PALAVRA CHAVE: câncer de UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU Í mama, adenocarcinoma, recidiva, margem cirúrgica comprometida, mastectomia, plastrão. RECIDIVA CÂNCER DE MAMA EM ABSTRACT: It analyses the incidence PLASTRÃO EM MULHERES of recurrence of breast cancer in the MASTECTOMIZADAS NA CIDADE DE local of the surgery, or in residual breast UBERLÂNDIA ENTRE OS ANOS DE in female subjected to partial or total mastectomy, 1999 A 2003 with diagnosis of adenocarcinoma, with surgical edge Florença Neves Copati 1, Calil Carvalho with cancer or not, when they were Neto 2. attended in Hospital do Câncer de RESUMO: Analisa a incidência da recidiva Uberlândia, in the period from 1st one de câncer de mama em plastrão ou em mama of January of 1999 to 31 of December residual em pacientes do sexo feminino of 2003. 102 patients were analyzed, submetidas à mastectomia parcial ou radical, according to the study demands, about com kind of surgery, age group, origin, diagnóstico anátomo-patológico de adenocarcinoma de mama com margens histological comprometidas ou não, atendidas no Hospital surgical edge with cancer in the do Câncer de Uberlândia no período de 1º de resection Janeiro de 1999 a 31 de Dezembro de 2003. removed and with cancer and the Foram analisadas, conforme as exigências do situation of the patient in the moment of estudo, 102 pacientes segundo o tipo de the inquiry. In accordance with this mastectomia, study, 53,9% of patients had recurrence, diagnóstico faixa etária, histopatológico, procedência, tamanho diagnosis, , number tumor of size, linfonodos do 52% had surgical edge with cancer, tumor, margens comprometidas na ressecção, when statistical signification is in the linfonodos ressecados/comprometidos e a comparison of them. situação da paciente no momento da pesquisa. De acordo com este estudo 53,9 % das KEY pacientes adenocarcinoma, recurrence, surgical tiveram apresentavam havendo margens significância comparação desses dados. recidiva, 52,0% – comprometidas, edge estatística ‘plastrão’. na WORDS: with cancer, breast cancer, mastectomy, 2 1- Rua Silviano Brandão 101 apto 502 centro, Uberlândia- MG, CEP: 38400-176, email: [email protected] mulheres, ou 33.590 casos novos neste mesmo ano (GEBRIM, et al., 2005). Estudos 2- Departamento de Clínica Medica, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Av. Pará 1720, Bloco 2H, Uberlândia MG, CEP 38405-382 providenciado epidemiológicos muitas têm informações importantes sobre fatores de riscos para o câncer de mama. A menarca precoce, a menopausa tardia, a ocorrência da I – INTRODUÇÃO primeira gravidez após os 30 anos e a O câncer de mama é provavelmente o mais temido dentre as mulheres, devido à sua alta freqüência e, sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres. De acordo com as estimativas de incidência de câncer no Brasil para 2006, o câncer de mama seria o segundo mais incidente, com 48.930 Tais estatísticas apontam que aproximadamente uma em cada oito mulheres irá desenvolver câncer de mama ao longo da No Brasil, desde 1980, o câncer de mama representa a principal causa de morte por câncer nas mulheres, apresentando uma ascendente com tendência de estabilização nos últimos anos. Os dados estimados pelo controvertida a associação do uso de contraceptivos orais com o aumento do risco para o câncer de mama (BRASIL, Com relação aos hábitos alimentares, não foram encontradas evidências de associação entre consumo de gordura de origem animal na dieta e o risco de câncer. Quanto ao consumo de álcool, foi observado que o risco crescia com o aumento do consumo, além disso, o sedentarismo parece ser um importante fator adicional que acentua as etapas da carcinogênese. vida (BRASIL, 2006). curva para o câncer de mama. Ainda é 2006). (BRASIL, 2006). casos. nuliparidade constituem fatores de risco Ministério da Saúde Outro fator seria a terapia de reposição hormonal por período superior a 5 anos, a qual utiliza forma combinada de estrogênio e progestagênio, induzindo aumento do risco relativo em 3 vezes (GEBRIM, et al., 2005). Existem outros fatores de riscos mostraram que em 2003 o câncer de mama foi o primeiro em incidência, antecedendo o de pele, com uma taxa de 36,47 por 100 mil referenciados na literatura como idade, história familiar ou pessoal pregressa de câncer de carcinógenos mama, exposição específicos à (radiações 2 3 ionizantes), mutações autossômicas em genes avançada (BERNSTURI et al., 2002). susceptíveis como BRCA1 e BRCA2, lesões O prognóstico seguido ao diagnóstico pré-neoplásicas, doença bilateral, associação para mulheres jovens é pior, elas têm com outros cânceres, por exemplo, câncer de pouca chance de não terem recidiva e ovário (WOOSF et al., 2005). Estudos uma sobrevida menor que as mulheres epidemiológicos mais têm mostrado grande velhas pré-menopausadas evidência de que o ganho excessivo de peso, (WINCHESTER et al., 1996) e do que um estilo de vida sedentário e um moderado a as pós-menopausadas (CHUNG et al., alto nível de uso de álcool estão associados 1996). com um maior risco de desenvolvimento do câncer de mama (TIERMAN, 2003). Apesar da incidência crescente que O estadiamento clínico inclui exame físico sempre acompanhado de inspeção cuidadosa e palpação da pele, vem sendo documentada nas últimas duas glândula décadas, a mortalidade por câncer de mama (auxiliares, tem diminuído de forma clara e evidente no cervicais); técnicas de imagem,e um mesmo entusiástica, exame patológico da mama e outros lamentavelmente esta afirmação somente é tecidos é apropriado para estabelecer o verdadeira quando nos referimos a países diagnóstico de carcinoma de mama. O desenvolvidos (BRASIL, 2006; FERLEY et estadiamento patológico inclui os dados al., 2004). Isto se deve à detecção precoce da do estadiamento clínico acrescentando- doença e ao uso de modalidades agressivas de se dados sobre exploração cirúrgica e tratamento ressecção período. para Embora melhorar os resultados clínicos. mamária, e linfonodos supraclaviculares assim como o e exame patológico do carcinoma primário, dos A extensão do câncer para o linfonodo auxiliar é o indicador prognóstico para uma linfonodos regionais e de sítios metastáticos (se houver). doença sistêmica posterior (HENDERSON & Após o tratamento conservador PATEK, 1998). O tamanho do tumor é o do Câncer de Mama, a recidiva local é o segundo fator que prediz o resultado da desenvolvimento de um tumor na mama doença (FISHER et al., 1987). O grau ipsilateral (tratada) que ocorre após o histológico é um terceiro fator prognóstico tratamento de um câncer de mama (LUNDIN et al., 2001). E a idade do paciente inicial. Recidiva local pode ocorrer é independente. como primeira e única evidência da Mulheres mais jovens com câncer de mama recorrência da doença ou, pode ocorrer têm um pior prognóstico que as de idade mais simultaneamente com ou após uma um fator prognóstico 3 4 recidiva regional, ou metástases à distância. Tanto o exame físico quanto a mamografia são importantes para detectar intervalo de 2.1 a 5 anos, e 89% para aqueles com um intervalo maior que 5 anos (P = .03) (379). recidivas locais Exames físicos detectam Após a mastectomia, a recidiva recidivas locais no período de 1 a 2 anos após local mais comumente ocorre como um o término de tratamento de radioterapia, com ou mais nódulos assintomáticos na pele base nestes dados é necessário que após este da parede torácica, tipicamente dentro período sejam realizados exames específicos ou ao redor da cicatriz da mastectomia para afastar a possibilidade de recidiva local. ou na pele ao redor dela. Outra A ultra-sonografia é um proveitoso suplemento pacientes apresentação menos comum inclui da mamografia em muitos envolvimento difuso da pele, ulceração para caracterizar uma massa na uma massa carcinoma em cuirasse. Biópsia para clinicamente palpável ou pele, radiológica. Mamogramas obtidos após o recidiva tratamento confirmar conservador da mama recidiva local um é inflamatória ou requerida para diagnóstico de freqüentemente mostram uma massa “fibrosa” malignidade, para obter tecido para ou uma distorção arquitetural no lado do análises de ER e PR. Metástases tumor primário que pode dificultar a distinção primárias à distância ocorrem em 20% a de uma recidiva local. MRI pode ser 30% dos pacientes, e 20% a 30% dos proveitoso para caracterizar a lesão que é pacientes suspeitosa baseada em achados clínicos e metástases à distância no momento da radiológicos. recidiva. A grande maioria das recidivas têm simultaneamente Alguns fatores têm sido relatados locais (aproximadamente 90%) ocorre como prognósticos para conseqüente recidiva dentro de 5 anos após a mastectomia. local. Pacientes com um pequeno intervalo A habilidade para concluir com para a recidiva local (geralmente 2 anos ou êxito o controle local está fortemente menos, ou 5 anos ou menos) têm