Gripe H1N1, o que a Escola precisa saber!

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Gripe H1N1, o que a Escola precisa saber!
O que é a gripe H1N1?
A gripe H1N1, também conhecida como gripe “A”, é uma doença respiratória
infecciosa de origem viral, que pode levar ao agravamento e ao óbito,
especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco
para as complicações da infecção (crianças menores de 5 anos de idade,
gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não
transmissíveis e outras condições clínicas especiais).
A OMS estima que cerca de 1,2 bilhões de pessoas apresentam risco elevado
para complicações da influenza: 385 milhões de idosos acima de 65 anos de
idade, 140 milhões de crianças, e 700 milhões de crianças e adultos com
doença crônica
Entendendo os tipos de vírus
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que a influenza
acomete 5 a 10% dos adultos e 20 a 30% das crianças, causando 3 a 5 milhões
de casos graves e 250.000 a 500.000 mortes todos os anos
A doença pode ser causada pelos vírus influenza A (H1N1), B e C.
Os vírus A (H1N1) e B apresentam maior importância clínica; estima-se que,
em média, as cepas A causem 75% das infecções, mas em algumas
temporadas, ocorre predomínio das cepas do tipo B.
Os tipos A (H1N1) e B sofrem frequentes mutações e são responsáveis pelas
epidemias sazonais, também por doenças respiratórias com duração de quatro
a seis semanas e que, frequentemente, são associadas com o aumento das
taxas de hospitalização e morte por pneumonia, especialmente em pacientes
que apresentam condições e fatores de risco. O vírus C raramente causa
doença grave.
Como ocorre a transmissão?
A transmissão ocorre principalmente através do contato com partículas
eliminadas por pessoas infectadas ou mãos e objetos contaminados por
secreções.
É muito elevada em ambiente domiciliar, creches, escolas e em ambientes
fechados ou semifechados, dependendo não apenas da infectividade das
cepas, mas também do número e intensidade dos contatos entre pessoas de
diferentes faixas etárias.
A transmissão também é elevada em aviões, navios e outros meios de
transporte coletivo, onde são frequentemente registrados surtos de influenza
A (H1N1) e B que acometem passageiros e tripulantes.
As pessoas infectadas pela influenza suína podem ser consideradas
potencialmente contagiantes durante todo o período em que manifestarem os
sintomas e possivelmente por até 7 dias depois do início da doença.
As crianças, entre um e cinco anos, podem ser potencialmente contagiantes
por períodos mais longos.
Também se comprovou que os vírus sobrevivem em superfícies como
madeira, aço e tecidos por 8 até 48 horas.
Quais são os sintomas desta Gripe?
Os sintomas são similares aos sintomas da influenza humana comum, e
incluem:
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Febre
Tosse
Garganta inflamada
Dores no corpo
Dor de cabeça
Calafrios
Fadiga
Também pode causar uma piora de doenças crônicas já existentes.
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Quando se preocupar com os sintomas?
É importante estar atento aos sintomas que requerem cuidados especiais:
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Febre alta, acima de 38º, 39º, de início repentino
Dor muscular, de cabeça, de garganta e nas articulações
Irritação nos olhos
Tosse
Coriza (nariz escorrendo)
Cansaço
Inapetência (falta de apetite)
Em alguns casos, também podem ocorrer vômitos e diarréia
Como é realizado o diagnóstico?
É realizada uma avaliação médica para levantamento dos sintomas e existem
testes rápidos de laboratório que revelam se a pessoa foi infectada pelo vírus
da gripe.
Quais são as pessoas consideradas como “grupo de risco”
e prioritárias para vacinação?
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Crianças (crianças de 6 meses e menores de 5 anos )
Idosos
Portadores de doenças crônicas
Gestantes
Profissionais de saúde expostos a influenza
Pessoas que vivem em ambientes aglomerados e populações privadas
de liberdade.
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Por que está ocorrendo número alto de casos neste ano de 2016?
Os especialistas apontam alguns fatores que contribuíram para o aumento no
número de casos este ano, especialmente a baixa adesão a vacinação pela
população em geral nos anos de 2014 e 2015. Por este motivo, quando o vírus
retornou ao Brasil (por efeito da globalização), encontrou uma população
mais vulnerável (que nunca entrou em contato com o vírus antes) e
susceptível pela falta de vacinação nos anos anteriores.
