Introdução - et@llcorp 2001

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Introdução
Sistema ABO
Pesquisas realizadas por Landsteiner e colaboradores fizeram com que se
chegasse, em 1900, à descoberta de que há nas pessoas quatro diferentes grupos
sangüíneos, que se distinguem entre si quanto à composição química. Sabia-se há muito
tempo que algum tipo de incompatibilidade entre o sangue do doador e do receptor
tornava certas transfusões sangüíneas perigosas ou até mortais. Os motivos dessas
incompatibilidades ocasionais foram então esclarecidos por Landsteiner.
Chamamos de antígeno a uma substância de origem biológica estranha um determinado
organismo. Falamos em anticorpo quando nos referimos à proteína neutralizadora do antígeno,
normalmente fabricada pelo organismo como resposta à penetração do antígeno. O anticorpo á específico,
isto é, somente reage com o antígeno particular que induziu sua formação.(Suzuki, 1992)
Indivíduos de grupos sanguíneos distintos têm na membrana de suas hemácias diferentes tipos de
substâncias. Essas substâncias podem funcionar como antígenos, caso sejam introduzidas na circulação de
um indivíduo de grupo diverso. A reação entre o antígeno existente na hemácia e o anticorpo do soro do
receptor é de aglutinação, formam grumos, que podem obstruir os capilares. (Suzuki, 1992)
Portanto se o soro apresenta anticorpo anti-b. Os indivíduos do grupo B têm antígeno b e
anticorpo anti-a. Os indivíduos do grupo AB possuem os dois antígenos e naturalmente, nenhum
anticorpo: por fim, as pessoas do grupo O não possuem nenhum dos dois antígenos nas hemácias, porém
no seu soro os dois anticorpos. (Suzuki, 1992)
De forma mais simplificada, o esquema abaixo mostra as possibilidades de transfusão:
A
B
AB
O
A
+
+
-
B
+
+
-
AB
-
O
+
+
+
-
Fator Rh
O fator Rh foi descoberto em 1940 por Landsteiner e Wiener, quando trabalhavam com sangue
de macaco Rhesus. Os pesquisadores perceberam que o sangue desse animal, quando injetado em cobaias,
provocava produção gradativa de anticorpos. Concluíram que existe um antígeno nas hemácias de
Rhesus; esse antígeno foi chamado de fator Rh. O anticorpo produzido pela cobaia foi denominado antiRh. (Suzuki, 1992)
Misturando-se o soro de cobaia contendo anticorpo anti-Rh com hemácias humanas, verificou-se
que 85% dos sangues testados foram aglutinados, o que é explicado pela presença do mesmo antígeno Rh.
Esses indivíduos foram denominados Rh+ . Os 15% restantes, que não possuem o fator Rh nas hemácias,
foram chamados Rh-.
Fica evidente que, se introduzirmos sangue Rh+ num receptor Rh-, não ocorre aglutinação, pois
não existe anticorpo anti-Rh em seu plasma. Esse anticorpo no entanto é produzido aos poucos.
Transfusões subsequentes, reforçando a produção de anticorpo, podem vir a ser fatais. (Suzuki, 1992)
Material
Microlancetador
Microlanceta
Algodão
Álcool
Soros Anti-A
Soros Anti-B
Soros Anti-Rh
Microscópio
Lâminas
Procedimentos
1.
2.
3.
Fazer assepsia do dedo médio ou anular com algodão embebido em álcool e depois com
algodão seco.
Colocar 1 gota de sangue em cada extremo de uma lâmina colocar 1 gota de sangue no
centro da lâmina. Juntar os soros anti-a e anti-b ao sangue da 1º lâmina e soro anti-Rh (Du)
ao sangue da 2º lâmina.
Misturar o soro com o sangue e observar até 2 min. se houve aglutinação e dar o resultado
para ABO e para Rh.
ABO
Soro anti-a
Rh
Soro anti-Rh (Du)
Soro anti-b
A
Aglutinou
Não Aglutinou
Aglutinou
B
Não Aglutinou
Rh+
Aglutinou
RhNão Aglutinou
(confirmar com teste de Coombs)
AB
Aglutinou
Aglutinou
O
Não Aglutinou
Conclusão
Não houve aglutinação, portanto ficou constatado que o tipo sanguíneo é do tipo O e quando foi
pingado o soro anti-Rh, houve aglutinação, evidenciando a presença do fator Rh + em meu sangue.
Bibliografia
SUZUKI, Grifith e Miller. 1992. Introdução a Genética. Guanabara Koogan,
4º edição – São Paulo
BURNS, George W. 1991. Genética. Guanabara Koogan, 6º edição – São Paulo
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