uma relacionada ao volume e ressecabilidade sobrevida reduzida quando comparada a no início da recorrência do tumor, pacientes com um longo intervalo para menor volume de doença (e.g. menos recorrência local. Um grupo da Universidade que 3 a 4 cm), e recidiva local isolada da Pensilvânia, relatou que a taxa de estão associadas com melhor controle sobrevida após 5 anos era de 65% para local. Em pacientes com um intervalo de recidiva local inflamatória ou carcinoma em cuirasse pacientes com recidiva de 2 anos ou menos, 84% para aqueles com 4 5 o controle local é difícil de ser alcançado. resposta completa, o valor da O tratamento de radioterapia deve ser hipertermia a longo prazo ainda não está aplicado em campos que abranjam o mínimo estabelecido (WOOSF et al., 2005). da parede torácica (mais comumente usando . campos tangentes) e a fossa supraclavicular, O uso de terapia sistêmica seguido de um reforço para a área da recidiva (quimioterapia, local. ambos) é necessário porque uma grande Resultados relatados de tratamento de radioterapia de pacientes ou desenvolve recidiva local isolada metástases à distância. Entretanto, a mostram taxas de sobrevida após 5 anos de eficácia da terapia sistêmica ainda não 35% a 82% e taxas de sobrevida após 10 tem confiança estabelecida. Estudos anos, de 25% a 62%. A taxa de 5 anos livre de randomizados metástases à distância é de 25% a 75%, e de Tamoxifeno após recidiva local não 10 anos livre de metástases à distância é de encontraram melhorias na sobrevida 7% a 49% (WOOSF et al., 2005). A grande global. variação após fração hormonioterapia nos resultados de terapia com relatados Os estudos difundiram-se pelo provavelmente reflete as diferenças nos mundo e técnicas conservadoras foram fatores prognósticos nas populações de adotadas pacientes estudados. tratamento conservador da mama é feito e avalizadas. Hoje o O tratamento de radioterapia pós- por setorectomia ou quadrantectomia, mastectomia tem se tornado uma conduta sempre levando em consideração a padrão no manejo definitivo de pacientes com relação entre o tamanho do tumor e o câncer de mama. Somente um número tamanho da mama, sendo exigidas pequeno de pacientes com recidiva na parede margens microscópicas livres de células torácica tumorais na peça removida que contém após radioterapia mastectomia, pós-mastectomia seguido têm de sido o tumor (CRIPPA, 2004). relatados, e estes pacientes são tipicamente A recidiva local depende do grau tratados com excisão (se praticável), seguido de agressividade do tumor, do diâmetro de radiação em campo pequeno. Estudos tumoral randomizados têm comparado os tratamentos microscópico das margens cirúrgicas. A de avaliação das margens pode ser feita no radioterapia com radioterapia com e do comprometimento hipertermia adicional, para recidiva de parede intraoperatório, torácica. Embora o tratamneto à bade de extensão da cirurgia e contribui para hipertermia adicional aumente as taxas de reduzir a incidência de recidiva local pois modifica a 5 6 após as cirurgias conservadoras (BARROS et arquivo médico do Hospital do Câncer al., 2000; PINOTTI et al., 2000). para posterior análise. Quando for feita posteriormente a Serão incluídos no estudo cirurgia e for identificado comprometimento pacientes do sexo feminino submetidas das mesmas, recomenda-se a re-intervenção a mastectomia parcial ou radical, cujo cirúrgica. anátomo-patológico da peça cirúrgica revele adenocarcinoma de mama com margens comprometidas, além de todos II - MATERIAIS E MÉTODOS os pacientes que apresentem recidiva no plastrão, na mama residual ou na Pacientes Os pacientes serão selecionados a mama contralateral. partir da análise de prontuários do setor de O instrumento de pesquisa para análise Nosologia do Hospital de Clínicas de dos prontuários será o protocolo (vide Uberlândia (HCU). Fazem parte da amostra Anexo I) elaborado pelos próprios os pacientes com diagnóstico de câncer de autores do estudo. mama atendidos no Hospital do Câncer de O projeto de pesquisa será Uberlândia no período de 1º de Janeiro de encaminhado ao Comitê de Ética e 1999 a 31 de Dezembro de 2003. Pesquisa da Universidade Federal de receberão Uberlândia para a sua aprovação. Em nenhum honorário ou terão qualquer ônus por seguida, os dados serão coletados pelos sua participação. Fica estabelecido que a autores e, posteriormente, tabulados e identidade discutidos. Os participantes de cada não participante