IDADE MÉDIA (ALTA): OCIDENTAL CONTEÚDOS Feudalismo Igreja Católica Medieval Cultura e Arte AMPLIANDO SEUS CONHECIMENTOS Feudalismo O feudalismo nasceu da fragmentação do Império Romano do Ocidente que sofreu as invasões dos bárbaros (Hunos, Vikings, Ostrogodos, Visigodos, Burgúndios, Francos, Gauleses, Saxões, Bretões, Vândalos, etc.) Observe a seguir, um esquema que representa a trajetória desses grupos. Figura 1 – Esquema das Invasões Bárbaras Fonte: Fundação Bradesco A violência desses grupos que disputavam entre si, o domínio dos antigos territórios romanos, acabou deslocando a maior parte da população dessa época para o campo em busca de proteção. Os feudos eram grandes propriedades rurais, delimitados por florestas e que organizavam-se de forma autônoma. No centro do feudo construía-se um castelo fortificado para defendê-lo e nele vivia o senhor feudal (que era o nobre proprietário dessas terras) e os nobres que lutavam na cavalaria para defender esse território, sem que fosse preciso manter vínculos com qualquer governo central. Dessa forma, pode-se dizer que, politicamente o sistema feudal é uma estrutura descentralizada composta por vários feudos distintos cada um comandado por uma nobreza local, sem que haja um poder supranacional. Figura 2 – Castelo medieval Fonte: Wikimedia Commons No interior do feudo a autoridade e o poder concentram-se nas mãos do senhor feudal, ou seja, ele estava acima de tudo e todos, governando sem se submeter a nenhuma instituição ou código de leis e tendo direito sobre a vida de todos os habitantes dessa região. Também pertence a ele o comando da cavalaria, composta por nobres sem terras, que lutavam para defender esse senhor e as suas terras. Figura 3 – Esquema de organização interna de um feudo Fonte: Fundação Bradesco Dada a violência e as constantes guerras, a economia feudal se tornou fechada, ou seja, quase não havia comércio entre os feudos. Dessa forma, eles tinham que ser autossuficientes (produzindo tudo aquilo que eles necessitassem consumir). No interior do feudo as trocas eram estabelecidas pelo escambo dos produtos, sem que houvesse a necessidade de uma moeda. Figura 4 – Economia amonetária Fonte: SVIATLANA SHEINA/shutterstock.com Os trabalhadores eram os servos (homens pobres, sem títulos de nobreza e livres) que estavam atrelados à terra pela antiga estrutura do colonato (sistema de trabalho herdado da crise romana em que o camponês ficava com uma parte do que era produzido). Eles eram os únicos a pagar impostos e tributos, que eram cobrados na forma de trabalho ou de produtos que deveriam ser entregues ao senhor feudal. Os servos não tinham acesso as armas e, também não ingressavam na cavalaria. Geralmente os servos se submetiam ao trabalho no feudo em troca da proteção oferecida pela cavalaria. Saiba mais: Os principais impostos e tributos pagos pelos servos eram: Corveia – Imposto pago em trabalho. O servo deveria trabalhar alguns dias da semana produzindo no manso senhorial (terras cuja produção destinava-se ao senhor feudal). Talha – Imposto pago em produto. O servo deveria entregar ao senhor feudal uma parte de sua produção no manso servil (terras cuja produção destinava-se ao servo). Banalidades – Imposto pago em produto. O servo deveria pagar algumas taxas para utilizar os instrumentos do feudo como o moinho, a fornalha, o arado e ferramentas. Tostão de Pedro ou Vintém – Imposto pago em produto. O servo deveria entregar a Igreja Católica uma parte de sua produção (geralmente 20%). Na sociedade feudal não havia mobilidade social e a posição do indivíduo era determinada pelo nascimento. Ela era rigidamente dividida em três classes: nobres (senhor feudal e cavaleiros), clérigos (padres, bispos e cardeais) e servos (camponeses e artesãos). Figura 5 – Esquema de organização social um feudo Fonte: Fundação Bradesco Como os altos cargos da Igreja Católica eram comprados nesse período, é possível concluir que, o alto clero era composto por membros da nobreza. Outro dado importante é que não havia casamento