásanas, que são a parte física da yoga, os movimentos foram em sua maioria de torção de tronco
e flexão de braços e pernas, finalizando com um momento de meditação em decúbito dorsal.
PACIENTE OU MATERIAL: Participaram do estudo 25 sujeitos, sendo 15 mulheres. Destes, seis
eram hipertensos (47 + 6,3 anos) e 19 eram normotensos (41,5 + 12,0 anos).
MÉTODOS: A PA foi medida por meio auscultatório através de um esfigmomanômetro da marca
BD. Os dados foram analisados descritivamente e por meio do teste de Wilcoxon (p < 0,05).
RESULTADOS: Dentre os hipertensos, a PA média antes do exercício era de 134 / 91,6 mmHg.
Dez minutos após o exercício observou-se uma resposta hipotensora com a PA caindo para 122,8
/ 87,6 mmHg. Entre os normotenso, houve uma queda da PA discreta apenas para a pressão
sistólica entre as medidas feitas antes e 10 minutos após o exercício (112 / 70 e 108/ 70 mmHg),
sem diferenças significativas.
CONCLUSÕES: Conclui-se que uma sessão de yoga se mostra capaz de promover redução
aguda da PA, mas este efeito ocorreu apenas em sujeitos hipertensos. Estes dados se assemelham
às respostas comumente encontradas para exercícios aeróbios contínuos.
FUNDAMENTO: De acordo com Magalhães (2003), a hipertensão arterial essencial (HAS) ou
primária tem uma prevalência relativamente baixa em crianças e adolescentes em comparação
com os adultos. Entretanto Salgado (2003) escreve: Hoje sabemos que a hipertensão arterial
detectada em algumas crianças pode ser secundária, por exemplo, às doenças renais, mas pode
também em outros casos, representar o inicio precoce da Hipertensão arterial essencial observada nos adultos.
OBJETIVO: Analisar mediante a literatura a questão da hipertensão infantil discutida nos trabalhos publicados entre os anos de 2003 a 2006.
DELINEAMENTO: A pesquisa baseou-se em uma coleta de dados acerca do que foi mais discutido em artigos publicados sobre a hipertensão arterial na infância.
PACIENTE OU MATERIAL: Foi elaborado um instrumento de coleta de dados tipo fechado para
identificar variáveis como: tipo de abordagem feita no estudo; número de referencial teórico
utilizado; critérios de inclusão e Relato de aprovação pela comissão de ética.
MÉTODOS: Estudo transversal baseado na revisão da literatura publicada acerca da hipertensão
infantil entre os anos de 2003 a 2006.
RESULTADOS: Entre os anos de 2003 a 2006 pôde-se observar a publicação de 15 artigos
científicos acerca do tema especifico da hipertensão arterial na infância. Dos artigos publicados
14 eram do tipo transversal ou de prevalência; 1 foi de relato de caso.
Pôde-se observar que em (87%) dos artigos foi usado mais de 20 referências para o desenvolvimento do mesmo. (59%) dos autores utilizaram algum tipo de critério de inclusão em suas pesquisas, enquanto (22%) relataram em seus trabalhos a aprovação pelo comitê de ética para a realização das pesquisas.
CONCLUSÕES: A investigação proposta por este trabalho reitera a necessidade de trabalhos
publicados acerca da hipertensão arterial na infância. Os resultados encontrados indicam que
quanto mais precoce a detecção da hipertensão, mais satisfatório será o tratamento e prevenção
de complicações decorrentes da mesma.
143
144
TRATAMENTO
ANÁLISE DAS INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM IDENTIFICADAS EM REGISTROS DE CONSULTAS A PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
Francisca Bertilia Chaves Costa, Thelma Leite de Araujo, Célida Juliana de
Oliveira, Tatiana Rocha Machado
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará
FUNDAMENTO: Na abordagem multiprofissional a atuação do enfermeiro, junto a portadores de
hipertensão arterial, vem mostrando sua crescente importância, uma vez que se percebe que esses
carecem de intervenções que fogem da competência de um só profissional. Dentro dessa equipe, a
enfermagem tem ações específicas como a realização da consulta de enfermagem e o acompanhamento dessa clientela. Essas competências são atendidas decorrentes da existência de uma fundamentação teórica que fornece ao profissional uma metodologia para assistir a qualquer população.
OBJETIVO: Analisar intervenções de enfermagem identificadas em registros de prontuários, a
partir da preconização do Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao
Diabetes Mellitus (2001) e V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2006).
DELINEAMENTO: O estudo caracteriza-se como exploratório e descritivo, realizado na cidade de Fortaleza, em uma unidade de saúde de referência em hipertensão arterial e diabetes
mellitus, para o Ceará.
PACIENTE OU MATERIAL: Universo constituído por 3.606 prontuários cadastrados de julho
de 2003 a julho de 2005, no total de 704 prontuários apresentaram o registro do diagnóstico médico
de hipertensão arterial. Entre esses, 175 atenderam aos critérios de inclusão pré-definidos.
MÉTODOS: Os dados foram coletados nos prontuários pela análise dos registros das consultas
de enfermagem realizadas de dezembro de 2005 a fevereiro de 2006.
RESULTADOS: Nos 175 prontuários, houve registro de 259 consultas de enfermagem (média:
1,48). Em todas havia registros de intervenções, no total de 63 intervenções de enfermagem que
apareceram registradas em um total de 972 vezes (média de 3,7). Analisou-se apenas 13 intervenções que ocorreram com uma freqüência igual ou maior a cinco vezes nos registros. Dentre
essas intervenções constatou-se que todas constituem ações imprescindíveis na consulta de enfermagem e estão em concordância com a preconização do Plano de Reorganização da atenção à
Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus (2001) e V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão
Arterial (2006), pois o enfermeiro deve realizar procedimentos técnicos como verificar a pressão
arterial, peso, altura, circunferência abdominal, braquial e do quadril; porém é interessante ressaltar que dentro da abordagem multiprofissional, a assistência prestada não deve constar apenas
desses procedimentos, até porque esses não são de competência privativa do enfermeiro.
CONCLUSÕES: O cuidado de enfermagem não deve ser igual ao de outros profissionais, pois
dessa forma não haveria a necessidade da sua presença específica dentro da equipe
multiprofissional. Um dos principais papéis do enfermeiro dentro dessa abordagem é a sua atuação educativa junto a essa clientela, a fim de manter os níveis pressóricos controlados dentro de
parâmetros considerados normais.
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
AVALIAÇÃO DOS PACIENTES COM NÍVEIS TENSIONAIS ELEVADOS ATENDIDOS NO DIA MUNDIAL DO RIM 2007 DA LIGA ACADÊMICA PREVENRIM –
UFPE
Camila Barbosa de Medeiros, Sandra Neiva Coelho, Mirna de Souza Pessoa,
Camila de Sousa Leão Carvalho e Sá, Camila Pinon de Medeiros Zoby, Thaís
Valéria e Silva
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco
FUNDAMENTO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é, geralmente, silenciosa, e provoca,
progressivamente, lesão de órgãos alvos como cérebro, coração, rins e retina. Por ser assintomática,
quando ocorrem sintomas, estes já decorrem de complicações. Dessa forma, o diagnóstico precoce da HAS e de suas complicações é importante para evitar lesões irreversíveis.
OBJETIVO: Avaliar a prevalência HAS entre a população estudada, e pesquisar alterações na
uroanálise. Além disso, determinar a prevalência de pacientes sem HAS diagnosticada, mas com
história familiar, que apresentaram pressão arterial (PA) elevados durante a campanha.
DELINEAMENTO: Estudo transversal observacional de prevalência realizado a partir da análise de dados coletados.
PACIENTE OU MATERIAL: Participaram do estudo 335 pessoas entre 8 e 81 anos, que se
apresentaram espontaneamente no local da campanha. Os participantes receberam informações
sobre o estudo, e assinaram termo de consentimento aceitando participar deste.
MÉTODOS: Preenchimento de questionário contendo identificação do participante (idade, sexo
e raça referida pela pessoa) e pesquisa de antecedente pessoal e familiar. Foi realizada aferição
da PA dos participantes e realizado uroanálise com fitas multistix®. Foram considerados hipertensos aqueles com diagnóstico prévio.
RESULTADOS: Foram avaliadas 335 pessoas, 82% mulheres, sendo 76,1% das pessoas com
idade superior a 40 anos. Cerca de 30% eram brancos, 15,5% negros e 54,3% pardos. Entre os
entrevistados 45% era hipertensos e 7,4% não sabiam se eram, pois não tinham medidas recentes
da PA. Dos pacientes hipertensos, 68,8% apresentaram PA elevada durante a campanha, e 48,1%
apresentaram alterações do tipo proteinúria e/ou hematúria na uroanálise. Entre os pacientes que
não tinham diagnóstico de HAS, ou não sabiam, 38% apresentou níveis tensionais elevados durante a campanha, destes 51,4% apresentavam antecedente familiar de HAS.
CONCLUSÕES: A análise dos dados evidenciou que 45% dos participantes eram hipertensos, e
que 70% destes apresentava níveis tensionais elevados. Além disso, 48,1% apresentaram alteração da uroanálise (proteinúria e/ou hematúria), algumas vezes compatíveis com doença renal.
Observou-se também que quase 40% dos pacientes que não tinham diagnóstico prévio de HAS
apresentaram PA elevada. Analisando conjuntamente os dados, verifica-se que 38% das pessoas
entrevistadas precisariam de uma investigação complementar, alguns para confirmar ou afastar
diagnóstico de HAS, e outros para investigação de alterações urinárias decorrentes de complicações da HAS.
47
02 - Resumos.pm6
47
2/8/2007, 15:39
Resumos
145
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
146
TRATAMENTO
PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NA POPULAÇÃO ATENDIDA NO DIA MUNDIAL DO RIM 2007 DA LIGA
ACADÊMICA PREVENRIM – UFPE
IMPACTO DE TÉCNICAS DE DESSALGA EMPREGADAS POR UMA POPULAÇÃO DE HIPERTENSOS DO NORDESTE SOBRE O TEOR DE SAL DO
CHARQUE
Camila Barbosa de Medeiros, Sandra Neiva Coelho, Marcela de Lima Vidal,
Bruno César da Mata Torreão, Clarice Leite Monte, Márcia Raquel Horowitz
Sandra Mary Lima Vasconcelos, Evla Dárc Ferro, Nidyanne Patricia Mesquita
Chagas, Patricia Maria Candido Silva, Tatiana Maria Palmeira dos Santos
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco
Laboratório de Nutrição em Cardiologia – NUTRICARDIO, Faculdade de Nutrição – FANUT,
Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Maceió, Alagoas
FUNDAMENTO: Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um distúrbio geralmente assintomático,
no qual a elevação anormal da pressão nas artérias aumenta o risco para lesão de órgãos alvos.
A associação entre hipertensão e idade maior que 40 anos, sexo masculino, e raça negra, não é
casual em uma população. O comportamento e estilo de vida levam a diferenças no risco de
desenvolvimento da HAS, na severidade do processo e no prognóstico. Por isso, é de extrema
importância pesquisar fatores de risco modificáveis na população, para prevenir surgimento e
complicações da HAS.
OBJETIVO: Determinar a prevalência dos principais fatores de risco para HAS na população
atendida no dia mundial do rim 2007 da Liga Acadêmica PREVENRIM–UFPE.
DELINEAMENTO: Estudo transversal observacional de prevalência realizado a partir da análise de dados coletados.
PACIENTE OU MATERIAL: Participaram do estudo 335 pessoas, entre 8 e 81 anos, que se
apresentaram espontaneamente no local da campanha, onde receberam informações sobre o
estudo, e assinaram termo de consentimento aceitando participar deste.
MÉTODOS: Preenchimento de questionário contendo identificação do participante (idade, sexo
e raça referida pela pessoa) e pesquisa de antecedentes pessoais e familiares. Foram considerados fatores de risco modificáveis para o estudo: sedentarismo, obesidade, tabagismo, uso regular
de bebida alcoólica. Foram considerados como sedentários aqueles que não praticavam atividade
física regular; como tabagistas os que declararam fazer uso contínuo os esporádico de cigarros;
e como obesos aqueles com Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 30 Kg/m².
RESULTADOS: Entre a população em estudo, 18% era do sexo masculino, 76,1% tinha mais de
40 anos e 16% eram da raça negra. Considerando os fatores de risco modificáveis, o tabagismo
estava presente em 16,1% da população estudado; o uso de bebidas alcoólicas em 18,5%; 51,9%
das pessoas eram sedentárias e 23,2% eram obesas. Foi observado que 36,4% das pessoas não
tinham fatores de risco modificáveis, 35,5% tinham pelo menos um fator de risco, 17,6% tinham
2 fatores de risco e 10,1% tinham 3 fatores de risco associados. Obesidade e sedentarismo estavam associados em 11,3% da população em estudo.
CONCLUSÕES: Observamos elevada prevalência de fatores de risco modificáveis para HAS na
população em estudo, destacando-se como mais prevalente o sedentarismo. Por se tratar de fatores de risco passíveis de intervenção, deve-se buscar conscientizar e alertar a população sobre
a importância da correção dos mesmos, para dessa forma atuar na prevenção primária da HAS.
147
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
FUNDAMENTO: O charque é um alimento bastante consumido pela população nordestina, a partir do qual
se estima obter 45% do sal da dieta do nordeste (PEC/SBC: HAS, 2: 5, 2003). Em contrapartida é um alimento
processado passível de redução no teor de sal através de manipulação (dessalga). Além de ser hábito alimentar
é importante fonte de proteínas na dieta.
OBJETIVO: Descrever o impacto de técnicas de dessalga sobre o teor de sal no charque.
DELINEAMENTO: Estudo transversal.
PACIENTE OU MATERIAL: 299 hipertensos consumidores de charque de um município da zona da mata
alagoana.
MÉTODOS: Os hipertensos foram entrevistados, mediante termo de consentimento livre e esclarecido, e
referiram as técnicas empregadas para dessalga do charque. As mais referidas foram reproduzidas em duplicata,
em laboratório e o teor de sal determinado antes e após dessalga do charque utilizando a técnica de determinação de cloretos em alimentos (Instituto Adolfo Lutz, 1985). O impacto na redução verificado foi
comparado à técnica de preparo do charque considerada neste estudo, como padrão ouro (TACO, 2006), que
reduz o teor de sódio em 75%.
RESULTADOS: As técnicas de fervura (com ou sem lavagem) e de escalde foram referidas por 67% (201/299)
e 11% (33/299) da população estudada respectivamente, sendo agrupadas as mais referidas destas, e distribuídas como mostra a tabela abaixo.
TÉCNICA
Ferver (n° vz)
(n = 54; 299; 18%)
Ferver (n° vz) e lavar 1 X
(n = 121; 299; 40,46%)
Outras combinações de fervura e lavagem
(n = 26; 299; 8,69%)
Escaldar (n° vz) e lavar 1 X
(n = 33; 299; 11%)
REPETIÇÕES EM NÚMERO DE VEZES (n° vz) (n e %)
1X
2X
3X
Outras
21 (38,8%)
25 (46,2%)
8 (14,8%)
38 (31,4%)
58 (47,9%)
10 (8,26%)
-
-
-
15 (12,39%)
-
13 (39,3%)
-
-
20 (60,6%)
As técnicas que mais reduziram a quantidade de sal do charque foram: (1) ferver 2 vezes e em seguida lavar
1 vez, e (2) ferver 2 vezes, com uma redução de 57% e 54% no teor de cloretos, respectivamente. Porém
estes percentuais não atingiram a redução da técnica adotada como padrão ouro, que atinge 75%.
CONCLUSÕES: Recomenda-se analisar o impacto das outras técnicas referidas pelo restante da população (22 %), bem como as outras combinações de fervura e lavagem e orientá-la a adotar a técnica de maior
impacto na redução do teor de sódio, que, até o momento, comparativamente aos resultados deste estudo é
aquela descrita na Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO 2006).
148
TRATAMENTO
ASSOCIAÇÃO ENTRE A PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA E DIASTÓLICA E
O SOBREPESO EM ESCOLARES
TRATAMENTO PARA HIPERTENSÃO: TRABALHANDO A INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Kelly Samara da Silva, Adair da Silva Lopes
Jedaías Silas da Silva, Jerusa Emídia Roxo de Abreu, Valéria Cristina Menezes
Berredo, Maria Lúcia Holanda Lopes, Ana Hélia Silva Sardinha, Cinara Rúbia
Portela Correia
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC
INTRODUÇÃO: O aumento dos níveis tensionais tem sido comumente observado em crianças
e jovens com excesso de peso. Porém, estudos detalhados sobre a contribuição de indicadores
antropométricos no aumento da pressão arterial sistólica (PAS) e/ou diastólica (PAD) são necessários para auxiliar a elaboração de programas de intervenção.
OBJETIVO: observar possíveis associações entre a elevação da PAS e da PAD, e os diferentes
indicadores antropométricos, por sexo.
MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, observacional, de corte transversal. Dos
1.570 estudantes, 808 eram do sexo masculino e 762 do sexo feminino, com idades de 7 a 12 anos,
de escolas públicas e privadas de João Pessoa, PB. A PA foi aferida utilizando esfigmomanômetro
aneróide e braçadeiras apropriadas ao tamanho do braço. A estatura e a massa corporal foram
obtidas por meio de fita métrica fixada a parede e balança digital da marca Plena. As dobras
cutâneas triciptal e subscapular foram aferidas com um plicômetro modelo Harpenden. Considerou-se como PA elevada (sistólica ou diastólica), valores ³ percentil 90 para o sexo e a idade,
ajustado ao percentil da estatura. Para classificar o excesso de peso foram adotados os critérios
propostos pela International Obesity Task Force. Determinou-se como excesso de gordura os
valores de dobra triciptal > percentil 85. Na análise estatística, utilizou-se o teste t para amostras
independentes e o teste qui-quadrado, adotando como nível de significância o p < 0,05.
RESULTADOS: A média de estatura, peso, IMC e dobras cutâneas foi maior entre os estudantes
com PAS elevada quando comparados àqueles com valores abaixo do percentil 90 (p < 0,05). O
mesmo foi observado na PAD, exceto para a estatura, em ambos os sexos, e massa corporal no sexo
masculino (p > 0,05). Dos estudantes com PAS elevada 61,0% apresentaram PAD elevada, 41,0%
excesso de peso e 43,0% excesso de gordura. Dos estudantes com PAD elevada, 22,0% apresentaram elevação da PAS, 31,0% excesso de peso e de gordura. A distribuição por sexo pode ser
visualizada na Tabela abaixo.
Variáveis
PAS elevada
PAD elevada
Excesso peso
Excesso gordura
PAS Elevada
Masculino
Feminino
% (n)
p
% (n)
p
21,5 (20)
0,001
22,2 (28)
0,001
51,3 (20)
0,001
70,0 (28)
0,001
38,5 (15)
0,002
43,6 (17)
0,001
41,0 (16)
0,025
44,7 (17)
0,001
PAD Elevada
Masculino
Feminino
% (n)
p
% (n)
p
29,0 (27)
34,4 (32)
0,009
0,041
32,0 (40)
28,0 (35)
0,001
0,012
CONCLUSÃO: Conclui-se que tanto o IMC quanto as dobras cutâneas foram associados a pressão arterial. Dos estudantes com PAS elevada, mais da metade apresentaram elevação da PAD
com mais de 40% desses tendo excesso de peso e de gordura corporal. Quando considerado a PAD
elevada, observou-se menor tendência de elevação sistólica e de ocorrência de excesso de peso
e de gordura corporal em comparação a PAS.
Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
FUNDAMENTO: Interação medicamentosa é a modificação dos efeitos farmacológicos entre dois ou mais
medicamentos por interação entre eles. Essa interação pode ser no sentido de aumentar ou diminuir a eficácia
terapêutica, assim como acentuar ou atenuar os efeitos indesejáveis provocando alterações na cinética do
metabolismo de uma ou ambas as drogas (KATZONG, 1988). Algumas interações medicamentosas apresentam
efeitos benéficos, o que justifica sua utilização, entretanto a maioria delas são prejudiciais trazendo graves
conseqüências para os pacientes (FUCHS; WANNMACHER, 1992). Os medicamentos mais utilizados no
tratamento da hipertensão são denominados de anti-hipertensivos e classificam-se em: diuréticos, inibidores
adrenérgicos, vasodilatadores diretos, inibidores da enzima conversora da angiotensina, antagonistas dos
canais de cálcio e antagonistas do receptor da angiotensina II, essas drogas devem permitir não somente a
redução dos níveis tensionais, mas também a redução de eventos mórbidos cardiovasculares, nefropatia e
acidente vascular cerebral (iv DIRETRIZES). O enfermeiro fazendo parte da equipe que acompanha a pessoa
com hipertensão, planeja e implementa a terapia medicamentosa com base na prescrição médica e norma da
instituição e nas características pertinentes do próprio medicamento. A pesquisa se justifica pela necessidade
de demonstrar a possibilidade de interações medicamentosas.
OBJETIVO: identificar a existência de interação medicamentosa nas prescrições das pacientes hipertensas
internadas na Clínica Médica de um Hospital Universitário.
MÉTODOS: estudo quantitativo, retrospectivo, realizado no SAME de um hospital universitário de São
Luís-MA, em maio de 2006. Foram selecionados 10 prontuários de pacientes hipertensas que reinternaram
na clínica médica feminina. O instrumento de coleta de dados foi preenchido a partir de informações nos
prontuários das prescrições de medicamentos com suas respectivas doses, vias de administração horários e
posologia.
RESULTADOS:Interações medicamentosas de pacientes hipertensas internadas na Clínica Médica de um
Hospital Universitário. São Luís, MA, 2006 (Quadro1).
PACIENTES
E
F
G
H
I
J
CONCLUSÕES: Constatou-se que dos 10 prontuários, 06 apresentaram interações medicamentosas. Sabendo que existe a possibilidade de conseqüências clínicas danosas aos pacientes que são submetidos às
associações medicamentosas, considera-se necessário uma reavaliação do plano terapêutico, objetivando
minimizar os riscos aos pacientes.
48
02 - Resumos.pm6
48
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Ranitidina + Propanolol e Anafranil + Metildopa
Ranitidina + Propanolol
AAS + Heparina e Ranitidina + Nifedipina
Ranitidina + Captopril
Ranitidina + Captopril
Ranitidina + Diazepan e Ranitidina + Nifedipina
2/8/2007, 15:39
Resumos
149
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
AVALIAÇÃO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM CRIANÇAS E SUA RELAÇÃO
COM SOBREPESO E OBESIDADE EM ÁREA URBANA NO CENTRO-OESTE
DO BRASIL
Salgado CM, Vasconcelos Junior, HM, Belem JMFM, Junqueira AL, Seronni EMX,
Fortes PM, Naghettini AV
Faculdade de Medicina, Faculdade de Enfermagem, IPTSP, Universidade Federal de Goiás, Goiânia,
Goiás, Brasil
FUNDAMENTO: A hipertensão essencial é a doença crônica que apresenta uma das maiores
prevalências na população mundial e a obesidade aparece como outra doença epidêmica de
proporções mundiais. A associação entre hipertensão e obesidade alerta para a importância de
estudos que venham a elucidar a situação e relação dessas epidemias em crianças e em regiões
específicas, como no centro-oeste do Brasil.
OBJETIVO: Avaliar a associação entre hipertensão e obesidade em crianças atendidas pelo
Programa de Saúde da Família nas regiões sudoeste e leste da cidade de Goiânia, GO.
DELINEAMENTO: Transversal populacional.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram avaliadas 578 crianças entre 3 a 10 anos, moradoras da
cidade de Goiânia-Goiás-Brasil, atendidas pelo Programa de Saúde da Família.
MÉTODOS: As crianças foram avaliadas pelas medidas de peso, estatura e pressão arterial.
Foram calculados o índice de massa corporal (IMC) e o percentil de IMC. Aquelas cujo percentil
de IMC foi menor 3 foram consideradas desnutridas, as com percentil entre 85 e 95 foram consideradas com sobrepeso e aquelas com percentil maior que 95 foram consideradas obesas. A
pressão foi aferida 2 vezes, com um intervalo de 5 minutos entre as aferições e com a técnica
padronizada pelo 4º Task Force. Aquelas crianças cujo percentil de pressão foi menor que 90
foram classificadas como “pressão arterial normal” e aquelas cujo percentil foi igual ou maior
que 90 foram classificadas como “pressão arterial elevada”. Os dados foram analisados utilizando-se o software EpiInfo 2000. Calcularam-se as prevalências da exposição e dos desfechos, a
razão de prevalência e seu intervalo de confiança de 95%. O teste qui-quadrado foi utilizado para
comparação de freqüências.
RESULTADOS: Dentre as 578 crianças estudadas, 280 (48,4%) eram do sexo masculino e 298
(51,6%) do sexo feminino. Entre essas crianças, 63 (10,9%) eram obesas, 65 (11,2%) apresentavam sobrepeso, 412 (71,3%) eram eutróficas e 38 (6,6%) desnutridas. A pressão arterial elevada foi observada em 18% das crianças. As crianças consideradas obesas apresentaram uma
prevalência de pressão arterial elevada maior (28,6%) que as crianças não obesas (16,7%).
Razão de Prevalência = 1,71 (IC95%: 1,10-2,64; p = 0,0205). As crianças pertencentes a outros
grupos nutricionais (sobrepeso, desnutrido e eutrófico) não apresentaram risco significante de
desenvolverem hipertensão arterial.
CONCLUSÕES: No presente estudo detectou-se que a obesidade é um fator de risco para hipertensão arterial infantil. Estes dados estão de acordo com a maioria dos estudos publicados na área.
151
TRATAMENTO
HIPERTENSÃO ARTERIAL: CONHECENDO AS AÇÕES DE AUTOCUIDADO
Natália Coelho de Souza, Giselle Andrade dos Santos Silva, Maria Lúcia Holanda
Lopes, Lucíola Gondim Ribeiro, Thais Cristina Santos Silva, Jedaías Silas da Silva
Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão
FUNDAMENTO: O enfermeiro faz parte da equipe multiprofissional responsável pelo Programa
de Controle da Hipertensão e que segundo a IV Diretrizes (2002), tem como uma das atribuições:
a consulta de enfermagem. As intervenções do enfermeiro no tratamento da Hipertensão Arterial
(HA) visam o engajamento do cliente no autocuidado a fim de manter sua PA controlada, atingindo
o melhor nível de saúde (SANTOS; SILVA, 2002). Essa mudança de comportamento desejada está
diretamente ligada ao seguimento do tratamento através de um processo educativo que objetive
o autocuidado. Neste estudo questionaremos: Quais as ações de autocuidado estão sendo realizadas pelas pessoas com esta doença?
OBJETIVO: identificar as ações de autocuidado realizadas por pessoas portadoras de hipertensão Arterial Sistêmica.
METODOLOGIA: estudo descritivo, realizado em uma Unidade de Saúde da Família (USF) em
São Luís. O universo em estudo foi de 31 pessoas com hipertensão arterial sistêmica, cadastradas
no HIPER/DIA no ano de 2004. Para identificar as ações de autocuidado utilizamos uma parte dos
instrumentos que identifica o Perfil de Engajamento no Autocuidado (PEAc) experienciado por
Santos (2002).
RESULTADOS: as ações de autocuidado realizadas pelos portadores de hipertensão quanto ao
equilíbrio entre atividade e descanso 64,5% apresentou escore positivo; as necessidades humanas
básicas eliminações urinárias e intestinais 64,5% apresentaram escore máximo 05; 67,8% responderam satisfatoriamente à adaptação às modificações do ciclo vital; 70,9% têm uma adaptação
social adequada; 83,9% apresentaram escore satisfatório ao conhecimento da doença e tratamento; 65,8% relataram uma boa aceitação do diagnóstico; 67,7% tiveram escore satisfatório à adaptação ao problema de saúde e 67,8% responderam positivamente às condutas orientadas. A
ingesta de líquidos apresentou-se insatisfatória em 61,2%; não estão satisfatórios em relação ao
aporte de alimentos, já que, o escore máximo foi identificado em 9,7%; 67,8% demonstraram um
desequilíbrio entre solidão e interação social; quanto à prevenção de risco à vida e ao bem-estar
45,2% responderam de forma insatisfatória e a promoção da saúde foi inadequada em 50,7 das
pessoas.
CONCLUSÃO: Resultado este que certifica que o aperfeiçoamento das ações e orientações
educativas prestadas pelo enfermeiro e pelos demais membros da equipe, possibilitará a estes
indivíduos atingirem um controle adequado de sua doença.
150
TRATAMENTO
PERFIL DE ENGAJAMENTO PARA O AUTOCUIDADO EM PORTADORES DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Natália Coelho de Souza, Giselle Andrade S. Silva, Maria Lúcia Holanda Lopes,
Lucíola Gondim Ribeiro, Thais Cristina Santos Silva, Jedaías Silas da Silva
Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão
FUNDAMENTOS: A Hipertensão Arterial possui várias definições que convergem para as alterações dos níveis pressóricos sistólico e diastólico acima de 140 e 90 mmHg, respectivamente,
sendo considerados limítrofes os valores 130-139 mmHg para pressão arterial sistólica e 85-89
mmHg para diastólica (IV DIRETRIZES, 2002). Por serem portadores de doenças prolongadas
menos aderentes ao tratamento, principalmente se este for profilático ou supressivo, ou quando
as conseqüências da interrupção da terapia podem ser tardias, várias medidas têm sido propostas
visando amenizar essa situação. Dentre elas destaca-se o direcionamento do portador de hipertensão para o autocuidado, por meio de um processo educativo (BLACKWELL, 1991 apud BASSO;
VEIGA, 1998). A partir dessas afirmações pergunta-se qual o perfil de engajamento para o
autocuidado em portadores de hipertensão?
OBJETIVO: Verificar o perfil de engajamento para o autocuidado em pacientes portadores de
Hipertensão Arterial Sistêmica.
MÉTODOS: Estudo descritivo realizado na Unidade de Saúde da Família (USF), localizada em
uma área urbana da periferia de São Luís. A amostra foi de 31 portadores de hipertensão arterial
sistêmica, de ambos os sexos, idade superior a 18 anos, cadastrados no HIPER/DIA no ano de
2004. Os instrumentos para estabelecer o Perfil de engajamento no autocuidado: levantamento de
dados de identificação; dados relacionados aos requisitos de autocuidado-universal,
“desenvolvimental” e por desvio de saúde; instrumento para quantificar o perfil de engajamento
no autocuidado em escore; Guia Instrucional para a Identificação do Perfil de Engajamento no
Autocuidado todos propostos por Santos (2002).
RESULTADOS: Perfil de Engajamento no Autocuidado de portadores de hipertensão arterial,
cadastrados na equipe do PSF. São Luís-MA, 2004 (Quadro 01).
Perfil do Engajamento
Excelente
Bom
Regular
Mau
Escore
80-100
60-79
40-59
< 39
N.º de Hipertensos
11
16
04
00
CONCLUSÃO: Traçar o perfil de engajamento do autocuidado se constitui em uma ferramenta
que possibilita o diagnóstico das ações executadas e serve de base para o planejamento da assistência. Em nosso estudo uma parcela significativa de portadores de hipertensão, possui engajamento
do autocuidado bom frente às ações executadas. Resultado este que certifica que o aperfeiçoamento das ações e orientações educativas prestadas pelo enfermeiro e pelos demais membros da
equipe, possibilitará a estes indivíduos atingirem o perfil excelente de engajamento do autocuidado.
152
TRATAMENTO
HIPERTENSÃO ARTERIAL DIFICULDADES E FACILIDADES NA ADESÃO AO
REGIME TERAPÊUTICO
Roberto Flávio Melo dos Santos, Samia Carine Castro Damascena, Tânia Pavão
Oliveira Rocha, Maria Lúcia Holanda Lopes, Francisca Georgina Macedo de
Sousa
Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão
INTRODUÇÃO: Percebe-se ainda que, apesar das dificuldades em estabelecer dados fidedignos
sobre a prevalência de hipertensão no Brasil, e mais especificamente no Maranhão, existe um
forte indicativo da magnitude dessa doença, especialmente entre as populações mais pobres, onde
se encontram condições de vida, desemprego, situações ocupacionais e maiores dificuldades de
acesso a serviços de saúde (DATASUS, 2004). Segundo Damasceno (1999), o principal motivo do
controle inadequado da hipertensão arterial parece ser o não-cumprimento do tratamento em
longo prazo, tanto em modificações de estilo de vida quanto no que se refere à observação da
prescrição médica.
OBJETIVOS: Identificar as dificuldades na adesão ao regime terapêutico da hipertensão arterial
em clientes atendidos em um centro de saúde da rede municipal de São Luís-MA.
METODOLOGIA: Estudo exploratório, transversal de natureza descritiva, realizado em um
centro de saúde da rede municipal de São Luís, no período de abril a junho de 2004. Foram
entrevistados 156 clientes totalizando 86,6% do total de hipertensos cadastrados no Programa.
RESULTADOS: 68,6 são do sexo feminino e 50% encontram-se na faixa etária de 60 a 79 anos.
Quanto aos hábitos de vida 58,3% negam tabagismo e 90,4% não ingerem bebida alcoólica e um
alto percentual 79,4% não realiza atividade física regular. Um dos alimentos mais consumidos
pelos entrevistados é a carne vermelha 85,3%, enquanto 82% fazem uso de alimentos enlatados
e condimentados. Para 34,6% dos clientes a dieta pobre em sal é a orientação terapêutica mais
difícil de ser cumprida. O trabalho aponta como principais dificuldades relatadas pelos pacientes
no que diz respeito à organização dos serviços de saúde, as relacionadas ao agendamento das
consultas médicas 34% e dificuldade de acesso à unidade de saúde 23,2%. As específicas do
cliente, diz respeito às dificuldades financeiras para aquisição de alimentos e medicamentos.
CONCLUSÕES: A problemática da adesão ao tratamento anti-hipertensivo, exige sem dúvida,
intervenção de uma equipe multidisciplinar, onde os esforços e as competências se somam para
obtenção de melhores resultados. A avaliação e interpretação das dificuldades enfrentadas pelos
clientes são instrumentos que o serviço e os profissionais de saúde podem lançar mão para direcionar
intervenção de forma a organizar tanto o serviço como as ações de saúde.
49
02 - Resumos.pm6
49
2/8/2007, 15:39
Resumos
153
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
NÍVEIS DE PRESSÃO ARTERIAL E SUAS ASSOCIAÇÕES COM FATORES DE
RISCO CARDIOVASCULARES EM SERVIDORES DA JUSTIÇA DO TRABALHO
DE PERNAMBUCO
154
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA DE ETIOLOGIA RENAL SECUNDÁRIA
À DEFICIÊNCIA DE PROTEÍNAS S E C
Rejane Maria de Santana
Camila Rocha da Cruz, Calina Lígia Lima, Germana Villela Tenório, Taciana de
Souza Santos
Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT 6), Recife, PE
Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira (IMIP), RECIFE, PE
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial sistêmica é uma doença de alta prevalência (22-44%)
e um dos mais importantes fatores de risco cardiovascular. O controle dos níveis tensionais é um
desafio mundial e a única forma de garantir a redução da morbimortalidade cardiovascular.
OBJETIVO: Verificar e classificar, de acordo com o JNC 7, os níveis de pressão arterial dos
servidores hipertensos da Varas do Trabalho do Recife e estimar a prevalência de fatores de risco
cardiovasculares presentes em tal população, visando o trabalho da equipe multiprofissional de
promoção à saúde.
DELINEAMENTO: Estudo transversal.
PACIENTE OU MATERIAL: Servidores das 23 Varas do Trabalho do Recife de ambos os sexos,
com idade superior a 18 anos e diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica.
MÉTODOS: Foram realizadas visitas a todas as Varas do Trabalho do Recife no período de
janeiro de 2006 a janeiro de 2007 nos quais foram avaliados os servidores hipertensos. O instrumento utilizado na entrevista foi um questionário, preenchido pela equipe de Enfermagem do TRT
6 com perguntas sobre prática de atividade física, tabagismo, etilismo, dieta hipossódica, uso de
medicação. Além da medida da pressão arterial, do peso e da altura de cada indivíduo. Os dados
foram tabulados e analisados utilizando o programa Epidata 3.1.
RESULTADOS: Foram avaliados 42 servidores hipertensos do TRT 6, sendo 28 (66,6%) homens
e 14 (33,4%) mulheres, com média de idade 47 anos, variando entre 25 e 66 anos. O IMC > 25
foi encontrado em 30 (71,43%) pessoas, destacando-se como o fator de risco mais prevalente.
Encontrou-se um total de 10 (23,81%) tabagistas. A prática de exercícios físicos foi citada por 15
(35,71%) entrevistados. Do total de entrevistados, 27 pessoas (64,29%) declararam consumir
bebidas alcoólicas, dessas 1% diariamente, 65% semanalmente e 34% eventualmente. Níveis de
PA incluídos na faixa de pré-hipertensão foram encontrados em 15 (35,71%) entrevistados. Na
categoria hipertensão estágio 1 foram incluídos 18 (42,86%) indivíduos. A menor parcela da
amostra estudada, 9 indivíduos (21,43%), teve níveis pressóricos classificados como estágio 2 de
hipertensão. 27 (64,28%) entrevistados relatam fazer dieta hipossódica e 34 (80,95%) referem
uso regular de medicação hipotensora.
CONCLUSÕES: Os principais fatores ambientais modificáveis da hipertensão arterial são os
hábitos alimentares inadequados, principalmente ingestão excessiva de sal e baixo consumo de
vegetais, sedentarismo, obesidade e consumo exagerado de álcool, podendo-se obter redução da
pressão arterial e diminuição do risco cardiovascular controlando esses fatores, é necessário.
FUNDAMENTO: Trata-se de uma refratária e grave Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
secundária à Insuficiência Renal Crônica (IRC), decorrente de uma coagulopatia de etiologia
autossômica dominante. Nesta doença de base há uma diminuição nos níveis plasmáticos das
proteínas S e C, com uma incidência na população geral de aproximadamente 0,5 %.
OBJETIVO: Apresentar caso de HAS em um lactente portador de Síndrome Hereditária de
Hiper-coagulabilidade sanguínea causada por deficiência de proteínas S e C.
DELINEAMENTO: Relato de Caso.
PACIENTE: M.C.S., branca, sexo feminino, 6 meses de idade, natural/procedente de Água Branca, Alagoas.
MÉTODOS: Paciente internada inicialmente para investigação de lesões de pele de início súbito,
que se iniciavam com uma hiperemia culminando em grandes bolhas, úlceras profundas e formação de crostas. Foi submetida inicialmente à biopsia de lesão de pele, que levantou a hipótese de
uma Coagulopatia Intra-Vascular Disseminada (CIVD), sendo posteriormente confirmada por
dosagens plasmáticas que demonstraram diminuição da atividade de proteína S e C, corroborando
hipótese de Síndrome de Hiper-coagulabilidade. Durante o internamento logo se notificou uma
hipertensão grave e refratária, secundária a uma IRC decorrente de episódios trombo-embólicos
recorrentes, havendo necessidade de transfusão de plasma fresco e uso de medicamentos antihipertensivos em doses máximas, não sendo mais possível realizar ajustes.
RESULTADOS: A paciente evolui mal e sintomática.
CONCLUSÕES: Conclui-se que se deve investigar consistentemente a etiologia dos casos de
HAS secundária, já que pode se tratar de uma patologia rara e de altíssima gravidade, procurando
tratar, se possível, a doença de base. Na HAS de etiologia renal secundária à deficiência de
proteínas S e C, que resultou em uma CIVD no lactente, constata-se a inexistência de uma abordagem curativa, podendo-se apenas proporcionar melhor prognóstico ao se empregar rotineiramente e de forma permanente a reposição das proteínas deficitárias. Não há, inclusive, uma
conduta padronizada, tamanha a pequena incidência desta deficiência, implicando em uma carência de dados na literatura. Necessita-se, portanto, de maiores estudos e exames para melhor
esclarecimento do diagnóstico e compreensão do quadro.
155
156
BÁSICA
LIGA DE HIPERTENSÃO: PRINCIPAIS ATIVIDADES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM
Jedaías Silas da Silva, Lúcia Holanda Lopes, Ana Maria Rolim Bezerril, Poliana
Soares de Oliveira, Roberto Flávio Melo dos Santos, Nídia Lícia de Flôres
Barbosa
TRATAMENTO
HIPERTENSÃO ARTERIAL: PREVALENCIA DE FATORES DE RISCO EM FUNCIONÁRIOS QUE PARTICIPARAM DE UM MUTIRÃO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO MATERNO INFANTIL
Jedaías Silas da Silva, Ana Maria Rolim Bezerril, Poliana Soares de Oliveira,
Roberto Flávio Melo dos Santos, Nídia Lícia de Flôres Barbosa
Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão
Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra
FUNDAMENTO: Uma Liga é uma entidade acadêmica originalmente dirigida por estudantes de
cursos de graduação e tem como objetivo aprofundar os estudos em uma temática específica. A
Liga de Hipertensão do Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD) a partir do ano de 2000,
tendo como título do projeto “Atendimento Ambulatorial ao Paciente Hipertenso – Liga de Hipertensão” e coordenador Dr. Natalino Salgado Filho. Desde seu início, enfatizou-se um atendimento
multidisciplinar. Uma equipe de alunos de enfermagem participa desse atendimento, onde contribuem para uma melhor qualidade de vida aos hipertensos.
OBJETIVO: Conhecer as principais atividades desenvolvidas por alunos de enfermagem na Liga
de Hipertensão de um Hospital Universitário.
MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, realizado no Ambulatório de Nefrologia do HUPD,
onde atua a liga de hipertensão. As informações foram revisadas através documentos e registros
da equipe de enfermagem que participam do projeto.
RESULTADOS: A equipe de enfermagem da liga de hipertensão realiza as seguintes atividades:
estabelecimento do perfil da população hipertensa; realização do histórico de enfermagem contendo informações sobre o perfil sócio-econômico, fatores de risco e hábitos de vida dos pacientes; aferição da pressão arterial; consulta de enfermagem e exame físico; solicitação de exames
complementares; orientações e esclarecimentos a respeito da Hipertensão Arterial Sistêmica
(HAS) através de folders atuais e/ou informações orais. Os alunos também participam de reuniões
onde discutem artigos e temas relacionados; elaboram trabalhos para publicações; participam de
mutirões e outras atividade para ajudar no tratamento e diagnóstico de pessoas.
CONCLUSÃO: a equipe de enfermagem da liga de hipertensão juntamente com uma equipe
multidisciplinar colaboram para uma melhor adesão ao tratamento do paciente hipertenso, além
de desenvolver habilidades para um melhor desenvolvimento e amadurecimento dos próprios
alunos.
FUNDAMENTO: As doenças cardiovasculares são um importante problema de saúde pública e
a principal causa de morte da população adulta dos países desenvolvidos. Segundo a Sociedade
Brasileira de Hipertensão, a hipertensão arterial, definida como uma pressão arterial sistólica
superior a 140 mmHg e uma pressão diastólica maior que 90 mmHg durante um período sustentado. Sua prevalência aumenta com a idade, acarretando graus variáveis de incapacidades e uma
diminuição na expectativa de vida do hipertenso. Entre os fatores de risco da hipertensão arterial,
são tidos como relativamente bem conhecidos a obesidade, a ingestão excessiva de sal, a inatividade física, cor, o tabagismo, a ingestão de álcool, e um grupo um tanto impreciso de “fatores
psicológicos”, incluindo o estresse. Quanto à ocupação, renda familiar e escolaridade, que podem
ser considerados indicadores de classe social, a hipertensão tem se mostrado mais freqüente em
trabalhadores situados nas classes mais desfavorecidas e com menor escolaridade.
OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo: conhecer os fatores de risco para Hipertensão
Arterial Sistêmica (HAS) em funcionários de um Hospital Universitário em São Luis-MA e identificar dentro da população em estudo os que apresentam hipertensão arterial . Metodologia:
Trata-se de uma pesquisa quantitativa, realizada nos Hospitais Universitários Unidade Materno
Infantil e Presidente Dutra através de um mutirão do Dia do Trabalhador, em 2 de maio de 2007.
A amostra foi composta por 187 funcionários da instituição.
RESULTADOS: Observou-se a presença dos principais fatores de risco para hipertensão entre os
funcionários da instituição. Dentre os 187 participantes, a maioria (69,4%) eram mulheres; 15%
dos participantes estavam entre os valores limítrofes para hipertensão, 14% tem hipertensão leve
e 6% apresentam hipertensão moderada e grave; antecedentes familiares com importância para
hipertensão mostrou-se em 36,9% dos funcionários. Dentre os principais fatores, destacou-se o
sedentarismo (53,5%) que parece ser um dos fatores de risco mais importantes para doenças
cardiovasculares na sociedade atual. O estresse com prevalência em 39,9% da amostra apresentou-se muito próximo à freqüência de obesidade (36,0%) sendo que 29,9% apresentavam ambos
os fatores. Segue-se os demais resultados: alcoolismo (20,3%), dislipidemia (7,6%), tabagismo
(11,2%), dieta hipersódica (15,5%).
CONCLUSÃO: Diante dos resultados podemos observar que essa amostra de funcionários apresenta
como principal fator de risco para a hipertensão, o sedentarismo. Os profissionais informaram que
devido à rotina de trabalho, não a conciliam com a atividade física. Além disso, consideramos que o
percentual de indivíduos que relataram estresse foi significativo, bem como, o de antecedentes
familiares. Torna-se, portanto, necessário que os profissionais de saúde incentivem a população em
geral a modificarem seu estilo de vida, para prevenção e controle dessa enfermidade.
50
02 - Resumos.pm6
50
2/8/2007, 15:39
Resumos
157
BÁSICA
DISFUNÇÃO ENDOTELIAL EM CAMUNDONGOS FÊMEAS: IMPACTO DA ATEROSCLEROSE E DOS HORMÔNIOS SEXUAIS ENDÓGENOS
Silvana dos Santos Meyrelles, Maíne Sousa Cola, Ágata Lages Gava, Silvana
dos Santos Meyrelles, Elisardo Corral Vasquez
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia (EMESCAM)
FUNDAMENTOS: A incidência de doenças cardiovasculares (DCV) em mulheres aumenta após a menopausa. Para elucidar possíveis mecanismos envolvidos nessas patologias, modelos animais se tornam excelentes
ferramentas para melhor compreensão da participação dos hormônios femininos em DCV, tal como a aterosclerose.
OBJETIVOS: Avaliar o efeito dos hormônios sexuais femininos endógenos sobre a reatividade em leito
vascular mesentérico de camundongos ateroscleróticos.
MÉTODOS: Camundongos fêmeas C57 e ateroscleróticos por deficiência genética da apolipoproteína E (ApoE/), entre 5 e 6 meses de idade, foram divididos em 4 grupos experimentais: C57 (n = 3) , C57 ovariectomizados
(C57 OVX, n = 5) , ApoE-/- (n = 4) e ApoE-/- OVX (n = 4). A reatividade vascular do leito mesentérico isolado foi
realizada 30 dias após a ovariectomia através de curvas concentração-efeito ao vasoconstritor norepinefrina (NE),
ao vasodilatador dependente do endotélio acetilcolina (ACh) e ao vasodilatador independente do endotélio
nitroprussiato de sódio (NPS). Para análise da reatividade vascular foram consideradas as variações na pressão
de perfusão frente aos diferentes agentes vasoativos. A confirmação da eficácia da cirurgia de ovariectomia foi
realizada através do peso do útero dos animais. Os dados estão expressos como média ± EPM. Para análise
estatística foram realizadas análise de variância de 1 e 2 vias, seguidas pelo teste post hoc de Tukey. Os valores
foram considerados estatisticamente significantes quando *p < 0,05.
RESULTADOS: Confirmando o sucesso da ovariectomia, observamos que o peso do útero de ambos os
grupos OVX (C57: 7,5 ± 2,5*; ApoE-/-: 9,5 ± 0,5*) se mostrou menor quando comparados aos seus respectivos controles (C57: 22,7 ± 2,7; ApoE-/-: 27,6 ± 3,3), sem diferenças entre animais ateroscleróticos e
controles. Os valores de EC50 e resposta máxima nos diferentes grupos encontram-se na tabela abaixo.
