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APOSTILA DE GEOGRAFIA
MÓDULO I (PARTE I)
TURMA: ENEM
1 – CARTOGRAFIA
A cartografia é a ciência da representação gráfica da superfície terrestre, tendo como produto final o mapa. Ou
seja, é a ciência que trata da concepção, produção, difusão, utilização e estudo dos mapas. Na cartografia, as
representações de área podem ser acompanhadas de diversas informações, como símbolos, cores, entre outros
elementos. A cartografia é essencial para o ensino da Geografia e tornou-se muito importante na educação
contemporânea, tanto para as pessoas atenderem às necessidades do seu cotidiano quanto para estudarem o ambiente
em que vivem.
Os primeiros mapas foram traçados no século VI a.C. pelos gregos que, em função de suas expedições militares
e de navegação, criaram o principal centro de conhecimento geográfico do mundo ocidental. O mais antigo mapa já
encontrado foi confeccionado na Suméria, em uma pequena tábua de argila, representando um Estado.
Hoje, a cartografia é feita por meios modernos, como as fotografias aéreas (realizadas por aviões) e o
sensoriamento remoto por satélite. Além disso, com os recursos dos computadores, os geógrafos podem obter maior
precisão nos cálculos, criando mapas que chegam a ter precisão de até 1 metro.
1.1
ORIENTAÇÃO E LOCALIZAÇÃO
Rosa dos ventos
Foto: Rosa dos Ventos
Os pontos cardeais e seus respectivos símbolossão:
Norte: N
Sul: S
Leste: L ou E (em função dessa expressão em inglês, “east”).
Oeste: O ou W (também em função de sua correspondência na língua inglesa, “west”).
Os pontos colaterais, cuja posição encontra-se entre os pontos cardeais, são:
Entre o norte e o oeste: Noroeste (NW)
Entre o norte e o leste: Nordeste (NE)
Entre o sul e o leste: Sudeste (SE)
Entre o sul e o oeste: Sudoeste (SW)
1
Por fim, temos os pontos subcolaterais, com uma posição mais específica:
Entre o Norte e o Noroeste: Nor-noroeste (NNW)
Entre o Norte e o Nordeste: Nor-nordeste (NNE)
Entre o Oeste e o Noroeste: Oés-noroeste (WNW)
Entre o Oeste e o Sudoeste: Oés-sudoeste (WSW)
Entre o Leste e o Nordeste: Lés-nordeste (ENE)
Entre o Leste e o Sudeste: Lés-sudeste (ESE)
Entre o Sul e o Sudoeste: Sul-suldoeste (SSW)
Entre o Sul e o Sudeste: Sul-suldeste (SSE)
Esses são os pontos que facilitam a orientação na superfície terrestre. A noção a respeito desses pontos de orientação é
fundamental para estabelecer os deslocamentos aéreos e marítimos, por exemplo, ou em locais onde não há estradas,
como regiões desérticas e áreas florestais.
Elementos Essenciais de um Mapa
Foto: Principais Elementos de um Mapa
Dentre esses elementos, a escala cartográfica é um importante é o mais importante deles, sendo utilizada para
representar a relação de proporção entre a área real e a sua representação.
Por exemplo: se uma escala de um determinado mapa é 1:500, significa que cada centímetro do mapa representa 500
centímetros do espaço real. Consequentemente, essa proporção é de 1 por 500.
Existem, dessa forma, dois tipos de escala, isto é, duas formas diferentes de representá-la: a escala numérica e
a escala gráfica. A numérica, como o próprio nome sugere, é utilizada basicamente por números; já a gráfica utiliza-se
de uma esquematização.
A escala numérica representa em forma de fração a proporção da escala, havendo, dessa maneira, o seu numerador e o
seu denominador. Confira:
2
Já a escala gráfica representa diretamente o espaço relacional e suas medidas.
Exemplos de escala gráfica
Nos esquemas acima, podemos perceber que cada intervalo entre um número e outro representa uma distância
específica, que é devidamente apontada pela escala. Esse tipo de escala possui o mérito de aumentar e reduzir
juntamente ao mapa. Assim, se eu transferir um mapa que estava em um papel menor para um pôster grande, a escala
continuará correta, o que não aconteceria com a escala numérica, que, nesse caso, teria de ser recalculada.
