Dor do Câncer em Idosos - International Association for the Study of

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Dor do Câncer em Idosos
A Dor é Comum em Pacientes Idosos com Câncer
• O câncer é predominante uma doença do envelhecimento. A maioria de casos novos e as mortes
ocorrem naqueles com idade acima de 60 anos.
• Mais de 80% das pessoas idosas com câncer avançado relatam dor, e a maioria relata dor
moderada.
• Os preditores da dor do câncer em idosos incluem o sexo feminino, doença avançada,
comorbidades, menor apoio social, depressão, e funcionamento físico comprometido.
A Dor do Câncer Tem um Impacto Sobre a Qualidade de Vida de Pacientes Idosos
• Compromete a função física, o sono, as atividades da vida diária, a apreciação da vida, e o humor.
• Pacientes idosos e jovens com câncer podem igualmente ser vulneráveis à depressão.
• Conjugues cuidadores idosos podem igualmente ter múltiplas preocupações de saúde e estão em
risco elevado de distúrbio psicológico.
Pacientes Idosos com Câncer Estão Sob Risco de Tratamento Inadequado da Dor
• Poderão receber menos analgesia adequada do que pacientes mais jovens.
• O risco de tratamento inadequado e a falta de acesso aos serviços podem ser maiores para aqueles
que ficam em asilos por longo prazo.
• Os idosos podem ser negligenciados para os tratamentos anticâncer específicos que poderiam ser
benéficos à dor e ao controle de outros sintomas, especialmente quimioterapia, terapias biológicas, e
radiação.
Há Barreiras Múltiplas à Conduta Eficaz da Dor do Câncer em Idosos
• As barreiras podem ser mais comuns em idosos do que em pacientes mais jovens.
• As barreiras podem incluir déficits do conhecimento sobre dor e analgesia; relutância em relatar a
dor; medo da tolerância e vício ao opiáceo e efeitos adversos; e preocupação de que a queixa de dor
não seja tomada seriamente.
• Os idosos tendem a ter menor informação e apoio para o câncer e a dor do que pacientes mais
jovens.
A Avaliação Regular da Dor com Instrumentos Padronizados é Essencial Para a Melhora da Conduta
• A avaliação dinâmica deve incluir fatores físicos, psicossociais, cognitivos, e espirituais.
• A avaliação numérica de descritores e as escalas verbais são recomendadas para pessoas idosas
com cognição intata e para aquelas com déficit cognitivo leve a moderado.
• As escalas observacionais podem ser usadas para pacientes incapazes de expressar verbalmente
sua dor.
O Tratamento Eficaz da Dor do Câncer em Idosos é um Objetivo Realístico
• Exige-se uma abordagem multidisciplinar, interprofissional.
• Deve-se considerar tratamento farmacológico e não-farmacológico (por exemplo, físico e
psicossocial).
• A maioria de medicações que são eficazes para jovens podem ser usadas.
• Os opiáceos podem fornecer analgesia segura e eficaz para a dor moderada a grave.
• Os opiáceos devem ser usados com cuidado naqueles com função renal comprometida.
• Meperidina deve ser evitada por causa de um risco elevado de efeitos adversos.
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O vício é raro entre idosos que usam opiáceo para tratar dor.
As drogas antiinflamatórias não-esteroidais (AINES) podem ser eficazes para o tratamento de curto
prazo para a dor do câncer leve a moderada.
Há um risco elevado de efeitos adversos.
AINES devem ser evitados se há uma história de problemas renais ou gástricos.
Os inibidores de ciclooxigenase-2 (COX-2) podem ser eficazes e ter menos efeitos gástricos.
AINES podem ser usados em combinação com opiáceos, porém mais pesquisa é necessária.
O uso a longo prazo deve ser evitado.
As intervenções psicoeducacionais podem melhorar a dor, conhecimento, concordância com o
tratamento, e disfunção em pacientes mais idosos.
O Planejamento de Tratamento Deve ser Responsivo aos Riscos Associados com a Idade Avançada
Comorbidades médicas e polifarmácia
• Indivíduos idosos muito mais que os jovens têm outros problemas e incapacidades médicas.
• As comorbidades podem ser um preditor de controle insuficiente da dor, maior carga de sintomas,
maior distúrbio funcional, maior uso dos cuidados médicos, e maior mortalidade.
Mudanças relativas à idade no manuseio de droga
• Pessoas idosas podem ser mais sensíveis aos efeitos de alguns analgésicos.
• Podem exigir doses mais baixas de opiáceos para obter a analgesia adequada.
• Podem ter maiores efeitos adversos, toxicidade, e problemas de metabolismo da droga.
• Os analgésicos podem ser usados com segurança quando administrados inicialmente em uma dose
mais baixa e titulados cautelosamente.
• Os efeitos interativos e sinérgicos das medicações múltiplas usadas para controlar comorbidades
devem ser considerados.
• Deve-se fazer uma triagem de interação de droga.
Delírio
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A idade avançada é associada com o risco aumentado de delírio.
A dor pode precipitar delírio em idosos.
A relação entre o uso de analgésico e delírio não é ainda bem compreendida.
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