NE
ACh
NPS
C57
-4.56 ± 0.08
-6.46 ± 0.35
-5.18 ± 0.12
NE
ACh
NPS
121.7 ± 6.7
71.3 ± 5.7
89.5 ± 4.1
EC 50
C57 OVX
-4.22 ± 0.12
-5.0 ± 0.22*
-5.63 ± 0.44
Rmáx
113.5 ± 7.4
43.8 ± 8.6*
90.3 ± 4.7
ApoE -/-4.09 ± 0.1
-5.26 ± 0.54*
-5.1 ± 0.18
ApoE -/- OVX
-4.06 ± 0.11
-5.48 ± 0.42*
-5.25 ± 0.18
108.6 ± 7.9
31.3 ± 5.4*
81.0 ± 4.2
100.0 ± 10.3
43.0 ± 18.0*
97.4 ± 1.8
CONCLUSÕES: A ausência dos hormônios sexuais femininos não promove alterações na resposta vasoconstritora e no relaxamento do músculo liso vascular em leito mesentérico de camundongos fêmeas. No
entanto, a ovariectomia causa prejuízo da função endotelial, sendo que a aterosclerose não exacerba estes
efeitos.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, Capes e FACITEC
159
BÁSICA
158
BÁSICA
CARACTERIZAÇÃO DE UM GRUPO DE HIPERTENSOS EM ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL: ASPECTOS BIOSSOCIAIS, CONHECIMENTO SOBRE A
DOENÇA E TRATAMENTO E ADESÃO AO TRATAMENTO
Elaine dos Santos Jesus, Angela Maria Geraldo Pierin, Mônica Ap. de Oliveira
Augusto
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares.
No Brasil, em 2003, 27,4% dos óbitos foram decorrentes de doenças cardiovasculares, atingindo 37%
quando são excluídos os óbitos por causas mal definidas e a violência.
OBJETIVO: Caracterizar um grupo de hipertensos em relação às variáveis biossociais, crenças e conhecimentos sobre a doença, atitudes frente ao tratamento e fatores que podem interferir na adesão ao tratamento.
DELINEAMENTO: Estudo com abordagem quantitativa de forma não experimental, exploratório e transversal.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram estudados 511 hipertensos, 68% mulheres, 56% brancos, 67% com
companheiro, 58% possuíam primeiro grau, 43% ocupação em atividades do lar / serviços domésticos,
19,8% aposentados e 56,0% renda até 5 salários mínimos.
MÉTODOS: Os dados foram coletados através de entrevista, formulário próprio – questões de identificação,
crenças, conhecimentos da doença, tratamento, atitudes frente ao tratamento e avaliação do sentimento em
relação à vida. A medida da pressão arterial foi realizada com aparelho automático; membro superior esquerdo;
posição sentada; braço na altura do coração; após 5-10 minutos de repouso; e 5 vezes consecutivas, intervalo
entre uma e outra medida de 1 a 2 minutos.
RESULTADOS: A média de idade na quinta década (53 ± 11 anos), 39% sobrepeso e 43% obesos. A pressão
arterial predominou faixa acima da normalidade, médias de 151 ± 20 / 92 ± 15 mmHg, sendo que 85% dos
homens e 74% das mulheres não estavam com pressão controlada (< 140/90 mmHg). Quanto aos hábitos de
vida, 13% eram tabagistas; 98% nunca usou substâncias tóxicas; 9% etilistas e 59% referiram não praticar
atividade física regularmente. Em relação ao diagnóstico da doença, 66% mais de 5 anos de hipertensão e 51%
não tinham o hábito de medir a pressão e os que mediam o faziam em serviços de saúde, em casa ou na farmácia;
e 88% referiram que já trataram hipertensão arterial antes. Em relação a crenças e conhecimentos, 84% referiu
que o tratamento deve durar a vida toda e 67% que a doença não tem cura. Mais de um terço afirmou ter
interrompido o tratamento, por motivos: remédios muito caros, não foram orientados quanto a necessidade
de tomar os medicamentos e acreditavam que devem tomar os medicamentos quando se sentem mal. Em relação
à falta às consultas 23% informaram esse fato, devido a esquecimento, problemas particulares, viagem e para
não faltar ao trabalho. Em relação às atitudes frente ao tratamento, referiram que às vezes esquecem de tomar
os remédios (32%), raramente ou nunca tomam no mesmo horário (22%), nunca providenciam remédios antes
de acabarem (5%), às vezes deixam de tomar remédio por conta própria (19%) e nunca ou raramente seguem
as orientações alimentares (18%). Quanto à avaliação de sua vida como um todo a maioria (65%) informou
satisfação.
CONCLUSÕES: A caracterização dos hipertensos identificou aspectos que podem dificultar a adesão ao
tratamento. O enfermeiro ao planejar as suas ações frente à população hipertensa deve considerar as suas
características para que a assistência tenha abrangência para atender as reais necessidades.
160
BÁSICA
MISCELÂNEA DE COMORBIDADES – UM CASO DE HAS REFRATÁRIA COMO
COMPONENTE DE DESTAQUE EM QUADRO DE SÍNDROME METABÓLICA
ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR EM HIPERTENSOS: UMA
BASE PARA PREVENÇÃO
Marcela Araújo Castro, Janaise Marques de Oliveira, Aureleide Câmara Correia
(Orientadora), Jose Sérgio Nascimento Silva, Lívia de Kassia Leal
Interaminense, Jayme Augusto Schmitt, Diego Luiz Gomes do Amaral, Leila
Isabele de Souza Mota, Clarissa Rocha da Cruz
Santos RFM, Oliveira PS, Souza NC, Pinheiro Carlos PR, Soares EM
Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco Prof. Luiz Tavares – Procape, Recife, PE
FUNDAMENTO: Descrição de um caso de Síndrome Metabólica, tendo a HAS como fator
desencadeante de várias comorbidades apresentadas.
OBJETIVO: Rever na literatura casos de Síndrome Metabólica com HAS não controlada associada a outras co-morbidades e apresentar este quadro clínico a esclarecer.
DELINEAMENTO: Trata-se de um relato de caso de uma paciente que apresenta ICC diastólica
e IRC agudizada como conseqüências principais da descompensação da HAS na Síndrome Metabólica.
PACIENTE OU MATERIAL: RDS, mulher, 69 anos, natural de Jaboatão, procedente de Paulista.
MÉTODOS: Paciente diabética e hipertensa há 10 anos, admitida em pronto-socorro cardiológico
em junho de 2007, com história de DAC há 4anos, revascularização miocárdica e amputação de
MIE, em uso de Losartan, Furosemida e Carvedilol. Ao exame físico, apresentou-se em EGR,
dispnéica (+++/4+), afebril, hipocorada (+/4+), consciente, orientada, apresentando edema de
MMSS (++/4+). ACV: RCR em 2T com BNF; à ausculta: sopro sistólico de regurgitação em FT. PA:
130x80 mmHg. AR: MV(+) em AHT com alguns roncos difusos. Demais aparelhos normais. O
ECO mostrou função sistólica comprometida, hipocontratilidade septal e disfunção diastólica do
VE, aumento das câmaras direitas e IT importante. Foram diagnosticadas IRC agudizada e ICC
diastólica, a paciente foi internada e tratada com Furosemida e Nifedipina.
RESULTADOS: O quadro apresentou piora sendo necessário o encaminhamento da paciente para
UTI, que apresentou desconforto respiratório importante e níveis pressóricos elevados (SatO2:
88%, em ambiente), com suspeita de TEP, IVE e miocardite isquêmica. EGC, consciente, orientada, dispnéica (+++/4+), acianótica, hidratada, com edema em MMSS (++/4+). ACV: RCI com
BNF com sopro em FT. PA: 150x90 mmHg. AR: MVE com roncos em AHT. O ECG demonstrou
ritmo irregular supraventricular e FA. Fez desde então uso de Captopril, Furosemida e Anlodipina.
Foi solicitada diálise. Desde sua admissão, a paciente mantém os níveis de PA altos, com picos de
(180-220x110-140 mmHg).
CONCLUSÕES: A HAS como componente da Síndrome Metabólica é responsável pelo surgimento
de várias complicações que diminuem a qualidade de vida do paciente. Somado a isto, o descontrole da HAS, por não adesão ao tratamento ou por refração medicamentosa, tende a piorar o
prognóstico. As conseqüências mais comuns dessa descompensação incluem as comorbidades
apresentadas pela paciente deste caso, são elas: DAC, ICC distólica, IRC.
Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, São Luis, MA
FUNDAMENTO: Há cerca de 17 milhões de hipertensos no país (BRASIL, 2006). A doença pode
comprometer o equilíbrio dos mecanismos vasodilatadores/constritores, levando ao aumento da
tensão sangüínea vascular, capaz de afetar a irrigação tecidual e provocar danos. É um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). No tratamento
da HAS, realizar uma abordagem individual de estratificação do risco cardiovascular (RCV) é
uma atitude válida. Com essa finalidade o escore de Framingham define o risco de eventos CV, em
10 anos.
OBJETIVO: Estratificar o RCV em hipertensos, de acordo com o escore de Framingham.
MÉTODOS: Estudo descritivo, quantitativo, entre janeiro/junho de 2007, envolvendo pesquisa em
210 prontuários. Os sujeitos atenderam aos critérios: diagnóstico médico de hipertensão; fichas de
atendimento constando, indispensavelmente: idade (20 a 79 anos), sexo, cor, peso, altura, sedentarismo ou não, história familiar de DCV, hábito de fumar, medida da pressão arterial sistólica
(PAS), diabetes ou não e exames laboratoriais de Colesterol total e HDL-colesterol. A estratificação do RCV baseou-se no escore de Framingham, segundo sexo, envolvendo as variáveis:
Idade, PAS, CT, HDL-c, hábito de fumar. Estas são organizadas em classes com pontuações
específicas. Os indivíduos foram classificados nas categorias de risco baixo (< 10%), médio
(10%-20%) e alto (> 20%). Calculamos também o IMC, definido pela OMS como a relação peso/
(altura)², utilizando IMC > 25 kg/m² para definir sobrepeso e IMC > 30 Kg/m² obesidade. Para a
análise estatística utilizamos os programas Windows Excel (versão 2000) e Epi Info (versão
2002).
RESULTADOS: Na amostra, 73,4% eram mulheres e 26,6% homens, entre 34-79 anos de idade,
sendo 23,3% brancos, 43,3% pardos e 33,4% negros. A tabela abaixo demonstra o RCV por sexo.
Constatamos sobrepeso em 42,9% e obesidade em 26,6%. Indivíduos com sobrepeso tiveram a
maior freqüência de alto risco, 4,7%. O sedentarismo foi observado em 57,6%, sendo maior am
mulheres, 81,2%. Dos sedentários, 65,3% tinham baixo risco, 28,1% médio e 6,6% alto. DCV
apresentou-se na história familiar de 86 indivíduos. Entre estes, 70% estavam em baixo risco,
24,5% médio e 5,5% em alto. Dos 38 diabéticos, 28,9% homens e 71,1% mulheres, 44,7% estavam
em baixo risco, 47,4% em médio e 7,9% alto.
CONCLUSÕES: A estratificação do RCV pode auxiliar na conduta terapêutica a ser tomada.
Dessa forma, a utilização rotineira desse escore pode garantir a implementação de medidas,
sobretudo, preventivas no tratamento da HAS.
51
02 - Resumos.pm6
51
2/8/2007, 15:39
Resumos
161
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PREVALÊNCIA DA GLICEMIA ALTERADA EM HIPERTENSOS E SUA RELAÇÃO COM A OBESIDADE ABDOMINAL
Maria Auxiliadora AV Santos, Fátima Lúcia Machado Braga, Amanda Moreira,
Aline Rafaelly, Jocelene, Tenório Godoi, Fernando Menezes Campello de Souza,
André Leite Wanderley, Rosa Carneiro, Hilton Chaves
Clínica de Hipertensão, Universidade Federal de Pernambuco
162
TRATAMENTO
IMPACTO DO TREINAMENTO AERÓBIO DURANTE A HEMODIÁLISE NA PRESSÃO ARTERIAL E NA CAPACIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA
Maycon de Moura Reboredo, Diane Michela Nery Henrique, Ruiter de Souza
Faria, Bruno Curty Bergamini, Marcus Gomes Bastos, Rogério B. Paula
Universidade Federal de Juiz de Fora – Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Nefrologia
(NIEPEN), Fundação IMEPEN, Juiz de Fora, Minas Gerais
FUNDAMENTO: A hipertensão e a obesidade abdominal estão relacionadas à resistência à
insulina e são importantes fatores de risco para diabetes tipo 2. A agregação desses fatores
aumenta o risco cardiovascular.
OBJETIVO: Estimar a prevalência e as correlações entre alteração da glicemia de jejum e
obesidade abdominal, em pacientes da Clínica de Hipertensão do hospital universitário.
DELINEAMENTO: Estudo observacional transversal
AMOSTRA: Envolveu 470 pacientes, 75,8% mulheres, idade de 25-72 anos (média 58), no
período de 2004-2006.
MÉTODOS: Foram coletados dados referentes ao gênero, idade, pressão arterial, circunferência
abdominal (critério IDF) e glicemia de jejum (taxa de referência < 100 mg/dL). A análise estatística utilizou o software EPI-INFO 6.04 e Statistica 7. Foram calculados testes de prevalência,
razão de prevalência e qui-quadrado (p < 0,05; intervalo de confiança 95%), Teste Mann-Whitney
U.
RESULTADOS: Observou-se glicemia alterada em metade dos indivíduos (50,9%), predominantemente mulheres (38,9% vs 12,0%). A freqüência de obesidade abdominal foi consideravelmente alta (85,5%). O grupo com glicemia > 100 gm/dL apresentou uma PAS 5,4 mmHg, em média,
maior do que os normoglicêmicos (Mann-Whitney p = 0,02), enquanto para PAD não houve
diferença estatisticamente significativa. Evidenciou-se associação significativa da alteração da
glicemia com a idade (p < 0,05) e com obesidade abdominal (p < 0,01), mas não com sexo (p >
0,05).
CONCLUSÕES: Os resultados do presente estudo reforçam a necessidade de atenção maior aos
níveis glicêmicos e circunferência abdominal de hipertensos, como forma de prevenir eventos
cardiovasculares.
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial e as complicações cardiovasculares são altamente prevalentes na população de renais crônicos em hemodiálise (HD), e se associam à redução da capacidade
funcional (CF). Alguns autores têm demonstrado que um programa de exercício realizado durante
as sessões de HD, contribui para o melhor controle pressórico e para o aumento da CF.
OBJETIVO: Avaliar o efeito do exercício aeróbio realizado durante as sessões de HD no controle
pressórico e na CF de pacientes com doença renal crônica (DRC).
DELINEAMENTO: Experimental não controlado.
PACIENTES: A amostra foi constituída de 14 pacientes (10 mulheres e 4 homens), com média de
idade de 47,57 ± 12,79 anos, portadores de DRC sob tratamento hemodialítico.
MÉTODOS: Os pacientes foram avaliados ao início do estudo e após 3 meses de treinamento
aeróbio, realizado nas 2 horas iniciais da HD. O treinamento foi constituído de aquecimento,
condicionamento e resfriamento. No aquecimento foram realizados exercícios de alongamentos,
além de atividade aeróbia com carga e rotação baixa por 5 min. Durante o condicionamento a
carga e a rotação foram aumentadas e mantidas constantes de acordo com a tolerância de cada
paciente por 30 min. O resfriamento constituiu de redução progressiva da carga e rotação, além
de alongamentos. Para análise das médias pressóricas e da CF, os pacientes foram submetidos
respectivamente a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) por 24 horas e ao teste
cardiopulmonar em esteira rolante. Para análise estatística foi utilizado o teste t (p < 0,05).
RESULTADOS: Conforme demonstrado na tabela abaixo, após 3 meses de treinamento aeróbio,
observamos redução estatisticamente significante da pressão arterial, acompanhada de melhora da CF.
Pressão arterial sistólica (mmHg)
Pressão arterial diastólica (mmHg)
Pressão arterial média (mmHg)
Pico de consumo de oxigênio (mL/Kg/min)
Basal
150,57 ± 18,43
94,64 ± 10,5
113,57 ± 13
20,65 ± 5,31
Final
143,5 ± 14,7*
91,43 ± 9,65*
109,07 ± 11,43*
21,25 ± 6,36
* p < 0,05
CONCLUSÕES: A realização de exercício aeróbio, durante as sessões de HD, proporcionou
importante redução dos níveis pressóricos e aumento na CF de pacientes portadores de DRC.
163
BÁSICA
PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS E SÍNDROME METABÓLICA EM PORTADORES DE DOENÇA CRÔNICA NÃO TRANSMISSÍVEL
Daniele Idalino Janebro, Maria do Socorro Ramos de Queiroz, Marina Sousa
Pinheiro Mota, Rafael de Carvalho Mendes, Laís Cristiane Costa Figueiredo
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e Prefeitura Municipal de Campina Grande, PB
FUNDAMENTO: A Síndrome Metabólica (SM) é vista atualmente como uma epidemia mundial,
com números alarmantes, associada à alta morbimortalidade cardiovascular e elevado custo
socioeconômico. O ganho ponderal é preditor independente para o desenvolvimento da SM,
embora nem todos os indivíduos obesos a apresentem. Diversos estudos revelaram a estreita
relação da adiposidade abdominal, com a tolerância à glicose, hiperinsulinemia, hipertrigliceridemia e hipertensão arterial. O portador da SM apresenta maior risco de mortalidade cardiovascular.
OBJETIVO: Este trabalho teve como objetivo determinar o valor do Índice de Massa Corpórea
(IMC) que é um preditor de obesidade central (OC) e esta de risco cardiovascular e de SM.
METODOLOGIA: Foi um estudo longitudinal, descritivo e quantitativo realizado no período de
fevereiro a março de 2007, com usuários do programa de hipertensão e Diabates Mellitus, do
Serviço Municipal de Saúde, em Campina Grande-PB. Os parâmetros avaliados foram o Índice
de Massa Corpórea (IMC) e a Obesidade Central (OC) e todos os dados obtidos foram tratados
através da estatística percentual.
RESULTADOS: A população estudada foi composta por 193 pacientes, sendo 76% do gênero
feminino. A faixa etária mais prevalente correspondeu a 50-69 anos (55%) e a hipertensão isolada
atingiu 75% da amostra e associada ao Diabetes Mellitus 23%. Com relação ao IMC e a OC nos
homens foram registrados aumentados em 60% e 40% respectivamente enquanto que nas mulheres estes parâmetros representaram 89%.
CONCLUSÃO: Observou-se que os dados obtidos estão de acordo com a literatura, as mulheres
têm maior risco de apresentar OC. A distribuição da gordura corporal é revelante, especificamente a centralizada porque parece ser o elo entre o tecido adiposo e a resistência à insulina característica da SM. A quantificação da gordura central foi importante para identificar maiores riscos
para o desenvolvimento da SM em hipertensos e diabéticos sujeitos as intervenções precoces na
tentativa de reduzir os impactos das anormalidades metabólicas sobre a mortalidade cardiovascular.
164
BÁSICA
PACIENTES ACOMPANHADOS PELO PROGRAMA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL ACOMETIDOS POR ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO – ESTUDO
COM UM GRUPO ESPECÍFICO
Alice Gabrielle de Sousa Costa, Ana Railka de Souza Oliveira Daniel Bruno
Resende Chaves, Filipe Emmanuel Coelho Alves, Francisca Bertilia Chaves Costa,
Thelma Leite de Araujo
Centro de Saúde da Família Carlos Ribeiro e Unidade Básica de Saúde César Calls, Fortaleza,
Ceará
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial constitui-se como o principal fator de risco para complicações cardiovasculares, mas nenhuma conseqüência adversa da hipertensão tem efeitos potenciais tão fortemente incapacitantes como o Acidente Vascular Encefálico (AVE). A hipertensão está presente em cerca de 70% dos casos de AVE, confirmando a importância de medidas
preventivas.
OBJETIVO: Investigar a ocorrência de Acidente Vascular Encefálico em pacientes atendidos
pelo programa de hipertensão arterial.
DELINEAMENTO: Estudo exploratório-descritivo, transversal, realizado nos meses de outubro
de 2006 a fevereiro de 2007 em duas unidades de saúde que trabalham com o programa de
hipertensão arterial da cidade de Fortaleza, CE
PACIENTE OU MATERIAL: 40 participantes, acompanhados pelo programa de hipertensão
arterial acometidos por pelo menos um episódio de Acidente Vascular Encefálico.
MÉTODOS: Utilizou-se um formulário, respondido predominantemente por fonte do tipo primária, por meio de visitas domiciliares. Os dados foram analisados pelo programa SPSS versão 15.0.
A pesquisa atendeu aos aspectos éticos preconizados pela resolução 196/96.
RESULTADOS: A maioria dos participantes (24) era do sexo feminino, a idade média identificada
foi de 65 anos. A média do tempo de conhecimento do diagnóstico de hipertensão arterial foi de
9,58 (± 9,99) anos. 28 participantes foram acometidos por um episódio, 06 por dois episódios e 06
por três episódios de AVE. Dos 40 participantes, 06 não recordaram a data do primeiro episódio
de AVE, nos demais, encontrou-se a média de 6,01 (± 6,70) anos desde a ocorrência, similar à
média de acompanhamento pelo programa de hipertensão arterial, 6,13 anos. Mesmo diante desse
quadro, do total de 40 pacientes apenas 21 mantinham tratamento contínuo para hipertensão
arterial dentro do referido programa de acompanhamento.
CONCLUSÕES: Mesmo tendo conhecimento prévio do diagnóstico de hipertensão arterial, os
participantes só começaram a ser acompanhados por uma determinada unidade de saúde, detentora da promoção da saúde, após um episódio de complicação cerebrovascular, que culmina, na
maioria dos casos, em seqüelas irreversíveis. Partindo-se da realidade encontrada, a equipe de
saúde, em especial o enfermeiro, tem um papel imprescindível quanto à orientação destes pacientes, com estratégias de saúde que venham a alertá-los quanto às conseqüências de uma doença
crônica não tratada, incentivando-os à participação nos programas de promoção da saúde.
52
02 - Resumos.pm6
52
2/8/2007, 15:39
Resumos
165
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
FATORES ASSOCIADOS À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA POPULAÇÃO
ADULTA DE GOIÂNIA: MONITORAMENTO POR MEIO DE ENTREVISTAS TELEFÔNICAS
Iana Cândido Cunha, Maria do Rosário Gondim Peixoto, Paulo César Brandão
Veiga Jardim, Priscila Valverde de Oliveira Viotinro
166
BÁSICA
IDENTIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ESTUDO
DE SEGUIMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL DE CRIANÇAS
Alice Gabrielle de Sousa Costa, Ana Railka de Souza Oliveira, Daniel Bruno
Resende Chaves, Filipe Emmanuel Coelho Alves, Thelma Leite de Araujo
Departamento De Enfermagem - Universidade Federal Do Ceará, Fortaleza, Ceará
Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil
INTRODUÇÃO: A indicação do sedentarismo como fator de risco de doenças crônicas não
transmissíveis se dá por meio de estudos epidemiológicos que mostram uma relação inversa entre
o nível de atividade física diária e a morbimortalidade cardiovascular.
OBJETIVO: O presente trabalho teve por objetivo identificar a freqüência da prática de atividade
física e do sedentarismo na população adulta de Goiânia, além de investigar as variáveis associadas ao sedentarismo.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, realizado na cidade de Goiânia, GO com
amostra probabilística da população adulta atendidos por linhas telefônicas fixas. Foram realizadas 2002 entrevistas. A construção do banco de dados e as análises estatísticas foram realizadas
com o auxílio do aplicativo STATA, versão 8.0. As análises de associação entre indicadores de
risco e características sociodemográficas com a prática de atividade física ou sedentarismo
foram realizadas empregando teste estatístico de distribuição do Qui quadrado e ponderadas por
um fator de ajuste delineado para “representar” a população adulta com telefone. Este projeto foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de
São Paulo (Resolução CNS196/96).
RESULTADOS: Houve relação inversa entre sedentarismo e escolaridade em ambos os sexos. A
prevalência de hipertensão auto-referida foi menor naqueles indivíduos que praticam atividade
física (p = 0,00).
Tabela 1. Estimativas para freqüência de atividade física e sedentarismo na população adulta segundo procedimento de ajuste, Goiânia, 2005
Freqüência (%) segundo ajuste** (n = 2002)
Masculino % IC (95%)
Feminino % IC (95%)
33,12 (29,07-37,43)
20,72 (17,84-23,93)
66,88 (62,57-70,92)
79,28 (76,07-82,16)
Atividade física ocupacional
21,54 (17,460-26,28)
11,46 (9,31-14,02)
78,46 (73,72-82,54)
88,54 (85,98-90,69)
Atividade física no transporte
8,41 (6,14-11,41)
8,66 (6,66-11,18)
91,59 (88,59-93,86)
91,34 (88,82-93,34)
72,35 (68,24-76,11)
50,21 (46,12-54,30)
Sedentarismo 1
** Ajustada para “representar” a população adulta total do município
1
Inativo no lazer, ocupacional, limpeza e no transporte
Atividade física no lazer
Ativo
Inativo
Ativo
Inativo
Ativo
Inativo
CONCLUSÃO: É evidente que para melhorar o perfil de risco para doenças crônicas não transmissíveis são necessárias estratégias de prevenção primária. Esta prática é importante, visto que,
existe uma relação inversa entre os níveis moderados a vigorosos de atividade física, com morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares e obesidade.
167
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PRESENÇA DE DISLIPIDEMIA EM UM GRUPO DE HIPERTENSOS
Ana Lúcia Tosta Ribeiro, Ana Cristina Bernardes Gentil, Caroline Boteon de
Oliveira, Paula Saretta de Oliveira, Sally Cristina Moutinho Monteiro
Curso de Farmácia – Bioquímica da Fundação Educacional de Barretos, Barretos, São Paulo
FUNDAMENTO: A prevalência da hipertensão arterial, embora predominante na fase adulta,
em crianças e adolescentes não é desprezível, ficando entre 1,2% a 13% (DIRETRIZES, 2002).
Alguns estudos alertam para a possibilidade de crianças apresentarem valores da pressão arterial
elevados e tenderem a evoluir para níveis ainda mais altos, tornando-se adultos portadores de
hipertensão arterial (OLIVEIRA et al., 1999). Neste contexto, os estudos longitudinais, abordando a temática pressão arterial em crianças e adolescentes estão sendo realizados em diversos
lugares do mundo. No Brasil, no entanto, estudos de acompanhamento, sobre a temática abordada,
ainda não são realizados com freqüência.
OBJETIVO: Objetiva-se no estudo investigar, em escolares de 6 a 11 anos de idade, a presença
de percentis de PAS e de PAD acima do normal para sexo, idade e estatura, a existência de fatores
de risco para alterações cardiovasculares e acompanhar a pressão arterial por seis meses.
DELINEAMENTO: Estudo longitudinal desenvolvido em uma escola pública de Fortaleza, no
período de 2004 a 2007.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram acompanhadas 92 crianças de 6 a 11 anos.
MÉTODOS: Após uma primeira avaliação de 225 escolares (6 a 11 anos), nas quais foi aplicado
um questionário para identificação de fatores de risco para doenças cardiovasculares, encontrouse 92 crianças com percentis de pressão arterial acima de 90 para sexo, idade e estatura nessa
primeira avaliação. A partir de então as medidas da PAS e PAD foram repetidas em cinco avaliações mensais.
RESULTADOS: Indivíduos do sexo masculino estiveram mais presentes (53,3%). A maioria dos
participantes 56 (60,9%) possuía antecedente familiar para doenças cardiovasculares; nenhum
era tabagista, porém 36 (39,1%) eram fumantes passivos e 4 (4,3%) faziam uso de bebida alcoólica. Quanto à prática de atividade física, 50% dos escolares referiram não realizar. O número
de crianças com sobrepeso e obesidade 6,5% e 16,3%, respectivamente, mostrou-se elevado. Ao
avaliar a evolução mensal das médias de PAS e PAD, observou-se que tendiam à diminuição,
mesmo mantendo-se acima do percentil 90.
CONCLUSÕES: Conclui-se que as crianças apresentaram diversos fatores de risco para alterações cardiovasculares e percentis elevados de PAS e PAD para a idade, sexo e estatura. Estas se
mantiveram alteradas em medidas consecutivas, ressaltando a importância de aferir em consultas
de saúde a pressão arterial para identificar precocemente as alterações e incluir os portadores de
valores alterados em programas de tratamento.
168
BÁSICA
MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDIOVASCULAR E FUNÇÃO BAROREFLEXA CARDÍACA ESPONTÂNEA EM RATOS OBESOS
Ricardo Alexandre de Morais Brandólis, Vanessa Capuano, Igor de Oliveira
Loss, Valdo José Dias da Silva
Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial constitui-se uma das afecções mais comuns do mundo
moderno, distribuindo-se de forma característica por toda população e agindo como um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. No Brasil, em média,
15 a 20% da população adulta, com idade acima de 20 anos, é portadora de hipertensão arterial.
Os riscos de mortalidade por essas doenças aumentam progressivamente com a elevação da
pressão arterial em todas as faixas etárias e reconhece-se que em torno de 80% dos pacientes
hipertensos apresentem algum grau de dislipidemia.
OBJETIVO: Segundo estudos epidemiológicos de Framingham a hipertensão contribui mais para
o aparecimento das doenças cardiovasculares que qualquer outro fator isolado, sem diferença de
sexo e idade. Deste modo, o objetivo do presente trabalho foi verificar o perfil lipídico em uma
amostra de hipertensos.
DELINEAMENTO: Portadoras de hipertensão que freqüentam uma Unidade Básica de Saúde,
de Votuporanga (SP) foram informadas e convidadas a participar do estudo.
PACIENTE OU MATERIAL: Portadores de hipertensão arterial.
MÉTODOS: Mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Resolução
196/96 CNS), 58 pessoas foram avaliadas e responderam questionário sobre dados biológicos e
hábitos alimentares; submetidos a aferição da pressão arterial (seguindo IV Diretrizes Brasileiras
de Hipertensão) e coleta de sangue (jejum de 12 horas). As determinações bioquímicas do perfil
lipídico e glicídico foram realizadas por métodos enzimáticos e o LDL colesterol estimado pela
fórmula de Friedwald.
RESULTADOS: Dentre os voluntários 34 (58,6%) eram mulheres e 24 (41,4%) eram homens,
com faixa etária de 28 a 78 anos. Após as determinações bioquímicas verificou-se que 3,77% (01
homem e 01 mulher) dos sujeitos da pesquisa apresentam elevadas concentrações de colesterol
total, seguida por 1,88% (01 homem) com baixa concentração de HDL colesterol, 3,77% (01
homem e 01 mulher) com aumento da na concentração de LDL colesterol e 35,85% (13 homens
e 05 mulheres) apresentam altas concentrações de triglicerídeos. Quanto ao perfil glicídico podese verificar que 11,32% (02 homens e 04 mulheres) dos voluntários apresentaram alterações.
CONCLUSÕES: Desta maneira, torna-se oportuno e seguramente benéfico a realização de
programas de conscientização da importância de hábitos saudáveis de vida, como alimentação
balançada e pratica de exercícios físicos, para reduzir ou postergar os eventos cardiovasculares
nesses indivíduos; além da adoção de tratamento concomitante para essas afecções a fim de
proporcionar maior redução da morbimortalidade cardiovascular.
FUNDAMENTO: A obesidade é considerada um importante fator de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial sistêmica. Os mecanismos responsáveis por esta associação não são
completamente entendidos. Alterações na função autonômica cardiovascular, bem como no controle barorreflexo arterial, podem estar envolvidos.
OBJETIVO: Avaliar a modulação autonômica cardiovascular e a sensibilidade barorreflexa
cardíaca espontânea em ratos obesos induzidos por glutamato monossódico.
DELINEAMENTO: Estudo experimental controlado.
MÉTODOS: Ratos Wistar receberam injeções subcutâneas de glutamato monossódico (grupo
obeso) ou veículo (grupo controle) do quinto até o décimo dia de vida. Ao final de 04 meses, os
animais foram submetidos à cirurgia de canulação femoral sob anestesia com tionembutal (40 mg/
kg, i.p.). No dia seguinte, registro contínuo basal de 30 minutos da pressão arterial (PA) pulsátil
foi realizado em ratos conscientes. A partir do sinal de PA pulsátil, séries temporais de intervalo
de pulso (IP) e de PA sistólica (PAS) foram obtidas e analisadas por meio de análise espectral
autorregressiva monovariada, a qual permitiu o cálculo das densidades espectrais das oscilações
de baixa (LF) e alta freqüência (HF) da variabilidade do IP e da PAS. Em adição, por meio de
análise espectral autoregressiva bivariada do IP e da PAS, foi possível calcular a coerência, o
desvio de fase e o índice alfa, um índice de sensibilidade barorreflexa cardíaca espontânea.
RESULTADOS: Os níveis basais (media ± erro padrão) de PA sistólica, diastólica e média, bem
como de freqüência cardíaca, dos animais obesos não diferiram dos animais controles (135 ± 4
mmHg, 88 ± 4 mmHg, 108 ± 4 mmHg e 327 ± 9 bpm versus 141 ± 2 mmHg, 97 ± 2 mmHg, 116
± 2 mmHg e 340 ± 6 mmHg, respectivamente). Em adição, a variância e os parâmetros de
variabilidade no domínio da freqüência, tais como potência de LF e HF da variabilidade do IP,
também não foram diferentes entre os dois grupos estudados. Entretanto, um significativo aumento
do componente LF da variabilidade da PAS foi observado nos ratos obesos (6,7 ± 0,8 mmHg 2
versus 4,4 ± 0,5 mmHg2 no grupo controle, p < 0,05). Nenhuma diferença na sensibilidade
barorreflexa cardíaca espontânea foi observada.
CONCLUSÕES: Embora os parâmetros hemodinâmicos basais, pressão arterial e freqüência
cardíaca, bem como sensibilidade barorreflexa, não tenham sido diferentes nos animais obesos
devido ao glutamato monossódico, um aumento no componente de baixa freqüência (LF) da PAS
foi observado, sugerindo uma elevação da modulação simpática vascular periférica associada à
obesidade neste modelo em ratos.
APOIO FINANCEIRO: FAPEMIG, FUNEPU, CNPq
53
02 - Resumos.pm6
53
2/8/2007, 15:39
Resumos
169
TRATAMENTO
170
BÁSICA
MUSICOTERAPIA COMO COADJUVANTE NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÂO
AÇÕES EDUCATIVAS COM DIABÉTICOS E HIPERTENSOS: RELATOS DE UMA
EQUIPE DE ESF
Claudia Regina de Oliveira Zanini, Paulo César Jardim, Marta Catalayud, Dalma
Pereira, Fabrícia de Urzêda, Mariana Cabral, Estelamaris Monego, Ana Luiza
Sousa, Thiago Jardim, Luciana Jardim, Weimar Souza
Ariete Ramirez, Roberta Melão, Mirian Julieta Orellana
Liga de Hipertensão da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás
FUNDAMENTO: Relato de atividade desenvolvida em Unidade Básica de Saúde na Estratégia
de Saúde da Família, situado na zona leste da cidade de São Paulo para portadores de diabetes e
hipertensão.
OBJETIVO: Discutir fatores de risco, identificar Índice de Massa Corpórea (IMC), Relação
cintura-quadril e pressão arterial e discussão dos dados identificados com cada participante.
MÉTODOS: Utilizamos discussões embasadas pela teoria da problematização.
RESULTADOS: No primeiro encontro, em junho de 2006, houve participação de 70% da população diagnosticada como hipertensa e diabética e desses 60% apresentavam risco elevado para
complicações relacionadas às patologias. A partir de então, aconteceram encontros mensais
durante os meses de agosto/2006 a fevereiro/2007, trabalhando temas relevantes ao auto-cuidado.
Houve participação média de 65% daqueles inscritos no primeiro encontro de junho/2006.
CONCLUSÕES: As conclusões são preliminares. O interesse e a transformação no auto cuidado
foram observados e discutidos a cada retorno com os participantes, além de discussões realizadas
na equipe multiprofissional com a contribuição das Agentes Comunitárias de Saúde e das Auxiliares de Enfermagem que realizam visitas domiciliarias mensais às famílias.
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial (HA) é uma doença de massa e suas complicações elevam
as taxas de morbi-mortalidade. O tratamento deve visar uma ação global em relação aos fatores de
risco cardiovasculares. Diversos estudos têm mostrado efeitos positivos da música em diversas patologias. A ação da Musicoterapia como parte da equipe que cuida do paciente hipertenso poderá
agregar benefícios adicionais ao tratamento, inclusive com melhora na qualidade de vida.
OBJETIVO: Avaliar os benefícios da Musicoterapia no tratamento de pacientes hipertensos.
DELINEAMENTO: Estudo de caso-controle com abordagem qualitativa e quantitativa.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudados pacientes de ambos os sexos, idade > 50 anos, HA estágio
1, em uso de medicação anti-hipertensiva. Divididos aleatoriamente em 02 grupos, experimental
(GE) e controle (GC). O GE além do acompanhamento convencional no serviço, foi atendido em
sessões de musicoterapia com freqüência semanal por 12 semanas. O GC permaneceu sob tratamento padrão. Avaliados no início (i) e final (f) da observação com relação a: tabagismo; Índice
de Massa Corpórea (ÍMC); Pressão Arterial (PA); freqüência cardíaca (FC); perfil metabólico;
freqüência às consultas; adesão ao tratamento. Aplicados dois instrumentos de avaliação de
qualidade de vida, sendo um genérico (SF-36) e outro específico para sintomas de HA. A voz,
como importante reflexo do estado físico, psíquico e emocional, foi o principal recurso utilizado
no decorrer das sessões musicoterápicas.
RESULTADOS: Apresentados na tabela dados parciais da avaliação qualitativa (resultados do
Questionário SF-36) nos momentos inicial (i) e final (f) da investigação. Valores referem-se à
média dos escores obtidos entre os participantes dos grupos. Os valores numéricos mais elevados
indicam evolução positiva nos parâmetros avaliados.
Gr.
GC
(n = 23)
GE
(n = 23)
CFi
CFf
AFi
AFf
Di
66,52 58,91 54,35 52,17 48,00
Df
EGSi EGSf
Vi
Vf
ASi
ASf
49,91 65,00 64,09 52,73 49,78 67,39 67,93
AEi
AEf
SMi
SMf
62,31 56,35 64,70 56,70
59,96 70,65 54,35 76,09 51,57
77,17 64,43 84,13 57,17 72,17 74,46 92,39
66,29 95,65 68,52 83,83
CF = Capacidade Funcional
AF = Aspectos Físicos
D = Dor
EGS = Estado Geral de Saúde
V = Vitalidade
AS = Aspectos Sociais
UBS/ESF Jardim Fanganiello – Guaianases, São Paulo, SP
AE = Aspectos Emocionais
SM = Saúde Mental
CONCLUSÕES: Os dados apresentados sinalizam que a Musicoterapia pode contribuir para o
tratamento da HA e o musicoterapeuta pode ser inserido em programas de atendimento multidisciplinar a esta clientela, pois contribui para melhoria da qualidade de vida do paciente hipertenso,
importante fator para sua adesão ao tratamento.
171
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
ESTUDO COMPARATIVO DO NÚMERO DE CÉLULAS TRONCO DE CAMUNDONGOS ATEROSCLERÓTICOS EM DIFERENTES IDADES
1
Clarissa Loureiro Tonini, 1Bianca Prandi Campagnaro,
Vasquez, 1Silvana dos Santos Meyrelles
1
1,2
Elisardo Corral
2
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas, UFES e EMESCAM
FUNDAMENTO: Em condições normais, a homeostase da parede arterial depende do balanço
entre injúria vascular e reparo, processo este que é mantido por células da medula óssea (MO)
que são mobilizadas para o local afetado e se diferenciam conforme a necessidade de
reendotelização. Por outro lado, sabe-se que tanto a senescência quanto as doenças cardiovasculares, particularmente a aterosclerose, podem alterar a mobilização destas células afetando,
portanto, a resposta normal de reparo vascular.
OBJETIVO: Avaliar o número de células tronco presentes na medula óssea de camundongos
geneticamente deficientes para a apolipoproteína E (Apoe-KO) em diferentes idades (2, 6, 18
meses).
MÉTODOS: Foram utilizados camundongos Apoe-KO e da linhagem C57 como controle. Os
animais foram subdivididos em três grupos de acordo com a idade, 2, 6 e 18 meses. Para realização
do experimento os animais foram profundamente anestesiados com injeção intraperitoneal de
tiopental sódico (40 mg/Kg), perfundidos com solução tampão de fosfato e os corações retirados
com arco aórtico para posterior análise histológica da placa aterosclerótica. Em seguida, as
células mononucleares da MO foram isoladas dos fêmures e tíbias, utilizando-se um gradiente de
densidade (Histopaque 1083â, Sigma-Aldrich, SP) e quantificadas em câmara de Neubauer. Os
dados estão expressos como média ± EPM. A análise estatística foi realizada por meio de ANOVA
2-vias, seguida de post-hoc de Fischer.
RESULTADOS: Os resultados estão demonstrados na tabela abaixo.
Grupos
C57
ApoE-KO
Número de Células x10 7/ml
2 meses (n = 8) 6 meses (n = 7) 18 meses (n = 7)
1,80 ± 0,12
2,21 ± 0,49
2,21 ± 0,21
1,80 ± 0,25
2,25 ± 0,26
2,32 ± 0,16
No grupo ApoE, a medida que os animais envelheciam foi observada uma tendência ao aumento
do número de células tronco mononucleares de MO. Resultado este não observado no grupo
controle.
CONCLUSÕES: Nossos resultados sugerem que a aterosclerose e seu agravamento com a idade
podem levar ao aumento do número de células tronco da MO, provavelmente devido a maior
mobilização destas para os locais de injúria cardiovascular.
APOIO FINANCEIRO: CAPES, CNPq, FACITEC.
172
BÁSICA
AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DE FLUXO SANGUÍNEO NAS ARTÉRIAS RENAL E FEMORAL EVOCADAS PELA ATIVAÇÃO DO HIPOTÁLAMO DORSOMEDIAL
Carlos Henrique Xavier, Maria José Campagnole-Santos, Marco Antônio Peliky
Fontes
Laboratório de Hipertensão, Departamento de Fisiologia e Biofísica, Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte (UFMG), MG
FUNDAMENTO: O estresse emocional é considerado um fator de risco para o desenvolvimento
de doenças cardiovasculares como hipertensão arterial. Deste modo, torna-se importante o
entendimento da organização central da resposta cardiovascular ao estresse. Ativação dos neurônios
do hipotálamo dorsomedial (DMH) por microinjeções do antagonista GABA A, bicuculline
methiodide (BMI), produz um padrão de mudanças fisiológicas e comportamentais tipicamente
observadas em estresse emocional experimental. Dentre estas, taquicardia e hipertensão como
resultado do grande aumento na atividade simpática.
OBJETIVO: Nesse estudo avaliamos as alterações de fluxo sanguíneo evocadas pela ativação
farmacológica do DMH pela microinjeção de BMI.
PACIENTE OU MATERIAL: Ratos Wistar machos foram anestesiados com uretana (1.4 g/Kg)
e preparados para microinjeções unilaterais de BMI (40 pmol/100 nL) no DMH.
MÉTODOS: Um primeiro grupo de animais (n = 5) foi submetido à canulação da artéria femoral
para aquisição dos valores de pressão arterial (PA) e freqüência cardíaca (FC). Adicionalmente,
via incisão retroperitoneal, artéria e nervo renal foram isolados para medidas de fluxo sanguíneo
(RBF) e atividade simpática (RSNA), respectivamente. O segundo grupo (n = 5) foi submetido
somente à incisão na região inguinal e dissecação da artéria femoral para medida de fluxo
sanguíneo (FBF).
RESULTADOS: As microinjeções de BMI no DMH produziram aumentos de PA, FC e RSNA
(aproximadamente 10 mmHg, 75 bpm e 50%, respectivamente). Esse efeito foi acompanhado de
redução significativa no RBF (-14 ± 2%, *P < 0.05 vs. basal) e aumento pronunciado no FBF (188
± 12% *P < 0.01 vs. basal).
CONCLUSÕES: Estes resultados sugerem que a ativação do hipotálamo dorsomedial provoca
redistribuição de fluxo sanguíneo compatível com aquela esperada em situações de estresse
emocional.
54
02 - Resumos.pm6
54
2/8/2007, 15:39
Resumos
173
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
TRATAMENTO COM PIRIDOSTIGMINA REDUZ BALANÇO AUTONÔMICO CARDÍACO EM RATOS
Raquel Nitrosi de La Fuente1, Ivana CM Silva1, Georgia O Candido1, Silvia
Lacchini2, Eduardo Moacyr Krieger1, Maria Claudia Irigoyen1
1
Instituto do Coração (InCor), Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 2Instituto de
Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo
174
BÁSICA
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS PRESSÓRICOS E FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM MULHERES EM USO DE
CONTRACEPTIVOS ORAIS EM FORTALEZA, CE
Rita Neuma Dantas Cavalcante de Abreu, Luanna Maria Varela Fontenele,
Thereza Maria Magalhães Moreira
Universidade Estadual do Ceará – UECE, Fortaleza, Ceará
INTRODUÇÃO: As alterações fisiopatológicas encontradas após infarto do miocardio são
marcadas por um aumento da modulação simpática e redução da modulação parassimpática,
indicando que a disfunção parassimpática é um preditor de morte nesta população. Nesse sentido,
a prevenção de morte súbita ainda é um dos maiores desafios.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi verificar o efeito do tratamento de 7 dias com Piridostigmina
(PYR) na resposta vagal e no balanço autonômico cardíaco em ratos.
MÉTODO: 14 ratos machos Wistar (220-260g) foram divididos em 2 grupos: P, tratados com PYR
na água de beber (6 ± 1 mg/dia, n = 7) e CTR, grupo tratado apenas com água (n = 7). Após o
tratamento, os animais foram cateterizados (artéria e veia femorais) e o sinal de pressão arterial
(PA) e freqüência cardíaca (FC) foram registradas (30 min, acordados)e processadas por um
sistema de aquisição de dados (Windaq, 2 KHz). O controle autonômico cardíaco foi avaliado por
bloqueios farmacológicos (atropina e propranolol, 4 mg/Kg) e pela análise espectral (Fast Fourier
Transform). A resposta vagal foi estudada pela estimulação elétrica do nervo vago (VES) e pela
administração endovenosa (ev) de cloreto de acetil metilcolina (mAche) em animais anestesiados.
O Teste-t de Student não pareado foi utilizado para comparar os grupos. Os dados de VES e
mAche foram comparados pela ANOVA de dois caminhos, post-hoc Tukey; p > 0.05 foi considerado significativo.
RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças entre os grupos para FC (P: 352 ± 12 vs CTR:
355 ± 11 bpm) e PA (P: 110 ± 3 vs CTR: 107 ± 3 mmHg). O bloqueio farmacológico mostrou um
aumento do tônus vagal (P: 90 ±11 vs CTR: 51 ± 6 bpm) sem mudanças no tônus simpático nos
animais tratados. Entretanto observou-se um aumento da variabilidade da FC (P: 12 ± 7 vs CTR:
9 ± 8 ms2) acompanhada de uma redução do balanço autonômico cardíaco (P: 0.3 ± 0.1 vs CTR:
0.8 ± 0.2; (ua)), o qual apresentou correlação negativa com o tônus parassimpático (r = -0.63, p
= 0.02). A VES e mAche mostraram um aumento da resposta de bradicardia no grupo P quando
comparados ao grupo CTR (VES: 2 Hz: -32 ± 6 vs -8 ± 3; 4 Hz: -188 ± 36 vs -41 ± 5; 8 Hz: -228
± 29 vs -115 ± 12, bpm in CTR; mAche: d1 (1,25 µ) -220 ± 18 vs-118 ±17, d2 (2,5 µ): -230 ± 3
vs -181 ± 18, bpm, em CTR ).
