Cancro

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Cancro:
Causas, Manifestações e Terapêutica
Luis Costa - 2011
Módulo Cancro
Importância epidemiológica
Principais conceitos sobre neoplasias
Caracterização
Nomenclatura
Classificação
Factores etiológicos e Oncogénese
Comportamento clínico
Repercussões no Hospedeiro
Diagnóstico
Perspectivas Terapêuticas e Prevenção
Cancer Mortality Rates over the Past 50 Years
EBCTCG, Lancet 2005
5-Year Relative Survival with Breast
Cancer
EBCTCG, Lancet 2005
US data, 1994
US data, 1994
Definições:
Neoplasia = crescimento (proliferação) celular anormal
Neoplasia = Tumor
Cancro = Neoplasia (Tumor) Maligno
Definições:
“A neoplasm is an abnormal mass of tissue, the growth of which
exceeds and is uncoordinated with that of the normal tissues and
persists in the same excessive manner after cessation of the stimuli
which evoked the change.”
Willis, 1952
Proliferação celular: crescente, despropositada, autónoma, interfere
com o hospedeiro
Classificação, nomenclatura:
Comportamento
Benigno versus Maligno
Crescimento
lento
rápido
Semelhança com
O tecido de origem
(Diferenciação)
sim
não
Limites
definidos
indefinidos
Invasão
não
sim
Metastização
não
sim
Carcinoma intraducto (tipo cribiforme)
Carcinoma ductal invasivo pouco diferenciado
Características dos tumores malignos:
-Crescimento autónomo
-Indiferenciação (diferentes graus)
-Invasão dos tecidos
-Metastização = capacidade de surgirem novos clones tumorais
em orgãos distantes
O tumor maligno se não for tratado mata o hospedeiro...
Classificação, nomenclatura:
Célula de origem (histogénese)
Células epiteliais
Tecido conjuntivo
Orgãos hematopoiéticos e linfoides
Célula epitelial  Carcinoma (maligno); Adenoma (benigno)
Célula do tecido conjuntivo  Sarcoma (maligno); Fibroma (benigno)
Tecido linfoide  Linfoma
Tecido Hematoipoético  Leucemia
Todos têm o sufixo “-oma”, excepto as leucemias
Classificação, nomenclatura:
Os carcinomas são as neoplasias mais frequentes e podem-se
ainda subdividir em:
Adenocarcinoma  origem em epitélio glandular
ex. adenocarcinoma da próstata
adenocarcinoma do estômago
Carcinoma do epitélio de transição  ex. origem na bexiga
Carcinoma pavimento celular  ex. origem no pulmão,
no esófago...
Oncogénese:
Displasia
Alteração reversível da
Diferenciação celular
Carcinoma in situ
Sem potencial metastático
Carcinoma invasivo
Com potencial metastático
Oncogénese:
 A maioria dos cancros são atribuíveis a causas exógenas
 Alguns carcinogéneos podem ser identificados a partir de
estudos epidemiológicos
 Muitos carcinogéneos requerem co-factores
 Existe um intervalo longo entre a exposição ao carcinogéneo
e a detecção clínica do cancro
Oncogénese:
Os carcinogéneos podem ser detectados a partir de:
-Estudos epidemiológicos
-Avaliação do risco ocupacional
-Exposição directa acidental
-Efeitos carcinogénicos em animais
-Efeito transformador de culturas celulares
-Testes sobre o efeito mutagénico nas bactérias
Nutrição na Etiologia e Prevenção do Cancro
População em geral
Prevenção primária
Prevenção secundária
População em risco:
-história familiar
-lesões pré-malignas
Doente tratado:
-↓ risco de recidiva
-↓ complicações da terapêutica
Ausência de estudos prospectivos controlados.
Estudos epidemiológicos; investigação laboratorial
Nutrition in the Etiology and Prevention of Cancer, Steven K. Clinton et al in
Cancer Medicine, 2003
Alcool: ↑ risco de carcinoma do colon
e recto
↑ Folatos e Metionina: mitiga o efeito
do alcool
Alcool provoca modificações nos
grupos metil do DNA
Public Health Guidelines for Cancer Prevention*
 Consume a minimum of five servings of fruits and vegetables
each day and a variety of whole grains and cereals.
