O Ensino em Roma

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O Ensino em Roma
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O Ensino em Roma
Cena de escola em Trier. Relevo romano tardio (séc. III A.D.). O mestre e os alunos. Dois deles desenrolam seus
volumina (manuscritos; hoje, livros): o terceiro, à direita, traz a capsa, caixa de madeira que serve para conter e
transportar livros e que contém o necessário para ler e escrever.
A Tradição Latina
O nascimento das Escolas
Latinas
Ensino Superior
Roma adopta a Educação
Grega
O Ensino em Roma
Instrução Primária
Ensino Secundário
As Escolas Cristãs
Bibliografia
Principais Teóricos Romanos
Trabalho realizado por Cristina Fulgêncio e Dulce Silvério no âmbito da cadeira de História e
Filosofia da Educação leccionada por Olga Pombo no ano lectivo 2003-2004.
A Tradição Latina
O florescimento da Civilização Romana não está isento do contágio pelo Helenísmo. De acordo com
as palavras de Horácio: A Grécia conquistada conquistou por sua vez seu selvagem vencedor e
trouxe a civilização ao rude Lácio . Porém, o fosso abissal que separava o "rude Lácio" do elevado
nível cultural atingido pelos Gregos foi rapidamente ultrapassado, como consequência da enorme
facilidade dos latinos para adaptarem e assimilarem os costumes das outras civilizações, em
particular da Civilização Helénica e Helenística.
Constata-se no entanto ter existido alguma resistência à invasão pelo Helenismo. Os pequenos
camponeses do Lácio, por exemplo, protegem-se contra as inovações estrangeiras pelo respeito de
uma tradição ancestral
o mos maiorum. De acordo com esta tradição, o fim da educação é prático e
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social. Espera-se que a educação proporcione à criança o saber necessário para o exercício da sua
profissão de soldado ou de proprietário rural, que inculque a ética que subordina o indivíduo a um
ideal superior
Roma e a Res Publica. O objectivo é formar o cidadão
o civis romanus.
No século II a.c., o pater familias concede à mãe, a matrona romana, os direitos sobre a educação de
seus filhos durante a primeira infância, gozando aquela de uma autoridade desconhecida na
Civilização Grega. Mas, por volta dos 7 anos de idade, a educação da criança passa a estar a cargo de
seu pai ou, na ausência deste, de um tio. Caberá ao pai a responsabilidade de proporcionar ao filho a
educação moral e cívica. Esta passa pela aprendizagem mnemónica de prescrições jurídicas concisas e
de conceitos, constantes nas Leis das XII Tábuas, símbolo da tradição Romana.
Esta forma de educação tem por base a preocupação natural de associar os valores culturais e o ideal
colectivo. Exalta a piedade, no sentido romano do termo pietas que traduz respeito pelos
antepassados. Nas tradicionais famílias patrícias, os antepassados representam orgulhosamente os
modelos do comportamento, repetidos geração após geração.
Quando o adolescente, por volta dos dezasseis anos de idade, finalmente se liberta da toga praetexta
da infância para vestir a toga viril, tem início a aprendizagem da vida pública, o tirocinium fori. O
jovem acompanhará o pai ou, se necessário, um outro homem influente, amigo da família e melhor
posicionado para o iniciar na sociedade. Durante cerca de um ano, e anteriormente ao cumprimento
do serviço militar, o jovem adquire conhecimentos de Direito, de prática pública e da
dizer , concepção romana da eloquência.
arte do
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Roma adopta a Educação Grega
Sabemos que Roma foi incapaz de permanecer imune ao contágio pelo Helenismo. Na constituição do
Império Romano, da baía ocidental do Mediterrâneo até ao mar oriental, ficarão integradas diversas
cidades Gregas. Mas, muito antes do Império, já os etruscos, haviam sido influenciados pelos Gregos
a quem foram buscar o alfabeto, bem como técnicas com vista à aprendizagem da leitura e da escrita.
A influência Helénica não mais cessará de crescer, em particular com a invasão e posterior anexação
da Grécia e da Macedónia no século II a.c..
A partir de então, alguns preceptores gregos (se não de nascimento, pelo menos de formação) apoiam
a educação familiar dos jovens romanos. Na verdade, afugentados pelas agitações do Oriente ou
atraídos pela rica clientela romana, muitos gramáticos, retóricos e filósofos atenienses dirigem-se a
Roma. Serão estes os Mestres responsáveis pelo ensino de jovens e de adultos.