seja preservada. III- RESULTADOS Métodos Este trabalho é um estudo retrospectivo, observacional e descritivo. prontuários. O setor de Nosologia do Hospital de Clínicas de Uberlândia (HCU) será Foram analisados Destes revisados 2331 809 prontuários com diagnóstico de câncer o de mama. Foram incluídas somente encarregado de fazer o levantamento dos pacientes do sexo feminino, submetidas prontuários dos pacientes nas condições à mastectomia radical ou parcial, em acima estabelecidas. Posteriormente estes que o anátomo-patológico da peça prontuários serão coletados no serviço de cirúrgica revelou adenocarcinoma de mama com margens comprometidas e 6 7 todas as pacientes que apresentaram recidiva A idade das pacientes variou de no plastrão ou na mama residual. 29 a 88 anos, com média de 54,24, Conforme as exigências do estudo mediana de 52. foram incluídas 102 pacientes no projeto. Os Quanto à mama acometida 54 dados encontrados foram tabulados em uma (52,9%) apresentaram câncer na mama planilha do Excel. Para avaliar se os dados direita e 48 (47,1%) na mama esquerda. foram significativos, eles foram submetidos a Das 102 pacientes estudadas, 55 testes estatísticos. (53,9%) apresentaram recidiva, sendo A procedência das pacientes foi que 12 (21,8%) tiveram recidiva na variada, conforme mostra o gráfico 1. Havia mama residual e 42 (76,4%) no plastrão 74 de e 1 (1,8%) apresentou recidiva sem ser Uberlândia, 6 (5,9%) de Araguari, 4 (4,0%) especificado se foi no plastrão ou na de Patos de Minas, 2 (1,9%) de Monte mama residual. Das pacientes restantes Carmelo, 2 (1,9%) de Uberaba, 2 (1,9%) de 47 (46,1%) não apresentaram recidiva (72,7%) pacientes procedentes Ituiutaba, 2 (1,9%) de Coromandel, 2 (1,9%) de Patrocínio, 1 de Morrinhos (1%) , 2 (1,9%) Gráfico 2. Presença de Recidiva e de Tupaciguara, 1 (1,0%) de Pirapora, 1 Local (1,0%) de Goiandira, 1 (1,0%) de Catalão, 1 Presença de Recidiva e Local (1,0%) de Cumari e não havia informações sobre a procedência de 1 (1,0%) paciente no prontuário. Sem Recidiva 11% Gráfico 1. Procedência do paciente 28% 13% Recidiva no Plastrão Procedência Recidiva na Mama Residual 48% Recidiva sem Dados % Das 102 pacientes estudadas, foram encontradas 53 (52,0%) pacientes Pa Ub e rl an A r dia tos ag u a ri M o de n t e M in Ca as r U bm e lo er I tu a b a i u C o ta ro m b a P a an d t e T u ro c í l p a n io c ig M o u ar rr i a n P i hos ra p G o o ra ia n d C a i ra ta l Se Cu ã o m ma in f or ri ma çõ e 100,0% 90,0% 80,0% 72,7% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 5,9% 4,9% 10,0% 1,9% 1,9% 1,9% 1,9% 1,9% 1,9% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 0,0% com margens comprometidas, 38 (37,2%) com margens livres, 6 (5,9%) sem margens descritas no anátomo- 7 8 patológico, 5 (4,9%) sem o anátomo- patológico (vide gráfico 3). fizeram pré-operatória, 3 (3,7%) pacientes fizeram tanto pré quanto pósoperatória Gráfico 3. Caracterização da Margem Cirúrgica Gráfico 4. Tratamento Radioterápico Caracterização da Margem Cirúrgica 80,00% 4,9% Margem Comprometida 5,9% 78,40% 60,00% 40,00% Margens Livres 18,6% 20,00% 52,00% Sem Margens descritas no AP 37,2% 3,0% 0,00% Radioterapia Sem AP Quanto Quanto ao tipo de cirurgia, 74 (72,5%) (84,3%) das à Sem Sem dados radioterapia quimioterapia, pacientes 86 fizeram pacientes foram submetidas à mastectomia quimioterapia, 13 (12,7%) não fizeram radical, mastectomia e 3 (3,0%) das pacientes não tinham conservadora e 1 (1,0%) paciente não tinha dados no prontuário em relação a este dados sobre o tipo de mastectomia no seu tipo de tratamento. Especificamente, 72 prontuário. (83,7%) 27 (26,5%) à das pacientes fizeram Sobre o local das cirurgias, 45 (44,1%) quimioterapia pós operatória, 1 (1,2%) dos pacientes a cirurgia foi realizada na UFU, fez pré-operatória e 13 (15,1%) fizeram 55 (53,9%) fora da UFU e 2 (2,0%) pacientes tanto pré quanto pós operatória. não tinham dados sobre o local da cirurgia em seus prontuários. Em relação ao tratamento além da cirurgia, 80 (78,4%) pacientes fizeram radioterapia, 19 (18,6%) não fizeram e 3 (3,0%) pacientes não tinham informações quanto a este Especificamente, dado 75 no (93,8%) prontuário. pacientes fizeram radioterapia pós-operatória, 2 (2,5%) 8 9 Gráfico 5. Tratamento Quimioterápico lobular e ductal in situ, 1 (1,0%) com carcinoma papilar, 1 (1,0%) com carcinoma adenocístico, 1 (1,0%) com 84,3% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% carcinoma