 Consume a low-fat diet
 Maintain a healthful weight
 Participate in physical activity daily and moderate-to-vigorous
exercise several days each week
 Alcohol, if consumed at all, should be limited
 Dietary supplements are probably unnecessary in the context
of a healthy diet
*Nutrition in the Etiology and Prevention of Cancer, Steven K. Clinton et al in
Cancer Medicine, 2003
Oncogénese:
Químicos:
Hormonas:
Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos
Tabaco
Anilinas
Estrogénios
...
Virais:
Aflatoxinas
Vírus da Hepatite B e C
Papiloma vírus humano (HPV)
Epstein Barr
Bactérias:
...
Agentes Físicos:
Parasitas:
Radiações ionizantes
Radiações ultraviloleta
Fungos:
H. Pylori
Shistosomíase
Outros:
Asbestos
Oncogénese:
Frequentemente a acção dos agentes exógenos na carcinogénese
é multifactorial.
Por exemplo: tabaco e alcool para o carcinoma da laringe ou do
esófago.
O tabaco contém vários compostos carcinogéneos: hidrocarbonetos aromáticos (benzopireno),
N-nitrosaminas, aminas aromáticas, aldeídos, arsénico, crómio, polónio 210...
O alcool pode aumentar o efeito carcinogéneo da N-nitrosodimetilamina e leva à formação de
acetaldeído (composto reactivo que interfere com a reparação do DNA)
“A descoberta do caminho para o Tabaco...”
O Mundo Ocidental travou conhecimento
com o Tabaco quando, em 1492,
Crsitóvão Colombo descobriu as Caraíbas.
O povo ArawaK fumava tabaco através
de um tubo que chamavam tabago...
Tabaco – Cancro
Compostos cancerígenos:
Paraminobenzenos
N-nitrosaminas
..esófago e pâncreas
Aminas aromáticas ..bexiga e rim
Aldeídos
Benzenos
Compostos inorgânicos: Polonium-210; Arsénico...
• A Carcinogénese é um processo por
etapas
• Iniciação (lesão de macromoléculas)
• Promoção
- Conversão (fenotipo neoplásico)
- Propragação (expansão clonal)
• Progressão (acumulação de outras
alterações genéticas)
Oncogénese:
A célula tumoral resulta de modificações genéticas (mutações)
que ocorrem numa célula normal.
Activação de Oncogenes
Perda de função dos genes oncossupressores
Uma vez ocorridas as alterações genéticas, sucessivas e adicionais,
as células adquirem o fenotipo/comportamento de uma célula
neoplásica maligna.
Oncogénese:
Proto-oncogenes:
Genes que regulam o crescimento e a diferenciação celular
Genes oncossupressores:
Inibem a replicação celular nas células que contêm “defeitos”
genéticos e programam as células para a morte (apoptose)
Carcinogénios
activam
Proto-oncogenes
Oncogenes
Genes oncossupressores
perdem função
Inactivam
Carcinogénios
ONCOGÉNESE
Agentes
químicos
Activação de oncogenes
Agentes
virais
Perda de função de
genes supressores
Agentes físicos
CÉLULA NORMAL
- crescimento não controlado
CÉLULA
NEOPLÁSICA
- perda de diferenciação
- capacidade de invasão,
metastização
ONCOGENES
Codificam oncoproteínas:
factor de transcricção (myc)
actividade tirosinacinase (src, bcr-abl)
factor de crescimento (PDGF)
receptor para factor de crescimento (C-cerbB2)
actividade GTPase (ras)
Localização de productos dos oncogenes
Sobreexpressão de CerbB-2 por imunohistoquímica,
num caso de carcinoma da mama.
