HISTORIA – IZABEL – 2º ano

Propaganda
HISTÓRIA - IZABEL
1.
“Os libertários – anarquistas e anarcossindicalistas –
concentram sua atuação na vida educativa, feita através da
propaganda escrita e oral – jornais, livros, folhetos, revistas,
conferências, comícios, além de festas, piqueniques, peças
teatrais –, no sentido de disseminar o ideal libertário de
emancipação social (...)”
SFERRA, Giuseppina. Anarquismo e Anarcossindicalismo. São Paulo:
Ática, 1987, p. 21.
4. A ação da Prússia na condução do processo de unificação
da Alemanha foi eficaz e, conforme pode ser observado na
legenda do mapa ao lado, cronologicamente rápida. A
anexação dos territórios que pertenciam à Dinamarca, ao
Império Austro-húngaro e à França, todavia, só foi
viabilizada por meio de intensos conflitos militares que,
embora tenham ocorrido no século XIX, foram de
fundamental importância para a definição das alianças que se
enfrentaram na I Guerra Mundial (1914-1918).
Tomando como referência o fragmento de texto acima:
a) indique duas ideias ligadas ao movimento anarquista na
Europa do século XIX;
b) analise a concepção de Estado defendida pelos anarquistas.
2.
Leia os trechos a seguir, extraídos do Manifesto
Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels, e responda ao
que se pede.
"O operário moderno ao invés de ascender com o progresso
da indústria, afunda-se cada vez mais abaixo das condições
de sua própria classe. (...) A burguesia produz, antes de mais
nada, seus próprios coveiros. Seu declínio e a vitória do
proletariado são igualmente inevitáveis. (...) O que
caracteriza o comunismo não é a supressão da propriedade
privada em si, mas a supressão da propriedade burguesa. (...)
A propriedade burguesa moderna constitui a última e mais
completa expressão do modo de produção e apropriação
baseado em antagonismos de classe, na exploração de uma
classe por outra."
(In Reis Filho, Daniel Aarão (Org.). "O Manifesto Comunista 150
anos depois". São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1998, pp. 19, 20 e 21.)
a) A Igreja toma posição sobre as ideias socialistas por meio
da Encíclica "Rerum Novarum" do Papa Leão XIII.
Mencione um posicionamento da Igreja que contradizia as
ideias defendidas, pelo texto apresentado, por Karl Marx e
Friedrich Engels.
b) Relacione o capitalismo industrial com o surgimento dos
movimentos socialistas.
3.
Escrito em 1880, o livro de Friederich Engels, Do
Socialismo Utópico ao Socialismo Científico, buscou discutir
os limites do chamado Socialismo Utópico. Os filósofos do
Socialismo Utópico acreditavam que a partir da compreensão
e da boa vontade da burguesia se poderia transformar a
sociedade capitalista, eliminando o individualismo, a
competição, a propriedade individual e os lucros excessivos,
todos responsáveis pela miséria dos trabalhadores. Como
alternativa àquela corrente, Engels e Marx propunham o
Socialismo Científico.
Com base nessa informação:
a) caracterize a alternativa proposta por Engels e Marx - o
Socialismo Científico - em relação ao papel dos trabalhadores
na transformação da sociedade.
b) mencione uma proposta levada a efeito pelos socialistas
utópicos.
Com base no mapa da Unificação Alemã, explique o conflito
territorial envolvendo França e Alemanha, presente na Guerra
Franco-Prussiana e na I Guerra Mundial.
5.
A partir dos anos de 1848/1850, o panorama político europeu
foi caracterizado pelo processo de construção do Reino da
Itália e de formação do Império Alemão.
Comparando os dois processos de unificação, descreva a
participação dos setores populares em cada um deles.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Ao longo do século XIX é possível identificar
algumas tentativas de integração europeia, que não
alcançaram grande repercussão. A ideia de uma Europa unida
estava ainda distante. Segundo Bismark, Chanceler da Prússia
e depois da Alemanha, "quem fala de Europa, se equivoca.
