Vacina contra Febre Amarela

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Vacina contra Febre Amarela é recomendada para Orientistas
O aparecimento de casos de febre amarela em áreas consideradas livres da doença, como é o caso
de boa parte do território gaúcho, é um fator que traz preocupação.
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração (no máximo 10 dias) e de
gravidade variável. Os sintomas são febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo,
icterícia (pele e olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e
urina). A doença é causada pelo vírus da febre amarela, que ocorre na América do Sul e na África. O
mapa abaixo mostra a situação da febre amarela no Brasil. Nas Regiões Norte e Centro-Oeste, a
doença é endêmica. E há áreas índenes, onde não se registra a doença com freqüência, como é o
caso de boa parte das Regiões Sul e Nordeste.
A febre amarela que ocorre hoje no Brasil é geralmente transmitida através da picada de mosquitos
silvestres das espécies haemagogus e sabethes, contaminados com o vírus da febre amarela.
Prevenir esses mosquitos é impossível, pois a presença deles na natureza e áreas rurais é normal. Nas
cidades, o transmissor da febre amarela e também da dengue é o mosquito aedes aegypti. Portanto,
a prevenção destas doenças na cidade deve ser feita evitando focos de reprodução de mosquitos,
como locais de acúmulo de água. Quanto à transmissão de pessoa para pessoa, isto não ocorre.
Mosquitos transmissores
Não existe um tratamento específico para a febre amarela. O tratamento exige repouso com
reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nos casos graves, o paciente deve
ser tratado em uma Unidade de Tratamento Intensivo. Sem assistência médica o paciente pode
morrer.
Para evitar a febre amarela, a única solução é a vacinação. A vacina contra a febre amarela é gratuita
e está disponível em qualquer época do ano nos postos de saúde. A vacina é contra-indicada a
gestantes, imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas alérgicas a
gema de ovo. Ela deve ser aplicada 10 dias antes de viagens para as áreas onde há risco de
transmissão da doença e é válida por 10 anos.
Mosquitos transmissores
No Rio Grande do Sul, que há um bom tempo não registrada casos da doença, tem sido relatados
alguns focos. De acordo com matéria do jornal O Globo, de 10 de fevereiro de 2009, de outubro de
2008 até 4 de fevereiro de 2009, "foram notificadas as mortes de 974 bugios em 87 cidades do
estado. Em 25 desses animais, os exames atestaram a presença do vírus da doença. Em outras 48
cidades, os bugios apresentaram indícios da doença, mas não foi possível fazer a comprovação em
laboratório. Cinco casos de febre amarela em humanos foram confirmados no estado. Apenas uma
paciente, de Bossoroca, sobreviveu."
É provável que muitos orientistas brasileiros, por já terem participado de provas em áreas
endêmicas, já estejam vacinados. Mas considerando o aparecimento de focos em áreas novas e
considerando que a maioria das competições ocorre no habitat dos mosquitos transmissores,
vacinar-se contra a febre amarela é uma boa idéia. Se você não se vacinou ainda, procure um posto
de saúde e vá tranqüilo para a sua próxima competição.
Roland Teodorowitsch
19 fev. 2009
Endereço para referência:
TEODOROWITSCH, Roland. Vacina contra Febre Amarela é recomendada para Orientistas. [S.l.]:
Rumo Verde Clube de Orientação, 19 fev. 2009. Também publicado em:
<http://www.orientacao.net>. Disponível em: <http://www.rumoverde.esp.br/noticias/2009/200902-19.html>. Acesso em: 9 maio 2011.
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