HISTÓRIA - IZABEL 1. “Os libertários – anarquistas e anarcossindicalistas – concentram sua atuação na vida educativa, feita através da propaganda escrita e oral – jornais, livros, folhetos, revistas, conferências, comícios, além de festas, piqueniques, peças teatrais –, no sentido de disseminar o ideal libertário de emancipação social (...)” SFERRA, Giuseppina. Anarquismo e Anarcossindicalismo. São Paulo: Ática, 1987, p. 21. 4. A ação da Prússia na condução do processo de unificação da Alemanha foi eficaz e, conforme pode ser observado na legenda do mapa ao lado, cronologicamente rápida. A anexação dos territórios que pertenciam à Dinamarca, ao Império Austro-húngaro e à França, todavia, só foi viabilizada por meio de intensos conflitos militares que, embora tenham ocorrido no século XIX, foram de fundamental importância para a definição das alianças que se enfrentaram na I Guerra Mundial (1914-1918). Tomando como referência o fragmento de texto acima: a) indique duas ideias ligadas ao movimento anarquista na Europa do século XIX; b) analise a concepção de Estado defendida pelos anarquistas. 2. Leia os trechos a seguir, extraídos do Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels, e responda ao que se pede. "O operário moderno ao invés de ascender com o progresso da indústria, afunda-se cada vez mais abaixo das condições de sua própria classe. (...) A burguesia produz, antes de mais nada, seus próprios coveiros. Seu declínio e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis. (...) O que caracteriza o comunismo não é a supressão da propriedade privada em si, mas a supressão da propriedade burguesa. (...) A propriedade burguesa moderna constitui a última e mais completa expressão do modo de produção e apropriação baseado em antagonismos de classe, na exploração de uma classe por outra." (In Reis Filho, Daniel Aarão (Org.). "O Manifesto Comunista 150 anos depois". São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1998, pp. 19, 20 e 21.) a) A Igreja toma posição sobre as ideias socialistas por meio da Encíclica "Rerum Novarum" do Papa Leão XIII. Mencione um posicionamento da Igreja que contradizia as ideias defendidas, pelo texto apresentado, por Karl Marx e Friedrich Engels. b) Relacione o capitalismo industrial com o surgimento dos movimentos socialistas. 3. Escrito em 1880, o livro de Friederich Engels, Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico, buscou discutir os limites do chamado Socialismo Utópico. Os filósofos do Socialismo Utópico acreditavam que a partir da compreensão e da boa vontade da burguesia se poderia transformar a sociedade capitalista, eliminando o individualismo, a competição, a propriedade individual e os lucros excessivos, todos responsáveis pela miséria dos trabalhadores. Como alternativa àquela corrente, Engels e Marx propunham o Socialismo Científico. Com base nessa informação: a) caracterize a alternativa proposta por Engels e Marx - o Socialismo Científico - em relação ao papel dos trabalhadores na transformação da sociedade. b) mencione uma proposta levada a efeito pelos socialistas utópicos. Com base no mapa da Unificação Alemã, explique o conflito territorial envolvendo França e Alemanha, presente na Guerra Franco-Prussiana e na I Guerra Mundial. 5. A partir dos anos de 1848/1850, o panorama político europeu foi caracterizado pelo processo de construção do Reino da Itália e de formação do Império Alemão. Comparando os dois processos de unificação, descreva a participação dos setores populares em cada um deles. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Ao longo do século XIX é possível identificar algumas tentativas de integração europeia, que não alcançaram grande repercussão. A ideia de uma Europa unida estava ainda distante. Segundo Bismark, Chanceler da Prússia e depois da Alemanha, "quem fala de Europa, se equivoca. Noção geográfica... ficção insustentável." Contudo, na segunda metade do século XX, se fortaleceu a proposta de uma maior integração econômica e política do continente, com a assinatura do Tratado de Roma e a constituição da comunidade Econômica Europeia (CEE). 