Noção geográfica... ficção insustentável."
Contudo, na segunda metade do século XX, se
fortaleceu a proposta de uma maior integração econômica e
política do continente, com a assinatura do Tratado de Roma
e a constituição da comunidade Econômica Europeia (CEE).
6.
Identifique uma razão que tenha levado Bismark a
mostrar-se pessimista quanto à possibilidade de uma união
europeia em fins do século XIX.
7. A Unificação Italiana mesclou as lutas nacionais com as
reivindicações dos camponeses que queriam o fim do laço de
servidão e o acesso à terra. Mas essas reivindicações não
foram atendidas.
a) De que forma a unificação beneficiou a população do norte
da Itália em detrimento dos camponeses do sul?
b) Quais as consequência sociais do aumento da miséria entre
os camponeses italianos do sul?
8. Frederick Jackson Turner, em “O significado da fronteira
na história americana” (1893), apresentou-nos um
determinado imaginário sobre o Oeste: “Até os nossos dias, a
história americana foi em grande medida a história da
colonização do Grande Oeste. A existência de uma área de
terras livres, sua contínua recessão e o avanço do
povoamento americano em direção ao Oeste, explicam o
desenvolvimento americano.”
9.
No fim do século XIX, Frederick Jackson Turner
elaborou uma tese sobre a “fronteira” como definidora do
caráter dos Estados Unidos até então. A força do indivíduo, a
democracia, a informalidade e até o caráter rude estariam
presentes no diálogo entre a civilização e a barbárie que a
fronteira propiciava. As tradições europeias foram sendo
abandonadas à medida que o desbravador se aprofundava no
território em expansão dos Estados Unidos.
Em relação à questão da fronteira nos Estados Unidos,
responda:
a) De quais grupos ou países essas terras foram sendo
retiradas no século XIX?
b) O que foi o “Destino Manifesto” e qual seu papel nessa
expansão?
10. Leia a letra da canção e o documento que seguem.
Fruta estranha
Árvores do sul produzem uma fruta estranha,
sangue nas folhas e nas raízes,
corpos negros balançando na brisa do sul,
frutas estranhas penduradas nos álamos.
Cena pastoril do valente sul,
os olhos inchados e a boca torcida,
perfume de magnólias, doce e fresco,
então, o repentino cheiro de carne queimando.
Aqui está a fruta para os corvos arrancarem,
para a chuva recolher, para o vento sugar,
para o sol apodrecer, para as árvores derrubarem,
aqui está a estranha e amarga colheita.
MEEROPOL , Abel. Strange Fruit. In: MARGOLICK, David. Strange
Fruit: Billie Holiday e a biografia de uma canção. São Paulo: Cosac Naify,
2012. (Adaptado).
Todas as pessoas nascidas e naturalizadas nos Estados
Unidos, e sujeitas à sua jurisdição, são cidadãos dos Estados
Unidos e dos estados em que residem. Nenhum Estado
poderá fazer ou criar qualquer lei que crie privilégios e
imunidades para cidadãos dos Estados Unidos; nenhum
Estado poderá privar qualquer pessoa da vida, liberdade e
propriedade, nem negar para qualquer pessoa a igual proteção
das leis.
XIV EMENDA À CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DA
AMÉRICA, 1868. Disponível em: <direitosfundamentais.net/2008/10/23>.
Acesso em: 15 abr. 2013. (Adaptado).
Comparando as duas perspectivas - o texto e o mapa - sobre a
expansão territorial no século XIX:
a) responda se o Oeste era uma região despovoada
aguardando a colonização pelo homem branco e justifique
sua resposta;
b) cite duas motivações econômicas que tenham levado o
grande capital a investir nessa expansão territorial atraindo
para lá imigrantes e habitantes das cidades do Leste.