CONCLUSÃO: O tratamento com PYR reduziu o balanço autonômico cardíaco sem mudanças
nos paramêtros hemodinâmicos. Esta resposta parece estar associada com aumento do tônus
vagal. Estes dados mostram que o tratamento com PYR pode ser uma eficiente ferramenta farmacológica para o tratamento da disfunção vagal nas doenças cardiovasculares.
FUNDAMENTO: O uso de pílula anticoncepcional constitui um fator de risco específico para o
grupo feminino. As diretrizes brasileiras de hipertensão arterial (2006) alertam que a hipertensão
arterial (HA) é duas a três vezes mais comum em usuárias de anticoncepcionais orais (ACO).
OBJETIVOS: Objetivamos avaliar os níveis pressóricos em mulheres que utilizam contraceptivos
orais; Avaliar os fatores de risco para o desenvolvimento da HA nesse grupo e averiguar os tipos
de contraceptivos orais por elas utilizados, suas possíveis interferências na pressão arterial, relacionando às queixas das mulheres.
MÉTODOS: A pesquisa descritiva e quantitativa foi realizada em uma Unidade Básica de Saúde
da Família de Fortaleza-Ceará. A população foi constituída por 40 mulheres cadastradas e em
acompanhamento no programa de planejamento familiar, que faziam uso de contraceptivos orais
e foram atendidas na unidade durante o mês de setembro de 2004. O levantamento foi realizado
nas fichas de produtividade de consulta de enfermagem, seguido do desenvolvimento de visitas
domiciliárias. O projeto foi aprovado por um Comitê de Ética.
RESULTADOS: De 40 mulheres examinadas, todas apresentaram pressão arterial (PA) dentro dos
limites considerados normais. Quanto aos fatores de risco para HA, 29 mulheres disseram não
consumir álcool, 35 não fumar, 30 não praticar exercícios físicos. Do total, 32 julgaram se estressar
com facilidade e 29 tinham parentes com doenças associadas à HA. Quanto à existência de
possíveis efeitos do contraceptivo oral sobre a PA, 27 disseram não ter sido orientadas sobre essa
relação. Alterações na PA pelo uso do contraceptivo oral não foram percebidas por 32 mulheres,
que alegaram ter seu padrão sempre normal ou há tempos não verificá-la. Oito observaram que,
com o uso de ACO houve pequena elevação da PA. Ao serem questionadas sobre surgimento de
problemas pelo uso de ACO em pessoas com pressão alta, 31 disseram não saber, nem terem sido
orientadas sobre esta relação, enquanto nove conheciam as complicações oriundas da associação
hipertensão arterial e ACO. Quanto às queixas apresentadas durante o uso do fármaco, verificamos que 32 apresentaram cefaléia, enjôos, vômitos, aumento de peso, dentre outros. Sobre a
orientação acerca dos efeitos colaterais, 36 referiram receber tal informação. Comprimidos à
base de etinilestradiol e levonogestrel foram os mais utilizados pelas mulheres (50%).
CONCLUSÕES: Os resultados mostraram que, além do uso de ACO, existiam outros fatores que
predispunham à HA nestas mulheres. Tais achados poderão subsidiar a assistência de enfermagem às mulheres, com ações de saúde que propiciem a participação ativa delas em seu cuidado
e a redução da morbi-mortalidade cardiovascular nesse grupo.
175
176
BÁSICA
BÁSICA
ALTERAÇÕES NA REATIVIDADE VASCULAR EM MODELO DE RESISTÊNCIA
À INSULINA INDUZIDA POR GLUTAMATO MONOSSÓDICO (OBESIDADE EM
RATOS)
EFEITO DA SOBRECARGA SALINA NA MODULAÇÃO AUTONOMICA CARDIOVASCULAR
Lobato NS, Tostes RC, Carvalho MHC, Fortes ZB
Laboratório de Fisiologia Renal e Cardiovascular da Universidade Presbiteriana Mackenzie, São
Paulo, SP
Departamento de Farmacologia, ICB/USP, São Paulo, SP, Brasil
INTRODUÇÃO: A obesidade é considerada a causa mais comum de resistência à insulina e está
relacionada à elevação da morbidade e mortalidade em virtude da predisponência a hipertensão,
dislipidemia, doença cardiovascular aterosclerótica e diabetes tipo 2. A resistência à insulina tem
efeitos adversos sobre a reatividade de vasos de resistência com alterações tanto no endotélio
quanto no músculo liso vascular.
OBJETIVO: Nosso objetivo foi avaliar a reatividade vascular à noradrenalina (NA), acetilcolina
(Ach) e nitroprussiato de sódio (NPS) em ratos Wistar com obesidade induzida pela administração
de glutamato monossódico (MSG), um modelo de resistência à insulina.
MATERIAIS E MÉTODOS: Para este estudo, ratos Wistar machos neonatos receberam injeções
subcutâneas de MSG nos dias 2, 3, 4, 5 e 6 após o nascimento. Ao completarem 16 semanas, foram
realizados os testes de caracterização do estado de obesidade (pelo índice de Lee e pelo peso das
gorduras periepididimal e retroperitoneal) e o leito arteriolar mesentérico isolado e perfundido
(fluxo 2 mL/min) com solução Krebs foi estudado. Alterações da pressão de perfusão foram
analisadas após a perfusão com NA (10-7M a 3x10-4M), Ach (10-9M a 3x10-5M) e NPS (10-9M a
3x10-5M). A sensibilidade à insulina foi avaliada pelo teste de tolerância à insulina intravenoso
(IVITT), sendo calculada a constante de decaimento da glicose no soro (Kitt), em resposta à
sobrecarga de insulina.
RESULTADOS: O tratamento de ratos neonatos com MSG induziu obesidade, caracterizada pelo
aumento do índice de Lee (30,2 ± 0,2** vs 28,9 ± 0,2) e aumento do peso das gorduras periepididimal
(2,3 ± 0,2/100 g*** vs 1,2 ± 0,1/100 g) e retroperitoneal (2,9 ± 0,1/100 g*** vs 1.0 ± 0,1/100). Os
ratos obesos desenvolveram resistência à insulina, caracterizada pela redução da Kitt obtida no
IVITT, quando comparados aos controles (2,8 ± 0,3*** vs 4,2 ± 0,2). A resposta vasoconstritora
à NA foi maior nos ratos obesos do que nos controles (158,9 ± 11,5 mmHg** vs 106,0 ± 14,9
mmHg), enquanto não houve diferença entre os grupos na resposta (em %) relaxante dependente
de endotélio (MSG: 83,4 ± 1.4 vs Controle: 86,0 ± 1,8). A resposta máxima vasodilatadora (em %)
ao NPS, agente vasodilatador independente de endotélio, foi maior nos ratos obesos do que nos
controles (92,2 ± 2,2* vs 83,8 ± 2,8) – (* p<0,05; ** p<0,001; ***p<0,0001 vs Controle)
CONCLUSÃO: Podemos sugerir que neste modelo de resistência à insulina existem alterações da
função endotelial, que promoveram aumento da resposta vasoconstritora. A hiperresponsividade
ao nitroprussiato de sódio, agente liberador de óxido nítrico (NO), possivelmente pode ser mecanismo compensatório do músculo liso vascular para corrigir a alteração do relaxamento dependente do endotélio e mediado pelo NO.
APOIO: FAPESP.
Roque AP, Fiorino P, Fonteles M, Farah VMA
FUNDAMENTO: Diversas linhas de evidências clínicas e experimentais sugerem que o manejo
do sódio esteja envolvido na patogênese da hipertensão arterial. De fato, estudos anteriores têm
demonstrado uma direta associação entre ingesta de sal na dieta e variações de pressão arterial
(PA) e da modulação autonômica.
OBJETIVOS: Avaliação da função cardiovascular e do balanço autonômico em ratos tratados
com sobrecarga salina na água de beber.
MÉTODOS: Foram utilizados ratos Wistar machos (250–300 g), divididos em 2 grupos: controle
(GC, n = 7) e submetidos à sobrecarga salina de 1% na água de beber durante 10 dias (GS, n =
5). Os sinais de PA e freqüência cardíaca (FC) foram registrados e processados em um sistema
de aquisição de dados (CODAS, 2 KHz) em animais conscientes e em livre movimentação. As
variabilidades da pressão arterial sistólica (PAS) e do intervalo de pulso (IP) foram analisadas no
domínio do tempo (variância) e no domínio da freqüência, onde os valores batimento a batimento
da série temporal foram gerados e submetidos à análise espectral auto-regressiva com variabilidade quantificada em baixa (BF = 0,06 a 0,15 Hz) e alta (AF = 0,8 a 4 Hz) freqüências.
RESULTADOS: Os valores basais de PA foram maiores no GS (119 ± 2,2 mmHg) quando comparado com o GC (104 ± 1,5 mmHg). Em relação à FC, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos: GS = 358 ± 10,6 e GC = 360 ± 9,3 bpm. A variabilidade da PAS tanto
no domínio do tempo (GS = 16,5 ± 1,5 e GC = 9,3 ± 0,5 mmHg 2) como no domínio da freqüência
(BF) foi significativamente maior no GS (GS = 9,8 ± 0,5 e GC = 6,3 ± 0,6 mmHg2). A variabilidade
do IP no domínio do tempo foi maior no GS (27 ± 3,2 ms2) quando comparado com o GC (12 ± 0,8
ms2). Considerando os valores de variabilidade da freqüência cardíaca no domínio do tempo, a
variância dos animais GS (16,5 ± 1,5) foi maior do que no grupo controle (8,8 ± 0,6).
CONCLUSÕES: Esses dados sugerem que o aumento da PA induzido pela ingesta de sal (1%)
durante 10 dias é acompanhado por alteração na modulação autonômica para o coração e vasos.
Apoio Financeiro: Instituto Presbiteriano Mackenzie e MackPesquisa.
55
02 - Resumos.pm6
55
2/8/2007, 15:39
Resumos
177
BÁSICA
CONHECIMENTO, DIAGNÓSTICO E PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM SERVIDORES DA FEPECS
Dumay Henrique, Pereira Juliana, Lima Káritas, Costa Walkyria, Paula Adriana,
Cardoso Anne, Artiaga Daniel, Souza Diogo, Galli Fernando, Câmara Gabrielle,
Felipe Neto Geraldo, Neto Segundo Joaquim, Mendes Marcela, Ferreira Filho
Narcélio, Vieira Thiago, Schleicher Maria Mouranilda
Escola Superior de Ciências da Saúde – ESCS, Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da
Saúde – FEPECS, Brasília, DF
178
TRATAMENTO
ADESÃO AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO EM PACIENTES EM USO DE
DOIS OU MAIS ANTIHIPERTENSIVOS: ESTUDO EM UMA UNIDADE DO PROGRAMA DE SAUDE DA FAMÍLIA
Rita Neuma D. Cavalcante de Abreu, Magali Pinheiro Landim, Célida Juliana de
Oliveira, Silvânia M. M. Vasconcelos Patrocínio, Thereza Maria M. Moreira
Universidade Estadual do Ceará – UECE, Fortaleza, Ceará
CONCLUSÕES: O presente estudo mostrou prevalência de hipertensão arterial de 22,9%, em uma população com alto nível de escolaridade. O conhecimento de hipertensão foi de 60,6%. Cintura abdominal e IMC
elevados mostraram associação estatisticamente muito significante com hipertensão.
FUNDAMENTO: Vários fatores têm contribuído para a não-adesão ao tratamento da Hipertensão Arterial (HA), dentre eles, a dose e número de medicamentos.
OBJETIVO: Objetivou-se verificar a adesão ao tratamento farmacológico pelos pacientes que
faziam uso de dois ou mais anti-hipertensivos atendidos pela equipe do Programa Saúde da Família
(PSF). E como objetivos específicos: descrever as características sócio-demográficas dessa população; Identificar os medicamentos anti-hipertensivos por ela utilizados; Investigar se o número
de medicamentos interfere na adesão ao tratamento farmacológico nesses pacientes.
MÉTODOS: Estudo descritivo, quantitativo, realizado em uma Unidade Básica de Saúde de um
município no interior do Ceará. A amostra foi de 33 pacientes com HA que faziam uso de dois ou
mais anti-hipertensivos. Previamente foram identificados pelo prontuário aqueles em uso de associação de anti-hipertensivos, onde foi coletada sua prescrição/posologia que, posteriormente,
foi comparada com a afirmação do paciente. A coleta foi realizada no domicílio dos pacientes.
O projeto foi aprovado por um Comitê de Ética.
RESULTADOS: Os pacientes encontravam-se na faixa etária entre 45 e 95 anos, havendo ligeiro
predomínio entre 60 e 70 anos (7). Do total de participantes, 26 eram mulheres, sendo 15 casadas; dos
sete homens, seis eram casados. Sobre a ocupação, 17 eram aposentados, seguido de domésticas, com
sete pessoas. Referente à escolaridade, identificou-se a maioria com grau de instrução limitado,
dividido entre analfabetos (11) e pessoas com ensino fundamental incompleto (10). A renda familiar
que variou de 1 a 4 salários, com predomínio de um salário mínimo (25). Quanto ao tratamento, 16
pacientes faziam uso do captopril associado à hidroclorotiazida; 15 tomavam três comprimidos diários. Constatou-se que 12 pacientes apresentavam divergência entre a prescrição e a tomada medicamentosa. Dos 21 pacientes que não apresentavam tal diferença, 18 faziam uso de dois a três
comprimidos diários, enquanto que dos 12 que divergiram, cinco estavam tomando de cinco a seis
comprimidos diários. Quase todos os pacientes com hipertensão que tomavam cinco ou mais comprimidos não faziam uso da medicação conforme o prescrito, embora existisse uma pessoa que tomava
mais de seis comprimidos diários e estivesse tomando-os de acordo com o indicado pelo médico.
Quanto aos 21 pacientes que não divergiram a prescrição com a tomada, questionou-se ainda sobre
a tomada diária de medicamentos, dez admitiram que cometem algo tipo de erro no tratamento
farmacológico, uma vez que às vezes esquecem a tomada, quando acaba o fármaco não vão buscálo com prontidão, ou ainda não os tomam por se sentirem bem. Dessa forma, 67,7% dos participantes
não aderem corretamente ao tratamento farmacológico.
CONCLUSÕES: Concluiu-se que, quanto maior o número de medicamentos, menor foi a ocorrência da adesão ao tratamento farmacológico pelo grupo.
179
180
FUNDAMENTO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um desafio da saúde pública, dada a sua alta
prevalência. Ações de prevenção, detecção e diagnóstico são objetivos da Liga de Hipertensão Arterial da
ESCS.
OBJETIVOS: Avaliar a prevalência da HAS entre os servidores da FEPECS; determinar o grau de conhecimento da doença; identificar a presença de fatores de risco para a HAS.
MÉTODOS: Pesquisa clínico-epidemiológica, observacional, do tipo descritivo e analítico transversal com
205 funcionários da FEPECS. Para coleta de dados, utilizou-se questionário e exame físico. Foram considerados hipertensos aqueles com diagnóstico prévio ou aqueles que apresentaram pressão arterial maior ou
igual a 140 x 90 mmHg em três avaliações realizadas em diferentes semanas.
RESULTADOS: A pesquisa foi realizada entre os meses de fevereiro de 2006 e maio de 2007. Dos entrevistados, 124 eram do sexo feminino (60,5%) e 81 do sexo masculino (39,5%). A média de idade foi (41,68
± 12,14) e a mediana, 41,5. A maioria tinha formação superior completa (87%). Quando avaliados, 14% dos
normotensos e 62% dos hipertensos apresentaram níveis pressóricos alterados. (Tabela 1). O sexo masculino
mostrou maior prevalência de HAS e de fatores de risco para HAS. Os homens hipertensos apresentaram
etilismo (55%), sobrepeso ou obesidade (85%), cirTabela 1 – Distribuição conhecimento x pressão
cunferência abdominal aumentada (79%) e sedentaNormotensão Hipertensão T o t a l
rismo (55%). Dos 61 hipertensos, 28 foram do sexo
Normotensos
144
24
168
feminino (22,58% das mulheres) e 33 foram do sexo
Hipertensos
14
23
37
masculino (40,74% dos homens). A idade não foi
Total
158
47
205
um fator de risco com prevalência significativamente
diferenciada entre os sexos.
Normotensos
Hipertensos
χ2
α
OR*
(IC 95%)
(*) Odd Ratio
Tabela 2 – Presença de fatores de risco e associação com a hipertensão
CA Alterada
IMC > 25
Etilismo
Uso de Sal
Sedentarismo
Presença de fatores de risco para hipertensão por grupos
58
52
81
11
64
44
46
25
4
35
17,391
26,521
15,044
0,227
0,604
< 0,001
< 0,001
< 0,001
<0,50
0,09
Associação entre fatores de risco e hipertensão arterial
3,84
5,43
0,28
0,85
1,68
(2,00-7,36)
(2,76-10,65)
(0,15-0,54)
(0,26-2,78)
(0,92-3,08)
BÁSICA
BÁSICA
CASTRAÇÃO AUMENTA A RESPOSTA VASOCONSTRITORA INDUZIDA PELA
ANGIOTENSINA II EM RATOS SHR
EFEITO DA REPOSIÇÃO HORMONAL COM PREMARIN SOBRE A REATIVIDADE VASCULAR E PERFIL METABÓLICO DE RATAS SHR OVARECTOMIZADAS
Filgueira FP, Lobato NS, Tostes RC, Fortes ZB, Carvalho MHC
Filgueira FP, Ceravolo GS, Dantas APV, Tostes RC, Fortes ZB, Carvalho MHC
Departamento. de Farmacologia, ICB/USP, São Paulo, SP
Farmacologia, ICB-I, USP, São Paulo, SP
INTRODUÇÃO: Diferenças sexuais no desenvolvimento de hipertensão têm sido descritas em
humanos e modelos animais. Em modelos de hipertensão animal, estudos têm mostrado que machos apresentam pressão sanguínea maior do que fêmeas. Em fêmeas, numerosos estudos foram
conduzidos para entender o efeito do tratamento com estrógeno sobre a função vascular, e em
diversas espécies animais, tem se mostrado um papel protetor deste hormônio. Em contrapartida,
existem resultados controversos a respeito da influência da testosterona sobre a contração produzida por uma variedade de agentes vasoconstritores.
OBJETIVO: O propósito deste estudo foi avaliar a influência da castração sobre a resposta
vasoconstritora induzida pela angiotensina II (Ang II) e pela noradrenalina (NA) em segmentos de aorta de ratos espontaneamente hipertensos (SHR).
MATERIAIS E MÉTODOS: Foram utilizados ratos (Machos) SHR divididos em dois grupos:
Controle (C) e Orchidectomizado (ORX). A orchidectomia foi efetuada na 12ª semana de vida
dos ratos e os testes realizados 45 dias após a castração. A pressão arterial (PA) caudal foi
avaliada por pletismografia de cauda e o peso corpóreo determinado em balança de prato. Após
anestesia com hidrato de cloral (500 mg/kg), a aorta torácica foi removida e montada em banhos
para estudo de órgãos isolados. Em seguida, foram feitas curvas concentração-efeito para Ang
II e NA.
RESULTADOS: O grupo ORX apresentou PA diminuída em relação ao grupo C [172,1 ± 1,9
mmHg (n = 12)* vs 191,0 ± 2,5 mmHg (n = 12)]. Não houve diferença no peso corpóreo entre os
dois grupos [C: 312 ± 3,3 g (n = 12) vs ORX: 314 ± 2,7 g (n = 12)]. A resposta vasoconstritora à
Ang II foi maior no grupo ORX do que no grupo C, tanto nos experimentos realizados em anéis
de aorta com endotélio [ORX: 0,58 ± 0,06 g (n = 9)* vs C: 0,32 ± 0,07 g (n = 7)], quanto destituídos
de endotélio [ORX: 0,56 ± 0,06 g (n = 11)* vs C: 0,31 ± 0,06 g (n = 8)]. Em ambos os grupos a
sensibilidade à Ang II não se mostrou estatisticamente significante, assim como também, não se
observou diferença na resposta vasoconstritora à NA, *p < 0,05 vs C.
CONCLUSÕES: Podemos sugerir que a testosterona parece participar da manutenção dos níveis
pressóricos encontrados em ratos SHR, corroborando com dados encontrados na literatura. A
resposta aumentada à Ang II do grupo ORX se deve, a uma provável ativação do sistema-reninaangiotensina como mecanismo compensatório à diminuição dos níveis pressóricos. Estes dados
podem ser apoiados por resultados preliminares que indicam que a resposta de vasos responsáveis
pelo controle da PA (microvasos mesentéricos) à Ang II tende a ser aumentada nos ratos ORX,
confirmando assim, a hipótese do mecanismo compensatório.
APOIO: FAPESP.
Sugere-se que a reposição hormonal (RH) durante a menopausa pode promover proteção sobre
o sistema cardiovascular, entretanto, estudos recentes têm levantado dúvidas sobre o esse efeito.
Desta forma, o objetivo deste estudo, foi avaliar o papel da RH, com o conjugado estrogênico
Premarin®, sobre a reatividade da aorta isolada, perfil metabólico e peso uterino de ratas SHR.
Para isto, estas foram castradas com 12 semanas de vida, e 30 dias após a cirurgia um grupo
recebeu tratamento com Premarin® (0,32 mg/kg, 7 dias) por gavagem e outro grupo (OVX) foi
tratado com veículo. Para controle, ratas SHR da mesma idade foram falsamente operadas (SHAM).
A pressão arterial (PA) das ratas foi aferida após o tratamento com Premarin® por pletismografia
caudal. Após anestesia com Pentobarbital sódico (40mg/kg), retirou-se 3mL de sangue da aorta
abdominal e a aorta torácica foi removida e montada em banhos para estudo de órgãos isolados.
Foram realizadas curvas concentração-efeito (CCE) para acetilcolina e nitroprussiato de sódio
em anéis de aorta com endotélio (E+) pré-contraídos com noradrenalina (10-7M). Foram feitas
CCE para angiotensina II (Ang II) em anéis de aorta E+ e sem endotélio (E-). O sangue foi usado
para determinação das concentrações séricas de colesterol total, HDL e triglicérides. As gorduras viscerais (GV) e o útero foram removidos e pesados, sendo os valores expressos em razão do
peso animal. Não foi observada diferença entre os grupos no peso corpóreo, na PA e na resposta
vascular aos vasodilatadores. Os anéis de aorta E+ das ratas OVX (0,36 ± 0,02 g*) apresentaram
aumento de resposta máxima para Ang II em relação ao grupo SHAM (0,24 ± 0,02 g) e o tratamento com Premarin® (0,35 ± 0,04 g) aboliu a diferença entre o SHAM mas não corrigiu estas
alterações. As OVX (15,6 ± 1 mg/g*) apresentaram aumento de GV em relação as SHAM (12 ±
0,8 mg/g) o que foi corrigido pelo Premarin® (8,9 ± 0,5 mg/g**). Também apresentaram aumento
de triglicerídeos séricos (SHAM: 47,3 ± 2,6 mg/dL vs OVX: 53,8 ± 1,4 mg/dL*), o que foi corrigido
com o Premarin® (46 ± 1,5 mg/dL). Não houve diferença no colesterol total e no HDL entre os
grupos. Houve redução do peso uterino nas ratas OVX (2,5 ± 0,3*) em relação as SHAM (0,4±0,04)
e o tratamento recuperou parcialmente o peso do útero (1,1 ± 0,9**). Estes resultados sugerem
que a castração pode alterar a resposta vascular para Ang II e que o tratamento com Premarin®
por 7 dias ainda não foi capaz de corrigir estas alterações. Por outro lado, reduziu a hipertrigliceridemia e as gorduras viscerais das ratas OVX, mostrando, portanto, que os efeitos da administração, a curto prazo, de conjugados estrogênicos podem representar uma redução do risco
cardiovascular em ratas hipertensas. *P < 0,05 vs SHAM; ** vs OVX.
APOIO: FAPESP
56
02 - Resumos.pm6
56
2/8/2007, 15:39
Resumos
181
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM FUNCIONÁRIOS DE UMA
INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
Natalie Fiorezi Artuzi, Anderson Carrijo da Costa, Flavia Aparecida
Francisquetti, Nara Andressa Morais do Nascimento, Sally Cristina Moutinho
Monteiro
182
BÁSICA
ASPECTOS CONTEMPLADOS NA CONSULTA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM HIPERTENSÃO ARTERIAL ATENDIDO NO PROGRAMA SAÚDE
DA FAMÍLIA
Rita Neuma Dantas Cavalcante de Abreu, Gilvan Ferreira Fellipe, Célida Juliana
de Oliveira, Thereza Maria Magalhães Moreira
Curso de Farmácia – Bioquímica da Fundação Educacional de Barretos, Barretos, São Paulo
Universidade Estadual do Ceará – UECE, Fortaleza, Ceará
FUNDAMENTO: O interesse da doença e suas complicações no ambiente de trabalho sempre
estiveram focados no grau de exposição ocupacional, porém nos últimos anos esta ênfase tem
mudado para as doenças crônicas não transmissíveis. A hipertensão arterial é uma doença crônica, não transmissível, de natureza multifatorial, freqüentemente assintomática que compromete
fundamentalmente o equilíbrio dos mecanismos vasodilatadores e vasoconstritores, levando a um
aumento da tensão sanguínea nos vasos, capaz de comprometer a irrigação tecidual e provocar
danos aos órgãos por eles irrigados. Seu desenvolvimento depende da interação entre predisposição genética, fatores ambientais (como estresse psicoemocional) e adaptações estruturais do
coração e vasos.
OBJETIVO: Sendo a hipertensão um problema de Saúde Pública e um importante fator de risco
cardiovascular o objetivo do presente trabalho foi determinar a prevalência da hipertensão arterial nos funcionários de uma Instituição de Ensino Superior (IES).
DELINEAMENTO: Todos os funcionários foram esclarecidos sobre a pesquisa e convidados a
participar da mesma.
PACIENTE OU MATERIAL: O grupo de estudo foi constituído por funcionários, de ambos os
sexos, sem distinção de etnia.
MÉTODOS: Os voluntários assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Resolução 196/96 CNS) e responderam questionário sobre dados biológicos, hábitos alimentares e estilo
de vida. Para a aferição da pressão arterial utilizou-se método indireto, com técnica auscultatória
e esfignomanômetro aneróide, de acordo com os procedimentos preconizados na IV Diretrizes
Brasileiras de Hipertensão. Realizaram-se três mensurações consecutivas (com intervalo de dois
minutos) e este procedimento foi repetido mais duas vezes (com intervalo de 15 dias) para a
confirmação do valor da pressório obtido.
RESULTADOS: Dos 163 funcionários, 112 (66 mulheres e 46 homens) aderiram à pesquisa, com
média de idade de 42,7 anos. A hipertensão arterial foi prevalente em 38,4% (18 mulheres e 25
homens) dos voluntários, sendo que 18 (16,1%) pessoas sabiam da sua condição hipertensiva e
apenas 61% (05 mulheres e 06 homens) desses encontravam-se controlados. Dentre os outros
sujeitos da pesquisa com hipertensão 72% (08 mulheres e 10 homens) desconfiavam da elevação
na pressão arterial e 28% (02 mulheres e 05 homens) não sabiam das alterações nos seus valores
pressórios.
CONCLUSÃO: Diante de tais resultados ressalta-se a importância da adoção de programas
institucionais de promoção de saúde e prevenção de doenças no ambiente de trabalho.
FUNDAMENTO: O enfermeiro, enquanto integrante da equipe do Programa Saúde da Família
(PSF), desenvolve importante papel no acompanhamento do paciente com Hipertensão Arterial
(HA). Dentre as diversas atividades exercidas por este profissional, tem-se como privativa do
enfermeiro, a consulta de enfermagem.
OBJETIVOS: Objetivou-se averiguar os aspectos contemplados na consulta de enfermagem ao
portador de HA.
MÉTODOS: Estudo descritivo, desenvolvido em três unidades básicas de saúde de Fortaleza-CE.
Duas delas dispõem de quatro equipes de saúde da família e a outra de cinco equipes. O programa
de atenção aos portadores de HA funciona com o acompanhamento destes pacientes por meio de
consulta periódica pelo enfermeiro e médico da equipe. Os sujeitos do estudo foram 13 enfermeiros
dessas unidades que desenvolvem consulta de enfermagem a pacientes com HA. A coleta de dados
ocorreu por meio da observação de três consultas de cada enfermeiro e preenchimento de um check
list contendo aspectos relacionados à anamnese, exame físico, resultados de exames, diagnóstico de
enfermagem, planejamento, implementação das ações de enfermagem e evolução. Posteriormente,
foi realizada uma entrevista com a enfermeira da unidade, fazendo a seguinte pergunta: que aspectos
devem ser contemplados na consulta de enfermagem ao paciente portador de HA? A coleta de dados
ocorreu no período de janeiro a março de 2007. Os achados do check list foram organizados em um
quadro. A organização dos dados, originados nas entrevistas, baseou-se na Análise de Conteúdo de
Bardin (1977). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética sob o n° 05050457-6.
RESULTADOS: Foi observado que, na anamnese, em 39 consultas houve identificação do tratamento
prévio seguido pelo paciente, em 24 houve identificação de ingestão de substâncias hipertensoras e
em 21 verificou-se a existência de fatores de risco associados. Quanto ao exame físico, constatouse 39 observações da aparência do paciente e 39 verificações da pressão arterial, além de 18
aferições do peso; A ausculta cardíaca e pulmonar não foi realizada, bem como a palpação das
carótidas, da tireóide e dos pulsos periféricos. Também não foi realizada a pesquisa de edema. Em
nenhum momento observou-se o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem, baseado, ou não,
em taxonomias. Em 34 consultas houve a implementação de algum cuidado de enfermagem, sendo
que a maior parte (32) ocorreu por meio de orientações individuais. Os dados coletados permitiram
a organização das seguintes categorias temáticas: nuances do papel do enfermeiro na atenção básica;
tratamento da HA e dificuldades cotidianas das pessoas com esta enfermidade.
CONCLUSÕES:Concluímos que muitos aspectos não estão sendo abordados durante a consulta
de enfermagem, o que pode acarretar um atendimento deficiente das pessoas acompanhadas pelo
programa de HA em tais Unidades de Saúde.
183
184
BÁSICA
B1 RECEPTOR ANTAGONISM REDUCED THE MEAN WALL THICKNESS OF
AORTA IN ANGIOTENSIN II INFUSED RATS
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
Ceravolo GS, Fernandes L, Tostes RCP, Fortes ZB, Carvalho MHC
RELAÇAO ENTRE RESPOSTA PRESSÓRICA E VARIAÇÃO DE MASSA CORPORAL DE HIPERTENSOS ESSENCIAIS SUBMETIDOS AO TREINAMENTO
AERÓBIO
Departamento de Farmacologia, Instituto de Ciências Biomédicas, USP, São Paulo, SP, Brasil
Carolina Zancheta Nogueira, Maria Isabel Gonçalves, Paulo Henrique Waib
Centro de Pesquisa em Hipertensão Arterial da Faculdade de Medicina de Marília, São Paulo
The kinin B1 receptor (B1R) is absent under physiological conditions, but is highly inducible during
inflammatory conditions. The present study was designed to explore the mechanisms involved in
B1R expression induced by angiotensin II (AII) infusion in rats. We also evaluated the aorta
reactivity to B1R agonist, DABK and the effect of B1R antagonism in vivo in the aorta hypertrophy
induced by AII.
METHODS: Male Wistar rats received 400 ng/kg/min of AII (AII rats) or saline (S rats) infusion
during 14 days, via mini-osmotic pump. To investigate the role AII-superoxide anion generation
in B1R expression one group received simultaneously AII infusion and a NAD(P)H oxidase
inhibitor in the drink water during 14 days (apocynin 60 mg/L). To evaluate the effect of B1R
antagonism in vivo another group received simultaneously AII and B1R antagonist, DALBK (350
ng/Kg/min) infusion. The blood pressure levels (BP) were determined by the tail cuff method at
days 0, 7 and 13 after implants. At 14th day the aorta was excised for determination of B1R
expression by imunohistochemistry, superoxide anion (O -2) generation by HPLC method, NO
production stimulated by B1R agonist using DAF-2, the NF-kB activity by an electrophoretic
mobility shift assay and mean wall thickness evaluated in hematoxylin-stained sections. Aortic
rings were also mounted in organ bath, pre-contracted with phenylephrine and cumulative
concentration-curves to DABK were performed.
RESULTS: AII rats had higher BP than S at days 7 (121 ± 1.5 vs 167 ± 1.2 mmHg) and 13 (118
± 2.2 vs 182 ± 5.9 mmHg) and nether the treatments with apocynin nor DALBK did not alter the
BP of AII rats. AII induced the expression of B1R in endothelium and smooth muscle cell of aorta,
increased generation of O-2 and NF-kB activity. Apocynin reduced the B1R expression, generation
of O-2 and NF-kB activity in aorta of AII rats. B1R agonist, DABK, promoted dilatation and NO
generation in aortic rings with endothelium from AII rats. In aorta of S rats DABK had no effect.
AII infusion also increases the mean wall thickness of aorta (S: 154.4 ± 5.1 µm vs AII: 189.4 ±
7.0 µm) and the B1R antagonism reduced this AII-effect (DALBK: 161.6 ± 6.3 µm).
CONCLUSION: These results provide evidences that AII via NAD(P)H oxidase and O -2 generation
can increase the NF-kB activity and concomitantly the B1R expression in aorta. We have also
shown that activation of B1R in aorta causes endothelium-dependent vasodilatation via NO
generation and the antagonism of B1R reduced the hypertrophy induced by AII. These data
suggesting us that the B1R activation in aorta of AII rats could be related with the control of
vascular tonus and can also participated in vascular damage effects of AII.
SUPPORTED BY: FAPESP/CNPQ-PRONEX.
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial essencial é um estado de resistência insulínica que está freqüentemente associada à obesidade. A literatura mostra dados conflitantes em relação à influência da variação
de peso com o treinamento aeróbio na resposta pressórica.
OBJETIVO: Verificar a relação entre a resposta pressórica de 24 horas e a variação de massa corporal de
hipertensos essenciais não medicados submetidos ao treinamento físico aeróbio.
DELINEAMENTO: Estes resultados são parte de um programa de treinamento aeróbio de um grupo de
hipertensos essenciais vinculados ao protocolo de pesquisa (FAPESP 98/15931-8).
PACIENTES: 53 pacientes hipertensos essenciais (PAS/PAD em 24 hs 141 ± 11 / 90 ± 9 mmHg), não
medicados e sedentários, 29 mulheres e 24 homens, idade em média de 49,6 ± 8,8 anos. Posteriormente,
foram divididos em 2 subgrupos de acordo com a variação pressórica (∆ = pressão arterial média de 24 hs
final – inicial) após o treinamento aeróbio: respondedor (R) ∆ > 4 mmHg e não respondedor (NR). Ambos
são semelhantes em relação ao IMC (R-30,6 ± 4,3 kg/m2 e NR- 29,5 ± 4,5 kg/m2, p = ns).
MÉTODOS: Utilizou-se o índice de massa corporal (IMC) em kg/m2. A pressão arterial de 24 hs foi aferida pela
MAPA (Spacelabs 90207). O índice de resistência à insulina utilizado foi o HOMA-IR. O treinamento físico aeróbio foi
realizado 3 a 5x/semana com duração de 50min/sessão, a intensidade correspondente foi de 50-75% VO2max por 3
meses. Na análise estatística, utilizou-se o programa Statview 5 (SAS Institute Inc., Cary, NC).
RESULTADOS: No presente estudo, foi encontrada uma associação positiva entre massa corporal e grau de resistência insulínica inicial (Gráfico 1). Porém, houve uma fraca associação entre a variação do HOMA-IR e a variação da
massa corporal (R = 0,27, p = 0,045), sugerindo que a variação do HOMA-IR tenha sido conseqüência do próprio
treinamento. Em relação à resposta pressórica, observou-se uma associação positiva com a perda de peso (Gráfico 2).
O subgrupo R apresentou variação de massa corporal significativamente maior do que o subgrupo NR (p = 0,0037).
CONCLUSÃO: A perda de massa corporal parece influenciar a resposta pressórica ao exercício físico aeróbio.
Futuros estudos são necessários para a verificação da influência de mudanças de composição corporal.
57
02 - Resumos.pm6
57
2/8/2007, 15:39
Resumos
185
TRATAMENTO
186
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
HIPERTENSÃO ARTERIAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: IMPORTÂNCIA DA CONSCIENTIZAÇÃO DE HÁBITOS DE VIDA SAUDÁVEIS
A ATEROSCLEROSE ESTÁ ASSOCIADA COM A BAIXA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA EM CAMUNDONGOS APOE KNOCKOUT
Marina Hideko Anabuki, Teresa C. M. Coan, Egidio Dórea, Lucy Maeda, Gelba
Pinto, Ana Lucia M. Lopes, Maria Cecília Gusukuma, Marcia Bernik, Paulo Lotufo
1
Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP) e Unidade Básica de Assistência
à Saúde do HU-USP, Campus São Paulo
Breno Valentim Nogueira, 1Guilherme Henrique Souza Campos, 1Frederico Ledig
Ribeiro Henriques, 3Sérgio Hagi Eis, 1Letícia Batista Azevedo Rangel, 1Letícia
Soncini de Souza, 1Silvana dos Santos Meyrelles, 1,2Elisardo Corral Vasquez, 1Ian
Victor Silva
1
UFES; 2EMESCAM; 3CEDOES – Radiologia, Vitória, Espírito Santo
FUNDAMENTO: No Brasil estima-se que 5% dos 70 milhões de crianças e adolescentes sejam
portadores de hipertensão. São 3,5 milhões de jovens que precisam de tratamento. Na maioria dos
casos, a hipertensão pode ser revertida com modificações no estilo de vida. Vários fatores estão
associados ao aumento da pressão arterial nessa faixa etária, como história familiar, sedentarismo,
obesidade e sobrepeso. Dados recentes demonstram que 30% das crianças com excesso de peso são
hipertensas. O tema da Campanha Nacional de Controle e Prevenção à Hipertensão de 2007, recomendado pela SBH foi Hipertensão entre os jovens e as crianças. Sendo assim, promoveu-se evento com crianças da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP (FE) e do Projeto de
Integração Social do Centro Poliesportivo da USP (CEPE).
OBJETIVOS:1) Conscientização das crianças a respeito da importância de mudanças de estilo de
vida, através de jogos e peça teatral e realização de atividades físicas 2) Destacar a importância da
implantação de medidas preventivas da HAS.
PACIENTE E MATERIAL: 240 crianças e adolescentes da Escola de Aplicação da FEUSP e do
Projeto de Integração Social do CEPEUSP.
MÉTODOS: Foram realizadas: verificação dos dados antropométricos (peso, estatura, circunferência abdominal, pressão arterial e índice de massa corporal) e programação de um dia de atividades lúdicas abordando os temas de ações preventivas da HAS por meio de quatro estações de
trabalho: Saúde, Alimentação Saudável, Hábitos de Vida e Atividade Física. As crianças realizavam gincana educativa sobre alimentação e recebiam orientações sobre os riscos da obesidade.
Praticavam atividades esportivas com supervisão dos alunos da Faculdade de Educação Física da
USP e eram orientadas sobre a importância destas atividades no seu dia a dia. Assistiam a peça de
teatro com tema anti-tabagismo e os efeitos deletérios do fumo.
RESULTADOS: Grupo na faixa etária de 6 a 13 anos, sendo 132 do sexo feminino (55%) e 108
masculino (45%). Observou-se que 12% apresentavam IMC > 30 e 18% sobrepeso (24,9 < IMC <
30). Essas taxas foram maiores para a população masculina.
CONCLUSÕES: Este resultado que é superior ao descrito pela literatura (11%), reflete o problema atual da obesidade infantil no Brasil. Torna-se evidente a necessidade da realização de campanhas com o intuito de conscientizar mudanças de estilo de vida e com isto prevenir um problema
de saúde altamente prevalente na população mundial, a hipertensão arterial.
FUNDAMENTOS: O camundongo com ausência do gene que codifica a apoliproteína E (ApoE)
é um importante e estabelecido modelo de estudo para hipercolesterolemia e aterosclerose. Atualmente, sabe-se que a ApoE também está envolvida com a diminuição da densidade mineral óssea
(osteoporose), no entanto os mecanismos moleculares que deflagram a perda de densidade mineral
óssea nesta patologia ainda não são compreendidos.
OBJETIVO: Analisar o efeito da ausência da ApoE no metabolismo e crescimento ósseo através
da Densidade Mineral Óssea (DMO), histomorfometria óssea e a taxa de crescimento de camundongos ApoE knock-out (ApoEKO) fêmeas e seus controles (C57).
MÉTODOS: Ambos os grupos experimentais foram submetidos à análise de Dual-Energy X-ray
Analysis (DEXA, Faxitron X-ray, USA) para determinação de DMO. Mensalmente, o crescimento
foi aferido através do ganho de peso e alongamento da cauda. Os animais foram sacrificados aos 6
meses e os fêmures preparados para análises histoquímica. As imagens foram digitalizadas e a
análise morfométrica realizada através de software próprio (Sigma Image, EUA). A análise estatística foi realizada pelos test t de Student ou ANOVA de uma via quando apropriados. Os dados
foram considerados significantes quando p < 0,05.
RESULTADOS: O curso temporal do comprimento da cauda mostrou que os animais ApoEKO
apresentam maior taxa de crescimento que os C57 (r2 = 0,99 vs. 0,69, n = 6). Já os experimentos de
DEXA mostraram que os animais ApoEKO tem menor DMO que os C57 já aos quatro meses de
vida (7%). Aos seis meses de vida os animais ApoEKO apresentam uma diminuição acentuada de
DMO (22% menor, n = 6, p < 0,05). Análises histomorfométricas da espessura óssea mostraram
que os animais ApoEKO desenvolveram maior dimensão neste parâmetro (0,16 ± 0,02 mm) que os
animais controles (0,12 ± 0,02 mm, n = 3 p < 0,05). Sugerindo que os animais ApoEKO apresentam ossos menos compactos.
CONCLUSÃO: Estes dados sugerem que a ausência da ApoE leva a diminuição de massa óssea o
que torna este animal um excelente modelo para se estudar as alterações fisiopatológicas decorrentes da osteoporose.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, CAPES, FAPES, FACITEC, DECIT-SUS/MS.
187
188
TRATAMENTO
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
ANGIOTENSIN II INDUCED CONSTRICTION IN VEIN AND VENULES OF SHR
AND WISTAR RATS BY DIFFERENTE MECHANISMS
INFLUÊNCIA DA OBESIDADE ABDOMINAL SOBRE O PERFIL CLÍNICOBIOQUÍMICO EM UMA POPULAÇÃO HIPERTENSA
RA Loiola, L Fernandes, RC Tostes, D Nigro, ZB Fortes, MHC Carvalho
Tárik Isbele, Mario Fritsch Neves, Wille Oigman, Mateus A.L.M. Brum, Carolina
A. Ito, Mayra R. P. Barreto, Raphael Monteiro
Department of Pharmacology, Institute of Biomedical Sciences, University of São Paulo, São Paulo, Brazil
Small veins and venules contain most of the blood in the body and comprise most of vascular
compliance. Angiotensin II (Ang II) has been described to contract small and large veins, however,
the mechanisms involved in this effect remain to be elucidated. In this study we have evaluated and
characterized the effect of Ang II in the perfused mesenteric venular bed and rings of portal vein of
Wistar and SHR. Mesenteric venules were perfused at a constant rate and the reactivity to Ang II
(0.1 nmol), in bolus, was evaluated as changes in the perfusion pressure. Rings of portal vein were
mounted in organ baths and curves to Ang II (0.1-100 nmol/L) were generated and the increase in
isometric tension was recorded. Vascular reactivity to Ang II was studied in the absence and presence
of either losartan [AT1 receptor antagonist (0.1 ìmol/L)] or indomethacin [COX inhibitor (10 ìmol/
L)], or L-NAME {nitric oxide [NO] synthase inhibitor (10 µmol/L)}, or HOE 140 [B2 receptor
antagonist (20 nmol/L)] or apocinin [NADPH oxidase inhibitor (0.1 mmol/L)]. SHR were treated
with enalapril [ACE inhibitor (10 mg/Kg/8 days)] and celecoxib [COX 2 especific inhibitor (10 mg/
Kg, 3 hours before experiments)] by gavage.
PORTAL VEIN
Wistar
Ang II
Losartan
PD123319
Indomethacin
L-NAME
HOE140
Apocinin
Celecoxib
Top (g)
1.00 ± 0.15
0.33 ± 0.24*
0.73 ± 0.19
0.90 ± 0.30
1.60 ± 0.20*
1.05 ± 0.16
1.00 ± 0.11
-
SHR
LogEC50
8.71 ± 0.17
7.84 ± 0.55*
8.11 ± 0.15*
8.75 ± 0.20
8.42 ± 0.33
8.50 ± 0.16
8.36 ± 0.10
-
Top (g)
0.62 ± 0.09
0.25 ± 0.06*
0.78 ± 0.16
1.5 ± 0.71*
0.93 ± 0.16
0.95 ± 0.09*
1.08 ± 0.07*
0.87 ± 0.1
LogEC50
8.66 ± 0.17
8.03 ± 0.18*
8.63 ± 0.23
8.96 ± 0.61
8.72 ± 0.21
9.00 ± 0.17
8.65 ± 0.08
8.87 ± 0.15
VENULAR MESENTERIC BED
Wistar
SHR
Top (mmHg) Top (mmHg)
10.6 ± 1.1
10.6 ± 1.3
0.9 ± 0.3 *
0.8 ± 0.2*
5.8 ± 0.9*
8.7 ± 1.1
11.5 ± 1.2
16.8 ± 1.4*
16.5 ± 1.8 *
11.0 ± 0.6
16.4 ± 2.5 *
15.7 ± 1.6*
7.6 ± 0.97
9.1 ± 1.5
18.8 ± 1.4*
Results are mean ± S.E.M., n = 6–9 for each group, *P < 0.05 vs. control, Top = maximal response.
In conclusion our results suggest that Ang II induces venoconstriction by activation of AT 1 and AT2
receptors in Wistar and just AT 1 receptor in SHR. This effect does not involve release of superoxide
anion by NADPH oxidase and is not influenced by ACE activity. Angiotensin II-induced
venoconstriction seems to be counterbalanced by B2 receptor in both species. NO might contribute
to this effect in portal vein and venular mesenteric bed of Wistar rats. In SHR, COX2 metabolites
might be involved in the reactivity of Ang II in venular mesenteric bed. On the other hand, in portal
vein, only COX1 metabolites are involved.
FINANCIAL SUPPORT: FAPESP, CNPq-PRONEX, CAPES.
Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
FUNDAMENTO: O excesso de tecido adiposo é considerado atualmente um dos fatores de risco
mais importantes na gênese da hipertensão arterial essencial. Reconhece-se, também, que a obesidade associada a dislipidemia e hipertensão é uma das causas mais importantes de morbi-mortalidade cardiovascular
OBJETIVO: Comparar o perfil clínico e bioquímico entre pacientes hipertensos que apresentam
ou não obesidade abdominal
DELINEAMENTO: Estudo transversal.
POPULAÇÃO: 118 pacientes com pressão arterial > 140/90 mmHg ou em uso de medicação antihipertensiva atendidos em Ambulatório de Cardiologia.
MÉTODOS: Foram coletados dados antropométricos incluindo circunferência abdominal (CA),
cálculo do índice de massa corporal (IMC) e medida da pressão arterial (PA). Os pacientes foram
divididos em três grupos: Grupo 1: hipertensos apresentando CA aumentada substancialmente (>
102 cm se homens e > 88 cm se mulheres); Grupo 2: hipertensos apresentando CA aumentada (94
a 102 cm se homens e 80 a 88 cm se mulheres); Grupo 3: hipertensos apresentando CA normal (<
94 cm se homens e < 80 cm se mulheres).