6. Identifique uma razão que tenha levado Bismark a mostrar-se pessimista quanto à possibilidade de uma união europeia em fins do século XIX. 7. A Unificação Italiana mesclou as lutas nacionais com as reivindicações dos camponeses que queriam o fim do laço de servidão e o acesso à terra. Mas essas reivindicações não foram atendidas. a) De que forma a unificação beneficiou a população do norte da Itália em detrimento dos camponeses do sul? b) Quais as consequência sociais do aumento da miséria entre os camponeses italianos do sul? 8. Frederick Jackson Turner, em “O significado da fronteira na história americana” (1893), apresentou-nos um determinado imaginário sobre o Oeste: “Até os nossos dias, a história americana foi em grande medida a história da colonização do Grande Oeste. A existência de uma área de terras livres, sua contínua recessão e o avanço do povoamento americano em direção ao Oeste, explicam o desenvolvimento americano.” 9. No fim do século XIX, Frederick Jackson Turner elaborou uma tese sobre a “fronteira” como definidora do caráter dos Estados Unidos até então. A força do indivíduo, a democracia, a informalidade e até o caráter rude estariam presentes no diálogo entre a civilização e a barbárie que a fronteira propiciava. As tradições europeias foram sendo abandonadas à medida que o desbravador se aprofundava no território em expansão dos Estados Unidos. Em relação à questão da fronteira nos Estados Unidos, responda: a) De quais grupos ou países essas terras foram sendo retiradas no século XIX? b) O que foi o “Destino Manifesto” e qual seu papel nessa expansão? 10. Leia a letra da canção e o documento que seguem. Fruta estranha Árvores do sul produzem uma fruta estranha, sangue nas folhas e nas raízes, corpos negros balançando na brisa do sul, frutas estranhas penduradas nos álamos. Cena pastoril do valente sul, os olhos inchados e a boca torcida, perfume de magnólias, doce e fresco, então, o repentino cheiro de carne queimando. Aqui está a fruta para os corvos arrancarem, para a chuva recolher, para o vento sugar, para o sol apodrecer, para as árvores derrubarem, aqui está a estranha e amarga colheita. MEEROPOL , Abel. Strange Fruit. In: MARGOLICK, David. Strange Fruit: Billie Holiday e a biografia de uma canção. São Paulo: Cosac Naify, 2012. (Adaptado). Todas as pessoas nascidas e naturalizadas nos Estados Unidos, e sujeitas à sua jurisdição, são cidadãos dos Estados Unidos e dos estados em que residem. Nenhum Estado poderá fazer ou criar qualquer lei que crie privilégios e imunidades para cidadãos dos Estados Unidos; nenhum Estado poderá privar qualquer pessoa da vida, liberdade e propriedade, nem negar para qualquer pessoa a igual proteção das leis. XIV EMENDA À CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 1868. Disponível em: <direitosfundamentais.net/2008/10/23>. Acesso em: 15 abr. 2013. (Adaptado). Comparando as duas perspectivas - o texto e o mapa - sobre a expansão territorial no século XIX: a) responda se o Oeste era uma região despovoada aguardando a colonização pelo homem branco e justifique sua resposta; b) cite duas motivações econômicas que tenham levado o grande capital a investir nessa expansão territorial atraindo para lá imigrantes e habitantes das cidades do Leste. A composição “Fruta estranha” ficou conhecida, nos Estados Unidos, pela interpretação de Billie Holiday, que a cantou, pela primeira vez, em 1939. Desde então, essa composição tornou-se símbolo de protesto, aludindo a uma prática cotidiana contrária à emenda constitucional, datada de 1868. Considerando-se o exposto, explique a) a relação entre a composição e a questão racial, com base no contexto da Guerra Civil norte-americana (1860-1865); b) como a metáfora “fruta estranha” refere-se à contradição entre as leis e as práticas político-sociais do sul dos Estados Unidos. 11. Leia o excerto do documento abaixo. Temos diante do cumprimento de nossa missão – para todo desenvolvimento do princípio de nossa organização – a liberdade de consciência, a liberdade da pessoa, a liberdade de comércio e negócios, a universalidade da liberdade e da igualdade. Esse é o nosso elevado destino, eterno e inevitável, decreto da natureza de causa e efeito, que devemos realizar. Tudo isso será a nossa história futura para estabelecer na terra a dignidade moral e a salvação do homem. Para levar essa missão abençoada às nações do mundo, que estão afastadas da luz que dá vida de verdade, foi escolhida a América. Então, quem pode duvidar que o nosso país será destinado a ser a grande nação do futuro? SULLIVAN, John O'. Destino Manifesto, 1839. Disponível em: <www.mtholyoke.edu/acad/intrel/osulliva.htm>. Acesso em: 11 out. 2010. [Adaptado] Esse discurso, conhecido como Destino Manifesto (1839), expressava as bases nas quais se sustentava a política externa dos Estados Unidos. Além disso, ele produziu uma imagem sobre a nação norte-americana que permanece sendo atualizada. Diante do exposto, explique a relação entre a) os princípios do Destino Manifesto e a autoimagem da nação norte-americana; b) essa autoimagem e a política externa norte-americana, na década de 1840. 