A importância da Vacinação
A imunização é a melhor forma de vacinação, e está prevista a campanha
nacional de vacinação contra o H1N1 para o período de 30/04 até 20/05,
sendo que em alguns municípios, tendo em vista o índice preocupante de
casos já ocorridos, inclusive fatais, está sendo antecipada essa campanha.
ATENÇÃO: quem recebeu a vacinação em 2015 precisa
tomar novamente este ano!
Como deve ser realizado o tratamento?
É muito importante evitar a automedicação, pois alguns tipos de
medicamentos podem facilitar o aparecimento de cepas resistentes.
Após avaliação médica e constatação da presença do vírus, medicamentos
com ooseltamivir e zanamivir, presentes em alguns antigripais (Tamiflu e
Relenza), têm se mostrado eficazes principalmente se administrados nas
primeiras 48 horas do aparecimento dos sintomas.
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Recomendações Gerais de prevenção
 Evitar aglomerações e ambientes fechados
 Intensificar a lavagem das mãos com água e sabão, principalmente após
tossir e espirrar
 Utilizar produtos a base de álcool para higienização das mãos também
são recomendados
 Evitar contato próximo com pessoas doentes
 Cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando tossir ou
espirrar, jogando o lenço no lixo após o uso
 Participar da campanha de vacinação, especialmente se fizer parte do
grupo de risco
 Não levar as mãos aos olhos, boca ou nariz depois de ter tocado em
objetos de uso coletivo
 Não compartilhar copos, talheres e outros objetos de uso pessoal
 Procurar assistência médica se surgirem sintomas que possam ser
confundidos com os da infecção pelo vírus da influenza tipo A (H1N1).
Em caso de suspeita ou confirmação da presença do vírus
 Apresentar os sintomas ou for confirmado a presença do vírus limitar
ao máximo o contato com outras pessoas
 Não comparecer a Escola
 Intensificar a higienização das mãos especialmente após tossir e
espirrar
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Recomendações às Escolas
 Cada escola deve definir formas de conscientizar os estudantes e
funcionários sobre os sintomas da gripe, a importância das regras de
etiqueta respiratória, lavagem das mãos, bem como a necessidade de
afastamento nos casos de suspeita da doença. a importância de
afastamento do aluno em caso suspeito;
 As escolas devem evitar a realização de eventos ou outras
programações que impliquem em aglomeração de pessoas em espaços
fechados sem ventilação;
 Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou tiverem entrado em
contato com fluídos corpóreos como secreções nasais devem ser
lavadas com água e sabão;
 Ensinar as crianças como lavar as mãos corretamente inclusive limpar
as unhas;
 Intensificar a limpeza dos ambientes escolares, principalmente de
maçanetas, torneiras, porta-papel, brinquedos, trocadores, bebedouros e
computadores;
 Orientar os alunos e colaboradores a não tocar com a boca no bico
ejetor de água dos bebedouros;
 Se possível deixar apenas o bico ejetor de água grande (que necessitam
garrafas de água);
 Colocar mais dispensadores de álcool gel nos ambientes, especialmente
em pontos de maior circulação de pessoas como a entrada da Escola e
salas de aula;
 A desinfecção de mesas e cadeiras deverá ser intensificada utilizando
pano seco embebido em álcool 70% por 30 segundos ao final do
período ou a cada troca de turma;
 Orientar os professores sobre os sintomas para que possam identificalos e comunicar aos pais;
 Se possível manter as janelas abertas para melhor circulação do ar e
evitar ar condicionado;
 Aumentar a supervisão de crianças para evitar o compartilhamento de
talheres, copos, canudos, alimentos e brinquedos;
 Orientar os alunos a não compartilhar materiais (utensílios, canetas,
borrachas, etc);
 Orientar as crianças a evitar colocar as mãos nos olhos, nariz e boca (na
medida do possível);
 Orientar os familiares sobre a importância da vacinação;
 Solicitar nova cópia da caderneta de vacinação após a campanha de
vacinação;
 Crianças de seis meses a menores de cinco anos: todas as crianças que
receberam uma ou duas doses da vacina influenza sazonal em 2015,
devem receber apenas uma dose em 2016. Também deve ser
considerado o esquema de duas doses para as crianças de seis meses a
menores de nove anos de idade que serão vacinadas pela primeira vez,
devendo-se agendar a segunda dose para 30 dias após a 1ª dose.
