Relatório Auto-avaliação de Desenvolvimento Organizacional da Secção Portuguesa da Amnistia Internacional (ADO) e Recomendações Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) Pág. 1/21 Setembro 2008 SESSÃO DE AUTO-AVALIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL DA AI PORTUGAL Efectuada a 27 de Setembro na Escola Superior de Comunicação Social em Lisboa Participantes: Membros de Grupos/Núcleos Locais Otília Reizinho Teresa Calisto Teresa Nogueira Membros da Direcção: Ana Monteiro António Elóy Fernando Faria de Castro Raul Gaião Membros do Secretariado: Alexandra Fonseca Ana Lobato Castanheira Cátia Silva Daniel Oliveira Daniela Jerónimo Eduardo Martins Fernando Marques Irene Rodrigues Joana Brandão Luísa Marques Pedro Krupenski Susana Fonseca Facilitador: José Miguel Costa Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) Pág. 2/21 Setembro 2008 Programa Visão, missão e identidade locais P1 Uma visão e missão locais definidas e articuladas, consistentes com a visão e missão globais da AI. Estas podem ser explicadas por todos os níveis do pessoal e activistas chave da S/E e são reconhecidas por pessoas externas a ela. Nível 1 Embrionário Pontuação 5 10 15 Nível 2 Em desenvolvimento 20 25 30 35 40 Nível 3 Desenvolvimento Moderado 45 50 55 60 Nível 4 Bem desenvolvido 65 70 75 Nível 5 Exemplar 80 85 90 95 100 1. Existência de missão e visão 2. Consistência da missão e visão com a missão e visão global da AI 3. Compreensão da missão e visão pelos membros 4. Existência e conhecimento de valores fundamentais definidos 5. Compreensão da missão e visão e valores fundamentais por pessoas externas à AI Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação • • • • Já existe uma visão e uma missão locais estabelecidas no Plano estratégico e aprovadas em Assembleia-Geral. A aprovação da visão e missão locais careceram contudo de uma discussão profunda e alargada pelos membros, secretariado e direcção da Secção. A visão e missão locais são apenas conhecidas por poucas pessoas dentro da Secção e praticamente desconhecida fora da organização. Houve falha na promoção de divulgação e discussão activa sobre a visão e a missão locais da Secção dentro do movimento. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) Recomendações de acção Idênticas às da ADO de 2006: • Promover divulgação e discussão activa sobre a visão e a missão locais da Secção dentro do movimento. • Ponderar ratificação eventual da visão e missão locais em Assembleia – Geral com o adequado relevo. • A AI Portugal deverá promover intensamente a sua visão e missão locais dentro e fora da organização, assegurando a formação de todos os seus membros neste aspecto bem como nos valores base do movimento. Pág. 3/21 Setembro 2008 Pensamento e planeamento estratégicos P2 Capacidade para formular, adoptar e implementar um plano estratégico, baseado numa análise do ambiente externo e seguindo as linhas marcadas pelas prioridades globais da AI (o PEI) e a capacidade de prever e gerir a mudança Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Embrionário Em Desenvolvimento Bem Exemplar Pontuação desenvolvimento Moderado desenvolvido 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 1 Capacidade para pensar e planear estrategicamente 2 Qualidade do plano estratégico 3 Processos de planeamento 4 Implementação do plano estratégico 5 Avaliação e aprendizagem 6 Gestão da mudança Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação • • • • • • Estão elaborados os planos estratégicos e operacionais da Secção. Houve uma mudança de atitude por parte do secretariado existindo plena compreensão da necessidade de planeamento. Os planos são efectuados com a devida componente financeira e com orçamentação de forma sistemática. Os planos são elaborados e conhecidos pela Direcção e Secretariado e aprovados em Assembleia-Geral embora sejam pouco divulgados e discutidos pelos membros da secção. O ciclo de planeamento prevê a sua monitorização embora esta não seja ainda efectuada totalmente. Não existe uma grelha de avaliação que facilite a sua execução regular e sistemática. Em comparação como exercício de auto-avaliação de 2006 considera-se ter havido regressão no ciclo de planeamento com menor articulação entre as componentes estratégicas e operacionais e dificuldades de monitorização. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) Recomendações de acção Idênticas às da ADO de 2006: • Aumentar a mobilização e envolvimento dos membros no processo de planeamento. • Usar sistematicamente objectivos SMART (específicos, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporizáveis) no processo de planeamento. • Melhorar os processos de avaliação do impacto no sentido da sua sistematização e execução regular. • Manter uma formação contínua do secretariado sobre o ciclo de planeamento. Recomendação adicional: Promover uma melhor articulação entre os órgãos estratégicos e os operacionais e a fiscalização / monitorização regular de essa articulação. Pág. 4/21 Setembro 2008 Programa Contributo para alcançar as metas de campanha da AI Pontuação P3 Contributo para alcançar as metas globais de campanha da AI Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Em Desenvolvimento Bem Embrionário desenvolvimento Moderado desenvolvido 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 Nível 5 Exemplar 80 85 90 95 100 1 Compreensão das campanhas 2 Participação em campanhas globais 3 Participação noutras campanhas (Acções Urgentes, PAPs, Resposta a Crises, etc.) 4 Impacto das campanhas 5 Dar continuidade aos sucessos/aprendizagem 6 Relatórios para o movimento internacional Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação Não foi possível a obtenção de consenso na classificação que foi obtida por votação; houve 9 votos a favor de 65 e 7 votos a favor de 60. • São planeadas e implementadas campanhas coordenadas e focalizadas. • A S/E adere às metas das principais campanhas globais, com apoio variável por parte dos membros e escasso por parte dos grupos. • O grau de comunicação entre a Secção e os Grupos é baixo. Apesar de as estruturas serem regularmente convidadas a participarem nas campanhas em curso houve redução no nº de propostas de actividades fornecidas aos grupos. • São realizadas campanhas com graus de sucesso variáveis (satisfazendo os objectivos de campanha locais), com alguma diversidade de técnicas. • Existem sistemas para relatórios e feedback mas são pouco eficazes e existem dificuldades na avaliação do impacto. • As realizações podem não ser consolidadas após uma campanha. • Existem planos para desenvolver capacidade para contribuir para outras actividades de campanha. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) Recomendações de acção Idênticas às da ADO de 2006: Investir na mobilização dos activistas: • É necessário continuar a investir em novas técnicas de mobilização dos activistas e na diversificação do activismo. • Melhorar a motivação / grau de envolvimento dos Grupos. • Continuar a melhorar a comunicação interna entre os membros e a comunicação com o Secretariado Internacional procurando enviar e receber feedback atempado e relevante sobre os resultados das campanhas e sobre os casos individuais tratados. Planeamento e Aprendizagem: • Utilizar sistematicamente o ciclo de planeamento completo incluindo mecanismos de avaliação do impacto das campanhas e acções efectuadas. • Procurar aprender com a experiência de outras Secções (por exemplo AI Espanha). Pág. 5/21 Setembro 2008 Programa Contributo para alcançar mudanças no próprio país P4 Contributo para alcançar mudanças no próprio país Nível 1 Nível 2 Nível 3 Em Desenvolvimento Embrionário desenvolvimento Moderado Pontuação 5 10 15 20 25 30 35 1 Trabalho de sensibilização para as questões dos direitos humanos 3 Equilíbrio entre trabalho internacional e no próprio país (WOOC) 5 Avaliação do trabalho tradicional no próprio país (WOOC) Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação Não foi possível a obtenção de consenso; inicialmente verificou-se grande divergência de opiniões que se estendiam num leque entre 45 e 70. A classificação foi obtida por votação; houve 11 votos a favor de 60 e 3 votos a favor de 55. • A Secção participa activamente em questões e iniciativas chave de direitos humanos com maior consistência e regularidade do trabalho efectuado. • Existe um programa de advocacia e publicidade com algum impacto visível nas políticas e práticas do próprio país, nomeadamente em relação com a violência doméstica, legislação penal, EDH, controlo de armas. • Existe colaboração com outras ONGs. • A Secção sentiu problemas de articulação com o Secretariado Internacional para orientação no WOOC. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) 40 45 50 55 60 Nível 4 Bem desenvolvido 65 70 75 Nível 5 Exemplar 80 85 90 95 100 2 Contributo para questões de DH no próprio país 4 Programa específico de trabalho tradicional no próprio país (WOOC) 6 Participação em investigação no próprio país (WOOC) Recomendações de acção Idênticas às da ADO de 2006: • Continuar, aumentar e sistematizar o trabalho em EDH. • Aproveitar as oportunidades oferecidas pelo WOOC para: • Aumentar trabalho de parceria com outras organizações. • Aumentar a visibilidade da AI Portugal no país. • Conseguir a atenção do público e canalizá-la para questões de DH internacionais. • Contactar e aprender com outras Secções com experiência em WOOC. • Estabelecer uma avaliação de