Shakespeare - Escola Secundária de Sampaio

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Edição nº 31
setembro a dezembro de 2016
Shakespeare ······································································ 2
Miguel de Cervantes ···························································· 4
Temas na Net ······································································ 5
Atividades 16/17 ·································································· 6
Livros com… ······································································· 9
Os passos em volta ···························································· 10
Recursos Web ···································································· 14
Novidades Livros ······························································· 15
Novidades DVDs ································································ 17
Editorial
Praticamente a acabar o ano, não queríamos
deixar de recordar dois grandes escritores que
marcaram a literatura do seu e do nosso tempo
e que, ao longo de 2016, foram lembrados a
propósito do centenário da morte. Referimonos a Shakespeare e a Cervantes. Por razões
de espaço, tivemos de deixar para um próximo
número o texto dedicado a Vergílio Ferreira de
quem se comemorou, no presente ano, o 1º
centenário do nascimento.
Para além do tema em destaque, as rubricas
habituais – sugestões de leitura em papel e na
rede, as novidades que vão chegando à
biblioteca, as atividades, etc.
No próximo número, falaremos de Alexandre
Farto, mais conhecido como Vhils.
Desejamos um Feliz Natal a todos.
Todos já ouviram certamente o nome
Shakespeare, mas nem todos saberão
concretamente quem foi, nem por que é
tantas vezes mencionado. Este ano, em
que se comemora o quarto centenário da
sua morte, uma forma de lhe prestarmos
homenagem é relembrarmos o homem e
a sua obra.
William
Shakespeare
nasceu
em
Stratford-upon-Avon, Inglaterra, e é
considerado um dos grandes poetas do
seu tempo, “o Bardo do Avon” (Avon é o
nome do rio que banha Stratford), tendo
escrito cerca de 154 sonetos. A sua
fama, porém, foi conquistada não pelos
seus poemas mas pelas suas peças, sendo tido como o maior
escritor de língua inglesa e o dramaturgo dominante do mundo
ocidental. Acredita-se que tenha influenciado a sua língua mais
de que qualquer outro escritor, popularizando termos e frases
que eram utilizados nas conversas do dia a dia. Segundo o
Oxford English Dictionary mais de 3 000 palavras usadas
atualmente devem-lhe a sua introdução. As suas peças estão
traduzidas para todas as principais línguas modernas e são mais
encenadas do que as de qualquer outro dramaturgo.
Shakespeare compôs as suas peças durante os reinados da
rainha Isabel I e do rei Jaime I, uma época favorável ao
desenvolvimento cultural e artístico, sendo o teatro deste
período conhecido como teatro Isabelino, a manifestação de
excelência para os ingleses.
Foi em Londres que Shakespeare alcançou sucesso não só
como dramaturgo, mas também como
ator em muitas das suas peças e
responsável pela companhia de teatro
Lord Chamberlain’s Men, a qual em 1599
construiu, na periferia de Londres,
próximo da margem sul do rio Tamisa, o
célebre teatro The Globe, apreciado por
um vasto público, que incluía a própria
rainha, eruditos e nobres e o auditório
anónimo, que Shakespeare sempre soube
também satisfazer. Mais tarde, com a
ascensão de Jaime I ao trono de
Inglaterra,
a companhia passou a
designar-se The King’s Men.
A
inauguração do The
Globe foi feita com a
peça Henrique V de
Shakespeare e outras
obras
primas
do
grande
dramaturgo foram aí igualmente
estreadas, entre as quais Romeu e
Julieta, Othelo, Hamlet e Rei Lear. Ainda hoje, numa visita a
Londres entre maio e setembro, é possível assistir no
Shakespeare’s Globe, uma reconstrução fiel do teatro original,
que em 1644 foi demolido, a representações de peças de
Shakespeare e de outros grandes autores do seu tempo,
usufruindo da atmosfera de há 400 anos.
Shakespeare escreveu 38 peças que se
dividem em tragédias (exs: Romeu e
Julieta, Hamlet, Rei Lear, Macbeth),
comédias (exs: Comédia dos Erros, Sonho
de uma Noite de Verão, Medida por Medida)
e peças históricas (exs: Henrique V, Ricardo
III). Os seus textos permanecem vivos até
aos nossos dias, sendo revisitados não só
pelo teatro e pela literatura, mas também
pela televisão e cinema. Segundo o Guiness
Book é
o autor com maior número de
adaptações ao cinema e até final do século
XX foram produzidos mais de 400 filmes
baseados nas suas obras.
Mas, a que se deve o valor universal e eterno dos seus textos,
que transcendem o tempo e o espaço? A resposta radica no
conhecimento profundo que Shakespeare tinha da natureza
humana, abordando temas como o amor, os problemas sociais,
as questões políticas, entre outros. Através da profundidade
filosófica e da complexa caracterização das suas personagens,
Shakespeare ilustrou e desenvolveu as motivações, os defeitos e
o comportamento humano, de modo que ao lermos as suas
peças vemos elementos da nossa personalidade a serem
retratados. Não admira, pois, que diversos
filósofos e o “pai” da psicologia, Sigmund
Freud, tenham estudado a sua obra e nela
encontrado uma enorme riqueza psicológica e
existencial. O seu conhecimento está de tal
modo divulgado que raramente haverá
alguém que nunca tenha ouvido falar do
amor proibido entre Romeu e Julieta ou não
tenha já ouvido a frase de Hamlet “ser ou
não ser, eis a questão”, reflexo da hesitação
e dos dilemas desta personagem.
Shakespeare morreu na sua cidade natal a 23 de abril de
1616, coincidindo com o dia de falecimento do autor castelhano
Miguel de Cervantes. Se, aquando da comemoração dos 400
anos do seu nascimento, em 1964, Shakespeare foi a primeira
pessoa fora da família real britânica a ter o seu rosto estampado
num selo do Reino Unido, também este ano, em que são volvidos
400 anos da sua morte, a Royal Mail lhe presta novamente
tributo através de uma coleção de 10 selos, com frases
conhecidas de diversas obras, pretendendo, assim, mostrar a
influência que Shakespeare teve e continua a ter na língua
inglesa.
É inquestionável que William Shakespeare figura entre os
grandes génios literários e dramáticos da literatura mundial de
todos os tempos e, por conseguinte, nunca é demais recordá-lo.