RESULTADOS: O percentual de mulheres foi de 71,2% na população total. As médias encontradas para peso, CA, relação C/Q, IMC, pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica
(PAD), glicemia (Gc), triglicérides (TG), HDL-colesterol e Escore de Framingham (EF) foram:
• Peso:
• CA nos homens:
• C/Q nos homens:
• CA nas mulheres:
• C/Q nas mulheres:
• IMC:
• PAS:
• Gc:
• TG:
• HDL:
• EF:
58
GRUPO 2
67 ± 11
98 ± 2**
0,94 ± 0,03
85 ± 2***
0,88 ± 0,05**
25,4 ± 2,6*
145 ± 21
93 ± 20
155 ± 68
48 ± 9
9,81
GRUPO 3
62 ± 13
89 ± 5
0,91 ±0,05
74 ± 9
0,81± 0,08
22,5 ± 3,2
140 ± 26
99 ± 37
161 ± 61
49 ± 15
9,09
(*P < 0,05 e **P < 0,01 e ***P < 0,001 vs grupo Normal; †††P < 0,001 vs grupo Intermediário)
CONCLUSÕES: A PAS foi pouco mais elevada a partir do grupo intermediário. Poucas diferenças bioquímicas foram observadas provavelmente por se tratar de uma população hipertensa que
pode cursar com redução da sensibilidade à insulina mesmo sem obesidade abdominal. Risco cardiovascular foi progressivamente maior de acordo com o grau de obesidade abdominal, mas são
necessários estudos prospectivos para avaliar melhor esta correlação.
58
02 - Resumos.pm6
GRUPO 1
80 ± 14***†††;
115 ± 11***†††;
1,03 ± 0,06***†††;
100 ± 9***†††;
0,90 ± 0,05***;
30,8 ± 4,8***†††,
145 ± 22;
100 ± 27;
163 ± 65;
46 ± 8;
10,43;
2/8/2007, 15:39
Resumos
189
BÁSICA
MODIFICAÇÕES NO ESTILO DE VIDA E REDUÇÃO DOS RISCOS CARDIOVASCULARES
João Maurício de Almeida, Juliana Patrícia de Luna Vieira, Gilliard Justino de
Oliveira, Thyago Vinícius F. de Andrade, Sylvana Alves Rocha
190
BÁSICA
APTIDÃO FÍSICA EM UMA POPULAÇÃO DE PACIENTES HIPERTENSOS: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES OSTEO-ARTICULARES PARA O BENEFÍCIO CARDIOVASCULAR
Ana Lúcia de Souza Cardoso, Agostinho Tavares, Frida L. Plavnik
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e Prefeitura Municipal de Campina Grande, PB
UNIFESP – São Paulo, SP
FUNDAMENTO: As doenças cardiovasculares estão ligadas a vários fatores, sendo o estilo de
vida um dos seus motivos relevantes. Por isso a adoção de práticas saudáveis, tais como a manutenção do peso ideal, evitar o uso de drogas entre outros, constitui o principal parâmetro pra evitá-las
e controlá-las.
OBJETIVO: Este trabalho teve por objetivo avaliar o estilo de vida e o risco cardiovascular em
pacientes hipertensos e diabéticos da terceira idade.
MÉTODOS: Tratou-se de um estudo documental, descritivo e quantitativo realizado no período
de março a abril de 2007 com pacientes de uma unidade de saúde em Campina Grande-PB. Todos
os dados obtidos foram tratados através da estatística percentual.
RESULTADOS: Foram avaliados 344 pacientes com mais de 60 anos e dentre eles 128 eram
homens e 216 eram mulheres; alguns pacientes apresentaram mais de um fator de risco sendo
assim distribuídos, hipertensão 80%, hipertensão e diabetes 18% e apenas diabetes 2%, hereditariedade 67%, sobrepeso 60%, tabagismo 8%, uso de álcool 7%, e peso corporal. As complicações
cardiovasculares foram: AVC 9%, IAM 7%, outras complicações cardiovasculares 15%, porém,
69% não apresentaram nenhuma complicação.
CONCLUSÃO: Observou-se que a situação dos pacientes até o momento é favorável uma vez que
grande parte ainda não apresentou complicação cardiovascular. É preciso intensificar as informações e as orientações por parte dos profissionais de saúde ajudando-os a modificar o estilo de vida
realizando uma dieta adequada com restrição de sal, gordura e açúcar, atividades físicas e diminuição de peso garantindo assim uma vida mais saudável.
FUNDAMENTO: A atividade física regular, ou mais comumente a caminhada é uma medida não farmacológica bastante estimulada entre pacientes de alto risco cardiovascular e em todos os hipertensos em função dos benefícios no controle pressórico e melhora dos parâmetros metabólicos. Entretanto, apesar de
classicamente considerada uma atividade sem riscos osteo-articulares relevantes, a avaliação prévia da
aptidão física não é comumente realizada.
OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi avaliar a presença de lesões osteo-articulares em pacientes
hipertensos que poderiam se agravar ou levar ao abandono da atividade física em função de sintomatologia
relacionada ao problema.
MÉTODOS: Foram avaliados 111 pacientes hipertensos de ambos os sexos, portadores ou não de outras
co-morbidades. Os pacientes responderam a uma questionário (XXX) e foram avaliados por profissional
em fisioterapia para detectar as alterações osteo-articulares mais freqüentes que poderiam impedir ou
dificultar a realização de atividade física como prática regular adjuvante ao tratamento farmacológico.
RESULTADOS: Foram avaliados 31 homens e 80 mulheres com idade média de 55,2 + 10,3 anos, 21,6
apresentavam índice de massa corporal inferior a 24,9 kg/m2, 35,1% estavam em sobrepeso e 43,2% apresentavam obesidade de algum grau. A pressão arterial sistólica (PAS) média era de 135,5 + 19,7 mmHg e
a pressão arterial diastólica média era de 83,1 + 10,9 mmHg, sendo que a comparação entre homens e
mulheres mostrou diferença estatisticamente significante (p < 0,05), com níveis pressóricos mais elevados
entre os homens. A proporção de pacientes que referia algum tipo de atividade física era de 53,1% no
grupo total, com proporções semelhantes entre homens (52%) e mulheres (53,7%). O tipo de atividade
mais freqüentemente relatado foi caminhada, realizada numa freqüência de 3,3 vezes por semana (x/sem)
no grupo todo, e 3,2 + 1,7 x/sem entre homens e 3,3 + 1,3 x/sem, entre as mulheres. Os pacientes relataram
não fazer alongamento antes e depois da caminhada. O questionamento sobre a importância da atividade
física resultou em desconhecimento e falta de informação por parte dos pacientes quanto à sua real importância. A avaliação da aptidão física para realização da atividade física mostrou que na população como um
todo 82,9% apresentava algum grau de comprometimento da flexibilidade , 80,2% mostrava problemas de
alinhamento da coluna, 74,8% não tinha bom alinhamento do quadril e 83% apresentava algum grau de
desalinhamento de joelhos, sendo que 31% apresentava genovalgo, 23% genovaro, 28,8% recurvatum e
apenas 17,1% apresentava bom alinhamento dos joelhos. Além disso, 34% dos pacientes tinham apoio
plantar externo.
CONCLUSÕES: O percentual de alinhamento das estruturas osteo-articulares mostrou inadequação para
a realização da atividade física regular, principalmente com relação às alterações no quadril e joelhos. O
elevado percentual de genovalgo deve ser interpretado como risco para a rotação interna da cabeça do
fêmur com sobrecarga na articulação do quadril, com conseqüências indesejadas para a continuidade do
exercício, podendo explicar parte do abandono à atividade física regular. Assim, podemos concluir que
antes da indicação da atividade física, os pacientes devem ser submetidos a uma avaliação rigorosa da
aptidão física por profissional da área de modo a evitar complicações futuras no sistema osteo-articular.
191
192
BÁSICA
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SEVERA SECUNDÁRIA À ASSOCIAÇÃO
DE HIPERTENSÃO E DIABETES DESCOMPENSADAS
CORRELAÇÃO ENTRE CAMPANHA DE DETECÇÃO E ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
Diego Luiz Gomes do Amaral, Jayme Augusto Schmitt, Diego Luiz Gomes do
Amaral, Aureleide Camara Correia, Marcela Araujo Castro, Janaise Marques de
Oliveira, Leila Isabele de Souza Mota, Clarissa Rocha da Cruz, Jose Sérgio
Nascimento Silva, Lívia de Kassia Leal Interaminense
Daniel Costa Garcia, Paulo César B. Veiga Jardim, Estelamaris T. Monego, Ana
Luiza Lima Souza, Flávio Teles, Mariana Cabral, Thiago Veiga Jardim
Liga de Hipertensão Arterial – Faculdades de Medicina, Enfermagem, Nutrição – HC/UFG, Goiânia, Goiás
PROCAPE, Recife, PE
FUNDAMENTO: Descrição de caso de nefropatia secundária a diabetes mellitus tipo 2 (DM) e
hipertensão arterial sistêmica (HAS).
OBJETIVO: Enfatizar a importância do controle da HAS, principalmente quando associada à DM
descompensada, a fim de evitar comorbidades, como a insuficiência renal crônica (IRC).
DELINEAMENTO: Relato de caso.
PACIENTE: S.P.A., 40 anos, mulher, parda, cozinheira, natural de Saloá, PE e procedente de
Garanhuns, PE.
MÉTODOS: Admitida na cardiologia dia 15/05/2007 após episódio de infarto, o 3º em 1 ano (os
outros ocorridos em setembro de 2006 e abril de 2007), apresenta HAS moderada e DM
descompensada há mais de 5 anos. Não seguia as orientações com relação ao tratamento. Queixava-se de tonturas, dor de cabeça acima dos olhos e problemas visuais, refere dispnéia, palpitações
e dor torácica freqüentemente. Relatou edemas de membros inferiores antes de ser internada e dor
ao deambular. Observou urina de coloração mais clara e espumante, sem alterações da micção.
Possui antecedentes familiares para HAS e DM. Ex-tabagista (30 cigarros/dia há 25 anos), uso de
álcool aos fins de semana (cerveja e cachaça) parando ambos após o 1º infarto. Ao exame físico:
EGB, consciente, orientada, eupnéica, hidratada, anictérica, hipocorada (+/4+), acianótica, afebril
ao toque, sem edemas, e com boa perfusão periférica. PA: 170 x 80 mmHg, FC: 104 bpm, FR: 16
ipm. Os exames laboratoriais apontam uma moderada anemia (hemoglobina 8,8 mg/dL), juntamente com provas da função renal alteradas. A gasometria mostra uma acidose metabólica (pH:
7,2, HCO³: 18,7 mmol/L). Foi diagnosticada IRC como sendo a causadora de tais achados.
RESULTADOS: Paciente evoluindo bem, sem intercorrências. Tratada com drogas antihipertensivas e hipoglicemiantes, porém a HAS segue refratária à medicação e a DM ainda
descompensada, mesmo com dieta rigorosa. A recente IRC ainda precisa ser mais estudada, mas
possivelmente hemodiálise será indicada.
CONCLUSÃO: É muito importante o acompanhamento e o controle dos pacientes portadores de
HAS a fim de evitar o aparecimento de complicações, principalmente quando associada a DM, por
ser esta um fator agravante no aparecimento de outras comorbidades. A IRC é uma das possíveis
complicações desta associação, merecendo grande atenção por ser de instalação silenciosa, vindo a
apresentar sintomas após comprometimento de grande parte da função renal e com danos progressivos e irreversíveis. Em estágio avançado, há a necessidade de se fazer diálise e até mesmo transplante, procedimentos de muito risco.
INTRODUÇÃO: A relevância da hipertensão arterial (HA) como importante fator de risco cardiovascular (FRCV), alta prevalência mundial e aumento da probabilidade de desfechos
cardiocirculatórios fatais e não-fatais torna importante o conhecimento de sua ocorrência regional,
como a correlação com outros possíveis fatores potencialmente desencadeantes de problemas cardiovasculares. Sabe-se também que campanhas de detecção no sentido de orientação à população
também se fazem muito importantes.
OBJETIVOS: Estimar a prevalência da pressão elevada e outros FRCV em uma campanha realizada durante o Encontro Científico dos Acadêmicos de Medicina (ECAM) realizado em Goiânia,
correlacioná-los com dados epidemiológicos de estudo de prevalência realizado em Goiânia e avaliar a importância de campanhas de detecção.
PACIENTES E MÉTODOS: Fizeram parte da pesquisa todas as pessoas (>18 anos) atendidas no
stand durante o ECAM. Foram realizados medida da pressão arterial na posição sentada utilizando
aparelho semi-automático (OMRO HEM 750 CP), aplicado questionário sobre pressão elevada
anterior referida e alguns FRCV (diabetes, tabagismo, prática regular de atividade física - 3X/
semana por 30 minutos). A amostra foi categorizada de acordo com o sexo, faixa etária (18 – 29
anos, 30 – 39 anos, 40 – 49 anos, 50 – 59 anos e maiores que 60 anos) e pressão elevada de acordo
com a V Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (PAS > 140 e /ou PAD > 90). Compararam-se,
então, esses dados com os obtidos em estudo epidemiológico de Goiânia e realizou-se o teste quiquadrado com avaliação de correlação entre variáveis, a um nível de significância de 5%.
RESULTADOS: A amostra total foi de 346 pessoas, com predomínio do sexo feminino (71,1%).
A prevalência de pressão elevada foi de 29,7% sendo maior no sexo masculino (32%). Dentre
aqueles com pressão elevada, 61,2% apresentavam ausência de prática regular de atividade física,
85% eram não tabagistas e 15,5% eram diabéticos. Dentre aqueles que não referiram pressão elevada anterior, 61% apresentavam-na no momento da medida no ECAM. A faixa etária acima dos
60 anos apresentou a maior taxa de pressão elevada (73,4%). Houve uma correlação estatisticamente significativa entre a prevalência da pressão elevada em Goiânia (36,4%) e os dados na campanha (29,7%). A prevalência foi maior no sexo masculino e aumentou conforme a faixa etária em
ambos os estudos com significância estatística.
CONCLUSÃO: A prevalência da pressão elevada detectada durante o ECAM foi significativamente semelhante àquela encontrada em estudo de prevalência em Goiânia. Diante disso infere-se
que os dados das campanhas de detecção podem ser capazes também de predizer como está a saúde
da população e serem utilizados para o planejamento de ações preventivas em saúde pública.
59
02 - Resumos.pm6
59
2/8/2007, 15:39
Resumos
193
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
CARACTERIZAÇÃO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA DA CLIENTELA ATENDIDA
COM CRISE HIPERTENSIVA NA EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL MUNICIPAL
DE FORTALEZA, CEARÁ
Rita Neuma Dantas Cavalcante de Abreu, Ana Célia Caetano de Souza, Auzilene
Moreira de Andrade, Isabel Cristina Filgueiras Maciel, Paulo César de Almeida,
Thereza Maria Magalhães Moreira
Hospital Distrital Nossa Senhora da Conceição
FUNDAMENTOS: A procura de pessoas em crise hipertensiva pelo serviço de emergência nos
instigou a realizar um estudo prospectivo dos casos de crise hipertensiva na emergência de um
hospital municipal de Fortaleza.
OBJETIVOS: Estimar a prevalência dos casos de crise hipertensiva no referido serviço de emergência e caracterizar a referida população quanto aos aspectos clínico-epidemiológicos;
MÉTODOS: Pesquisa de natureza quantitativa, descritiva realizada no período de Abril a Julho de
2006. A amostra foi constituída de 118 pessoas. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um
formulário contendo questões fechadas. Os dados foram organizados em quadros, foram calculadas as medidas estatísticas descritivas média e desvio padrão e a medida epidemiológica prevalência da crise hipertensiva. A análise foi feita no programa estatístico SPSS versão 13.0 e a interpretação foi realizada com base na literatura pertinente ao tema. O projeto foi aprovado pelo comitê de
ética da Universidade Estadual do Ceará.
RESULTADOS: A prevalência dos casos de crise hipertensiva na emergência foi de 0,3% e entre
os achados clínicos epidemiológicos destacamos: a grande maioria (79,9%) apresentou pressão
diastólica de 120 a 130 mmHg; 79,5% encontravam-se acima do peso ideal; 95,8% da clientela
referiram ser portadores de hipertensão arterial, 30,5% mencionaram ter dislipidemia, 25,4% doença
cardíaca e 20,3% acidente vascular cerebral. Das 118 pessoas, 86 relataram tratamento para hipertensão; desses, 78,8% utilizam medicamentos, sendo os mais utilizados captopril (27,8%), hidroclorotiazida (23,3%) e propranolol (16,7%); os sinais e sintomas mais freqüentes entre a clientela
foram a cefaléia isolada ou associada a outro sintoma, presente em 71,1% das pessoas; 82,2%
referiram história familiar para hipertensão arterial, 34,7% para infarto agudo do miocárdio (IAM)
e 34,7% para acidente vascular cerebral (AVC); Apenas 25 pessoas mencionaram prática de exercício físico; 89,8% do total consomem alimentos gordurosos; 85,% alimentos salgados e 100% frituras.
CONCLUSÕES: A prevalência da crise hipertensiva no hospital onde foi realizado o estudo foi
semelhante à encontrada na literatura. Quase a totalidade dos participantes era portador de hipertensão arterial e mais da metade encontrava-se acima do peso ideal. O fato de mais da metade fazer
uso de anti-hipertensivo e ter procurado um serviço de emergência confirma a relação hipertensão
arterial e crise hipertensiva, e demonstra a necessidade de aprimoramento da assistência aos portadores dessa doença. Por sua vez, na crise hipertensiva observou-se dificuldade dos profissionais
em fechar o diagnóstico, além de variações na conduta. Recomenda-se a realização de novos estudos que identifiquem maiores fragilidades na detecção dos casos de crise hipertensiva.
195
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
194
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
MORTALIDADE APÓS INFARTO DO MIOCÁRDIO NO DIABETES EXPERIMENTAL: PAPEL DAS DISFUNÇÔES VENTRICULAR E AUTONÔMICA
1
Bruno Rodrigues, 2Alessandra Medeiros, 1Cristiano Mostarda, 1Kaleizu Teodoro
Rosa, 2Patricia Chakur Brum, 3Kátia De Angelis, 1Maria Cláudia Irigoyen
1
Instituto do Coração (InCor), Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; 2Escola de
Educação Física e Esportes da Universidade de São Paulo; 3Laboratório do Movimento Humano,
Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: A disfunção ventricular esquerda, bem como prejuízo da função autonômica cardíaca
têm sido associadas a um aumento na mortalidade em pacientes diabéticos após evento cardiovascular.
OBJETIVOS: O objetivo do presente estudo foi avaliar o papel das disfunções autonômica e cardíaca,
bem como o perfil das proteínas de recaptação do Ca+2 intracelular na mortalidade de animais diabéticos e
infartados.
DELINEAMENTO, MATERIAL E MÉTODO: Foram utilizados ratos Wistar machos (250 – 450 g)
divididos em 4 grupos: controle (C, n = 8), diabético (D, n = 8), Infarto (I, n = 8) e diabético + infarto (DI,
n = 8). O IM foi realizado 15 dias após a indução do diabetes (STZ-50 mg/Kg). À partir dos 90 dias de IM,
os animais foram submetidos à avaliação ecocardiográfica e posteriormente ao registro de pressão arterial
e ventricular. A variabilidade do intervalo de pulso (IP) foi analisada no domínio do tempo e da freqüência
(modelo auto-regressivo). A expressão das proteínas relacionadas à recaptação de Ca+2 intracelular foi feita
pelo método de Western Blot.
RESULTADOS: A área de infarto foi similar entre os grupos I e DI (~40 ± 3%). A fração de ejeção foi
menor no grupo I quando comparado aos grupos C, D e DI (42 ± 13 vs. 70 ± 3, 61 ± 5 e 55 ± 12%,
respectivamente). O índice de esforço miocárdico foi maior no grupo I (0,56 ± 0,04) em comparação aos
grupos C (0,34 ± 0,03), D (0,50 ± 0,02) e DI (0,45 ± 0,08). A +dP/dt apresentou-se reduzida nos animais I
em relação aos animais C e DI (4642 ± 457 vs. 9445 ± 420 e 6160 ± 451 mmHg/sec) e a pressão diastólica
final foi maior em I quando comparado com o grupo DI (20 ± 2 vs. 12 ± 3 mmHg). A razão SERCA2/
trocador Na+/Ca2+ estava aumentada nos animais DI (1,1 ± 0,07 UA) quando comparada aos animais D e I
(0,8 ± 0,2 e 0,7 ± 0,1 UA). A expressão de fosfolambam (PLN) estava reduzida no grupo DI (0,5 ± 0,1 UA)
em comparação aos grupos C, D e I (1,0 ± 0,09; 1,19 ± 0,1 e 1,12 ± 0,1 UA). A razão entre PLN / PLN
fosforilado na serina 16 foi maior no grupo DI (3,8 ± 0,4 UA) em comparação aos grupos C, D e I (1,0 ±
0,1; 1,1 ± 0,2 e 1,3 ± 0,2 UA). Os animais do grupo DI apresentaram maior disfunção autonômica quando
comparados com os animais I, observada pelo prejuízo no barorreflexo (-36%) e na variabilidade da
freqüência cardíaca (intervalo de pulso: -84% e banda de baixa freqüência: –70%). Ao final do protocolo
(90 dias), a mortalidade (Kaplan-Meier) não foi diferente entre os grupos infartados (73 e 69% em I e DI),
porém foi maior que os grupos D e C (50 e 0%).
CONCLUSÕES: Estes dados sugerem que a maior disfunção autonômica dos animais diabéticos infartados,
apesar da melhor função ventricular esquerda (avaliada de forma invasiva, não invasiva e molecular), pode
ter contribuído para a mortalidade semelhante em relação aos animais somente infartados. Dessa forma,
estes resultados evidenciam a importância da disfunção autonômica no prognóstico de pacientes diabéticos após um evento cardiovascular.
APOIO FINANCEIRO: CAPES, FAPESP e Fundação Zerbini.
196
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
VARIABILIDADE DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA EM JOVENS COM HISTÓRIA
POSITIVA DE HIPERTENSÃO: RESPOSTAS A UM TESTE DE ESTRESSE MENTAL
A DELEÇÃO DO RECEPTOR PARA O LDL-COLESTEROL INDUZ DISFUNÇÃO
AUTONÔMICA EM CAMUNDONGOS
Juliana Valente Francica1, Marcelo Velloso Heeren1, Márcio Tubaldini1, Michelle
Sartori1, Cristiano Mostarda2, Rubens Correa Araújo1, Maria Cláudia Irigoyen2,
Kátia De Angelis1
Laboratório De Hipertensão Experimental, Instituto Do Coração (INCOR), Faculdade De Medicina, Universidade De São Paulo, São Paulo
1
Universidade São Judas Tadeu – USJT; 2 Instituto do Coração – INCOR
FUNDAMENTAÇÃO: A história familiar de hipertensão é um importante fator preditivo para
hipertensão e pode estar associado com anormalidades hemodinâmicas e metabólicas.
OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar a variabilidade da freqüência cardíaca (VFC)
e as respostas cardiovasculares a um teste de estresse mental (TEM) em jovens filhos de hipertensos.
MÉTODOS: Indivíduos do sexo masculino adultos jovens (20-28 anos) filhos de normotensos
(GFN: 69 ± 3 kg, 173 ± 1 cm, n = 8) e filhos de hipertensos (GFH: 75 ± 6 kg; 176 ± 2 cm, n = 12)
foram submetidos a medidas da pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e da freqüência
cardíaca (FC) antes, durante (1º e 3º min) e após (10 min) a realização de um TEM. A VFC foi
avaliada no domínio da freqüência (FFT) a partir de um registro do intervalo R-R.
RESULTADOS: A PAS (GFN: 113 ± 2 vs. GFH: 111 ± 2 mmHg), a PAD (GFN: 79 ± 2 vs. GFH:
74 ± 2 mmHg) e a FC (GFN: 72 ± 2 vs. GFH: 75 ± 2 bpm) foram semelhantes entre os grupos no
repouso. A variância do RR (GFH: 51 ± 4 vs. GFN: 46 ± 7 ms2), a banda de baixa (GFH: 74 ± 3 vs.
GFN: 67 ± 7%) e de alta (GFH: 25 ± 3% vs. GFN: 32 ± 7%) freqüências foram semelhantes entre
os grupos. O GFH (87 ± 3 bpm) apresentou aumento da FC no 1º min do TEM em relação ao GFN
(77 ± 1 bpm) e em comparação aos valores de repouso de ambos os grupos. Taquicardia foi observada no GFN no 3º min do TEM em relação aos seus respectivos valores basais, todavia, neste
momento não foram observadas diferenças na FC entre os grupos. A FC foi maior na recuperação
no GFH (81 ± 2 bpm) do que no GFN (70 ± 2 bpm). Além disto, o GFN apresentou menor FC na
recuperação em comparação ao 1º e 3º min do TEM, o que não foi observado no GFH. As PAS e
PAD foram semelhantes entre os grupos no final do TEM e na recuperação. Correlações significativas foram obtidas entre a FC do 1º min do TEM e: a) a FC no 3º min do TEM (r = 0,78); b) a FC
na recuperação (r = 0,61); c) a PAS no 3º min do TEM (r = 0,6); d) a variância do RR (r =-0,68).
CONCLUSÃO: Os resultados demonstram que apesar da VFC em repouso não estar alterada em
jovens com história familiar positiva de hipertensão, a resposta cronotrópica ao teste de estresse
mental mostrou-se exacerbada nesta população. Esses resultados sugerem que manobras de estimulação simpática podem ser importantes na detecção de risco de desenvolvimento de hipertensão
em populações geneticamente predispostas.
APOIO FINANCEIRO: FAPESP (processos: 06/53738-3; 06/53739-0; 07/50001-2 ); Fundação
E. J. Zerbini; USJT.
Moreira ED, Mostarda C, De Souza LE, Souza SBC, Oliveira VLL, Irigoyen MC
O uso de camundongos knock-out para receptores de LDL tem sido usado no estudo de doenças
cardiovasculares por promover alterações nos níveis de lipoproteínas plasmáticas, tornando este
camundongos mais susceptíveis a aterosclerose. Porém os parâmetros hemodinâmicos destes camundongos foram poucos explorados.
OBJETIVO: Avaliar a variabilidade da pressão arterial (PA) e freqüência cardíaca (FC) no domínio do tempo e da freqüência em camundongos knock-out LDL (KO) e controles ( C). Os sinais de
PA e FC foram gravados e processados via sistema de aquisição de dados (codas 4 KHz ). A variabilidade do intervalo de pulso (VIP) e da PAS (VPAS) foi avaliada no domínio do tempo pela
variância total e no domínio da freqüência pela análise espectral (FFT).
RESULTADOS: Não houve diferença na PAS (142 ± 4.32 vs. 144 ± 5.31), IP (106 ± 12 vs. 103 ±
14 ms) e na VIP no domínio do tempo, porém no domínio da freqüência , houve um aumento do
componente de baixa freqüência (LF%) e do balanço simpato-vagal no grupo KO em relação ao
grupo C (44 ± 5 vs. 30 ± 3 ; 0.86 ± 0.2 vs. 0.45 ± 0.05). Os valores absolutos dos componentes de
LF e de alta freqüência (HF) não foram diferentes. Foi observado também aumento na VPAS no
domínio do tempo no grupo KO em relação ao grupo C (68.22 ms² vs. 30.77 ms²).
CONCLUSÃO: Embora não se tenha observado alteração das variáveis hemodinâmicas basais, a
deleção do receptor para o LDL-colesterol está associada a um aumento de balanço simpato-vagal
e redução de variabilidade de PA. Esses achados sugerem disfunção autonômica nos animais knockout e podem significar um aumento de risco para doença cardiovascular com ou sem a presença de
dislipidemia.
60
02 - Resumos.pm6
60
2/8/2007, 15:39
Resumos
197
TRATAMENTO
198
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
INTERVENÇÃO NO MODELO DE ATENDIMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS EM UM HOSPITAL SECUNDÁRIO
PREVALÊNCIA DE OBESIDADE, SEDENTARISMO E TABAGISMO NUMA POPULAÇÃO DE HIPERTENSOS DE FLEXEIRAS, AL
Marina Hideko Anabuki, Egidio Lima Dórea , Gelba Almeida Pinto, Lucy Maeda,
Maria Cecília Gusukuma, Márcia Silveira Bernik, Liz Andréa Yoshihara, Ana Lúcia
Sassaki, Marina Hideko Anabuki, Paulo Andrade Lotufo
Jacilene Cirilo da Silva, Leilany Suelle dos Santos Viana, Lívia Cristina Deolindo
de Souza, Andreza de Araújo Luna, Fernanda Maria de Banneux Leite, Nidyanne
Patrícia de Mesquita Chagas, Patrícia Maria Candido Silva, Tatiana Maria
Palmeira dos Santos, Sandra Mary Lima Vasconcelos
Hospital Universitário da Universidade de São Paulo
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem hoje o maior desafio para o sistema de
saúde. Segundo dados da OMS, as DCNT são responsáveis por 59% da mortalidade total no mundo e estima-se que em 2020 estas condições responderão por 78% da mortalidade global. Os custos
do cuidado médico das DCNT aumentam enormemente quando estas são tratadas de forma inadequada. Inúmeras intervenções no sistema de saúde têm sido propostas no cuidado das DCNT com
redução da mortalidade e das complicações ao longo dos anos.
A proposta do estudo foi uma intervenção nos moldes tradicionais de atendimento no ambulatório
de doenças metabólicas do HU-USP, constituindo-se em um novo modelo de atendimento que
abrange: redesenho do atendimento; suporte para equipe responsável; programas de prevenção de
pé diabético, retinopatia diabética; vasculopatia periférica; perda de peso e anti-tabagismo; implementação de consensos; uso de material para educação de pacientes e utilização dos recursos da
comunidade. Os seguintes indicadores de qualidade e controle de atendimento foram analisados:
pressão arterial, peso, IMC, hemoglobina glicosilada (HbA1C), uso de AAS e IECA/ARA e realização anual de fundoscopia.
Ao final de oito meses foram avaliados 664 pacientes: 41,4% (275/664) homens e 58,6% (389/664)
mulheres. Destes, 37,3% (247/662) diabéticos e 89,9% (595/662) hipertensos. O perfil de IMC dos
pacientes foi: IMC < 25: 20,6% (136/659); 25 < IMC< 30: 41,4% (273/659); IMC > 30: 37,9%
(250/659). Com relação ao controle pressórico: 49,6% (194/391) estavam controlados ao final do
estudo. No grupo dos pacientes diabéticos: 40,9% (101/247) apresentavam bom controle de PA no
final do estudo. 54,6% (113/207) apresentava HbA1C < 7%. Nos diabéticos acima de 40 anos: 75,3
% (186/247) usavam AAS; 20,6% (51/247) fizeram fundo de olho no ultimo ano; 71,7% (177/247)
usavam IECA ou ARA ao final do estudo.
Os dados obtidos no controle terapêutico e nos marcadores de qualidade de atendimento demonstram a eficácia do modelo de intervenção adotado. Entretanto, os altos índices de IMC verificados
nesta população indicam a necessidade de ênfase nas medidas terapêuticas para um controle mais
adequado da obesidade.
Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Faculdade de Nutrição (FANUT), Laboratório de Nutrição em Cardiologia, Maceió, AL
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada o fator de risco de maior importância para a morbidade e mortalidade precoces causadas por doenças cardiovasculares (DCV). Além da
HAS, destacam-se a obesidade, o estilo de vida sedentário e o tabagismo. O controle da obesidade, a
prática regular da atividade física e o combate ao tabagismo são medidas de elevada eficácia anti-hipertensiva e do ponto de vista da saúde coletiva, provocariam maior impacto na redução das taxas de morbimortalidade das DCV.
OBJETIVO: Avaliar a prevalência dos fatores de risco obesidade, sedentarismo e tabagismo em uma
amostra de hipertensos do município de Flexeiras, AL
METODOLGIA: Estudo transversal com 469 hipertensos acompanhados pelo HIPERDIA. Os pacientes
foram pesados em balança antropométrica digital filizolaÒ e tiveram atualizados seus dados, mediante
termo de consentimento. Considerou-se sedentarismo (< 30 min de exercício; 3x/semana e não faz esforço
físico pesado em casa e no trabalho), tabagismo (> 1 cigarros/dia), e obesidade (IMC > 30 Kg/m2) segundo
HIPERDIA e, obesidade andróide cintura > 102 cm e > 88 cm (NCEP-ATPIII, 2001) para os gêneros
feminino e masculino, respectivamente.
RESULTADOS: Na população estudada, com 58,29 ± 13,78 anos, sendo 79,8% gênero feminino (F) e
20,11% masculino (M), verificou-se:
FATORES DE RISCO
E NO. ESTUDADO
Obesidade (469)
Sobrepeso (469)
Obes. Andróide (457)
Sedentarismo (446)
Tabagismo (469)
* Block et al, 2006. Rev Bras HAS
Total
132 (28,17%)
178 (37,95%)
234 (51,2%)
177 (39,68%)
104 (22,27%)
PREVALÊNCIA
Amostra estudada
n o. e %
Feminino
Masculino
115 (87,12%)
17 (12,88%)
118 (66,29%)
60 (33,7%)
212 (90,59%)
22 (9,40%)
128 (72,31%)
49 (27,68%
67 (64,4%)
37 (35,7%).
Outros estudos
com Hipertensos*
7,9 a 20,8 %
25 a 51,6 %
72 a 78,4 %
20 a 30 %
CONCLUSÃO: A prevalência de fatores de risco foi concordante com outros estudos com hipertensos,
embora não haja uniformização nos critérios de definição entre eles. O fato é que, a elevada prevalência de
fatores de risco por um estilo de vida inadequado, que dificultam o controle dos níveis pressóricos, é uma
condição contraditoriamente comum neste grupo de pacientes e representa um desafio para os profissionais da rede básica de saúde. Na população estudada, medidas de controle da obesidade, e combate ao
sedentarismo e tabagismo devem ser prioritárias.
199
BÁSICA
200
TRATAMENTO
HIPERTENSÃO ARTERIAL EM GESTANTES CADASTRADAS NO PROGRAMA
DE PRÉ-NATAL NO MUNICÍPIO DE MONTADAS, PB
INGESTÃO DE SÓDIO, POTÁSSIO, CÁLCIO E MAGNÉSIO EM HIPERTENSOS
ACOMPANHADOS PELO HIPERDIA DO MUNICÍPIO DE FLEXEIRAS, AL
Elisângela Porto. Edivânia Porto, Eliclenes Porto, Erasmo de Souza, Adriana Alves
de Oliveira
Nidyanne Patrícia de Mesquita Chagas, Fernanda Maria de Banneux Leite,
Andreza de Araújo Luna, Jacilene Cirilo da Silva, Leilany Suelle dos Santos Viana,
Lívia Cristina Deolindo de Souza, Patrícia Maria Candido Silva, Tatiana Maria
Palmeira dos Santos, Sandra Mary Lima Vasconcelos
UEPB, Campina Grande, PB
FUNDAMENTO: A pesquisa foi realizada diante da gravidade que a hipertensão arterial tem
alcançado nos últimos anos, e particularmente pelas conseqüências que vem ocasionando durante
a gravidez, sendo a intercorrência mais freqüente e a maior responsável pela morbi-mortalidade
materna e fetal.
OBJETIVO: Identificar algumas das características associadas à hipertensão arterial na gravidez
e a influência delas no aparecimento de complicações maternas e/ou fetais.
DELINEAMENTO: Estudo observacional, descritivo, feito com um grupo de 12 gestantes com
hipertensão arterial. Os fatores analisados na pesquisa foram: história familiar, idade, paridade,
IMC, proteinúria de 24h e presença de edema. A partir destes fatores foram avaliadas as complicações maternas e fetais provenientes da doença.
PACIENTE OU MATERIAL: Prontuário das gestantes com hipertensão arterial cadastradas no
programa de Pré-natal da área urbana do Município.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo realizado através da coleta e análise de dados dos prontuários
de gestantes acometidas de hipertensão arterial e as complicações decorrentes da patologia nesta
fase. A pesquisa foi feita entre Janeiro de 2006 à Junho de 2007, no município de Montadas, PB.
RESULTADOS: Neste período foram cadastradas 69 gestantes no programa, sendo 57 normotensas e 12 com pressão arterial elevada. O estudo foi baseado na análise dos prontuários das gestantes
com hipertensão arterial e as características mais importantes observadas foram: 60% têm antecedentes pessoais, 70% estavam com o peso acima do normal para a idade gestacional, 80% tinham
entre 20 a 29 anos de idade e 50% eram primigestas. Um fator relevante verificado foi que de
acordo com o resultado do exame, nenhuma apresentou proteinúria de 24h acima de 300 mg e
metade tinham presença de edema. As gestantes atendidas na Unidade Básica de Saúde foram
encaminhadas para o Centro de Referência, sendo que 25% delas foram enviadas de volta ao Município, 50% ficaram hospitalizadas e as demais receberam atendimento em ambos os serviços.
25% tiveram parto pré-termo, com RN de baixo peso, 25% natimorto, 8% eclâmpsia, 25% não
tiveram complicações e 17% não pariram.
CONCLUSÕES: Apesar de a amostra estudada ter sido pequena, reflete a grande ameaça que a
hipertensão arterial representa, na gravidez, trazendo sérias repercussões tanto para a gestante quanto
para o concepto. Pôde-se verificar que nem sempre os riscos aparecem explícitos, exigindo preparo e conhecimento dos profissionais que prestam à assistência pré-natal. Todavia, é necessário
enfatizar a importância e a responsabilidade que o nível de atenção básica possui, pois a unidade
básica de saúde costuma ser a porta de entrada dessas mulheres.
Universidade Federal de Alagoas, Faculdade de Nutrição, Laboratório de Nutrição em Cardiologia,
Maceió, AL
FUNDAMENTO: A abordagem não medicamentosa da hipertensão arterial sistêmica (HAS) envolve o
controle de fatores de risco, através de mudanças no estilo de vida, dentre elas a adoção de uma alimentação balanceada e adequada, inclusive quanto a oferta de eletrólitos e minerais envolvidos no controle da
pressão arterial. Os benefícios na restrição do consumo de sódio (Na) bem como no aumento da ingestão
de alimentos fontes de potássio (K) e ingestão alimentar adequada de cálcio (Ca) e magnésio (Mg) são
inquestionáveis, o que torna necessário o estudo da ingestão dietética desses nutrientes em hipertensos,
para uma intervenção nutricional terapeuticamente adequada.
OBJETIVO: Descrever a ingestão de Na, K, Ca e Mg em uma amostra de hipertensos, comparando os
resultados com as recomendações nutricionais.
DELINEAMENTO: Estudo transversal
PACIENTES: 353 hipertensos cadastrados no HIPERDIA no município de Flexeiras, AL.
MÉTODOS: Foram aplicados inquéritos dietéticos do tipo recordatório 24 horas (IDR24H), mediante
termo de consentimento, onde foi avaliada a ingestão de Na, K, Ca e Mg utilizando o Software Virtual
NutriÒ. A ingestão foi comparada frente às DRIs (Dietary Reference Intake) e às recomendações da V
DBHA (2006).
RESULTADOS: De um total de 353 indivíduos estudados, 282 (79,8%) eram mulheres e 71 (20,11%)
homens com idades entre 44 e 72 anos, obteve-se o seguinte perfil de ingestão alimentar:
Nutrientes
Media e DP
Mediana
Recomendações
Na (mg)
1221,30 ± 1198,29
989,55
DRI 500 e IV DBHA 2400
K (mg)
1894,86 ± 1388,46
1581,33
DRI e IV DBHA 4700 mg
Ca (mg)
303,53 ± 225,66
245,92
DRI 100019-50 anos e 1200 > 50 anos
Mg (mg)
189,83 ± 132,61
161,99
DRI 320 mulheres e 420 homens
CONCLUSÃO: A população estudada apresentou uma baixa ingestão de Na, K, Ca, e Mg, minerais que
contribuem para o controle e/ou redução da pressão arterial quando consumidos segundo as recomendações. Este achado, aparentemente positivo para o sódio pode resultar do próprio viés do IDR24H (NaCl à
mesa, subestimação de informações, etc), bem como da escassez de dados das tabelas (Na intrínseco vs. Na
do NaCl das preparações, etc), o que requer uma análise mais aprofundada. É necessário que os pacientes
sejam orientados a selecionar e incluir na dieta alimentos fontes de K, Ca e Mg e sensibilizados para a
importância destes nutrientes no tratamento da HAS.
61
02 - Resumos.pm6
61
2/8/2007, 15:39
Resumos
201
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PAPEL DA HIPERTENSÃO ARTERIAL NA TAXA DE INTERNAÇÕES EVITÁVEIS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
202
BÁSICA
A ATENUAÇÃO DO BARORREFLEXO E O AUMENTO DA VARIABILIDADE DA
PRESSÃO ARTERIAL AUMENTAM A RESPOSTA HIPERTRÓFICA CARDÍACA
EM RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS
Marina Hideko Anabuki, Gelba A. Pinto, Egidio L. Dórea, Lucy Maeda, Maria C.
Gusukuma, Márcia S. Bernik, Liz A. Yoshihara, Ana L. Sassaki, Marina Hideko
Anabuki Paulo A. Lotufo
Ivana C. M. Silva1, Raquel N. de La Fuente1, Cristiano Mostarda1, Kátia de
Angelis2, Eduardo M. Krieger1, Maria Cláudia Irigoyen1
Hospital Universitário USP, São Paulo
1
Laboratório de Hipertensão Experimental – Instituto do Coração, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo 2 Laboratório do Movimento Humano, Universidade São Judas Tadeu
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem-se atualmente no maior desafio para
os sistemas de saúde no mundo. O aumento da prevalência dessas doenças é determinado pela
maior longevidade da população, maiores taxas de população urbana, presença de fatores de risco
modificáveis, nível econômico e avanço técnicos da medicina. Os custos associados ao tratamento
das DCNT aumentam significativamente com a abordagem inadequada das mesmas. No Brasil as
doenças cardiovasculares são responsáveis por 31% das mortes nas capitais e 65% na faixa etária
superior a 69 anos; sendo responsáveis por 1,15 milhão de internações por ano com um custo
aproximado de R$ 475 milhões. Tendo em vista o número cada vez maior de patologias crônicas
com controle inadequado e a necessidade de se equilibrar a relação leitos do equipamento hospitalar e a demanda crescente pelas descompensações das patologias crônicas, surgiu o projeto cujo
objetivo inicial foi o de construir uma ferramenta de informática capaz de fornecer de maneira
rápida e confiável um perfil das internações hospitalares em determinado período. Dentro deste,
são selecionados os diagnósticos considerados como descompensações das diversas patologias crônicas (hipertensão arterial, diabetes mellitus, asma, DPOC, insuficiência coronariana e cardíaca),
sendo assim calculadas as taxas de internações ditas evitáveis (IE). Foi realizada uma análise do
perfil de morbidade do hospital como um todo, classificados por capítulos do CID 10, por gênero,
faixa etária e tempo de permanência hospitalar. No ano de 2005 houve 14.522 internações com
83.098 pacientes/dia e média de 5,7 dias de permanência no hospital. Deste total de internações, a
divisão por gênero foi:5.219 homens (35 %); 9.303 mulheres (65%). O total de IE no ano de 2005
foi de 544, o que correspondeu a 8,5 % do total. A análise das IE por patologia demonstrou: hipertensão:16 (3%); DPOC: 99 (18%); Insuficiência Cardíaca:104 (18%); diabetes mellitus:107 (19%);
asma: 38 (42%). A análise por faixa etária evidenciou que acima dos 65 anos ocorreram 151 IE
contra 413 abaixo de 65 anos. A taxa de IE foi de 10,9% na faixa acima de 65 anos e 7,8% abaixo
de 65 anos. Em relação ao gênero não houve diferença nas taxas de IE acima e abaixo de 65 anos.
A taxa de 8,5 % encontrada é maior que a descrita pela literatura mundial em torno de 6,5%.
Infelizmente a Hipertensão Arterial ainda figura como causa de internação evitável evidenciando
que seu manejo ambulatorial ainda é muito precário e necessita de intervenção para evitar complicações futuras e internações.
Desta forma pode-se estimar a magnitude do problema de saúde pública decorrente do precário
controle ambulatorial destas patologias crônicas.
203
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
FREQÜÊNCIA DE OBESIDADE ANDRÓIDE SEGUNDO GÊNERO EM UMA
AMOSTRA DE PACIENTES HIPERTENSOS DE UM MUNICÍPIO DA ZONA DA
MATA ALAGOANA
Patrícia Maria Candido Silva, Tatiana Maria Palmeira dos Santos, Jacilene Cirilo
da Silva, Leilany Suelle dos Santos Viana, Lívia Cristina Deolindo de Souza,
Andreza de Araújo Luna, Fernanda Maria de Banneux Leite, Nidyanne Patrícia de
Mesquita Chagas, Sandra Mary Lima Vasconcelos
Laboratório de Nutrição em Cardiologia da Faculdade de Nutrição – Universidade Federal de Alagoas
– UFAL, Maceió, AL
FUNDAMENTO: Estudos têm sido consistentes em apontar a circunferência da cintura (CC) como a
medida antropométrica melhor correlacionada à quantidade de tecido adiposo visceral, cujo acúmulo é
reconhecido como fator de risco para doenças cardiovasculares (FRCV), diabetes, dislipidemias e síndrome metabólica. A hipertensão arterial (HA) apresenta maior probabilidade de desfechos circulatórios fatais ou não-fatais quando a ela estão associados FRCV, dentre os quais se destaca a obesidade abdominal
(OA). Por outro lado, os diversos critérios de classificação existentes, interferem no seu diagnóstico epidemiológico.
OBJETIVO: Determinar a freqüência de obesidade abdominal segundo gênero em hipertensos cadastrados no HIPERDIA-MS do município de Flexeiras, AL, atendidos pelo programa de saúde da família (PSF),
segundo principais critérios de classificação atuais.
DELINEAMENTO: Estudo transversal.
PACIENTES: 414 hipertensos adultos.
MÉTODOS: A partir do banco de dados do HIPERDIA-MS, foram verificadas as medidas da CC aferidas
pelas equipes do PSF e analisada OA segundo 3 critérios de CC: (1) NCEP-ATPIII, 2001= > 102 cm
homem e > 88 cm mulher; (2) considerando a etnia = > 94 cm homem > 80 cm mulher; (3) critério
proposto para a população brasileira (Barbosa et al, Arq Bras Cardiol 87(4)2006) = > 88 cm homem e > 84
cm mulher.
RESULTADOS: Os pacientes estudados, dos quais 293 mulherres (70,77%) e 121 homens (29,23%) com
58,21 ± 14,04 anos distribuíram-se segundo obesidade andróide, como mostra a tabela abaixo:
CRITÉRIOS
HOMENS
MULHERES
NCEP-ATPIII, 2001
26 (21,48%)
194 (66,21%)
Segundo etnia
53 (43,8%)
257 (87,71%)
Pop Brasileira, 2006
75 (61,98%
223 (76,1%)
CONCLUSÃO: A freqüência de OA segundo ATPIII foi menor, quando comparada aos critérios mais
próximos da realidade da população brasileira, corroborando a importância de definir o critério mais adequado para tal população. Uma vez que se trata do índice antropométrico mais representativo da gordura
intra-abdominal e consequentemente indicativo de distúrbios metabólicos associados, e, considerando (1)
a freqüência elevada de OA, (2) a predominância de mulher e (3) a idade média do grupo estudado, somados ao diagnóstico de HA, pode-se inferir que este grupo apresenta risco aumentado para o desenvolvimento de DCV. Tais resultados indicam a necessidade de medidas de intervenção, para controle do peso a
serem implementadas na rotina de atendimento do PSF.
FUNDAMENTO: A pressão arterial (PA) constantemente elevada contribui para uma adaptação
dos barorreceptores arteriais, gerando menor sensibilidade do barorreflexo e contribuindo para
uma maior variabilidade da PA (VPA). A hipertensão arterial também acarreta adaptações
morfofuncionais cardíacas. A hipertrofia do ventrículo esquerdo (VE) é bastante freqüente e sua
presença é indicativa de maior mortalidade em hipertensos, assim como a VPA aumentada e a
variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) diminuída.
OBJETIVO: Avaliar o papel do prejuízo do barorreflexo e da variabilidade da PA e da FC sobre a
hipertrofia cardíaca na hipertensão espontânea.