Cedo os Políticos de Roma haviam compreendido que o conhecimento da Retórica ateniense seria um
factor decisivo com vista a melhorar a eloquência dos seus discursos junto das multidões. Com a
Retórica e a formação literária que lhe servia de base, Roma descortinou a pouco e pouco todos os
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aspectos encobertos da cultura Grega. Mas o helenismo não é apenas apanágio de alguns. Ele
impregna toda a Roma, surgindo também na vida religiosa e nas artes, como seja nos teatros que
adoptam os modelos, temas e padrões helenísticos.
Não obstante se reconhecer que os tentáculos da Civilização Helenística se estenderam a todos os
domínios, em nenhum é esta influência tão notória como na cultura do espírito, e, por conseguinte, na
Educação. A original contribuição da sensibilidade, do carácter, e das tradições de Roma, aparecerá
somente sob a forma de retoques de detalhe e pequenas inflexões, favorecendo ou reprimindo alguns
aspectos do modelo educativo da Paideia grega.
Nesse entido, a aristocracia romana recorre, numa primeira fase, a escravos alforriados que a
conquista lhes havia proporcionado e, posteriormente, a Mestres de Grego especializados.
Paralelamente a esta preceptoria particular no seio das grandes famílias surge o ensino público do
grego, ministrado em verdadeiras escolas, umas vezes por escravos gregos que assumem o papel de
Mestres, outras, por Mestres Gregos qualificados. Não satisfeitos com este tipo de educação, muitos
jovens romanos deslocar-se-ão à Grécia para aí completarem os seus estudos.
Um indício marcante sublinha o êxito da influência grega na Educação e em particular no
desenvolvimento da escola. Roma vai buscar ao Helenismo o termo Paedagougos para designar o
escravo incumbido de acompanhar a criança à escola.
"Trabalha, burro, como eu trabalhei, e ser-te-á de muito bom proveito! " Grafito romano de um paedagogium, no
Palatino.
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O Ensino em Roma
No entanto, o ensino em Roma apresenta algumas diferenças significativas face ao modelo educativo
dos gregos e algumas novidades importantes na institucionalização de um sistema de ensino.
O ensino da música, do canto e da dança, peças chave da educação grega, tornaram-se objecto de
contestação por parte de alguns sectores mais tradicionais, que apelidaram estas formas de arte como
impúdicas e malsãs, toleráveis apenas para fins recreativos.
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A mesma reacção de oposição surge contra o atletismo, tão essencial à Paideia. Jamais fazendo parte
dos costumes latinos, as competições atléticas só penetram em Roma por volta do século II a.c., sob a
forma de espectáculos, e sendo a sua prática reservada a profissionais. Os romanos chocam-se com a
nudez do atleta e condenam a pederastia, de que o ginásio é o meio natural. Optam assim pelas termas
em detrimento do ginásio, que consideram exclusivamente um
de cultura .
jardim de recreio
ou um
parque
O Programa educativo romano privilegia assim uma aprendizagem sobretudo literária, em detrimento
da Ciência, da Educação Musical e do Atletismo.
Porém, é aos romanos que se deve o primeiro sistema de ensino de que há conhecimento: um
organismo centralizado que coordena uma série de instituições escolares espalhadas por todas as
províncias do Império. O carácter oficial das escolas e a sua estrita dependência relativamente ao
estado constituem, não apenas uma diferença acentuada relativamente ao modelo de ensino na Grécia,
como também uma novidade importante.
É claro que um tal sistema tende a privilegiar uma minoria que, graças aos estudos superiores,
ascende àquilo que os romanos consideram ser a vida adulta simultaneamente activa e digna ou seja,
uma elite, com uma elevada formação literária e retórica.
O que não impede que, entre a imensidão de escravos que os romanos abastados do Império possuíam
como resultando das suas conquistas, houvesse a preocupação de lhes fornecer, em particular aos
mais jovens, os ensinamentos necessários à prática dos seus serviços. Para tal eram reunidos, nas
casas de seus amos, em escolas as paedagogium - ae entregues a um ou mais pedagogos que lhes
inculcavam as boas maneiras e, em alguns casos, os iniciavam nas coisas do espírito ,
designadamente na leitura, na escrita e na aritmética. É sabido que as casas dos grandes senhores de
Roma dispunham de um ou mais escravos letrados que desempenhavam funções como secretários ou
como leitores.
De qualquer forma, na Roma imperial, os Mestres Gregos são protegidos por Augusto, à semelhança
do que César havia já feito. Também a criação de bibliotecas, como a do Templo de Apolo, no
Palatino, e a do Pórtico de Octávio, é ilustrativa de uma política imperial de cultura.