Fernanda Amaral
El ingenioso hidalgo don Quijote de la Mancha
“En un lugar de la Mancha, de cuyo nombre
no quiero acordarme, no ha mucho tiempo que
vivía un hidalgo de los de lanza en astillero,
adarga antigua, rocín flaco y galgo corredor.
(…)Tenía en su casa una ama que pasaba de
los cuarenta, y una sobrina que no llegaba a
los veinte, y un mozo de campo (…).
Es, pues, de saber, que este sobredicho
hidalgo, los ratos que estaba ocioso (que eran los más del año) se daba a
leer libros de caballerías con tanta afición y gusto, que olvidó casi de todo
punto el ejercicio de la caza, y aun la administración de su hacienda; y
llegó a tanto su curiosidad y desatino en esto, que vendió muchas
hanegas de tierra de sembradura, para comprar libros de caballerías (…)
Con estas y semejantes razones perdía el pobre caballero el juicio, y
desvelábase por entenderlas, y desentrañarles el sentido, que no se lo
sacara, ni las entendiera el mismo Aristóteles, si resucitara para sólo ello.”
Miguel de Cervantes Saavedra é
considerado a figura mais importante da
literatura espanhola por ter escrito a
primeira novela moderna e uma das
melhores obras de literatura universal, El
ingenioso Hidalgo don Quijote de la
Mancha, obra editada e traduzida para
inúmeras línguas, proeza apenas superada
pela Bíblia. Nesta obra, Cervantes faz uma
sátira aos romances de cavalaria, sendo o
autor considerado o precursor do realismo em Espanha, pré
anunciado desde El Cantar de Mío Cid.
Foi soldado e um importante poeta, dramaturgo, e novelista
espanhol, nascido em 1547 na cidade espanhola de Alcalá de
Henares. Passou por Madrid, onde foi morar com a família, e
Roma, depois de ter sido mandado prender por Filipe II, acusado
de ferir num duelo um tal Antonio Sigura, em Madrid. A viagem
serviu para fortalecer o seu talento, diante das grandes obras do
Renascimento. Pouco depois participou na Batalha de Lepanto e
anos mais tarde ficou em cativeiro na Argélia, após ter sido
capturado por piratas e passado cinco anos em Argel. Em 1580,
é resgatado pela sua família e por padres trinitários. Ficou para a
história Los Tratos de Argel (O trato de Argel), que ficou inédito
até ao final do século XVIII. Quatro anos mais tarde edita a sua
primeira novela La Galatea. Mantém contato com Luís de
Gongora e com Lope de Vega, importantes literatos da época.
Escreve, além dos poemas dramáticos Los Tratos de Argel, La
Mumancia. Passou ainda por Lisboa onde escreveu peças de
teatro; casou-se com Catalina de Salazar y Palaciose, casamento
que não resultou, uma vez que se separaram após dois anos de
união e sem terem filhos. Apesar de Cervantes nunca falar desta
união, foi o primeiro a trazer para a literatura espanhola o tema
do divórcio, algo até então impossível num país católico, com a
comédia ou entremés, El juez de los divorcios.
Foi nomeado comissário da Real
Armada espanhola. Teve uma filha
bastarda antes do seu casamento, com a
qual nunca se deu bem. No final do
século XVI, foi preso em Sevilha e só no
início do século XVII, mais precisamente
em 1605, publicou a primeira parte de
Dom Quixote e, em 1615, a segunda.
Cervantes morreu na cidade de Madrid,
em abril de 1616.
Consta que se foi inspirando nas suas vivências e nas suas
experiências e leituras para escrever as suas obras magistrais,
de diferentes géneros. Estas conferem-lhe um lugar na história
da literatura universal e convertem-no num autor ao nível de
Dante Alighieri, William Shakespeare, Michel de Montaigne e
Goethe.
É de realçar a coincidência das datas de morte de dois
dos maiores escritores da humanidade, Miguel de
Cervantes Saavedra e William Shakespeare, ambos
com data de falecimento em abril de 1616.
Zulmira Martins
http://cvc.cervantes.es/
Sítio oficial do Instituto Cervantes: recursos e materiais
(literatura, língua, artes, ciência) para professores, alunos e
curiosos.
http://400cervantes.es/cervantes-digital/
Lista de sítios e recursos disponíveis.
https://www.google.com/culturalinstitute/beta/project/
the-routes-of-cervantes?hl=es
Exposições virtuais sobre a vida, a obra e as personagens de
Miguel de Cervantes.
http://www.cervantesvirtual.com/portales/
miguel_de_cervantes/
Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes. Além da obra completa,
estão também disponíveis estudos, documentos sonoros,
imagens, etc.
Apps para telemóvel (iPhone e Android): D.
Quixote (áudio) e as ilustrações de Gustave Doré.
http://cvc.cervantes.es/artes/menc/comic_a.htm
Adaptação em banda desenhada do livro El retablo de las
maravillas escrito por Miguel de Cervantes. Para desfrutar
completamente os dois percursos (Miguel e Cervantes), segue as
instruções dadas no início. No primeiro percurso, ficarás a saber
mais sobre a vida e a obra do escritor; no segundo, lês a
adaptação.
http://shakespeare.mit.edu/
As obras completas de Wiliam Shakespeare divididas por género:
comédia, tragédia, peças históricas e poesia.
http://www.shakespearelives.org/
Página do British Council dedicada a Shakespeare.
http://www.bardweb.net/man.html
Biografia, bibliografia, estudos sobre a obra e a época.
http://www.bbc.co.uk/timelines/z8k2p39
Tábua cronológica.
http://www.folger.edu/shakespeare
Vida, obra, podcasts, recursos para crianças e adolescentes.
https://schoolsonline.britishcouncil.org/classroomresources/list/shakespeare-lives
Recursos por áreas temáticas que podem ser utilizados em sala
de aula com os alunos do ensino básico.