entre as distintas classes sociais. Dessa forma, um servo jamais se tornaria nobre, já que esses títulos eram restritos apenas aos filhos de pais nobres. A relação de suserania e vassalagem, na Idade Média Feudal, se estabelecia apenas entre membros da nobreza, ou seja, o suserano era um nobre e o vassalo também. Sua origem está ligada a uma prática dos bárbaros chamada de Comitatus, em que os grandes líderes desses grupos doavam parte das terras conquistadas aos seus guerreiros mais fiéis e dedicados. Desse modo, no feudalismo, quando um senhor feudal pretendia recompensar um dos seus nobres pelos anos dedicados na luta e defesa do seu feudo, ele doava um território a esse cavaleiro, tornando-se assim o seu suserano. O nobre que recebia as terras, ou seja, um feudo, passava a ser o vassalo desse senhor e, por isso, ficava ligado à ele por uma aliança militar eterna (sendo obrigado a lutar, utilizando seus cavaleiros e recursos, em todas as guerras que seu suserano se envolver). O rito de consagração da suserania e vassalagem era muito parecido com um casamento e, assim, também era abençoado pela Igreja Católica que consagrava os juramentos de fidelidade mútua estabelecido entre esses nobres. Figura 6 – Sociedade medieval Fonte: Wikimedia Commons Os recursos escassos e técnicas de produção dessa época eram pouco sofisticados e dificultavam a vida da população. No feudalismo, a expectativa de vida do indivíduo era de apenas 40 anos em média. A fome, as epidemias e as guerras eram comuns nesse período da história, garantindo uma alta mortalidade. Assim, esse contato estreito com o mórbido, fazia a população da época viver projetando suas ações para o mundo místico do pós-morte, favorecendo as ações religiosas da Igreja Católica nessa sociedade. Igreja Católica O feudalismo foi marcado pela fragmentação do poder e, por isso, cada feudo tinha uma organização própria e uma grande autonomia para resolver seus problemas internos. Porém, apesar de apresentarem características distintas, todos eles eram católicos e davam grande destaque aos membros dessa Igreja, seja no convívio social, seja na sua influência na tomada de decisão do senhor feudal. Dessa forma, pode-se dizer que a Igreja Católica era o único fator comum entre todos os feudos. Nesse período, também, existiam os feudos que pertenciam a Igreja Católica. Nesses territórios não existia a figura do senhor feudal, sendo esse papel desempenhado por algum membro do clero que fosse designado pelo Vaticano para esse ofício. Os feudos dominados pela Igreja eram famosos por serem os mais rigorosos na exploração do trabalho dos servos. Durante o feudalismo a Igreja Católica se tornou a maior e mais rica instituição da Europa medieval. Figura 7 – Igreja medieval de Santiago na atual Espanha Fonte: Wikimedia Commons A venda dos cargos da hierarquia Católica se dava através das simonias (a igreja recebia joias, terras e outras riquezas, em troca da nomeação dos cargos de Cônegos, Cardeais e Bispos), assim, como já foi citado anteriormente, essa prática favorecia que apenas os filhos de famílias nobres conseguissem ocupar os altos postos dessa instituição. Figura 8 – O alto clero católico Fonte: Valery Sidelnykov/shutterstock.com Outro comércio da fé, praticado com bastante intensidade nessa época, era a venda de cartas de perdão chamadas de indulgências. Os fiéis acreditavam que ao pagar por esse material estariam se redimindo dos seus pecados perante Deus e conquistando um espaço para a sua alma no paraíso para depois de sua morte. A nobreza geralmente era treinada para lutar na cavalaria e, por isso, a maioria não sabia ler e escrever. O mesmo ocorria com os servos que apenas trabalhavam nos serviços braçais e não tinham acesso à educação. Dessa forma, apenas aqueles que ingressavam nos seminários eram alfabetizados. Eles aprendiam a ler em latim para poder celebrar as cerimônias religiosas e realizar a leitura da bíblia e outros textos religiosos. Assim, os membros do clero controlavam todo o saber formal dessa