ductal infiltrante, in situ e lobular in situ, 1 (1,0%) com carcinoma mucinoso, 1 (1,0%) com adenocarcinoma, evidência 12,7% 3,0% Qiomio Sem Qimio pacientes de 2 tumor não (2,0%) e tinham sem 6 (5,8%) anátomo- patológicos no prontuário. Sem informação O tamanho dos tumores ressecados, de acordo com dados dos Quanto houve a recidiva, o tratamento de resgate foi quimioterapia cirurgia, em 5 radioterapia (9,3%) e pacientes, cirurgia e radioterapia em 3 (5,4%) pacientes, 6 (10,9%) pacientes fizeram cirurgia e quimioterapia, pacientes, cirurgia quimioterapia em 3 (5,4%) em 16 (29%) pacientes, radioterapia em 2 (3,7%), 16 (29%) pacientes fizeram radioterapia e quimioterapia, 1 (1,8%) paciente se tratou em outro serviço, 1 (1,8%) prontuário não havia descrição e 2 (3,7%) não fizeram tratamento de resgate. Quanto ao tipo histológico dos tumores foram encontrados 59 (57,8%) resultados de anátomo-patológicos com carcinoma ductal infiltrante, 15 (14,7%) com carcinoma ductal in situ, 8 (7,8%) com carcinoma ductal infiltrante e in situ, 4 (3,9%) com carcinoma lobular, 2 (2,0%) com carcinoma medular, 1 (1,0%) com carcinoma anátomo-patológicos, variou de 0 cm a 17,0 cm em seus maiores diâmetros, sendo que 23 (22,5%) prontuários não continham esses dados no resultado do anátomo-patológico, com média de 4,2 cm de maior diâmetro. O número de linfonodos ressecados durante o ato cirúrgico em cada paciente variou de 0 a 29. Dentre os quais o número de linfonodos comprometidos variou de nenhum a 27. Do total de pacientes, 22 (21,5%) pacientes não tinham dados sobre linfonodos em seus prontuários. Até a data da última revisão de prontuários nos meses de janeiro a março de 2008, havia 39 (38,2%) pacientes que foram a óbito pelo câncer de mama, 35 (34,3%) que estavam vivas sem doença, 5 (4,9%) que estavam vivas com doença e 23 (22,6%) que estavam perdidas sem follow-up. 9 10 Sendo assim, das 102 pacientes IV - DISCUSSÃO estudadas, 55 (53,9%) apresentaram Para estudar a incidência da recidiva de câncer de mama mulheres recidiva na mama residual, 42 (76,4%) mastectomizadas na cidade de Uberlândia no no plastrão e 1 (1,8%) apresentou período de 01 de janeiro de 1999 a 31 de recidiva sem ser especificado se foi no dezembro de 2003 foram avaliados 2331 plastrão ou na mama residual. Das prontuários. demais: 47 pacientes (46,1%) não De tais em recidivas, sendo que 12 (21,8%) tiveram prontuários 809 receberam diagnóstico de câncer de mama. Dentre estes, 102 corresponderam apresentaram recidiva. às Deve-se considerar “margem exigências já descritas nos objetivos deste comprometida” a presença de neoplasia trabalho. na área pintada com tinta nanquim, logo Todas as informações utilizadas foram coletadas dos prontuários médicos das quando o tumor toca as margens de ressecção cirúrgica. No caso de margens pacientes a partir da análise dos dados ali livres, descritos pelos mastectomia cirurgiões realizada e recomenda-se designar em (tipo de milímetros a distância da neoplasia à presença de menor margem (ALLRED et al., 1998; linfonodos), pelos patologistas nos anátomo- FITZGIBBONS patológicos (tamanho e tipo histológico do avaliação das margens pode ser feita no tumor, margem livre ou comprometida) e, intra-operatório, pelos oncologistas (procedência, idade, mama extensão da cirurgia e contribui para acometida, reduzir a incidência de recidiva local tratamento pré e/ou pós- et al., pois 2000). modifica A a operatório, recidiva na mama residual ou no após plastrão, tratamento resgate e situação atual (BARROS et al., 2000; PINOTTI et al., das pacientes – viva em follow-up ou óbito). 2000). as A recidiva local depende do grau de cirurgias Neste conservadoras estudo foram agressividade do tumor, do diâmetro tumoral consideradas margens comprometidas e do comprometimento microscópico das quando as mesmas eram descritas nos margens cirúrgicas. (BARROS et al., 2000; resultados PINOTTI et al., 2000). como Em nosso estudo foram consideradas dos anátomo-patológicos comprometidas ou quando descrito que o tumor tocava as margens as pacientes que tiveram recidivas e/ou de margens dificultou sobremaneira a análise dos patológico. comprometidas no anátomo- ressecção cirúrgica. Tal fato autores, visto que nos prontuários 10 11 analisados não houve uma padronização pelos muitos prontuários analisados a margem patologistas em relação ao diagnóstico de era apenas quantificada e não descrita se margem