E
Apresentação da BE aos alunos do 9º e
do 10º anos
Ao longo das duas primeiras
semanas de outubro, endereçámos
o convite a todas as turmas do 9º e
do 10º anos para que viessem à BE
(Biblioteca Escolar). A professora
bibliotecária, Idalina Costa, deu as
boas-vindas aos alunos, apresentou
a equipa da BE, explicou as regras
de utilização e de empréstimo e
deu a conhecer alguns aspetos
menos conhecidos ou ignorados por alunos e professores como,
por exemplo, o blogue das bibliotecas do Agrupamento, o
catálogo “online”, a presença da BE nas redes sociais e outras
plataformas. Foi uma forma singela de comemorar o MIBE (Mês
internacional das bibliotecas escolares) e também uma
oportunidade de pôr em prática o lema “Aprende a descodificar o
teu mundo”, pois a PB (professora bibliotecária) referiu-se
também ao modo como se deve pesquisar a informação e estar
atento às armadilhas da web dando algumas dicas sobre a
utilização da Internet.
A professora bibliotecária agradece a todos os alunos e
professores que participaram e colaboraram nesta atividade.
Mais em: http://look.aesampaio.pt/?p=9930
E
MIBE (Mês Internacional das Bibliotecas
Escolares)
Para além da apresentação da BE, no âmbito do MIBE, ao longo
do mês de outubro, houve também a habitual animação das
estantes e de uma das vitrinas da BE. Nos quiosques, foram
também colocadas imagens de bibliotecas antigas (entra as quais
as de Mafra e a Joanina da Universidade de Coimbra) e modernas
com formas arquitetónicas e conceitos arrojados.
E
Isabel Ricardo na BE (bis)
Depois de ter estado connosco na Semana da Leitura 2016,
Isabel Ricardo voltou ao nosso agrupamento para falar dos seus
livros. A escritora apresentou um vídeo sobre o próximo livro (a
publicar em breve), cantou uma lengalenga e respondeu às
(poucas) perguntas dos alunos que participaram neste encontro. E
assim encerrámos o programa do Mês Internacional das
Bibliotecas Escolares.
E Dia mundial da alimentação
Promovida
pelo
PES
(Projeto
de
Educação para a Saúde), no dia 18 de
outubro, os alunos das turmas A e B do
12º ano assistiram a uma palestra com o
título sugestivo “Que o teu alimento seja o
teu melhor remédio”. A Dra. Vera Gamas
(naturologista e homeopata) foi quem nos desvendou os mistérios
de uma alimentação saudável.
E São Martinho na BE
São Martinho, castanhas e vinho? Errado! No
dia de São Martinho, castanhas e … livros! Uma
forma simbólica de assinalar esta efeméride. A
par dos livros embrulhados como se fossem
castanhas, esteve exposta, na BE e nos
quiosques, a lenda de São Martinho.
E As escolhas de…
Começámos com a equipa da BE. Mas, ao longo do
ano letivo, lançamos o desafio a todos os alunos,
professores e funcionários. Propõe-se que os
utilizadores da BE escolham os seus documentos
preferidos (o “top ten”) e os exponham no carrinho
que está junto da estante dos dicionários,
identificando-se. Participa!
E 11ª edição do Concurso Nacional de
Leitura
Como é habitual, respondemos presente. Até ao
dia 7 de dezembro, os alunos do 7º ao 12º puderam
inscrever-se na 11ª edição do Concurso Nacional de
Leitura (CNL). A 12 de janeiro, farão a prova a nível
de escola e os três melhores, em cada escalão,
representarão o Agrupamento na fase distrital.
Seguir-se-á a prova nacional no mês de junho ou
julho.
E Dia Nacional do Mar (16 de
novembro)
No âmbito do projeto “Ler+ Mar”,
as bibliotecas da EBC (Escola Básica
do Castelo) e da ESS (Escola
Secundária de Sampaio), propuseram
algumas (pequenas) atividades para
assinalar a efeméride.
No dia 16 de manhã, três turmas (3º
e 4º anos) da EBJI de Sampaio
vieram à BE da ESS assistir à
projecção do filme À procura de Dory.
Na BE da EBC, os alunos de duas
turmas do 7º ano viram A vida de Pi.
Para além dos filmes, nas vitrinas e
nas estantes da BE, estiveram
expostos
documentos
e
livros
relacionados com a temática do mar,
foram oferecidas réguas alusivas ao
tema (na ESS) e houve peixes para colorir e expor na EBC. Numa
das paredes de vidro da BE da ESS, pôde também ver-se uma
enorme onda. E, na EBC, uma aiola em tamanho real.
E Palestra da Amnistia Internacional
(“Discriminação, refugiados e imigrantes”)
No dia 18 de novembro, por iniciativa do
professor Pedro Francisco (Geografia),
realizou-se, na BE, em duas sessões, uma
palestra, dinamizada por um elemento da
Amnistia Internacional, subordinada ao
tema
“Discriminação,
refugiados
e
imigrantes”. Para acabar de vez com os
preconceitos e promover a tolerância e
respeito pela diferença e pelo outro, o dinamizador apresentou
exemplos concretos de figuras conhecidas que, sendo diferentes,
se destacaram na luta pelos direitos humanos, nas artes, na
política e até no futebol.
E “Scary movie” na Biblioteca (Dia das
Bruxas)
No dia 31 de outubro, por iniciativa do grupo de Inglês, as
travessuras chegaram, em dose dupla, sob a forma de filme. De
manhã, foi a vez de Hansel e Gretel e, à tarde, The Crow. Não
faltaram as abóboras e, quanto aos doces, também os houve…
E Apresentação da peça “Noite da
liberdade”
No dia 22 de novembro, a pedido
do professor Nuno Nabais (História), o
diretor do Teatro Municipal de
Almada, Rodrigo Francisco, esteve na
BE a fazer a apresentação da peça
“Noite da liberdade” de Ödön Von
Horváth, um dramaturgo nascido na
Hungria. A peça, que é encenada pelo
próprio Rodrigo Francisco, baseia-se
nos confrontos ocorridos em 1930 na
cidade de Murnau, na Baviera, que
opuseram os defensores da República
alemã aos nacional-socialistas. O
encenador, sempre em diálogo com
os alunos presentes, contextualizou
historicamente a ação e explicou as
razões que levaram à escrita do texto,
estabelecendo algumas comparações com o ambiente vivido
atualmente na Europa, onde grassam exemplos de intolerância e
de xenofobismo.
No final da apresentação, foram lidos alguns excertos da peça por
alunos que participaram nesta apresentação.
