05 – rd – 1,2,3 anos – fv – epidemias

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Colégio Adventista de Mogi das Cruzes
FOLHA DE REDAÇÃO – ENEM Nome: _______________________________________________________________________________
Turma: _________
Data: _____ / _____ / _____
Peso: 10,0
Nota:
Esta produção textual deve ser entregue em caneta esferográfica azul ou preta. Ela não tem reescrita. A partir da
disponibilização no Blog da Educação Adventista terá 4 dias para entrega (salvo finais de semana). Deve ter 20 linhas.
Epidemias e desastres ecológicos
Texto 1
Um grupo de especialistas de diferentes estados do Brasil está se articulando para investigar a relação entre o surto
de febre amarela e a degradação do meio ambiente.
Eles acreditam que se houvesse mais conhecimento sobre o assunto, a propagação repentina do vírus de tempos
em tempos poderia ser prevenida.
O surto de febre amarela em Minas Gerais já provocou 38 mortes confirmadas em 2017, segundo o boletim
epidemiológico mais recente da Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), divulgado ontem (24). Outros 45
óbitos estão em análise.
Causada por um vírus da família Flaviviridae, a febre amarela é uma doença de surtos que atinge, repentinamente,
grupos de macacos e humanos. As razões deste comportamento da doença ainda não são bem conhecidas. Mas os
especialistas dão como certa a influência do meio ambiente. Segundo Sérgio Lucena, primatólogo e professor de
zoologia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), o surto de febre amarela é um fenômeno ecológico.
A doença é transmitida em áreas rurais e silvestres pelo mosquito Haemagogus. Em área urbana, ela pode ser
transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo da dengue, do vírus Zika e da febre chikungunya. No entanto, não há
registros no Brasil de transmissão da febre amarela em meios urbanos desde 1942. No surto atual, nenhum dos
casos confirmados e suspeitos em Minas Gerais são urbanos.
Sérgio Lucena explica que o vírus da febre amarela está estabelecido em algumas matas e regiões silvestres com
baixa ocorrência. De repente, por algum motivo ainda a ser desvendado, ele se propaga rapidamente, atingindo
macacos e humanos. Os animais começam a morrer primeiro. “São sentinelas. Se o vírus começa a se propagar em
determinada área, a morte dos macacos nos enviará um alerta”, explica.
Para o primatólogo, o Brasil poderia ter um sistema bem articulado para se antecipar aos surtos, mas não há
investimentos neste sentido. Se houvesse mais conhecimento, Minas Gerais poderia, por exemplo, ter dado início
mais cedo à campanha de vacinação nos municípios da área de risco, reduzindo a disseminação da doença. A
vacina
é
a
principal
medida
de
combate
à
febre
amarela.
(Adaptado
de
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-01/especialistas-investigam-relacao-entre-febre-amarela-edegradacao-ambiental. Acesso em 03/04/2017)
Texto 2
O aumento de casos suspeitos de febre amarela em Minas pode estar relacionado à tragédia de Mariana, em 2015,
segundo a bióloga da Fiocruz Márcia Chame. A hipótese tem como ponto de partida a localização das cidades
mineiras que identificaram até o momento casos de pacientes com sintomas da doença. Grande parte está na região
próxima do Rio Doce, afetado pelo rompimento da Barragem de Fundão, em novembro de 2015.
“Mudanças bruscas no ambiente provocam impacto na saúde dos animais, incluindo macacos. Com o estresse de
desastres, com a falta de alimentos, eles se tornam mais suscetíveis a doenças, incluindo a febre amarela”, afirmou a
Colégio Adventista de Mogi das Cruzes
FOLHA DE REDAÇÃO – ENEM bióloga, que também coordena a Plataforma Institucional de Biodiversidade e Saúde Silvestre na Fiocruz. “Isso pode
ser um dos motivos que contribuíram para os casos. Não o único”, completa. Márcia observa que essa região do
Estado já apresentava um impacto ambiental importante, provocado pela mineração. “É um conjunto de coisas que
vão se acumulando”, disse. (Adaptado de http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,para-biologa-surto-de-febreamarela pode-ter-relacao-com-tragedia-de-mariana,10000100032. Acesso em 03/04/2017)
Texto 3
Outras linhas de estudos voltadas para elucidar os motivos que levam ao início de cada surto buscam entender se as
alterações nas áreas das florestas estão expondo as pessoas aos mosquitos infectados e se fatores climáticos
favorecem o crescimento da população de mosquitos.
Por outro lado, Servio Ribeiro considera remota a possibilidade de influência da tragédia de Mariana (MG) neste
surto de febre amarela em Minas Gerais. Alguns dos municípios afetados pela circulação da doença se localizam no
Vale do Rio Doce. Uma parcela dos 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos que foram liberados no rompimento da
barragem da mineradora Samarco, em novembro de 2015, escoou por todo o Rio Doce e chegou ao litoral do
Espírito Santo.
“A febre amarela é uma doença de interior de floresta. O mosquito que a transmite põe ovos em cavidades de
árvores e em bromélias. É um mosquito da estrutura da floresta. Ele não se relaciona muito com grandes corpos
d’água e com rios. As cidades afetados pela doença estão em uma região onde os rejeitos não chegaram com força
para derrubar a floresta”, diz o biólogo.
Para Servio Ribeiro, a hipótese teria mais força caso o surto tivesse ocorrido próximo à Mariana (MG) onde o impacto
da tragédia foi mais agressivo e levou ao desmatamento. “No Vale do Rio Doce, esse rejeito se acumulou nas
margens. Claro que há uma degradação. Mas esta degradação, pelos conhecimentos que temos, não deve estar
afetando a relação entre os vetores e os macacos no interior da floresta”, acrescentou. (Adaptado de
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-01/especialistas-investigam-relacao-entre-febre-amarela-edegradacao-ambiental. Acesso em 03/04/2017)
Com base nos textos acima e no seu conhecimento de mundo, escreva um texto dissertativo-argumentativo
sobre o seguinte: A possível relação entre a Febre Amarela e desastres ambientais
P.S.: Não esqueça de colocar um título.
Colégio Adventista de Mogi das Cruzes
FOLHA DE REDAÇÃO – ENEM -
Prof. MSc. Cid Hernandes
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