impacto sistemática. Pág. 6/21 Setembro 2008 Organização Interna Tomada de decisões democrática I1 Tomada de decisões democrática (eleições democráticas para a direcção, participação dos membros na tomada de decisões) Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Em Desenvolvimento Bem Embrionário Exemplar Pontuação desenvolvimento Moderado desenvolvido 5 10 1 Processos de tomada de decisões 3 Comunicação das decisões aos membros 5 Eleições democráticas para a direcção 15 20 25 30 35 Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação Não foi de todo possível a obtenção de consenso; na votação formal efectuada, 7 votos foram a favor de 60, 7 a favor de 45,1 a favor de 25 e 1 a favor de 75; a média é de 52,1875 pelo que a classificação final se considera de 50. • • • Cumprem-se na íntegra os pontos indicados no Nível 3 – Desenvolvimento Moderado. Houve maior participação nas eleições dos órgãos sociais, com duas listas candidatas para a Direcção. Surgiram problemas e questões sobre os regulamentos eleitorais dos órgãos sociais que motivaram desconforto e malestar em vários membros nas eleições do corrente ano de 2008. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 2 Participação nos processos de tomada de decisões e consulta 4 Funcionamento da direcção Recomendações de acção Mantêm-se as recomendações que transitam desde o exercício de autoavaliação da Secção de 2005, com um ponto adicional (ver abaixo): • Adoptar protocolo de relacionamento entre a Direcção e o Secretariado, com uma clara divisão de funções, responsabilidades e relações. Ver os modelos de protocolo da AI Espanha ou da AI Chile. • Para um processo de decisão mais rápido e eficaz é aconselhável uma maior autonomia dos funcionários, de acordo com o protocolo adoptado. • Explorar novas formas de envolvimento dos membros nos processos de decisão. • Estabelecer novos sistemas e adaptar os mecanismos actuais para a comunicação de decisões: por exemplo produção de boletins e newsletters mais apelativos e fáceis de consultar. • Consultar as linhas de orientação existents da AI para a organização de assembleias gerais, em particular sob as formas de mobilizar os membros. • Verificar se existe uma rotatividade adequada dos membros dos órgãos sociais. Para além do maior esforço para a mobilização e motivação da Secção recomendam-se os seguintes aspectos específicos: • Elaboração e envio atempado aos membros de todos os documentos que envolvam debate e tomada de decisões, em Pág. 7/21 Setembro 2008 documentos que envolvam debate e tomada de decisões, em particular relativamente aos pontos discutidos em AssembleiaGeral. • Processos de consulta aos membros mais atempados, mais bem documentados e com prazos razoáveis para que o número de respostas seja o maior possível em tempo útil. • Localizar os membros com capacidades de liderança, providenciar-lhes formação adequada e expectativas de carreira no movimento. É importante a criação de uma reserva de quadros aptos a exercer cargos dirigentes na Secção. • Promover activa, prolongada e atempadamente a candidatura de múltiplas listas aos cargos dos órgãos sociais da Secção com disponibilização dos documentos e informação pertinente por parte dos dirigentes em funções. PONTO ADICIONAL: Assegurar a existência de regulamentos, em particular das eleições dos órgãos sociais, actualizados e aprovados em assembleia-geral. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) Pág. 8/21 Setembro 2008 Organização Interna Governação – constituição legal Pontuação I2 A base legal (estatuto democrático, conformidade com a legislação local) Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Em Desenvolvimento Bem Embrionário desenvolvimento Moderado desenvolvido 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 Nível 5 Exemplar 80 85 90 95 100 1 Existência de um estatuto democrático 2 Revisões e actualizações do estatuto para garantir a sua conformidade com o estatuto internacional 3 Conformidade do estatuto com a legislação local 4 Situação de registo local Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação • Na sessão foi obtida por consenso a classificação de 60. • A descida de classificação relativamente ao exercício de 2006 prende-se nomeadamente com a ausência de registos legais das modificações estatutárias verificadas desde essa data Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) Recomendações de acção Mantêm-se as recomendações do exercício de auto-avaliação da Secção de 2006 com particular ênfase em relação ao registo legal das alterações estatutárias verificadas desde então. • Implementação de regras formais que determinem revisões periódicas dos estatuto. • Estabelecimento de monitorização periódica para actualização/manutenção