Esta política, inspirada nas tradições gregas, vai no entanto inflectir algumas práticas anteriores,
delineando no estado romano um conjunto de políticas escolares inovadoras. Uma primeira iniciativa
é da autoria de Vespasiano, que intervém directamente a favor dos professores, ao reconhecer-lhes
uma utilidade social. Com ele se iniciam uma extensa série de retribuições e de imunidades fiscais,
atribuídas a gramáticos e retóricos. Segue-se a criação de cátedras de Retórica nas grandes cidades,
bem como o favorecimento e promoção da instituição de escolas municipais de gramática e de
retórica nas províncias.
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O nascimento das Escolas Latinas
As primeiras escolas latinas são inteiramente, na sua origem, de inspiração grega. Limitam-se a imitálas, tanto no que concerne ao programa, como aos métodos de ensino.
Porém, os romanos vão pouco a pouco organizá-las em três graus distintos e sucessivos: a instrução
primária, o ensino secundário e o ensino superior, aos quais correspondem três tipos de escolas,
confiadas a três tipos de Mestres especializados. As escolas primárias datam provavelmente dos
séculos VII e VI a.c., as secundárias surgem no século III a.c. e das superiores somente há
conhecimento da sua existência a partir do século I a.c.. A data em que surgiram as primeiras escolas
primárias permanece controversa. Pensa-se que o ensino elementar das letras terá surgido em Roma
muito antes do século IV a.c., provavelmente remontando ao período etrusco da Roma dos Reis. Data
do ano 600 a.c. a tabuleta de marfim de Marsigliana d Albegna que possui gravada na faixa superior
do seu quadro um alfabeto arcaico muito completo, destinado a servir de modelo de escrita incipiente
que se exercitava escrevendo na cera da tabuleta.
Tabuleta de marfim de Marsigliana d Albegna
As escolas secundárias terão surgido por volta do século III a.c.. Este atraso relativamente às
escolas secundárias gregas não é merecedor de espanto, se reflectirmos sobre a inexistência de uma
literatura romana propriamente dita, e sabendo-se à partida que o ensino secundário clássico na
Grécia se baseava na explicação das obras de grandes poetas, em particular de Homero. No entanto, é
somente no tempo de Augusto (século I a.c.), que o ensino secundário latino assume a sua forma
definitiva, rivalizando em valor educativo com o grego, quando Cecílio Epirota, um alforriado de
Ático, toma a ousada iniciativa de incluir o estudo de Virgílio e de outros poetas novos nos programas
do Ensino Secundário. Um romano culto será doravante aquele que conhecer a obra de Virgílio, da
mesma forma que um grego conhece na íntegra e recita os versos de Homero sempre que tenha
necessidade de exprimir, ressaltar ou afiançar um sentimento ou uma ideia.
O ensino superior, predominantemente retórico, surge em Roma por volta do século I a.c.. A primeira
escola de retórica latina foi aberta no ano de 93 a.c. por L. Plócio Galo, e pouco tempo depois
encerrada em virtude da censura levada a cabo por alguns sectores da aristocracia romana que se
inquietavam perante o novo espírito
tradição dos antepassados.
que a animava e que consideravam contrário ao costume e à
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Instrução Primária
Se é certo que a iniciação da criança nos estudos fica a cargo de um preceptor particular (em especial
nas famílias aristocráticas), por volta dos sete anos a criança é confiada a um Mestre Primário o
litterator, aquele que ensina as letras , também designado por primus magister, magister ludi,
magister ludi literarii, ou, como viria a ser designado no século IV a.c., o institutor. O primus
magister é, em Roma, mal remunerado e pouco conceituado na hierarquia social.
Tal como na Grécia, também as crianças romanas se faziam acompanhar à escola por um escravo,
designado segundo a terminologia grega por Paedagogus. Este poderia, em determinadas
circunstâncias, ascender ao papel de explicador ou até mesmo de mentor, arcando assim com a
educação moral da criança. O Paedagogus conduzia o seu pequeno senhor à escola, designada por
ludus litterarius, e aí permanecia até ao final da lição. O ensino é colectivo, as meninas também
frequentavam a escola primária, embora para elas o preceptorado privado pareça ter sido a nota
dominante.
Cabe ao Mestre providenciar as instalações. Este resguarda os seus alunos debaixo de um pequeno
alpendre protegido por um toldo pérgula - nas proximidades de um pórtico ou na varanda de
alguma mansão aberta e acessível a todos. Há conhecimento de ter existido em Roma uma escola
abrigada na esquina do Fórum de César. As aulas são portanto essencialmente ministradas ao ar livre,
em local isolado dos barulhos e das curiosidades da rua por meio de um tabique
o velum.