A composição “Fruta estranha” ficou conhecida, nos Estados
Unidos, pela interpretação de Billie Holiday, que a cantou,
pela primeira vez, em 1939. Desde então, essa composição
tornou-se símbolo de protesto, aludindo a uma prática
cotidiana contrária à emenda constitucional, datada de 1868.
Considerando-se o exposto, explique
a) a relação entre a composição e a questão racial, com base
no contexto da Guerra Civil norte-americana (1860-1865);
b) como a metáfora “fruta estranha” refere-se à contradição
entre as leis e as práticas político-sociais do sul dos
Estados Unidos.
11. Leia o excerto do documento abaixo.
Temos diante do cumprimento de nossa missão – para todo
desenvolvimento do princípio de nossa organização – a
liberdade de consciência, a liberdade da pessoa, a liberdade
de comércio e negócios, a universalidade da liberdade e da
igualdade. Esse é o nosso elevado destino, eterno e
inevitável, decreto da natureza de causa e efeito, que
devemos realizar. Tudo isso será a nossa história futura para
estabelecer na terra a dignidade moral e a salvação do
homem. Para levar essa missão abençoada às nações do
mundo, que estão afastadas da luz que dá vida de verdade, foi
escolhida a América. Então, quem pode duvidar que o nosso
país será destinado a ser a grande nação do futuro?
SULLIVAN, John O'. Destino Manifesto, 1839. Disponível em:
<www.mtholyoke.edu/acad/intrel/osulliva.htm>. Acesso em: 11 out. 2010.
[Adaptado]
Esse discurso, conhecido como Destino Manifesto (1839),
expressava as bases nas quais se sustentava a política externa
dos Estados Unidos. Além disso, ele produziu uma imagem
sobre a nação norte-americana que permanece sendo
atualizada. Diante do exposto, explique a relação entre
a) os princípios do Destino Manifesto e a autoimagem da
nação norte-americana;
b) essa autoimagem e a política externa norte-americana, na
década de 1840.
12.
Nos Estados Unidos da década de 1870, o projeto
político sulista de excluir os negros venceu. Os Republicanos
Radicais ficaram isolados em sua defesa dos negros e tiveram
que enfrentar a oposição violenta do terrorismo branco no
sul. A Ku Klux Klan, formada por veteranos do exército
confederado, virou uma organização de terroristas,
perseguindo os negros e seus aliados com incêndios, surras e
linchamentos. A depressão de 1873 apressou o declínio dos
Republicanos Radicais, que sentiram a falta do apoio
financeiro dos bancos. Para o público, a corrupção tolerada
pelos Republicanos Radicais agora parecia um desperdício
inaceitável.
(Adaptado de Peter Louis Eisenberg, "Guerra Civil Americana".
São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 102-105.)
a) De acordo com o texto, aponte dois fatores que levaram à
vitória do projeto de exclusão dos negros no sul dos Estados
Unidos após a Guerra da Secessão.
b) Quais foram as causas da Guerra da Secessão?
13.
Nos Estados Unidos, a expansão para o Oeste se
completou no final do século XIX. Discorra sobre esse
fenômeno histórico no que se refere
a) à questão indígena e à incorporação de terras para a
agricultura.
b) ao Oeste, como temática da cultura norte-americana, por
exemplo na literatura, no cinema e nos meios de
comunicação.
14.
Se vendemos nossa terra a vós, deveis conservá-la à
parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem
branco possa ir sorver a brisa aromatizada pelas flores dos
bosques.
Assim consideraremos vossa proposta de comprar
nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, farei uma
condição: o homem branco terá que tratar os animais desta
terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e não compreendo outro modo.
Tenho visto milhares de búfalos apodrecerem nas pradarias,
deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em
movimento. Sou um selvagem e não compreendo como o
fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o
búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos.