Doença Neoplásica
Oncogenes
Exemplos de
Oncogenes
Tumores em que
estão activados
K - RAS
Pâncreas, Cólon, Pulmão
CerbB-2
(HER2 -NEU)
Mama, Ovário
MYC
Linfoma, Esófago
BCR - ABL
Leucemia Mieloide Crónica
C-Kit
GIST (T. estroma GI)
Doença Neoplásica
Genes Oncossupressores
Exemplos de genes oncossupressores:
- TP 53
- BRCA1
- BRCA 2
Os casos de transmissão genética de elevada predisposião para cancro (cerca de 5%
dos cancros) devem-se geralmente à modificação dos genes oncossupressores nas
células germinativas
As células neoplásicas dependem de factores de crescimento: acção parácrina,
acção autócrina
Determinação do Receptor de Estrogénio por IHC num caso de carcinoma da mama.
O carcinoma da mama, na pós-menopausa, é habitualmente hormonodependente.
Cancro
Factores Etiológicos
Susceptibilidade genética
Tabaco
Exposição profissional
Poluição ambiente
Radiações solares
Radiações ionizantes
Medicamentos
Dieta (e álcool)
Agentes infecciosos
Desequilíbrios hormonais
Determinadas doenças crónicas
Carcinogénese:
um processo por etapas, sub-clínico
Biologia da célula tumoral:
Uma vez transformada a primeira célula, esta gera outras células –
células filhas – também com carcaterísticas de células neoplásicas
(herdaram as alterações genéticas da célula mãe). Gera-se assim a
população tumoral.
Moléculas de adesão
Matriz extracelular, estroma.
Célula epitelial maligna
Biologia da célula tumoral:
Características da população celular
Clonal
 Autónoma
Anaplásica
 Capaz de invadir e metastizar
Biologia da célula tumoral:
Indicadores de transformação das células neoplásicas
Aumento da actividade glicolítica
( consumo de glicose,  produção de lactato)
Perda da inibição por contacto
Estimulação autócrina do crescimento
Produção anormal de proteínas e síntese de proteínas anormais
(hormonas ectópicas, -fetoproteína, antigénio carcinoembrionário-CEA)
Exemplo do aumento da actividade glicolítica nos tumores
Multiple liver and upper abdominal
18FDG-accumulating metastases
Joensuu et al. N Engl J Med. 2001;344:1052-1056.
Biologia da célula tumoral:
Aquisições fenotípicas em todos os cancros*
Instabilidade genética
Alteração de circuitos de regulação (alt. TP53)
Manutenção de telómeros ( da sobrevida)
Estimulação mitogénica ( dependência de F.cresci.)
Angiogénese
Capacidade de invasão/metastização: ?? mecanismos
*W.C. Hahn, R.A. Weinberg: Rules for Making Human Tumor Cells
N Eng Journal of Medicine; 347: 1593-1603, 2002
Angiogénese tumoral
Uma massa tumoral não pode crescer para além dos 2 mm3 sem
formar novos vasos.
Para que ocorra uma eficiente transferência de nutrientes para as
células tumorais, estas não devem distar mais do que 200 m dos
capilares sanguíneos.
VEGF Activates Angiogenic Pathways
VEGF
VEGF
Endothelial
Cell
KDR-KDR
KDR-Flt 1
Flt 1-Flt 1
Actin cytoskeleton
FAK phosphorylation
Gene induction
reorganization
Paxillin phosphorylation
MMPs
Growth
Vinculin assembly
Flt 1
mitosis
Cell modify & migration
ANGIOGENESIS
VEGF is Overproduced in the Majority of
Human Cancers
Cancer
Type
Angiogenic
Factor
Correlation With
Poor Prognosis
Breast
VEGF
bFGF
PD-ECGF
positive
none/reverse
positive
Colorectal
VEGF
bFGF
PD-ECGF
positive
positive/none
positive/reverse
Lung
VEGF
bFGF
PD-ECGF
positive
positive/none
positive
Biologia da célula tumoral:
Angiogénese:
VEGF, MMPs
Resistência às
Defesas: AgMHC1
Perda de moléculas de aderência
Ex. caderinas
Capacidades para
metastização
Degradação da matriz EC:
Metaloproteinases (MMPs)
Moléculas de adesão:
CD44
Factores de motilidade
 integrinas, paxilina
Introduction
Bone Metastases — Pathophysiology
IL-1
IL-6
TNF
TGF
EGF
PGE
PTH-rP
GM-CSF
Interleukin 1
Tumor cell
Interleukin 6
Tumour necrosis factor
Transforming growth factor ( and )
IL-1
Epidermal growth factor
IL-6
Prostaglandin E
TNF
Parathyroid hormone-related protein
TGF
Granulocyte macrophage
EGF
colony-stimulating factor
Osteoblast
Osteoblast
PGE
Procathepsin D
PTH-rP
PTH-rp
Collagenase
TGF-, IL-6
IL-6
Active TGF-
Immune cell
IL-1
TNF
GM-CSF
Osteoclast
Osteoclast
Uncalcified matrix
N ew bone formation
Bone resorption
Calcified bone
No processo de metastização a relação célula-célula e célula-matriz
são muito importantes.