ARTE
Vincent e Van Gogh (Gradimir Smudja)
Nascido a 1 de julho de 1956, na exJugoslávia, Gradimir Smudja emigrou
para a Suíça e, mais tarde, foi viver
para a cidade de Lucca, em Itália. No
álbum Vincent e Van Gogh, o desenhador presta homenagem ao pintor holandês contando aquilo que ele considera
ser a parte menos conhecida do público
– “toda a gente sabe quem foi Van
Gogh, mas ninguém conhece Vincent”.
Vincent, neste caso, é um gato, ou melhor, um génio a quem Van Gogh deve,
segundo Smudja, o talento. Neste livro
(o primeiro volume de uma série de
dois), o desenhador imita na perfeição
alguns dos quadros do pintor holandês.
A descobrir na biblioteca da tua
escola.
Ver também: https://www.youtube.com/watch?v=RiXiCcFVffs
Título emprestado a Herberto Helder
Neste número, destaque para os museus, uns mais perto, outros
mais longe de nós, uma exposição, um espectáculo de circo e um
concerto.
Museu Marítimo de Sesimbra
Inaugurado em 31 de maio, dia do
Pescador, o Museu Marítimo de
Sesimbra mostra “a ligação de
Sesimbra ao mar e à pesca, cujas
evidências histórias nos transportam
até há 5 mil anos, é apresentada ao
público de uma forma organizada e
sistematizada,
onde
as
novas
tecnologias convivem, lado a lado, com o saber dos homens do
mar.
O Museu está dividido por temáticas que ocupam vários
espaços existentes na Fortaleza de Santiago. A receção situa-se
junto ao Posto de Turismo, à entrada do monumento. Depois de
adquirir o ingresso e ser devidamente enquadrado, o visitante
poderá circular pelos vários espaços e optar por organizar a sua
própria visita.
Como forma de promover a ligação à comunidade local e de
aproximar os munícipes à história da sua terra, as entradas são
gratuitas para moradores no concelho, que podem pedir um
cartão de utente para o efeito.”
Horário:
De terça a domingo, das 10 às 13 e das 14.30 às 17.30
horas. De 1 de junho a 15 de setembro, o museu funciona das
15.30 às 19 e das 20.30 às 23 horas. As entradas são
encerradas uma hora antes do fecho do equipamento.
in http://www.cm-sesimbra.pt/pages/1544
MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e
Tecnologia)
Recentemente inaugurado (a
5 de outubro), o MAAT, junto à
Central Tejo, atraiu milhares
de pessoas e até março de
2017 a entrada custa 5 € e
inclui o acesso a
todas
as
exposições,
sendo
gratuita
para todos no primeiro domingo de cada mês. Para crianças e
jovens até 18 anos e professores, a entrada é sempre gratuita.
Trata-se de “um museu que cruza três áreas num espaço de
debate, de descoberta, de pensamento crítico e de diálogo
internacional. Um projeto inovador que coloca em comunicação
um novo edifício, desenhado pelo atelier de arquitetura Amanda
Levete Architects, e a Central Tejo, um dos exemplos nacionais
de arquitetura industrial da primeira metade do século XX, e um
dos polos museológicos mais visitados do país.
O MAAT traduz a ambição de apresentar exposições nacionais
e internacionais com o contributo de artistas, arquitetos e
pensadores contemporâneos. Refletindo sobre grandes temas e
tendências atuais, a programação apresentará ainda diversos
olhares curatoriais sobre a Coleção de Arte da Fundação EDP.”
Aberto das 12 às 20h; encerra às terças-feiras e nos dias 25 de
dezembro, 1 de janeiro e 1 de maio.
in https://www.maat.pt/pt/sobre
Título emprestado a Herberto Helder
Varekai (Cirque du Soleil)
De 5 a 15 de janeiro de 2017, MEO Arena
O Cirque du Soleil está de volta com um
dos espectáculos mais emocionantes da
companhia e qualidade garantida. Para
miúdos e graúdos. Uma excelente maneira
de começar o ano. Não há bela sem
senão: é que os preços não são muito
convidativos (de 37€ a 80€), mas, por
uma vez na vida, vale (mesmo) a pena.
“Esta história, que viaja por uma
cativante floresta no interior de um vulcão
habitado por excêntricas e encantadoras
criaturas, estará em exibição entre 05 e 15
de janeiro de 2017, no MEO Arena.
Nas profundidades de uma floresta estabelecida no interior
dentro de um vulcão, existe um extraordinário mundo, um
mundo onde tudo é possível. Um mundo chamado Varekai.
Um jovem solitário cai dos céus e assim começa a história de
"Varekai". Caindo de paraquedas no meio de uma floresta
misteriosa e mágica, um lugar fabuloso habitado por criaturas
de mil metamorfoses, este jovem homem lança-se numa
aventura absurda e intrigante. Neste lugar longínquo, onde tudo
é possível, inicia-se uma celebração à redescoberta da vida.
A palavra Varekai significa “em qualquer lugar” na língua dos
ciganos, os eternos nómadas. Este espetáculo é uma
homenagem ao espírito nómada, à alma e à arte da tradição do
circo, bem como à paixão infinita de todos os que continuam a
sua busca no caminho que leva até o Varekai.”
in http://ticketline.sapo.pt/evento/CIRQUE-DU-SOLEIL-VAREKAI-13037
Concerto: Moonspell
Campo Pequeno - 4 de fevereiro 2017 | 22h00
“Os Moonspell têm a honra de anunciar
uma data para Lisboa, a propósito da
comemoração
dos
vinte
anos
do disco Irreligious.
A procura foi tanta, os fãs da capital tanto
exigiram, que a banda cumpriu e irá
apresentar-se ao vivo dia 4 de Fevereiro
2017, no seu primeiro concerto do ano.
Tocará na íntegra, e por ordem, três dos seus
discos: Wolfheart (editado
em
1995);
Irreligious (disco de Prata em Portugal à sua
saída em 1996) e o aclamado Extinct, último disco editado pela
banda.
No ano em que comemoram 25 anos como banda (19922017) os Lobos Portugueses regressam a Lisboa para continuar
a escrever a sua história em conjunto com as personagens
principais desta verdadeira saga: a sua alcateia, a sua cidade,
um ritual de todos quantos vivem debaixo deste muito
particular feitiço.
Depois
de
Guimarães
e
por
demanda
dos
fãs,
os Moonspell levam até à sala lisboeta um espectáculo único,
intenso e visualmente irresistível com um alinhamento que
nunca mais se repetirá.
Uma produção para ficar na história da banda e dos seus fãs em
Portugal.”
http://ticketline.sapo.pt/evento/MOONSPELL-20-ANOS-IRRELIGIOUS-15485
Título emprestado a Herberto Helder
Exposição: José de Almada Negreiros
“No dia 2 de fevereiro de 2017, a
Fundação
Calouste
Gulbenkian
inaugura a exposição «José de
Almada Negreiros: uma maneira de
ser moderno», antológica da obra
de um artista que catalisa a
vanguarda nos anos de 1910 e
atravessa todo o século XX.
Isto de ser moderno é como ser elegante: não é uma
maneira de vestir mas sim uma maneira de ser. Ser
moderno não é fazer a caligrafia moderna, é ser o
legítimo descobridor da novidade.
José de Almada Negreiros na conferência Modernismo, 1926
Autor profuso e diversificado, Almada (1893-1970) pôs em
prática uma conceção heteróclita do artista moderno,
desdobrado por múltiplos ofícios. Toda a arte, nas suas várias
formas, seria, para Almada, uma parte do «espetáculo» que o
artista teria por missão apresentar perante o público, fazendo
de cada obra, gesto ou atitude um meio de dar a ver uma ideia
total de modernidade.
A exposição apresenta um conjunto de obras que reflete a
condição complexa, experimental, contraditória e híbrida da
modernidade. A pintura e o desenho mostram-se em estreita
ligação com os trabalhos que fez em colaboração com
arquitetos, escritores, editores, músicos, cenógrafos ou
encenadores. Esta escolha dá também visibilidade à presença
marcante do cinema e à persistência da narrativa gráfica ao
longo da sua obra. Juntam-se ainda obras e estudos inéditos
que darão a conhecer diferentes facetas do processo de
trabalho artístico de José de Almada Negreiros.”
in https://gulbenkian.pt/museu/evento/jose-almada-negreirosmaneira-moderno/ (ver também atividades complementares)
Ilustração de David Rubín
Excerto de Entremes del retablo de las marauillas
GOB.- ¿Y que quiere dezir retablo de las marauillas?
CHAN.- Por las marauillosas cosas que en el se enseñan y muestran, viene a ser llamado retablo de las marauillas; el qual fabricó y
compuso el sabio Tontonelo, debaxo de tales paralelos, rumbos,
astros y estrellas, con tales puntos, caracteres y obseruaciones,
que ninguno puede ver las cosas que en el se muestran, que tenga
alguna raza de confesso, o no sea auido y procreado de sus padres
de legitimo matrimonio; y el que fuere contagiado destas dos tan
vsadas enfermedades, despidase de ver las cosas jamas
vistas ni oydas de mi retablo.
Miguel de Cervantes
Excerto de Dom Quixote
Preguntóle si traía dineros;
respondió don Quijote que no
traía blanca, porque él nunca
había leído en las historias de
los caballeros andantes que
ninguno los hubiese traído. A
esto dijo el ventero que se engañaba; que,
puesto caso
que en las historias no se escribía, por haberles parecido a
los autores dellas que no era
menester escrebir una cosa
tan clara y tan necesaria de traerse como eran dineros y camisas limpias, no por eso se había de creer
que no los trujeron; y así, tuviese por cierto y averiguado que todos los caballeros andantes, de que
tantos libros están llenos y atestados, llevaban bien
herradas las bolsas, por lo que pudiese sucederles;
y que asimismo llevaban camisas y una arqueta pequeña llena de ungüentos para curar las heridas
que recebían, porque no todas veces en los campos
y desiertos donde se combatían y salían heridos
había quien los curase, si ya no era que tenían algún sabio encantador por amigo, que luego los socorría, trayendo por el aire, en alguna nube, alguna
doncella o enano con alguna redoma de agua de tal
virtud que, en gustando alguna gota della, luego al
punto quedaban sanos de sus llagas y heridas, como si mal alguno hubiesen tenido. Mas que, en tanto que esto no hubiese, tuvieron los pasados caballeros por cosa acertada que sus escuderos fuesen
proveídos de dineros y de otras cosas necesarias,
como eran hilas y ungüentos para curarse; y, cuando sucedía que los tales caballeros no tenían escuderos, que eran pocas y raras veces, ellos mesmos
lo llevaban todo en unas alforjas muy sutiles, que
casi no se parecían, a las ancas del caballo, como
que era otra cosa de más importancia; porque, no
siendo por ocasión semejante, esto de llevar alforjas no fue muy admitido entre los caballeros andantes; y por esto le daba por consejo, pues aún se lo
podía mandar como a su ahijado, que tan presto lo
había de ser, que no caminase de allí adelante sin
dineros y sin las prevenciones referidas, y que vería
cuán bien se hallaba con ellas cuando menos se
pensase.
Miguel de Cervantes
Recursos WEB
http://portaldoastronomo.org/
O NUCLIO é uma instituição sem fins lucrativos criada em
2001 por astrónomos profissionais e amadores. Os seus
objetivos são a divulgação e o ensino da Ciência, em
particular da Astronomia e Astrofísica. Aliando investigadores
ativos em vários domínios de ponta da Astrofísica Moderna,
bem como experientes astrónomos amadores e professores
dedicados, o NUCLIO pretende ser uma referência no meio
que se dedica, em Portugal, a atividades de divulgação
científica e formação de professores.
O Portal do Astrónomo nasceu no início de 2002 e desde essa
data têm-se mantido online, com uma atividade mais ou
menos intensa. Durante estes 13 anos, o Portal passou por
várias alterações visuais e tecnológicas e acumulou também
uma enorme quantidade de conteúdos.
Esta última encarnação do Portal do Astrónomo foi ativada no
início de 2016 e representa uma mudança radical no visual e
na organização do site. Para não perder o acesso a todos os
conteúdos antigos, o site antigo continua ativo tendo mudado
de nome para “Portal do Astrónomo Vintage“, sendo acessível
através do Menu no fundo do novo site.
in http://portaldoastronomo.org/quem-somos/
http://www.cnc.fr/web/fr/dossiers-pedagogiques
Dossiers pedagógicos com a sinopse de cerca de 425 filmes e
ainda análise por sequências, informação sobre realizadores e
atores e pistas de trabalho para a sala de aula.