Orientação pelos Astros
A orientação pelos astros depende de uma série de condições que estão relacionadas, por exemplo, à situação do
tempo atmosférico (é preciso que o céu esteja limpo), à localização do observador no planeta Terra - distância em
relação à linha do Equador -, à época do ano, e sem a utilização complementar de equipamentos astronômicos, essa
orientação não será totalmente precisa. Trata-se de uma orientação aproximada.
- Sol: nascimento no leste e se põe no oeste;
- Constelação do Cruzeiro do Sul: - Ela tem a forma de cruz, e o braço maior da cruz
aponta na direção sul. (Apenas Hemisfério Sul);
-Orientação pela Lua: Assim como Sol, nasce no Leste. Estender braço direito para
leste, esquerdo para oeste. Frente para o Norte e as costas para o sul.
Foto : Cruzeiro do Sul
Bússola
A bússola é um objeto utilizado para orientação geográfica. Sua construção ocorreu tendo como referência a rosa dos
ventos, que é composta pelos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais. É um objeto com uma agulha magnética que é
atraída para o polo magnético terrestre.
O objeto é composto por uma caixinha de material transparente, chamada de cápsula, dentro dela existe uma peça
metálica chamada de agulha. A agulha é equilibrada sobre um eixo que tem livre movimento. Essa agulha magnetizada
aponta sempre para o polo norte magnético da Terra. Isso ocorre em razão da grande quantidade de ferro derretido no
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interior da Terra, que funciona como um imã e atrai a agulha magnetizada da bússola. É importante mencionar que existe
a declinação magnética, que é a diferença (em graus) entre o pólo norte geográfico da Terra e o pólo magnético da
Terra.
Foto : Bússola Geográfica
Geotecnologias
Também conhecidas como "geoprocessamento", as geotecnologias são o conjunto de tecnologias para coleta,
processamento, análise e disponibilização de informação com referência geográfica. As geotecnologias são compostas
por soluções em hardware, software e peopleware que juntos se constituem em poderosas ferramentas para a tomada
de decisões. Dentre as geotecnologias estão os GIS - Sistemas de Informação Geográfica, Cartografia Digital,
Sensoriamento Remoto por Satélites, Sistema de Posicionamento Global (ex. GPS), Aerofotogrametria, Geodésia e
Topografia Clássica, dentre outros. Com a evolução da tecnologia de geoprocessamento e de softwares gráficos vários
termos surgiram para as muitas especialidades. Essa tecnologia pode ser usada em diversas áreas, como: Gestão
Municipal, Meio Ambiente, Agronegócios, serviços públicos de saneamento, energia elétrica e telecomunicações e, é
claro, em Educação como exemplificaremos.
Paralelos e Meridianos
Os paralelos são linhas imaginarias que estão dispostas ao
redor do planeta no sentido horizontal, ou seja, de leste a
oeste.O paralelo principal é chamado de Linha do Equador que
está situado na parte mais larga do planeta, a partir dessa linha
tem origem ao hemisfério sul ( meridional ou austral)e o
hemisfério norte ( setentrional ou boreal). Existem outros
paralelos secundários mais de grande importância como Trópico
de Câncer, O Trópico de Capricórnio, o Circulo Polar Ártico e o
Circulo Polar Antártico.
As latitudes são medidas em graus entre os paralelos, ou
qualquer ponto do planeta até a Linha do Equador, as latitudes
oscilam de 0º Linha do Equador e 90º ao norte e 90º ao sul.
Meridianos correspondem a semicircunferências imaginarias que parte de um pólo até atingir o outro. O principal
meridiano é o Greenwich, esse é o único que possui um nome especifico, esse é utilizado como referência para
estabelecer a divisão da Terra entre Ocidente (oeste) e Oriente (leste).
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As longitudes representam o intervalo entre os meridianos ou qualquer ponto do planeta com o meridiano principal. As
longitudes podem oscilar de 0º no meridiano de Greenwich até 180º a leste e a oeste.