Focos de hiperfixantes
na Cintigrafia óssea.
Metástases ósseas
Metástases ósseas osteolíticas na cabeça do fémur e no isquion
Metástases ósseas osteoblásticas nos osssos ilíacos da bacia
Biologia da célula tumoral / crescimento das neoplasias:
Tumor com 1 Kg
= 1012 células
Tumor com 1 cm
= 109 células
Célula tumoral
Célula normal
Morte do
hospedeiro
Biologia da célula tumoral / crescimento das neoplasias:
Curva Gompertziana do crescimento tumoral
O aspecto sigmoide reflecte as células em crecimento e as células
que morrem
Biologia tumoral / crescimento das
neoplasias
Cinética celular
G2
S
Go: as células estão quiescentes,
fora do ciclo replicativo, mas
podem a qualquer momento
entrar em ciclo”
M
G1
MORTE CELULAR
Implicações da cinética tumoral nos tratamentos
A lei de Skipper pressupõe que a cinética celular é  para todas as células tumorais.
Isto é, não existem células em fase G0.
Todavia, sabemos que a cinética celular nos tumores volumosos é heterogénea.
CLASSIFICAÇÃO DAS NEOPLASIAS
ESTADIAMENTO
• Exemplo no
locoregional
cancro
T=1,5 cm
N=3 gânglios
com tumor
da
T1
 N1
Se fosse
 T1
 N0
mama
/
Doença
Estadio II
Estadio I
Lesão com cerca de 1 cm
detectada na mamografia e que
correspondia a carcinoma da mama
Carcinoma da mama localmente avançado
Localizações mais frequentes para metastização
no carcinoma da mama
Efeitos do cancro no Hospedeiro

Efeitos locais do tumor primário

Efeitos à distância das metástases

Efeitos paraneoplásicos
Efeitos pela competição biológica com o hospedeiro
Efeitos provocados pela produção hormonal ectópica
...
Caso de carcinoma do cólon localizado no Cego
Os tumores do cego podem manifestar-se somente por anemia ferropénica
Manifestações Clínicas
•O
Cancro
em
estádio
avançado
manifesta-se
sobretudo pelas localizações METASTÁTICAS.
• Os orgãos mais frequentemente atingidos por
METÁSTASES são: Fígado, Osso, Pulmão, Cérebro.
Manifestações Clínicas
• Algumas neoplasias em estado avançado, durante
a sua história natural podem apresentar
metástases somente num orgão alvo.
Ex: Osso no C. da Mama ou C. da Próstata
Fígado no C. do Cólon
• Estas diferenças podem determinar esperanças de
vida diferentes dentro de um mesmo tipo de
cancro
Manifestações Clínicas
• Alguns cancros têm locais preferenciais para
metastização.
• As metátases ósseas são muito frequentes no
carcinoma da Mama, carcinoma da Próstata,
carcinoma da Tiróideia, carcinoma do Rim.