Enciclopédia do Museu do Prado
https://www.museodelprado.es/aprende/enciclopedia
Trata-se de um projeto editorial e de
investigação levado a cabo pela Fundación
Amigos del Museo del Prado que reúne
informação completa sobre a história e as
coleções do Museu do Prado (1808 biografias de artistas – de A a Z -, 168 obras
-primas, 228 exposições). As entradas
desta enciclopédia são escritas por especialistas espanhóis e estrangeiros
Homens bons (Arturo Pérez-Reverte)
Eis, até agora, o último romance traduzido em
português deste escritor espanhol (em outubro,
saiu em Espanha Falcó, um livro cuja acção
decorre na Europa dos anos 30 e 40). Em
Homens bons, conta-se a “épica aventura de
dois homens que quiseram mudar o mundo
através dos livros”.
A ação, baseada em factos reais, decorre no
séc. XVIII. Dois homens viajam, em segredo, até
Paris com a missão de levarem para Espanha os 28 volumes da
Encyclopédie de Denis Diderot e Jean D’Alembert. E porquê em
segredo? Pelo simples facto de que se tratava de uma obra
que, apesar de ser (ou porque era) a mais representativa do
Iluminismo, estava proibida pela Inquisição espanhola. Alguém
os quer impedir de alcançar esse objetivo e, por isso, as
peripécias sucedem-se.
A par dessa história, podemos ler uma outra: a do escritor
que pesquisa e trabalha na feitura do seu romance. Segundo o
autor, a introdução de “alguns segmentos em que o narrador
explica o seu ofício, [possibilita] elipses e saltos na história,
muito úteis para resumir em duas linhas o que teria
necessitado de páginas e páginas de explicações.”
Já disponível para consulta local e domiciliária na BE.
Mais sobre o escritor e as obras já publicadas:
http://www.perezreverte.com/ (em castelhano)
http://expresso.sapo.pt/cultura/2016-10-05-Arturo-PerezReverte-Escrevo-romances-para-ser-feliz (entrevista à revista do
jornal Expresso)
Uma estranheza em mim (Orhan Pamuk)
É o romance mais recente de Orhan Pamuk,
Prémio Nobel da Literatura (2006) e já está
disponível na BE para consulta local e
domiciliária.
SINOPSE
“O novo romance de Orhan Pamuk combina
uma história de amor marcante com um retrato
muito pessoal de Istambul e das profundas mudanças aí
ocorridas entre 1969 e 2012. Mevlut viu [aquela mulher (na
verdade, ainda uma menina)] apenas uma vez e foi o suficiente
para se apaixonar. Após três anos de cartas enviadas em
segredo, decidem fugir. A escuridão da noite auxilia a fuga mas
a luz de um relâmpago revela um engano terrível que os
marcará para sempre. Chegados a Istambul, Mevlut decide
aceitar o seu destino seguindo os passos do pai. Todas as
noites vende boza, uma bebida tradicional turca, esperando um
dia enriquecer. Durante quatro décadas, acompanhamos
Mevlut pelas ruas de Istambul, o seu olhar face às alterações
que ocorrem e as diferentes pessoas com quem se cruza.”
in https://www.wook.pt/livro/uma-estranheza-em-mim-orhan-pamuk/18680906
Os Indomáveis F. C. - O mundo é uma
bola (Álvaro Magalhães)
SINOPSE
“Ricardo e o irmão mudam de casa e procuram,
na nova cidade, um sítio onde jogar futebol. Há
um clube com camadas jovens e uma boa escola
de futebol, mas eles acabam a jogar num
descampado com outros rapazes. Em liberdade.
"E se fizéssemos um clube?", perguntou, um dia, o Ricardo. E
tudo começou nesse momento. Eis, pois, a história contada por
ele: uma equipa, um treinador, um nome, um equipamento,
um clube: Os Indomáveis F. C.”
In https://www.wook.pt/livro/os-indomaveis-f-c-o-mundo-e-uma-bola-alvaromagalhaes/17817358
A amiga genial (Elena Ferrante)
Primeiro de quatro volumes, A amiga genial é o
primeiro romance de Elena Ferrante a chegar à
nossa biblioteca. Segundo o The New York
Times, «Elena Ferrante é uma das grandes
escritoras contemporâneas.» Nós, que já lemos
a tetralogia, confirmamos. Os quatro livros são
não só a história de uma amizade entre duas
mulheres,
marcada
por
conflitos
e
acontecimentos trágicos, mas também a história de uma
cidade, Nápoles, e das mudanças políticas e sociais desde os
anos 60 do séc. XX até ao início do séc. XXI. Tudo contado de
uma forma, por vezes, demasiado crua, mas viciante.
A
verdade é que não queremos parar de ler e, chegados ao fim
do quarto volume (na nossa opinião, o melhor de todos se é
legítimo estabelecer uma hierarquia entre eles), despedimonos daquelas personagens como se elas fizessem parte do
nosso mundo e quiséssemos que elas regressem de novo às
nossas vidas porque, visível ou invisivelmente, nos marcaram,
nos fizeram sair de nós tal como acontece sempre que nos
apaixonamos. As personagens de Elena Ferrante, sobretudo as
femininas, são humanas, “demasiado humanas”. Em vez dos
estereótipos normalmente associados à figura feminina na
literatura e no cinema, as mulheres dos romances de Elena
Ferrante espelham a mesquinhez e a grandeza, a inveja e a
solidariedade, o amor e o ódio sempre inseridas num
quotidiano muitas vezes marcado pela ferocidade e pelo
abjecto.