comprometida ou livre. comprometida ou livre de tumor. Outro Em relação ao comprometimento das margens cirúrgicas, das 102 obstáculo encontrado foi a falta de pacientes consenso entre os próprios patologistas estudadas, foram encontradas 53 (52,0%) visto que, a mesma distância entre o pacientes com margens comprometidas, 38 tumor e a margem de ressecção foi (37,2%) com margens livres, 6 (5,9%) sem considerada por alguns como sendo livre margens descritas no anátomo-patológico, 5 enquanto por outros (4,9%) sem o anátomo-patológico. comprometida. Acreditamos que tal fato é foi considerada Ao analisarmos a margem cirúrgica de suma importância e deve ser discutido em relação à recidiva, encontramos 13 (24,5%) e avaliado, já que o comprometimento da pacientes margem cirúrgica é determinante para o que apresentaram margem comprometida e evoluíram com recidiva e 40 tratamento e o prognóstico da neoplasia. (75,5%) pacientes com margens comprometidas e que não tiveram recidiva local. Este resultado não foi o esperado pelos autores visto que, Significativo (p<0,01) pelo teste de qui- segundo quadrado via simulação de Monte Carlo Barros et al (2000), o comprometimento das margens cirúrgicas está diretamente relacionado a uma maior chance de com 10.000 reamostragens. p-valor = 0,000 recidiva tumoral. Em relação às pacientes que O grau de agressividade do tinham margem livre em seus anátomo- tumor é analisado pelo diagnóstico patológicos, 31 (81,5%) tiveram recidiva e 7 histopatológico, (18,4%) não tiveram recidiva. Este resultado invasivos, infiltrantes, os mais comuns também vai de encontro com os dados da entre todos os tumores de mama (75 a literatura, como no trabalho de Gorge et al. 85%) e os de pior prognóstico, pois (1998), segundo os quais era esperada uma apresentam maior probabilidade de menor ocorrência de recidiva nas pacientes com desenvolver doença metastática. Este margem livre. Estes resultados, apesar de trabalho confirma os dados da literatura confrontarem a literatura foram significativos com ao serem submetidos ao teste Qui-quadrado. Tal apresentando achado pode decorrer do fato de não haver infiltrante, sendo este o tipo histológico padronização por parte dos patologistas no mais comum correspondendo a 85% das 59 sendo os pacientes carcinoma tumores (58,41%) ductal tocante à definição de margens cirúrgicas. Em 11 12 lesões invasivas e 14 (12,72%) com carcinoma ductal in situ (MUSS, 2005). aumenta dramaticamente com o aumento da idade. A ocorrência de A dimensão do tumor tem relação câncer de mama em mulheres jovens é inversa com o prognóstico da paciente com um evento infreqüente. Cerca de 6,5% carcinoma mamário, sendo que tumores dos casos desta neoplasia ocorrem em menores apresentam maior sobrevida e menor mulheres com menos de 40 anos e índice de recidiva (YEATMAN et al., 1991). 0,6%, em mulheres com menos de 30 O tamanho do tumor é um importante anos (ARRIAGADA et al., 2002). fator prognóstico (ROSEN et al., 1989; Segundo Filho et al. (2002), pacientes CHEN et al., 1998). Pacientes com melhor com 40 anos ou menos apresentam pior prognóstico apresentam prognóstico, com sobrevida inferior carcinomas de até 1 cm, com 86% de àquelas mais idosas (78% versus 93% sobrevida sem evidência de neoplasia, após em 5 anos). No trabalho em questão, a vinte anos de seguimento, e 96% de faixa etária variou de 29 a 88 anos, com sobrevida, sem recidiva da doença, aos cinco média de 54,24; mediana de 52, o que anos de seguimento. Já pacientes com vai ao encontro da literatura. são os que tumores maiores que 2 cm apresentam risco maior de recidiva (FILHO et al., 2002). Ainda que a busca incessante por novos fatores prognósticos no O diâmetro tumoral é muito variável e em nosso estudo variou de 0 cm a 17 cm em seu maior diâmetro, com média de 4,2 cm em margem cirúrgica seu maior diâmetro. Os resultados citados não divergem da literatura, como no trabalho Clagnan et al. (2008). Nele, as médias foram respectivamente de 5,1 cm (variando entre 0,6 e 15 cm) para o Grupo Casos, 4,7 cm no Grupo Controles I (entre 1 e 19 cm) . Não foi possível estabelecer uma relação entre o diâmetro tumoral e a recidiva da neoplasia, pois 23 continham (22,5%) dos esses dados prontuários no não anátomo- patológico. O câncer de mama acomete mulheres Recidiva não sim Total 40 13 53 livre 7 31 38 não descrita 0 6 6 sem Anátomopatológico 0 5 5 47 55 102 comprometida Total carcinoma invasivo de mama seja