ROTEIRO – AULA PRÁTICA - EXTRAÇÃO DE DNA – Obtenção do DNA genômico A cada dia surgem novos protocolos para a análise do DNA humano, buscando a simplificação dos métodos e a diminuição dos custos, na expectativa de que possam vir a ser aplicados em um número maior de laboratórios, mesmo aqueles não especializados em Biologia Molecular. Embora o DNA genômico possa ser obtido de qualquer tecido, na prática, as seguintes amostras são preferencialmente utilizadas para fins diagnósticos: sangue, pela facilidade da coleta, sendo que o DNA é extraído dos glóbulos brancos (leucócitos), uma vez que as hemáceas não possuem núcleo; cultura de fibroblastos estabelecida a partir de biópsia de pele; culturas transformadas de linfócitos ou, no caso de diagnóstico pré-natal, fluido amniótico e vilosidades coriônicas, no qual o DNA pode ser extraído diretamente do material coletado ou após cultura de células. Para exames de paternidade é o DNA encontrado nas células destes tecidos, que “carrega” essas informações genéticas. Por isso, tanto o sangue quanto as células da bochecha, da raiz do fio de cabelo, dos ossos ou de qualquer tecido do corpo humano podem ser usados para realização do exame de DNA. Obviamente que devemos optar por utilizar o tecido que contenha células em melhor estado de conservação ou que contenha o maior número delas. O trabalho experimental que propomos, permite uma introdução prática à biologia molecular, que tem como principal objetivo: A extração de DNA de células nucleadas. Qual a função dos reagentes usados na experiência? Sal? A adição do sal proporciona ao DNA um ambiente favorável. O sal contribui com íons positivos que neutralizam a carga negativa do DNA. Numerosas moléculas de DNA podem coexistir nessa solução. O sal também é importante para, juntamente com o álcool, favorecer a precipitação do DNA. Detergente? O detergente dissolve as membranas que são constituídas por lipídios. Com a ruptura das membranas, o conteúdo celular, incluindo as proteínas e o DNA, dispersa-se na solução. A função de algumas dessas proteínas é manter o DNA enrolado numa espiral muito apertada. Álcool? O DNA não é solúvel em álcool. Como resultado, o DNA aparece à superfície da solução ou precipita. O DNA é menos denso que a água e a mistura aquosa dos restos celulares. Assim, na experiência ele a seguir surge à superfície da solução aquosa.