As crianças agrupam-se em torno do Mestre que pontifica da sua cadeira a cathedra - colocada
sobre um estrado. O mestre é muitas vezes assistido por um ajudante, o hypodidascales. Sentadas em
escabelos sem encosto, as crianças escrevem sobre os joelhos.
A jornada escolar da criança romana tinha início muito cedo e durava até ao pôr-do-sol. As aulas
apenas eram suspensas durante as festas religiosas, nas férias de Verão (dos finais de Julho a meados
de Outubro) e também durante as nundinae que semanalmente se repetiam no mercado.
Além da leitura, o programa compreende a escrita em duas línguas (latim e grego) e um pouco de
cálculo no qual se inclui a aprendizagem do ábaco e do complexo sistema romano de pesos e
medidas. Para a aprendizagem do cálculo recorria-se vulgarmente à utilização de pequenas pedras calculi - bem como à mímica simbólica dos dedos.
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Números simbolizados pelos dedos
A técnica aprofundada do cálculo escapa no entanto à competência do primus magister, sendo
ensinada mais tarde por um especialista, o calculator. Este distingue-se do primus magister na
medida em que o seu papel está mais próximo do de um especialista, como os calígrafos ou os
estenógrafos.
Na aprendizagem da escrita começava-se por se aprender o alfabeto e o nome das letras, de A a X,
antes mesmo de lhes conhecer a forma. O nome das letras era seguidamente ensinado ao contrário, de
X a A e posteriormente aos pares, primeiro agrupados segundo uma dada ordem e logo após
agrupados de forma aleatória. Seguia-se a aprendizagem das sílabas, em todas as combinações
possíveis e, por fim, dos nomes isolados. Estes três tipos de aprendizagem constituem as categorias
sucessivas do abecedarii, syllabarii e nomirarri. Antes de passar à redacção de textos era ensaiada a
escrita de pequenas frases bem como máximas morais de um ou dois versos.
O ensino da escrita é simultâneo ao da leitura. A criança escreve em sua tabuleta as letras, palavras ou
textos cuja leitura deverá posteriormente efectuar. Empregam-se a princípio dois métodos alternados:
um que remonta às origens da escola grega e que consiste em guiar a mão da criança para lhe ensinar
o ductus, e outro mais moderno, talvez originário da escola latina, em que se utilizam letras gravadas
em concavidades na tabuleta que a criança retraça usando o estilete de ferro e seguindo o sulco
através da cera. Esta é alisada com o polegar logo que tenha terminado a tarefa, para que assim possa
reproduzir as letras na tabuleta.
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Canetas e stili romanos
Tabuletas ceráceas para escrever, encordoadas junta
Quando surgem o pergaminho e o papiro a criança passa a escrever com uma cana talhada e molhada
em tinta.
Tinteiros romanos
Os livros são feitos com folhas coladas lateralmente e enroladas à volta de uma varinha. Para ler, a
varinha é mantida na mão direita e com a outra mão desenrola-se a folha única.
Associada à leitura e à escrita encontra-se a declamação. A criança é incentivada a memorizar
pequenos textos à semelhança do que ocorria na Grécia.
Recorre-se frequentemente à emulação e mais ainda à coerção, às reprimendas e aos castigos. O
primus magister apoia a sua autoridade na férula, instrumento a que recorre para infringir os castigos
nas crianças. Estender a mão à palmatória , manum ferulae subducere, é na verdade para os
Romanos sinónimo de estudar.
Cena escolar no Forum em Pompéia. Estampado de uma pintura mural.
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Os alunos são agrupados em classes, de acordo com o seu rendimento escolar. O autor (desconhecido)
dos Hermeneumata Pseudodositheana salienta a necessidade de ...levar em conta, para um e para
todos, as forças, o adiantamento, as circunstâncias, a idade, os temperamentos vários e o desigual zelo
dos diversos alunos. Esboça-se uma modalidade de ensino mútuo , em que os melhores alunos
colaboram com o primus magister ensinando aos colegas as letras e as sílabas. O titulos (designação
latina para quadro preto) é também uma invenção romana. Consiste num rectângulo de cartão preto
em torno do qual os alunos se agrupam de pé, ordeiramente..
Estes métodos começam a ser questionados por volta do século I da nossa era, tendo-se registado
desde então uma evolução no sentido de um abrandamento da disciplina em favor de uma indulgência
crescente para com as crianças.A rotina pedagógica foi a aligeirada com a introdução de novas
práticas de ensino que ficam a dever-se a Marco Fábio Quintiliano, reconhecido Professor de
Eloquência que viveu no século I da nossa era.