Através do conhecimento da latitude e longitude de um lugar é possível identificar as coordenadas geográficas, que
correspondem a sua localização precisa ao longo da superfície terrestre. A partir dessas informações a definição de
coordenadas geográficas são medidas em graus, minutos e segundos de pontos da Terra localizadas pela latitude e
longitude. Ver a foto abaixo:
Foto: Coordenadas Geográficas
Por exemplo, o ponto A, está localizado a uma latitude 50ºN, e longitude 100ºW. Já o ponto B, está a uma latitude 40ºN e
longitude 80ºE. O ponto C está a 20ºS (latitude) e 40ºW (longitude). Por fim, o ponto D está a 10º de latitude Sul, e a 20º
de longitude Leste.
Forma, Movimentos da Terra e Estações do Ano
2
A Terra possui uma superfície de 510 milhões de km e sua forma é geóide (geo – terra; óide – forma), ou seja, forma
própria da terra, achatada nos pólos e abaulada no equador, devido ao efeito da rotação terrestre. Para fins geodésicos e
cartográficos criou-se uma superfície teórica regular – o Elipsóide.
Medidas da Terra
Raio da Terra no Equador: 6.378,388 km
Raio da Terra nos Pólos: 6.356,912 km
Diâmetro Equatorial: 12.757,776 km
Diâmetro Polar: 12.713,821 km
Circunferência Equatorial: 40.102,84 km
Circunferência Polar: 40.035,14 km
5
Movimento de rotação
É o movimento que a Terra executa em torno do seu eixo polar, ou o tempo gasto para girar 360º no sentido oeste-leste.
O tempo gasto para executar esse movimento, de 23h56min4s, denomina-se dia sideral. Em decorrência do movimento
de rotação, há:
movimento aparente do Sol;
sucessão de dias e de noites;
obliqüidade dos raios solares durante o dia;
desvio dos ventos alísios;
horários diferenciados (fusos horários);
pontos cardeais e achatamento nos pólos.
Foto: Movimento de Rotação da Terra – Sentido Oeste- Leste
Movimento de translação
É o movimento da Terra em torno do Sol, realizando, em órbita elíptica, um percurso de 930 milhões de
quilômetros, com duração de um ano solar ou 365 dias, 5h48min9s, arredondada para 365 dias e 6 h. Na prática se usa
o ano civil – 365 dias. Por isso, a cada quatro anos se acrescenta um dia a cada ano, constituindo-se o ano bissexto –
366 dias.
A forma da órbita do movimento de translação é uma elipse, na qual o Sol ocupa um dos focos. Dessa forma, a
Terra ora se afasta do Sol, ora se aproxima. O afastamento máximo, AFÉLIO (aproximadamente 152 milhões de
quilômetros), ocorre em 4 de julho. O dia 3 de janeiro é o período em que a Terra mais se aproxima do Sol (cerca de 147
milhões de quilômetros) – PERIÉLIO.
Estações do ano
A forma esférica da Terra e a inclinação de seu eixo, associadas ao movimento de translação são responsáveis
pela ocorrência das estações do ano.
-
-
-
No dia 21 de dezembro, o Hemisfério Sul recebe os raios
solares quase perpendicularmente ao Trópico de
Capricórnio, ocasionando o solstício de verão no Hemisfério
Sul e o solstício de inverno no Hemisfério Norte.
Em 21 de junho, o Hemisfério Norte é que recebe mais os
raios solares, havendo o solstício de verão neste hemisfério
e o solstício de inverno no Hemisfério Sul.
Nos dias 21 de março e 23 de setembro, os raios solares
incidem perpendicularmente na região do equador,
provocando os equinócios de primavera e outono. Nos
equinócios os dois hemisférios estão iluminados por igual,
por isso as noites terão a mesma duração dos dias – 12
horas cada.
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Foto: O movimento de translação e as estações do ano
Tabela 1: Datas dos Equinócios e Solstícios nos Hemisférios Sul e Norte
Hemisfério Sul
Estação
Hemisfério Norte Está ocorrendo
21 de dezembro
VERÃO
21 de junho
SOLSTÍCIOS
21 de março
OUTONO
23 de setembro
EQUINÓCIOS
21 de junho
INVERNO
21 de dezembro
SOLSTÍCIOS
23 de setembro
PRIMAVERA 21 de março
EQUINÓCIOS
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A seqüência de figuras de 1 a 4 ilustra a variação
da incidência solar, ao longo do ano, em relação a um
observador posicionado na linha do equador
exatamente ao meio-dia solar.
Em 1 e 3, o Sol está perpendicular à linha do
Equador, por isso não há sombra projetada. Nesses
doismomentos estão ocorrendo os Equinócios – luz
solar igualmente distribuída para os dois hemisférios.
Em 2 e 4, o Sol está perpendicular,
respectivamente, aos trópicos de Capricórnio e de
Câncer. Estão ocorrendo os Solstícios – máxima
desigualdade na distribuição de luz e calor entre os
dois hemisférios.
1.2
– PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
As projeções cartográficas permitem representar a superfície esférica da Terra em um plano, ou seja, no mapa; elas
são a base para a confecção de um mapa, constituindo uma rede sistemática de paralelos e meridianos, permitindo
que
esses
sejam
desenhados.
As representações da superfície terrestre em mapas apresentam algumas distorções. As diferentes projeções
cartográficas foram desenvolvidas com o intuito de minimizar as distorções ocorridas durante a produção de um
mapa e, principalmente, fazer com que essas distorções sejam conhecidas. Mas nenhuma delas é capaz de evitar a
totalidade das deformações.
As principais projeções cartográficas são:
Projeção Cilíndrica: O plano da projeção é um cilindro envolvendo a esfera terrestre. Após realizada a projeção dos
paralelos e meridianos do globo para o cilindro, este é aberto ao longo de um meridiano, tornando-se um plano sobre
o qual será desenhado o mapa.
Projeção Cilíndrica
Nem todas as projeções cilíndricas são iguais. A projeção cilíndrica conforme conserva a forma dos continentes,
direções e ângulos, mas altera a proporção das superfícies, como é o caso da primeira projeção elaborada por
Mercator.
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Gerard Mercator (1512-1594) desenvolveu seu trabalho, durante as grandes navegações do século 16. Do continente
europeu partiram navios para a África, América e Ásia. A projeção é a mais apropriada à navegação marítima e
mostra uma visão eurocêntrica do mundo.
Com o objetivo de aperfeiçoar as características da projeção de Mercator nas superfícies das regiões de alta latitude,
Arthur H. Robinson criou a sua projeção, em 1963.
Com Robinson, os meridianos são colocados em linhas curvas, em forma de elipses que se aproximam quanto mais
se afastam da linha do Equador. É a projeção mais usada nos atlas atuais.
A projeção equivalente preserva o tamanho real da superfície representada, mas não mantém as formas, direções e
ângulos, como é o caso da projeção de Peters.
O mapa-múndi de Peters valoriza os países subdesenvolvidos, colocando-os em destaque ao representá-los com os
seus tamanhos proporcionais. Ele projeta em linguagem cartográfica a ideia de igualdade entre as nações.
O cartógrafo alemão Arno Peters (1916-2002) considerava que os mapas eram uma das manifestações simbólicas
da submissão dos países do Terceiro Mundo.
Peters combateu a imagem de superioridade dos países do Norte representada nos planisférios derivados da
projeção de Mercator. Seu pressuposto de que todos os países deveriam ser retratados no mapa-múndi de forma fiel
a sua área, dá destaque os países subdesenvolvidos.
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Para reforçar ainda mais os princípios norteadores da projeção de Peters, alguns cartógrafos inverteram a posição
convencional dos mapas.
Projeção Cônica: O plano da projeção é um cone envolvendo a esfera terrestre. Os paralelos são círculos
concêntricos e os meridianos retos convergem para o polo.
Projeção Cônica
Projeção Plana ou Azimutal: O plano da projeção é um plano tangente à esfera terrestre. Os paralelos são círculos
concêntricos e os meridianos retos irradiam-se do polo.
Projeção Plana ou Azimutal
1.3
– FUSOS HORÁRIOS
Os fusos horários, também denominados zonas horárias, foram estabelecidos através de uma reunião composta por
representantes de 25 países em Washington, capital estadunidense, em 1884. Nessa ocasião foi realizada uma
divisão do mundo em 24 fusos horários distintos.