uma constante, o comprometimento dos linfonodos axilares permanece como principal fator preditivo de recidivas e metástases (QUADROS & GEBRIM, 2007). Apesar da evolução do tratamento cirúrgico desta neoplasia, principalmente com o advento da de todas as faixas etárias e sua incidência 12 13 pesquisa do linfonodo a margens microscópicas livres de células linfadenectomia axilar ainda é uma realidade tumorais na peça removida que contém para ao o tumor (CRIPPA, 2004). Há variação & substancial muitas sentinela, pacientes, comprometimento devido metastático (LIU na modalidade de MCFADDEN, 1997). É recomendada a tratamento de acordo com a região ressecção de no mínimo 10 linfonodos, sendo geográfica. Enquanto em Utah 50,5% orientado conter no relatório do patologista o das pacientes foram mastectomizadas, número de linfonodos dissecados, número de em Connecticut, no mesmo período, linfonodos comprometidos, tamanho do maior apenas 23,1% foram submetidas a essa foco metastático, invasão capsular e extensão forma de tratamento. A escolha do tipo a tecidos extranodais coalescentes (CARTER de tratamento é influenciada pela et al., 1989; FITZGIBBONS et al., 2000). No extensão da doença, preferência do presente estudo, o número de linfonodos paciente e, principalmente, pelo médico ressecados durante o ato cirúrgico em cada assistente paciente variou de 0 a 29. Dentre os quais o presente trabalho, 74 (72,5%) pacientes número de linfonodos comprometidos variou foram de 0 a 27. Do total de pacientes, 22 (21,5%) radical, 27 (26,5%) à mastectomia não tinham dados sobre linfonodos em seus conservadora e 1 (1,0%) paciente não prontuários. Apesar das recomendações dos tinha dados sobre o tipo de mastectomia guidelines no seu prontuário. não houve padronização no (JOSLYN, submetidas 2006). a No mastectomia número de linfonodos ressecados. Desta Quando comparamos o tipo de forma, não foi possível correlacionar a mastectomia realizada e a margem presença de metástase linfonodal e recidiva cirúrgica encontramos dados sugestivos tumoral. de que as pacientes submetidas à Mais uma vez ressaltamos a importância de estudos e discussões sobre o mastectomia tema tais tiveram uma porcentagem menor de procedimentos devido à importância para o margem comprometida (49,3 %) e tratamento e o prognóstico dos pacientes maior envolvidos. Quando para a padronização de O tratamento cirúrgico conservador da mama é feito quadrantectomia, por segmentectomia sempre levando de radical margem (74 pacientes) livre (39,7%). as pacientes comparado submetidas à mastectomia conservadora ou (27 pacientes), 59,2 % apresentaram em margem consideração a relação entre o tamanho do comprometida e 29,6 % margem livre, como mostra o gráfico tumor e o tamanho da mama, sendo exigidas 13 14 abaixo. No entanto, p não foi significativo também não foi o esperado. Na prática (p>0,01). clínica admite-se que a cirurgia radical representa uma menor possibilidade de recidiva, no entanto o nosso estudo TIPO DE CIRURGIA encontrou MARGENS L/C não descrit a comprometid no sem livre A.P. AP a margens 8 1 2 27 mastectomia radical 30 5 3 74 não tem dados 1 no prontuário 0 0 0 1 Total 38 6 5 102 53 maior número de entre as comprometidas pacientes submetidas à mastectomia Total mastectomia 16 conservadora 36 um radical. O que poderia explicar a maior recorrência da neoplasia neste grupo de pacientes. TIPO DE CIRURGIA RECIDIVA LOCAL sim/ mama não Sim* residual * A.P.: Anátomo-patológico sim/ plastrão Total Não Significativo (p>0,01) pelo teste de qui- Mastectomia 16 conservadora 0 10 1 27 quadrado via simulação de Monte Carlo com mastectomia 31 radical 0 2 40 74 não tem dados 0 no prontuário 1 0 0 1 Total 1 12 42 102 10.000 reamostragens. p-valor = 0,764 Ao analisarmos o tipo de mastectomia 47 e a porcentagem de recidiva encontramos uma menor taxa de recidiva quando foi realizada a * Não há dados quanto ao local da mastectomia conservadora (27 pacientes), recidiva (plastrão ou mama residual) no onde 40,7% das pacientes apresentaram prontuário. recidiva local e 59,2% não tiveram recidivas. Em comparação com a mastectomia radical Significativo (p<0,01) pelo teste de qui- (74 pacientes), 57,5% pacientes apresentaram quadrado via simulação de Monte recidiva Carlo com 10.000 reamostragens. local contra 42,4% que não apresentaram recidiva. Esses dados ao serem avaliados pelo teste qui-quadrado p-valor = 0,000 No câncer da mama o risco de