A transformação do sagrado na África subsaariana: da arte

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A transformação do sagrado na África subsaariana: da arte tradicional à
arte contemporânea
Clarice Lis Marcon
Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas – Departamento de Antropologia
Objetivos
Este projeto tem por objetivo observar
a transformação do sagrado sofrida pelos
povos da África Subsaariana no período póscolonial, tendo por base a análise sistemática
da dessacramentalização, autonomização e
transformação estética de sua arte.
Metodologia
Consulta à literatura pertinente para
compreensão do sentido do sagrado nas
culturas tradicionais da África Subsaariana,
análise de diversos objetos sagrados e
artísticos produzidos no período pré-colonial,
através de catálogos e de visitas aos museus
pertinentes – Museu de Arqueologia e
Etnologia (MAE) e o Museu Afro Brasil - assim
como exposições que por ventura sejam
trazidas à São Paulo no período de vigência da
pesquisa e visita às pequenas coleções como a
do Museu de Arte de São Paulo (MASP).
artística de dois artististas contemporâneos, se
vê ainda distante de seu objetivo, pois, a
simples observância da produção de tais
artistas traz à luz símbolos da cultura africana,
assim como uma estética própria local, mas
não expressam em si este suposto afastamento
das motivações religiosas que guiam a arte
tradicional.
Sendo assim, ainda que se observe
uma simbologia e filosofia fortemente ligadas à
arte tradicional, não é possível dizer ao certo,
se tais artistas tangem a religiosidade, pois é
na esfera individual de criação que a
transcendência destes é expressa ou não.
Conclusões
Após uma melhor compreensão da arte
tradicional a pesquisa sucede com o
levantamento analítico e geral da produção
artística moderna africana, tanto no pequeno
período colonial de sua existência, como
principalmente no período pós-colonial.
Em seguida elaborar a comparação
entre as duas experiências artísticas e buscar
em dois artistas plásticos contemporâneos
traços desta transformação: o angolano
Antonio Ole o moçambicano Malangatana.
O projeto, que supunha um processo
de dessacramentalização da arte africana, se
demonstra de difícil comprovação, visto a
necessidade de um contato direto com os
artistas e da exposição destes em relação à
seu momento criativo e produtivo. Contudo,
tem-se observado com satisfatoriedade a
presença de elementos estéticos outrora
sagrados nas obras dos artistas em questão e
uma outra postulação se fez necessária para o
entendimento da passagem da arte africana
tradicional à contemporânea: a formação de
uma identidade artística nacional e a
universalização das técnicas e da poética
artística na busca do reconhecimento da arte
deste continente como pertencente e tocante à
toda questão humana.
Resultados
Bibliografia
O resultado da pesquisa que visa
averiguar uma possível dessacramentalização
da arte africana, através da comparação
sistemática entre a arte tradicional e a trajetória
HAMPÂTÉ BÂ, Amadou - África um continente
artístico, in O Correio da Unesco, ano 5 (7) –
Rio de Janeiro, 1977
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