Processadores Introdução O processador é o principal componente de um computador, sendo muitas vezes chamado de "cérebro da máquina". Isso porque é o processador que executa, com auxílio de dispositivos como memórias e discos rígidos, todas as operações no computador. O processador é um chip responsável por buscar e executar instruções presentes na memória do computador. Ele também é conhecido por CPU (Central Processing Unit - Unidade Central de Processamento). As instruções (processos) que ele executa consistem em operações matemáticas e lógicas, além de operações de busca, leitura e gravação de dados. Um conjunto organizado de instruções, forma um programa. Sinais de controle Os processadores atuais possuem vários pinos. Somente analisando friamente a arquitetura de cada tipo de processador existente é possível saber qual a função de cada um. Os processadores possuem algumas funções-padrão, encontráveis em praticamente todos os processadores, independente do fabricante. Algumas delas são citadas abaixo: MIO: sinal para indicar se a operação em questão é de acesso a memória ou de E/S; RW: sinal para indicar se a operação em questão é de leitura ou gravação; INT: sinal para que dispositivos externos possam interromper o processador para que ele efetue uma operação que não pode esperar. NMI: sinal de interrupção especial, usado em emergências, interrupção enviada por este sinal deve ser atendida prontamente. onde a INT A: sinal usado para que o processador informe que aceitou uma interrupção e que está aguardando que o dispositivo que a gerou passe as instruções; RESET: sinal ligado ao botão RESET do gabinete do computador. Ao ser ativado, o processador pára o que está fazendo e inicia as operações novamente, como se o usuário tivesse acabado de ligar a máquina; CLOCK: este recebe um sinal digital usado internamente para sincronizar todo o funcionamento do processador. Bits internos Os processadores antigos como os Pentium III e 4, Athlon XP, Duron, etc operam a 32 bits, enquanto chips antigos ainda, como o 286, operavam com 16 bits. Atualmente, os processadores trabalham com 64 bits. Quanto mais bits internos o processador trabalhar, mais rapidamente ele poderá fazer cálculos e processar dados em geral (conseqüentemente, ele será mais caro). Endereçamento O endereçamento consiste na capacidade que o processador tem de acessar um número máximo de células da memória. Para acessar uma célula, o processador precisa saber o endereço dela. Cada célula armazena um byte. Assim, um processador com o barramento de dados com 16 bits, pode acessar duas células por vez. Um processador com 32 bits pode acessar até 4 células, e um processador de 64 bits, acessa 8 células por vez. Para descobrir o valor máximo de memória que o processador consegue acessar, basta fazer um cálculo: elevar a 2 o número de bits do barramento de endereços. Por exemplo, 2 elevado a 32: Exemplo: 2 ³² = 4.294.967.296 bytes => 4 GB Dual Channel Dual Channel é o recurso que permite ao chipset ou ao processador efetuar uma comunicação com dois canais de memória simultaneamente. As memórias trabalham simultaneamente e fornecem o dobro da largura de dados do barramento. O comum das memórias DDR é trabalhar com a incrível quantidade de 64 bits, mas com o recurso Dual Channel, este valor “dobra” e fica em 128 bits. A tecnologia de duplo canal só funciona quando se utiliza memórias aos pares. Clock interno e externo Clock interno: o clock interno indica a freqüência na qual o processador trabalha. Este geralmente é obtido através de um multiplicador do clock externo. Por exemplo, se o clock externo for de 200 MHz, e o multiplicador for de 3x, o que processador funcionará a 2000 MHz (200 x 10). Clock externo: também conhecido como FSB (Front Side Bus), o clock externo, por sua vez, é o que indica a freqüência de trabalho do barramento (conhecido como barramento externo) de comunicação com a placa-mãe (na verdade, chipset, memória, etc). Por exemplo, o processador AMD Sempron 2200+ trabalha com clock externo de 333 MHz. Nos processadores da linha Athlon 64, a AMD (fabricante) passou a adotar a tecnologia HyperTransport que, basicamente, usa dois barramentos para comunicação externa: um para acesso à memória e outro para acesso ao chipset. Na verdade, é este último que recebe o nome de HyperTransport. Até então, os processadores usavam apenas o barramento externo para os dois tipos de acesso. Com o HyperTransport, a AMD passou a indicar a velocidade de trabalho deste ao invés do clock externo.