A metodologia utilizada para essa divisão partiu do princípio de que são gastos, aproximadamente, 24 horas (23
horas, 56 minutos e 4 segundos) para que a Terra realize o movimento de rotação, ou seja, que gire em torno de seu
próprio eixo, realizando um movimento de 360°. Portanto, em uma hora a Terra se desloca 15°. Esse dado é obtido
através da divisão da circunferência terrestre (360°) pelo tempo gasto para que seja realizado o movimento de
rotação (24 h).
O fuso referencial para a determinação das horas é o Greenwich, cujo centro é 0°. Esse meridiano, também
denominado inicial, atravessa a Grã-Bretanha, além de cortar o extremo oeste da Europa e da África. A hora
determinada pelo fuso de Greenwich recebe o nome de GMT. A partir disso, são estabelecidos os outros limites de
fusos horários.
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Os Fusos Horários Mundiais
Os Fusos Horários no Brasil
As regiões Sul, Sudeste e Nordeste, o Distrito federal e os estados de Goiás, do Tocantins, Pará e Amapá
acompanham o horário de Brasília. Mato grosso, mato grosso do Sul, Rondônia, Roraima e a maior parte do
Amazonas têm uma hora a menos. Já um pequeno trecho do Amazonas e o Acre passam a ter duas horas a menos
que Brasília com a mudança de fuso implementada em 2013.
O Brasil ficou então com quatro fusos horários. Observe que Fernando de Noronha e as ilhas oceânicas estão mais
“adiantados” em relação aos horários do Brasil continental.
O Horário de Verão
Com o horário de verão, o Brasil mantém seus quatro fusos, mas muda a disposição deles, pois as regiões Sul,
Sudeste e centro-Oesteadiantam o relógio em uma hora. O objetivo é aproveitar melhor a luz solar, já que, durante o
verão, quanto maior a latitude, maior o fotoperíodo – o Sol nasce mais cedo e se põe mais tarde. O que provoca uma
importante redução do consumo de energia durante os horários de maior consumo, sobretudo das 18h às 20h.
Nos estados localizados em latitudes mais baixas (mais próximos da linha do Equador), como no Nordeste, Norte e
Centro-Oeste, há pouca variação do fotoperíodo e, por isso, não compensa fazer a mudança para o horário de verão.
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1.4 –Vários mapas, diferentes leituras
Mapas Temáticos
São mapas que representam dados sobre determinados temas, permitindo observar as características de uma região
e estabelecer comparações entre os países apresentados. Os temas podem ser variados da economia à cultura,
passando por demografia e meio ambiente. Exemplo: Um mapa onde os países da América são agrupados a partir
de sua classificação no ranking mundial do IDH.
Mapas Físicos
Destaca as características físicas da superfície terrestre, em especial de relevo e hidrografia.
Mapas Políticos
È este recorte que dá aos mapas a cara que mais conhecemos: os continentesdivididos em países, os países
divididos em regiões e estas, em cidades. Seu objetivo é simplesmente demarcar os limites entre territórios, que
podem mudar no decorrer dos anos.
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1.5 – Anamorfoses, os Mapas Distorcidos
As anamorfoses geográficas são mapas esquemáticos, que não apresentam escala cartográfica. Nessas
representações as áreas sofrem deformações que são matematicamente calculadas.
Essa técnica é utilizada para representar temas, como o PIB – Produto Interno Bruto, Projeções de
População, mortalidade, números de exportação, entre outros dados. Nesse tipo de mapa, a superfície de cada
espaço
cartografado
vai
mudar
proporcionalmente
segundo
uma
variável
estabelecida.
A cartografia por anamorfose é um instrumento que permite análises comparativas. Nesses mapas
esquemáticos, é possível apresentar aspectos do espaço geográfico.O termo anamorf ose vem do
grego “anamórphosis”, e significa “formado de novo”. Esse é um tipo de mapa considerado de comunicação.
Foto: Exemplo de Anamorfose do PIB
brasileiro por estado, em 2006.
1.6
– Exercícios
1 - (UFPE - adaptada)
Observe as proposições abaixo, tomando por referência o mapa do
Nordeste.