apresentaram resultado significativo. Assim metástases hematogênicas como na relação entre margem de segurança e particularmente recidiva, o resultado da comparação entre o linfonodos tipo de cirurgia e a recorrência da doença também num subgrupo de pacientes nas pacientes com axilares positivos, mas com linfonodos negativos, exige a 14 15 indicação de tratamento sistêmico adjuvante submetidas à radioterapia. Neste estudo com quimioterapia (MANSOUR et al., 1989; a realização ou não de tratamento FISHER et al., 1997). radioterápico não foi fator determinante Das pacientes analisadas 86 (85,1%) fizeram quimioterapia e 13 (12,87%) não para a incidência de recidiva. RECIDIVA LOCAL RXT PRÉ/PÓS fizeram. Das 47 (47%) pacientes que não não tiveram recidiva local a maioria foi submetida não pósfez informa operatória prépré e pós- operatóri operatória a Total não 3 1 40 3 0 47 à quimioterapia (87,2%). Dentre as 53 (53%) Sim* 0 0 1 0 0 1 que tiveram recidiva local a maioria também sim/ mama residual 3 0 9 0 0 12 sim/ plastrão 13 2 25 0 2 42 Total 19 3 75 3 2 102 foi submetida à quimioterapia (83,01%). Neste estudo a realização ou não de tratamento quimioterápico não foi fator determinante para a incidência de recidiva. * Não há dados quanto ao local da recidiva RECIDIVA LOCAL QUIMIOTERAPIA PRÉ/PÓS (plastrão ou mama residual) no prontuário pré e não póspós- prénão infor operat operat operat fez ma ória ória ória Total Não Significativo (p>0,01) pelo teste de não 5 1 33 8 0 47 Carlo com 10.000 reamostragens. Sim* 0 0 1 0 0 1 sim/ mama residual 2 0 10 0 0 12 sim/ plastrão 6 2 28 5 1 42 4 ensaios clínicos randomizados do Total 13 3 72 13 1 102 grudo de Milão. Após observar recidiva qui-quadrado via simulação de Monte p-valor = 0,125 Veronesi et al. (1995), comparou local e sobrevida demonstrou que a * Não há dados quanto ao local da recidiva sobrevida é semelhante em todos os (plastrão ou mama residual) no prontuário seguimentos do tratamento cirúrgico, Não Significativo (p>0,01) pelo teste de qui- entretanto existia grande variação nas quadrado via simulação de Monte Carlo com taxas de recidiva local e sobrevida 10.000 reamostragens. p-valor = 0,882 conforme o tipo de cirurgia e a redução Das pacientes analisadas 80 (78,4%) das margens cirúrgicas. A ausência de fizeram radioterapia e 19 (18,6%) não radioterapia e o tipo de cirurgia tiveram fizeram. Dentre as que não tiveram recidiva influência significativa na taxa de local 43 (91,4 %) foram submetidas à recidiva local. A radioterapia não pode radioterapia e as pacientes que tiveram resgatar recidiva (RENTON et al., 1996). local (42%) também foram uma cirurgia inadequada 15 16 O recrudescimento do tumor após a cirurgia conservadora pode representar tanto tumor residual como um novo VI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS tumor primário. O prognóstico é dependente das ALLRED, D.C. et al. - Prognostic características biológicas do tumor original e and predictive factors in breast do tumor recidivado. No momento, o melhor cancer fator preditivo do desfecho da paciente que analysis. Mod Pathol v. 11, p. 155- apresenta recidiva local é a extensão da 168, 1998. doença no momento do tratamento primário ARRIAGADA, R. et al. - Predictive (BIAZÚS et al., 2001). factors for local recurrence in 2006 by immunohistochemical patients with surgically resected V- CONCLUSÃO Neste estudo a recidiva esteve mais small breast cancer. Ann Oncol v. 13, n. 9, p. 1404-1413, 2002. relacionada com a margem cirúrgica e com o BARROS, tipo de mastectomia. Sendo que a margem Experiência com a Avaliação Intra- cirúrgica comprometida e a mastectomia operatória das Margens Cirúrgicas radical representaram menor incidência de no recidiva tumoral, o que contraria os dados da Invasor Inicial de Mama: Influência literatura. na Conduta Imediata. Revista de A.C.S.D. Tratamento et do al. Carcinoma Tal fato tornou clara a necessidade de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de uma padronização dos critérios de margem Janeiro, v. 11, n. 4, p. 231-236, cirúrgica e ressecção linfonodal, os quais 2000. devem ser definidos em protocolo rígido e BERNSTURI V. et al. - How young histologicamente confirmado para se atingir o is too young? The impact of age ion objetivo de reduzir a recidiva local. premenopausal breast câncer prognosis. Breast Cancer Res Treat v.76, p. 137, 2002. BIAZÚS, J.V. et al. 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