12. Nos Estados Unidos da década de 1870, o projeto político sulista de excluir os negros venceu. Os Republicanos Radicais ficaram isolados em sua defesa dos negros e tiveram que enfrentar a oposição violenta do terrorismo branco no sul. A Ku Klux Klan, formada por veteranos do exército confederado, virou uma organização de terroristas, perseguindo os negros e seus aliados com incêndios, surras e linchamentos. A depressão de 1873 apressou o declínio dos Republicanos Radicais, que sentiram a falta do apoio financeiro dos bancos. Para o público, a corrupção tolerada pelos Republicanos Radicais agora parecia um desperdício inaceitável. (Adaptado de Peter Louis Eisenberg, "Guerra Civil Americana". São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 102-105.) a) De acordo com o texto, aponte dois fatores que levaram à vitória do projeto de exclusão dos negros no sul dos Estados Unidos após a Guerra da Secessão. b) Quais foram as causas da Guerra da Secessão? 13. Nos Estados Unidos, a expansão para o Oeste se completou no final do século XIX. Discorra sobre esse fenômeno histórico no que se refere a) à questão indígena e à incorporação de terras para a agricultura. b) ao Oeste, como temática da cultura norte-americana, por exemplo na literatura, no cinema e nos meios de comunicação. 14. Se vendemos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir sorver a brisa aromatizada pelas flores dos bosques. Assim consideraremos vossa proposta de comprar nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, farei uma condição: o homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo outro modo. Tenho visto milhares de búfalos apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos. (Carta do chefe índio Seattle ao presidente dos Estados Unidos, que pretendia comprar as terras de sua tribo em 1855.) a) Identifique uma diferença na maneira do chefe índio e dos brancos entenderem a relação entre o homem e a natureza. b) Explique as consequências, para a população indígena dos Estados Unidos, do contato com os brancos. 15. "De puramente defensiva, tal qual era, em sua origem, a doutrina Monroe, graēas ą extensćo do poder norteamericano e ąs transformaēões sucessivas do espķrito nacional, converteu-se em verdadeira arma de combate sob a lideranēa de Teodoro Roosevelt" Barral-Montferrat, 1909. a) Qual a proposta da doutrina Monroe? b) Explique a razćo pela qual a doutrina se "converteu em arma de combate sob a lideranēa de Teodoro Roosevelt". Exemplifique. Gabarito: Resposta da questão 1: a) Várias ideias podem ser associadas aos anarquistas na Europa do século XIX dentre elas a de que a educação deve ser um agente revolucionário e ter como objetivo destruir tudo que oprime e explora o ser humano. Outra ideia central do movimento anarquista é a da primazia do indivíduo sobre a sociedade, da qual decorre a noção de que o indivíduo é único e que possui, por sua natureza, direitos que não podem ser discutidos por nenhuma forma de organização social. O movimento também se posiciona contra o sistema de representação característico das democracias liberais, afirmando a ação direta do indivíduo na sociedade. As ideias anarquistas também contemplam a crítica a todas as formas de preconceitos morais e ideológicos, com isso pretendiam fazer do indivíduo um ser sem condicionamentos mentais, garantindo a sua total liberdade. Desse modo, podemos sintetizar assim essas ideias: defesa de uma sociedade baseada na liberdade dos indivíduos, solidariedade, coexistência harmoniosa, propriedade coletiva, autodisciplina, responsabilidade (individual e coletiva) e forma de governo baseada na autogestão. b) Os anarquistas defendem que em lugar de se apoderarem do Estado, os trabalhadores devem lutar pela sua abolição radical e imediata. Da mesma forma, acreditam que deve ser abolido todo o tipo de autoridade política opressora da liberdade humana. Preconizam a autogestão. E também concordam com a organização dos indivíduos. Essa organização deve levar em conta a ação consciente e voluntária de seus membros, promovendo a total igualdade de modo a limitar as formas tradicionais de domínio político. Os anarquistas defendem desde o século XIX a criação de sociedades mutualistas, cooperativas, associações de trabalhadores (sindicatos e confederações), escolas, colônias e experiências de autogestão. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS: Sferra, Giuseppina. Anarquismo e Anarcossindicalismo. São Paulo, Ática, 1987. Addor, Carlos. A insurreição anarquista no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Dois Pontos, 1986. Anarquismo é uma filosofia política surgida no século XIX que engloba teorias, métodos e ações que objetivam a eliminação total de todas as formas de governo compulsório. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita e, assim, preconizam os tipos de organizações libertárias. A consolidação dos seus ideais se baseia numa série de debates em torno da forma mais adequada para se alcançar e se manter uma sociedade anárquica. Eles perpassam a necessidade ou não da existência de uma moral anarquista, de uma plataforma organizacional, questões referentes ao determinismo da natureza humana, modelos educacionais e implicações técnicas, científicas, sociais e políticas da sociedade pós-revolução. Resposta da questão 2: a) A preservação da propriedade privada e a recusa à ideia da luta de classes e a proposta da convivência harmoniosa entre as classes sociais. b) O crescimento dos movimentos reivindicatórios que propõem a superação do capitalismo se relaciona com aspectos do capitalismo industrial relativos ao mundo do trabalho (a concentração de trabalhadores em centros urbanos vivendo em situação de miséria e trabalhando em condições degradantes etc.) Resposta da questão 3: a) O candidato poderá: - responder que, para os socialistas científicos, somente os trabalhadores, através de sua organização e de uma ação revolucionária para tomar o poder, seriam capazes de transformar a sociedade capitalista, eliminando as desigualdades e a miséria; - discutir a proposta do socialismo científico, destacando a luta entre os que detêm os meios de produção (a burguesia) e os que possuem apenas a força de trabalho (proletariado), ressaltando que - na ótica de Marx e Engels - os interesses das duas classes sociais são irreconciliáveis, daí a noção de luta de classes; - destacar que o socialismo científico ganhou força na segunda metade do século XIX, posto que veio a ser a base das conquistas pela melhoria das condições de trabalho e de salário do proletariado; - ressaltar que o socialismo científico - como força política modificou profundamente o estilo da vida pública, introduzindo novos métodos de análise da sociedade, constituindo-se como uma força de oposição ao status quo; - enfatizar, ainda, que o socialismo científico preconizava o fim da exploração do homem pelo homem e a defesa da construção de uma sociedade sem classes, com o desaparecimento gradual do Estado. b) Uma das seguintes respostas poderá ser dada: - para Fourier, os socialistas deveriam fundar comunidades modelo denominadas "falanstérios", nas quais todos os participantes experimentariam as várias formas de trabalho, evitando a inveja e a especialização do trabalho. - para Louis Blanc, os socialistas deveriam reivindicar a criação de fábricas - cooperativas, em associação com o Estado. - para Robert Owen, os socialistas deveriam organizar associações de produtores, incluindo os proprietários e os trabalhadores, que dirigiriam as fábricas, tornando os meios de produção coletivos. - para Saint-Simon, o socialismo viria da ação filantrópica dos capitalistas que, através da diminuição dos seus lucros, aumentariam os salários dos trabalhadores, chegando a uma sociedade de iguais. Resposta da questão 4: Os desentendimento entre essas duas potências tem início na disputa pela sucessão do trono espanhol, em 1870. Bismarck, líder alemão, apoiou a candidatura de um membro da dinastia Hohenzollern e Napoleão III, líder francês, não concordou com isso, temendo que a Alemanha ficasse poderosa demais. Napoleão ameaçou declarar guerra à Alemanha em caso de manutenção do apoio à candidatura Hohenzollen. Diante disso, foi Bismarck que declarou guerra à França, deflagrando