INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS SUPERIORES II Momento II Prof Ricardo Caraffa Pedro de 7 anos HPMA: Febre há 2 dias com queda do estado geral, adinamia e odinofagia EF: Prostado, Prostado, febril (38,9 (38,9°°C) Gânglio submandibular palpável, aumentado de tamanho e doloros Orofaringe: Hipertrofia e hiperemia de amigdalas com pontos purulentos Clara de 2anos e 6 meses HPMA: Febre e dor de garganta há 1 dia com dificuldade para engolir, mãe acha que tem dor de ouvido. EF: Febril (38° (38°C), chorosa, reagindo ao exame. Sem gânglios submandibulares palpáveis, Orofaringe: Hiperemia de cavum com exsudato em amígdalas. AMIGDALITES OU FARINGOTONSILITES AMIGDALAS PALATINAS ANATOMIA ANEL DE WALDEYER ADENÓIDE (Amígdala faringea) AMÍGDALAS PALATINAS AMÍGDALAS LINGUAIS Afecção das mais diagnosticadas na infância. Etiologia mais freqüente é viral e em grande parte dos casos não se consegue definir uma causa. Pode ser o evento inicial de uma doença sistêmica com outras manifestações. Flora habitual da orofaringe é variável Diagnóstico etiológico difícil mesmo com técnicas de isolamento adequados AMIGDALITES AGUDAS Etiologia Vírus (80 A 90%) Rinovírus Adenovírus Herpes simplex Parainfluenza Coxsackievírus EpsteinEpstein-Barr Citomegalovírus Vírus sincicial respiratório Enterovírus BACTÉRIAS (10 A 20%) Streptococcus pyogenes (estreptococo ß-hemolítico do grupo A) (90% dos casos) Estreptococo ß-hemolítico do grupo C e G Haemophilus influenzae Moraxella catarrhalis Staphylococcus aureus Corynebacterium diphtheriae AMIGDALITE AGUDA AMIGDALITE AGUDA Eritematosa Eritematopultácea Pseudomembranosas: (difteróide difteróide,, diftérica) Ulcerosas: herpética,) ,) superficial (herpangina (herpangina,, herpética ulceronecrótica (angina de Plaut Plaut--Vincent Vincent)) AMIGDALITE AGUDA Sintomatologia: Os quadros clínicos são geralmente semelhantes Início abrupto, febre de moderada a alta, malmal-estar, astenia, dores musculares generalizadas, dor ao e/ou dificuldade para deglutir, halitose, otalgia reflexa, tosse, obstrução nasal, rinorréia rinorréia.. AMIGDALITE AGUDA Eritematosa ou eritematocatarral Etiologia: viral – influenza, adenovírus, adenovírus, enterovírus enterovírus.. Exame físico: congestão da tonsila faríngea, hiperemia difusa, às vezes exsudato catarral. Tratamento: sintomático AMIGDALITE AGUDA Eritematopultácea • Odinofagia • Febre >38.5ºC • Exudatos amigdalianos • Linfadenopatia submandibular dolorosa • Ausência de tosse e coriza • Escore com 70 a 80% de acerto AMIGDALITE AGUDA Eritematopultácea Etiologia: Streptococcus pyogenes (estreptococo ß-hemolítico do grupo A) (90% dos casos) Diagnóstico: Clínico Laboratorial: Cultura (95% de acurácia acurácia)) Teste rápido (15% falsos positivos) AMIGDALITE AGUDA Eritematopultácea Tratamento: • Específico: preconizado para erradicar o estreptococo ßhemolítico do grupo A. Droga de escolha: penicilina. PenicilinaPenicilina-G benzatina benzatina,, dose única, associada ou não à penicilinapenicilina-G procaína (2 a 3 doses iniciais) ou amoxicilina por 10 dias (mínimo de 8 dias). Nos casos de hipersensibilidade a penicilina e seus derivados, optaopta-se pelos macrolídeos macrolídeos.. •Sintomático AMIGDALITE AGUDA Eritematopultácea Complicações: Otite média Sinusite aguda (associação) Abscesso peritonsilar Febre reumática (18 dias após, 2 a 3% podem ter, mas somente 30 a 40 dos casos seguem esta evolução) Glomerulonefrite aduda (10 dias) AMIGDALITE AGUDA Ulceronecróticas Angina de Plaut Plaut--Vincent Etiologia: associação fusiforme fusiforme--espirilar espirilar.. Incidência: dos 12 aos 25 anos. Manifestações clínicas: faringotonsilite ulcerada, recoberta por pseudomembrana, unilateral, com odinofagia unilateral, odor fétido e febre baixa. Tratamento: penicilina cristalina + metronidazol metronidazol.. AMIGDALITE AGUDA Pseudomembranosas (ou fibrinopurulentas)) fibrinopurulentas Difteróide:: Difteróide Etiologia: bacteriana. Diagnóstico diferencial: feito pelo exame bacterioscópico e pela cultura do bacilo diftérico. Tratamento: antibioticoterapia e sintomáticos AMIGDALITE AGUDA Pseudomembranosas (ou fibrinopurulentas)) fibrinopurulentas Diftérica Etiologia: Corynebacterium diphtheriae diphtheriae.. Ao exame: placas brancobranco-acinzentado, fortemente aderidas, sangrando à remoção. Manifestações clínicas: febre baixa, pulso rápido, astenia importante e adenite cervical. Complicações: miocardite, insuficiência suprasupra-renal aguda, paralisia do véu palatino, dos membros inferiores e até da musculatura respiratória. Diagnóstico: bacterioscopia e cultura. Tratamento: soro antidiftérico; antibioticoterapia,, entubação antibioticoterapia ou traqueostomia se necessário. Lucas de 13 anos HPMA: Febre há 5 dias, com queda do estado geral, odinofagia odinofagia,, fazendo uso de amoxacilina há 4 dias. Refere aparecimento de manchas no corpo há 1 dia. EF: Febril (38,5° (38,5°C). Adenomegalia cervical e axilar. Orofaringe: Hipertofia e hiperemia de cavum complacas esbranquiçadas em amigdalas Pele: Exantema maculo maculo--papular em troncop e membros. Síndrome mono-like Etiologia: Rubéola, toxoplasmose, citomegalovirose,, mononucleose citomegalovirose infecciosa, sífilis ou infecção aguda pelo HIV. Quadro clínico: Aparecimento agudo e se apresentam com febre, adenomegalias (gânglios aumentados) e hepato-esplenomegalia (aumento do baço e fígado). Podem também ocorrer dor de cabeça, rash cutâneo (vermelhidão na pele), fraqueza, malestar, dor de garganta e outros sintomas. João de 3 anos. HPMA: Febre alta há 4 dias, feridas na boca, babando muito, choro constante, não consegue comer nada desde o início do quadro. EF: Desidratado 1º grau, irritado, Orofaringe: presença de vesículas e ulcerações em mucosa oral, palato e amígdalas AMIGDALITE AGUDA Ulcerosas superficiais Estomatite Herpética ou primoinfecção herpética Etiologia: herpes simples tipo I. Manifestações clínicas: Febre alta, cefaléia, erupção de vesículas em tonsilas faríngeas e pilares; acompanha dor intensa. Com o rompimento das vesículas ocorre a formação de erosões com halo hiperêmico.. hiperêmico Estomatite Herpética Tratamento: Suporte com hidratação Aciclovir Carol de 2 anos HPMA: Febre há 2 dias, irritabilidade, anorexia, babando muito. EF: febril (38° (38°C) Orofaringe: Hiperemia intensa com lesões vesiculares e ulceradas em palato e amígdalas. Herpangina ou Estomatite viral Etiologia: Enterovírus (Picornaviridae Picornaviridae), ), incluindo Coxsackie A e B e Echovírus Tratamento: Sintomático Analgésico local Amigalites crônicas e de repetição Diagnóstico