BIOLOGIA 1 Resoluções das atividades Aula 10 crescimento muscular e traria vantagens para atletas com maior necessidade de força física. Como o DNA é muito estável, o efeito proporcionado por essa técnica é praticamente permanente. Engenharia Genética: técnica do DNA recombinante Atividades para sala 01 E Por meio da técnica do DNA recombinante, que emprega enzimas de restrição para cortar fragmentos específicos de DNA, é possível transferir genes de interesse de um indivíduo para qualquer outro indivíduo. Organismos geneticamente modificados (OGM) são aqueles que passaram por qualquer tipo de modificação por Engenharia Genética. Nos seres transgênicos, essa modificação implica necessariamente a incorporação de genes de outra espécie. Assim, a técnica pode transferir genes de qualquer espécie para qualquer espécie, independentemente de sua classificação. Atividades propostas 01 C 02 A A técnica do DNA recombinante permite cortar o DNA de uma espécie qualquer e colocá-lo no DNA de outra espécie, permitindo, assim, a transferência de genes entre espécies distintas. No exemplo mais clássico, genes humanos que produzem insulina são transferidos para bactérias. Por consequência, essas bactérias passam a produzir a insulina humana como resultado da expressão da sequência do DNA que codifica a proteína. 03 C Na etapa I, utiliza-se a endonuclease, a enzima de restrição que corta o DNA em determinados trechos, os quais deixam extremidades pegajosas que podem ser ligadas por pontes de hidrogênio, como ocorre na etapa II. Essas extremidades complementares são geradas pelo corte de outro DNA com a mesma enzima. Para consolidar a ligação das extremidades pegajosas, a enzima DNA ligase, na etapa III, liga os trechos de DNA por meio de ligações covalentes fosfodiéster. Assim, origina-se um DNA recombinante. 02 B 04 C A terapia gênica consiste no tratamento de doenças genéticas pela introdução de genes saudáveis que compensam a existência de genes defeituosos de algum indivíduo. Por meio dessa técnica, transfere-se o gene utilizado no tratamento para um vetor, e esse vetor é aplicado no indivíduo. No caso mais comum, utiliza-se um retrovírus modificado como vetor. Essa técnica pode ser utilizada em atletas, promovendo um doping genético. Dessa forma, a injeção de novas cópias do gene IGF-1 estimularia o Por meio da técnica do DNA recombinante, que emprega enzimas de restrição para cortar fragmentos específicos de DNA, é possível transferir genes de interesse de um indivíduo para qualquer outro indivíduo. Organismos geneticamente modificados (OGM) são aqueles que passaram por qualquer tipo de modificação por Engenharia Genética, e nos seres transgênicos essa modificação implica necessariamente a incorporação de genes de outra espécie. Uma das utilidades da técnica do DNA recombinante está na produção de vegetais que possuem genes que aumentam sua resistência a herbicidas, o que permite ao agricultor usar esse tipo de defensivo agrícola para eliminar ervas daninhas em sua lavoura sem afetar as plantas transgênicas cultivadas. Nesse caso, um possível problema advindo do cultivo dessas plantas se daria pela transferência de genes da planta transgênica cultivada para plantas selvagens na região, com possíveis impactos ambientais negativos pela disseminação da resistência contra herbicidas nas populações vegetais naturais. No caso descrito no texto, o risco ambiental é baixo, porque a soja transgênica “não tem possibilidade de cruzamento com outras plantas e o perigo de polinização cruzada com outro tipo de soja é de apenas 1%”, não havendo a possibilidade de a linhagem analisada cruzar com espécies selvagens. Na Engenharia Genética, as enzimas endonucleases de restrição cortam fragmentos de DNA a serem utilizados na formação de moléculas de DNA recombinante. Cada enzima desse tipo age sobre um trecho específico de DNA que é palíndromo, ou seja, é idêntico quando lido de trás para frente ou de frente para trás. Após o corte com as enzimas de restrição, as extremidades das regiões cortadas podem ser ligadas por pontes de hidrogênio com sequências complementares deixadas pelo corte que a mesma enzima realizou em outras moléculas de DNA. 03 C As duas principais ferramentas na técnica do DNA recombinante, responsável pela produção de organismos geneticamente modificados, são as enzimas de restrição e os plasmídios bacterianos. Enzimas de restrição são enzimas Pré-Universitário – Livro 3 1 BIOLOGIA 1 de origem bacteriana capazes de cortar o DNA em determinadas sequências de nucleotídios, permitindo a união de trechos de DNA de origem diferente. Plasmídios são porções de DNA extracromossomial em bactérias, sendo esse DNA circular de fita dupla e desnudo (não associado a histonas) e apresentando genes não essenciais à bactéria, sendo utilizados como vetores, ou seja, suportes para o DNA que se deseja adicionar para modificar geneticamente um certo organismo. 