a chamada Guerra Franco-Prussiana. Essa guerra foi vencida pela Alemanha que, além disso, tomou parte do território francês (a ilha de Alsácia-Lorena). Devido a isso, os franceses desenvolveram um sentimento de vingança contra a Alemanha, que foi responsável por colocar França e Alemanha em lados opostos na Primeira Guerra. Resposta da questão 5: Na Itália, o processo de unificação contou com o apoio dos setores populares rurais e urbanos, organizados a partir da liderança de liberais e de conservadores. Na Alemanha, o processo realizou-se a partir do Estado, que tomou a iniciativa de transformar a unificação no processo de modernização, sem contar com o apoio das camadas populares. Resposta da questão 6: No final do século XIX, a Europa era palco de diversos movimentos nacionalistas, como os de unificação da Itália e da Alemanha além, das acirradas disputas colonialistas entre as nações industrializadas por territórios na África e na Ásia. Esse cenário tornava inviável qualquer possibilidade de integração das nações europeias. Por exemplo, Bismark na condução do processo de unificação da Alemanha, preconizava a política do "Ferro e Sangue", uma política de desenvolvimento industrial e de guerras contra as demais potências, o que expressava o grau do espírito de concorrência da Alemanha com as demais nações europeias. Resposta da questão 7: a) O norte liderou a unificação a partir de uma monarquia liberal industrializando-se com mão de obra barata do sul. b) Êxodo rural. Muitos desempregados emigraram para as Américas. Resposta da questão 8: a) Obviamente todas as terras estavam ocupadas por diferentes comunidades indígenas, tais como, Cherokees, Creek, Seminoles, Navajos, Sioux, Comanches, Shoshoni e Apaches são algumas das mais conhecidas. Desde 1830, o Decreto de Remoção Indígena (Indian Removal Act) confinou 60 mil índios de 5 tribos consideradas civilizadas no chamado Território Indígena (atual estado de Oklahoma). A partir de 1870 o governo federal deixou de reconhecer as tribos como entidades independentes e de negociar com os chefes tribais. Os índios sofreram o processo de aculturação e foram forçados a abandonar a sua cultura e assimilar a cultura ocidental. Finalmente, o Dawes Severalty Act, de 1887, autorizou o presidente a dividir as terras das tribos indígenas, criando lotes para indivíduos indígenas somente. Também o Texas (anexado em 1845) e os territórios conquistados ao México durante a guerra (1846-48) – Califórnia, Arizona, Utah, Novo México, Oregon, Washington e Colorado – contavam com a presença de populações hispano-americanas. b) Havia muitos motivos econômicos que podem ser citados para a “Marcha para o Oeste”, tais como: a mineração na região da Califórnia em 1848, a criação de gado, o desenvolvimento da agricultura em grande escala/em especial as plantations no Novo Sul (algodão), petróleo e a construção de ferrovias (Northern, Central e Southern Pacific) cruzando o continente. Foi muito importante para o sucesso desses investimentos a política do governo de promoção da ocupação dessas terras por meio do Homestead Act (1862) que se deu no governo de Lincoln: decreto do Congresso que autorizava todo chefe de família e cidadão americano acima de 21 anos reclamar até 160 acres de terras públicas no Oeste, sem qualquer custo, pagando apenas a pequena taxa do seu registro. Resposta da questão 9: a) Grupos indígenas, França, Espanha, México (destaque para a Guerra dos EUA contra o México), Rússia. b) Os EUA ligavam a sua expansão territorial a uma missão divina de levar o progresso e a liberdade aos povos e territórios conquistados. Resposta da questão 10: a) O sul dos EUA, na época colonial, era agrário e escravocrata. Depois da independência, a escravidão foi mantida nos estados do sul e, apesar de a constituição prever que “nenhum estado poderá privar qualquer pessoa da vida, liberdade e propriedade”, os negros eram excluídos e explorados pelos sulistas. É sobre isso que versa a canção. E uma das razões para a guerra civil norteamericana foi a insistência do norte em abolir a escravidão. b) Apesar das leis preverem o respeito a qualquer cidadão norte-americano, afirmando que “nenhum estado poderá privar qualquer pessoa da vida, liberdade e propriedade”, os negros, no sul dos EUA, eram tratados como uma “fruta estranha”, alguém a quem a lei não se aplica e, por isso, existia uma