Marco Fábio Quintiliano
Quintiliano foi o primeiro professor pago pelo estado, no Império de Vespasiano, e teve como alunos
Plínio o Môço e o próprio Imperador Adriano. Quintiliano alerta para a necessidade de se
identificarem os talentos das crianças e chama a atenção para a necessidade de reconhecer as
diferenças individuais e de adoptar diferentes formas de procedimento perante elas. Recomendava
que se ensinassem simultaneamente os nomes das letras e as suas formas, devendo a eventual
imperícia do aluno ser corrigida obrigando-o a reproduzir as letras com o seu estilete na placa dos
modelos, previamente gravada pelo professor. É contrário aos castigos físicos, e portanto ao uso da
férula. Recomenda a emulação como incentivo para o estudo e sugere que o tempo escolar seja
periodicamente interrompido por recreios, já que o descanso é, na sua opinião, favorável à
aprendizagem.
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Ensino Secundário
O ensino secundário é bastante menos difundido que a instrução primária. A maioria das crianças de
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fraca condição social abandonam a escola no final da Instrução Primária, passando então a frequentar
a casa de um Mestre de ensino técnico, por exemplo de Geometria, que os preparará para o exercício
de profissões como a carpintaria.
As restantes crianças iniciam por volta dos doze anos de idade um segundo ciclo de estudos,
continuando rapazes e raparigas a estudar lado a lado. No caso geral de estudos com a duração de três
anos, verifica-se a intervenção do grammaticus, correspondente latino do grammatikus grego, que
ensina Gramática e Retórica.
Cecílio Epirota empreende, em finais do século I a.c., o estudo de poetas latinos seus
contemporâneos, assim se estabelecendo uma formação nas duas línguas que implicará portanto a
participação de dois grammaticus: o grammaticus graecus e o grammaticus latinus. Existiam portanto
duas Instituições paralelas: uma para o estudo da língua e da literatura grega, a outra para o estudo da
língua e literatura romana. A primeira é uma réplica exacta das escolas gregas, a segunda
representava o esforço para salvaguardar as tradições romanas.
À semelhança do que se observava na Grécia, o grammaticus é bastante mais conceituado
socialmente que o primus magister. Também ele instala geralmente os alunos numa pérgula ou numa
residência existindo em Roma, no século IV da nossa era, cerca de vinte estabelecimentos deste tipo.
Requer cerca de seis horas diárias para o ensino da correcção da linguagem, assim como para a
explicação dos poetas. Adopta os princípios da metodologia grega, insistindo na ortografia e na
pronúncia, multiplicando os exercícios de morfologia e preparando com a escrita de redacções a
iniciação à Retórica. O essencial consiste porém no estudo dos clássicos, e sobretudo dos poetas
Virgílio, Terêncio e Horácio.
Os alunos aprendem também algumas noções básicas de Geografia, necessárias para a compreensão
da Ilíada e da Eneida. Estudam também Astronomia,
à cadência de um verso.
...desde que se levanta ou põe uma estrela até
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Ensino Superior
O ensino superior, também designado por ensino retórico, tinha início por volta dos quinze anos de
idade, altura em que o jovem recebe a toga viril, sinónimo da sua entrada na vida adulta. Estes
estudos superiores duravam até cerca dos vinte anos, podendo no entanto prolongar-se por mais
tempo. Tinham como finalidade formar Oradores, já que a carreira política representava o ideal
supremo.
Roma transformou-se num centro excepcional de estudos para os Mestres de Retórica Gregos. É o
caso de Dionísio de Halicarnaso, que viveu em Roma mais de vinte anos (de 30 a 8 a.c.), ali
compondo uma monumental História Romana.
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No século II surgem os representantes da segunda sofística, os quais cultivam um discurso
preciosamente elaborado, bem como a improvisação, perante uma vasta audiência de romanos.
As retóricas latina e grega assemelham-se ainda mais quando o triunfo dos Césares desvia a
eloquência latina da vida política e a confina à arte do conferencista ou do advogado. Os retóricos do
Ocidente latinizam os assuntos que propõem a seus discípulos, ao mesmo tempo que os obrigam a
estudar os clássicos romanos, sobretudo Cícero.
Séneca foi juntamente com Quintiliano, um dos grandes representantes da nova etapa educativa. Esta
deixa de ser assunto particular e adquire um carácter mais técnico que filosófico, passando a aplicarse de preferência a problemas práticos. Nas suasoriae, o aluno é obrigado a pronunciar-se sobre casos
morais; nas controversiae, o futuro orador terá de pleitear um caso em função de textos legais.
O Orador
Marco Túlio Cícero, séc. II a.C.
Para lá do aperfeiçoamento da eloquência e da retórica, o ensino da Filosofia e da Medicina é
essencialmente feito por Mestres Gregos itenerantes, que espalham o seu saber de cidade em cidade.