dos registos e benefícios legais. Pág. 9/21 Setembro 2008 Organização Interna Governação – prestação de contas interna I3 Prestação de contas interna (papéis e responsabilidades claros, relações direcção/pessoal, gestão de riscos adequada) Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 1 Nível 5 Em Desenvolvimento Bem Embrionário Exemplar desenvolvimento Moderado desenvolvido Pontuação 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 1 Divisão e definição de papéis 2 Cumprimento da função de governação por parte da direcção 4 Sistemas de prestação de contas interna 5 Gestão de riscos Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação Não foi possível a obtenção de consenso; na votação formal efectuada, 10 votos foram a favor de 55, 6 a favor de 50. Apesar de se manterem as condições verificadas no exercício prévio de 2006, a ausência de progressão neste aspecto da governação e o maior grau de exigência sentido pelos membros, atendendo em particular ao maior crescimento da Secção, justificam a descida de classificação. • Já existe uma definição e divisão das funções entre a Direcção e o Secretariado, compreensivas e completas. • Foram implementados mecanismos de prestação de contas. • Existem deficiências na prestação de contas e responsabilização por parte dos Grupos. • Ainda não foram desenvolvidas uma estratégia e política consolidada de gestão de riscos. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) 65 70 75 80 85 90 95 100 3 Relações entre direcção e pessoal Recomendações de acção • Consolidar política de gestão de risco assegurando formação na área à Direcção e ao secretariado. • Aumentar a responsabilização e prestação de contas dos Grupos Locais, nomeadamente com a revisão dos estatutos e regulamentos, com definição clara dos responsáveis individuais das estruturas locais e capacidade de controlo sobre a sua actividade por parte da Secção. • Assegurar formação periódica dos dirigentes / candidatos a dirigentes de Grupos com ênfase na responsabilização. Pág. 10/21 Setembro 2008 Organização Interna Gestão de Recursos Humanos I4 Política e práticas de gestão de Recursos Humanos (apoio e desenvolvimento do pessoal: resolução de conflitos: equilíbrio de géneros, idades e etnias) Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 1 Nível 5 Em Desenvolvimento Bem Embrionário Exemplar desenvolvimento Moderado desenvolvido Pontuação 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 1 Responsabilidade pela gestão de RH 2 Existência de políticas de RH 3 Procedimentos de funcionamento e consistência entre a prática e as políticas 4 Contratos e descrições de funções 5 Desenvolvimento do pessoal 6 Igualdade de oportunidades e equilíbrio de géneros, idades ou etnias Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação • • • • Há um director responsável pela gestão de recursos humanos (apoiado por pessoal). Existe uma política geral de recursos humanos conforme com os requisitos legais locais e as normas da AI e existe documentação definida. A prática de RH está geralmente em conformidade com a política. O pessoal é encorajado a fazer sugestões de melhoramentos. Não existem planos para resolver o desequilíbrio de géneros, idades ou etnias, embora este aspecto não seja percebido como relevante para a realidade da Secção. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) Recomendações de acção • Rever e actualizar as descrições das funções do pessoal. • Definir carreiras de pessoal tentando corresponder às suas expectativas. • Definir igualmente progressão de carreira dos membros voluntários assegurando a sua formação gradual. • Definir as funções dos estagiários sob a forma de documento escrito e assegurar a sua formação e devido enquadramento. • Antecipar questões de desequilíbrio de géneros, idades ou etnias procurando que a Secção seja um reflexo positivo da sociedade portuguesa actual em relação a estes três aspectos. Pág. 11/21 Setembro 2008 Organização Interna Gestão de Recursos Financeiros – Política e Práticas I5 Gestão de recursos financeiros – Política e práticas Nível 1 Nível 2 Nível 3 Embrionário Em Desenvolvimento desenvolvimento Moderado Pontuação 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 Nível 4 Bem desenvolvido 65 70 75 Nível 5 Exemplar 80 85 90 95 100 1 Compreensão e utilização da orçamentação 2 Utilização de sistemas de contabilidade 3 Responsabilidade pela gestão financeira 4 Monitorização e elaboração de relatórios 5 Controlos financeiros, incluindo auditorias 6 Planeamento e previsões financeiros a longo prazo Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação Não foi possível a obtenção de consenso; na votação formal efectuada, 12 votos foram a favor de 65, 4 votos