grande contradição entre a lei e a ação dos brancos sobre os negros no sul norte-americano. Resposta da questão 11: a) O Destino Manifesto (1839) explicita dois princípios, o de povo escolhido por Deus (destinado) e o da premência de uma missão civilizatória (expansão). A relação entre discurso religioso e político, presente no Destino Manifesto, reafirmará, constantemente, a imagem de um país que tem uma missão planetária, zelando pela liberdade e impondo-se como uma grande nação. Essa autoimagem da nação se vê atualizada nos discursos políticos norte-americanos e na empreitada cinematográfica hollywoodiana. b) A relação entre a autoimagem norte-americana e sua política externa, na década de 1840, explicita-se no fato de que o Destino Manifesto expressa um estímulo à expansão, não apenas de territórios, mas de ideias. A expansão geográfica viu-se efetivada na Marcha para o Oeste, que conquistou territórios para a nação norteamericana por meio de uma política externa ora ofensiva (a Guerra com o México e a dizimação das tribos indígenas), ora diplomática (a compra de territórios que pertenciam aos países europeus). A expansão de ideias dependeria de um movimento contínuo de exportação de políticas culturais, conhecido como “americanismo”. Resposta da questão 12: a) Segundo o texto, o enfraquecimento dos republicanos radicais (favoráveis aos negros) causado pela redução do apoio financeiro dos bancos a eles, devido a depressão de 1873. Por outro lado, desencadeou-se a atividade terrorista praticada pela Ku Klux Klan contra os negros nos estados sulistas. b) Diferenças entre o Norte e o Sul dos Estados Unidos, sendo o primeiro industrial, burguês, abolicionista e defensor do protecionismo alfandegário; já o Sul era agroexportador, aristocrático, escravista e defensor do livre-cambismo. Resposta da questão 13: a) Durante o processo de expansão para o Oeste, ocorrido nos Estados Unidos no século XIX, as terras, que eram originalmente ocupadas por diferentes povos indígenas, foram invadidas para a promoção do alargamento das fronteiras agrícolas. O governo norte-americano recorreu ao confronto com os nativos, o que resultou no massacre das populações indígenas e no confinamento dos sobreviventes em reservas. O Estado estimulava a ocupação das terras do Oeste através do Homestead Act, lei que assegurava a imigrantes europeus um lote de terras do Estado após 5 anos de permanência em regime de posse. Tal política visava incentivar a imigração europeia, não incluindo os índios no projeto de desenvolvimento econômico. b) Na literatura, no cinema e nos demais meios de comunicação, a expansão para o Oeste é retratada como uma conquista de heróis desbravadores, personificados na figura dos pioneiros (e, em particular, do cowboy), possuidores dos valores morais de justiça e religiosidade da sociedade branca norte-americana. Os índios são retratados como inimigos a serem mortos ou povos inferiores a serem civilizados. Resposta da questão 14: a) Nas palavras do chefe índio, evidenciam-se valores de uma sociedade estruturada a partir do coletivismo e da subsistência e que respeita a natureza. Quanto aos brancos, a preocupação com a produção de excedentes, o imediatismo do lucro e a valorização da propriedade são valores que induzem à destruição da natureza. b) A população indígena, quando não foi vitimada pelo extermínio, perdeu seus territórios, teve desarticuladas suas formas de produção ou foi aculturada pelo homem branco. Resposta da questão 15: a) A proposta da Doutrina Monroe era de combater qualquer tentativa de recolonização das nações latino-americanas recém-emancipadas, em resposta aos propósitos da Espanha integrada à Santa Aliança de retomar suas colônias na América. b) Durante o governo de Theodore Roosevelt, a Doutrina Monroe foi substituída pela política do "Big Stick Policy" (Grande Porrete) uma clara postura imperialista dos Estados Unidos em relação à América Latina baseada em intervenções militares no continente. Como exemplo intervenções dos EUA apoiadas no Big Stick, pode-se mencionar a da República Doninicana em 1904 apioando a ascesão de Rafael Trujillo que se manteve no poder por mais de 30 anos e a do Panamá em apoio aos rebeldes que lutavam pela emancipação do país em relação à Colômbia no início do século XX. Nesse caso, os Estados Unidos visavam a construção do canal interoceânico. Anotações