difícil Repetição: Mais de 7 episódios em 1 ano, 5 episódios/ano em 2 anos ou 3 episódios/ano em 3 anos. Confusão com quadro viral, recidiva e portador. Crônica: Adenopatia submandibular persistente, infecções recorrentes em outros locais de vias aéreas (otites, adenoidites e sinusites), halitose, fadiga e tosse crônica. Indicações de amigdalectomia Indicações absolutas Indicações relativas Apnéia noturna Baixo ganho ponderoestatural Crescimento anormal dentofacial Suspeita de neoplasia Tonsilite hemorrágica OVAS Disfagia Amigdalites de repetição 5-7/ano 4 ano/ 2 ano 3 ano/ 3 anos Abscesso peritonsilar Portador crônico Halitose • Camila, 1 ano e 5 meses • HPMA: quadro de coriza, febre baixa e tosse rouca, rouca, rouquidão que piora à noite, há 3 dias. A mãe refere que a tosse assemelhaassemelha-se a latido de cachorro. cachorro. • EF: Febril (38° (38°C), dispnéica com FR de 42 • Ausculta pulmonar: Cornagem e expiração prolongada Thiago de 3 anos HPMA: tosse de início abrupto que começou à noite, acompanhada de falta de ar e ruído forte. Hoje está com rouquidão intensa e tosse rouca. Já teve episódios anteriores semelhantes. EF: Afebril, dispnéico com esforço respiratório e tiragem intercostal. Ausculta pulmonar: Cornagem respiratória. Laringites em crianças Laringite viral comum: Etiologia: Rhinovirus Rhinovirus,, parainfluenza vírus, vírus sincicial respiratório, adenovirus Sinais e sintomas: Acompanha infecções de vias aéreas; pode acompanhar quadros de sarampo, escarlatina, varicela. Disfonia e tosse leves, febre baixa a moderada Tratamento: Sintomático, vaporização com vapor quente e úmido. Laringites em crianças Laringotraqueíte aguda / crupe verdadeira Etiologia: ParainfluenzaI ParainfluenzaI,, parainfluenza II, influenza , rhinovirus, rhinovirus, vírus sincicial respiratório Sinais e sintomas:Mais comum nas estações frias em crianças menores de 5 anos freqüentemente associado à infecção de vias aéreas superiores. Tosse típica (tipo latido) não produtiva que piora à noite, estridor, disfonia e obstrução podem ocorrer. Febre alta Tratamento: Sintomático, vaporização com vapor quente e úmido. Internação se houver insuficiência respiratória. Corticóide: Dexametasona 0,15 0,15mg mg/kg /kg ou prednisona 1mg/kg. Nebulização com epinefrina Laringites em crianças Falsa crupe ou laringite espasmódica Etiologia: Etiologia: Não identificado, sugeresugere-se reação alérgico a antígenos virais Sinais e sintomas: Idade de 6 meses a 3 anos, pode vir isoladamente sem quadro de infecção de vias aéreas Crises súbitas e relativamente fugazes, podendo ser recorrentes, de estridor e tosse seca noturna. Afebril Tratamento: Sintomático, vaporização com vapor quente e úmido. Internação se houver insuficiência respiratória. Corticóide: Dexametasona ou prednisona Nebulização com epinefrina Laringites em crianças Supraglotite aguda ou epiglotite Etiologia: Haemophilus influenzae tipo B Sinais e sintomas: Crianças de 2 a 4 anos, evolução rápida com risco de obstrução de via aérea rápida e fatal, Odinofagia Odinofagia,, estridor inspiratório, voz “abafada”, babação, babação, postura sentada característica. Febre alta e toxemia.. toxemia Tratamento: hospitalização de urgência, antibioticoterapia e medidas de suporte intensivo, traqueostomia se necessário.