Com muita frequência, os estudantes latinos vão completar os seus estudos superiores noutras
cidades, nomeadamente em Alexandria e sobretudo em Atenas. Sob o império de Vespasiano é
estabelecido em Roma um Ateneum semelhante ao Mouseîon de Alexandria, para estudos
aprofundados de Retórica. Criam-se cátedras de Retórica que concederam privilégios aos Mestres,
dando assim aos romanos a possibilidade de prosseguirem os estudos na própria pátria.
No âmbito do Direito, Roma desempenha um papel inovador oferecendo aos jovens estudantes uma
aprendizagem prática pasra além de um ensino sistemático. A complexidade crescente da produção
jurídica romana está na origem da fundação de duas escolas superiores de direito em Roma no século
II
a de Labeu e a de Cássio.
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As Escolas Cristãs
Paralelamente às escolas pagãs, a partir dos séculos II e III da nossa era, surgem escolas cristãs,
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criadas inicialmente com o intuito de formar os futuros homens da Igreja dos conhecimentos
necessários à compreensão da mundividência Biblica.
É o caso da escola cristã fundada em Alexandria, escola de ensino superior para a inteligência da fé e
das escrituras, onde, entre outras, se estudavam a filosofia, a geometria, a aritmética com a finalidade
de melhorar o conhecimento das Escrituras Sagradas.
Com legitimação político-religiosa do cristianiosmo sob o Império de Constantino, os cristãos
começam a deprecir a retórica e a cultura pagã e a acusar as escolas que dizem transmitir uma
literatura contrária ao espírito cristão, orientadas para valores diferentes dos do evangelho.
Quando cai o Império Romano, só a estrutura religiosa se mantém de pé e, apenas no seu seio, o
frágil brilho da ideia de escola vai apesar de tudo encontra alguma continuidade. Desaparecidas as
escolas públicas pagãs, caberá agora aos monges, hábeis defensores de todo um património cultural, a
tarefa de ensinar e conservar acesa na noite barbárica a chama da cultura clássica.
Topo]
Principais teóricos
Marco Fábio Quintiliano
Marco Túlio Cícero
Lúcio Annaaeus Séneca
Marco Fábio Quintiliano (40-118)
Nasceu em Calahorra, Espanha, no século I, mas muito cedo se dirigiu para Roma, onde foi discípulo
de Palêmon, gramático de Roma que gozou de grande reputação no século I e de Domício Áfer, um
orador latino.
Era conhecido como advogado e professor de eloquência, tendo-se tornado o primeiro professor pago
pelo estado, no Império de Vespasiano. Ensinou Eloquência durante duas décadas e teve alunos
famosos como Plínio o Môço e o próprio Imperador Adriano. Após deixar o ensino, Quintiliano
redige o De Institutione Oratoria, verdadeiro tratado de educação intelectual e moral.
De Institutione Oratoria é composto por doze volumes, numerados de I a XII, e propõe-se a formar o
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orador, através da exposição pormenorizada dos objectivos da educação, dos programas e das
metodologias a adoptar. O volume I é consagrado à educação da criança na família e na casa do
gramático, onde permanece até cerca dos dezasseis anos de idade, altura em que é guiada até aos
cuidados do professor de retórica. O volume II versa justamente sobre os ensinamentos deste último.
Os volumes III a VII são dedicados aos géneros demonstrativo, deliberativo, judiciário, narração e
argumentação, entre outros. Os volumes VIII a X versam sobre a eloquência, sendo expostos
diferentes arranjos de palavras bem como diversos ritmos oratórios. O volume XI trata da importância
da memória e da acção e finalmente o volume XII refere quais as condições necessárias a um futuro
orador.
Os pressupostos teóricos em que a obra se fundamenta seguem a tradição retórica grega de Isócrates,
tal como foi transmitida por Cícero. O objectivo era a formação do homem bom, hábil no uso da
palavra. O aluno apto para tal formação deveria possuir a excelência moral inata, sem defeitos de
carácter, o qual poderia ser moldado através da disciplina de uma educação completa e profunda.
"Penso que não se deve negligenciar o que é bom se for inato, mas aumentar e acrescer o que lhe
falta." (Vol.II cap.8)
Quintiliano opõe-se à preceptoria particular e considera que a criança deverá começar a frequentar a
escola o mais cedo possível.
De acordo com Quintiliano, o Mestre deverá ser um homem de carácter e de ciência, na medida em
que as suas atitudes e conduta influenciarão de forma determinante o desenvolvimento do aluno.
Quintiliano alerta para a necessidade de se identificarem os talentos nas crianças e coloca a
problemática das diferenças individuais (no que se refere às capacidades e ao carácter) e das formas
de procedimento a adoptar perante elas.