época, ou seja, os livros e outras obras de conhecimento do mundo antigo, ficavam sob seus cuidados guardados em grandes bibliotecas da Igreja Católica. Dessa forma, acumulando riquezas e controlando o saber, o clero dizia-se detentor do saber religioso que delineava o caminho do paraíso e afastava da danação eterna do inferno, os clérigos passaram a ditar as regras morais da sociedade feudal. Desta forma, qualquer indivíduo que questionasse a ordem, seria perseguido como um herege (pecador) ou bruxo. Figura 9 – Marquesa de Brinvilliers, sofrendo a tortura do afogamento Fonte: Wikimedia Commons O Tribunal do Santo Ofício, também conhecido como Inquisição, era o órgão que investigava, julgava e condenava os acusados de heresia e bruxaria. Em geral, esse tribunal se baseava em acusações (muitas vezes sem prova alguma), que uma pessoa fazia contra a outra e, o suposto pecador, era levado sob tortura, a confessar sua culpa. Ao fim, se o acusado sobrevivesse à tortura (muitas vezes admitindo pela força, a culpa de algo que ele não fez), ele era julgado e condenado por esse tribunal. As penas finais poderiam variar, desde o enforcamento até a morte nas fogueiras. Figura 10 – Herege queimado vivo na fogueira da Inquisição Fonte: Wikimedia Commons A Igreja Católica, com essas práticas tornou-se uma instituição de grande poder, sendo temida e respeitada até por grandes senhores feudais. Sua força ultrapassou os limites da religião e passou a influenciar a arte, a cultura e o comportamento do europeu por séculos, mesmo após o término do feudalismo. Cultura e Arte A cultura e a ciência se limitaram, portanto, ao que a Igreja determinava como correto ou conveniente. Muitos pensadores e intelectuais, temendo serem considerados hereges, se calaram e abriram mão de suas teorias. Os livros e conhecimentos do mundo antigo, principalmente aqueles que levavam a reflexão, ficaram concentrados nas bibliotecas da Igreja Católica, trancados longe do acesso dos comuns. O lado racional e o pensamento crítico foram sufocados, e o conhecimento científico mergulhou em um período de trevas. A produção filosófica ficou restrita a reflexões teológicas como as que observamos na produção de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. Figura 11 – Igreja Católica monopolizando o conhecimento Fonte: Jiri Hera/shutterstock.com No campo das artes, destaca-se a produção musical, que se organizou com base em instrumentos de sopro e de corda, já que a Igreja Católica condenava o uso da percussão, e os famosos cantos gregorianos que eram praticados durante as missas e cerimônias religiosas. As artes plásticas dedicaram-se a retratar temas religiosos e empregaram poucas técnicas para isso. As obras geralmente não respeitavam a proporcionalidade, eram feitas em um único plano e tinham poucas tonalidades de cor. Para dar destaque as figuras religiosas, utilizava-se folhear parte das obras com ouro. A literatura foi bastante restrita e seu estilo formou-se nas bases do trovadorismo (poemas cantados na forma de trovas). Figura 12 – Obra: Madonna con bambino (Bernardo Daddi) Fonte: Wikimedia Commons Na arquitetura, destaca-se as construções em pedra com paredes grossas e poucas portas e janelas. Nelas predominou o estilo românico (no início da Idade Média) e o estilo gótico (no final da Idade Média). Figura 13 – Igreja estilo românico Figura 14 – Igreja estilo Gótico Fonte: Wikimedia Commons Fonte: Wikimedia Commons Os grandes vitrais coloridos usados para ornamentar as igrejas foram bastante marcantes durante o estilo gótico. Eles buscavam valorizar a luminosidade e verticalidade desse tipo de construção e retratavam passagens bíblicas e momentos da vida de Cristo. Figura 15 – Vitrais da rosácea de Sainte Chapelle em Paris Fonte: Wikimedia Commons ATIVIDADES 1. Observe as afirmações a seguir e assinale “V” para verdadeira e “F” para falsa: (__) Politicamente os feudos eram regidos por um governo central representado por um monarca absoluto que impunha aos senhores feudais uma constituição com leis