PRIME Lendo alem das palavras Unit 4 - p. 55 1 Pense em todas as descobertas que a ciência tem nos oferecido. Quais você acha as mais interessantes, as mais importantes e as mais bizarras? 2 A ciência consegue explicar o amor? Leia o artigo e o infográfico abaixo e descubra de que maneira o amor está associado ao cérebro. Ciência do romance: Os cérebros tem um circuito de amor Por Seth Borenstein / Associated Press Washington - Como qualquer jovem apaixonada, Bianca Acevedo trocou cartões de Dia dos Namorados com seu noivo. Mas a neurocientista nova-iorquina não se engana. A fonte do amor está na cabeça, não no coração. Ela é uma das pesquisadoras de uma área relativamente nova cujo foco é a explicação da biologia do amor romântico. E a explicação não poética é que o amor pode ser entendido através de imagens cerebrais, hormônios e genética. Este parece ser o caso dos recém apaixonados, os que amam há tempo e dos que tiveram uma decepção amorosa. “Existe uma base biológica. Nós conhecemos alguns dos atores principais”, disse Larry Young, do Centro de Pesquisa do Instituto Yerkes da Universidade de Emory em Atlanta. Lá ele estuda o cérebro de um raro roedor monogâmico a fim de entender melhor o que acontece na mente das pessoas quando estão apaixonadas. O cérebro dos seres humanos tem 4 mini áreas que, segundo alguns pesquisado© Macmillan – Reprodução Autorizada Quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009, 16:14 Regiões do cérebro revelam romance Pesquisadores usando imagens do cérebro encontraram áreas associadas com o amor. Áreas ressaltadas nas imagens de acordo com o tipo de amor: Núcleo accumbens: aqueles que estavam apaixonados, mas foram recentemente abandonados. