Métodos de Observação do Oceano

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F
Faculadade
l d d d
de Ciê
Ciências
i
e Tecnologia
T
l i
Métodos de Observação do Oceano
Curso de Ciências do Mar – 2ºano, 1ºsemestre
Observação remota do Oceano
Paulo Relvas
O Início:
1957 – União Soviética lança o primeiro satélite: Sputnik
1978 – NASA lança 3 satélites de observação do oceano:
TIROS-N com
AVHRR para medir
di a ttemperatura
t
d
da superfície
fí i
do oceano;
Seasat com
radar-altimeter para medir o nível do mar;
“scatterometer” de micro-ondas e radiómetro
“SAR”,
SAR , ambos para medir a rugosidade do
oceano;
Nimbus-7 com
sensor de cor do oceano.
Dois tipos de órbitas nos satélites de detecção remota
Órbitas geoestacionárias:
Durante o período orbital de um dia
sideral (T=23.93 horas) o satélite
viaja com a terra.
Para que isto aconteça é necessário
que r=42290 km, h=35910 km
O satélite permanece sobre o
equador
Órbitas quase-polares:
q
p
T é aproximadamente 100 min.
h está entre os 700 e os 1000 km
O que vê um satélite em órbita geoestacionária
Cobertura do Planeta por uma órbita polar
Trajectória descendentes diárias
Trajectória ascendente entre 1 e 2
Primeira trajectória do dia seguinte
Órbita síncrona solar
•É um caso especial da órbita polar
•O plano da órbita tem um movimento de precessão em fase com o Sol
Esta órbita requer dΩ/dt = 0.986 graus/dia
Desta forma
D
f
o satélite
éli passa na perpendicular
di l do
d local
l
l em qualquer
l
latitude
l i d
sempre à mesma hora solar local em cada dia, durante todo o ano
Intervalo de re-visita: impacto na resolução espacial
• Cada órbia repete-se aprox. cada 10
dias
• Espaçamento entre órbitas no equador
≈315 Km
• Cada órbia repete-se aprox. cada 3
dias
• Espaçamento entre órbitas no equador
≈800 Km
Utilização do espectro electromagnético
Transmissividade das ondas elecromagnéticas
através da atmosfera
Espectro de emissão para diferentes temperaturas
A escolha das bandas para aplicação na detecção remota é ditada pela aplicação pretendida
e pelo espectro de transmissão atmosférico.
A gama 100 nm - 100 µm deve ser usada para observar características do oceano por
reflecção da radiação solar incidente, tal como observamos com os olhos.
A gama 3 – 40 µm d
deve ser usada
d para observar
b
a emissão
i ã de
d radiação
di ã pela
l superfície
fí i do
d
oceano.
Contudo notemos que nem todas as partes destas gamas de valores podem ser usadas
devido à transmissividade da atmosfera,, como podemos
p
ver pelo
p
espectro
p
de transmissão
da atmosfera representado acima.
Em geral a gama 400 nm – 1 µm é usada para medir na banda do visível e cerca dos 10
µm para medições no infravermelho.
Acima de 10 nm há
á pouca absorção. Estas bandas são usadas por sensores activos de
micro-ondas. Estes emitem radiação com a qual “iluminam” o alvo e depois observam a
natureza do sinal reflectido, em contraste com os sensores passivos de infravermelhos e
visível apenas observam a radiação natural.
Os sensores passivos medem a radiação
electromagnética natural incoerente.
Os sensores activos iluminam o alvo (o
oceano) com radiação electromagnética que
emitem. Por isso medem não só a amplitude
mas também a fase do sinal reflectido e o seu
tempo de retorno.
Sensores a bordo de satélites
Passive sensors
Wavelength
Information
Visible wavelength
radiometers
400 nm - 1 µm
Solar radiation reflected
by Earth surface
Infrared (IR) radiometers
about 10 µm
Thermal emission of the
Earth
Microwave radiometers
1.5 - 300 mm
Thermal emission of the
Earth in the microwave
Altimeters
3 - 30 GHz
Earth surface
topography
g
y
Scatterometers
3 - 30 GHz
Sea surface roughness
Synthetic aperture
radars (SAR)
3 - 30 GHz
Sea surface roughness
and movement
Active devices
Sensores passivos – radiação solar
Características:
•Usam c.d.o. na banda do visível
•São multiespectrais – detectam cores
•Fazem “varrimento” (scanning) – geram imagens
•São obstruídos pelas nuvens
•São corrompidos pela atmosfera
•Medem as p
propriedades
p
da água
g
q
que alteram a cor da superfície
p
do oceano
•Medem a luz reflectida pela superfície do oceano
•A radiação próximo do infravermelho não penetra no oceano
Imagem de cor do oceano
Distribuição global da concentração de clorofila à superfície
obtida a partir do sensor SeaWiFS entre 28 de Agosto e 4 de
Setembro de 2004.
Sensores passivos – radiação emitida
Características:
•Radiómetros térmicos de infravermelhos
•Multiplas bandas de c.d.o.
cdo
•Obstruidos pelas nuvens
•Requerem correcção atmosférica
•Medem a temperatura da superfície
í
do mar
Características:
•Radiómetros
ó
de micro-ondas
•Multiplas bandas de frequência
•Atravessa as nuvens
•Quase independentes da atmosfera
•Medem a temperatura da superfície do mar
Medem a rugosidade da superfície do mar
•Medem
•Poderão vir a medir a salinidade.....?
Imagem obtida a partir de um sensor de infravermelho
SST (ºC)
Distribuição global da temperatura da superfície do mar obtida a partir
do sensores NOAA AVHRR entre 14 e 18 de Setembro 2004
Advanced Very High Resolution Radiometer – (AVHRR)
Imagem obtida a partir de um radiómetro de micro-ondas
Distribuição global da temperatura da superfície do mar obtida a partir do
radiómetro de micro-ondas AMSR-E entre 21 e 28 de Dezembro2002
Advanced Microwave Scanning Radiometer - EOS (AMSR-E)
Sensores activos – radar de micro-ondas
E it a pulsação
Emite
l
ã d
de radar
d obliquamente
bli
t
Dois tipos:
“Scatterometer” (baixa resolução)
•Mede
d a velocidade
l d d ed
direcção
ã d
do vento
•SeaWinds Scatterometer on QuickScat
•Resolução de 25 km dos 3 aos 20 m/s
•Erro máximo de 2m/s e 20º na direcção
Radar de Imagem – SAR (elevada resolução)
•Detecta os padrões de rugosidade da superfície
•Mede a rugosidade de pequena escala (5-50
(5 50 cm)
•Imagem de tudo o que modele a sup. do oceano
Emite a pulsação de radar verticalmente
Altimetro
•Mede o tempo de retorno
•Detecta a distância à superfície do oceano
•Mede a forma e intensidade do retorno
•Detecta a altura de onda e vento
Imagem obtida a partir de um radar de micro-ondas (Scatterometer)
Distribuição global da velocidade do vento sobre o mar obtida pelo sensor
SeaWinds a bordo do satélite QuickScat durante o dia 2 de Outubro 2003
Imagem obtida a partir de um radar de micro-ondas (SAR
Synthetic Aperture Radar)
Ondas internas
Figueira da Foz
Observação de ondas internas na região da Nazaré e no Estreito de Gibraltar
Bandas brilhantes: mar rugoso; Bandas escuras: mar liso
Imagem obtida a partir de um radar altímetro
Anomalia da altura do nível do mar (mm)
altura do nível do mar entre 16 e 26 Set.
Set 2003 – altura média durante vérios anos
Qual a importância dos dados de satélite?
• A detecção remota por satélite
é
permitiu estudar fenómenos
ó
à escala
do Oceano Global
™ Actualmente podemos colocar questões sobre processos de
larga escala que anteriormente não podiam ser respondidos
™ Podemos hoje fazer observações do oceano numa escala que
permite
it ttestar
t e expandir
di os modelos
d l teóricos
t ó i
• A Oceanografia do Sec. XXI tornou-se dependente das observações
por satélite
p
™ Todos os ramos das Ciências do Mar esperam actualmente
usar imagens de satélite
™ O interesse pelos dados de satélite deixou de ser exclusiva
dos especialistas em “oceanografia por satélite”
™ Há um uso crescente dos dados de satélite para fins de
“oceanografia operacional” – monitorização e previsão
Limitações fundamentais da detecção remota por satélite
• Só observa algumas das propriedades e variáveis do oceano
• As medições fazem-se apenas na superfície do oceano ou
perto dela (apesar de ser aí que é mais importante medir...)
• Os valores medidos podem ser viciados pela atmosfera
• Alguns métodos de observação não podem ver através das
nuvens
• As observações só podem ser feitas quando o satélite está no
sítio certo
• Todas as medidas requerem calibração e validação com dados
in situ
Radar HF (CODAR): radares de micro-ondas de alta frequência instalados em terra
08 Dez. 2004 – 18:00 GMT
10 Dez. 2004 – 09:00 GMT
10 Dez. 2004 – 10:00 GMT
10 Dez. 2004 – 11:00 GMT
HF radar and CODAR
Não há retorno devido
à corrente
t
Retorno com um desvio
de Doppler devido a uma
corrente de aproximação
Esquema da cobertura realizada por duas antenas.
A área de sobreposição é a região onde as
correntes horizontais podem ser resolvidas.
HF Radars
HF Radars na costa oeste da Peninsula Ibérica
C b Sill
Cabo
Silleiro
i (P
(Pontevedra)
t
d ) – Puertos
P
t del
d l Estado
E t d
Cabo de Sines
Cobertura da costa Portuguesa
Noroeste
Oeste
Sudoeste
Candidatura ao Interreg Transfronteiriço
Que Temperatura da Superfície do Mar (Sea Surface
Temperature – SST) vemos nós a partir do espaço?
SST é um parâmetro muito difícil de definir com exactidão:
O oceano superficial (~10 m) tem uma estrutura vertical complexa e
variável, relacionada com a turbulência e os fluxos ar-mar de calor,
humidade e momento linear
Uma definição de SST é necessária para:
•Entender o conteudo da informação proviniente do satélite
•Entender a relação entre medições de SST de differentes satélites
•Poder criar produtos a partir da fusão com observações in situ.
Como é que estrutura térmica do oceano se comporta perto da superfície?
A figura seguinte apresenta um diagrama esquemático da
definição de temperatura nos primeiros 10 m do oceano
SST (ou TSM em português). O que é?
•SSTint: é a temperatura exactamente na interface ar-oceano. Não tem
muito uso prático porque não pode ser medida com a tecnologia actual.
•SSTskin:
SST ki
é a temperatura
t
t
“de
“d pele”,
l ” definida
d fi id como a que é medida
did por
um radiómetro de infravermelho (c.d.o. 3.7-12 µm). Representa a
temperatura a uma profundidade de ~10-20 µm e está sujeita ao ciclo
diário de aquecimento
q
•SSTsub-skin: é aproximadamente a temperatura medida por um
radiómetro de micro-ondas que opere na banda de frequência de 6-11
GHz. Representa a temperatura a uma profundidade de ~1-10 mm
•SSTdepth: representa a temperatura abaixo da SSTsub-skin, medida
por uma série de sensores (boias, termistores, perfiladores, etc.). Esta
temperatura é distinta da obtida por satélite e deverá indicar a
profunfidade
f fid d do
d registo
i
(p.ex.
(
SST5m).
SST5 )
•SSTfnd (foundation SST): é a temperatura livre do ciclo diário. É
definida como a temperatura no primeiro instante do dia quando o
ganho de calor da absorção da radiação solar excede e perca de calor na
superfície do mar.
Deteção Remota: Princípios, Tecnologias e Metodologias
Deteção remota do
oceano por satélite
Tipicamente inclui:
• Calibração
C lib
ã d
dos sensores
• Correcção atmosférica
• Geo-referenciação
• Observação oceanográfica directa para obter a “verdade”
• Processamento das imagens
• Aplicação oceanográfica
Processamento de imagens
Níveis de processamento de dados de satélite
Nível 1 – dados em bruto recebidos do satélite, em fomato binário
standard
Nível 2 – Imagem em coordenadas do sensor contendo cada canal
calibrado individualmente
Nível 3 – imagem da variável oceânica já calculada, com correcção
atmosférica e georeferenciada, mas apresentada em
coordenadas do sensor
Nível 4 – imagem composta da variável oceânica calculada e reamostrada num mapa base standard durante um certo
intervalo de tempo (dias, semanas ou meses – pode conter
pixeis com falhas)
Nível 5 – Imagem representando a média de uma variável oceânica
dentro de cada célula da rede como resultado de uma análise
dos dados, p. ex. modelação ou inclusão de dados in situ
ALGUNS CASOS DE ESTUDO
Um oceano costeiro em aquecimento.......
aquecimento
Evolução da estrutura de
mesoescala ao largo da
P i
Peninsula
l Ibérica
Ibé i
Questão chave:
Como responde o ecosistema
Ibérico ao aquecimento
observado nas décadas
passadas?
d ?
Só a deteção remota pode dar
p
uma resposta...
Resultado: diferentes estruturas
de mesoescala respondem de
diferente modo ao aquecimento
global
O valor associado a cada pixel representa a
tendência entre 1985 e 2008, em ºC/ano
Os meses de Julho a Stembro são os grandes
responsáveis
p
p
pelo p
padrão obervado
Clorofila a ao largo da P. Ibérica
3)
Chl-a
(mg/m
S
38º N
SV
37º N
36º N
23 August 2008
13º W
11º W
9º W
7º W
SeaWiFS-derived chlorophyll-a distribution in SW Iberia in 12 February
2001. The southwestward filament is about 400 km long.
O filamento do C.S.Vicente observado por
detecção remota: SST e Clorofila a
a
b
SST
5
ºC
0.1
1.0
2.0
mg m-3
SST satellite image from 22 October 2004 with the location of the
sampling
li sites
it ((a)) and
d th
the concurrentt off Chl satellite
t llit iimage ffrom
23 October 2004 (b).
Sinal deixado por ondas internas na Clorofila a
(a) Chlorophyll concentration (colour) from SeaWiFS on 4 Sep 1999, and coincident
internal waves (white lines) from the ERS-2 SAR on 3 Sep 1999, Bay of Biscay.
Shelf break depth contours at 200 and 1000 m are indicated, and an expanded
portion of the SAR image itself is overlaid in the lower left corner.
(b) Chlorophyll concentration from SeaWiFS, and coincident internal waves from the
ERS-2 SAR
SAR, on 14 Aug 1998
1998.
http://oceancolor.gsfc.nasa.gov/
Seawifs, The Western Iberian Buoyant Plume and
the Survival Of Sardine Larvae
9

SeaWiFS-derived chlorophyll-a distribution of NW Iberia in 19 Feb 2000 (middle
image). In the right plot is presented the in situ surface distribution of chlorophyll-a and
in the left plot a cross-slope section obtained during an oceanographic survey cruise
contemporaneous to the satellite image. The white crosses in the satellite image
indicate the location of the oceanographic stations and the red arrow the cross-slope
section presented in the right plot. The shaded red areas in the left and right plots
represent the locations of the maxima and features seen in the satellite image
Infrared Remote Sensing:
Coastal Oceanography and Circulation
Jan
Feb
Mar
Apr
May
Jun
Jul
Aug
p
Sep
Oct
Nov
Dec
Sea surface temperature
p
(ºC)
( ) – 2003 ((monthly
y mean))
The mesoscale – poleward flows
Poleward Flows
((winter...?))
