distância estrela -metros -formar -estados

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Astronomia Galáctica
Semestre: 2016.1
Sergio Scarano Jr
18/07/2016
“Pontas” das estrelas e Cintilação
Considerando um pupila de 10 mm, qualquer desvio provocado
pela refração atmosférica maior que 0,02” faz com que o feixe de
luz saia da linha de visada.
Cintilação
Vácuo
Ar
Atmosfera
Refração atmosférica
Terra
Interação da Luz com a Matéria
http://www.falstad.com/mathphysics.html
Problema da Resolução em um Sistema Óptico
Natureza ondulatória da luz ao interagir com matéria impõe limites de
resolução angular ao se observar dois objetos separados entre si.
Tem o formato do quadrado
da função sinc:
Disco de Airy e Critério de Rayleigh
Natureza ondulatória da luz a interagir com matéria implica em limites de
resolução .
qR
= 1,22
l
a
Quando o primeiro
mínimo coincide
com o primeiro
máximo
q > qR
q = qR
Resolvido
Limite do Critério de
Rayleigh
q < qR
Não Resolvido
Paralaxe e Movimento Próprio
Quanto mais próximo uma estrela, mais fácil detectar sua paralaxe, mas
também mais fácil detectar o seu movimento próprio.
2p = 36,5048"
Posso usar a paralaxe para
calcular a distância?
Proxima Centauri
Paralaxe: o caso 61Cygni
61 Cygni foi a primeira estrela a ter sua paralaxe (0.31”) medida por Bessel.
Heliômetro
Friedrich Bessel
Movimento Próprio: a estrela de Barnard
A medida de paralaxe só foi possível por que Bessel amostrou de objetos
com movimento em uma direção constante no plano do céu (medido em
arcsec/ano) . Tal movimento próprio só seria perceptível para objetos
próximos.
Estrela de Barnard entre 2004 e 2008.
Movimento próprio de 10.3"/ano
Algumas Características de Estrelas Próximas
Nome, constelação (Com), paralaxe (p), distância (Dist), magnitude aparente
(m) e absoluta (M), tipos espectral (Tipo Espec) e coordenadas equatoriais em
ascensão reta (AR) e declinação (DEC) para o ano de 2000:
#
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
Nome / Ident.
Próxima Centauri
Alfa Centauri A
Alfa Centauri B
Estrela de Barnard
Wolf 359
Lalande 21185
Sírius A
Sírius B
Luyten 726-8A
Luyten 726-8B (UV Ceti)
Ross 154
Ross 248
Epsilon Eridani
Ross 128
Luyten 789-6
Epsilon Indi
61 Cygni A
61 Cygni B
Prócion A
Prócion B
G 227-046
Groombridge 34
Lacaille 9352
TAU Ceti
G 051-015
Con
Cen
Cen
Cen
Oph
Leo
UMa
CMa
CMa
Cet
Cet
Sgr
And
Eri
Vir
Aqr
Ind
Cyg
Cyg
CMi
CMi
Dra
And
Gru
Cet
Cnc
p
Dist (pc)
0,770
1,30
0,750
1,33
0,750
1,33
0,546
1,83
0,419
2,39
0,395
2,53
0,382
2,62
0,382
2,62
0,374
2,68
0,374
2,68
0,345
2,90
0,316
3,16
0,305
3,28
0,298
3,35
0,290
3,45
0,289
3,46
0,287
3,49
0,287
3,49
0,287
3,49
0,287
3,49
0,285
3,51
0,282
3,55
0,279
3,59
0,277
3,62
0,276
3,63
m
11,10
-0,01
1,34
9.54
13,46
7,48
-1,46
8,44
12,56
12,52
10,45
12,27
3,73
11,11
12,32
4,69
5,21
6,03
0,38
10,70
8,90
8,07
7,34
3,50
14,81
M
15,53
4,37
5,72
13.23
16,57
10,46
1,45
11,34
15,42
15,38
13,14
14,77
6,15
13,48
14,63
7,00
7,50
8,33
2,67
13,00
11,18
10,32
9,56
5,71
17,01
Tipo Espec
M5.5eV
G2 V
KO V
M5 V
M6.5 Ve
M2 V
A1 Vm
DA2
M5.5 de
M6 Ve
M3.6 Ve
M5.5 Ve
K2 V
M4+ V
M5-M7Ve,e
K4/5 V
K5 V
K7 Ve
F5 IV-V
DA
M3.5 d
M2 V
M2 V
G8 V
M6.5eV
AR (1900) DEC (1900)
14 22 48.0 -62 15 00
14 32 48.0 -60 25 00
14 32 48.0 -60 25 00
17 52 54.0 +04 25 00
10 51 36.0 +07 37 00
10 57 52.3 +36 38 25
06 40 44.5 -16 34 43
06 40 44.5 -16 34 43
01 33 49.0 -18 28 28
01 33 49.0 -18 28 28
18 43 36.0 -23 57 00
23 37 00.0 +43 39 00
03 28 13.0 -09 47 47
11 42 36.0 +01 23 00
22 33 00.0 -15 52 00
21 55 42.7 -57 11 48
21 02 25.5 +38 15 20
21 02 25.5 +38 15 20
07 34 04.0 +05 28 53
07 34 04.0 +05 28 53
18 41 39.8 +59 28 40
00 12 40.1 +43 27 21
22 59 24.5 -36 25 44
01 39 25.3 -16 27 50
08 23 51.0 +27 07 00
Conhecendo a Luminosidade das Estrelas
Para se conhecer as propriedades comuns entre as estrelas deve-se
conhecer as distâncias.
1UA
D* =
tan( p )
F*
L* = F*  4  D*2
Alcance de Paralaxe em Diferentes Missões
8 kpc
Limites observacionais de paralaxe para diferentes missões.