(Carta do chefe índio Seattle ao presidente dos Estados Unidos,
que pretendia comprar as terras de sua tribo em 1855.)
a) Identifique uma diferença na maneira do chefe índio e dos
brancos entenderem a relação entre o homem e a natureza.
b) Explique as consequências, para a população indígena dos
Estados Unidos, do contato com os brancos.
15. "De puramente defensiva, tal qual era, em sua origem, a
doutrina Monroe, graēas ą extensćo do poder norteamericano e ąs transformaēões sucessivas do espķrito
nacional, converteu-se em verdadeira arma de combate sob a
lideranēa de Teodoro Roosevelt"
Barral-Montferrat, 1909.
a) Qual a proposta da doutrina Monroe?
b) Explique a razćo pela qual a doutrina se "converteu em
arma de combate sob a lideranēa de Teodoro Roosevelt".
Exemplifique.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
a) Várias ideias podem ser associadas aos anarquistas na
Europa do século XIX dentre elas a de que a educação deve
ser um agente revolucionário e ter como objetivo destruir
tudo que oprime e explora o ser humano. Outra ideia central
do movimento anarquista é a da primazia do indivíduo sobre
a sociedade, da qual decorre a noção de que o indivíduo é
único e que possui, por sua natureza, direitos que não podem
ser discutidos por nenhuma forma de organização social. O
movimento também se posiciona contra o sistema de
representação característico das democracias liberais,
afirmando a ação direta do indivíduo na sociedade. As ideias
anarquistas também contemplam a crítica a todas as formas
de preconceitos morais e ideológicos, com isso pretendiam
fazer do indivíduo um ser sem condicionamentos mentais,
garantindo a sua total liberdade.
Desse modo, podemos sintetizar assim essas ideias: defesa de
uma sociedade baseada na liberdade dos indivíduos,
solidariedade, coexistência harmoniosa, propriedade coletiva,
autodisciplina, responsabilidade (individual e coletiva) e
forma de governo baseada na autogestão.
b) Os anarquistas defendem que em lugar de se apoderarem
do Estado, os trabalhadores devem lutar pela sua abolição
radical e imediata. Da mesma forma, acreditam que deve ser
abolido todo o tipo de autoridade política opressora da
liberdade humana. Preconizam a autogestão. E também
concordam com a organização dos indivíduos.
Essa organização deve levar em conta a ação consciente e
voluntária de seus membros, promovendo a total igualdade de
modo a limitar as formas tradicionais de domínio político. Os
anarquistas defendem desde o século XIX a criação de
sociedades mutualistas, cooperativas, associações de
trabalhadores (sindicatos e confederações), escolas, colônias
e experiências de autogestão.
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS:
Sferra, Giuseppina. Anarquismo e Anarcossindicalismo. São
Paulo, Ática, 1987.
Addor, Carlos. A insurreição anarquista no Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro, Dois Pontos, 1986.
Anarquismo é uma filosofia política surgida no século XIX
que engloba teorias, métodos e ações que objetivam a
eliminação total de todas as formas de governo compulsório.
De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de
ordem hierárquica que não seja livremente aceita e, assim,
preconizam os tipos de organizações libertárias.
A consolidação dos seus ideais se baseia numa série de
debates em torno da forma mais adequada para se alcançar e
se manter uma sociedade anárquica. Eles perpassam a
necessidade ou não da existência de uma moral anarquista, de
uma plataforma organizacional, questões referentes ao
determinismo da natureza humana, modelos educacionais e
implicações técnicas, científicas, sociais e políticas da
sociedade pós-revolução.
Resposta da questão 2:
a) A preservação da propriedade privada e a recusa à ideia da
luta de classes e a proposta da convivência harmoniosa entre
as classes sociais.
b) O crescimento dos movimentos reivindicatórios que
propõem a superação do capitalismo se relaciona com
aspectos do capitalismo industrial relativos ao mundo do
trabalho (a concentração de trabalhadores em centros urbanos
vivendo em situação de miséria e trabalhando em condições
degradantes etc.)