Mas, afinal, quem é Elena Ferrante, uma escritora italiana,
de Nápoles, que desafia classificações e se afirma como uma
das mais geniais autoras da actualidade? A pergunta, até há
bem pouco tempo, fazia capas de revistas e jornais literários,
pois, a par do fenómeno literário, havia ainda esse
mistério. Com efeito, a escritora sempre prezou o anonimato –
segundo a autora, “Já fiz o suficiente por esta história. Escrevia.” O resto é privado: não dá entrevistas a não ser por escrito,
não existe uma única fotografia sua publicada, não participa
em nenhum acontecimento público. Agora, e na sequência de
uma investigação levada a cabo por jornalistas de várias
revistas, parece ter-se descoberto a verdadeira identidade da
autora. Será Anita Raja, tradutora de literatura alemã.
SINOPSE
“A Amiga Genial é a história de um encontro
entre duas crianças de um bairro popular nos
arredores de Nápoles e da sua amizade
adolescente.
Elena conhece a sua amiga na primeira classe.
Provêm ambas de famílias remediadas. O pai de
Elena trabalha como porteiro na câmara
municipal,
o
de
Lila
Cerullo
é
sapateiro.
Lila é bravia, sagaz, corajosa nas palavras e nas acções. Tem
resposta pronta para tudo e age com uma determinação que a
pacata e estudiosa Elena inveja.
Quando a desajeitada Lila se transforma numa adolescente
que fascina os rapazes do bairro, Elena continua a procurar
nela a sua inspiração.
O percurso de ambas separa-se quando, ao contrário de Lila,
Elena continua os estudos liceais e Lila tem de lutar por si e
pela sua família no bairro onde vive. Mas a sua amizade
prossegue.
A Amiga Genial tem o andamento de uma grande narrativa
popular, densa, veloz e desconcertante, ligeira e profunda,
mostrando os conflitos familiares e amorosos numa sucessão
de episódios que os leitores desejariam que nunca acabasse.”
in https://www.wook.pt/livro/a-amiga-genial-elena-ferrante/16191003
Arrábida por fora e por dentro : guia do
património natural do concelho de
Sesimbra
(NECA
Núcleo
de
Espeleologia da Costa Azul)
Trata-se de uma oferta da Câmara Municipal de Sesimbra
através do SABE (Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares).
“Arrábida por Fora e por Dentro é um documento bastante
interessante e completo que dá a conhecer não só o que está à
vista, especialmente a vasta flora e fauna que aqui
encontraram condições ideais para a sua proliferação, mas
também a beleza e riqueza das grutas descobertas pelo NECA.
O livro exibe em 110 páginas perto de 600 imagens recolhidas
ao longo de 12 anos, o que dá uma ideia da importância deste
documento para um melhor conhecimento desta região. A obra
é complementada com a apresentação de percursos pedestres,
mapas e um glossário em português e inglês sobre as
caraterísticas da região da Arrábida.”
(in http://www.cm-sesimbra.pt/frontoffice/pages/1077?news_id=4814)
As novidades são estas:
Os Maias - Cenas da Vida Romântica (2014 – 139 min.), de
João Botelho
Entre Afonso da Maia e o seu neto Carlos, constrói
-se o último laço forte da velha família Maia.
Formado em Medicina na Universidade de Coimbra e
posteriormente educado numa longa viagem pela
Europa, Carlos da Maia regressa a Lisboa no outono
de 1875, para grande alegria do avô. Nos catorze
meses seguintes, nasce, cresce e morre a comédia e
a tragédia de Carlos como a tragédia e a comédia de
Portugal.
A vida ociosa do médico aristocrata, invariavelmente
acompanhado pelo seu par amigo, o génio da escrita e de obras
“inacabadas”, o manipulador João da Ega, leva-o a ter amigos, a
ter amantes e ao dolce fare niente, cheio de convicções. Até que
se apaixona de verdade por uma mulher tão bela como uma
madona e tão cheia de mistérios, como as heroínas da estética
naturalista. Uma personagem nova num romance esteticamente
revolucionário. A vertigem: paixão louca para lá dos negrumes do
passado, um novo e mais negro precipício, o incesto. Mesmo
sabendo que Maria Eduarda é a irmã, a paixão de Carlos não
morre e vai ao limite. E depois termina abruptamente porque o
velho Afonso da Maia morre para expiar o pecado terrível do seu
neto, neto que era a razão da sua existência.
E então em vez da morte do herói, nova invenção de Eça. Carlos
e Ega partem para uma longa viagem de ócio e de pequenos
prazeres. Dez anos depois, voltam a encontrar-se em Lisboa tão
diferente e tão igual, a capital de um país a caminho da
bancarrota. Os Maias, escrito pelo genial Eça de Queiroz, grande,
melodramático, divertido e melancólico, aponta um destino sem
remédio, tanto para a família Maia como para Portugal.
O sal da terra (2014 – 105 min.), de Wim Wenders e Juliano
Robeiro Salgado
Nos últimos 40 anos, o fotógrafo Sebastião
Salgado viajou por todos os continentes, na peugada
de uma humanidade sempre em mutação.
Testemunhou alguns dos maiores eventos da nossa
História recente; conflitos internacionais, a fome e o
êxodo. Embarcou recentemente numa viagem à
descoberta dos territórios virgens, fauna e flora, das
paisagens
grandiosas
num
enorme
projeto
fotográfico que presta tributo à beleza do planeta.
A vida e o trabalho de Sebastião Salgado são-nos revelados
pelo filho, Juliano, que o acompanhou nas suas últimas viagens,
e por Wim Wenders, também ele fotógrafo.
João Bénard da Costa: outros amarão as coisas que eu
amei (2015 – 75 min.), de Manuel Mozos
Uma homenagem ao cinema a pretexto da
extraordinária vida de João Bénard da Costa, diretor
da Cinemateca Portuguesa durante 18 anos mas
também ator, cinéfilo, escritor inspirado e leitor
criativo. Esta é uma inusual biografia que conta a
vida do homem através dos seus amores, medos e
contemplações, impressas na arte da pintura, do
cinema e literatura. Da pintura barroca à literatura
de Borges, João Bénard da Costa: Outros
Amarão as Coisas que Eu Amei, é o amado diário
de um homem universal.
O que comemos, SA (“Food, Inc.”) (2014 –90 min.), de Robert
Kenner
Em O que comemos S.A., o cineasta Robert
Kenner levanta o véu sobre a indústria alimentar
americana,
expondo
o
sistema
altamente
mecanizado que tem sido ocultado ao consumidor
americano, com o consentimento das agências
reguladoras, USDA e FDA. O fornecimento de
alimentos é agora controlado por um punhado de
corporações que muitas vezes colocam o lucro à
frente da saúde dos consumidores, da subsistência
do agricultor norte-americano, da segurança dos trabalhadores e
do nosso próprio ambiente.