 Orientar os familiares caso a criança apresente os sintomas deverá ser
realizada avaliação médica e não deverá comparecer a escola (deverão
permanecer em casa até 24 horas após o desaparecimento dos
sintomas);
 Pessoas com falta de ar, febre e tosse já estão sendo investigadas sobre
a presença do vírus nas unidades hospitalares;
 Orientar as crianças sobre o uso correto do álcool gel para evitar
acidentes (ingestão acidental, uso inadequado);
 Manter limpos os componentes do sistema de climatização para evitar a
difusão e multiplicação de agentes nocivos a saúde, conforme normas
da ABNT;
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 Se ocorrer um ou mais casos de gripe na mesma turma, notificar a
Unidade de Saúde e Vigilância Epidemiológica, para obter
orientações técnicas e adotar as medidas recomendadas;
 Colaboradores que apresentarem febre acima de 38º.C, tosse e dor de
garganta deverão ser orientados a procurar atendimento médico;
 Se for possível, escalonar a liberação das turmas para o recreio, com
intervalos de 5 em 5 minutos, para manter o menor número possível de
alunos no mesmo ambiente/ambiente de alimentação;
 Manter o refeitório limpo antes, durante e após a distribuição dos
alimentos;
 Estimular, através de ações pedagógicas hábitos saudáveis como boa
alimentação, atividade física, ingestão de líquidos e boa higiene para
manter o sistema imunológico reforçado para enfrentar a gripe e outras
doenças.
Orientações Complementares
 Atualizar a lista de telefone dos alunos e colaboradores;
 Identificar os telefones da Unidade Básica de Saúde e responsáveis pela
vigilância epidemiológica da região onde está localizada a escola;
 Identificar o telefone da unidade de saúde e hospital referência mais
próximo da Escola;
 As gestantes deverão evitar contato com pessoas que apresentem os
sintomas.
Aquisição de álcool gel pelas Escolas
 Adquirir álcool 70% (líquido ou gel) de distribuidores autorizados;
 A embalagem deve ser plástica e estar lacrada;
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 O rótulo deverá conter: nome produto, concentração (70% ou 77º GL),
composição, modo de usar, precauções, advertências, validade, número
do lote, nome do fabricante e CNPJ, nome do responsável técnico e
número do conselho de classe, número do atendimento ao cliente e
número do registro na Anvisa/MS;
 Utilizar álcool com concentração de 70%;
 Armazenar o álcool em local seguro, longe do alcance das crianças e
fontes de calor, alimentos, bebidas e cosméticos.
Orientação para motoristas de transporte Escolar
 Manter no transporte escolar as janelas abertas e reconhecer os
sintomas da gripe para orientar o retorno destes alunos para casa e
informar os pais e responsáveis;
 Manter no carro de transporte álcool 70 % friccionando o mesmo nas
mãos após o contato com portas, volante, alunos, ir ao banheiro, tossir,
etc;
 Oferecer as crianças álcool 70 % para fricção das mãos, antes de entrar
no veículo;
 Ao tossir ou espirrar, deve-se cobrir o nariz e a boca com lenços
descartáveis. Este lenço utilizado deve ser descartado;
 Caso não haja lenço ou toalha de papel prontamente disponíveis ao
espirrar ou tossir, é preferível cobrir o nariz e a boca com a manga da
camisa (“espirrar no cotovelo”) do que fazê-lo com as mãos, por meio
das quais os germes são facilmente transferidos para outras pessoas ou
para o ambiente (portas, janelas, bancos, cinto de segurança, volante,
etc.).
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 Intensificar a limpeza e desinfecção dos carros, incluindo portas e
maçanetas, poltronas, janelas, volante, cinto de segurança (parte
metálica), etc. após o transporte das crianças;
 Orientar os alunos a não compartilhar materiais (brinquedos, canetas,
lapiseiras, borrachas, etc.) e utensílios (lanches, refrigerantes, batom,
etc.
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