contra, favorecendo um valor classificativo mais baixo, dentro do Nível 3. • Os orçamentos são integrados com os planos de trabalho, com pressupostos bem documentados. • O director, o contabilista e o tesoureiro participam na gestão financeira e algum do pessoal entende de orçamentação. • As funções de gestão financeira são bem definidas e divididas entre o pessoal e a direcção. Os orçamentos são revistos periodicamente e a orçamentação é rotineiramente utilizada em toda a Secção. • Existe planeamento financeiro a longo prazo e são elaborados relatórios financeiros para todas as áreas, mas os responsáveis pelo orçamento poderão não receber o nível de feedback de que necessitam. • Existem controlos financeiros adequados e as recomendações dos relatórios dos auditores são seguidas. • • • Recomendações de acção • Aumentar o controlo dos serviços de contabilidade externa. • Aumentar a monitorização financeira dos Grupos com aprovação de regulamentos e eventual revisão estatutária que clarifique as suas obrigações financeiras perante a Secção. • Melhorar os programas informáticos de contabilidade. Existem problemas a nível da contabilidade externa, nomeadamente na entrega atempada de documentação. Existem problemas informáticos relativamente ao software. Há pouca monitorização das finanças dos grupos locais. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) Pág. 12/21 Setembro 2008 Organização Interna Crescimento – pessoas Pontuação I6 Crescimento em termos de pessoas (membros, apoiantes e activistas) Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Embrionário Em Desenvolvimento Bem desenvolvimento Moderado desenvolvido 5 10 15 20 25 30 35 1 Números de membros e apoiantes e objectivos de crescimento 3 Serviços para os membros e apoiantes Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação Nota: Após total impossibilidade de consenso a votação formal final produziu 6 votos a favor de 55 e 6 votos a favor de 60. A opção pelo valor 55 é da responsabilidade do facilitador; a decisão pela classificação mais desfavorável prende-se pelo facto da incapacidade do consenso. • Existe estratégia com objectivos claros para o crescimento do número de membros. • A Secção tem planos para crescimento do número de membros e do activismo, mas não efectuou uma investigação abrangente. • A Secção ainda não testou inteiramente todas as técnicas disponíveis, embora algumas tenham sido utilizadas com sucesso. • As competências dos membros e activistas são registadas mas não são avaliadas e os serviços não são correctamente adaptados. • Sabe-se que há problemas de diversidade e existem iniciativas para os resolver. • Existem iniciativas de diversificação de activismo mas faltam meios adequados para a medição do seu impacto. • Os membros tradicionais estão pouco motivados e mobilizados. • Existe deficiente seguimento e enquadramento dos novos membros e com grande variabilidade consoante a sua região de origem geográfica. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) 40 45 50 55 60 65 70 75 Nível 5 Exemplar 80 85 90 95 100 2 Estratégias para aumentar o activismo 4 Diversidade dos membros Recomendações de acção • • • • • • • Melhorar o conhecimento do perfil dos membros e adaptar diferentes métodos e propostas de activismo a diferentes perfis. Implementar medidas sistemáticas de acompanhamento e formação de novos membros com capacidade de os integrar na organização de forma progressiva e adaptada às suas necessidades e motivações. Visitas e sessões de formação regulares às estruturas locais por parte do Secretariado. Continuar a implementação de Seminários de formação e de trocas de experiência entre as estruturas locais em que estas tenham uma atitude proactiva na sua organização. Diversificar e propor aos membros / apoiantes formas alternativas de activismo como por exemplo activismo em rede. Clarificação a nível estatutário e regulamentar entre membro / activista e doador com divulgação entre toda a Secção. Maior flexibilidade das estruturas locais. Recomendação à elaboração deste formulário: há uma mistura de conceitos tradicionais de “activismo” e “membros” que está desadequada aos tempos actuais; uma vez que ambos os conceitos estão mais latos e mais afastados entre si deveria haver uma separação clara entre, por um lado, activismo (exercido não exclusivamente por membros) e por outro lado membros (com inclusão de doadores regulares e membros tradicionais). Esta pouca clarificação, já de si existente no movimento, não contribui para uma boa auto-avaliação. Pág. 13/21 Setembro 2008 Organização Interna Crescimento – financeiro I7 Crescimento – financeiro (angariação de fundos [AF] de doadores e financiadores, doações periódicas) Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Em