Resposta da questão 3:
a) O candidato poderá:
- responder que, para os socialistas científicos, somente os
trabalhadores, através de sua organização e de uma ação
revolucionária para tomar o poder, seriam capazes de
transformar a sociedade capitalista, eliminando as
desigualdades e a miséria;
- discutir a proposta do socialismo científico, destacando a
luta entre os que detêm os meios de produção (a burguesia) e
os que possuem apenas a força de trabalho (proletariado),
ressaltando que - na ótica de Marx e Engels - os interesses
das duas classes sociais são irreconciliáveis, daí a noção de
luta de classes;
- destacar que o socialismo científico ganhou força na
segunda metade do século XIX, posto que veio a ser a base
das conquistas pela melhoria das condições de trabalho e de
salário do proletariado;
- ressaltar que o socialismo científico - como força política modificou profundamente o estilo da vida pública,
introduzindo novos métodos de análise da sociedade,
constituindo-se como uma força de oposição ao status quo;
- enfatizar, ainda, que o socialismo científico preconizava o
fim da exploração do homem pelo homem e a defesa da
construção de uma sociedade sem classes, com o
desaparecimento gradual do Estado.
b) Uma das seguintes respostas poderá ser dada:
- para Fourier, os socialistas deveriam fundar comunidades modelo denominadas "falanstérios", nas quais todos os
participantes experimentariam as várias formas de trabalho,
evitando a inveja e a especialização do trabalho.
- para Louis Blanc, os socialistas deveriam reivindicar a
criação de fábricas - cooperativas, em associação com o
Estado.
- para Robert Owen, os socialistas deveriam organizar
associações de produtores, incluindo os proprietários e os
trabalhadores, que dirigiriam as fábricas, tornando os meios
de produção coletivos.
- para Saint-Simon, o socialismo viria da ação filantrópica
dos capitalistas que, através da diminuição dos seus lucros,
aumentariam os salários dos trabalhadores, chegando a uma
sociedade de iguais.
Resposta da questão 4:
Os desentendimento entre essas duas potências tem início na
disputa pela sucessão do trono espanhol, em 1870. Bismarck,
líder alemão, apoiou a candidatura de um membro da dinastia
Hohenzollern e Napoleão III, líder francês, não concordou
com isso, temendo que a Alemanha ficasse poderosa demais.
Napoleão ameaçou declarar guerra à Alemanha em caso de
manutenção do apoio à candidatura Hohenzollen. Diante
disso, foi Bismarck que declarou guerra à França,
deflagrando a chamada Guerra Franco-Prussiana. Essa guerra
foi vencida pela Alemanha que, além disso, tomou parte do
território francês (a ilha de Alsácia-Lorena).
Devido a isso, os franceses desenvolveram um sentimento de
vingança contra a Alemanha, que foi responsável por colocar
França e Alemanha em lados opostos na Primeira Guerra.
Resposta da questão 5:
Na Itália, o processo de unificação contou com o apoio dos
setores populares rurais e urbanos, organizados a partir da
liderança de liberais e de conservadores.
Na Alemanha, o processo realizou-se a partir do Estado, que
tomou a iniciativa de transformar a unificação no processo de
modernização, sem contar com o apoio das camadas
populares.
Resposta da questão 6:
No final do século XIX, a Europa era palco de diversos
movimentos nacionalistas, como os de unificação da Itália e
da Alemanha além, das acirradas disputas colonialistas entre
as nações industrializadas por territórios na África e na Ásia.
Esse cenário tornava inviável qualquer possibilidade de
integração das nações europeias. Por exemplo, Bismark na
condução do processo de unificação da Alemanha,
preconizava a política do "Ferro e Sangue", uma política de
desenvolvimento industrial e de guerras contra as demais
potências, o que expressava o grau do espírito de
concorrência da Alemanha com as demais nações europeias.