MATERIAL: Foram utilizados ratos espontaneamente hipertensos (SHR), machos de 2 meses de idade.
MÉTODOS: Os animais foram divididos em 2 grupos (n = 6 cada): SHR e SHR desnervado
(SHR-D). No grupo SHR-D foi realizada a cirurgia de desnervação sino-aórtica para retirada dos
barorreceptores. Após 10 semanas, os animais tiveram artérias e veias femorais canuladas para
registro direto da PA (Windaq, 2 KHz) por 30 minutos em condições basais e infusão de drogas
vasoativas (fenilefrina e nitroprussiato de sódio). No dia seguinte, os ratos foram anestesiados com
Pentobarbital sódico (40 mg/kg, i.p.) e perfundidos com solução de NaCl 0.9% + 14 mM KCl
seguido por formol a 10% para fixação. Foi feita a excisão dos corações e a separação dos ventrículos,
sendo que os ventrículos esquerdos (VE) foram pesados separadamente. Realizou-se a análise espectral dos dados (Transformada Rápida de Fourier, FFT) para verificação da modulação autonômica.
Para análise estatística, utilizou-se teste t de Student e correlação. Os resultados foram apresentados em média e erro padrão e p < 0,05 foi considerado significativo.
RESULTADOS: Verificou-se que as respostas de bradicardia e taquicardia no grupo SHR-D estavam diminuídas em comparação ao grupo SHR (0,45 ± 0,05 vs 0,67 ± 0,04; 0,62 ± 0,04 vs 0,85 ±
0,02, respectivamente). A VPA mostrou-se aumentada no SHR-D (204 ± 15 vs 132 ± 24 mmHg2)
embora a PA média não tenha sido diferente (SHR = 173 ± 2 vs SHR-D = 173 ± 5 mmHg). A FC
também não foi estatisticamente diferente entre os grupos (SHR = 365 ± 15 vs SHR-D = 351 ± 30
bpm) enquanto a VFC apresentou-se diminuída nos SHR-D (155 ± 20 vs 185 ± 26 ms2). A razão
massa do VE/peso corporal nos SHR-D mostrou-se significativamente aumentada (3.94 ± 0.17 vs
3.24 ± 0.08 mg/g) e teve correlação positiva com a VPA aumentada (r = 0.7) e negativa com a VFC
reduzida (r = -0.6).
CONCLUSÕES: Estes resultados indicam que a hipertrofia cardíaca em SHR, frente a uma mesma sobrecarga pressórica, depende da eficiência do barorreflexo e, conseqüentemente, da variabilidade da PA e da FC.
204
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
AVALIAÇÃO DOS PACIENTES HIPERTENSOS ATENDIDOS NO DIA MUNDIAL
DO RIM 2007 DA LIGA ACADÊMICA PREVENRIM – UFPE
Camila Barbosa de Medeiros, Sandra Neiva Coelho, Marclébio Manuel Dourado,
Juliana Melo de Moraes Guerra, Rodolfo Brilhante de Farias, Marcela de Lima
Vidal
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco
FUNDAMENTO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição que provoca lesões
em órgãos alvos, mesmo quando presente isoladamente. Quando associada à outras condições (diabetes, obesidade, sedentarismo, tabagismo, níveis tensionais persistentemente elevados), sua evolução tende a ser mais rápida e agressiva, piorando o prognóstico. Por isso, é de extrema importância pesquisar essas condições em pacientes hipertensos, para dessa forma, atuar na prevenção e
controle das complicações da HAS.
OBJETIVO: Avaliar presença se diabetes, sobrepeso/obesidade, tabagismo e sedentarismo na população de hipertensos estudada. Além disso, analisar alterações da uroanálise, buscando sinais de
doença renal, e avaliar os níveis tensionais dos hipertensos durante a campanha.
DELINEAMENTO: Estudo transversal observacional de prevalência realizado a partir da análise
de dados coletados.
PACIENTE OU MATERIAL: Participaram do estudo 151 pessoas com diagnóstico prévio de
HAS, entre 26 e 79 anos, que se apresentaram espontaneamente no local da campanha, receberam
informações sobre o estudo, e assinaram termo de consentimento.
MÉTODOS: Preenchimento de questionário contendo identificação do participante e antecedentes pessoais (diabetes, tabagismo e sedentarismo). Foi realizada aferição da pressão arterial (PA),
medida do peso e altura, e uroanálise com fitas multistix®. Foi considerado sedentário quem não
praticava atividade física regular; como tabagista quem fazia uso contínuo de cigarros. Foi considerado sobrepeso Índice de Massa Corpórea (IMC) entre 25 e 30 Kg/m², e obesidade IMC acima
de 30 Kg/m².
RESULTADOS: Foram avaliadas 151 pessoas com diagnóstico prévio de HAS, sendo 85,4%
mulheres e 88,7% com mais de 40 anos. Cerca de 20% dos pacientes eram diabéticos, e 16% nunca
tinham feito exames para diagnóstico. O tabagismo estava presente em 14% dos casos e o sedentarismo em 54,3%. Tinham sobrepeso 38,7% das pessoas, e 33,3% era obesidade. Todos afirmaram
seguir o tratamento recomendado pelo seu médico assistente, porém 69,2% apresentaram PA elevada. Cerca de 90% das uroanálises mostraram alterações: proteinúria em 9% dos exames, hematúria
em 30%, e proteinúria e hematúria em 10%.
CONCLUSÕES: A análise dos dados mostrou elevada prevalência de condições que implicam em
curso mais agressivo e pior prognóstico da HAS. Além disso, a maioria dos pacientes apresentou
alterações da uroanálise, algumas vezes compatíveis com doença renal. Isso mostra a importância
da conscientização da população e dos profissionais de saúde acerca da importância do tratamento
correto da HAS e das comorbidades associadas.
62
02 - Resumos.pm6
62
2/8/2007, 15:39
Resumos
205
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL CLINICO, LIPIDICO E GLICÍDICO EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO ASSISTIDOS PELA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS HIPERTENSOS DE UBERABA – MG
206
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
INFLUENCIA DE GRUPOS DE APOIO NA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES HIPERTENSOS EM UBERABA
Débora M. Miranda, Danilo C. Rezende, Michela Maria G. Martini, Rafael C.
Barbosa, Tatiana M. Provasi Cunha, Marco Antonio V. da Silva, Luiz Antonio P. R.
de Resende
Michela Maria Gonçalves Martini, Debora Moura Miranda, Álvaro Henrique
Neto, Ana Laura Ferreira, Natália Dias Batista Guimarães, Rafael Cardoso
Barbosa, Lorena Vaz Damascena, Marco Antonio Veira da Silva, Luiz Antônio
Pertili Rodrigues de Resende
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
FUNDAMENTO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um importante problema de saúde
pública visto sua alta prevalência e relação com eventos cardiovasculares. Hipercolesterolemia e
HAS representam metade do risco atribuível da doença coronária. O controle conjunto dos níveis
pressóricos e lipídeos têm grande impacto sobre morbi-mortalidade. Para tanto, é necessário buscar um acompanhamento mais próximo do paciente, avaliar o grau de compreensão frente às orientações e incentivar adesão ao tratamento e mudança do estilo de vida. Uma estratégia é o auxílio
dos grupos de apoio aos pacientes hipertensos que realizam avaliação clínica e desenvolvem ações
educativas na prevenção dos fatores de risco para HAS e seu controle
OBJETIVO: Desvendar o perfil clínico, lipídico e glicídico de pacientes que buscam apoio em um
grupo especializado em HAS.
DELINEAMENTO: Estudo prospectivo, transversal.
PACIENTE OU MATERIAL: Amostra aleatória de 30 pacientes de uma associação de apoio aos
hipertensos de Uberaba.
MÉTODOS: Estudou-se a prevalência de HAS relacionada ao sexo, idade, IMC, circunferência
abdominal (CA), hábitos tabagista e etilista, diabetes, sedentarismo, história familiar, e, perfil lipídico e glicídico. Obtiveram-se os dados por avaliação antropométrica, medida da pressão artéria
(PA) e exames laboratoriais. Os valores aceitáveis foram os preconizados pelas últimas Diretrizes
Brasileiras em Dislipidemia.
RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi de 62,8 anos. O sexo predominante foi o feminino, 63,34%. A PA estava elevada em 43,4% do total de pacientes e a prevalência da HAS foi de
83,33%. O sobrepeso e obesidade juntos representaram 60,7%. A CA estava excedida em 81,9%
das mulheres e em 62,5% dos homens. A amostra continha 17,3% de tabagista, 4,4% de estilista,
31,1% de diabéticos, 57,7% sedentários e 81% tinha história de HAS na família. Em relação aos
achados laboratoriais estavam elevados: a glicemia capilar de jejum em 32,2%; o colesterol total
em 51,9%; o triglicérides em 33,4%. As frações HDL e LDL excediam os valores padrões em
43,4% e 66,7%, respectivamente. Uma maior freqüência das alterações foi observada no sexo masculino: 91% do total de homens.
CONCLUSÕES: Constata-se a estreita relação da HAS e aumento dos fatores de riscos com o
excesso de peso, elevação da glicemia, do colesterol e frações e ainda com a adoção de hábitos de
vida inadequados como o etilismo, sedentarismo, tabagismo e alimentação desequilibrada. A mudança do estilo de vida e busca de apoio e incentivo ao paciente hipertenso, são fundamentais para
tratamento e prevenção da HAS e complicações.
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica prevalente no mundo,
inclusive no Brasil. Trata-se de uma doença multifatorial, sem sintomatologia específica e que faz
com que seus portadores se desinteressem de tomar os remédios ou questionem a necessidade
deles. No Brasil, existem poucos grupos de apoio para portadores da Hipertensão, porém esses
grupos têm mostrado eficácia para o estímulo da adesão ao tratamento e também da aceitação da
doença e suas conseqüências para os pacientes hipertensos.
OBJETIVO: Identificar aspectos da qualidade de vida de hipertensos que fazem tratamento ambulatorial e participam de grupo de apoio em Hipertensão Arterial.
DELINEAMENTO: Estudo prospectivo transversal.
PACIENTE OU MATERIAL: Análise de 44 pacientes do Ambulatório da Liga de Hipertensão
Arterial da UFTM e indivíduos freqüentadores da Associação Amigos Hipertensos de Uberaba,
MG.
MÉTODOS: Foi utilizado para avaliação dos pacientes um instrumento baseado no Questionário
de Avaliação da Qualidade de Vida do Paciente Hipertenso, proposto pela Revista Hipertensão da
SBH. As entrevistas foram realizadas com o consentimento dos pacientes, no período de abril a
junho de 2007, somente no horário de atendimento das instituições.
RESULTADOS: Avaliaram-se 44 pacientes dos quais, 52% afirmaram ter depressão, ansiedade,
irritabilidade ou desânimo em decorrência do diagnóstico de hipertensão e início do tratamento,
sendo do total 58,6% não participantes do grupo e 38,46% participantes. No que diz respeito ao
uso de medicamentos, os freqüentadores do grupo obtiveram 100% de adesão e necessitaram de
menos consultas durante o ano (média de 3,3 consultas/ano e 4,4 consultas/ano respectivamente).
Quanto à atividade física, 61,54% dos participantes do grupo a realizavam regularmente contra
apenas 48,39% dos hipertensos que não tinham participação no grupo de apoio.
CONCLUSÕES: A integração de pacientes hipertensos em grupos de apoio é muito importante
para o melhor entendimento da doença, e conseqüente melhora da sua qualidade de vida, pois eles
têm um menor índice de alterações psicológicas e emocionais, menos necessidade de retornos a
consultórios além de uma maior adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso. Os
pacientes que têm auxílio de grupos de apoio mostram-se mais alegres e dispostos para atividades
diárias e cuidam mais para o controle da pressão arterial, pois têm consciência da importância do
tratamento contínuo e fiel, e das conseqüências da doença mesmo quando silenciosa.
207
208
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO HIPERTENSA E FATORES DE RISCO
CARDIOVASCULAR EM INDIVIDUOS PARTICIPANTES DO DIA DO COMBATE
A HIPERTENSÃO DE 2007, EM UBERABA, MG
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PREVALENCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PACIENTES INFARTADOS
ATENDIDOS NO PRONTO SOCORRO DO HC DE UBERABA
Débora Moura Miranda, Danilo Carmo Rezende, Michela Maria Gonçalves
Martini, Rafael Cardoso Barbosa, Tatiana Machado Provasi Cunha, Marco
Antonio Veira da Silva, Luiz Antonio Pertili Rodrigues de Resende
Débora Moura Miranda, Danilo Carmo Rezende, Michela Maria Gonçalves
Martini, Wanessa Nakamura Guimarães, Marcelo Garcia Tavares, Danilo Carmo
Rezende, Michela Maria Gonçalves Martini, Marco Antonio Veira da Silva, Luiz
Antonio Pertili Rodrigues de Resende
Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Liga de Hipertensão Arterial
Universidade Federal Do Triângulo Mineiro (UFTM)
FUNDAMENTO: As doenças cardiovasculares apresentam importante impacto na mortalidade,
morbidade e nos custos de internação e de seguimento ambulatorial. Entre os fatores de risco
destacam-se o tabagismo, o sobrepeso e obesidade, sedentarismo, diabetes, dislipidemia e hipertensão arterial sistêmica (HAS). Esta se apresenta com alta prevalência e baixa taxa de controle. A
HAS pode justificar cerca de 40% das mortes por acidente vascular cerebral e 25% das doenças
coronarianas. Campanhas de detecção e esclarecimento à população sobre tais condições são fundamentais e, controlar os níveis pressóricos mantendo qualidade de vida ao paciente tem sido um
grande desafio dos profissionais da saúde.
OBJETIVO: Caracterizar a prevalência de HAS e demais fatores de risco cardiovascular na população de Uberaba.
DELINEAMENTO: Estudo prospectivo, descritivo e transversal.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram analisadas 188 pessoas, no dia do combate a HAS de 2007,
em praça pública em Uberaba, MG
MÉTODOS: Os dados foram obtidos através de entrevista, avaliação antropométrica e aferição
pressão arterial. Pesquisaram-se fatores de risco cardiovascular, quantificaram-se peso, altura (cálculo do IMC) e circunferência abdominal (CA). Foi considerado HAS valores > 140 x 90 mmHg;
Sobrepeso, se IMC entre 25 e 30 kg/m2; Obesidade, se IMC entre 30 e 40 kg/m2; Obesidade Mórbida, se IMC > 40 kg/m2 e aumento da CA se maior que 102 cm no sexo masculino e 88 cm no sexo
feminino
RESULTADOS: Análise de 188 pessoas, com média de idade 44,9 ± 14,57 anos (14-83); 112
mulheres (59,57%) e 76 homens (40,42%); 68,62% de brancos, 22,87% de pardos e 8,51% de
negros. Encontrou-se 42,55% de indivíduos sedentários, 42,71% com IMC alterado (IMC > 25 kg/
m2), 40,76% com CA aumentada, 30,85% com hipertensão, 20,74% de tabagistas, 24,46% de
etilistas, 13,30% com história de dislipidemia e 9,57% de diabetes. Entre os hipertensos analisados
57,14% apresentam CA aumentada, 79,31% com IMC aumentado > 25 kg/m2, 68,96% possuíam
familiar de primeiro grau hipertenso, 31,03% eram sedentários, 15,51% tabagistas, 17,24% etilistas,
27,58% dislipidêmicos e 22,41% diabéticos.
CONCLUSÕES: Evidenciamos na população em estudo alta prevalência de HAS e elevados índices de sobrepeso e obesidade. Entre os hipertensos observou-se elevada prevalência de indivíduos
com cintura abdominal aumentada e IMC elevado. Tais dados mostram a necessidade de constante
abordagem da população quanto à importância do diagnóstico e controle dos fatores de risco cardiovascular.
FUNDAMENTO: A Hipertensão Arterial é considerada hoje um dos mais importantes fatores de
risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares e suas complicações, exemplificadas
em especial pelo Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), uma das causas mais importantes de morte
em todo o mundo. Assim, o controle da pressão arterial, é essencial para prevenir eventos cardiovasculares.
OBJETIVO: Estudar a prevalência de hipertensão em pacientes infartados e verificar a adesão ao
tratamento anti-hipertensivo.
DELINEAMENTO: Estudo retrospectivo e descritivo.
PACIENTE OU MATERIAL: Análise de 105 prontuários de pacientes atendidos pelo serviço de
urgência do HC de Uberaba nos últimos 3 anos.
MÉTODOS: Realizado estudo retrospectivo dos prontuários de pacientes atendidos no PS do HC,
que tiveram IAM e passaram pelo CTI. A partir de um instrumento guia para a coleta de dados,
foram obtidos 105 pacientes, incluindo óbitos e sobrevida. Os dados foram tabelados, quantificados
e avaliados, conforme as V diretrizes brasileiras de hipertensão arterial.
RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi de 59,24 anos. O sexo predominante foi o masculino, com 62,86%. Com relação aos fatores de risco cardiovascular 65,7% eram tabagistas 26,67%
eram diabéticos, 64,76% eram hipertensos e 23,8% apresentavam diabetes e hipertensão
associados.Quanto aos pacientes hipertensos, 28,57% eram mulheres (46,6% estavam em tratamento com anti-hipertensivos) e 71,43% eram do sexo masculino (63,15% estavam em tratamento). A mortalidade verificada foi de 20% dos quais 76,13% eram hipertensos. Destes 37,5% não
estavam em tratamento.
CONCLUSÕES: Constata-se que a hipertensão arterial é fator de risco de elevada prevalência em
indivíduos infartados e que esta prevalência ultrapassa a verificada nos estudos populacionais.
Verifica-se também alta prevalência de não aderência ao tratamento. Diante desse estudo, comprova-se a necessidade de abordar a população sobre a necessidade de diagnosticar a HAS e tratá-la, a
fim de promover uma melhor qualidade de vida e diminuir o risco de doenças cardiovasculares.
63
02 - Resumos.pm6
63
2/8/2007, 15:39
Resumos
209
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
210
BÁSICA
AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO RASTREÔMETRO DIGITAL, UM NOVO EQUIPAMENTO PARA TRIAGEM POPULACIONAL DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
RITMO DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM HIPERTENSOS: PREVENINDO
DOENÇAS RENAIS
Marco Mota Gomes, Valéria Lafayette, Lucélia Magalhães, Roberto Dischinger,
Audes Magalhães Feitosa
Poliana Soares de Oliveira, Roberto Flávio Melo dos Santos, Natália Coêlho de
Souza, Elizangela Mendes Soares, Tereza Helena Rolin Bezerril, Carlos Paulo
Ribeiro Pinheiro
RealCor/InCor, Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, Recife, PE, Brasil
Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, São Luis, Maranhão
FUNDAMENTOS: Sabe-se que países com detecção e controle adequados da hipertensão apresentam taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares consideravelmente menores. Uma das
principais estratégias para atingir esse objetivo é capacitar os Agentes de Saúde Comunitários com
a triagem da hipertensão. O treinamento pela técnica convencional de medição da pressão arterial
não seria tão fácil nem economicamente viável. Por isso, foi desenvolvido um novo dispositivo de
triagem, mais econômico e fácil de implementar, o rastreômetro,
OBJETIVOS: Avaliar o uso de um novo dispositivo de medição, o rastreômetro digital, a fim de
ser utilizado pelos Agentes de Saúde como método de triagem populacional de hipertensão arterial.
MÉTODOS: O rastreômetro digital consiste em um esfigmomanômetro eletrônico portátil e simplificado, desenvolvido a partir do modelo aneróide, já testado anteriormente, que indica apenas se
a pressão arterial está normal (PN) ou anormal (PA) tendo como ponto de corte o valor de pressão
sistólica > 135 mmHg ou diastólica > 85 mmHg, sem expor os valores. O padrão ouro considerado
nesse estudo foi o esfigmomanômetro digital Omron 705CP. Foram realizadas quatro aferições
com cada aparelho em 50 pacientes de ambos os sexos, sendo as primeiras aferições descartadas e
os dados coletados através de questionário preenchido por um observador. Na análise da medida da
pressão arterial com o esfigmomanômetro digital Omron 705CP, foi calculada média das três últimas medições e considerada anormal se a PAS > 135 mmHg ou PAD > 85 mmHg. Para a medida da
pressão arterial através do rastreômetro digital foi considerada normal se houve, pelo menos, duas
medidas normais (PN) das três ultimas medidas realizadas.
RESULTADOS: Considerando a população estudada, a sensibilidade do método foi de 88,9%, a
especificidade de 100%, o valor preditivo positivo de 100%, o valor preditivo negativo de 94,1% e
o valor de Kappa de 0,911 (p < 0,001), mostrando uma concordância significativa entre os dois
testes. A acurácia do teste foi de 96,0%, ou seja, o rastreômetro digital acertou o diagnóstico em
96,0% dos casos analisados, apenas dois casos foram classificados erroneamente.
CONCLUSÃO: A avaliação preliminar do rastreômetro digital sugere que esse é válido como
método de triagem para hipertensão arterial, com bons valores de sensibilidade, especificidade e
acurácia. Além disso, não requer treinamento, visto que se trata de um aparelho digital de uso
simplificado confirmando sua utilização pelos Agentes de Saúde como método de triagem.
211
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PERFIL LIPIDICO DE PACIENTES PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
Tatiana Maria Palmeira dos Santos, Patrícia Maria Candido Silva, Nidyanne
Patrícia de Mesquita Chagas, Jacilene Cirilo da Silva, Andreza de Araújo Luna,
Fernanda Maria de Banneux Leite, Leilany Suelle dos Santos Viana, Lívia Cristina
Deolindo Souza, Sandra Mary Lima Vasconcelos
Laboratório de Nutrição em Cardiologia da Faculdade de Nutrição, Universidade Federal de Alagoas,
Maceió, AL
FUNDAMENTO: A hipertensão é um importante fator de risco para complicações cardiovasculares como doença arterial coronariana (DAC) e acidente vascular cerebral, e, frequentemente está
associada a alterações metabólicas como dislipidemias. O risco de DAC aumenta significativa e
progressivamente com a elevação do colesterol total e LDL-c, com a redução do HDL-c e com a
hipertrigliceridemia associada. O risco individual de DAC sofre influência do número, do grau de
anormalidade, do potencial de morbidade e mortalidade e da possibilidade do controle efetivo dos
fatores de risco presentes.
OBJETIVO: Analisar o perfil lipídico de hipertensos atendidos pelo Programa Saúde da Família e
cadastrados no HIPERDIA-MS do município de Flexeiras, AL.
DELINEAMENTO: Estudo transversal.
PACIENTES: 335 hipertensos.
MÉTODOS: A partir do banco de dados da pesquisa para o SUS “Hábitos alimentares e estado
nutricional de hipertensos e diabéticos. Uma contribuição às ações de controle e fatores de risco
cardiovascular do HIPERDIA – MS Município de Flexeiras - AL”, foram selecionados os pacientes
com perfil lipídico (PL) completo, obtido com os mesmos em jejum de 12 h e analisados os resultados segundo IV DBD, 2007.
RESULTADOS: Os pacientes distribuíram-se em 237 mulheres (70,53%) e 98 homens (29,47%)
com 58,97 ± 14,47 anos, com o seguinte PL: HCol em 18,20% (64/335), Htg em 37,31% (125/
335), Hlp M em 5,97% (20/335), e HDL-C baixo em 11,9% homens (40/98 ) e em 40,77% mulheres (137/237). Comparando estes dados com outros estudos de prevalência [Bloch et al, Rev Bras
Hipertensão 13(2), 2006 ], cujas prevalências variaram de 4,2 a 42% para Hcol, de 14,4 a 28,2%
para HTg e de 18,3 a 57,5% para HDL Bxo em homens e 8,9 a 43% em mulheres, pode-se comentar que (1) apesar dos resultados obtidos estarem dentro das faixas de variação, (2) estas, além de
serem muito amplas, resultam de pontos de corte diferentes, inclusive dos atuais (IV DBD).
CONCLUSÃO: Não existe uniformidade na literatura brasileira quanto à prevalência de dislipidemias, dificultando uma análise epidemiológica. No entanto, neste estudo, aproximadamente metade da população de hipertensos apresentou PL alterado, o que associado à hipertensão, aumenta a
morbimortalidade cardiovascular. Tais resultados poderão subsidiar ações de controle dos fatores
que influenciam no PL, tais como atividade física e adoção de hábitos alimentares saudáveis, proporcionando uma melhoria da qualidade de vida desses pacientes.
FUNDAMENTO: Os rins são os responsáveis pelo controle da pressão arterial (PA), quando eles
não funcionam normalmente, há um aumento da mesma. Por outro lado, a HA, leva ao aumento da
disfunção renal. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, as doenças renais matam
pelo menos 15 mil pessoas por ano no Brasil, enquanto cerca de 150 mil necessitam do tratamento.
A HA é o fator de risco mais importante para a perda da função renal, diante disso é importante que
durante o tratamento da HA seja realizada uma avaliação da função renal de cada indivíduo. Para
isso, calcular o ritmo de filtração glomerular (RFG) é uma medida de avaliação direta. A importância desse estudo é contribuir com o entendimento a cerca da associação da HA e doenças renais
além de enfatizar o cálculo do RFG como um dos acessórios para detectar precocemente problemas renais.
OBJETIVO: Calcular e classificar o ritmo de filtração glomerular em hipertensos atendidos na
Liga Acadêmica de Hipertensão Arterial (LHA) em um Hospital Universitário, de acordo com o
Modification of Diet in Renal Disease (MDRD) e a National Kidney Foundation (NKF).
MÉTODOS: Estudo descritivo-quantitativo. Realizado entre janeiro a junho de 2007, envolvendo
análise de dados de 385 prontuários na sala de arquivamento da Liga Acadêmica de Hipertensão
Arterial-HHUFMA, em São Luís, MA. Os sujeitos do estudo atenderam aos critérios: faixa etária
de 18-75 anos, diagnóstico médico de HA; fichas de atendimento constando idade, sexo, medida
da PA, diabetes ou não; consulta de retorno com resultado de exame laboratorial de creatinina
sérica. Para calcular o RFG foi empregado o método MDRD com base em sua versão simplificada,
utilizando as variáveis: idade, sexo e creatinina sérica. O valor do RFG foi definido individualmente a partir de consultas em planilhas para cálculo estimado. Os resultados foram classificados em
estágio I (> 90 ml/min/1,73 m²); II (60-89 ml/min/1,73 m²); III (30 a 59 ml/min/1,73 m²); IV (1529 ml/min/1,73 m²) e V (< 15 ml/min/1,73 m²), segundo a NKF. A analise estatística foi realizada
através dos programas Windows Excel (versão 2000) e Epi Info (versão 2002).
RESULTADOS: A amostra foi composta por 187 indivíduos, 24,6% eram do sexo masculino e
75,4% do sexo feminino, entre 32 e 75 anos de idade. Constatamos que 29,9% apresentaram RFG
normal, 44,4% RFG com leve diminuição, 21,9% com moderada diminuição do RFG e 3,7% com
diminuição severa.
CONCLUSÕES: O cálculo do RFG na população demonstrou alterações em uma parcela significativa da amostra. Logo, é importante o desenvolvimento de medidas preventivas a fim de evitar a
instalação de doenças renais.
212
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
DISTÚRBIOS DO SONO E SUA INFLUÊNCIA NA ELEVAÇÃO DA PRESSAO
ARTERIAL DE PACIENTES INTERNADOS NO HSOPITAL DAS CLINICAS DA
UFTM EM UBERABA
Rafael Cardoso Barbosa, Danilo Carmo Resende, Michela Maria Gonçales
Martini, Tatiana Machado Provasi Cunha, Leandro Marques de Medonça Teles,
Luciana Ligia Silva, Mirian Caroline Silva, Priscila Lassalves Carleto
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
FUNDAMENTO: O sono é um dos mais importantes fatores que contribuem para a saúde. A
epidemiologia de distúrbios agudos ou transitórios do sono é pouco conhecida, porém nos últimos
anos, tem havido um aumento interessante na possível associação entre distúrbios do sono e significativas co-morbidades. A baixa oxigenação sangüínea pode afetar o aparelho cardiovascular, levando à hipertensão arterial, arritmias cardíacas, impotência sexual, ou o próprio funcionamento
cerebral, prejudicando a concentração em determinadas atividades e a memória.
OBJETIVO: Avaliar a qualidade do sono e o aumento nos níveis pressóricos em pacientes internados em enfermarias do HC da UFTM em Uberaba.
DELINEAMENTO: Estudo prospectivo, transversal.
PACIENTE OU MATERIAL: Entrevista em amostra aleatória de 42 pacientes internados nas
enfermarias da clínica médica, ginecologia e obstetrícia neurologia e ortopedia do HC de Uberaba.
MÉTODOS: Foram aplicados, durante maio e junho de 2007, questionários estruturados sobre a
qualidade do sono com pontuação, onde quanto maior o seu valor pior é a qualidade do sono.
Realizou-se aferição casual da pressão arterial (PA) com esfigmomanômetro aneróide calibrado. A
amostra foi dividida em dois grupos: um contendo pacientes cuja pontuação variou de 1 a 9 e outro
cuja variação foi de 10 a 20. O diagnóstico de hipertensão foi reportado sob orientação das V
Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial.
RESULTADOS: A faixa etária variou de 32 a 85 anos resultando uma média de 58,05. A prevalência foi de homens com 64,3%. A distribuição étnica foi: 50% branca, 33,3% parda e 16,7% negra.
Em relação à PA, a média da sistólica (PAS) foi de 131,4mmHg e da diastólica (PAD) de 83 mmHg.
A pontuação a respeito da qualidade do sono variou de 3 a 20 pontos, tendo uma média de 9,2
pontos na amostra total. O grupo com pontuações inferior a 10, continha 53,8% de indivíduos,
média de 6,52 pontos, com PAS e PAD média de 132,4 mmHg e 81,6 mmHg respectivamente. O
outro grupo, continha 46,2% indivíduos, média de 13,4 pontos, PAS e PAD média de 134,7 mmHg
e 87,1 mmHg.
CONCLUSÕES: Observamos que há uma tendência na elevação dos níveis pressóricos dos pacientes quando se tem diminuição da qualidade do sono, o que sugere uma relação entre ambos.
Para equipe de saúde, mais estudos sobre essa relação seria interessante estratégia para ajudar
pacientes hipertensos a controlar sua doença.
64
02 - Resumos.pm6
64
2/8/2007, 15:39
Resumos
213
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
214
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL NA POPULAÇÃO ASILADA DE
UBEREBA
COMPOSIÇÃO CORPORAL E PERFIL LIPÍDICO DE HIPERTENSOS ATENDIDOS POR UMA EQUIPE DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF)
Danilo Carmo Rezende, Debora Moura Miranda, Michela Maria G. Martini, Diego
Diricio Antonio, Elaine S. Azevedo, Daniela O. Balbo, Cristiane L. G. Chaves,
Marco Antonio Veira da Silva, Luiz Antonio P. R. de Resende
Francisca Rosângela da Silva, Paulo de Tarso da S. Lopes, Lilian Gomes de Sousa,
Cláudio Henrique L. Rocha, Maria do Carmo de C. e Martins
Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM) – LHA, Uberaba, MG
Unidade Integrada de Saúde do Parque Piauí, Prefeitura Municipal de Saúde; Biofísica e Fisiologia
– Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina, PI
FUNDAMENTO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma síndrome de origem multifatorial que atinge cerca de 57,7% da população idosa no Brasil. Caso estime-se que em 2025 se terá
14% da população brasileira constituída por pessoas acima de 60 anos, ter-se-á algo em torno de 32
milhões de idosos, cerca de 21 milhões de pacientes idosos hipertensos. Dados recentes indicam
que cerca de 30% da população hipertensa não sabem que são portadora de tal síndrome. Em 2003,
de acordo com dados do VII Joint, apenas 34% dos pacientes hipertensos encontravam-se devidamente controlados.
OBJETIVO: Analisar a prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e avaliar a influência do tratamento farmacológico no controle pressórico na população asilada em Uberaba.
DELINEAMENTO: Estudo prospectivo descritivo de caráter transversal.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram avaliados 111 indivíduos pertencentes à população asilada
da cidade de Uberaba. A aferição da pressão arterial foi realizada com o uso de estetoscópio e
esfigmomanômetro aneróide devidamente calibrado e ajustado a circunferência braquial.
MÉTODOS: Foram realizadas visitas em 5 instituições de apoio a idosos, com aferição da pressão
arterial (PA) por método indireto, considerando PA elevada indivíduos com PA sistólica maior ou
igual a 140 mmHg e/ou PA diastólica maior ou igual a 90 mmH. Estudaram-se pacientes com HAS
diagnosticada anteriormente através da verificação dos prontuários dos asilados, bem como análise
dos medicamentos em uso.
RESULTADOS: Dos 111 pacientes analisados, 61 (54,95%) pertencentes ao sexo feminino e 50
(45,05%) ao sexo masculino, com idades entre 40 e 95 anos, sendo a média de 70,2 anos e desvio
padrão de 13,156. Foram encontrados 62 (55,86%) hipertensos e 39 (35,45%) indivíduos com PA
elevada. Comparando-se a prevalência de hipertensão entre os sexos observou-se que 47,54% dos
indivíduos do sexo feminino apresentam PA elevada e 66% do sexo masculino. Notou-se ainda um
aumento linear dos níveis pressóricos com o avanço da idade, observando-se máxima proporção de
PA elevada entre indivíduos de 80 a 90 anos (47,06%). Embora todos os hipertensos façam uso de
anti-hipertensivos, 40,98% permanecem com níveis de PA elevado. Dentre os 49 indivíduos nãohipertensos, 28,57% apresentam PA elevada.
CONCLUSÕES: Na população asilada de Uberaba notamos uma alta prevalência de hipertensão
arterial sistêmica, e por se tratar de instituições de apoio, esperaríamos uma maior adesão ao tratamento, com maior eficácia terapêutica, porém não se verifica uma diminuição significativa na
pressão arterial dos indivíduos hipertensos.
FUNDAMENTO: A hipertensão (HA) está associada e interage com outros fatores de risco, como
dislipidemias, resistência à insulina, intolerância a glicose, obesidade central etc.
OBJETIVO: Identificar fatores de risco cardiovascular representados por dislipidemia e obesidade em hipertensos atendidos por uma equipe do PSF
DELINEAMENTO: Estudo descritivo transversal realizado após aprovação pelo Comitê de Ética
da UFPI.
PACIENTE: 45 hipertensos
MÉTODOS: Dados sócio-demográficos e clínicos obtidos através de entrevista e medidas realizadas durante consulta. Dosagens de glicemia de jejum, triglicérides (TG), colesterol total (CT),
HDL-colesterol (HDL), LDL-colesterol (LDL) foram realizadas, considerando valores de referência do Consenso Brasileiro de Diabetes (2000) e Diretrizes Brasileiras de Dislipidemias (2001). A
composição corporal foi avaliada pelo Índice de Massa Corpórea (IMC) e pelo percentual de gordura (%G), determinado através das dobras cutâneas abdominal, supra-ilíaca e tricipital para homens, e tricipital, supra-ilíaca e coxa para mulheres, segundo protocolos de Guedes (1994) e Pollock
et al (1984), respectivamente. A Razão Cintura/Quadril (RCQ) e a circunferência da cintura (CC)
foram avaliadas e classificadas segundo critérios da OMS (1997).
RESULTADOS: A maioria dos sujeitos era do sexo feminino (84,44%), com idade > 60 anos
(66,7%), nunca fumou (86,7%), não tomava bebida alcoólica (84,4%), e era sedentária (87%).
Níveis de pressão arterial controlada foram encontrados em 35,6% dos indivíduos. O tempo médio
de diagnóstico de HA foi de 5,6 anos. O uso de apenas um tipo de anti-hipertensivo foi observado
em 37,8% dos casos. A proporção de excesso de peso foi de 75,6%, e de sobrepeso e obesidade de
48,9% e 26,6%, respectivamente. Elevado %G (> 30%) foi observado em 48,89% dos hipertensos.
Obesidade central foi observada no sexo feminino (36,8%), e tipo andróide em 68,4% das mulheres. Os níveis médios de glicemia estavam normais (89,8 ± 9,59 mg/dL). As dosagens de lipídios
mostraram níveis limítrofes de CT em 42,2% e níveis elevados em 33,3%; níveis de HDL abaixo
do recomendado em 17,8%; níveis de LDL elevados em 71,1%; e níveis TG aumentados em 62,2%
dos sujeitos. Síndrome metabólica foi encontrada em 40% dos hipertensos.
CONCLUSÕES: O grupo acumula fatores de risco cardiovascular e metabólico como excesso de
peso, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia e sedentarismo. Destaca-se a necessidade de desenvolver estratégias efetivas para controle de tais fatores baseadas em mudanças no hábito de
vida.
215
216
TRATAMENTO
NA PRESSÃO, CONTE COMIGO: EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA AUMENTAR A ADESÃO DO PACIENTE HIPERTENSO AO TRATAMENTO INSTITUÍDO
Bruno José Peixoto Coutinho, Anália Nusya de Medeiros Garcia, Dhyego Ferreira
Moreira de Lacerda, Diego Laurentino Lima, Gabriela Couto Mauricio de Paula
Melo, Jaqueline Kelly Ferreira de Souza, Laura Correia Oliveira, Luciana
Farrapeira de Assunção, Marcos Cerqueira L. Nogueira, Matheus Falcão Barros
Universidade de Pernambuco, Recife, PE
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial tem relevante participação nas doenças cardiovasculares e renais,
sendo responsáveis pelo maior número de mortes no país, excluindo-se óbitos por causa mal definida e
violência. A adesão ao tratamento pelo hipertenso talvez seja o maior desafio encontrado pelos profissionais da saúde, já que aquele tem que incorporar mudanças significativas em seus hábitos de vida. A falta de
informações sobre necessidade de tratamento continuado, efeitos adversos, interação com álcool e outras
drogas, manutenção da conduta terapêutica ao normalizar a pressão e ao esquecer uma ou mais doses,
foram relatadas em alguns estudos como estimuladores do abandono ao tratamento.
OBJETIVO: Verificar adesão ao tratamento instituído e adoção de estilo de vida mais saudável pelos
pacientes hipertensos atendidos pelo programa de extensão “Na Pressão, Conte Comigo”.
DELINEAMENTO: Descritivo experimental de acompanhamento longitudinal.
PACIENTE OU MATERIAL: 34 pacientes hipertensos cadastrados em Unidade de Saúde da Família
acompanhados pelo programa de extensão “Na Pressão, Conte Comigo”.
MÉTODOS: Após uma seleção dos pacientes com mais fatores de risco foram realizados encontros mensais com a participação dos membros do programa e de convidados, que proferiram palestras, valorizando
mudanças no estilo de vida e maior adesão ao tratamento. Paralelamente foram realizados atendimentos
ambulatoriais visando controle de pressão arterial, modificações no estilo de vida e sedimentação da relação médico- paciente. Após 2 anos de atividades, foram comparadas as fichas da primeira e última consulta.
RESULTADOS: A idade média dos pacientes era 63,5 anos, sendo 67,6% maiores de 60 anos. A maioria
era composta por indivíduos com baixo grau de escolaridade (20,6% analfabetos) e por mulheres (94,1%).
Na consulta inicial, 61,7 % dos pacientes estavam classificados como hipertensos nos seus estágios e ao
final eram 26,5%. Foi observada a diminuição da pressão arterial média em 67,6% dos pacientes e da
pressão de pulso em 50% (em média de 15,8 mmHg). Importante ressaltar as modificações nos hábitos de
vida: alguns pacientes (29,4%) começaram a praticar uma atividade física após a implantação do trabalho,
contribuindo para que, ao todo, 55,9% fossem considerados ativos quando analisada a última consulta. Ao
final do trabalho, observou-se também que 82,4% dos pacientes faziam dieta e que, entre os que a princípio consumiam bebidas alcoólicas, 60% abandonaram o hábito. Entre os fumantes, 25% reduziram o consumo. Em relação ao lazer, 20,6% procuraram ter alguma atividade depois da atuação do grupo.
CONCLUSÕES: Ao final do programa de orientação sistematizada, os níveis pressóricos foram reduzidos. As modificações no estilo de vida também evidenciam os resultados positivos obtidos pelo programa
de extensão “Na Pressão, Conte Comigo”, mostrando a importância de trabalhos como este na prevenção
cardiovascular secundária.
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO SISTÓLICA ISOLADA PELA MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DA PRESSÃO ARTERIAL EM PACIENTES IDOSOS
Leonardo Pinheiro Carvalho, Audes Magalhães Feitosa, Juliana de Lucena
Ferreira, Marcelo Parente de Andrade, Jessica Myrian de Amorim Garcia , Roberto
Dischinger Miranda, Marco Mota Gomes, Camila Sarteschi
RealCor, Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, Recife, PE, Brasil
INTRODUÇÃO: A Hipertensão Sistólica Isolada (HSI) é um importante fator de risco para eventos cardiovasculares (infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral). Nos idosos, a pressão
arterial (PA) sistólica é melhor preditor de morbi-mortalidade que a PA diastólica.
OBJETIVOS: Avaliar a prevalência da HSI, em idosos com idade de 60 anos ou mais pela monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Os objetivos secundários foram verificar possíveis associações com idade, sexo, IMC e uso de anti-hipertensivos.
MÉTODOS: De todos os exames de MAPA realizados em serviço especializado, no período de
janeiro de 2005 a dezembro de 2006, selecionamos aqueles que preenchiam os seguintes critérios:
idade maior ou igual a 60 anos; PA média de 24h sistólica > 130 mmHg e/ou diastólica > 80
mmHg; ambos os sexos. Os exames foram realizados de acordo com as IV Diretrizes Brasileiras de
MAPA. Análise estatística foi realizada com aplicação do teste Qui-Quadrado de Pearson. O nível
de significância assumido foi de 5%.
RESULTADOS: De 2.375 estudos de MAPA, 256 preencheram os critérios de inclusão, apresentando idade média de 70,8 anos (60 a 93 anos), 47,4% homens, 70,3% utilizavam anti-hipertensivos. A prevalência de HSI foi de 44,5%. Os muito idosos (80 anos ou mais) apresentaram um
percentual maior de HSI em comparação ao grupo de 60-79 anos (65,0% contra 40,7%, respectivamente, p = 0,005). Nas mulheres a prevalência de HSI foi de 62,7%, enquanto nos homens foi de
24,6% (p < 0,001). Não houve associação estatisticamente significante entre HSI e IMC (p = 0,598)
ou com o uso de anti-hipertensivo (p = 0,060).
CONCLUSÕES: A prevalência de HSI é alta entre os idosos, sendo maior nas mulheres e nos
muito idosos. Estes pacientes devem ser avaliados com maior atenção, visto apresentarem maior
risco cardiovascular. Nesta população de hipertensos pela MAPA, a prevalência de HSI foi semelhante entre os que utilizavam ou não anti-hipertensivos.
65
02 - Resumos.pm6
65
2/8/2007, 15:39
Resumos
217
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
218
TRATAMENTO
PREVALENCIA DA HIPERTENSÃO ARTERIALSISTEMICA EM ESCOLARES DE
10 A 14 ANOS NO MUNICIPIO DE UBERABA
O ESCORE DE QUALIDADE DE VIDA É UM MARCADOR DE MELHOR CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL EM PACIENTE HIPERTENSOS?
Tatiana Machado Provasi Cunha, Debora Moura Miranda, Danilo Carmo
Rezende, Danilo Marchesi Marcussi, Rafael Cardoso Barbosa, Thiago Alves de
Sousa, Marina Nolli Bittencourt, Luciene Mayumi Sato, Marco Antonio Veira da
Silva, Luiz Antonio Pertili Rodrigues de Resende
Guerra Grazia Maria, Freitas Elizangela Oliveira, Lessa Patricia Silva, Giorgi
Dante Marcelo Artigas, Krieger Eduardo Moacyr, Lopes Heno Ferreira
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
FUNDAMENTO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) em adulto é uma condição bem definida, com parâmetros de normalidade estabelecidos. Em pediatria as informações são menos abundantes. A doença na idade adulta é o segundo fator de risco para as cardiopatias e o primeiro para
acidente vascular cerebral, além de importante causa de insuficiência renal crônica terminal. Existem vários indícios de que a HAS essencial do adulto tem sua história natural iniciada na infância.
Apesar das evidências, a aferição da pressão arterial nas crianças e adolescentes geralmente é
protelada pelos examinadores, o que impede a detecção precoce do problema e sua subseqüente
abordagem terapêutica.
OBJETIVO: Detectar a prevalência da HAS em crianças e estabelecer a relação entre os níveis
pressóricos e o sexo, a idade, o peso e a estatura.
DELINEAMENTO: Estudo prospectivo, transversal.
PACIENTE OU MATERIAL: Amostra aleatória de 202 escolares de 10 a 14 anos, obtida de 640
alunos de Escola Estadual de Uberaba.
MÉTODOS: Foi estudada a prevalência de HAS relacionada ao peso, estatura, raça, idade e sexo
através de avaliação antropométrica e da medida da pressão arterial. Foram considerados hipertensos, os portadores de pressão arterial > ao percentil 95 para a idade e sexo.
RESULTADOS: A prevalência da HAS foi de 9% das crianças estudadas. Comparando-se a prevalência da HAS entre os sexos, observam-se 8,16% no sexo masculino e 9,8% no sexo feminino. Em
relação à etnia, a amostra apresentou 65% de brancos, 24,5% de pardos e 10,5% de negros, e
proporção semelhante foi observada entre as crianças hipertensas da amostra (66,67% dos hipertensos eram brancos, 22,22% pardos e 11,11 % negros). O peso foi importante na determinação de
altos valores da pressão arterial entre crianças sadias, sendo que 45% apresentaram-se abaixo do
peso ( IMC < 19 Kg/ m2), 45 % normal ( IMC > 19 e = 25 Kg/m2), 8 % em sobrepeso (IMC > 25
e < 30 Kg/m2) e 2 % em obesidade (IMC > 30 Kg/m2), e dentre os hipertensos da amostra, foi
observado 11,11 % abaixo do peso, 50 % normal, 27,78% sobrepeso e 11,11% obesos. Assim,
sobrepeso e obesidade juntos representam 10% das crianças estudadas e 38,89% daquelas que são
hipertensas.
CONCLUSÕES: Além do exame físico, devem ser considerados o peso, a idade e a adequação do
manguito do esfigmomanômetro ao braço do paciente na avaliação da pressão arterial de crianças,
para prevenir a HAS, a morbi-mortalidade dela resultante, e o ônus representado por ela para os
mantenedores do sistema da saúde.
219
BÁSICA
PERFIL DOS PACIENTES HIPERTENSOS EM DEMANDA REPRIMIDA NO CENTRO DE SAÚDE Nº 03 GUARÁ, DF
Seabra André, Rezende Ilana, Argenta Jaison, Lima Káritas, Pedreiro Luciano,
Vilela Murilo, Oliveira Pollianna, Buffman Regina, Pinto Thiago, Cunha Vinícius,
Lassance Paulo
Escola Superior de Ciências da Saúde – ESCS, Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da
Saúde – FEPECS, Brasília, DF
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) tem uma prevalência no Brasil de 22,3%
a 43,9% da população e está associada a doenças cardiovasculares, que são a principal causa de
morte no país.
OBJETIVO: Identificar o perfil dos pacientes hipertensos em demanda reprimida no Centro de
Saúde n° 03 do Guará – DF (CSGua n° 03).
MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo, transversal, realizado na área de abrangência do
“Programa de Assistência Comunitária à Saúde” (PACS) do CSGua n°03, no período de 31 de
julho a 28 de agosto do ano de 2006. A população em estudo foi de 218 pacientes, cadastrados
pelos agentes de saúde e referidos como hipertensos. A amostra foi aleatória, composta por 125
indivíduos. Os critérios de inclusão e exclusão foram respectivamente: pacientes hipertensos, cadastrados pelos agentes de saúde, maiores de 18 anos e de ambos os sexos; pacientes hipertensos já
participantes do programa de HAS do CSGua nº03 ou aqueles que se recusaram participar da
pesquisa. Aplicaram-se questionários contendo questões socioeconômicas, diagnósticas e fatores
de risco para a HAS. Foi realizado exame físico no qual se mediu o peso, a altura, a circunferência
da cintura e foram realizadas duas aferições da pressão arterial (PA).