Mapa de localização da região do Nordeste brasileiro
I) Em relação ao Meridiano de Greenwich, o Nordeste está situado
no Hemisfério Oriental.
II) As coordenadas geográficas do ponto A, situado na parte central
da Bahia, são: Lat. 12º S e Long. 42º W.
III) São Luís é a capital mais setentrional do Nordeste.
São corretas:
a) I
b) II
c) II e III
d) I e II
e) I, II, II
2
-Sobre o sistema de coordenadas de localização, julgue os
itens a seguir:
I. ( ) A Linha do Equador não exerce função sobre os sistemas de localização, sendo irrelevante para se precisar os
graus de latitude.
II. ( ) As longitudes são equivalentes aos meridianos e as latitudes são equivalentes ao paralelos.
III. ( ) O ponto situado nas coordenadas Latitude -15º e Longitude -20ºencontra-se nos hemisférios austral e
ocidental.
IV. ( ) O território brasileiro encontra-se em dois hemisférios diferentes.
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O ordenamento correto das questões acima é:
a) F-V-V-F
b) V-F-F-V
c) F-V-F-V
d) V-V-V-F
e) F-F-V-F
3 -(UNICAMP) Abaixo é reproduzido um mapa-múndi na projeção de Mercator.
Mapa com a Projeção de Mercator
É possível afirmar que, nesta projeção:
a) os meridianos e paralelos não se cruzam formando ângulos de 90°, o que promove um aumento das massas
continentais em latitudes elevadas.
b) os meridianos e paralelos se cruzam formando ângulos de 90°, o que distorce mais as porções terrestres próximas
aos polos e menos as porções próximas ao equador.
c) não há distorções nas massas continentais e oceanos em nenhuma latitude, possibilitando o uso deste mapa para
a navegação marítima até os dias atuais.
d) os meridianos e paralelos se cruzam formando ângulos perfeitos de 90°, o que possibilita a representação da Terra
sem deformações.
4 - (PUC-MG) Ao dividir os 360 graus da esfera terrestre pelas 24 horas de duração do movimento de __________, o
resultado é 15 graus. A cada 15 graus que a Terra gira, passa-se uma hora. Assim, cada uma das 24 divisões da
Terra corresponde a um __________.
Para que o texto fique adequadamente preenchido, as lacunas devem ser completadas, respectivamente, por:
a) translação e meridiano.
b) translação e paralelo.
c) rotação e círculo.
d) rotação e fuso horário
5 - Assinale a alternativa que não representa uma função das coordenadas geográficas:
a) localizar os hemisférios de uma determinada área
b) estabelecer noções relativas de distância
c) empreender a proporção entre uma área territorial e sua representação cartográfica
d) encontrar a exata posição de um determinado ponto no mapa
6 - (UFSM-RS) Observe o mapa a seguir e responda à questão adiante.
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Desconsiderando horários de verão locais, as coordenadas geográficas do mapa permitem, também, deduzir que
uma competição esportiva que ocorra em Sydney, às 16 horas, seja assistida pela TV, ao vivo, em Nova York à(s):
a) 7 horas.
b) 8 horas.
c) 2 horas.
d) 1 hora.
e) meia-noite.
7 - Sobre a localização do Brasil nas representações gráficas da Terra, assinale o que for correto.
a) O Brasil se encontra em apenas um hemisfério: o Sul.
b) O Brasil está localizado em dois hemisférios diferentes, a maior parte no hemisfério norte e uma pequena parte no
hemisfério sul.
c) O Brasil está localizado em três hemisférios diferentes.
d) O Brasil está localizado em quatro hemisférios diferentes.
e) O Brasil não é cortado por nenhuma das duas principais linhas imaginárias da Terra: o Meridiano de Greenwich e
a Linha do Equador.
8 - Existem diferentes formas de representação
plana da superfície da Terra (planisfério).Os
planisférios de Mercator e de Peters são
atualmente os mais utilizados.Apesar de usarem
projeções,
respectivamente,
conforme
e
equivalente, ambas utilizam como base da
projeção o modelo:
15
9 – Enem 2016
A ONU faz referência a uma projeção cartográfica em seu logotipo. A figura que ilustra o modelo dessa projeção é:
16
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