Resposta da questão 7:
a) O norte liderou a unificação a partir de uma monarquia
liberal industrializando-se com mão de obra barata do sul.
b) Êxodo rural. Muitos desempregados emigraram para as
Américas.
Resposta da questão 8:
a) Obviamente todas as terras estavam ocupadas por
diferentes comunidades indígenas, tais como, Cherokees,
Creek, Seminoles, Navajos, Sioux, Comanches, Shoshoni
e Apaches são algumas das mais conhecidas. Desde 1830,
o Decreto de Remoção Indígena (Indian Removal Act)
confinou 60 mil índios de 5 tribos consideradas civilizadas
no chamado Território Indígena (atual estado de
Oklahoma). A partir de 1870 o governo federal deixou de
reconhecer as tribos como entidades independentes e de
negociar com os chefes tribais. Os índios sofreram o
processo de aculturação e foram forçados a abandonar a
sua cultura e assimilar a cultura ocidental. Finalmente, o
Dawes Severalty Act, de 1887, autorizou o presidente a
dividir as terras das tribos indígenas, criando lotes para
indivíduos indígenas somente.
Também o Texas (anexado em 1845) e os territórios
conquistados ao México durante a guerra (1846-48) –
Califórnia, Arizona, Utah, Novo México, Oregon,
Washington e Colorado – contavam com a presença de
populações hispano-americanas.
b) Havia muitos motivos econômicos que podem ser
citados para a “Marcha para o Oeste”, tais como: a
mineração na região da Califórnia em 1848, a criação de
gado, o desenvolvimento da agricultura em grande
escala/em especial as plantations no Novo Sul (algodão),
petróleo e a construção de ferrovias (Northern, Central e
Southern Pacific) cruzando o continente. Foi muito
importante para o sucesso desses investimentos a política
do governo de promoção da ocupação dessas terras por
meio do Homestead Act (1862) que se deu no governo de
Lincoln: decreto do Congresso que autorizava todo chefe
de família e cidadão americano acima de 21 anos reclamar
até 160 acres de terras públicas no Oeste, sem qualquer
custo, pagando apenas a pequena taxa do seu registro.
Resposta da questão 9:
a) Grupos indígenas, França, Espanha, México (destaque para
a Guerra dos EUA contra o México), Rússia.
b) Os EUA ligavam a sua expansão territorial a uma missão
divina de levar o progresso e a liberdade aos povos e
territórios conquistados.
Resposta da questão 10:
a) O sul dos EUA, na época colonial, era agrário e
escravocrata. Depois da independência, a escravidão foi
mantida nos estados do sul e, apesar de a constituição
prever que “nenhum estado poderá privar qualquer pessoa
da vida, liberdade e propriedade”, os negros eram
excluídos e explorados pelos sulistas. É sobre isso que
versa a canção. E uma das razões para a guerra civil norteamericana foi a insistência do norte em abolir a
escravidão.
b) Apesar das leis preverem o respeito a qualquer cidadão
norte-americano, afirmando que “nenhum estado poderá
privar qualquer pessoa da vida, liberdade e propriedade”, os
negros, no sul dos EUA, eram tratados como uma “fruta
estranha”, alguém a quem a lei não se aplica e, por isso,
existia uma grande contradição entre a lei e a ação dos
brancos sobre os negros no sul norte-americano.