Os peitos de frango cada vez maiores, a costeleta de porco
perfeita, sementes de soja resistentes a herbicidas e até tomates
que não se estragam, mas também temos novas estirpes de E.
coli - uma bactéria nociva que afeta anualmente cerca de 73.000
americanos. A obesidade generalizada tem
aumentado
assustadoramente, especialmente entre as crianças, bem como o
nível epidémico de diabetes entre os adultos.
Contendo entrevistas com especialistas como Eric Schlosser
(Fast Food Nation), Pollan Michael (The Omnivore's Dilemma, In
Defense of Food: An Eater's Manifesto), juntamente com alguns
testemunhos visionários de empreendedores sociais como Gary
Hirshberg (Stonyfield) e Joel Salatin (Polyface Farms)', O que
comemos S.A., revela surpreendentes - e muitas vezes
verdadeiramente chocantes – realidades sobre o que comemos,
como os alimentos são produzidos, em quem nos tornamos e
para onde nos dirigimos.
A ponte dos espiões (Bridge of spie ”) (2015 – 141 min.), de
Steven Spielberg
Início da década de 1960. Os EUA e a União
Soviética encontram-se em plena Guerra Fria. A 1 de
Maio de 1960, um U-2 (avião de reconhecimento
norte-americano) sobrevoava o território soviético
quando é atingido pelo inimigo. Francis Gary Powers,
o piloto, consegue sobreviver ao saltar de páraquedas, mas é posteriormente capturado e feito
prisioneiro. A sua captura transforma-se num
problema de Estado pois, se Powers ceder, pode revelar
informações fundamentais que porão em causa muitas das
estratégias militares dos EUA. É então que James B. Donovan, o
advogado encarregado de defender Rudolf Abel, um espião do
KGB capturado anos antes pelo FBI, é contactado para negociar a
libertação do piloto em troca da libertação do seu ex-cliente, a
cumprir 30 anos de pena de prisão. Mesmo sem experiência em
negociações deste nível, Donovan viaja até Berlim (Alemanha),
onde se torna numa peça essencial dos negócios entre os Estados
Unidos e a União Soviética. Num esforço para fazer o que é
correto e cumprir a sua missão, Donovan vê-se enredado num
ambiente de tensão política entre dois pólos inimigos. E ele sabe
que qualquer passo em falso pode significar o início de uma
guerra entre duas superpotências e a consequente morte de
milhares de inocentes.
Com realização do veterano Steven Spielberg, o elenco conta
com Tom Hanks, Mark Rylance, Amy Ryan e Alan Alda, entre
outros. PÚBLICO
À procura de Dory (“Finding Dory”) (2016 – 95 min.), Angus
MacLane e Andrew Stanton
Dos criadores da Disney Pixar, vencedores do
Óscar com o filme À procura de Nemo (Melhor Filme
de Animação, 2003), eis uma épica aventura
subaquática repleta de imaginação, humor e
emoção. Quando Dory, a peixe que se esquece de
tudo, de repente se lembra que tem uma família que
pode estar à procura dela, inicia, juntamente com
Marlin e Nemo, uma desafiante jornada para
encontrá-los com a ajuda de Hank, um polvo, Bailey,
uma beluga que tem a certeza de que as suas
aptidões estão no ponto, e Destiny, uma baleia com miopia.
O velho e o mar (“The Old Man and The Sea”) (1954 – 84
min.), de John Sturges
Adaptação
da
famosa
novela
de
Ernest
Hemingway que conta a história de Santiago
(Spencer Tracy), um velho lobo-do-mar viúvo e sem
filhos que está a passar por um mau bocado: há 84
dias que não consegue pescar um único peixe. Todos
os habitantes da povoação gozam com ele, exceto
uma criança (Felipe Pazos) que o espera todos os
dias no cais e o ajuda a recolher todos os seus
aparelhos de pesca. Ambos decidem que o dia
seguinte será bom para a pesca do peixe-espada e Santiago sai a
pescar no dia 85 decidido a capturar o maior peixe jamais
pescado alguma vez. Ainda é de noite quando se levanta, prepara
todo o material e lança-se ao mar com o seu pequeno barco. Em
alto-mar, o velho coloca diferentes iscas. De repente, a sua sorte
vai mudar. Não há terra à vista. Agora, em alto-mar, o velho
segura na sua linha o maior peixe jamais pescado.
E ainda:
Almeida
Garrett
(4
documentos
vídeo:
inclui
o
documentário Grandes Livros – Viagens na minha terra e uma
minibiografia do autor)
Sonnet 8
Music to hear, why hear'st music sadly?
Sweets with sweets war not, joy delights in joy:
Why lov'st thou that which thou recei'st not gladly,
Or else receiv'st with pleasure thine annoy?
If the true concord of well tuned sounds,
By unions married do offend thine ear,
They do but sweetly chide thee, who confounds
In singleness the parts that thou should'st bear:
Mark how one string sweet husband to another
Strikes each in each by mutual ordering;
Resembling sire, and child, and happy mother,
Who all in one, one pleasing note do sing:
Whose speechless song being many, seeming one,
Sings this to thee thou single wilt prove none.
Hamlet (Act III, scene 1)
HAMLET
To be, or not to be? That is the question—
Whether ’tis nobler in the mind to suffer
The slings and arrows of outrageous fortune,
Or to take arms against a sea of troubles,
And, by opposing, end them? To die, to sleep—
No more—and by a sleep to say we end
The heartache and the thousand natural shocks
That flesh is heir to—’tis a consummation
Devoutly to be wished! To die, to sleep.
To sleep, perchance to dream—ay, there’s the rub,
For in that sleep of death what dreams may come
When we have shuffled off this mortal coil,
Must give us pause. There’s the respect
That makes calamity of so long life.
William Shakespeare
Ficha Técnica
Edição
Escola Secundária de Sampaio
Biblioteca Escolar
Redação e colaboração
Idalina Costa
Maria João Cordeiro
Fernanda Amaral
Zulmira Martins
Grafismo e Paginação
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