44º
ºC
SST
27 Sep. 1986
43º
16
17
SST
1-7 Jun. 1997
43º
18
42º
6236
19
- poleward flow shifted offshore, coexisting
with the equatorward upwelling jet.
42º
20
41º
NERC RSDAS
-10º
-9º
-8º
-7º
Sordo et al, 2001
41º
-11º
19
-10º
18
-9º
17
-8º
16
15 ºC
Torres and Barton, 2006
SST – 8 Aug. 2000
38º
- reduced cross-shelf transport – alongshore
transport prevails
-20
-20
37º
-100
-500
-100
- region exposed to forcing factors other than
wind stress
-500
-9º
→ Poleward flows over the inner
shelf during the upwelling season
- dynamics somewhat independent from the
outer shelf
SST – 12 Aug. 2000
10 ms-1
36º
→ Iberian Poleward Current persists
year round
-8º
-7º
-9º
-8º
-7º
ºC
Sanchez et al, 2006
The mesoscale – poleward flows
The example of the warm inshore
countercurrent off SW Iberia:
• Progress west under relaxed winds
at south coast
• Turns CSV to progress north under
weaker upwelling favourable wind
at west coast
• Retreats under eastward wind at
south coast and intensified
southward
th
d wind
i d att westt coastt
The mesoscale – poleward flows
Contrasting
g situation in two consecutive yyears:
SST
2 Aug. 1991
SST
4 Aug. 1992
The interplay between the wind forcing and an the alongshore
pressure gardient defines the coastal circulation off SW Iberia
The mesoscale – poleward flows
Evolution of the inshore countercurrent 1-13 Aug
Aug. 2000
• Warm counterflow is
connected with G.Cadiz
waters
• Develops following
upwelling wind relaxation
• Onset of upwelling
favourable wind at
C.S.Vicente does not
imply an immediate retreat
of the warm band
The mesoscale – poleward flows
Direct measurements:
Transect 1 to 5 (Jun 12 02:00 - Jun 15 19:45); Layer: 16 - 25 m
Transect 6 to 8 (Jun 15 19:45 - Jun 17 11:00); Layer: 16 - 25 m
38.0
37.5
50 cm/s
50 cm/s
37.4
37.5
37.3
latittude
latitude
AVHRR
16 Jun 94
17:28
37 2
37.2
37.0
37.1
36.5
37.0
AVHRR
16
Jun
94 17:28
36.9
-9.5
36.0
-10.5
-10.0
-9.5
-9.0
-9.4
-9.3
-9.2
-9.1
longitude
-9.0
-8.9
-8.8
-8.5
longitude
18.5
19.0
19.5
20.0
20.5
SST(C)
21.0
21.5
22.0
18.5
19.0
19.5
20.0
20.5
SST(C)
Poleward surface velocities >40cm/s around C.S.Vicente
• Cool water offshore from tongue separating further north
• Counterflow curls against the coast after rounding CSV
21.0
21.5
Detecção remota de infravermelhos
Group for High-Resolution SST (GHRSST): http://www.ghrsst.org/index.htm
PO.DAAC: http://podaac.jpl.nasa.gov/index.html
Interface POET: http://poet.jpl.nasa.gov/
Microwaves Remote Sensing:
g
Altimetry, Sea-Level Height, Surface Winds and Ocean Circulation
AVISO: http://www.aviso.oceanobs.com/
QuikSCAT: http://winds.jpl.nasa.gov/
Aplicação de altimetria ao C. S. Vicente: aqui
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