Resposta da questão 11:
a) O Destino Manifesto (1839) explicita dois princípios, o de
povo escolhido por Deus (destinado) e o da premência de
uma missão civilizatória (expansão). A relação entre
discurso religioso e político, presente no Destino
Manifesto, reafirmará, constantemente, a imagem de um
país que tem uma missão planetária, zelando pela
liberdade e impondo-se como uma grande nação. Essa
autoimagem da nação se vê atualizada nos discursos
políticos
norte-americanos
e
na
empreitada
cinematográfica hollywoodiana.
b) A relação entre a autoimagem norte-americana e sua
política externa, na década de 1840, explicita-se no fato de
que o Destino Manifesto expressa um estímulo à
expansão, não apenas de territórios, mas de ideias. A
expansão geográfica viu-se efetivada na Marcha para o
Oeste, que conquistou territórios para a nação norteamericana por meio de uma política externa ora ofensiva
(a Guerra com o México e a dizimação das tribos
indígenas), ora diplomática (a compra de territórios que
pertenciam aos países europeus). A expansão de ideias
dependeria de um movimento contínuo de exportação de
políticas culturais, conhecido como “americanismo”.
Resposta da questão 12:
a) Segundo o texto, o enfraquecimento dos republicanos
radicais (favoráveis aos negros) causado pela redução do
apoio financeiro dos bancos a eles, devido a depressão de
1873. Por outro lado, desencadeou-se a atividade terrorista
praticada pela Ku Klux Klan contra os negros nos estados
sulistas.
b) Diferenças entre o Norte e o Sul dos Estados Unidos,
sendo o primeiro industrial, burguês, abolicionista e defensor
do protecionismo alfandegário; já o Sul era agroexportador,
aristocrático, escravista e defensor do livre-cambismo.
Resposta da questão 13:
a) Durante o processo de expansão para o Oeste, ocorrido nos
Estados Unidos no século XIX, as terras, que eram
originalmente ocupadas por diferentes povos indígenas,
foram invadidas para a promoção do alargamento das
fronteiras agrícolas. O governo norte-americano recorreu ao
confronto com os nativos, o que resultou no massacre das
populações indígenas e no confinamento dos sobreviventes
em reservas. O Estado estimulava a ocupação das terras do
Oeste através do Homestead Act, lei que assegurava a
imigrantes europeus um lote de terras do Estado após 5 anos
de permanência em regime de posse. Tal política visava
incentivar a imigração europeia, não incluindo os índios no
projeto de desenvolvimento econômico.
b) Na literatura, no cinema e nos demais meios de
comunicação, a expansão para o Oeste é retratada como uma
conquista de heróis desbravadores, personificados na figura
dos pioneiros (e, em particular, do cowboy), possuidores dos
valores morais de justiça e religiosidade da sociedade branca
norte-americana. Os índios são retratados como inimigos a
serem mortos ou povos inferiores a serem civilizados.
Resposta da questão 14:
a) Nas palavras do chefe índio, evidenciam-se valores de uma
sociedade estruturada a partir do coletivismo e da
subsistência e que respeita a natureza. Quanto aos brancos, a
preocupação com a produção de excedentes, o imediatismo
do lucro e a valorização da propriedade são valores que
induzem à destruição da natureza.
b) A população indígena, quando não foi vitimada pelo
extermínio, perdeu seus territórios, teve desarticuladas suas
formas de produção ou foi aculturada pelo homem branco.
Resposta da questão 15:
a) A proposta da Doutrina Monroe era de combater qualquer
tentativa de recolonização das nações latino-americanas
recém-emancipadas, em resposta aos propósitos da Espanha
integrada à Santa Aliança de retomar suas colônias na
América.
b) Durante o governo de Theodore Roosevelt, a Doutrina
Monroe foi substituída pela política do "Big Stick Policy"
(Grande Porrete) uma clara postura imperialista dos Estados
Unidos em relação à América Latina baseada em
intervenções militares no continente.
Como exemplo intervenções dos EUA apoiadas no Big
Stick, pode-se mencionar a da República Doninicana em
1904 apioando a ascesão de Rafael Trujillo que se manteve
no poder por mais de 30 anos e a do Panamá em apoio aos
rebeldes que lutavam pela emancipação do país em relação à
Colômbia no início do século XX. Nesse caso, os Estados
Unidos visavam a construção do canal interoceânico.
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