RESULTADOS: Encontrou-se uma média de idade de 58 anos, sendo a população predominante
de adultos e idosos. Houve prevalência do sexo feminino (70%), apesar do sexo não ser um fator de
risco para a HAS. Houve predominância do nível de escolaridade até o ensino fundamental incompleto (54%) e da renda familiar de 2 a 4 salários mínimos (52%), sendo que 15% recebiam até 2
salários mínimos. Usavam medicação 85% dos pacientes, porém 54% apresentaram PA descontrolada, sendo que 25% destes apresentavam HAS estágio 3. O diagnóstico de HAS foi recebido entre
1 e 10 anos por 58%, há mais de 10 anos por 32 % e realizado por um médico em 91%. A maioria
(74%) não fazia acompanhamento em instituições da Secretaria de Saúde do DF, evidenciando a
dificuldade de acesso à rede pública. Grande parte apresentou sobrepeso ou obesidade (72%) e
circunferência abdominal aumentada (74% dos homens e 81% das mulheres). O sedentarismo esteve presente em 42%.
CONCLUSÕES: População com baixo nível socioeconômico, sem acesso à rede pública, com
doença crônica e alto risco de morbimortalidade, evidenciado pelo estilo de vida sedentário, dados
antropométricos inadequados e PA não controlada há longa data.
A hipertensão arterial é um problema de saúde pública e a adesão do paciente ao tratamento continua sendo um desafio. O objetivo deste estudo foi: correlacionar os valores da pressão arterial (PA)
de consultório e os valores da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) com o escorre de qualidade de vida (QL) e avaliar se este índice é um bom marcador para o melhor controle da
PA em pacientes hipertensos.
MÉTODO: O questionário utilizado foi o WHOQOL-BREF, a versão simplificada. A avaliação
foi realizada em quatro domínios únicos (físico, psicológico, social e ambiental) e um domínio
global (valor global). O índice de cada um domínio é de 0-100. Foram selecionados 60 pacientes
com hipertensão arterial (17 homens e 43 mulheres com 60 ± 12 anos e IMC 30,1 ± 21 Kg/m2). Os
instrumentos QL foram aplicados na consulta de enfermagem e as medidas da PA foram realizadas
com os pacientes na posição supina. Três valores de PA registrados pelo método auscultatório,
foram utilizados para o calculo das médias. A monitorização ambulatorial da pressão arterial foi
realizada em 34 pacientes após 30 dias da consulta de enfermagem. Na análise estatística foi utilizado Spearman Rank Order Correlations Teste para correlações entre a medida da PA clínica (consultório), as medidas de pressão arterial obtidas pela MAPA e os índices de QL nos respectivos
domínios.
RESULTADOS: A PA média de consultório para a pressão arterial sistólica e para a pressão arterial diastólica era respectivamente de 155 ± 1/95 ± 1 mmHg e a da MAPA era 127 ± 3/76 ± 2
mmHg (vigilia) e 115 ± 5/68,3 mmHg (sono). Em relação à pontuação do questionário WHOQOLBREF (60 pacientes) o resultado obtido foi: domínio físico 25,1 ± 0,6; domínio psicológico 21,8 ±
0,52; domínio social 11,2 ± 0,3; domínio ambiental 25,3 ± 0,6 e a satisfação com a saúde foram de
3,4 ± 0,12. Correlações positiva e significativas foram observadas entre o domínio social e a queda
da PA no período do sono na MAPA (r = 0,405 e p = 0,017); o desvio padrão da PAS da vigília na
MAPA e escorre do domínio social (r = 0,366 e p = 0,0033); desvio padrão da PAD na vigília na
MAPA e o domínio sociais (r = 0,406 e p = 0,017); correlação negativa e significativa para desvio
padrão da PAD na vigília na MAPA com o domínio ambiental (r = - 0,350 e p = 0,043). Para as
demais variáveis não houve correlações significantes
CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que os pacientes hipertensos que têm uma melhor adaptação social têm melhor equilíbrio simpático/vagal.
220
TRATAMENTO
AVALIAÇÃO DA FARMACOTERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA EM GESTANTES
Thamara Rodrigues de Melo, Jamilly Kelly Oliveira Neves, Aline Mirelly Ferreira
de Souza, Maria do Socorro Ramos de Queiroz
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e Instituto de Saúde Elpídeo de Almeida (ISEA) –
Prefeitura Municipal de Campina Grande, PB
FUNDAMENTO: O período da gravidez é considerado especial na vida da mulher. Embora não
seja caracterizado como estado patológico podem ocorrer importante modificações orgânicas e
hormonais, tornando a saúde da gestante vulnerável a agravos. Um dos problemas apresentados é a
hipertensão arterial que corresponde ao aumento dos níveis de pressão maiores que 140/90 em
gestantes e ocorre após 20 semanas de gestação e desaparece até 6 semanas após o parto. Duas
formas principais de hipertensão arterial podem complicar a gravidez é a hipertensão crônica e a
pré-eclâmpsia, que ocorrem individualizada ou associadamente. As diretrizes recomendam o tratamento de casos leves a moderados com medidas não-farmacológicas, mas aconselhavam tratamento medicamentoso dos casos moderados a graves. A utilização de medicamentos deve ser criteriosa,
porque nem todos os fármacos devem ser utilizados porque podem resultar em anormalidades para
o feto.
OBJETIVO: Avaliar a terapia medicamentosa prescrita para gestantes de alto risco.
METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado durante o mês de maio de 2007, no ambulatório do ISEA que atende gestantes de alto risco. Para coletar
os dados foi utilizado um questionário e todas as informações colhidas foram tratadas através da
estatística percentual.
RESULTADOS: Das 29 gestantes acompanhadas, a minoria pertencia a Campina Grande-PB (25%),
27% da amostra era hipertensa e apenas 3% apresentavam hipertensão associada ao Diabetes
Mellitus. A maioria da amostra tinha idade menor que 30 anos (62%), 75% eram multigestas sendo
que 50% tiveram partos normais e todas amamentaram. Os motivos das internações foram trabalho
de parto pré-termo (TTP) (50%), pré-eclâmpsia (26%), diabetes gestacional (12%) e cardiopatias
associadas a problemas pulmonares (12%). Os sintomas relatados foram dor no baixo ventre (40%),
cefaléia (24%) e edema, dispnéia, perda de líquido aminótico com 12% respectivamente. Apenas
37% utilizavam a monoterapia e os grupos farmacológicos prescritos foram metildopa , propranolol, nifedipino e insulina NPH.
CONCLUSÃO: Verificou-se que o nifedipino era prescrito para o tratamento da hipertensão e do
TTP e que a terapia utilizada foi adequada uma vez que todas as pacientes conseguiram reduzir os
níveis tensionais. Um dos motivos que também contribuiu foi o tratamento não farmacológico
realizado através da dieta hiposódica. Mesmo reduzindo os riscos de eclâmpsia e de TTP, o monitoramento das pacientes no ISEA é realizado até a alta hospitalar após o parto.
66
02 - Resumos.pm6
66
2/8/2007, 15:39
Resumos
221
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
TREINAMENTO FÍSICO MELHORA O CONTROLE AUTONÔMICO CARDIOVASCULAR EM CAMUNDONGOS LDL-KNOCKOUT SUBMETIDOS À PRIVAÇÃO
DOS HORMÔNIOS OVARIANOS
Marcelo Velloso Heeren, Marcelo Velloso Heeren1, Cristiano Mostarda2, Janaina
Paulini2, Karin Flues2, Leandro Eziquiel de Souza2, Edson Moreira2, Maria
Cláudia Irigoyen2, Kátia de Angelis1
1
Universidade São Judas Tadeu, Laboratório do Movimento Humano, São Paulo, SP, 2Instituto do
Coração (Incor), Escola de Medicina da Universidade de São Paulo, Unidade de Hipertensão, São
Paulo, SP
FUNDAMENTO: A morte por doença cardiovascular entre as mulheres aumenta significativamente após
a menopausa. Dislipidemia e hipertensão são fatores importantes para o surgimento de alterações na modulação autonômica cardíaca, estando associadas com a maior incidência de eventos cardiovasculares observadas no climatério. Por outro lado, o treinamento físico tem sido considerado uma importante abordagem no manejo do risco cardiovascular.
OBJETIVO: Avaliar os efeitos do treinamento físico sobre a função autonômica cardiovascular em camundongos fêmeas LDL-Knockout submetidos à privação dos hormônios ovarianos.
MÉTODOS: Camundongos fêmeas controles (C57) e LDL-Knockout ooforectomizadas (retirada bilateral
dos ovários) foram divididas em 3 grupos: grupo controle sedentário (GCOS), grupo LDL-Ko sedentário
(GLOS) e grupo LDL-Ko treinado (GLOT). Uma semana após a retirada dos ovários o GLOT foi submetido a 4 semanas de treinamento físico aeróbio em esteira ergométrica, com intensidade moderada e duração
progressiva. O colesterol plasmático foi medido ao final do protocolo. A pressão arterial (PA) foi registrada e processada através de um sistema de aquisição de sinais biológicos (CODAS, 4KHz). A sensibilidade
baroreflexa foi avaliada através da reposta taquicárdica e bradicárdica induzidas pela infusão de nitroprussiato de sódio e fenilefrina. Para a determinação das alterações autonômicas foi feita a análise dos espectros de alta e baixa freqüência utilizando-se o método de transformada rápida de fourier (FFT).
RESULTADOS: O colesterol plasmático foi menor no GLOT (191 ± 8 mg/dl) quando comparados ao
GLOS (250 ± 9 mg/dl). A PA sistólica, diastólica e média estava reduzida no GLOT (PAM: 101 ± 3 mmHg)
quando comparados aos grupos LOS e COS (PAM: 125 ± 3 e 127 ± 4 mmHg). Não houve diferença nos
valores de freqüência cardíaca entre os grupos. Houve piora da sensibilidade baroreflexa para resposta
taquicárdica no GLOS (1,61 ± 0,23 mmHg) em relação ao GCOS (3 ± 0,34 bpm/mmHg). O treinamento
físico normalizou a resposta taquicárdica, além de melhorar a resposta bradicárdica no GLOT (-4.24 ±
0,62 bpm/mmHg) em comparação aos demais grupos (LOS: -1,49 ± 0,15 e COS: 1,63 ± 0,48 bpm/mmHg).
A banda de baixa freqüência do R-R estava diminuída no GLOS (7 ± 1 ms 2) quando comparado aos demais
grupos (LOT: 31 ± 3 e COS: 32 ± 10 ms 2). A banda de alta freqüência do R-R estava maior no GLOT (53
± 7 ms2) em relação aos grupos sedentários (LOS: 26 ± 6 e COS: 30 ± 7 ms 2). O treinamento físico
aumentou a variância do R-R (LOT 34 ± 8 vs. 6,58 ± 1,45 LOS ms2).
CONCLUSÕES: O treinamento físico diminuiu os níveis de colesterol plasmáticos, normalizou a PA, melhorou o controle autonômico cardiovascular (modulação e reflexa) em camundongos fêmeas LDL-knockout submetidas à privação dos hormônios ovarianos, sugerindo um papel importante desta abordagem não farmacológica na profilaxia e no tratamento de mulheres menopausadas com elevado colesterol plasmático.
APOIO FINANCEIRO: FAPESP (06/53739-0), USJT
223
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
222
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
AVALIAÇÃO DOS DIFERENTES FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM
HIPERTENSOS E SUA ASSOCIAÇÃO COM O GRAU DE DISFUNÇÃO RENAL
Isabel Cristina Simon Dal Poz, Ana Luisa Opromolla Pacheco, Frida Liane
Plavnik, Osvaldo Kohlmann Jr.
UNIFESP – EPM, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: A incidência da doença renal crônica (DRC) aumentou incrivelmente na última
década, principalmente pelo aumento da prevalência de diabetes melito e pelo controle inadequado
de pressão arterial de pacientes hipertensos. Os fatores de risco cardiovascular, como os levantados
no estudo Framingham, e os componentes da Síndrome Metabólica têm sido associados à perda de
função renal.
OBJETIVO: Avaliar quais parâmetros clínico-laboratoriais têm influência no declínio da taxa de
filtração glomerular.
PACIENTE OU MATERIAL: Foram avaliados 486 indivíduos adultos hipertensos acompanhados no Ambulatório de Hipertensão do Hospital do Rim.
MÉTODOS: Foi feita uma análise retrospectiva de 486 pacientes hipertensos, de ambos os sexos,
com idades variando entre 19 e 87 anos. Foram avaliadas as variáveis do escore de Framingham
(idade, colesterol total, tabagismo, HDL-colesterol, pressão arterial) e os componentes da Síndrome Metabólica (presença de obesidade abdominal, triglicérides, HDL-colesterol, pressão arterial
sistêmica e glicemia de jejum). A taxa de filtração glomerular (TFG) foi estimada pelo método
Cockroft-Gault.
RESULTADOS: Considerando as variáveis do escore de Framingham, a que mais influenciou o
declínio da taxa de filtração glomerular foi a idade (r = -0,27, p < 0,0001), seguida pela pressão
arterial sistólica em menor proporção (r = 0,127, p = 0,073). Os demais fatores como colesterol,
HDL, tabagismo e não mostraram correlação significativa. Considerando os componentes da Síndrome Metabólica, a única variável que influenciar no declínio da taxa de filtração glomerular foi
a circunferência abdominal (r = 0,243, p < 0,001).
CONCLUSÕES: O fator de maior peso na redução da taxa de filtração glomerular foi a idade dos
pacientes, mas a adiposidade abdominal mostrou ser igualmente importante na diminuição da função renal, confirmando dados preliminares que mostram seu papel relevante para a síndrome metabólica. Esses dados sugerem a avaliação da circunferência abdominal na estratificação de risco
cardiovascular para toda a população.
224
BÁSICA
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÓLICA ISOLADA (HSI),
DIASTÓLICA ISOLADA (HDI) E SISTO-DIASTÓLICA (HSD) PELA MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DA PRESSÃO ARTERIAL
EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO AGUDA DE 100 µ M DE ACETATO DE CHUMBO
NA REATIVIDADE VASCULAR À FENILEFRINA NO LEITO VASCULAR CAUDAL DE RATOS
Marcelo Parente de Andrade, Juliana de Lucena Ferreira, Leonardo Pinheiro
Carvalho, Audes Magalhães Feitosa, Camila Sarteschi, Marco Mota Gomes,
Jéssica Myrian de Amorim Garcia, Roberto Dischinger Miranda
Edna Aparecida Silveira Almeida, Juliana Hott de Fúcio Lizardo, Liliana Prata
Souza, Dalton Valentin Vassallo
Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES
RealCor, Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, Recife, PE, Brasil
FUNDAMENTO: A monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) é melhor preditora
de eventos que a pressão de consultório. Estudos para identificar a prevalência e o perfil dessa
doença são importantes, a fim de definir políticas públicas e privadas de saúde que permitam o
controle e a prevenção dessas possíveis complicações.
OBJETIVO: Estimar a prevalência de HSI, HDI e HSD pelo método da MAPA em uma população
adulta, e associar tais índices ao sexo, IMC e idade desses pacientes.
MATERIAL E MÉTODO: Foram analisados 2.375 pacientes consecutivos, que realizaram MAPA
no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2006, em uma clínica privada. Foram considerados
hipertensos aqueles com PAS > 130 mmHg e/ou PAD > 80 mmHg. Os exames foram realizados
em equipamentos DynaMapa/Cardio Sistemas®, de acordo com as IV Diretrizes Brasileiras de
MAPA. Os pacientes foram classificados em 3 grupos de acordo com seus valores pressóricos: HSI
(PAS > 130 mmHg e PAD < 80 mmHg), HDI (PAS < 130 mmHg e PAD > 80 mmHg) e HSD (PAS
> 130 mmHg e PAD > 80 mmHg). O nível de significância assumido foi de 5%.
RESULTADOS: Nesta população, 912 pacientes estavam com a pressão não controlada. Prevalência de hipertensão de 38%. A idade média dos pacientes foi de 50,8 anos, variando de 18 a 93 anos,
sendo 40,7% mulheres, com IMC médio de 27,8kg/m2 (± 4,64). Dentre os hipertensos 48,9% apresentaram HSD, 29,8% HDI e 21,3% HSI. A HSD foi mais freqüente dos 18 aos 69 anos. A HSI
apresentou aumentando de sua freqüência após os 50 anos chegando a prevalência de 65% nos
pacientes com 80 anos ou mais (p < 0,001). Dentre as mulheres a freqüência de HSI foi de 33,7%,
enquanto nos homens foi de 12,8% (p < 0,001). Houve associação significante entre os valores de
IMC e os diferentes tipos de hipertensão (p < 0,001).
CONCLUSÕES: A maior prevalência foi de HSD, seguida por HDI e HSI. A HSD foi mais freqüente em ambos os sexos e até os 69 anos, a partir dos 70 anos a HSI foi predominante. Pacientes
com valores elevados de IMC tiveram mais HSI.
FUNDAMENTO: A exposição a pequenas concentrações de chumbo resulta em hipertensão arterial em humanos e animais. Estudos prévios demonstraram que esse metal altera o endotélio e o
músculo liso vascular, bem como suas vias vasodilatadoras e/ou vasoconstritoras. Contudo, estudos sobre os efeitos agudos desse metal na reatividade vascular são poucos e controversos.
OBJETIVOS: Avaliar o efeito agudo de 100 µM de acetato de chumbo no leito vascular caudal de
ratos sobre: 1- A resposta pressora a fenilefrina, assim como, verificar uma possível modulação
endotelial nessa resposta; 2- A via do óxido nítrico e dos prostanóides derivados da via do ácido
araquidônico, bem como verificar o envolvimento da via da angiotensina II e das espécies reativas
de oxigênio.
MATERIAIS E MÉTODOS: Ratos Wistar com três meses de idade, pesando entre 250-300 g. Os
animais foram anestesiados e heparinisados, depois a artéria caudal foi dissecada e canulada para
infusão de drogas e mensurações da pressão de perfusão média (PPM). A perfusão do leito vascular
foi mantida a um fluxo constate (2,5 ml/mim) nutrida com solução Tyrode modificada, aerada com
100% O2, temperatura até 36 ± 0.5°C e pH: 7.45. Após 30 min. de equilíbrio da preparação, foi
iniciado o protocolo experimental. A integridade do endotélio e do músculo liso vascular foi testada pela administração de acetilcolina (Ach, 5 µg/100 µ) e nitroprussiato de sódio NPS (0,1 µg/100
µl respectivamente, em artérias pré-contraídas com FE (10-7 M). A reatividade vascular à FE (0,001
– 300 µg, in bolus) foi avaliada antes e após 1 hora de perfusão com acetato de chumbo (100 µM),
nas seguintes condições: na presença (E+) e ausência (E-) de endotélio e após tratamento com 10-4
M de L-NAME 10-5 M de indometacina; 1 µM de enalapril; 10 µmol/l de losartan; e 1µM de
tempol.
RESULTADOS:O acetato de chumbo aumentou a resposta máxima (Rmáx) e a sensibilidade (pD2)
à FE (Rmáx antes: 364.4 ± 36 vs após: 480.0 ± 27; pD2 antes: 1.98 ± 0.07 vs após: 2.38 ± 0.14, p <
0.05). Todavia, esses parâmetros aumentaram ainda mais, ao associar o acetato de chumbo com LNAME (Rmáx antes: 490.38 ± 35.77 vs após: 816.69 ± 35.77; pD2 antes: 1.89 ± 0.10 vs após: 2.81
± 0.13, p < 0.05) e com o tempol (Rmáx antes: 443.2 ± 15.2± 36 vs após: 480.0 ± 27; pD2 antes:
1.58 ± 0.07 vs após: 2.42 ± 0.06, p < 0.05). Por outro lado, a ação potencial do acetato de chumbo
sobre a Rmáx e a pD2 foi abolida na presença de indometacina e de enalapril.
CONCLUSÃO: Os resultados obtidos neste estudo, mostraram que a administração aguda de 100
µM de acetato de chumbo, aumenta a reatividade vascular caudal ao agente vasoconstritor FE. O
endotélio possivelmente modula esse efeito, por estimular a liberação de prostanóides vasoconstritores derivados da ciclooxigenase; promover liberação de angiotensina II, via aumento na atividade
da enzima conversora de angiotensina.
67
02 - Resumos.pm6
67
2/8/2007, 15:39
Resumos
225
BÁSICA
226
BÁSICA
INFUSÃO CRÔNICA ICV DE ANGIOTENSINA-(1-7) REDUZ A PRESSÃO ARTERIAL DE RATOS COM HIPERTENSÃO DOCA-SAL
CARAVANA NA PRESSÃO CONTE COMIGO: BUSCANDO A ADESÃO DO PÚBLICO MASCULINO AO TRATAMENTO
Guimarães PS, Santiago NM, Santos RAS, Campagnole-Santos MJ
Luciana Farrapeira de Assunção, Gabriela Couto Maurício de Paula Melo, Dhyego
Ferreira Moreira de Lacerda, Diego Laurentino Lima, Laura Correia Oliveira,
Matheus Falcão Barros, Marcos Cerqueira Lima Nogueira, Bruno José Peixoto
Coutinho, Jaqueline Kelly Ferreira de Souza, Ana Célia Oliveira dos Santos
(Orientadora)
Laboratório de Hipertensão, Depto de Fisiologia e Biofísica, ICB, Universidade Federal Minas
Gerais, Belo Horizonte, MG
FUNDAMENTO: Estudos recentes mostram que a angiotensina (Ang)-(1-7) via seu receptor Mas
desempenha uma série de ações contra-regulatórias aos efeitos mediados pela Ang II. No sistema
nervoso central, a Ang-(1-7) modula a atividade de neurônios hipotalâmicos e bulbares relacionados ao controle tônico e reflexo da pressão arterial (PA).
OBJETIVO: Nesse estudo, avaliamos se o aumento crônico dos níveis centrais de Ang-(1-7) altera
o desenvolvimento da hipertensão arterial em ratos submetidos ao modelo DOCA-Sal.
MÉTODOS/ DELINEAMENTO: Ratos Sprague-Dawley machos com 3-4 meses de idade e pesando entre 300-400g foram, inicialmente, submetidos à nefrectomia unilateral, implante de acetato
de deoxicorticosterona (DOCA) e ingestão hídrica de solução de NaCl 0,9% e KCl 0.2% para
indução da hipertensão arterial pelo modelo DOCA-Sal. Após 7 dias, foi iniciada a infusão
intracerebroventricular (ICV) de Ang-(1-7) (200 ng/ 0,5 µl/ hora) ou Salina 0,9% (0,5 µl/ hora,
grupo controle - CTL) por 14 dias através de mini-bombas osmóticas ALZET®. Ao final do tratamento, foram analisados os parâmetros cardiovasculares: pressão arterial média (PAM), freqüência
cardíaca (FC), controle baroreflexo da FC e tônus autonômico cardíaco em sistema de aquisição de
dados Biopac System®. Ao final do registro da PA, o coração e o pulmão foram removidos e a
razão entre o peso do ventrículo esquerdo (VE) e o peso corporal (PC) e a razão entre o peso do
lobo pulmonar esquerdo (LPE) úmido e o LPE seco (72 horas de desidratação) foram obtidas. As
diferenças entre os grupos foram analisadas pelo teste t de Student não pareado, p < 0,05.
RESULTADOS: O tratamento crônico (14 dias) ICV com Ang-(1-7) promoveu significativa redução da PAM basal (CTL = 163 ± 2,6 mmHg, n = 4; Ang-(1-7) = 133 ± 6,6 mmHg, n = 4; p < 0,01),
melhora do índice de bradicardia baroreflexa (CTL = 0,56 ± 0,13 ms/ mmHg, n = 4; Ang-(1-7) =
1,42 ± 0,31 ms/ mmHg, n = 4; p < 0,05), redução do tônus simpático cardíaco (CTL = 118 ± 11
bpm, n = 3; Ang-(1-7) = 52 ± 22, n = 3; p < 0,05), aumento do tônus parassimpático cardíaco (CTL
= 38 ± 9 bpm, n = 3; Ang-(1-7) = 72 ± 9 bpm, n = 3; p < 0,05) e tendência à redução da FC basal
(CTL = 377 ± 15 bpm, n = 4; Ang-(1-7) = 325 ± 19, n = 4; p = 0,074). Essas alterações cardiovasculares não foram acompanhadas por alterações significativas na razão VE/ PC e LPE úmido/ LPE
seco.
CONCLUSÕES: Estes dados mostram um papel importante da Ang-(1-7) central na modulação
da atividade cardíaca, principalmente, sobre o controle baroreflexo da FC e tônus autonômico
cardíaco, sugerindo que alterações dos níveis cerebrais de Ang-(1-7) podem contribuir para a atenuação da hipertensão arterial.
APOIO FINANCEIRO: CAPES, CNPq, FAPEMIG/ CNPq (PRONEX).
227
BÁSICA
Universidade de Pernambuco, Recife, PE
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial é uma doença crônica que aumenta consideravelmente as
taxas de morbi-mortalidade por patologias cardiovasculares em todo o mundo. A falta de adesão
dos homens a campanhas ou aos tratamentos anti-hipertensivos é bastante evidenciada em diversos
trabalhos, sendo os jovens aqueles que possuem menos conhecimento ou preocupação em relação
à doença.
OBJETIVO: Instruir o público do sexo masculino, de menor adesão ao tratamento, sobre a hipertensão arterial, a fim de estimular a prevenção e o controle da doença e identificar casos não
previamente diagnosticados.
DELINEAMENTO: Estudo descritivo de corte transversal.
PACIENTE: o n amostral desta pesquisa foi de 76 homens, com idades variando de 18 a 59 anos,
participantes de cursos do Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI), Recife.
MÉTODOS: A caravana do grupo “Na Pressão Conte Comigo - NPCC” utilizou as dependências
do SENAI por este possuir cursos de capacitação voltados, principalmente, para pessoas do sexo
masculino e na faixa etária produtiva. As atividades da caravana foram seqüencialmente organizadas para que todos os participantes da pesquisa pudessem assistir a uma palestra introdutória sobre
a elevação da Hipertensão Arterial e seus malefícios, tendo sido explicado o termo de consentimento livre e esclarecido para aqueles que desejassem disponibilizar seus dados à pesquisa. Em
seguida, cada voluntário foi encaminhado para um integrante do grupo do NPCC onde se aferiu os
sinais vitais, realizaram-se a antropometria e o teste de glicemia, além de ter sido orientado quanto
às medidas a serem tomadas para prevenção ou tratamento da hipertensão arterial.
RESULTADOS: Dos 76 participantes investigados, 39,47% se declararam mestiços e 27,63%,
brancos. Ao se verificar o índice de massa corporal e a glicemia, encontraram-se índices elevados
nessas variáveis em 40,79% e 22,37% dos participantes, respectivamente. Apenas 19,74% (15 pacientes) afirmaram aferir a Pressão Arterial (PA) com freqüência. Dentre esses, 7 pertenciam ao
grupo dos que tinham mais de 30 anos (14 pacientes) e 8, aos que tinham até 30 anos (62 pacientes). Do total, 34,21% apresentaram índices elevados na PA, seja na sistólica, seja na diastólica ou
em ambas.
CONCLUSÕES: A análise dos dados obtidos asseverou a importância do aumento da freqüência
de aferições de PA, já que a população jovem masculina continua sendo a menos preocupada com
a HA, mesmo sendo este um grupo com elevados fatores de risco cardiovascular.
228
TRATAMENTO
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA (SM) EM HIPERTENSOS
UTILIZAÇÃO DO NIFEDIPINO POR GESTANTES
Roberto Flávio M. dos Santos, Poliana S. de Oliveira, Natália C. de Souza, Carlos
Paulo R. Pinheiro, Elizangela M. Soares
Aline Mirelly Ferreira de Souza, Jamilly Kelly Oliveira Neves, Maria do Socorro
Ramos de Queiroz, Thamara Rodrigues de Melo
Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, São Luis, MA
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e Instituto de Saúde Elpídeo de Almeida (ISEA), Prefeitura Municipal de Campina Grande, PB
FUNDAMENTO: A Síndrome Metabólica (SM) é um transtorno representado por um conjunto de fatores
de risco cardiovasculares usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência a insulina. Estima-se que cerca de um quarto da população mundial de adultos são portadores desta síndrome. A
hipertensão arterial é um importante fator de risco para a SM e freqüentemente está relacionada a outros
componentes metabólicos da SM determinados pela National Cholesterol Education Program’s Adult
Treatment Panel III (NCEP-ATP III). Logo, estudar a prevalência de SM em hipertensos se mostra relevante e necessário como base para o adequado dimensionamento e direcionamento das ações de saúde.
OBJETIVO: Determinar a prevalência de SM em pacientes hipertensos atendidos na Liga Acadêmica de
Hipertensão Arterial (LHA) em um Hospital Universitário, de acordo com o diagnóstico da NCEP-ATP III.
MÉTODOS: Estudo descritivo-quantitativa. Realizado entre janeiro a junho de 2007, envolvendo análise
de dados de 385 prontuários na sala de arquivamento da Liga Acadêmica de Hipertensão Arterial-HUUFMA,
em São Luís, MA. Os sujeitos do estudo atenderam aos critérios: idade maior que 18 anos, diagnóstico
médico de HA; fichas de atendimento constando idade, sexo, medida da pressão arterial (PA), circunferência abdominal e consulta de retorno com resultados de exames laboratoriais de triglicerídios, HDL e glicemia em jejum. Segundo o NCEP-ATP III, considerou-se como fatores de risco para SM: circunferência
abdominal (homens: > 102 cm; mulheres: > 88 cm); triglicerídeos > 150 mg/dl; HDL (homens: < 40 mg/dl;
mulheres:< 50 mg/dl); PA > 130 mmHg ou > 85 mmHg e glicemia em jejum > 110 mg/dl e a presença de
3 dos 5 fatores de risco fundamentou o diagnóstico da SM. A analise estatística foi realizada através dos
programas Windows Excel (versão 2000) e Epi Info (versão 2002).
RESULTADOS: A amostra foi composta por 201 indivíduos sendo 25,9% do sexo masculino e 74,1% do
sexo feminino. Dentre os homens, 14,8% apresentaram síndrome metabólica e dentre as mulheres, 85,2%,
conforme tabela abaixo:
SEXO
Síndrome metabólica
1_masculino
2_feminino
1_sim
12
69
TOTAL
81
Linha
14,8
85,2
100,0
Col %
23,1
46,3
40,3
2_não
40
80
120
Linha %
33,3
66,7
100,0
Col %
76,9
53,7
59,7
TOTAL
52
149
201
Linha %
25,9
74,1
100,0
Col %
100,0
100,0
100,0
FUNDAMENTO: A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu como prematuro o parto que
acontece a partir da viabilidade fetal (20 semanas de gestação) até antes de atingir sua maturidade
cronológica, isto é, menos de 37 semanas de gestação. O trabalho de parto pré-termo (TTP) tem
sido um dos maiores desafios da obstetrícia moderna. O nascimento pré-termo está associado a
70% de mortalidade e a aproximadamente 85% das principais morbidades neonatais em todo mundo. Em longo prazo, os recém-nascidos (RN) pré-termo apresentam limitações que incluem problemas como retardo mental, paralisia cerebral, convulsões, cegueira e surdez, e são mais freqüentes nos prematuros de peso muito baixo (abaixo de 1000 gramas). Muitos casos de TTP tem sido
evitados através do uso do nifedipino que corresponde a um fármaco bloqueador do canal de cálcio
cuja ação é impedir a entrada de cálcio nas células miometriais inibindo a contração da musculatura uterina.
OBJETIVO: Avaliar a utilização do nifedipino por gestantes em TTP.
METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado durante o mês de maio de 2007, no ambulatório do ISEA que atende gestantes de alto risco. Para coletar
os dados foi utilizado um questionário e todas as informações colhidas foram tratadas através da
estatística percentual.
RESULTADOS: Foram acompanhadas 16 gestantes sendo a faixa etária de 21 a 30 anos a mais
freqüente (50%) e apenas 38% residiam em Campina Grande, PB. A maioria era multigesta (62%),
destas 20% já abortaram, 60% amamentaram os primeiros filhos e 70% tiveram parto normal.
Quanto ao período gestacional 62% correspondeu a 32-37 semanas de gestação e o motivo da
internação de todas foi o TTP cujos sintomas isolados foram dor no baixo ventre (56%), perda de
líquido aminótico (6%) ; associados dor no baixo ventre e sangramento (6%) e dor no baixo ventre
e perda de líquido aminiótico 32%. Os grupos farmacológicos prescritos usualmente eram antihistamínico, antianêmico, espasmolíticos, vitaminas, analgésicos não opiáceos, antibióticos,
antiemético, antifúngico e os tocolíticos sendo prescrito o nifedipino.
CONCLUSÃO: Apesar da alta incidência de hospitalização por TTP registrado no ISEA, a equipe de saúde tem conseguido prolongar o parto com a administração do nifedipino como fármaco de
primeira escolha. A posologia realizada é de 4 doses de 10 mg de 20 em 20 minutos. Após 30
minutos é administrado 10 mg de 4 em 4 horas por até 72 horas, podendo ser suspenso em casos de
hipotensão. Até o momento os resultados da terapia são satisfatórios visto que o número de partos
prematuros tem sido reduzido.
CONCLUSÕES: O estudo demonstrou uma prevalência de 40,2% para síndrome metabólica entre os
meses de junho/06 a junho/07, demonstrando uma alta associação de fatores de risco cardiovascular na
população estudada.
68
02 - Resumos.pm6
68
2/8/2007, 15:39
Resumos
229
TRATAMENTO
HIPERTENSÃO ARTERIAL EM GESTANTES
Jamilly Kelly Oliveira Neves, Aline Mirelly Ferreira de Souza, Thamara Rodrigues
de Melo, Maria do Socorro Ramos de Queiroz
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e Instituto de Saúde Elpídeo de Almeida (ISEA), Prefeitura Municipal de Campina Grande, PB
230
BÁSICA
PAPEL DOS HORMÔNIOS OVARIANOS NA FUNÇÃO AUTONÔMICA DE FÊMEAS SAUDÁVEIS E OOFORECTOMIZADAS
Iris Callado Sanches, Luciana Jorge, Cristiano Mostarda, Michelle Sartori,
Henrique Marchet, Lucinar Jupir Forner Flores, Maria Cláudia Irigoyen, Kátia De
Angelis
Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: A hipertensão corresponde aos níveis de pressão arterial acima de 140 x 90
mgHg. Na gestante ela é considerada crônica quando ocorre antes de 20 semanas de gestação,
quando já havia sido diagnosticada previamente a gestação e quando não desaparece até 6 semanas
após o parto. Quando estiver associada à perda de proteínas pela urina (proteinúria), teremos um
quadro chamado pré-eclâmpsia ou toxemia gravídica. Pode também ser responsável pelo trabalho
de parto pré-termo (TTP) que resulta em problemas para a mãe e/ou filho.
OBJETIVO: Acompanhar gestantes hipertensas hospitalizadas no Instituto de Saúde Elpídeo de
Almeida.
METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado durante o período de maio de a junho de 2007, na ala de alto risco do ISEA que atende gestantes. Para
coletar os dados foi utilizado um questionário e todas as informações colhidas foram tratadas através da estatística percentual.
RESULTADOS: Das 29 gestantes acompanhadas 27% eram hipertensas e 3% apresentavam hipertensão além do Diabetes Mellitus. Destas 62% tinha idade menor que 30 anos, 37% cursaram o
ensino fundamental incompleto, 25% o ensino médio completo, 12% eram analfabeta e as demais
relataram outra escolaridade. A maioria 75% não residia em Campina Grande-PB e 25% eram
primigestas. Com relação as multigestas 50% eram portadoras de hipertensão crônica tendo sido
diagnosticada nas outras gestações. Os motivos das internações foram trabalho de parto pré-termo
(TTP) (50%), pré-eclâmpsia (26%), diabetes gestacional (12%) e cardiopatias associadas a problemas pulmonares (12%). Apenas 37% utilizavam a monoterapia, a associação foi verificada entre
dois fármacos vasodilatadores, um de ação central, o metildopa e o outro bloqueador seletivo do
canal de cálcio, o nifedipino.
CONCLUSÃO: A hipertensão continua sendo a causa responsável pelo grande número de internações de gestantes com pré-eclâmpsia e com TTP. É preciso realizar nas unidades básicas de
saúde um melhor acompanhamento pela equipe multidisciplinar as gestantes incentivando além da
terapia eficaz, hábitos como atividade física, dieta equilibrada e redução de estresse, visando uma
gestação saudável e um parto prematuro que muitas vezes é responsável por deficiências como
retardo mental, paralisia cerebral, convulsões, cegueira e surdez.
231
TRATAMENTO
FUNDAMENTO: O sexo feminino apresenta maior proteção cardiovascular quando comparado
ao masculino. Entretanto, após a menopausa a taxa de mortalidade por doenças cardíacas em mulheres ultrapassa a dos homens. Todavia, não está clara a influência dos hormônios sexuais no
controle autonômico cardiovascular no sexo feminino.
OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi comparar a variabilidade da pressão arterial e a
sensibilidade barorreflexa entre ratas saudáveis durante as fases estro e diestro do ciclo estral, e
submetidas à privação dos hormônios ovarianos.
MÉTODOS: Ratos Wistar fêmeas com 3 meses da idade foram divididos em 3 grupos (n = 7 em
cada grupo): fêmeas no diestro (FD), fêmeas no estro (FE) e fêmeas ooforectomizadas (FO, retirada bilateral dos ovários).Os sinais de pressão arterial (PA) dos animais acordados foram gravados
com um sistema de aquisição de dados (CODAS, 2 KHz). A sensibilidade barorreflexa foi avaliada
pelas respostas taquicárdicas (RT) e bradicárdicas (RB) induzidas por mudanças na pressão arterial
através de injeções de nitroprussiato de sódio e fenilefrina, respectivamente. A variabilidade da
pressão arterial sistólica foi avaliada no domínio do tempo pela variância (VARPAS) e no domínio
da freqüência (FFT) pelas bandas de alta (AF) e baixa (BF) freqüências.
RESULTADOS: A pressão arterial diastólica e a média foram maiores no FE (104 ± 2 e 120 ± 2
mmHg) quando comparado ao FD (94 ± 2 e 112 ± 2 mmHg). A privação dos hormônios ovarianos
(FO) promoveu aumento PA diastólica, sistólica e média (122 ± 2 mmHg) em relação ao grupo FD.
A freqüência cardíaca foi similar entre os grupos estudados. A VARPAS não foi diferente entre os
grupos, enquanto a banda de BF foi maior no grupo FO (12,0 ± 4,03 mmHg²) em relação aos
grupos FD (2,9 ± 0,44 mmHg²) e FE (3,8 ± 0,83 mmHg²). As ratas do grupo FO apresentaram RT
diminuída (2,7 ± 0,3 bpm/mmHg) em relação ao FD e FE (FE: 5,16 ± 0,69 e FD: 4,68 ± 0,33 bpm/
mmHg). A RB foi menor em situações em que os níveis de hormônios ovarianos estavam reduzidos, ou seja, no FE (1,15 ± 0,10 bpm/mmHg) e no FO (1,3 ± 0,1 bpm/mmHg) em comparação ao
FD (1,5 ± 0,07 bpm/mmHg). Foram observadas correlações positivas entre a banda de BF e a PA
sistólica (r = 0,74), bem como entre VARPAS e a PA sistólica (r = 0,73).
CONCLUSÕES: A redução dos hormônios ovarianos em fêmeas saudáveis (fase do estro) e
ooforectomizadas foi relacionada a aumentos da PA e redução da sensibilidade barorreflexa. Esses
achados foram associados com aumento da variância e na banda de BF da PA sistólica, sugerindo
um importante papel dos hormônios ovarianos na modulação simpática cardiovascular.
APOIO FINANCEIRO: CAPES, FAPESP (04/04327-5; 06/53800-0; 07/5001-2) e USJT.
232
BÁSICA
EFEITO DO TREINAMENTO AGUDO DA MUSCULATURA INSPIRATÓRIA NO
CONTROLE HEMODINÂMICO DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
PERFIL LIPÍDICO EM HIPERTENSOS ATENDIDOS NA LIGA ACADÊMICA DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL/HUUFMA
Priscila Raulickis, Suellen Borile, Maria Claudia Irigoyen, Pedro Dall´Ago, Grazia
Maria Guerra, Eduardo Moacyr Krieger, Fernanda M. Consolim-Colombo
Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, São Luis, MA
INTRODUÇÃO: Pacientes com Insuficiência Cardíaca (IC) possuem diminuição da força da musculatura inspiratória, o que pode contribuir para a intolerância ao exercício. O treinamento da
musculatura inspiratória (TMI) crônico é capaz de aumentar a capacidade funcional cardiorrespiratória. Entretanto, as alterações hemodinâmicas que ocorrem durante uma sessão aguda de TMI
nestes pacientes não são conhecidas.
OBJETIVO: avaliar as modificações na pressão arterial (PA), freqüência cardíaca (FC), débito
cardíaco (DC) e resistência vascular periférica (RVP) durante uma sessão aguda de TMI em pacientes com IC Hipertensiva.
CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram avaliados 27 pacientes (14 homens) com idade média de
54,7 ± 9,6 anos, IMC de 28,5 ± 4,8 kg/ m2, fração de ejeção no ecocardiograma < 45%, classificados como portadores de fraqueza muscular inspiratória por meio da manuvacuômetria (pressão
inspiratória máxima – Pimáx < 70% do predito). Os pacientes permaneceram na posição sentada e
foram monitorizados quanto ao ritmo cardíaco (ECG) e registro das curvas da PA foi obtido de
forma não invasiva (Finometer); os dados foram registrados durante 10 min de respiração espontânea (basal) e 10 min de exercícios respiratórios com o aparelho Threshold Inspiratório (movimentos inspiratórios contra uma carga de 30% do valor da Pimáx); os valores de PA, FC, DC e RVP
foram posteriormente calculados com o software Beatscope. Usou-se o teste t-student na análise
estatística.
RESULTADOS: Todos os pacientes terminaram o exame, e não foram detectadas alterações no
ritmo cardíaco prévio. Comparando-se os momentos basal e TMI foram encontrados alterações
significativas nas variáveis: PAS (123,97 ± 20,47 vs 132,81 ± 22,61); PAD (72,57 ± 12,92 vs 77,45
± 14,89); FC (basal 72,1 ± 13,47 vs TMI 77,5 ± 16,71); DC (4,82 ± 1,44 vs 5,11 ± 1,60); não foram
detectadas alterações significativas na RVP (1,39 ± 0,92 vs 1,47 ± 1,04).
CONCLUSÃO: Nossos resultados indicam que o TMI agudo promove alterações hemodinâmicas
significativas nas variáveis PAS, PAD, FC e DC, porém de pequena magnitude e sem repercussão
clínica significativa, indicando que este procedimento pode ser realizado por pacientes com IC
Hipertensiva.
Poliana Soares de Oliveira, Roberto Flávio Melo dos Santos
FUNDAMENTO: É freqüente a associação entre dislipidemia e hipertensão arterial (HA), juntos
representam mais de 50% do risco atribuível da doença arterial coronariana. A HA é uma entidade
clínica multifatorial que se caracteriza por níveis tensionais elevados associados a alterações metabólica, hormonais e a fenômenos tróficos. O controle dos níveis tensionais assim como dos distúrbios metabólicos que levam à progressão da doença aterosclerótica e suas complicações é fundamental para a redução da morbimortalidade cardiovascular. Diante disso, caracterizar o perfil lipídico de um grupo de hipertensos, revela-se importante instrumento direcionador das ações de saúde.
OBJETIVO: Conhecer o perfil lipídico de pacientes hipertensos atendidos na Liga Acadêmica de
Hipertensão Arterial (LHA) em um Hospital Universitário.
MÉTODOS: Estudo descritivo-quantitativa. Realizado de janeiro a junho de 2007, envolvendo
analise de dados de 385 prontuários na sala de arquivamento da LHA do HUUFMA, em São Luís,
MA. Os sujeitos do estudo atenderam aos critérios: idade maior que 20 anos, diagnóstico médico
de HA; fichas de atendimento constando idade, sexo, peso, altura, sedentarismo ou não, medida da
pressão arterial, diabetes ou não e exames laboratoriais de Colesterol total (CT), HDL-colesterol
(HDL-C), LDL-colesterol (LDL-C) e Triglicerídios (TG). Para traçar o perfil lipídico utilizamos
os critérios da Sociedade Brasileira de Cardiologia que estabelece os seguintes valores de referência: CT < 200 = ótimo, entre 200-239 = limítrofe, > 240 = alto; LDL-C < 100 = ótimo, 100-129 =
desejável, 130-159 = limítrofe; > 160 = alto; HDL-C < 40 = baixo, > 60 = alto e TG < 150 = ótimo,
150-200 = limítrofe, > 200 = alto. A análise estatística foi realizada através dos programas Windows
Excel (versão 2000) e Epi Info (versão 2002).
RESULTADOS: A amostra foi composta por 201 indivíduos, 25,9% do sexo masculino e 74,1%
feminino. Para Colesterol total (CT) 43,3% dos indivíduos apresentaram valores ótimos, 39,3%
limítrofe e 17,4% alto. Para HDL-colesterol (HDL-c), 22,9% apresentou valores baixos, 56,7%
normais e 20,4% altos. Para LDL-colesterol (LDL-C), 24,4% apresentou valores ótimos, 29,4%
desejáveis, 25,9% limítrofes, 12,4% altos e 8% muito altos. Para Triglicerídeos (TG), 66,2% apresentaram valores ótimos, 18,4% limítrofes, 14,4% altos e 1% muito altos. Dos obesos, 24,1%
estavam com CT alto e baixo HDL-c, 7,4% com LDL-c muito alto e 18,5% com elevado TG. Dos
sedentários, 19,2% tinham CT alto, 21,5% com HDL-c baixo, 6,2% com LDL-c muito alto e 0,8%
com TG muito alto.
CONCLUSÕES: Uma grande parcela dos hipertensos apresentou alterações lipídicas associadas
a agravantes como obesidade e sedentarismo.
69
02 - Resumos.pm6
69
2/8/2007, 15:39
Resumos
233
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
234
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
ASSOCIAÇÃO ENTRE RESISTÊNCIA À INSULINA E DISFUNÇÃO AUTONÔMICA EM RATAS FÊMEAS
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL ASSOCIADA À OBESIDADE VISCERAL E À
OBESIDADE SUBCUTÂNEA
Janaina de Oliveira Brito, Kátia Ponciano, Diego Figueroa, Nathalia Bernardes,
Íris C. Sanches, Maria Cláudia Irigoyen, Kátia De Angelis
Ana Luisa Opromolla Pacheco, Isabel Cristina Simon Dal Póz, Frida Liane
Plavnik, Osvaldo Kohlmann Junior
Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP
Unifesp – EPM, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: O consumo exarcebado de frutose tem sido associado com aumento do riso de
desenvolvimento de alterações metabólicas e cardiovasculares em países desenvolvidos.
OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi investigar as alterações metabólicas, cardiovasculares e autonômicas induzidas pelo consumo de frutose na água de beber.
MÉTODOS: Foram utilizadas ratas fêmeas Wistar (200-220 g), divididas em: controle (C, n = 8)
e frutose (F, n = 5, frutose 100 mg/L durante 8 semanas). Os sinais de pressão arterial (PA) foram
registrados e processados em um sistema de aquisição de dados. O controle autonômico da freqüência cardíaca (FC) foi avaliado pelo bloqueio farmacológico utilizando atropina e propranolol.
A variabilidade da FC (VFC) foi avaliada no domínio da freqüência (FFT). Os animais foram
submetidos a um teste de tolerância à insulina (ITT) e a mensuração da glicose plasmática.
RESULTADOS: O consumo de frutose induziu aumento no peso corporal e na glicemia em jejum.
