Inteligência – Instinto – Intuições e Moralidade Propósitos da Evolução A inteligência é um atributo exclusivo da alma. Kardec faz a seguinte comparação: O animal carniceiro é impelido pelo instinto a nutrir se de carne, porém toma precauções a fim de agarrar sua presa, essa previsão em relação às eventualidades são atos de inteligência. A ciência já teve duas posturas em relação do que seja instinto. Até poucas décadas atrás, a idéia era a de que os animais seriam máquinas cartesianas (concepção mecanicista de Descartes) movidas por essa espécie de combustível que já trazia ao nascer. Questão 73 L.E. Pode se assinalar um limite entre instinto e inteligência? Não, porque elas frequentemente se confundem mas percebe-se os atos que pertencem ao instinto dos que pertencem à inteligência. Kardec diz que as faculdades instintivas não diminuem a medida que crescem as intelectuais, porque o instinto existe sempre. Ele não se engana. O instinto não raciocina mas a razão permite ao homem escolher, dando-lhe o L.A. L.E. 71 A inteligência é uma faculdade especial, própria de certas classes de seres orgânicos. A inteligência só pode se manifestar por meio dos órgãos materiais. Somente a união com o espírito dá inteligência à matéria animalizada. A inteligência é uma faculdade própria de cada ser e constitui a sua individualidade moral. A partir dos anos 60, concebendo-se que os animais são seres sensíveis e inteligentes, admite-se hoje que o “instinto é o rótulo que se coloca na gaveta do arquivo da memória, que contempla as informações daquilo que já se aprendeu a fazer”. O que o indivíduo já sabe fazer, faz automaticamente, instintivamente. Incrível que Kardec expressou esse conceito de que “instinto é uma espécie de inteligência”. L.E 73 O instinto é independente da inteligência? Precisamente não, porque sendo uma espécie de inteligência é por ele que todos os seres provém a suas necessidades. Tanto animais quanto seres humanos têm instinto e inteligência que na realidade são uma coisa só. Na questão 849 do L.E. Kardec diz que a faculdade predominante do homem primitivo é o instinto e não o L.A. Portanto não há um limite biológico e antropológico definido entre o que seja ser humano e o que seja animal (o macaco). No livro “No Mundo Maior” cap. 3, André Luiz falando da casa mental diz: O cérebro é um repositório dos movimentos instintivos e sede das atividades subconscientes. Figurativamente coloca o cérebro como sendo o porão da individualidade. Divide-o como se fosse um castelo com três andares, sendo: 1º. É a residência de nossos impulsos automáticos, é o sumário dos serviços realizados. (moram os hábitos e o automatismo) 2º. É o domicílio das conquistas atuais – são as qualidades nobres que estamos edificando. (é o esforço e a vontade) 3º. É a casa das noções superiores – são as eminências que nos cumpre atingir. (é o ideal e a meta superior a serem alcançados) “Instinto é o rótulo que se coloca na gaveta do arquivo da memória, que contempla as informações daquilo que já se aprendeu a fazer”. O que o indivíduo já aprendeu a fazer faz instintivamente... “Instinto é uma espécie de inteligência”.