Hipparcos
Terrestre
Gaia
Cores Observadas das Estrelas
10 milhões oC
10.000oC
-173oC
-272oC
Constelação de Órion
UY_Scuti_zoomed_in,_Rutherford_Observatory,_07_September_2014
Estrelas possuem suas próprias cores quando observadas com cuidado.
Usando a técnica de desfocar gradativamente a imagem da constelação de
Órion conforme ela passa na frente da câmera ajuda a revelar essas cores.
Cores e Espectros de Estrelas Diferentes
Pelo uso de filtros é possível identificar em que comprimentos de onda
um objeto é mais brilhante que outro
Filtro
vermelho (N)
Filtro azul(M)
B6-9V
Hg
200
CaII
CaII
Ha
5000
Ha
4500
Na
4000
CaFe
Mg
K
3500
Hg
BandaG
50
0
Na
G5-8V
Hb
100
Hb
150
Hd
He
HeI
Hh
Fluxo [erg/cm 2/s/Å ]
250
5500
6000
6500
7000
7500
8000
8500
9000
9500
Comprimento de Onda [Å]
Define-se Índice de Cor como a diferença de magnitude de uma mesma
estrela em duas bandas espectrais diferentes:
IC = mM  mN
Onde os índices M e N são apenas os nomes dos filtros
utilizados, como por exemplo o filtro B, g', V,r', etc.
Atenção! Por convenção astrônomos geralmente reduzem o símbolo magnitude em um filtro
pelo próprio símbolo do filtro. Por exemplo, mB = B; mV = V, mg’ – mr’ = (g’ – r’)
Independência da Cor com a Distância
Considerando uma estrela observada em dois filtros diferentes, pode-se
usar o módulo da distância e escrever:
D
mM = M M  5  log  
 10 
D
mN = M N  5  log  
 10 
¯
mM  mn = M M  M N
Dessa forma nota-se que que a cor é independente da distância, e reflete
uma propriedade intrínseca da estrela, dada pela diferença de suas
magnitudes absolutas.
IC = mM  mN = M M  M N
Atenção!,Respeitando a convenção anterior, cores são colocadas entre parênteses. Por
exemplo: (B – V), (J – K), (g’ – r’), etc.
Raio de uma Estrela (R*): Medidas Diretas
Maioria das estrelas: pontos de luz sem resolução angular, à exceção de
algumas dúzias (ex. Betelgeuse: R~300 R).
0.00764 arcsec
Gilliland, R. L.& Dupree, A. K. 1996IAUS..176..165G
Raio de uma Estrela (R*): Ocultação Lunar
http://astrosnaps.co.uk/occultations/occultations.html1
Tamanho angular de um objeto (estrela) obstruído por outro (lua) tem sua
luz diminuída com o tempo, numa taxa proporcional à velocidade angular
relativa desses objetos a ao tamanho do objeto obstruído.
Lua
q
q = Lua  t
tf ti
t
Velocidade angular da Lua:
Lua =
360  60'60"
29 d  24 h  60min  60 s
Lua = 0,52" / s
Assumindo o Sol a 10 pc:
0.00038"
t =
= 0.0007s
0.52" / s
• Restrito a estrelas na órbita
da Lua;
• Necessita câmeras rápidas e
telescópios grandes.
Variáveis Eclipsantes e Variação de Brilho
Estudando a variação da luz com o tempo (curva de luz), notam-se estrelas
variáveis com ciclos que se repetem num padrão que podem ser modelados
por ocultações. A medida do tempo entre e durante ocultações fornece
informação sobre o tamanho das estrelas.
q = v orb  t
Intensidade Luminosa
1
2
7
8
9
14
10
3
6
15
13
11
12
Eclipse
Secundário
4
5
Eclipse
Primário
Tempo
Medida do Raio por Variáveis Eclipsantes
É necessário conhecer a velocidade orbital. Fazendo as contas:
Medida do Raio por Interferometria Speckle
As massas de ar promovem obstáculos que criam padrões de interferência
que podem ser modelados com amostragem rápida do padrão de luz
amostrado na imagem.
20 mas
Raio de uma Estrela (R*) e a Lei de Stefan-Boltzmann
A luminosidade de uma estrela é a mesma medida independentemente da
distância.
L = F( 4  D2 )
F2
D2
L*
Para o raio da estrela a distância percorrida
pela estrela é o próprio raio estelar:
L = F ( 4  R2 )
F =  T4
D1 F1
SOL
L*
F*
L*
(StefanBoltzmann)
Para o raio da estrela a distância
percorrida pela estrela é o próprio raio
estelar:
L = 4  R2T 4
R =
L*
4T*4
Nesse contexto T é a Temperatura
Gráfico Teórico dos Raios Estelares Relativo ao Sol
Em grandezas de luminosidade e temperatura é conveniente utilizar a
escala logarítmica, dada que a luminosidade depende de potências tanto do
raio quanto da temperatura.
Em termos relativos ao Sol:
L
log   L 
 sol 
L  R* 