Manifestações Clínicas
• Quadro clínicos mais frequentes, consoante a
localização mas metastases
Cérebro  Cefaleias
 Convulsões
 Sinais focais
 Alterações do comportamento
Exames complementares para o diagnóstico :
TAC crânio encefálico, ressonância
magnética
–
Metástase cerebral num
caso de carcinoma da mama
Manifestações Clínicas
• Quadros clínicos mais frequentes, consoante a
localização das metastases:
Osso  Dor
 Fractura patológica
 Compressão medular
 Hipercalcemia
Exames complementares para o diagnóstico:
RX do esqueleto, cintigrafia óssea,
TAC (se coluna)
Metástase óssea na coluna vertebral com compressão da espinal medula
Manifestações Clínicas
• Quadros clínicos mais frequentes, consoante a
localização das metastases:
Pulmão/Pleura  Dispneia
 Tosse
 Hemoptise
Exames complementares para o diagnóstico:
RX do torax
TAC torax
Derrame pleural metastático e infiltração pulmonar neoplásica
TAC: derrame pleural metastático
Metástases hepáticas visualizadas por tomografia axial computorizada (TAC)
Manifestações Clínicas
Manifestações sistémicas do cancro
•
•
•
•
Emagrecimento
Anorexia
Adinamia
Febre
• Alteração do
“Performance status”
• Anemia
• Imunodepressão
• Hipercalcemia
Terapêuticas antineoplásicas
Cirurgia
Remove as massas tumorais conhecidas
Radioterapia
Mata células em divisão, incluindo as que estão
adjacentes ao tumor
Quimioterapia
Mata as células que estão em divisão/replicação
rápida
Hormonoterapia
Targeted
therapy
Inibe o crescimento e a sobrevivência
das células tumorais hormonodependentes
Inibe processos específicos, necessários à
sobrevivência das células tumorais
Doença Neoplásica
Terapêutica
INTUITO CURATIVO
• O objectivo é eliminar toda a população neoplásica
(a local e as eventuais micrometástases)
• Nas doenças locoregionais implica quase sempre o
recurso à cirúrgia
• Algumas doenças oncológicas, mesmo em estadio
avançado são curáveis com terapêutica sistémica
Ex: tumores germinativos
Doença Neoplásica
Terapêutica
INTUITO PALIATIVO
 O objectivo consiste em melhorar a qualidade
de vida do doente e prolongar a sobrevida.
 Resulta do balanço entre: eficácia na
terapêutica antineoplásica e efeitos adversos
provocados
Doença Neoplásica
Terapêutica
Eficaz no controlo da doença
• Cirurgia
oncológica
O menos MUTILANTE possível
Informadora sobre o estado
LOCO REGIONAL
Ex: Cirurgia conservadora no cancro da mama
quadrantectomia + esvaziamento axilar
Doença Neoplásica
Terapêutica
Adjuvante
RADIOTERAPIA
Neoadjuvante
Paliativa
Doença Neoplásica
Terapêutica
• Indicações para radioterapia paliativa:
– Metástases ósseas
• Com risco de factura (colo do fémur)
• Com risco de compressão medular (coluna vertebral)
• Com quadro álgico intenso
– Metástases cerebrais
– Etc
Radioterapia
Clinical Oncology, second edition
Martin D. Abeloff
Relação dose-resposta na radioterapia:
acção antineoplásica e risco de complicações
100 %
Probabilidade de
Acção anti-tumoral
controlo do tumor
ou de complicações
complicações
Dose 1
2
Dose 2: um pequeno aumento na probabilidade do controlo da população tumoral reflecte-se
num aumento significativo na toxcidade
Radioterapia
Doença Neoplásica
Terapêutica
Associação de
Fármacos
Citostáticos
 Dose
 Espectro de
actividade
Efeito
 Toxicidade
Sem margem terapêutica
ponderar toxicidades
Doença Neoplásica
Terapêutica
The Gompertzlan growth
curve. During the early
stages of its development a
tumor’s
growth
is
exponential. But as a tumor
enlarges, the growth slows.
By the time a tumor
becomes large enough to
cause symptoms and be
clinically detectable, the
majority of its growth has
already occurred and is no
longer exponential.