que regiam todos os reinos de forma padronizada. (__) A economia era baseada na subsistência (produzir apenas o necessário para sobreviver, sem gerar excedentes) e na autossuficiência (produzir de tudo um pouco para não depender de produtos vindos de fora), porque não era comum o comércio entre os feudos. (__) A sociedade era composta por 4 classes (nobres, clérigos, servos e comerciantes) e existia uma grande mobilidade entre elas, bastando o cidadão enriquecer para passar a pertencer a classe nobre. (__) A Igreja Católica cerceava a cultura e impedia que o conhecimento se desenvolvesse. Mas apesar das duras perseguições que os pensadores da época sofriam, a Idade Média, apresentou um desenvolvimento artístico e filosófico ligado a teologia de sua época. 2. (FUVEST 2010) “A instituição das corveias variava de acordo com os domínios senhoriais, e, no interior de cada um, de acordo com o estatuto jurídico dos camponeses, ou de seus mansos [parcelas de terra].” (BLOCH, Marc. Os caracteres originais da França rural, 1952.) Esta frase sobre o feudalismo trata: a) da vassalagem. b) do colonato. c) do comitatus. d) da servidão. e) da guilda. 3. Observe a imagem a seguir: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Inquisi%C3%A7%C3%A3o.jpg>. Acesso em: 15 fev. 2016. 15h. Pode-se dizer que a arte retrata a vida cotidiana dos homens. Nesse caso ela evidencia uma prática da Igreja Católica medieval. Dessa forma, explique o contexto histórico apresentado pelo artista em sua obra. 4. (ENEM–1999) Considere os textos abaixo. "(...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para que iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão que se torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé." (Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da Igreja católica sobre as relações entre fé e razão, 1998) "As verdades da razão natural não contradizem as verdades da fé cristã." (Santo Tomás de Aquino – pensador medieval) Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que: a) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de Santo Tomás de Aquino, refletindo a diferença de épocas. b) a encíclica papal procura complementar Santo Tomás de Aquino, pois este colocava a razão natural acima da fé. c) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João Paulo II. d) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias, não tem relação com o pensamento filosófico. e) tanto a encíclica papal como a frase de Santo Tomás de Aquino procuram conciliar os pensamentos sobre fé e razão. LEITURA COMPLEMENTAR As torturas da Inquisição. Entre as idades Média e Moderna, a Igreja estipulou a clara perseguição contra aqueles que representavam uma ameaça à hegemonia do cristianismo católico. Para cumprir tal missão, estipulou a criação do Tribunal da Santa Inquisição, que determinava membros da Igreja para investigarem os possíveis suspeitos do crime de heresia (pecado). Geralmente, a autoridade dos inquisidores era apoiada pelas tropas do governo e a realização de processos que determinavam a culpa do acusado. Muitas vezes, mesmo sem um conjunto de provas bem acabado, uma pessoa poderia ser acusada de transgredir o catolicismo e, com isso, obrigada a se apresentar a um tribunal. Geralmente, quando a confissão não era prontamente declarada, os condutores do processo estipulavam a prisão do acusado. Nesse momento, o possível herege era submetido a terríveis torturas que pretendiam facilitar a confissão de todos os crimes dos quais era acusado. Para muitos daqueles que observam a prática das torturas ao longo da inquisição, parece bastante óbvio concluir que tal prática simplesmente manifestava o desmando e a crueldade dos clérigos envolvidos com esta instituição. Contudo, respeitando os limites impostos pelo tempo em que viveram os inquisidores, devemos ver que essas torturas também refletiam concepções teológicas que eram tomadas como verdade para aqueles que as empregavam. O “potro” era uma das torturas mais conhecidas pelos porões da Santa Inquisição. Neste