O grupo frutose apresentou resistência à insulina, observado pela atenuação da constante de
decaimento da glicose durante o ITT (Kitt) no grupo F (3,25 ± 0,7%/min) quando comparado com
o grupo C (4,95 ± 0,3%/min). O grupo F demonstrou aumento da PA (PA média: 122 ± 3 vs. 108 ±
1 mmHg no C) e redução do tônus vagal (31 ± 9 vs. 55 ± 5 bpm no C), sem mudanças no tônus
simpático. A variância do R-R (F: 73,0 ± 13,6 vs C: 56,11 ± 61,76 ms2), as bandas de baixa (F: 33,2
± 17,7 vs C: 16,8 ± 27,28%) e alta (F: 66,76 ± 17,70 vs C: 83,19 ± 7,29%) freqüências foram
semelhantes entre os grupos. Correlações positivas foram obtidas entre o tônus vagal e a banda de
alta freqüência do R-R (r = 0,75) e o Kitt (r = 0,8). Houve correlação inversa entre o balanço
simpato-vagal com o tônus vagal (r = -0,7).
CONCLUSÃO: O consumo de frutose em ratas fêmeas induziu aumento do peso corporal e da
pressão arterial, além de disfunção parassimpática associada com resistência à insulina, reforçando
o papel da disfunção autonômica no desenvolvimento de alterações metabólicas e cardiovasculares
induzidas pelo consumo de frutose.
FUNDAMENTO: Estudos recentes demonstram que a adiposidade visceral está associada a um aumento
da perfusão renal e aumento da taxa de filtração glomerular (TFG). Os fatores implicados nesta alteração
envolvem as citocinas inflamatórias e fatores pró-trombóticos que têm importância na causa e na progressão de hipertensão e da disfunção endotelial. Desse modo, a interação entre várias anormalidades metabólicas e hemodinâmicas, associadas à obesidade visceral e à resistência à insulina, predispõe pacientes a
aterosclerose e DCV prematuras, incluindo hipertensão, doença renal progressiva e até a DRCT
OBJETIVO: Avaliar se há diferença entre a TFG de indivíduos com obesidade visceral e de indivíduos
com obesidade subcutânea ao longo do período de observação.
PACIENTE: Foram avaliados 220 indivíduos adultos hipertensos acompanhados no Ambulatório de Hipertensão do Hospital do Rim.
MÉTODOS: O banco de dados contém os dados demográficos, antropométricos e clínicos da primeira
consulta, além de um painel laboratorial contendo o perfil metabólico, o nível sérico de creatinina e a TFG
calculada de acordo com a fórmula de Cockroft-Gault. Os pacientes foram classificados de acordo com a
circunferência da cintura na avaliação inicial e acompanhados por um período médio de 90 meses (10-286
meses). Denominou-se obesidade visceral àqueles indivíduos com circunferência abdominal > 102 cm
para homens e > 88 cm para mulheres.
RESULTADOS: A população foi dividida em: homens com obesidade visceral (H-OV, n = 20), ou obesidade subcutânea (H-SC, n = 27) e mulheres com obesidade visceral (M-OV, n = 119) e obesidade subcutânea
(M-OS, n = 54). Os valores da circunferência abdominal para os H-OV não variaram ao longo do período
de acompanhamento (113 ± 9,5 vs. 110 ± 8 cm) assim como a TFG (114 ± 37 vs 106 ± 37 ml/min/1,73 m2).
Para os H-OS não houve diferença estatisticamente significante entre a circunferência abdominal (92 ± 7
vs. 92 ± 6,5 cm) ou TFG (72,4 ± 22,6 vs. 67,4 ± 17,5 ml/min/1.73 m 2). As análises nas M-OV mostraram
que não houve variação na circunferência abdominal (103 ± 12 vs. 101 ± 13 cm) enquanto que a TFG
mostrou redução de cerca de 10% (97,3 ± 33,4 vs 87,5 ± 33,2, p < 0,05). Nas M-OS houve um aumento da
circunferência abdominal ao longo do acompanhamento (79,6 ± 5,7 vs 84,4 ± 7,4, p < 0,0005) e a TFG
mostrou um decréscimo de 13,% (76,2 ± 28,4 vs. 66,3 ± 22,1, p < 0,05).
CONCLUSÕES: Quando comparamos indivíduos com obesidade visceral e obesidade subcutânea, verificou-se que em homens há uma queda da TFG de maneira não significativa. Já nas mulheres, quando analisamos aquelas com obesidade visceral, percebemos que, mesmo não havendo variação na circunferência
da cintura, houve uma queda de aproximadamente 10% na TFG. Nas pacientes com obesidade subcutânea,
observou-se a presença de um componente que exacerba a diferença, pois nessa população houve um
aumento de 6 % na circunferência abdominal, com uma queda de 13% na TFG, estatisticamente significativa. Assim, este estudo sugere que o aumento da circunferência abdominal em mulheres confere maior
risco de disfunção renal mesmo quando dentro das faixas consideradas normais.
235
236
BÁSICA
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
EFEITO DA OVARIECTOMIA SOBRE O CONTROLE AUTONÔMICO DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA EM RATAS TREINADAS E SUBMETIDAS AO BLOQUEIO
DA SÍNTESE DE ÓXIDO NÍTRICO
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL: ASSOCIAÇÃO COM ALTERAÇÕES DOS NÍVEIS DETRIGLICÉRIDES, COLESTEROL HDL
E LDL, EM HIPERTENSOS
Geisa C. S. V. Tezini, Paula Clé, Karina Delgado, Hugo C. D. Souza
Fátima Lúcia Machado Braga, Jocelene Tenório Godoi, Maria Auxiliadora AV
Santos, Rosa Carneiro, Fernando Menezes Campello de Souza, André Leite
Wanderley, Hilton Chaves
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP
FUNDAMENTO: As doenças cardiovasculares são responsáveis por um alto índice de mortalidade e morbidade após a menopausa, fato atribuído à deficiência estrogênica. Diversos mecanismos de ação têm sido
discutidos, entre eles a ação dos estrógenos mediada pelo óxido nítrico (NO) derivado do endotélio. Por
outro lado, o exercício físico aeróbio apresenta influência benéfica sobre o sistema cardiocirculatório,
principalmente sobre o endotélio, sendo utilizado como terapia anti-hipertensiva, inclusive em mulheres
após a menopausa.
OBJETIVO: Avaliar em ratas treinadas as alterações autonômicas cardiovasculares induzidas pela diminuição da produção de estrógenos, bem como averiguar o papel do NO nesse modelo.
DELINEAMENTO: Ratas Wistar foram mantidas em gaiolas individuais com temperatura controlada e
ciclo sono/vigília de 12 horas.
MATERIAL: As ratas foram distribuídas em quatro grupos distintos (n = 12): sham treinado (ST),
ovariectomizado treinado (OT), sham treinado e submetido ao bloqueio crônico do NO com N G-nitro-Larginine methyl ester (STLN) e ovariectomizado treinado e submetido ao bloqueio crônico do NO (OTLN).
MÉTODOS: O controle autonômico da freqüência cardíaca (FC) foi investigado em todos os grupos,
utilizando diferentes protocolos: averiguação farmacológica do tônus autonômico cardiovascular com
metilatropina e propranolol e análise da variabilidade da FC por meio da análise espectral.
RESULTADOS: Não houve alteração na FC basal entre os grupos. Os grupos STLN e OTLN (124 ± 3 e
123 ± 8 mmHg) apresentaram aumento da pressão arterial média (PAM) quando comparados aos grupos
ST e OT (95 ± 2 e 102 ± 4 mmHg). A avaliação farmacológica do controle autonômico cardíaco mostrou
uma diminuição da influência autonômica vagal na determinação da FC basal nos grupos OT e OTLN. A
análise espectral mostrou aumento na variância total nos grupos OT e STLN. O grupo STLN também
apresentou aumento na banda de baixa freqüência e diminuição na banda de alta freqüência, tanto em
valores absolutos quanto em unidades normalizadas, comparado aos outros grupos.
Tônus autonômico
FCintrínseca, bpm
Metilatropina, bpm
Propranolol, bpm
Parâmetros espectrais
Variância, ms2
BF, nu
AF, nu
ST
OT
STLN
OTLN
334 ± 5
413 ± 13
305 ± 13
333 ± 6
383 ± 12
298 ± 12
348 ± 4
418 ± 18
309 ± 16
337 ± 7
409 ± 17
286 ± 35
10 ± 1.4
15.2 ± 4.4
75 ± 3.7
21.5 ± 3*
22.9 ± 3.1
67 ± 2.5
24.5 ± 4*+
48.3 ± 6.4*+
40 ± 5.9*+
12.3 ± 1.6#
24.9 ± 4#
62 ± 6#
Valores basais hemodinâmicos. *p < 0.05 vs ST; +p < 0.05 vs OT; #p < 0.05 vs STLN
CONCLUSÕES: A ovariectomia em ratas treinadas promoveu atenuação do predomínio do tônus
parassimpático cardíaco que não foi alterada pelo bloqueio da síntese do NO. Entretanto, a variabilidade da
FC nessas ratas ficou preservada, mesmo após o bloqueio da síntese do NO.
APOIO FINANCEIRO: FAPESP/FAEPA
Clínica de Hipertensão, Universidade Federal de Pernambuco
FUNDAMENTO: A associação entre obesidade e doença cardiovascular é bastante conhecida, em
virtude de seus efeitos metabólicos aterogênicos, entre eles, o perfil lipídico, além de sua estreita
relação com a hipertensão arterial (HA). No novo cenário epidemiológico, a alta prevalência de
obesidade, HA e dislipidemias, comumente associadas, emergem como sério problema de saúde
pública. Estudos têm evidenciado elevações do colesterol LDL (c-LDL) e triglicérides (TG) e reduções do colesterol-HDL (c-HDL), na presença de obesidade.
OBJETIVO: Investigar a prevalência e a associação entre obesidade e alterações plasmáticas de
triglicérides, colesterol-LDL e HDL, em portadores de hipertensão primária, de uma Clínica de
Hipertensão, de um hospital universitário.
DELINEAMENTO: Estudo observacional-transversal.
AMOSTRA: Foram examinados 802 indivíduos matriculados na Clínica, no período de 19972006, com idade entre 20 e 90 anos (média: 59,6), 73,6% de mulheres.
MÉTODOS: Estudou-se dados referentes ao sexo, peso/altura (IMC > 30), cintura/quadril (relação cintura/quadril: homem: > 0,9; mulher: > 0,8) e resultados de TG (taxa de referência: > 150
mg/dL), c-LDL (taxa de referência: > 130 mg/dL), e c-HDL (taxas de referências: homem < 40
mg/dL e mulher < 50 mg/dL). Os dados foram examinados no programa EPI-INFO 6,04 e Statistica
7, com cálculo de prevalências, e análise de associações entre as variáveis utilizando-se o teste quiquadrado, Mann-Whitney U e correlação de Spearman. Adotou-se como nível de significância
estatística o valor de p < 0,05, com intervalo de confiança de 95%).
RESULTADOS: As prevalências de alterações lipídicas foram: TG = 45,1%; c-HDL = 45,6%; cLDL = 53,0%. Encontrou-se altos valores de obesidade (IMC > 30) = 35,8% e relação cintura/
quadril (RCQ) alta = 73,2%. O teste χ2 não revelou associação entre RCQ alta e TG > 150 mg/dL (p
> 0,05), c-HDL baixo (p > 0,05), c-LDL > 130 mg/dL (p > 0,05) e, com relação ao IMC > 30,
apenas o c-LDL > 130 mg/dL mostrou associação (p < 0,05). No teste de Spearman, notou-se
correlação entre triglicérides e c-HDL (R = -0,347, p < 0,05), mas não com o c-LDL (R = 0,098 ,
p < 0,05), não se observando diferença significativa entre gêneros. Na RCQ alta e no IMC > 30, os
níveis de TG e c-LDL (Mann-Whitney U, p < 0,05) foram mais elevados, evidenciando-se menores
níveis de c-HDL e c-LDL, entre os homens (p < 0,001).
CONCLUSÕES: Diante das altas prevalências nos parâmetros de obesidade e nos níveis de alterações de TG, c-HDL e c-LDL, considerando as complexas e variadas associações evidenciadas,
sugere-se investigações em populações variadas.
70
02 - Resumos.pm6
70
2/8/2007, 15:39
Resumos
237
BÁSICA
PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO E LESÕES DE ÓRGÃOS-ALVO EM
PACIENTES ATENDIDOS PELA LIGA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA
TC de Oliveira, N Salgado Filho, MM Barbosa, TC Oliveira, YLA Leda, EL Barros
Filho, FF Barbosa, GVGomes
Hospital Universitário Presidente Dutra, São Luís, MA
238
BÁSICA
RELAÇÃO ENTRE CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL E ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES ATENDIDOS NA LIGA
DE HIPERTENSÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA –
HUPD, EM SÃO LUÍS, MA, 2007
N Salgado Filho, MM Barbosa, LC Lucena, FS Barroqueiro, EL Barros Filho, FF
Barbosa, GV Gomes
Hospital Universitário Presidente Dutra, São Luís, MA
FUNDAMENTOS: O aumento da pressão arterial (PA) constitui um fator de risco independente,
linear e contínuo para doença cardiovascular (CV). A hipertensão pode acometer vários órgãos e
sistemas. Identificar, então, os fatores de risco e lesões em órgão-alvo (LOA) relacionadas à hipertensão, torna-se extremamente importante na avaliação da terapia empregada e do controle da doença.
OBJETIVOS: Determinar a prevalência de fatores de risco CV e de lesões em órgão-alvo em
pacientes atendidos pela Liga Acadêmica de Hipertensão Arterial do HUUFMA.
MÉTODOS: Estudo transversal, em que foram coletados dados de 255 pacientes em seguimento
ambulatorial na Liga Acadêmica de Hipertensão Arterial do Hospital Universitário Presidente Dutra
através de fichas protocolo. Avaliou-se: idade, sexo, Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Melitus (DM), ácido úrico, tabagismo, glicemia de jejum, circunferência abdominal (CA), presença de LOA e história familiar e pessoal de doença CV. Para estadiamento da PA, classificou-se
os pacientes em categorias: Ótimo, Normal, Limítrofe e Estágios I, II e III, de acordo com as V
Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. O processamento dos dados foi realizado no programa Epiinfo 2.2. Utilizou-se cálculos de proporções e respectivos intervalos de confiança (95%) e
teste qui-quadrado foi usado para comparar 2 ou mais proporções.
RESULTADOS: Entre os pacientes, 63,5% eram do sexo feminino. Quanto à raça, 17,3% dos
pacientes eram brancos e 28,11% eram negros. Quanto à idade, 61% dos homens e 39% das mulheres tinham mais de 60 anos. Em relação ao estadiamento da PA: 7,4% foram classificados em
ótimo; 20,8% Normal; 15,3% Limítrofe; 28,4% em Estágio I; 20% em Estágio II e 8,3% em Estágio III. As prevalências de história familiar e pessoal de doença CV, nefropatia e tabagismo foram
49,6%, 47%, 7% e 7,1%, respectivamente. A prevalência de DM entre os homens foi 19,6% contra
12,9% entre as mulheres (p = 0,16), já dislipidemia foi mais freqüente em mulheres (55,7%) que
em homens (44,3%) com p = 0,17. LOA estava presente em 27,6% dos pacientes, sendo que 37,5%
dos pacientes em estágio III de HAS a apresentavam (p = 0,28). A prevalência de hiperuricemia,
glicemia de jejum e circunferência abdominal (CA) aumentada foi 19,2%, 25,2% e 60,4% respectivamente.
CONCLUSÃO: Observou-se uma grande prevalência de pacientes com LOA, com 27,6%. E fatores de riscos como PA elevada, CA aumentada e história familiar e pessoal de doença CV se mostraram bastante presentes nestes pacientes. Portanto, o controle da hipertensão e da CA se constituem importantes medidas para a prevenção de LOA.
FUNDAMENTOS: A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica que se não tratada e
controlada adequadamente, pode levar a complicações que podem atingir outros órgãos e sistemas.
Identificar os fatores de risco torna-se muito importante para a estratificação do risco cardiovascular (CV) e promover um melhor controle e seguimento da doença.
OBJETIVOS: Avaliar a relação entre estadiamento da pressão arterial (PA) e estratificação do
risco CV e estimar a freqüência de fatores risco em pacientes em tratamento da Liga de Hipertensão do HUPD.
MÉTODOS: Estudo transversal em amostra aleatória, no qual foram coletados dados de 255 pacientes referentes à última consulta ambulatorial através de ficha protocolo de atendimento. A
estratificação do risco CV baseou-se no risco individual dos pacientes em função da presença de
fatores de risco e de lesão em órgãos-alvo em 5 Grupos de Risco (GR): GR A (sem risco adicional),
GR B (risco baixo), GR C (risco médio), GR D (risco alto) ou GR E (risco muito alto). O estadiamento
da PA e os fatores de riscos se basearam nas V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. O
processamento dos dados foi realizado no programa Epiinfo 2.2.
RESULTADOS: Do total da amostra: 63,6% eram mulheres. Em relação ao estadiamento da PA:
7,5% foram classificados em Ótimo; 20,7% em Normal; 15,3% em Limítrofe; 28,2% em Estágio
1; 20,0% em Estágio 2 e 8,3% em Estágio 3. Em relação à estratificação do risco: 0,4% pertenciam
ao GR A; 25,1% ao GR B; 31,4% GR C; 27,0% ao GR D e 16,1% ao GR E. De acordo com o
estadiamento da PA, o GR C apresentou-se com as seguintes freqüências: Limítrofe (25,2%), Estágio 1 (45,8%); Estágio 2 (37,3%) e Estágio 3 (0%). Dentre os pacientes do GR C, 35% estavam
Limítrofes; 41,3% no Estágio 1 e 23,7% no Estágio 2. No GR B apenas 7,8% pertenciam ao
Estagio 1 e o restante era limítrofe/normal. No GR D apenas 26,0% estavam com a PA controlada.
Já no GR E, 46,3% encontram-se no estágio 3 com p < 0,05. O mais prevalente dentre os fatores de
risco foi circunferência abdominal (CA) aumentada, presente em 60,4% dos pacientes.
CONCLUSÃO: Os resultados apontam para maior prevalência do GR C, indicando uma alta incidência de fatores de risco CV, que por sua vez mostrou relação com um pior controle pressórico.
Entre os pacientes do GR A e B não foi observado qualquer paciente em Estágio 3, o que sugere
melhor controle pressórico na ausência dos fatores de risco. Nos GR D e E, observou-se um pior
controle pressórico. CA aumentada foi o fator de risco mais prevalente.
239
240
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
MODULAÇAO AUTONÔMICA CARDIOVASCULAR EM INDIVÍDUOS COM
SÍNDROME METABÓLICA SOB TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Márcio Tubaldini, Juliana Valente Francica, Marcelo Velloso Heeren, Cristiano
Mostarda, Rubens Correa Araújo, Fernanda Consolim-Colombo, Maria Cláudia
Irigoyen, Kátia De Angelis
Universidade São Judas Tadeu, Laboratório do Movimento Humano e Laboratório de Reabilitação
Cardiorrespiratória; Instituto do Coração (INCOR), Faculdade de Medicina, Universidade de São
Paulo, São Paulo
FUNDAMENTAÇÃO: A síndrome metabólica (SM) é uma doença cuja prevalência vêm crescendo em proporções epidêmicas. Várias disfunções têm sido pesquisadas como fatores importantes
na fisiopatologia de seu desenvolvimento. Todavia, poucos são os estudos que avaliaram a modulação autonômica cardiovascular, principalmente em amostras que estavam sob tratamento farmacológico, em indivíduos com SM.
OBJETIVO: Avaliar a variabilidade da pressão arterial sistólica (VPAS) e da freqüência cardíaca
(VFC) no domínio do tempo e da freqüência em adultos com síndrome metabólica (SM).
MÉTODOS: Foram avaliados dois grupos: indivíduos controles (N, n = 8, IMC: 23 ± 0,6 kg/m2) e
com síndrome metabólica (SM, n = 18, IMC: 31 ± 1,4 kg/m2) de ambos os sexos na faixa etária de
40-65 anos. Os indivíduos com síndrome metabólica foram incluídos no grupo SM respeitando os
critérios do NCEP ATPIII, estando sob tratamento farmacológicos. Os sinais de PA e FC foram
obtidos pelo registro contínuo indireto da onda de pressão arterial pelo FinapresÒ durante 15minutos e processados por um sistema de aquisição de sinais biológicos (Codas 1 KHz). A VPAS e VFC
foram avaliadas no domínio do tempo e no domínio da freqüência pela análise espectral (FFT).
RESULTADOS: A PAS (SM: 140 ± 6 vs. N: 102 ± 4 mmHg) e a PA diastólica (SM: 93 ± 2 vs. N:
84 ± 2 mmHg) foram maiores no grupo SM em comparação com o grupo controle, porém o
intervalo de pulso foi semelhante entre os grupos . A VFC no domínio do tempo foi menor nos
indivíduos com SM (28 ± 3,5 vs 44 ± 8,5 ms), enquanto que a VPAS foi maior (86 ± 27 vs. 22 ± 7
mmHg2). No domínio da freqüência houve uma redução significante do componente de alta freqüência (AF) no grupo SM em relação ao grupo N (107 ± 17 vs. 210 ± 58 ms2), sem alteração na
banda de baixa freqüência (BF). Foi observado também aumento na banda de BF da PAS no grupo
SM em relação ao grupo N (11 ± 2,5 vs. 2 ± 0,8 mmHg2). A sensibilidade dos pressorreceptores
avaliada pelo índice alfa foi menor nos indivíduos com SM (5,5 ± 0,8 vs. 12 ± 2 ms/mmHg) quando
comparado os indivíduos normais.
CONCLUSÃO: Nossos resultados demonstram que indivíduos com SM, mesmo sob tratamento farmacológico, apresentam pressão arterial elevada, associada a prejuízo na modulação autonômica tanto
da PAS quanto da FC, evidenciado por alterações da modulação em favor do simpático e por redução
da sensibilidade dos pressorreceptores. Esses achados sugerem a necessidade de avaliação crítica do
tratamento farmacológico, bem como ressaltam a importância da busca de alternativas farmacológicas
e não-farmacológicas que possam contribuir para o manejo do risco nesta população.
APOIO FINANCEIRO: Fapesp (06/53739-0; 06/53738-3).
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES COM OBESIDADE ABDOMINAL RESIDENTES EM ÁREA DE MUITO BAIXA RENDA DE
MACEIÓ, AL
Revilane Alencar Britto, Telma T. Florêncio
Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Maceió, AL
FUNDAMENTO: As doenças cardiovasculares (DCV) são responsáveis por mais de 1/3 das mortes no Brasil. Evidências sugerem aumento dos índices em extratos populacionais menos favorecidos e em mulheres.
OBJETIVO: Identificar a prevalência de fatores de risco (FR) cardiovascular em mulheres com
obesidade abdominal (OA) residentes em um assentamento subnormal de Maceió, AL.
DELINEAMENTO: Estudo do tipo transversal.
MATERIAL: Foram investigadas de agosto a novembro de 2006, 170 mulheres de 18-45 anos com
obesidade central (gestantes excluídas), em uma área de baixa renda de Maceió.
MÉTODOS: Aplicou-se questionário sobre as condições sócio-econômicas, seguido da verificação do peso, altura, Circunferência da Cintura (CC) e Circunferência do quadril e aferição da
pressão arterial (PA). Os pontos de corte para IMC foram de > 25 kg/m2 (sobrepeso) e > 30 kg/m2
(obesidade), RCQ > 0,80 como indicativo de obesidade andróide, e CC > 88 cm, estabelece mulheres com risco cardiovascular muito elevado (RCME). Foram consideradas hipertensas àquelas
com PA sistólica > 140 mmHg e/ou PA diastólica > 90 mmHg, e as que estivessem em uso medicação anti-hipertensiva. Foi utilizado o programa SPSS versão 12.0. Para determinar a associação
entre as variáveis utilizou-se o teste de correlação de Pearson. Na comparação de freqüência, o
teste qui quadrado e para comparar as médias o teste T de Student. Os resultados obtidos foram
considerados significantes quando (p < 0,05).
RESULTADOS: A idade média foi de 31,7 anos (± 7,15). Quase 85% das mulheres não estavam
inseridas no mercado de trabalho e 60% declararam renda familiar menor que um salário mínimo.
As mulheres em sua maioria referiram ter uma união estável. Um terço das mulheres entrevistadas
eram analfabetas e 1/3 delas frequentaram a escola por menos de 04 anos. A prevalência total de
sobrepeso/obesidade foi de 64,7%, 14,1% de hipertensão e 54% delas tinha RCME. Apenas 11%
referiram praticar atividade física (caminhada), enquanto 61,2% afirmam assistir mais de 3 horas
de TV/dia. 34% das mulheres eram etilistas, 23,5% tabagistas e 17% ex-fumantes. Das mulheres
investigadas, 32% referem uso habitual de sal de adição à mesa. A PA esteve positivamente correlacionada com idade, IMC, CC, RCQ e negativamente com escolaridade (p<0,002). As hipertensas
tinham maior faixa etária e RCQ, maior número de filhos e eram mais baixas que as normotensas
(p < 0,02).
CONCLUSÕES: Além da OA, essas mulheres apresentam FR importantes para o surgimento de
DCV. Entre eles: excesso de peso, hipertensão, baixa escolaridade e estatura, sedentarismo, etilismo e tabagismo. A identificação precoce destes FR é fundamental, assim como a adoção de medidas de intervenção com o propósito de prevenir o aparecimento de DCV.
71
02 - Resumos.pm6
71
2/8/2007, 15:39
Resumos
241
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
“REAÇÃO DE ALARME” NA MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL: PREVALÊNCIA EM AMBULATÓRIO TERCIÁRIO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
Carolina de Campos Gonzaga, Antonio Carlos Cordeiro SJ, Márcio G Sousa,
Neusa ER Portela, José C Silva, Leda Lotaif, Eduardo Pimenta, Flávio AO Borelli,
Oswaldo Passarelli Jr, Leopoldo S Piegas, Celso Amodeo
242
BÁSICA
MELHORA AUTONÔMICA ESTÁ ASSOCIADA COM ATENUAÇÃO DAS
DISFUNÇÕES EM UM MODELO EXPERIMENTAL DE SÍNDROME METABÓLICA E MENOPAUSA
Kátia Regina Ponciano, Janaina de Oliveira Brito, Iris Callado Sanches, Marcelo
Velloso Heeren, Maria Cláudia Irigoyen, Kátia De Angelis
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, Brasil
Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP
FUNDAMENTO: A reação de alarme (RA), definida como a diferença entre a pressão arterial
(PA) no consultório e a média da vigília na monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA)
superior a 20 mmHg na PA sistólica e/ou 10 mmHg na PA diastólica pode ser utilizada para inferir
a presença de efeito ou hipertensão do “jaleco branco”.
OBJETIVO: Avaliar prevalência de RA e sua capacidade de discriminar grupos de pacientes com
comportamentos pressóricos distintos.
MATERIAL E MÉTODOS: Avaliamos, retrospectivamente, 1517 pacientes (57,5 ± 13,2 anos;
60% mulheres) submetidos à MAPA (SpaceLabs 90207), entre agosto/2005 e junho/2007. Tomando-se a diferença entre a PA medida em consultório com aparelho digital (OMRON HEM711)
antes da instalação da MAPA e a média da PA na vigília, os pacientes foram divididos em 2 grupos
(A e B) de acordo com a presença ou ausência de RA, respectivamente. Após a divisão, os grupos
foram comparados com relação à idade, sexo, níveis tensionais e número de medicações antihipertensivas.
RESULTADOS: Dos pacientes estudados, 1037 (68,4%) apresentaram RA, enquanto 480 (31,6%)
não apresentaram o evento. Houve diferença entre os grupos com relação a idade, sexo, níveis
tensionais e número de medicações anti-hipertensivas em uso. (Tabela 1)
FUNDAMENTO: Os mecanismos fisiológicos envolvidos nos benefícios do treinamento físico
observados em indivíduos com síndrome metabólica ainda não são claros, principalmente em mulheres pós-menopausa.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do treinamento físico nas alterações
metabólicas, cardiovasculares, autonômicas e renais em ratas ooforectomizadas (OVX) submetidas
à sobrecarga de frutose na água de beber.
MÉTODOS: Foram utilizadas 32 ratas OVX divididas em grupos: sedentário (GOS) e treinado
(GOT), frutose (100 g/L água) sedentário (GFOS) e treinado (GFOT). O treinamento físico (TF)
foi realizado em esteira (8 semanas/5x dia/ 1 hora/dia). A capacidade de exercício, o peso corporal,
os níveis de glicose (G) e triglicerídeos (TG) plasmáticos e a queda constante de decaimento da
glicose (KITT) durante o teste de tolerância à insulina (ITT) foram mensurados. A sensibilidade do
barorreflexo foi avaliada através das respostas bradicárdicas (RB) e taquicárdicas (RT). Os efeitos
vagal (EV) e simpático (ES) foram avaliados através do bloqueio simpático e parassimpático. A
função renal foi avaliada através de parâmetros bioquímicos.
RESULTADOS: A sobrecarga de frutose induziu redução na capacidade de exercício e aumento
no peso corporal, nos níveis plasmáticos de G e TG no GFOS. Por outro lado, a capacidade de
exercício foi aumentada no GFOT quando comparado aos sedentários (GOS e GFOS). O TF reduziu o peso corporal (GFTO: 329 ± 1,5 vs. GFOS: 365 ± 3,4 g), os níveis plasmáticos de G (GFTO:
81,20 ± 0,99 vs. GFOS: 90,08 ± 0,85 mg/dL) e de TG (GFTO: 117,88 ± 4.8 vs. GFOS:194,50 ±
5,11 mg/dL), o KITT e a freqüência cardíaca. O GFTO apresentou melhora nas respostas RB e RT
em relação aos sedentários (GOS e GFOS). O EV foi maior nos animais do GFTO (76 ± 12 bpm)
quando comparado aos GOS (44 ± 2 bpm) e GFOS (45 ± 7 bpm). O ES foi maior nos animais do
GFOS (54 ± 10 bpm) em relação aos animais do GOS (31 ± 6 bpm) e GFTO (20 ± 3 bpm). O TF
induziu redução na excreção de proteína no GFOT quando comparado ao GFOS. Correlações foram obtidas entre: 1) o efeito vagal com o teste de tolerância à insulina (KITT) (r = 0,75) e a
excreção de proteína (r = -0,77); 2) o efeito simpático com a resposta bradicárdica (r = -0.8) e a
excreção de proteína (r = 0,84); 3) as respostas taquicárdicas e bradicárdicas com a excreção de
proteína (r = -0,77 e r = -0,82).
CONCLUSÕES: Estes resultados demonstraram atenuação das disfunções metabólica, cardiovascular e renal associada à melhora da função autonômica após o treinamento físico em ratas
ooforectomizadas submetidas à sobrecarga de frutose, sugerindo que esta abordagem não-farmacológica seja considerada no manejo de mulheres menopausadas com síndrome metabólica.
APOIO FINANCEIRO: CAPES, FAPESP e USJT.
TABELA 1
Idade
Grupo A (n = 1037)
59,1 ± 18,8
Grupo B (n = 480)
53,9 ± 14,9
p
< 0,001*
651 (62,7%)
167 x 95
258 (53,7%)
141 x 85
< 0,001**
< 0,001*
132 x 78
3,21
136 x 83
2,79
< 0,001*
< 0,001*
Sexo feminino
PA Consultório (mmHg)
MAPA vigília (mmHg)
Nº médio medicações em uso
* Teste t student, ** Teste χ2
CONCLUSÕES: A prevalência da RA foi elevada em nossa amostra. Os pacientes que apresentaram RA eram mais idosos, predominantemente do sexo feminino, e estavam em uso de maior
número de medicações.
243
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
PREVALÊNCIA DA DIFERENÇA DE PRESSÃO ARTERIAL NOS MEMBROS
SUPERIORES QUANDO DA INSTALAÇÃO DA MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DE PRESSÃO ARTERIAL (MAPA)
Carolina de Campos Gonzaga, Antonio Carlos Cordeiro SJ, José C Silva, Neusa
ER Portela, Leda Lotaif, Eduardo Pimenta, Marcio G Sousa, Flávio AO Borelli,
Oswaldo Passarelli Jr, Leopoldo S Piegas, Celso Amodeo
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, Brasil
244
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
ANÁLISE COMPARATIVA DA PREVALÊNCIA DOS DIFERENTES ESTÁGIOS
DE HIPERTENSÃO ARTERIAL PELA MEDIDA DE PRESSÃO ARTERIAL (PA)
EM CONSULTÓRIO E PELA MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DA PRESSÃO
ARTERIAL (MAPA)
Carolina de Campos Gonzaga, Antonio Carlos Cordeiro SJ, Neusa ER Portela,
José C Silva, Leda Lotaif, Eduardo Pimenta, Márcio G Sousa, Flávio AO Borelli,
Oswaldo Passarelli Jr, Leopoldo S Piegas, Celso Amodeo
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, Brasil
INTRODUÇÃO: A diferença de pressão arterial (PA) entre os membros superiores tem sido relatada há mais de um século, porém, tanto sua prevalência quanto valores exatos dessa diferença
continuam indefinidos.
OBJETIVO: Avaliar a diferença de PA entre os braços durante instalação da MAPA em ambulatório terciário de hipertensão arterial (HA).
MATERIAL E MÉTODOS: Analisamos retrospectivamente os dados de pacientes que se submeteram a MAPA (SpaceLabs 90207) entre agosto/2005 e junho/2007, em nossa instituição. Os pacientes tinham a PA medida imediatamente antes da instalação da MAPA, em ambos os braços, de
forma consecutiva, em aparelho digital (OMRON HEM711), após 5 minutos de repouso.
RESULTADOS: Inicialmente, foram analisados 1725 pacientes, tendo sido excluídos 44 indivíduos: 21 por falta de dados, 2 por acidente vascular cerebral, 9 por mastectomia, 5 por fratura de
membro superior, 1 por linfedema, 2 por fístula artério-venosa, 3 por estenose vascular e 1 por
estar com acesso venoso. Avaliou-se, então, 1681 pacientes (39,8% homens, 60,2% mulheres) com
idade média de 57 ± 13 anos. As médias de PA encontradas foram igualmente 158 x 92 mmHg em
ambos os membros superiores, porém, analisando-se individualmente cada paciente, houve prevalência de diferença de PA entre os braços conforme mostra a tabela abaixo. Não houve diferença
estatisticamente significativa quanto ao sexo e idade quando dividiu-se os pacientes em 2 grupos,
o grupo A (21,2%) com diferença entre os membros superiores de PAS > 20 mm Hg e/ou de PAD
= 10 mmHg, e o grupo B (78,8%) sem essa diferença.
CONCLUSÕES: Existe alta prevalência de pacientes com diferença de pressão sistólica maior ou
igual a 10 mmHg em nossa população. Tal fato demonstra a importância da verificação da PA nos
dois membros superiores quando da instalação da MAPA e na primeira consulta ambulatorial conforme orienta as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial.
Diferença de Pressão
n
%
> = 10 mmHg
Sistólica
Diastólica
612
272
36,4
16,1
> = 20 mmHg
Sistólica
Diastólica
129
25
7,6
1,4
INTRODUÇÃO: O controle adequado da hipertensão arterial sistêmica (HAS) parece ser subestimado quando da avaliação dos níveis pressóricos em consultório médico (Hypertension, 2007; 49:
62-68).
OBJETIVO: Determinar a prevalência do controle adequado da PA e dos diferentes estágios de
HAS, através da medida da PA em consultório, comparando-se à MAPA.
MATERIAL E MÉTODOS: Avaliamos restrospectivamente 689 pacientes (56,17 ± 13 anos; 423
mulheres) submetidos à MAPA (SpaceLabs 90207) entre agosto de 2005 e janeiro de 2007. A PA
de consultório foi estabelecida pela média de duas medidas (Omron HEM 711) realizadas imediatamente antes da instalação da MAPA. A classificação de HAS na PA de consultório e MAPA foi
realizada de acordo com as recomendações das V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão e da IV
Diretriz Brasileira para uso da MAPA, respectivamente.
RESULTADOS: Houve significativa diferença na prevalência de pacientes com controle adequado da PA, bem como nos estágios II e III de HAS quando da comparação entre a PA de consultório
e a MAPA (vigília), conforme demonstrado na tabela abaixo. (*χ2 Teste: p < 0,0001)
CONCLUSÕES: A PA de consultório superestima os níveis pressóricos de tal forma que a prevalência de indivíduos sem controle adequado da PA é significativamente maior quando da avaliação
pela PA de consultório em comparação com a MAPA.
Consultório
MAPAVigília
PA normal*
(no. pctes/%)
Estágio I
(no. pctes/%)
Estágio II*
(no. pctes/%)
Estágio III*
(no. pctes/%)
152 (22%)
330 (47,9%)
187 (27,2%)
216 (31,3%)
162 (23,5%)
95 (13,9%)
188 (27,3%)
48 (6,9%)
72
02 - Resumos.pm6
72
2/8/2007, 15:39
Resumos
245
BÁSICA
ALTERED REGIONAL BLOOD FLOW DISTRIBUTION IN MAS-DEFICIENT MICE
Botelho-Santos GA1, Alenina N2, Bader M2, Santos RAS1
1
246
TRATAMENTO
CRENÇAS EM SAÚDE DE PESSOAS NEGRAS HIPERTENSAS RELACIONADAS ÀS MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DA DOENÇA
Department of Physiology and Biophysic Federal University of Minas Gerais, 2Max-DelbrückCenter for Molecular Medicine (MDC), Berlin-Buch, Germany
Cláudia Geovana da Silva Pires, Fernanda Carneiro Mussi
We have recently shown that acute infusion of Angiotensin-(1-7) [Ang-(1-7)] or chronic increases
in plasma Ang-(1-7) produces important changes in regional blood flow in rats. In this study, we
performed hemodynamic measurements in Ang-(1-7) receptor Mas knockout C57BL/6 (Mas-KO)
mice and age-matched Wild-type (WT) control mice, using fluorescent microspheres. The mean
arterial pressure of urethane-anesthetized Mas-KO mice (28-36 weeks-old) did not differ from WT
mice (79 ± 1 and 80 ± 3 mmHg, respectively). However, pronounced differences were observed in
other hemodynamic measurements. Mas-KO mice presented a significant decrease in stroke volume (0.03 ± 0.004 vs 0.05 ± 0.007 ml/beat in WT), decreased cardiac index (0.67 ± 0.11 vs 1.1 ±
0.16 ml/min/g in WT) and increased total peripheral resistance (124.5 ± 21 vs 78.3 ± 13 mmHg.ml1
.min.100 g in WT) compared to WT. Strikingly, Mas-KO mice presented a marked increase in
vascular resistance and decrease in blood flow in the adrenal, lung, mesentery, brain, skin, spleen,
testis and brown fat tissue. The decrease in blood-flow varied between 46% (spleen) to 76% (lung).
A less pronounced increase in vascular resistance was observed in the kidney and the heart. These
results suggest that the Ang-(1-7)/Mas axis plays an important role in regional and systemic
hemodynamic adjustments in mice.
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial apresenta elevado índice de prevalência e morbi-mortalidade constituindo-se em problema de saúde pública e sendo imprescindível a sua prevenção e controle. A análise da
literatura mostra que os fatores de risco modificáveis associados à doença implicam na mudança de estilo
de vida, que o patamar de adesão ao tratamento é insatisfatório e que fatores relacionados à terapêutica, ao
sistema de saúde e ao indivíduo interferem na adesão. No que se referem aos fatores associados ao indivíduo pouco foi explorado sobre suas crenças frente às medidas de controle da hipertensão arterial, principalmente em pessoas da cor/raça negra.
OBJETIVO: Analisar as crenças em saúde de pessoas negras hipertensas sobre as barreiras e benefícios
relacionados às medidas de prevenção e controle da doença.
DELINEAMENTO: Trata-se de estudo descritivo e exploratório, de natureza quantitativa, que adotou
como referencial teórico o Modelo de Crenças em Saúde.
PACIENTE OU MATERIAL: A pesquisa foi realizada em um Centro de Saúde do município de Salvador,
com 106 adultos, autodeclarados negros e/ou pardos e com diagnóstico médico de hipertensão arterial há
pelo menos seis meses.
MÉTODOS: Para a entrevista, utilizou-se a “Escala de Crenças em Saúde” extraída da tese de Dela Coleta
(1995), sobre 13 comportamentos relacionados às medidas de prevenção e controle da doença. Para análise
das crenças em saúde, utilizaram-se índices percentuais, freqüência de casos e escores; para verificar a
associação dos fatores sócio-demográficos a essas crenças, utilizou-se a razão de prevalência. Os testes
estatísticos foram verificados no nível de 5% de significância.
RESULTADOS: A análise global mostrou unanimidade na percepção de benefícios para a medida da
pressão arterial e predomínio da categoria “crenças sobre benefícios” para 11 comportamentos de saúde.
Apenas para o comportamento “evitar preocupação”, 63,2% foram classificados na categoria “Indecisos
na percepção de crenças sobre barreiras e benefícios”. Homens e mulheres perceberam diferentemente
benefícios para os comportamentos de saúde, mas essa diferença não foi estatisticamente significante.
Pessoas com idade < 45 anos comparadas a > 54 anos perceberam maior crenças sobre benefícios apenas
para fazer relaxamento, ter horas de diversão e lazer e praticar exercícios físicos. Indivíduos com 1º grau
em relação àqueles com 3º grau perceberam menor benefícios em 10 comportamentos de saúde, sendo a
diferença estatisticamente significante para fazer relaxamento e consultar o médico uma vez por ano. As
pessoas sem companheiros em relação às com companheiros perceberam menor crenças sobre benefícios
em 11 comportamentos de saúde havendo uma diferença estatisticamente significante para consultar o
médico uma vez por ano. Aqueles que recebiam menos de um salário mínimo em relação àqueles com
renda > 3 salários mínimos perceberam menor benefícios para 9 dos doze comportamentos de saúde, exceto para comer menos doce e evitar o consumo de álcool.
CONCLUSÃO: O estudo contribuiu para a identificação de grupos de risco e de indicadores de adesão ao
tratamento e para reflexão da importância de um cuidar que reconheça a subjetividade e a condição sócioeconômica como fatores que podem fortemente influenciar à adesão ao tratamento da hipertensão arterial.
247
248
TRATAMENTO
ADESÃO À TERAPÊUTICA ANTI-HIPERTENSIVA EM USUÁRIOS DE UMA
UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE JOÃO PESSOA, PB
Nilza Maria Cunha Maciel de Oliveira, Clélia Lúcia Sampaio Nunes Araújo, Yana
Karla Muniz de Medeiros, Cleyton Cezar Souto Silva
Unidade de Saúde da Família (USF) – Mangabeira VII “C”, do Distrito Sanitário III, João Pessoa, PB
Escola de Enfermagem da UFBA, Salvador, BA
1
1
1
FUNDAMENTO: A falta de adesão ou adesão inadequada ao tratamento anti-hipertensivo parece ser determinado por vários fatores (idade, escolaridade, sexo, nível sócio-econômico, hábitos de vida), porém, o
que se destaca é o fato da HAS ser, na maioria dos casos, assintomática.A não adesão ao tratamento é um
problema no qual o profissional de saúde se depara ao lidar com esses clientes. Sendo este o principal
problema encontrado na USF Mangabeira VII “C”, foi observado que os usuários querem apenas ser medicados, não dando importância ao autocuidado e controle da HAS. Diante dessa problemática surgiu o
interesse em responder os seguintes questionamentos: Qual a situação da adesão do tratamento anti-hipertensivo dos hipertensos da USF de Mangabeira VII “C”? Quais os fatores que influenciam para a não
adesão no grupo participante do estudo?
OBJETIVO: Identificar a adesão ao tratamento anti-hipertensivo em usuários hipertensos cadastrados na
USF de Mangabeira “VII C”, no município de João Pessoa, PB.
DELINEAMENTO: Estudo epidemiológico descritivo do tipo transversal. A coleta dos dados foi feita de
forma aleatória aos usuários hipertensos cadastrados na Unidade de Saúde da Família participante da pesquisa.
PACIENTE OU MATERIAL: A amostra foi constituída por 41 hipertensos, que corresponde a 30% dos
usuários cadastrados (126) na USF, selecionados aleatoriamente.
MÉTODOS: Foi aplicado um questionário, contendo perguntas fechadas referentes aos objetivos propostos para o referido estudo.Todas as variáveis que fizeram parte do questionário foram agrupadas e analisadas em um banco de dados utilizando-se o Sistema Computacional, através do Programa Statistical for the
Social Sciences – SPSS, V. 10. Foi realizada a descrição em tabelas de freqüências e gráficos de todas as
variáveis contempladas no instrumento de pesquisa inerentes a população do estudo.
RESULTADOS: Características sóciodemográficas, 71% do sexo feminino 65% casados, 36% faixa etária entre 50 a 59 anos, 43,9% nível de escolaridade fundamental incompleto, faixa de renda foi a de 1 a 3
salários mínimos. Quanto a adesão ao tratamento anti-hipertensivo, 68,3% fazem uso diariamente do medicamento; 19,5% algumas vezes 12,2% esquecem de tomar. Tipo de tratamento, 19,5% usam só medicação; 73,2% usam medicação com dieta adequada; 2,4% só controlam a dieta; 4,9% não aderem a nenhum
tratamento. Fatores de risco 70,7% vivem em estresse; 51,2% usam sal; 34,1% não fazem exercícios; 22%
fumantes; 14,6% obesos; 7,3% tem idade avançada; 46,3% familiares hipertensos. Dificuldades para adesão ao tratamento não medicamentoso, 63,4% não aceitam a comida sem sal, 17,1% não tomam medicamentos nos horários; 17,1% não vão à unidade; 12,2% pensam que estão curados e param o tratamento.
CONCLUSÕES: Concluímos, preliminarmente, que os hipertensos da USF pesquisada, ainda encontram
dificuldades para manter o tratamento, devido o mesmo não conseguir se adaptar ao estilo de vida proposto. Esperamos que este estudo possa contribuir para que a USF repense a maneira de lidar com o usuário,
sua família e com o problema da não adesão ao tratamento.
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
TREINAMENTO FÍSICO DE NATAÇÃO INDUZ MELHORA DA PERFUSÃO
SANGÜÍNEA NO MÚSCULO CARDÍACO EM SHR JOVENS VIA MECANISMO
DEPENDENTE DE ADENOSINA
2
Barros JG, 1Roque FR, 2Zamo FS, 1Mattos KC, 2De Angelis K, 2Irigoyen MC,
Oliveira EM
Laboratório de Bioquímica da Atividade Motora, Escola de Educação Física e Esporte da USP,
Instituto do Coração (InCor – FMUSP), Brasil
INTRODUÇÃO: O treinamento físico (TF) aeróbio tem sido bastante utilizado como terapia nãofarmacológica para o tratamento da hipertensão arterial (HA) por induzir adaptações benéficas ao
sistema cardiovascular como melhora na função cardíaca e maior perfusão tecidual. Entretanto, os
efeitos do TF na prevenção da HA são pouco conhecidos, assim como os mecanismos envolvidos
na sua regulação. Diversas são as vias pela qual o TF poderia agir levando a uma maior vasodilatação e a adenosina (Ado) tem sido considerada um importante modulador local de muitos processos
fisiológicos.
OBJETIVOS: Avaliar o efeito do TF aeróbio de natação no fluxo sanguíneo (FS) coronário analisando a participação da formação de Ado, através da via de degradação dos nucleotídeos
extracelulares de adenina, como um modulador local para o processo de vasodilatação em SHR
jovens.
MÉTODOS: SHR machos jovens (1 mês) foram divididos em sedentários (S) e treinados (T) (n =
7 cada grupo). O grupo T foi submetido ao protocolo de natação (60 min/dia, 5 dias/sem, 10 sem,
sobrecarga caudal de 5% do peso corporal). O registro indireto da pressão arterial (PA, mmHg) e
freqüência cardíaca (FC, bpm) foi realizado por pletismografia de cauda. A hipertrofia cardíaca
(HC) foi determinada pela razão do peso da câmara/peso corporal (mg/g). A distribuição do FS
coronário foi avaliada pela técnica das microesferas (mi) coloridas e determinado pelo nº de esferas no tecido/peso do tecido (nº esferas/g) na situação basal e após a infusão de ado (300 ug/kg/
min). A formação de Ado foi avaliada na fração do soro sangüíneo, através da atividade da enzima
5’-nucleotidase e expressa em nmol de Pi liberado/min/mg de proteína. Resultados expressos em
média±erro padrão (p < 0.05).