= 
Lsol  Rsol 
2
 T* 
 
 Tsol 
4
Extraindo os logaritmos dos
dois lados:
L 
R 
T 
log    = 2 log  *   4 log  * 
 Lsol 
 Rsol 
 Tsol 
Em termos de diâmetros a
relação segue a mesma
L 
D 
T 
log    = 2 log  *   4 log  * 
 Lsol 
 Dsol 
 Tsol 
Assumindo o diâmetro uma
constante temos uma equação
de reta.
T
log  * T 
 sol 
L 
T 
log    = cte  4 log  * 
 Lsol 
 Tsol 
A temperaturae o tamanho (e consequentemente a cor) refletem a taxa de emissão de energia da estrela!
Gráfico Teórico dos Raios Estelares
1000000
-10
100
0
1
5
Luminosidade (Sol = 1)
Magnitude Absoluta
http://astro.unl.edu/naap/hr/animations/hr.html
10000
-5
1/100
10
1/100000
15
O5
40.0
B0
28.0
B5
15.0
A0
9.5
A5
8.0
F0
7.0
F5
6.3
G0
5.7
G5
5.2
Classe Espectral
Temperatura Superficial (x1000oC)
K0
4.6
K5
3.8
M0
3.2
M5
2.5
1/1000000
20
Terceira Lei de Kepler e Massas Estelares
http://astro.unl.edu/classaction/animations/binaryvariablestars/centero
fmass.html
O método direto para medida de massas em Astronomia é utilizando a
Terceira Lei de Kepler. Esta pode ser derivada das Leis de Newton:
v2
r1
r2
a=r r
1
m1
v1
m2
F1
mv 2
F=
r
2  r
v=
T
m1m2
m2
m1
2
G 2 = 4 a
m1  m2  T 2
a
Resultando a Terceira Lei de Kepler:

 3
4 2
T =
a

 G m1  m2  
F2
r1 m2
=
r2 m1
r = rmédio = a
r1m1
F1 = 4
;
T2
rm
F2 = 4 2 2 2 2 ;
T
mm
Fg = G 1 2 2 ;
r
2
2
r1 = a
m2
m1  m2
FG = F1 = F2
 4 2  a 3
m1  m2  =   2
 G T
2
Nesse contexto
T é o Período
Gravidade Superficial e Efeitos no Espectro
É uma medida da força gravitacional na superfície da estrela. Ela reflete o
grau de concentração (densidade) da estrela.
GmM
F=
R2
g=
•
P = mg
GM
R2
g fornece informação sobre o gradiente de
pressão (equação do equilíbrio hidrostático
da estrutura estelar, determinando onde
linhas espectrais são formadas;
•
As linhas de Balmer são extremamente
sensíveis à pressão, que se reflete na
gravidade superficial.
Diagrama Cor-Magnitude
A obtenção da temperatura em detalhes requer análise espectral por isso
pode ser conveniente estudar objetos apenas por sua cor. Se objetos
estiverem a uma mesma distância efeitos dependentes da distância podem ser
anulados:
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