método, o réu era deitado em uma cama feita com ripas e tinha seus membros amarrados com cordas. Usando uma haste de metal ou madeira, a corda amarrada era enrolada até ferir o acusado. Por conta dos vergões e cicatrizes deixadas por esse tipo de tortura, os inquisidores realizavam-na algumas semanas antes da conclusão final do processo. O mais temido instrumento de tortura era a roda. Nesse método, a vítima tinha seu corpo preso à parte externa de uma roda posicionada em baixo de um braseiro. O torturado ia sofrendo com o calor e as queimaduras que se formavam na medida em que a roda era deslocada na direção do fogo. Em algumas versões, o fogo era substituído por ferros pontiagudos que laceravam o acusado. Os inquisidores alemães e ingleses foram os que mais empregaram tal método de confissão. No pêndulo, o acusado tinha as canelas e pulsos amarrados a cordas integradas a um sistema de roldanas. Depois disso, seu corpo era suspenso até certa altura, solto e bruscamente segurado. O impacto causado por esse movimento poderia destroncar a vítima e, em alguns casos, deixá-la aleijada. Em uma modalidade semelhante, chamada de polé, o inquirido era igualmente amarrado e tinha as extremidades de seu corpo violentamente esticadas. Em uma última modalidade da série, podemos destacar a utilização da chamada “tortura d’água”. Neste aparelho de tortura, o acusado era amarrado de barriga para cima em uma mesa estreita ou cavalete. Sem poder esboçar a mínima reação, os inquisidores introduziam um funil na boca do torturado e despejavam vários litros de água goela abaixo. Algumas vezes, um pano encharcado era introduzido na garganta, causado a falta de ar. De fato, os terrores presentes nesses métodos de confissão eram abomináveis e deixam muitas pessoas horrorizadas. Contudo, os valores e a cultura dessa época permitiam a observância da tortura como um meio de salvação daqueles que se desviavam dos dogmas. Não por acaso, muitas sessões eram acompanhadas por médicos que se certificavam de que a pessoa não faleceria com as penas empregadas. SOUSA, Rainer Gonçalves. As torturas da Inquisição. História do Mundo. Disponível em: <http://historiadomundo.uol.com.br/idade-media/as-torturas-da-inquisicao.htm>. Acesso em: 15 fev. 2016. 16h. INDICAÇÃO FUNDAÇÃO BRADESCO. Portal EJ@ - Microaula: Feudalismo. Disponível em: <http://www.eja.educacao.org.br>. Acesso em: 15 fev. 2016. 17h. REFERÊNCIAS ANDERSON, P. Passagens da antiguidade ao feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 2000. BLOCH, Marc. A Sociedade Feudal. Lisboa: Edições 70, 2009. DUBY, Georges. As três ordens. Ou o imaginário do Feudalismo. Lisboa: Editorial Estampa, 1982. DUBY, Georges. Economia rural e vida no campo no ocidente medieval. Lisboa: Edições 70, 1962. DUBY, Georges. Senhores e camponeses. São Paulo: Martins Fontes, 2001. FRANCO JR, Hilário. Feudalismo. Coleção: Polêmica. São Paulo: Moderna, 1986. FUVEST. Prova tipo V da primeira fase do vestibular da USP de 2010. Disponível em: <http://www.fuvest.br/vest2010/1fase/p1f2010v.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2015. 11h. GANSHOF, F. L. Que é feudalismo?. Lisboa: Publicações Europa-América, 1976. HEERS, Jacques. História medieval. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1991. INEP, Prova Amarela do Enem de 1999. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/1999/1999_amarela.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2015. 10h. JIRI HERA In: SHUTTERSTOCK. Vintage rosary beads on old books. Disponível em: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/vintage-rosary-beads-on-old-books127973408>. Acesso em: 20 fev. 2016. 9h. LE GOFF, Jacques. Para um novo conceito de Idade Média. Tempo, trabalho e cultura no ocidente. Lisboa: Editorial Estampa, 1980. MICELI, Paulo. O feudalismo. São Paulo: Atual, 1994. QUEIROZ, Tereza Aline. As Heresias Medievais. São Paulo: Atual, 1988. SOUSA, Rainer Gonçalves. As torturas da Inquisição. História do Mundo. Disponível em: <http://historiadomundo.uol.com.br/idade-media/as-torturas-da-inquisicao.htm>. em: 15 fev. 2016. 