RESULTADOS: TF por natação atenuou a evolução da HA em SHR jovens (S: 145 ± 2; T: 140 ±
2 mmHg), promoveu bradicardia de repouso (S: 340 ± 4; T: 321 ± 6 bpm) e desenvolveu HC (S:
3.62 ± 0.05; T: 4.06 ± 0.11). Na condição basal, o TF aumentou o FS coronário (S: 4745 ± 2145; T:
6970 ± 2374 mi/coração) e maior resposta vasodilatadora a infusão de Ado também foi observada
(S: 18946 ± 6685; T: 25045 ± 7031 mi/coração). O TF promoveu maior atividade da enzima 5’nucleotidase, levando a maior formação de Ado (hidrólise de AMP S: 0.45 ± 0.09; T: 1.01 ± 0.05).
CONCLUSÃO: O TF atenuou a evolução da HA e promoveu remodelamento cardíaco associado
a aumento no FS coronário, provavelmente mediado pela maior formação de Ado circulante, desempenhando desta forma um importante papel na prevenção da HA em SHR jovens e levando a
uma melhor perfusão sangüínea no músculo cardíaco.
73
02 - Resumos.pm6
73
2/8/2007, 15:39
Resumos
249
TRATAMENTO
250
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
O NUTRICIONISTA E O ATENDIMENTO AO HIPERTENSO NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE
CONTROLE DE HIPERTENSÃO ARTERIAL NUMA POPULAÇÃO DE IDOSOS
Vanille Valério Barbosa Pessoa
Ambulatório de Cardiogeriatria ,Secretaria de Saúde de Caruaru, PE
Mello HMV, Batista RA
Unidade Básica de Saúde do Município de Cabedelo no Estado da Paraíba
O Ministério da Saúde assumiu a partir de 1994, a Estratégia de Saúde da Família (ESF), visando
a reorganização do modelo tradicional, por intermédio da reesquematização da atenção à saúde,
em conformidade com os princípios do SUS. As Equipes do Programa de Saúde da Família (PSF)
devem ser compostas, no mínimo, por 1 médico, 1 enfermeiro, 1 auxiliar de enfermagem, 1
odontólogo e entre 4 e 6 agentes de saúde. Outros profissionais poderão ser incorporados às equipes de acordo com as necessidades e condições locais. O Brasil convive atualmente com um crescimento acentuado na população com idade superior a 60 anos, trazendo consigo o aumento das
doenças não-transmissíveis, destaque para hipertensão. O município de Cabedelo no Estado da
Paraíba tem inserido no quadro do PSF o nutricionista desde o ano de 2001 e sua atuação tem sido
de imensa relevância na prevenção e tratamento da hipertensão arterial (HA). Este trabalho tem
como objetivo principal demonstrar as atividades desenvolvidas pelo nutricionista em uma Unidade Básica de Saúde no município de Cabedelo à população de hipertensos. Os dados foram obtidos
através dos prontuários, dos Boletins de Produção Ambulatorial e das fichas de atendimento
nutricional dos pacientes. O nutricionista tem atuado nas medidas não-medicamentosas do tratamento à HA, orientando quanto a redução do peso corporal (39% dos hipertensos acompanhados
tiveram redução significativa de peso corporal contribuindo para a redução da pressão aretrial),
redução do consumo de sal (foram realizadas 8 palestras, no período de janeiro a junho de 2007,
tratando a respeito da alimentação do hipertenso; foram aplicadas 3 dinâmicas de grupo abordando
o mesmo tema), e aumento do consumo de frutas e verduras. É realizado o controle dietético dos
acompanhados, todos receberam um guia prático sobre a alimentação do hipertenso. É realizado
ainda ações de incentivo ao abandono do etilismo e tabagismo, controle do diabetes (quando associado) e controle das dislipidemias por meio de exames bioquímicos periódicos. Dentre as ações
em desenvolvimento pelo nutricionista destaca-se a criação do grupo de atividade física em parceria com um educador físico, o grupo funcionará três vezes na semana com exercícios de alongamento, relaxamento, caminhadas e palestras a respeito da alimentação. Os resultados da atuação do
nutricionista inserido a equipe do PSF podem ser vistos pela redução do número de Acidentes
Vasculares Cerebrais (AVC), em 2007 não foi registrado nenhum caso na Unidade estudada, aumento do conhecimento do hipertenso a respeito da sua patologia (89% desconhecia a definição de
hipertensão) bem como melhor divisão do trabalho, diminuindo o acumulo de funções e sobrecarga de atividades dos outros profissionais e com melhoria do atendimento do usuário.
251
TRATAMENTO
FUNDAMENTO: A hipertensão é um dos principais agravos à saúde no Brasil, elevando o custo
médico-social, principalmente pelas suas complicações, em especial nos pacientes idosos.
OBJETIVO: Avaliar o percentual de pacientes (pcts) adequados às metas preconizadas pelas V
Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia (V DBHA –
SBC), numa população de idosos da região agreste de Pernambuco.
MATERIAL e MÉTODOS: Analisamos consecutivamente 200 pcts com 60 anos ou mais, atendidos no ambulatório de Cardiogeriatria da Policlínica da Terceira Idade da Secretaria Municipal de
Saúde de Caruaru, no período de janeiro a dezembro de 2006, que, conforme a classificação da
pressão arterial para maiores de 18 anos pela V DBHA – SBC, foram divididos em quatro grupos:
Estágio I = 140-159/90-99; Estágio II = 160-179/100-109; Estágio III = > 180 > 110; Hipertensão
Sistólica Isolada > 140 < 90, estratificado o risco para eventos cardiovasculares pelo escore de
risco de Framinghan e avaliados quanto ao número de fármacos utilizados.
RESULTADOS: No estágio I encontramos 26,5% (71,69% mulheres (m)); Estágio II, 48,5%
(80,41% m); estágio III, 14,5% (27,58% m); Hipertensão Sistólica Isolada 10,5% (42,85% m). Os
pctes foram estratificados em três grupos de risco: 8% baixo; 23,5% médio e 68% alto para doença
arterial coronária (DAC). Quanto ao número de fármacos utilizados: 1 (29%), 2 (31%), 3 ou mais
(39%).
CONCLUSÕES: A obtenção da meta preconizada para o controle da HAS, pela V DBHA - SBC,
é baixa principalmente em pacientes com alto risco para DAC. O número de fármacos utilizados é
elevado o que pode dificultar a aderência ao tratamento neste tipo de população.
252
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
ADESÃO À TERAPÊUTICA ANTI-HIPERTENSIVA EM USUÁRIOS DE UMA
UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE CABEDELO, PB
HIPERTENSÃO ARTERIAL E DÉFICIT COGNITIVO EM IDOSAS
Nilza Maria Cunha Maciel de Oliveira, Alisson Paschoal Câmara Torquato
Ambulatório de Cardiogeriatria ,Secretaria de Saúde de Caruaru, PE
Mello HMV, Batista RA
Unidade de Saúde da Família (USF), do Município de Cabedelo, Paraíba, Brasil
FUNDAMENTO: Verificou-se que durante os últimos dois anos na Unidade de Saúde da Família
do poço em Cabedelo, PB nenhum dado relevante sobre a adesão ao tratamento dos hipertensos
tinham sido levantados, dificultando o trabalho da equipe de saúde em planejar ações específicas.
Considerando a magnitude da Hipertensão Arterial Sistêmica e suas complicações no cenário epidemiológico do Brasil e do município participante deste estudo, surgiu o interesse em realizar este
estudo na tentativa responder aos seguintes questionamentos: qual a situação da adesão ao tratamento anti-hipertensivo dos usuários atendidos na Unidade de Saúde da Família do Poço em
Cabedelo, PB? E quais os fatores que influenciam para a não adesão?
OBJETIVO: Investigar à terapêutica anti-hipertensiva de usuários atendidos na Unidade de Saúde
da Família do Poço em Cabedelo, PB.
DELINEAMENTO: Estudo transversal com abordagem quantitativa. A coleta dos dados foi feita
de forma aleatória, aos usuários hipertensos cadastrados na Unidade de Saúde da Família participante da pesquisa, através de entrevista estruturada com questões fechadas referentes aos objetivos
propostos para o referido estudo.
PACIENTE OU MATERIAL: A amostra foi constituída por 75 hipertensos, cadastrados no Programa de Atendimento ao Hipertenso e Diabético- HIPERDIA, que corresponde a 40% do total da
população hipertensa adscrita na Unidade participante do estudo.
MÉTODOS: A coleta dos dados foi realizada de forma aleatória nos meses de maio a junho de
2006, através de um questionário, contendo perguntas fechadas. Todas as variáveis que fizeram
parte do questionário foram agrupadas e analisadas em um banco de dados utilizando-se o Sistema
Computacional, através do Programa Statistical for the Social Sciences – SPSS, V. 10. Foi realizada
a descrição em tabelas de freqüências e gráficos de todas as variáveis contempladas no instrumento
de pesquisa inerentes a população do estudo.
RESULTADOS: Características sóciodemográficas, 73% do sexo feminino 63% casados, 62,7% faixa etária
maior de 60 anos, 32%, nível de escolaridade fundamental incompleto, 82,7% renda de 1 a 3 salários mínimos.
Adesão ao tratamento anti-hipertensivo: 81,% aderiam ao tratamento medicamentoso; 19% não aderiam ao
tratamento. Fatores de risco: 40,6%, não praticam atividade física, tabagismo 12,5%, redução do sal 5,3%, uso
do álcool 23,8%, motivação para o tratamento: 48% fazem o tratamento por medo das complicações e 40%
fazem para melhorar a qualidade de vida. Medos associados ao tratamento: 32% têm medo de efeitos colaterais, 45,3% medo de ter queda de pressão, 45,3% medo de se acostumar com o remédio, recomendações
mais difíceis: 38,7% perder peso, diminuir o sal 16,% fazer exercícios 18,7%.
CONCLUSÕES: Estudos como este, são de grande importância para todas as pessoas relacionadas direta ou indiretamente ao grupo estudado, especialmente para o serviço que poderá otimizar a
abordagem ao tratamento para com os usuários, sendo assim um trabalho mais efetivo par a obtenção de melhores índices de adesão a terapêutica não medicamentosa e medicamentosa.
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial em idosos é um dos principais fatores de risco para as
doenças cerebrovasculares apresentando forte correlação com declínios cognitivos e demências.
OBJETIVO: Comparar, numa população de idosas da região agreste de Pernambuco, o estado de
cognição entre normotensas, hipertensas tratados não controladas e aquelas adequadas às metas
preconizadas pelas V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de
Cardiologia (V DBHA – SBC).
MATERIAL e MÉTODO: Analisamos 60 pacientes do sexo feminino com 60 anos ou mais,
atendidas no ambulatório de Cardiogeriatria da Policlínica da Terceira Idade da Secretaria Municipal de Saúde de Caruaru, PE, no período de janeiro a dezembro de 2006, divididas em três grupos
de vinte, conforme a classificação da pressão arterial para maiores de 18 anos pela V DBHA –
SBC, em normotensas e hipertensas, controladas e não controladas. Elas foram submetidas ao
Mini Exame do Estado Mental (MEEM) para avaliação cognitiva na consulta inicial, aos quatro e
oito meses de seguimento. O acompanhamento da pressão arterial foi mensal.
RESULTADOS: Na avaliação inicial do grupo de normotensas houve um déficit cognitivo em
leve em 10%; No grupo de hipertensas controladas o déficit leve foi detectado em 20% e moderado
em 5%. No grupo com patologia não controlada encontramos déficit leve em 35% e moderado em
5%. Não houve progressão do déficit cognitivo dos grupos nas avaliações subseqüentes.
CONCLUSÕES: Embora a amostra tenha sido pequena e o tempo de seguimento curto, os achados sinalizam a necessidade de um controle mais agressivo da tensão arterial para prevenção de
distúrbios cognitivos.
74
02 - Resumos.pm6
74
2/8/2007, 15:39
Resumos
253
BÁSICA
RESPOSTAS AGUDAS DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA AO MÉTODO
DROP SET NO TREINAMENTO RESISTIDO
Zélia Maria de Sousa Araújo Santos, Luciana Zaranza Monteiro, Francisco
Erivaldo de Sousa Filho, Itana Lisane Spinato, Frederico Lemos Araújo, Vívian
Saraiva Veras, Mônica Helena Neves Pereira Pinheiro
Mestrado em Saúde Coletiva – Universidade de Fortaleza, Fortaleza , CE
FUNDAMENTO: O treinamento de força, também conhecido como treinamento contra resistência ou treinamento com pesos é uma das modalidades mais praticadas no âmbito dos exercícios
físico. A sua prática está voltada para o desenvolvimento da aptidão física, favorecimento da saúde,
prevenção, reabilitação de lesões, dentre outros. Contudo, sabe-se que para se chegar as metas
desejadas e dependendo das mesmas, existem diversas maneiras de se treinar.
OBJETIVO: Analisar as respostas agudas da pressão arterial de indivíduos não-atletas, praticantes
de musculação, submetidos ao método de treinamento drop-set, no exercício de extensão de joelhos na cadeira extensora.
MÉTODOS: Para isto foram realizados testes de 1RM, 12RM e Drop-set, em 14 alunos de uma
das grandes Academias de Ginástica na cidade de Fortaleza, CE.
RESULTADOS: No repouso, o valor médio da pressão arterial sistólica foi 117,4 mmHg. Em 1
RM, seu valor médio, ficou em 162,9 mmHg. No exercício de 12RM, 177,1 mmHg e no Drop-set,
191 mmHg. Em relação à pressão arterial diastólica, os valores médios para cada exercício proposto, distribuíram-se da seguinte forma: no repouso, o valor médio foi de 79,43 mmHg, 82,1 mmHg
para 1RM e, para 12RM e o Drop-set, 84,8 mmHg e 90,1 mmHg respectivamente. A análise de
variância (ANOVA) evidenciou alterações na pressão arterial sistólica, houve diferença significativa (p < 0,05) nos três exercícios realizados em relação ao repouso, indicando um aumento gradual
com o aumento do esforço. Em relação à diastólica, não houve diferença significativa no exercício
de 1RM em relação ao repouso. Nos exercícios de 12RM e Drop-set, o comportamento da pressão
arterial diastólica situou-se dentro do proposto na literatura, não houve variação importante durante os testes, quando comparada à pressão arterial sistólica.
CONCLUSÃO: Os exercícios contra-resistência envolvendo cargas altas, 1RM e 12RM, representam menor esforço cardiovascular do que exercícios envolvendo muitas repetições, como no Dropset.
255
BÁSICA
254
TRATAMENTO
A SUPLEMENTAÇÃO DE CÁLCIO DIETÉTICO EM OBESOS É CAPAZ DE POTENCIALIZAR OS EFEITOS BENÉFICOS DA RESTRIÇÃO CALÓRICA SOBRE
O PESO CORPORAL, OBESIDADE ABDOMINAL, PERFIL METABÓLICO E NÍVEIS DE PRESSÃO ARTERIAL?
Antonio Felipe Sanjuliani, Márcia Regina Simas Gonçalves Torres, Virginia
Genelhu, Maria de Lourdes Guimarães Rodrigues, Lívia de Paula Nogueira,
Débora Cristina Cupello Niceli, Luana Todesco, Maria Inês Barreto Silva, Emilio
Antonio Francischetti
Clínica de Hipertensão – CLINEX/UERJ, Rio de Janeiro, RJ
FUNDAMENTO: Evidências recentes sugerem que dietas ricas em cálcio auxiliam na redução do
peso corporal, no aumento da sensibilidade à insulina e na melhora do perfil lipídico. Além disto,
a ingestão adequada de cálcio pode ser importante na regulação dos níveis de pressão arterial (PA).
OBJETIVO: Avaliar em obesos, submetidos à restrição calórica, os efeitos da suplementação de
cálcio dietético sobre a perda ponderal, obesidade abdominal, metabolismo glicídico, perfil lipídico e níveis de PA.
DELINEAMENTO: Ensaio clínico randomizado
PACIENTE OU MATERIAL: 39 obesos grau 1 (35 mulheres, 4 homens), com peso corporal
estável, idade entre 22 e 55 anos e baixo consumo habitual de cálcio (< 500 mg/dia).
MÉTODOS: Os pacientes foram randomizados para continuar ingerindo uma dieta pobre em cálcio (DPC) (< 500 mg/dia) (n = 20) ou uma dieta rica em cálcio (DRC) (± 1200 mg/dia), suplementada
com leite em pó desnatado (60 g/dia) (n = 19). Todos os participantes foram orientados a seguir
dieta hipocalórica (-800 Kcal/dia) com níveis similares de macronutrientes, durante todo o período
do estudo (16 semanas).
RESULTADOS: As duas dietas reduziram significativamente as variáveis antropométricas avaliadas. Entretanto, os indivíduos na DRC apresentaram uma maior redução no peso corporal (5,07 ±
0,8 vs 3,84 ± 0,6 kg), circunferência da cintura (7,69 ± 0,9 vs 5,53 ± 0,6cm), relação cintura/quadril
(0,04 ± 0,001 vs 0,03 ± 0,001), gordura corporal (4,29 ± 0,7 vs 3,28 ± 0,5kg) e índice de conicidade
(0,06 ± 0,01 vs 0,04 ± 0,001). A diferença entre as 2 dietas foi significativa em relação ao índice de
conicidade (p = 0,03) e a circunferência da cintura (p = 0,05). A DPC e a DRC causaram reduções
significativas nos níveis séricos de colesterol total, triglicerídeos, insulina, leptina, PA sístolica e
diastólica. A DRC em comparação com a DPC causou maior redução nos níveis de colesterol total
(15,8 ± 4,82 vs 13,10 ± 4,7 mg/dl), triglicerídios (39,6 ± 12,1 vs 25,5 ± 6,8 mg/dl), insulina (3,7 ±
1,2 vs 3,64 ± 1,7 mU/ml), leptina (6,00 ± 2,3 vs 3,46 ± 2,0 pg/ml), PA sistólica (7,79 ± 1,5 vs 5,12
± 1,4 mmHg) e PA diastólica (6,70 ± 1,2 vs 4,36 ± 1,2 mmHg); entretanto sem significância estatística. Apenas os pacientes da DPC apresentaram redução significativa da glicemia. O índice Homa
apresentou redução significativa e semelhante nas 2 dietas.
CONCLUSÕES: Estes achados sugerem que uma DRC pode potencializar os efeitos benéficos da
restrição calórica sobre a obesidade abdominal.
256
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
RELAÇÃO ENTRE ÍNDICES DE ADIPOSIDADE E PRESSÃO ARTERIAL EM
ADULTOS DIABÉTICOS TIPO 2
RESULTADOS DA CAMPANHA DO DIA NACIONAL DE COMBATE A HIPERTENSÃO ARTERIAL DE 2007 EM SHOPPINGS DE BRASÍLIA, DF
Zélia Maria de Sousa Araújo Santos, Luciana Zaranza Monteiro, Carlos Eduardo
Sydney Ballalai, Itana Lisane Spinato, Vívian Saraiva Veras, Virginia Oliveira
Fernandes, Renan Magalhães Montenegro Júnior
Felipe Neto Geraldo, Artiaga Daniel, Dumay Henrique, Mendes Marcela Pereira
Paula Adriana, Cardoso Anne, Souza Diogo, Galli Fernando, Câmara Gabrielle,
Neto Segundo Joaquim, Ferreira Filho Narcélio, Vieira Thiago, Juliana, Lima
Káritas, Costa Walkyria, Schleicher Maria Mouranilda
Mestrado em Saúde Pública – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE
Liga de Hipertensão Arterial (LHA) da Escola Superior de Ciências da Saúde – ESCS, Brasília, DF
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial está associada com aumento na incidência de mortalidade por distúrbios cardiovasculares, além, de ataques cardíacos, distúrbios coronários e cardíacos,
distúrbio arterial periférico e insuficiência renal. A prevalência de sobrepeso e ou obesidade está
associada a um risco aumentado em relação à morbidade e mortalidade.
OBJETIVO: Analisar se existe diferença entre os indicadores de adiposidade corporal pelos níveis
de pressão arterial em adultos diabéticos tipo 2.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo de abordagem quantitativa, descritivo e transversal, com 68
Diabéticos Tipo 2 (DM2), sendo 39 (39,8%) provenientes do Hospital Universitário Walter CantídioUFC (grupo DM-HUWC) e 29 (29,6%) pacientes que eram assistidos no Núcleo de Assistência
Médica Integrada-UNIFOR (grupo DM-NAMI). Para a verificação da composição corporal foi
utilizado aparelho de bioimpedância elétrica (Biodynamics modelo 310e/ versão 8.01). Com a
utilização de uma fita métrica foram realizadas medidas da circunferência do abdômen e do quadril, e calculada a relação cintura/quadril (RCQ). A pressão arterial foi mensurada através do
estetoscópio e esfigmomanômetro aneróide. Na análise estatística foi utilizado o Teste Exato de
Fisher e o Teste Qui-Quadrado.
RESULTADOS: A média de idade no grupo DM-HUWC foi de 50,31 ± 5,93 anos e no grupo DMNAMI a média de idade foi de 51,55 ± 7,24 anos. O tempo médio de diagnóstico do grupo DMHUWC foi de 8,57 ± 6,96 anos e no grupo DM-NAMI foi de 6,93 ± 5,18 anos. O grupo DMHUWC apresentou média de RC/Q igual a 0,97 ± 0,05; e o grupo DM-NAMI apresentou média de
0,95 ± 0,09. No grupo DM-HUWC encontramos 51,3% dos adultos diabéticos com hipertensão e
no grupo DM-NAMI 65,5% dos adultos também eram hipertensos. Em relação à composição corporal, no grupo DM-HUWC 51,3% adultos estavam com sobrepeso e 23,1% eram obesos, no grupo DM-NAMI 48,3% adultos estavam com sobrepeso e 34,5% eram obesos.
CONCLUSÃO: A maioria dos indivíduos diabéticos, aproximadamente 75% deles, apresentou
IMC nos níveis de sobrepeso e obesidade e a maioria dos participantes eram hipertensos. Observamos uma forte relação entre os índices de sobrepeso/obesidade e pressão arterial nesses pacientes
diabéticos. Evidencia-se o planejamento de um programa de Educação Física como o objetivo de
diminuir essa incidência e com isso, melhorar a qualidade de vida dos adultos diabéticos.
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um importante problema de saúde no mundo industrializado devido a sua alta prevalência e representa um fator de risco independente, linear e contínuo para doença cardiovascular. No Distrito Federal, segundo o Hiperdia, há 7.476 hipertensos cadastrados de janeiro de 2002 a junho de
2005. Desse total 8% já tiveram acidente vascular cerebral, 17% são portadores de alguma coronariopatia, sendo a
maioria dos hipertensos, 70%, do sexo feminino. A ação preventiva por meio de campanhas de medida de pressão e
conscientização da população dos riscos decorridos da hipertensão tem impacto no diagnóstico e na redução da
morbimortalidade do paciente hipertenso.
OBJETIVO: Divulgar os resultados da campanha do dia nacional de combate à hipertensão arterial de 2007.
MÉTODOS: Estudo epidemiológico do tipo descritivo realizado com 523 voluntários, maiores de 18 anos, em campanha do Dia Nacional de Combate a Hipertensão Arterial de 2007 em shoppings da região central de Brasília – DF.
Para coleta de dados foi utilizado questionário e aferição da pressão arterial em dois momentos.
RESULTADOS: A Campanha em comemoração ao Dia Nacional de Combate a Hipertensão Arterial atingiu 523
pessoas, das quais 48% eram do sexo masculino e 52% do sexo masculino. Em relação às idades, 38% tinham entre
18 e 39 anos; 41% tinham entre 40 e 59 anos; e 21% tinham mais de 60 anos. Dos entrevistados, 159 referiram-se
hipertensos totalizando 30,4% do total. Quando avaliados, 64 (40,3%) apresentaram pressão arterial alterada.
Tabela 1 – Conhecimento de pressão x pressão arterial
Dos 364 que se referiram normotensos, 66 (18,1%) aprePA normal PA elevada Total
sentaram pressão arterial alterada (Tabela 1).
Referiram-se normotensos
298
66
364
A relação entre pressão arterial elevada à avaliação e Referiram-se hipertensos
95
64
159
idade foi de 13% entre 18 e 39 anos, 33% entre 40 e 59 Total
393
130
523
anos e 56% nos maiores de 60 anos. (Gráfico 1)
Gráfico 1 – Hipertensos por faixa etária
CONCLUSÕES: A campanha do Dia Nacional de Combate a Hipertensão Arterial mostrou sua maior importância
na orientação da população sobre prevenção primária da HAS. A aferição da pressão arterial pela Liga de Hipertensão
Arterial da ESCS identificou 130 pessoas com índices pressóricos alterados, representando 18% dos normotensos e
40% dos hipertensos, os quais foram orientados a seguir investigação clínica.
75
02 - Resumos.pm6
75
2/8/2007, 15:39
Resumos
257
BÁSICA
258
TRATAMENTO
CARDIOMYOCYTES FROM MAS KNOCKOUT MICE SHOW IMPAIRED NO
GENERATION AND CA2+ SIGNALING DYSFUNCTION: NEW INSIGHT INTO
ANGIOTENSIN-(1-7) SIGNALING PATHWAYS
CORRELAÇÃO INVERSA ENTRE PRESSÃO ARTERIAL E QUALIDADE DE VIDA
EM PACIENTES HIPERTENSOS – AVALIAÇÕES PRELIMINARES
Dias-Peixoto MF, Santos RAS, Gomes ERM, Alves MNM, Almeida PW, MartinsCruz J, Rosa M, Fauler B, Bader M, Alenina N, Guatimosim S
1
Recently, there has been growing evidence suggesting that Angiotensin-(1-7) (Ang-(1-7)) beneficial
effects in the heart are mediated by Mas receptor. However, the signaling pathways involved in
these effects in adult cardiomyocytes are unknown. In this study, we investigated the involvement
of Ang-(1-7)/Mas axis in NO generation and Ca2+ handling in adult ventricular myocytes using a
combination of molecular biology, intracellular Ca 2+ imaging and confocal microscopy. Acute
Ang-(1-7) treatment (10 nM) activates eNOS and NO production in adult ventricular myocytes.
These effects were abolished by pre-treatment with A-779 (1ƒÊM), indicating involvement of Mas.
We further confirmed this result by using an animal model of genetic deletion of Mas receptor
(Mas-/-) to investigate the role of Ang-(1-7)/Mas axis in NO production. In Mas-/- cardiomyocytes
Ang-(1-7) failed to increase NO levels confirming the fundamental role of Ang-(1-7)/Mas receptor
in NO generation in cardiac cells. Mas receptor ablation was also accompanied by significant
alterations in endothelial nitric oxide synthase (eNOS) macromolecular complex indicating that
eNOS and its binding partners are important effectors of Mas receptor signaling pathways in
cardiomyocytes. We then investigated the role of Ang-(1-7)/Mas axis on Ca 2+ signaling.
Cardiomyocytes treated acutely with 10 nM Ang-(1-7) did not show changes in Ca2+ transient
parameters such as peak Ca2+ transient and kinetics of decay. Nevertheless, cardiomyocytes from
Mas -/- mice presented reduced and slower peak [Ca 2+] i transients when compared to WT
cardiomyocytes. Lower SERCA2A levels accompanied the reduced transient in Mas -/cardiomyocytes and these results were consistent with the depression of contractility that has been
observed previously in these hearts. Taken together these results show a calcium-independent direct
role of Ang-(1-7)/Mas axis on NO production in adult cardiomyocytes. On the other hand, chronic
Mas deficiency leads to impaired Ca2+ handling and NO production in cardiomyocytes. These
observations suggest that the Ang-(1-7)/Mas axis is a key modulator of cardiomyocyte function.
259
TRATAMENTO
CAPTOPRIL/HYDROPHOBIC CYCLODEXTRIN SYSTEM. A NOVEL PROMISING
FORMULATION OF WATER-SOLUBLE DRUG AS ANTI-HYPERTENSIVE AGENT
Mariangela Burgos de Azevedo(PQ)1, Fabiana Cantos(IC)1 , Carlos Alves de
Carvalho(PQ)1,2, Cynthia Santos3, Danielle Ianzer3, Ruben D. Sinisterra 3, Robson
dos Santos3
1
STQ Tecnologia Química – CIETEC, São Paulo, SP, Brazil; 2DEQUI – UFOP Brasil, 3UFMG,
Brasil
INTRODUCTION: Arterial hypertension is frequently treated using captopril(CP), which is a
first-order drug in the therapy of cardiovascular diseases. 1-[(2S)-3-mercapto-2-methylpropionyl]L-proline, is known as a highly specific competitive inhibitor of angiotensin-I-converting enzyme
(ACE) [1].
OBJECTIVES: Complexation of the drug in a hidrophobic cyclodextrin to modulate its release
and increasing its therapeutical effectiveness.
METHODS: The inclusion complex was prepared as previously described [2] and by the spray
drying method (SD). Briefly, appropriated amounts of CP and CD were dissolved in an organoaqueous mixture. The solution was evaporated under vacuum. For comparison the inclusion complex
(IC) was prepared using the SD method. The characterization was made using thermal analysis
(DSC and TGA) and X-Ray diffractometry (XRD) and infrared (IR). Pre-clinical tests of the
formulation had been made using spontaneously hypertense rats (SHR) with control of the blood
pressure by telemetry.
RESULTS AND CONCLUSION: The DSC curve of CP/CD complex shows an endothermic event
attributed to the release of water molecules entrapped inside the CD cavity with a substantial
reduction in peak area. This result suggests an interaction of the CP within of the CD cavity. The
inclusion complex TGA curve shows a reduction of the lost of water molecules present in the host
cavity as a result of complex formation. The complexation CP/CD resulted in the development of a
sustained-release device that increased the duration and magnitude of hypotensor effect of the ACE
inhibitor. These observations demonstrate the advantages of inclusion compound in the control of
the blood pressure in SHR. These preliminary data suggest that the strategy followed in this work
has full potential for clinical use.
REFERENCES:
Silvia Goldmeier1, Katya Rigatto1,2, Maria Cláudia Irigoyen1,3
Fundação Universitária de Cardiologia, Porto Alegre, RS; 2Fundação Faculdade Federal de ciências Médicas de Porto Alegre, RS; 3Unidade de Hipertensão, Instituto do Coração (InCor), Hospital
das Clínicas da FMUSP
A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma das mais importantes causas de morbi-mortalidade na
sociedade ocidental, e constitui grande fator de risco para desenvolvimento de doença arterial
coronariana, acidente vascular cerebral, doença valvar periférica, insuficiência renal e insuficiência cardíaca congestiva. Dessa forma, é possível que a hipertensão esteja associada a menor qualidade de vida (QV) dos pacientes, representando um desafio à terapia anti-hipertensiva. Este estudo
tem como objetivo correlacionar a pressão artérial (PA) de pacientes com hipertensão de difícil
controle, com os escores de QV desses pacientes. Trata-se de um estudo transversal realizado no
primeiro atendimento a 50 pacientes (26 do sexo feminino) do ambulatório Multi-Has, onde foi
medida a qualidade de vida através do instrumento de QV validado por Pierin e colaboradores
(2005). Nossos resultados mostraram que a média da pressão arterial sistólica e diastólica no grupo
foi de 166 ± 33 e 97 ± 19 mmHg, respectivamente, indicando que a PA não estava bem controlada
nesses pacientes. O Histograma de distribuição mostrou que 60% dos pacientes tinham PA média
(PAM) entre 100 e 140 mmHg. Além disso, houve uma correlação positiva e inversa entre PAM,
nas faixas de 80 a 160 mmHg, e os escores obtidos do instrumento de avaliação da QV (r 2 = 0,93;
p<0,03). Estes achados sugerem que quanto maior a PAM, nessas faixas, menor a QV desses pacientes.
260
TRATAMENTO
DO THE CARDIOVASCULAR EFFECTS OF ACEI INVOLVE ACE-INDEPENDENT
MECHANISMS? NEW INSIGHTS FROM PROLINE-RICH PEPTIDES OF
BOTHROPS JARARACA
1
Danielle Ianzer, 1Gisele M. Etelvino, 1Carlos H. Xavier, 1Jerusa Almeida, 3Vincent
Dive, 2Antonio C. M. Camargo, 1Robson A. S. Santos
1
Laboratório de Hipertensão, Departamento de Fisiologia e Biofísica, ICB, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil; 2Laboratório Especial de Toxinologia Aplicada, Instituto Butantan, São Paulo, SP,
Brasil. 3CEA, Department d´Ingénierie et d´Etudes des Protéines, CE-Saclay, Gif-sur-Yvette, France
FUNDAMENTO: ACE inhibitors were developed based on proline rich oligopeptides found in the
venom of B. jararaca previously known as bradykinin-potentiating peptides (BPPs). However, the
exact mechanism of action of BPPs remains unclear.
OBJETIVO: The role of the ACE in the cardiovascular effects of two of naturally proline-rich
oligopeptides (BPP-7a and BPP-10c) was evaluated in vitro and in vivo.
DELINEAMENTO E MÉTODOS: The role of the ACE in the cardiovascular effects of two of
naturally proline-rich oligopeptides was evaluated in vitro and in vivo. The anti-hypertensive effect
of intravenous BPPs (0.47 – 71 nmol/Kg, n = 5-8) was evaluated in conscious spontaneously
hypertensive rats (SHR), 24 hr after the vein and femoral artery catheters implantation. ACE
inhibition was studied in vitro and in vivo by kinetic assays and by evaluating the effect of BPPs on
the pressor effect of Ang I or the hypotensive effect of BK, respectively.
RESULTADOS: BPP-7a does not potentiate the cardiovascular response to BK and is a weak
inhibitor of ACE C- and N-site (Ki = 40,000 and 70,000 nM, respectively), while BPP-10c is a
strong bradykinin potentiator and inhibitor of ACE C-site (Ki = 0.5 nM vs. 200 nM for N-site).
Strikingly, both peptides in doses ranging from 0.47 to 71 nmol/Kg, produced long-lasting reduction
(> 6 hours) in the mean arterial pressure of conscious SHR (maximal change 45 ± 6 and 53 ± 6
mmHg for BPP-7a and BPP-10c, respectively). The fall in blood pressure was accompanied by
variable degrees of bradycardia. In keeping with the absence of relationship between ACE inhibitory
and antihypertensive activities, no changes in the pressor effect of Ang I or in the hypotensive
effect of BK were observed at the peak of the cardiovascular effects of both peptides.
CONCLUSÕES: Our results indicate that the antihypertensive effect of two BPPs containing the
motif Ile-Pro-Pro, is unrelated to their ability for inhibiting ACE or potentiating BK. These results
are in line with previous observations suggesting ACE inhibition-independent mechanisms for ACEIs.
Synthetic compounds, displaying properties similar to BPPs which produce an antihypertensive
effect without affecting the complex physiological role of ACE, could represent an attractive
alternative for the treatment of human hypertension and other cardiovascular diseases.
SUPPORT: FAPESP. COINFAR Pesquisa e Desenvolvimento.
1. SANTOS RAS; CAMPAGNOLE-SANTOS MJ; PINHEIRO SVB; FERREIRA AJ; Current Hypertension Reviews,
v. 2, p. 219–226, 2006.
2. PATENTS: a) BR0600636-1; 2006; b) PCT/BR2007/000025, 2007
Acknowledgements: FAPESP Project PIPE 05/56073-0
76
02 - Resumos.pm6
76
2/8/2007, 15:39
Resumos
261
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
NITRIC OXIDE AND ANGIOTENSIN II RECEPTORS INFLUENCES THE
PRESSOR EFFECT OF ANGIOTENSIN II CENTRALLY: STUDY IN AWAKE AND
ANAESTHETHIZED RATS
Wilson Abrão Saad1,2,3,5, Ismael Francisco Motta Siqueira Guarda4, Luiz Antonio de
Arruda Camargo3,5, Talmir Augusto Faria Brizola dos Santos1
1
Basic Institute of Biosciences – UNITAU, Taubaté, SP, Brazil. 2Department of Exact and Natural
Science UNIARA, Araraquara SP Brazil. 3Department of Physiology and Pathology School of
Dentistry, Paulista State University, UNESP Araraquara, SP Brazil. 4Department of Anesthesiology
Clinic Hospital State of São Paulo São Paulo, Brazil. 5Department of Physiology, Federal University
of São Carlos SP, Brazil
FUNDAMENTO: Effects of general anesthesia and rennin angiotensin system.
OBJETIVO: We investigated the central role of angiotensin II and nitric oxide on arterial blood
pressure (MAP) in rats. Losartan and PD123349 AT1 and AT 2 as well as FK 409 (a nitric oxide
donor), NW-nitro-L-arginine methyl ester (L-NAME) eNOSI and 7-nitroindazol (7NI) nNOSI were
used.
DELINEAMENTO: Effect of central nitric oxide and angiotensin on arterial blood pressure in
awake and anesthetized rats.
PACIENTE OU MATERIAL: Holtzman strain, (Rattus norvergicus) weighting 200-250
MÉTODOS: Holtzman strain, weighting 200-250 g were anesthetized with zoletil 50 mg/Kg
(tiletamine chloridrate 125 mg and zolazepan chloridrate 125 mg) into quadriceps muscle and a
stainless steel cannula was stereotaxically implanted into their lateral ventricle (LV). Another group
of rats were anesthetized with halothane. Controls were injected with a 0.5 µl volume of 0.15 M
NaCl.
RESULTADOS: Awake Rats: Angiotensin II injected into LV increased MAP (19 ± 3 vs. control 3
± 1 mmHg), which is potentiated by prior injection of L-NAME (26 ± 2 mmHg). 7NI injected prior
to ANGII into LV also potentiated the pressor effect of ANGII but with a higher intensity than LNAME 32 ± 3 mmHg. FK 409 inhibited the pressor effect of ANGII (6 ± 1 mmHg). Losartan
injected into LV before ANG II influences the pressor effect of ANGII (8 ± 1 mmHg). The PD
123319 decreased the pressor effects of ANGII (16 ± 1 mmHg). Losartan injected simultaneously
with FK 409 blocked the pressor effect of ANGII (3 ± 1 mmHg). Anaesthetized Rats: We tested the
same experimental protocol in rats anaesthetized with zoletil 50 mg/Kg (tiletamine chloridrate 125
mg and zolazepan chloridrate 125 mg) into quadriceps muscle. The Zoletil anaesthesia did not
interfere with the effect of the drugs as happens with halothane anesthesia. showing the importance
of the anesthesia in this experimental model.
CONCLUSÕES In conclusion these data suggest the Zoletil anesthesia did not block the mechanism
of ANGII in the control of arterial blood blood. Halothane blocked the feed back mechanism of
ANGII in the control of blood pressure.
SUPPORTE BY: CNPq, FUNADESP-UNIARA, FAPESP, PRONEX, FUNADESP.
263
BÁSICA
ADESÃO DO USUÁRIO HIPERTENSO AO TRATAMENTO NO CONTEXTO DA
RELAÇÃO PROFISSIONAL/USUÁRIO
Juliana Gomes Ramalho Camelo, Zélia Maria de Sousa Araújo Santos, Joselany
Áfio Caetano, Francisca Lucélia Ribeiro de Farias, Itana Lisane Spinato
Dalcastel, Juliana Lima Fonteles
Liga de Hipertensão Arterial do Hospital de Messejana – LHAHM. Mestrado em Saúde Coletiva –
MSC/UNIFOR, Fortaleza, Ceará
FUNDAMENTO: A adesão ao tratamento da hipertensão arterial é fundamental para as mudanças
nos hábitos de vida, como a prática regular de exercício físico, alimentação saudável, controle do
peso, gerenciamento do estresse e abstenção do tabagismo e do álcool. Para tanto, cabe ao profissional de saúde, conduzir o usuário á adesão destas práticas, através de uma abordagem
transformadora e humanista, permeada pela educação em saúde.
OBJETIVO: Analisar o impacto da relação profissional/usuário na adesão ao tratamento da hipertensão arterial.
DELINEAMENTO: Estudo exploratório-descritivo, desenvolvido na Liga de Hipertensão Arterial do Hospital de Messejana – LHAHM, pertencente ao Sistema Único de Saúde - SUS, em
Fortaleza, CE.
PACIENTE: A população foi constituída por 1.600 usuários hipertensos inscritos na LHAHM, e a
amostra foi composta por 400 usuários e sete profissionais que acompanhavam esses usuários na
LHAHM.
MÉTODOS: Os dados foram coletados durante quatro meses, através da entrevista aos usuários e
do questionário aos profissionais, utilizando-se um roteiro estruturado contendo os dados
sociodemográficos e sobre o atendimento.
RESULTADOS: Cerca de 78% dos usuários consideram adequada a linguagem utilizada pelos
profissionais, 86,0% estavam satisfeitos com a acolhida, 80,5% relatavam ter um relacionamento
satisfatório com o profissional, 82.5% referiram liberdade de verbalizar suas dúvidas e queixas.
Constatou-se que 72,3% e 76,5%, respectivamente, estavam satisfeitos com a duração da primeira
consulta e das subseqüentes. No que diz respeito ao diálogo, 73,3% afirmavam que ele estava
presente durante a consulta. Cerca de 85,5% dos usuários e 100% dos profissionais relatam estar
presente na consulta a confiança, e de 69.8% a100%, relatavam sobre o entusiasmo.
CONCLUSÕES: No estudo constata-se que a maioria dos usuários estava satisfeita com o relacionamento estabelecido com o profissional, pois nas consultas haviam bom acolhimento, liberdade
para verbalização, confiança, entusiasmo, valorização diante dos relatos, e diálogo. Entretanto, a
empatia deixava a desejar. Então, mediante esse nível de satisfação, poderá haver influência positiva na adesão dos usuários hipertensos ao tratamento.
262
BÁSICA
SUBFORNICAL ORGAN MEDIATES PRESSOR EFFECT OF ANGIOTENSIN:
INFLUENCE OF NITRIC OXIDE AND L-TYPE CALCIUM CHANNEL
Wilson Abrão Saad1,2,3,5, Ismael Francisco Motta Siqueira Guarda4, Luiz Antonio de
Arruda Camargo3,5, Talmir Augusto Faria Brizola dos Santos1
1
Basic Institute of Biosciences – UNITAU, Taubaté, SP, Brazil. 2Department of Exact and Natural
Science UNIARA, Araraquara SP Brazil. 3Department of Physiology and Pathology School of
Dentistry, Paulista State University, UNESP Araraquara, SP Brazil. 4Department of Anesthesiology
Clinic Hospital State of São Paulo São Paulo, Brazil. 5Department of Physiology, Federal University
of São Carlos SP, Brazil
FUNDAMENTO: To study Voltage dependent calcium channels are involved in ANG II-induced
pressor effect by means of nitrergic mechanism.
OBJETIVO: This study has determined whether voltage dependent calcium channels are involved
in ANG II-induced pressor effect by means of nitrergic mechanism.
DELINEAMENTO: The antipressor action of L-Type calcium channel antagonist, nifedipine, has
been studied when it was injected into the subfornical organ (SFO) prior to ANG II. The influence
of nitric oxide (NO) on nifedipine antipressor action has also been studied by utilizing NW-nitro-Larginine methyl ester (L-NAME) (20µg.0.2µl-1) a nitric oxide synthase inhibitor (NOSI) and 7nitroindazole (7-NIT) (20µg.0.2µl-1), a specific neuronal nitric oxide synthase inhibitor (nNOSI).
PACIENTE OU MATERIAL: Rats Holtzman 200-250 g, with cannulae implanted into the SFO
were injected with ANG II and others drugs.
MÉTODOS: The influence of nitric oxide (NO) on nifedipine antipressor action has also been
studied by utilizing NW-nitro-L-arginine methyl ester (L-NAME) (20µg.0.2µl-1) a nitric oxide synthase
inhibitor (NOSI) and 7-nitroindazole (7-NIT) (20µg.0.2µl-1), a specific neuronal nitric oxide synthase
inhibitor (nNOSI).
RESULTADOS: MAP increase after AII such increase was potentiated by the prior injection of LNAME. Rats pre-treated with either 50 µg.0.2µl-1 or 100 µg.0.2 µl-1 of nifedipine, followed by 25
pmol.0.2 µl-1 of ANGII, decreased ANGII-pressor effect. MAP increase was blocked by the prior
injection of nifedipine. 7- NIT prior to ANGII potentiated the pressor effect of ANGII but with less
intensity than that of L-NAME.
CONCLUSÕES The results described in this paper provide evidence that calcium channels of the
SFO play important roles in ANGII-induced pressor effect.
Supported by: FAPES, CNPq, FUNADESP UNIARA, PRONEX, FUNDUNESP
264
EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
AUTOCUIDADO DA GESTANTE ADOLESCENTE NA PREVENÇÃO DOS FATORES DE RISCO DA SÍNDROME HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ –
SHEG
Mariza Galassi Neves, Zélia Maria de Sousa Araújo Santos, Marlucilena Pinheiro
da Silva, Jennara Cândido do Nascimento, Janaina da Silva Feitoza, Helexciana
Teixeira Fernandes
Núcleo de Atenção Médica Integrada – NAMI/UNIFOR, Fortaleza, CE
FUNDAMENTO: Nas últimas décadas, a gestação na adolescência tem sido considerada um importante assunto de saúde pública, em virtude da prevalência com que esse fenômeno vem ocorrendo ao redor do mundo, e alta mortalidade relacionada à Síndrome Hipertensiva Específica da Gestação – SHEG.
OBJETIVO: Analisar o autocuidado de gestantes adolescentes na prevenção dos fatores de risco
da SHEG.
DELINEAMENTO: Estudo descritivo realizado no Núcleo de Atenção Médico Integrado – NAMI,
com vinte mulheres procedentes da Comunidade do Dendê, atendidas no ambulatório de pré-natal
dessa instituição.
PACIENTE OU MATERIAL: Participaram vinte gestantes adolescentes acompanhadas no ambulatório de pré-natal, entre as trinta e cinco que foram atendidas durantes os meses de setembro e
outubro de 2005, independentemente do estado civil, cor e escolaridade; que apresentaram condições físicas e emocionais para responder aos questionamentos, e que aceitaram participar do estudo.
MÉTODOS: Como técnica de coleta, elegeu-se a entrevista, utilizando um roteiro estruturado,
que conteve os dados: sócio-demográficos, fatores de risco da SHEG, conhecimento, e condutas
relacionadas à prevenção desses fatores de risco; que constituíram as varáveis do estudo. A análise
baseou-se nas informações das gestantes e na literatura selecionada.
RESULTADOS: As gestantes informaram precárias condições sócio-econômicas, baixa escolaridade e outros fatores de risco para SHEG, além da idade: cor negra, história familiar, HA, diabetes
mellitus, doença renal e conflitos emocionais. O conhecimento sobre a prevenção dos fatores de
riscos era restrito a cinco (25%) gestantes, porém resumia-se em informações fragmentadas, e as
condutas preventivas relacionavam-se com o hábito alimentar, a abolição de tabagismo e do alcoolismo, e exercício físico. As gestantes informaram uso restrito de sal, nove (45,0%) optaram por
gordura vegetal, sete (35,0%) preferiram à ingestão de vegetais (frutas e verduras), nove (45,0%)
ingeriam carnes brancas, e quatro (20,0%) não tinham preferência alimentar.
CONCLUSÕES: Constata-se que as adolescentes referiram a prática inadequada das atividades
de autocuidado, com vista à prevenção dos fatores de risco da SHEG, que além da faixa etária,
essas apresentavam outros fatores predisponentes a esse agravo, que eram passíveis de condutas
preventivas e/ou de controle, como é o caso das doenças crônico-degenerativas – HA e diabetes
mellitus.
77
02 - Resumos.pm6
77
3/8/2007, 18:19
Download