Desenvolvimento Bem Embrionário Pontuação desenvolvimento Moderado desenvolvido 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 Nível 5 Exemplar 90 95 100 1 Plano e estratégia de angariação de fundos 2 Compreensão da sustentabilidade 3 Responsabilidade pela angariação de fundos e investimento na mesma 4 Integração da AF com outras áreas de actividade 5 Programas de angariação de fundos Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação Nota: Após impossibilidade de consenso a votação formal final produziu 9 votos a favor de 50 e 4 votos a favor de 55. • A Secção tem um plano estratégico de angariação de fundos e marketing mas essencialmente concentrado no projecto “face to face”. • Existe uma compreensão e uma aplicação clara dos princípios de sustentabilidade. • Há um angariador de fundos profissional a tempo inteiro no quadro de pessoal e existem planos e atribuição real de investimento no crescimento. • Integração da angariação de fundos é melhor mas não total • • Recomendações de acção • Diversificar técnicas de angariação de fundos alternativas ao método “Face to Face”.. A Secção ainda se encontra muito dependente no método Face to Face. Houve melhoria no acompanhamento dos novos membros/doadores. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) Pág. 14/21 Setembro 2008 Relações Externas Gestão de relações e parcerias em geral E1 Identificação e gestão de relações e parcerias apropriadas para a S/E, a natureza da relação e como esta contribui para os objectivos da S/E, por exemplo com ONGs e sindicatos Nível 1 Embrionário Nível 2 Em desenvolvimento Pontuação 5 10 15 1 Abordagem estratégica às relações 3 Responsabilidade pela manutenção das relações 20 25 30 35 • • • • • • A S/E aplica a sua compreensão de relações para identificar e iniciar potenciais relações e parcerias, mas não consistentemente. Algumas relações chave são proactivas e saudáveis. Há uma falta de gestão e avaliação sistemática. Há um funcionário responsável por este sector mas com diferentes competências adicionais; não existe estrutura adequada. Trabalho relativamente escasso com os parceiros. Não é presentemente uma área de desenvolvimento estratégico. Considera-se que a Secção cumpre todos os requisitos do nível de desenvolvimento moderado e que inclusivamente existem alguns critérios do nível bem desenvolvido que se cumprem, embora de forma considerada pouco consistente para justificarem a subida de nível. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) 45 50 55 60 Nível 4 Bem desenvolvido 65 70 75 Nível 5 Exemplar 80 85 90 95 100 2 Iniciação e gestão de relações com parceiros chave 4 Avaliação e sondagens Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação • 40 Nível 3 Desenvolvimento Moderado Recomendações de acção Idênticas às determinadas no exercício de auto-avaliação da Secção de 2006: • Desenvolver uma estratégia de parcerias. • Desenvolver capacidades específicas para diferentes actividades e aplicar uma abordagem integrada para toda a Secção. • Melhorar a gestão das parcerias e relações existentes com revisões regulares e renegociações formais, se necessário. • Criação de grupos de peritos. Pág. 15/21 Setembro 2008 Relações Externas Governo do Próprio País E2 Relações com o governo do próprio país (apropriadas tendo em conta os valores fundamentais da AI, a conjuntura política e as considerações estratégicas) Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Em Desenvolvimento Bem Embrionário Exemplar Pontuação desenvolvimento Moderado desenvolvido 5 10 1 Contactos com o governo 3 Influência sobre o governo 15 20 25 30 35 Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação • Desenvolvidas boas relações com vários organismos governamentais). • Existe uma estratégia implementada para influenciar o governo que está ligada à estratégia global da Secção. • Um alto nível de interacção em questões de direitos humanos, o governo escuta a Secção incorporando por vezes na legislação as recomendações expressas pelo movimento. • A S/E tem um “lobbyista” ou director específico cuja descrição de funções reflecte que esta função faz parte do seu cargo mas que acumula com outras funções. • Os membros não têm na maioria das vezes uma real percepção do trabalho de lobby desenvolvido pela Secção, embora seja enviada regularmente esta informação através de Newsletters. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 2 Estratégia para contactos com o governo 4 Atribuída responsabilidade pelos contactos com o próprio governo Recomendações de acção • Encontrar processos mais eficazes de comunicação aos membros os sucessos das acções de lobby levadas a cabo. Pág. 16/21 Setembro 2008 Relações Externas Meios de comunicação E3 Relações com os meios de comunicação (contactos desenvolvidos e sua utilização; cobertura mediática da AI) Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Embrionário Em Desenvolvimento Bem Pontuação desenvolvimento Moderado desenvolvido 5 10 1 Contactos com os meios de comunicação 4 Influência em debates públicos 15 20 25 30 35 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 2 Estratégia para os meios de comunicação 3 Cobertura nos meios de comunicação 5 Função do porta-voz/encarregado de imprensa Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação • A base de dados dos meios de comunicação e os bons contactos pessoais são utilizados para promover o nome da AI e as actividades da Secção. • Existe uma estratégia para os meios de comunicação, integrando trabalho nessa área, com campanhas e outros aspectos dos planos da Secção. • Cobertura regular das acções e comunicados de imprensa da AI assim como presenças na TV e rádio. • A Secção é muitas vezes utilizada como fonte de informação sobre questões de direitos humanos e os seus especialistas são convidados a participar. • O gabinete de imprensa da secção lida com o trabalho de comunicações e as funções estão claramente atribuídas. • A informação internacional é adaptada às necessidades nacionais. • Existem Porta-Vozes nomeados pela Secção. • É meritório o trabalho de várias estruturas locais com os órgãos de comunicação regional / local. • 40 Nível 5 Exemplar Recomendações de acção • Continuar a aumentar a selectividade e a proactividade do trabalho com os meios de comunicação social. • Continuar a aumentar a profissionalização esta área de trabalho com aumento da equipa de meios de comunicação. • Aumentar a base de dados dos meios de comunicação social. • Diversificar os métodos de abordagem aos meios de comunicação social. • Incentivar o trabalho das estruturas locais com os órgãos de comunicação regionais / locais. A base de dados dos meios de comunicação poderia melhorar. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) Pág. 17/21 Setembro 2008 Relações Externas Sector Empresarial (campanhas, não angariação de fundos) E4 Relações com o Sector Empresarial (campanhas, não angariação de fundos) apropriadas para os valores fundamentais e considerações estratégicas da AI Nível 1 Embrionário Pontuação 5 10 1 Contactos com o sector empresarial 3 Influência sobre o sector 5 Avaliação de riscos organizacionais 15 20 Nível 2 Em desenvolvimento Nível 3 Desenvolvimento Moderado 25 45 30 35 50 55 60 65 70 75 Nível 5 Exemplar 80 85 90 95 100 2 Estratégia para trabalhar com o sector empresarial 4 Gestão das relações com o sector empresarial 6 Atribuída a responsabilidade por lidar com o sector empresarial Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação Resultado obtido por votação: 10 votos a favor de 45; 2 votos a favor de 40. • Retrocesso substancial das relações com empresas sobre questões de direitos humanos relativamente a Novembro de 2006, com redução das actividades nesta área por parte da Secção. • Cumprem-se todos os critérios do Nível 2 (Em desenvolvimento) e inclusivamente vários critérios do Nível 3. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) 40 Nível 4 Bem desenvolvido Recomendações de acção • Revisão da estratégia de relacionamento com o sector empresarial. • Criação de Grupo de trabalho para reatar a actividade do Amnesty Business Club com planeamento estratégico e operacional definidos. • A determinação sistemática dos riscos organizacionais em potenciais relações é um aspecto essencial nesta área. Pág. 18/21 Setembro 2008 Relações Externas Prestação de contas e relações com o Movimento Internacional E5 (participação na tomada de decisão internacional, participação e intercâmbio em actividades internacionais) Nível 1 Embrionário Pontuação 5 10 15 Nível 2 Em desenvolvimento 20 25 30 35 40 Nível 3 Desenvolvimento Moderado 45 1 Compreensão do conceito de prestação de contas 3 Comunicação e relatórios para o SI 5 Partilha de competências com o resto do movimento Dados que demonstrem e justifiquem a pontuação • Prestação de contas geralmente aceite e existem sistemas para o efeito. • A Secção cumpre com o nível mínimo de prestação de contas esperado. • É incentivada a participação nas reuniões e processos internacionais. • Boa comunicação com vários programas do SI e outras Secções. • Consciência crescente de fazer parte do movimento internacional. • Colocam-se à disposição competências e perícia, mas não de forma sistemática. • Existem incumprimentos no prazo de prestação de contas ao movimento internacional principalmente relacionados com as dificuldades de cumprimento da contabilidade. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) 50 55 Nível 4 Bem desenvolvido 60 65 70 75 Nível 5 Exemplar 80 85 90 95 2 Participação na tomada de decisão e consulta política internacionais 4 Consciência de fazer parte do movimento internacional Recomendações de acção • • • • • Continuar o esforço de fortalecimento de relações com o movimento internacional. Analisar as Secções dentro do movimento que poderão ser estrategicamente úteis à AI Portugal de forma a poder partilhar experiências e conhecimentos. Explorar o fortalecimento de relações com a AI Espanha e alguns Países de Língua Portuguesa. Em coordenação com o Secretariado Internacional. Promover a formação de líderes. A Secção deve envidar o máximo de esforços para atingir o nível 5 – Exemplar, atendendo às obrigações financeiras perante o movimento internacional. Recomendação à elaboração deste formulário: As relações com o movimento Internacional e a Prestação de Contas ao Movimento Internacional deveriam ser analisadas separadamente. Por exemplo, a AI Portugal tem um nível muito desenvolvido de relações com o movimento Internacional e um nível menos desenvolvido relativamente à prestação de contas atendendo à existência de falhas no cumprimento de prazos de esta prestação. Pág. 19/21 Setembro 2008 100 Notas Finais do facilitador: A AI Portugal efectuou a primeira Auto-avaliação de Desenvolvimento Organizacional em Junho de 2005 e a segunda em Novembro de 2006. Esta terceira auto-avaliação, volvidos 22 meses foi intencionalmente comparativa relativamente às primeiras. Nos parâmetros avaliados denota-se uma tendência de regressão no desenvolvimento organizacional da AI Portugal. Apenas se verificaram melhores pontuações em 4 pontos: P2 – Contributo para alcançar as metas da AI; I1 – Tomada de decisões democrática; I4 – Gestão de Recursos Humanos e E5 – Prestação de contas e relações com o movimento internacional. Um ponto manteve a sua prévia pontuação: I5 - Política e gestão de recursos financeiros. Os restantes 11 pontos sofreram descida da sua classificação. Nenhum dos pontos avaliados se encontrou abaixo do Nível 3 – Desenvolvimento moderado, mas verificou-se descida de nível em quatro dos pontos avaliados (P4, I2, I6, I7 e E1); apenas o ponto P2 teve subida de nível 3 para nível 4. Esta regressão pode contudo reflectir vários aspectos: 1. Em metade dos pontos avaliados não foi possível obter uma classificação consensual tendo sido necessário o recurso a votação. 2. Atendendo à progressão e crescimento da Secção, o grau de rigor e exigência percebido pelos participantes é maior, reflectindo-se numa menor classificação. 3. A avaliação prévia de 2006 possivelmente reflectiu algum grau de optimismo por parte dos seus participantes. 4. Foi reduzido o tempo disponível para analisar com maior objectividade cada ponto discutido e para atingir posições consensuais. 5. O papel do facilitador foi dificultado por este se encontrar demasiado envolvido com a Secção; sendo anterior membro de Direcção é actualmente assessor da presente Direcção, aspectos que, em opinião pessoal, poderão também ter dificultado a obtenção de maior consenso. Não obstante parece existir pelo menos um menor impulso para o desenvolvimento relativamente à avaliação prévia; tal poder-se-á em parte dever às convulsões sofridas pela Secção nos últimos dois anos, nomeadamente com falecimento do Presidente em funções e períodos de ausência (licença de parto) e saída da anterior Directora. Recomenda-se uma nova avaliação dentro de 12 meses, seguindo as seguintes regras: 1. O facilitador deverá ser conhecedor da Amnistia Internacional mas externo à Secção Portuguesa; sugere-se por exemplo um membro do Secretariado Internacional ou de outra Secção (por exemplo AI Espanha). 2. O exercício de auto-avaliação tem de ter pelo menos a duração de um dia e meio (por exemplo manhã e tarde de Sábado e manhã de Domingo) para permitir uma melhor avaliação e objectividade dos diversos pontos. 3. Deverá ser incentivada a participação de mais representantes de estruturas locais e de membros individuais. Sugere-se subsidiar transporte e alojamento para membros residentes em locais superiores a 50 Km do local de ocorrência do exercício. Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) Pág. 20/21 Setembro 2008 Gostaria de terminar assinalando a ausência de feed-back por parte do Secretariado Internacional relativamente aos exercícios de avaliação prévios e à urgente necessidade de clarificar os pontos I6 – Crescimento Pessoas e E5 – Prestação de Contas e Relações com o Movimento Internacional de este exercício, de acordo com as recomendações expressas no presente relatório. Caldas da Rainha, Outubro de 2008 José Miguel Costa Facilitador Relatório ADO e Recomendações (Versão 1) Pág. 21/21 Setembro 2008