Doença Neoplásica
Terapêutica
Doença Neoplásica
Terapêutica
Tumores que podem
Quimioterapia adjuvante
 Cancro da Mama
 Cancro Colo-Rectal
 Cancro Ovário
 Sarcomas (ossos)
 .....
ter
indicação
para
Estratégia terapêutica
Doença Loco-Regional
(Tumor primário e glânglios regionais)
• Risco de
Cirurgia
±
Radioterapia
Recidiva
•Terap.
médica eficaz
ELIMINAÇÃO DE
MICROMETÁSTASES
TERAPÊUTICA
MÉDICA
ADJUVANTE
• Baixo risco de recidiva
“SÓ
ou
VIGILÂNCIA”
• sem Terap. médica comprovada
Doença Neoplásica
Terapêutica
Tumores em estado avançado que podem
ser curados com quimioterapia
Tumores embrionários (Ex: Testículo)
Linfomas
Leucemias
alguns Sarcomas
Doença Neoplásica
Terapêutica
Tumores em estado avançado com
indicação para quimioterapia paliativa
Cancro da mama
Cancro do ovário
Cancro do cólon e recto
Cancro do estômago
Cancro da cabeça e pescoço
Cancro do pulmão
.... Outros
Doença Neoplásica
Terapêutica
HORMONOTERAPIA
 Opção valiosa para os tumores hormonodependentes (C. da mama, C. Próstata, C.
endométrio)
 Objectivo: Suprimir /antagonizar a acção das
hormonas que estimulam o crescimento da
neoplasia.
Doença Neoplásica
Terapêutica
HORMONOTERAPIA NO CANCRO DA MAMA:
Mecanismos de acção
Hipófise
Androgénios
LH
FSH
Supra
renais
aromatase
Estrogénios
Metastases
Ovários
E2
(estradiol)
“factor de crescimento”
Tumor
da
mama
Doença Neoplásica
Terapêutica
Modificadores de resposta biológica
- Interferon : C. Rim; Melanoma; T. neuroendócrinos;
Leucemia Mielóide Crónica, ...
Terapêutica molecular
- Anticorpos monoclonais (ex.Trastuzumab)
- Inibidores de tirosina cinases
c-kit Gene Mutations in GISTs
Ligand (SCF)-binding
• Gene maps between 4q11 and
4q121
• 21 exons
Extracellular
Juxtamembrane
Intracellular
Juxtamembrae
TK1
EXON 9 (~5%–10% of
mutations)
EXON 11 (~70% of
mutations)
EXON 13 (~5% of mutations)
Kinase insert
TK2
EXON 17 (~5 % of
mutations)
Proposed Mechanism of
Action of Imatinib
Imatinib
c-Kit Receptor
Pre-imatinib
Signal Transduction
Pathways Activated
ATP binds to
kinase portion
of receptor
Cell
membrane
Blocks ATP
binding
Signal Transduction
Pathways Inhibited
Nucleus
Imatinib and GIST:
18FDG-PET Scan
Multiple liver and upper abdominal
18FDG-accumulating metastases
Joensuu et al. N Engl J Med. 2001;344:1052-1056.
A marked decrease in 18FDG
uptake
4 weeks after starting imatinib
CT Scan Results: Decrease in
Tumour Volume
June 27, 2000
Before imatinib
October 4, 2000
After imatinib
Evolução da Doença Neoplásica
Estratégia de Intervenção
Prevenção
Primária
Iniciação
Quimioprevenção
Promoção
Prevenção
Secundária
Terapêutica
Prevenção
Terciária
Conversão Progressão
Adaptado de "Clinical Oncology",
Abeloff
The Nobel Prize in Physiology or Medicine 2008
"for his discovery of human
papilloma viruses causing
cervical cancer"
Harald zur Hausen
Cervix Cancer and HPV
INFECION
Low-risk:
HPV 6, 11
High-risk:
HPV 16, 18, 31, 33…
PERSISTENT INFECTION
VIRUS GENOMA BECOMES PART OF
HOST CELL DNA:
TRANSCRIPTION OF E6 AND E7
E6
-
+
E7
Telomerase
TK
p21
TP53
cyclin D
Bax
Final outcome:
RB-E2F
Defective apoptosis
Proliferation
Cancro:
Causas, Manifestações e Terapêutica
Obrigado pela vossa atenção
Luis Costa - 2011
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