16h. Acesso SVIATLANA SHEINA In: SHUTTERSTOCK. No money. No Cash. Red prohibition sign. Stop symbol. Disponível em: <https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/nomoney-cash-red-prohibition-sign-281955578>. Acesso em: 20 fev. 2016. 8h30min. VALERY SIDELNYKOV In: SHUTTERSTOCK. Antique style portrait of a praying man in historical medieval cardinal's vestments. Disponível em: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/antique-style-portrait-praying-manhistorical-169102067>. Acesso em: 20 fev. 2016. 9h30min. WIKIMEDIA COMMONS. Castelo medieval. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Donjonvueg%C3%A9n%C3%A9rale.jpg>. Acesso em: 19 fev. 2016. 9h. WIKIMEDIA COMMONS. Fogueira da Inquisição. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Inquisi%C3%A7%C3%A3o.jpg>. Acesso em: 19 fev. 2016. 13h. WIKIMEDIA COMMONS. Herege queimando na fogueira da Inquisição. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/Medieval_architecture#/media/File:Santiago_Itxasper ri_church.JPG>. Acesso em: 19 fev. 2016. 11h. WIKIMEDIA COMMONS. Igreja estilo Gótico. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:StEtienne_face.JPG>. Acesso em: 19 fev. 2016. 12h. WIKIMEDIA COMMONS. Igreja estilo Românico. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Torre_y_p%C3%B3rtico_de_San_Pedro.JPG?u selang=pt-br>. Acesso em: 19 fev. 2016. 12h. WIKIMEDIA COMMONS. Igreja medieval de Santiago na atual Espanha. Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Marquise_de_Brinvilliers.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 19 fev. 2016. 10h WIKIMEDIA COMMONS. Marquesa de Brinvilliers, sofrendo a tortura do afogamento. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Inquisi%C3%A7%C3%A3o.jpg>. Acesso em: 19 fev. 2016. 10h30min. WIKIMEDIA COMMONS. Obra: Madonna con bambino (Bernardo Daddi). Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bernardo_Daddi_-_Madonna_and_Child_- _Walters_37553.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 19 fev. 2016. 11h30min. WIKIMEDIA COMMONS. Sociedade Medieval. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cleric-Knight-Workman.jpg>. Acesso em: 19 fev. 2016. 9h30 min. WIKIMEDIA COMMONS. Vitrais da rosácea de Sainte Chapelle em Paris. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Saintechapelle7b.jpg>. Acesso em: 19 fev. 2016. 12h30min. GABARITO 1. F – No sistema feudal, não havia uma forte influência dos monarcas sobre os demais senhores feudais, ou seja, trata-se de um regime político descentralizado, onde o poder local do senhor feudal era supremo e não se submetia a nenhum corpo de leis ou constituição. V F – A sociedade feudal era rigidamente dividida em apenas 3 classes (nobres, clérigos e servos). Não havia mobilidade social, pois o nascimento era o fator determinante para determinar as classes sociais. Os comerciantes ou burgueses só surgiram muitos séculos depois como consequência das cruzadas. V 2. Alternativa D. Comentário: A corveia era um tributo pago na forma de trabalho, nele o servo trabalhava alguns dias da semana no manso senhorial, produzindo para o senhor feudal. Dessa forma, essa atividade explora o trabalho do servo que vive no feudo em troca da suposta proteção que ele recebe. 3. Comentário: O quadro retrata a Inquisição queimando os hereges em praça pública. Essa prática, comum no feudalismo, era uma maneira de manter os fiéis submissos a autoridade moral imposta pela Igreja Católica. Desse modo, todos aqueles que de alguma forma ameaçassem a ordem imposta, poderiam acabar acusados de heresia ou bruxaria e ter como punição a morte nessas fogueiras. 4. Alternativa E. Comentário: Os excertos selecionados mostram uma certa preocupação de alguns filósofos de se aproximar as ideias científicas ao invés de combatê-las. Apesar dessa prática não ser comum na época medieval, (onde a Inquisição aterrorizava a vida dos cientistas e intelectuais) essa foi uma iniciativa católica de tentar mudar esse cenário.