04 A Por meio da técnica do DNA recombinante, que emprega enzimas de restrição para cortar fragmentos específicos de DNA, é possível transferir genes de interesse de um indivíduo para qualquer outro indivíduo. Organismos geneticamente modificados (OGM) são aqueles que passaram por qualquer tipo de modificação por engenharia genética, e nos seres transgênicos essa modificação implica necessariamente a incorporação de genes de outra espécie. As enzimas de restrição são encontradas na natureza em bactérias, nas quais agem como proteção contra vírus bacteriófagos, ou seja, na remoção do DNA de vírus bacteriófagos que tentem se incorporar ao genoma bacteriano. Cada uma das cerca de 30 enzimas de restrição conhecidas é obtida em uma linhagem diferente de bactérias e corta um trecho diferente de DNA, específico para cada enzima. 05 A Para fabricar organismos geneticamente modificados, primeiro, por meio de enzimas de restrição (1), há o corte do DNA de interesse e do vetor (plasmídio bacteriano, 2), seguido da união destes por enzimas DNA ligase (3), formando, assim, um plasmídio recombinante. Este, então, é clonado e transferido para o organismo que se deseja ­modificar. 06 D As bactérias se reproduzem assexuadamente em uma grande velocidade, caso supridas de nutrientes adequados no meio onde estão. Por esse motivo, é comum o uso de bactérias em Engenharia Genética para clonar segmentos de DNA, produzir substâncias de interesse médico ou, até mesmo, comercial etc. 07 D Por meio da técnica do DNA recombinante, que emprega enzimas de restrição para cortar fragmentos específicos de DNA, é possível transferir genes de interesse de um indivíduo para qualquer outro indivíduo. Organismos geneticamente modificados (OGM) são aqueles que passaram por qualquer tipo de modificação por engenharia genética, sendo que nos seres transgênicos essa modificação implica necessariamente a incorporação de genes de outra espécie. Para que o gene de interesse se expresse no indivíduo modificado, é necessário que ele seja encontrado em todas as células do indivíduo. Como é inviável modificar todas as muitas células de um organismo pluricelular adulto, a modificação deve ser feita nos gametas dos genitores ou no zigoto do indivíduo. Assim, o zigoto modificado, ao se dividir por mitose para originar as várias 2 células do adulto, transfere o gene para todas essas células, de modo que o gene se expressa no adulto. 08 D A terapia gênica é uma técnica que usa princípios de ­Engenharia Genética para corrigir defeitos genéticos. No procedimento mais comum, removem-se células do indivíduo a ser tratado e adicionam-se a essas células vírus modificados com um DNA recombinante com genes para corrigir o defeito em questão. A aplicação dos vírus recombinantes nas células fora do corpo, o que se chama de “técnica ex vivo”, diminui o risco de reações imunes contra esses vírus. As células, já modificadas, são então reintroduzidas no indivíduo a ser tratado. No caso descrito no texto, os genes BRCA, do termo em inglês BReast ­CAncer (“câncer de mama”), são versões defeituosas de genes reguladores da divisão celular, aumentando o risco de câncer. Assim, poderiam ser utilizados vírus recombinantes com versões adequadas dos referidos genes reguladores da divisão celular, evitando o risco aumentado de câncer. 09 B a) (F) Vacinas de DNA são constituídas por DNA microbiano enxertado em um vetor e adicionado a uma célula receptora. b)(V) c) (F)Vacinas de DNA levam à produção de proteínas microbianas, que induzem a formação de linfócitos B de memória e anticorpos no hospedeiro. d) (F) Para que vacinas de DNA sejam produzidas contra vírus que possuem material genético de RNA, pode-se preparar vacina com DNA que contém uma sequência de nucleotídios transcrita por RNAm, traduzida em alguma proteína do vírus em questão. e) (F) Vacinas de DNA induziriam a produção de anticorpos permanentemente na vida do indivíduo receptor. 10 C O doping genético utiliza técnicas de Engenharia ­Genética para inserir no genoma do atleta genes que aumentem o desempenho em determinada atividade esportiva. O risco associado a esse procedimento é o mesmo dos tratamentos de terapia genética, como o surgimento de alterações genéticas que desencadeiem o câncer e a impossibilidade de controlar com precisão absoluta os efeitos sobre o fenótipo. Pré-Universitário – Livro 3