"Trazido o menino para o perito na arte de ensinar, este logo perceberá a sua inteligência e o
seu carácter." (Vol.I cap.3)
O Mestre deverá como tal mostrar-se atento à natureza individual de cada aluno, respeitando-a e dela
fazendo depender o tipo e grau de complexidade das tarefas que lhe são apresentadas.
"A variedade de espíritos não é menor que a dos corpos." (Vol.II cap.8)
"Logo que tiver feito essas considerações, o Mestre deverá perceber de que modo deverá ser
tratado o espírito do aluno." (Vol.I cap.3)
Sugere que os alunos sejam distribuídos por classis (classes) logo a partir da escola primária,
animadas por concursos, dado o pendor das crianças para o jogo.
"O gosto pelo jogo entre as crianças, não me chocaria, é este um sinal de vivacidade e nem
poderia esperar que uma criança triste e sempre abatida mostre espírito activo para o estudo.
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Há pois para aguçar a inteligência das crianças, alguns jogos que não são inúteis, desde que
se rivalizem a propor, alternadamente, pequenos problemas de toda a espécie." (Vol.I cap.3)
Refere ainda a importância do aproveitamento da memória do aluno como peça chave do processo
educativo.
"Nas crianças, a memória é o principal índice de inteligência, que se revela por duas
qualidades: aprender facilmente e guardar com fidelidade." (Vol.I cap.3)
A educação deverá assim contribuir para o desenvolvimento das disposições naturais de cada aluno,
sendo a natureza, para Quintiliano, sinónimo de homem não educado .
"....dirigir a instrução de maneira a ajudar, através dela, o desenvolvimento das disposições
naturais e a favorecer, principalmente, a tendência inata dos espíritos." (Vol.II cap.8)
No que concerne à disciplina, Quintiliano mostra-se contrário ao uso abusivo da férula, por considerar
que a coerção física é não só degradante como também ineficaz.
"...gostaria pouco que as crianças fossem castigadas......Primeiramente porque é baixo e
servil e certamente uma injúria........Além do mais porque se alguém tem um sentimento tão
liberal que não se corrija com uma repressão, também resistirá ás pancadas como o mais vil
dos escravos." (Vol.I cap.3)
Recomenda a emulação e sobretudo o bom exemplo como incentivos para o estudo e sugere que o
tempo que lhe é reservado seja periodicamente interrompido por recreios, já que o descanso é, na sua
opinião, favorável à aprendizagem.
"A todos, entretanto, deve-se dar primeiro um descanso, porque não há ninguém que possa
suportar um trabalho contínuo. É por isso que aqueles cujas forças são renovadas e estão
bem dispostos têm mais vigor e um espírito mais ardente para aprender..." (Vol.I cap.3)
Outra inovação proposta por Quintiliano é a instrução simultânea de diversos conteúdos. Assim a
escola de gramática deveria familiarizar o aluno com toda a literatura, e a escola de retórica, de modo
idêntico, deveria conferir-lhe conhecimentos de música, de aritmética, de geometria e de filosofia.
Quintiliano enumera as qualidades de um bom orador da seguinte forma: conhecimento das coisas
(adquirido por meio do domínio da literatura), bom vocabulário e habilidade para efectuar uma
escolha criteriosa das palavras, conhecimento das emoções humanas e o poder de as despertar,
elegância nos modos, conhecimento da história e das leis, boa dicção, e boa memória. Não obstante,
Quintiliano sustenta que um bom orador, terá que ser necessariamente um bom homem.
"...não é suficiente falar apenas com concisão, subtileza ou veemência... na verdade a
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eloquência é com a cítara: não será perfeita a não ser que todas as cordas estejam bem
afinadas, desde a mais alta até à mais alta." (Vol.II cap.8)
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Marco Túlio Cícero (106-43)
Cícero foi o melhor representante do ensino humanista, uma espécie de educação de carácter
universal, humanística, supernacional. O seu ideal educativo teria um sentido cosmopolita, universal.
De família de ordem equestre, nasceu em Arpino e viveu no período republicano. Estudou em Atenas
e Rodes e teve uma carreira política brilhante em que foi questor, edil e cônsul. Neste último cargo,
destacou-se por se opor a Catilina que queria derrubar o governo e saquear Roma, e por aconselhar o
senado a votar pela morte do conjurado foi apelidado de Pai da Pátria . A sua honestidade era
reconhecida nesta época em que as províncias eram pilhadas e saqueadas. Foi decapitado em Fórmias.
Como escritor, Cícero é a suprema expressão do génio latino influenciado pelo génio grego. Os seus
tratados filosóficos, ao mesmo tempo que monumentos históricos, são modelos de eloquência. Como
escritor produziu muito e entre as suas numerosas obras contam-se, entre outras, Pro Quinctio, Pro
Sexto Roscio Amerino, Pro Tullio, Verrinas, In Catilinam, In M. Antonium orationum
Philippicarum, De Inventione, De Oratore, Partitiones oratoriae, Brutus, Orator, De republica, De
Legibus, Paradoxa Stoicorum, Academia, De finibus bonorum et malorum, Tusculanae Disputationes,
De natura deorum, De senectude, De amicitia, De officiis.
Nesta última obra, escrita em 44 e endereçada a seu filho Marcus, Cícero traça um programa de
estudos e um ideal de vida que gostaria de o ver realizar. O tratado está dividido em três partes. A
primeira trata do homem, a segunda do útil e a terceira examina as relações e conflitos entre o honesto
e o útil. Cícero exorta o filho a estudar Grego, Latim, Filosofia e Oratória e assinala a sua supremacia
no campo da Oratória mostrando que cultivou, como nenhum grego, ao mesmo tempo, a Oratória e a
Filosofia. Num capítulo seguinte, propõe os deveres como tema a ser analisado, e enfatiza a sua
honestidade, princípio que procurou sempre alcançar nas suas acções. Posteriormente, investiga se
todos os deveres são perfeitos, se a honestidade é um facto e se a utilidade não se opõe à honestidade.
Finalmente, mostra o homem como ser racional dotado de instinto gregário e sedento de verdade.
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Lúcio Annaaeus Séneca (4-65)
Séneca era natural de Córdoba, Espanha e viveu a maior parte da sua vida em Roma. É representante
da cultura dos primeiros anos do império. Foi exilado na Córsega por Cláudio e chamado a Roma em
49 por Agripina, tornando-se então preceptor de Nero, que mais tarde, não podendo resistir às
censuras do filósofo, ordenou a sua morte.
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Forma com Epíteto e Marco Aurélio um trinómio de filósofos estóicos que viam na serenidade íntima
o fim último do homem.
De Séneca restaram muitos escritos: Dialogorum libri, De providentia, De vita beata, De tranquillitate
animi, De breviate vitae, Ad Helvian matrem de consolatione; De beneficiis; Ad Lucilium; Algumas
tragédias imitadas de modelos gregos: Hécuba, Medeia, Fedra, Édipo, Agamémnon e outras.
Ad Lucilius (Cartas a Lucilius), obra composta por 124 cartas em 20 livros, é um conjunto de
dissertações estóicas sobre a consolação, a cólera, a clemência, a brevidade da vida, a tranquilidade da
alma, a felicidade. As cartas contêm preciosas observações morais e ensinamentos delicados que não
envelhecerão jamais. Séneca formulou máximas que atravessam os séculos:
Mostra-te surdo às palavras daqueles que te amam muito .
O trabalho é o alimento das almas generosas .
Uma árvore isolada não provoca admiração num lugar em que a floresta é muito alta .
O mal não está nas coisas, está nas almas .
Faz descer a filosofia no fundo do teu coração; alicerça a experiência de teu progresso não
sobre a coisa dita ou escrita, mas sobre a firmeza da alma e a redução dos desejos .
Estas cartas foram lidas e meditadas por muitos espíritos nobres da Idade Média e Renascença tais
como Abelardo, Erasmo, Montaigne ou Roger Bacon, e entre os segundos, .
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Bibliografia
Gal, R. (1979) - A Educação nas Civilizações Antigas, Antepassadas do Mundo Ocidental, A
Educação Romana, in História da Educação, Lisboa: Editora Veja, pág. 40-44.
Giles, T.R. (1987) - A tradição de Roma: a formação do cidadão, in História da Educação, São
Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, pp. 31-43.
Marrou (1966) - Roma adopta a Educação Grega, in História da Educação na Antiguidade, São
Paulo: Herder, pp. 375-394.
Marrou (1966) - As escolas Romanas, in História da Educação na Antiguidade, São Paulo: Herder,
pp. 411-422,
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Monroe, P. (1977) - Os Romanos. A educação como treino para a vida prática, in História da
Educação Actualidades Pedagógicas, São Paulo: Companhia Editora Nacional, pp. 77-93.
Rosa, M.G. (1971) - A História da Educação através dos textos, São Paulo: Editora Cultrix.
Vial, J. e Mialaret, G. (1981) - As origens da
Pedagogia
Grécia e Roma
A Interpretação
Latina, in História Mundial da Educação, Porto : Rés Editora, vol.1, pp. 173-192.
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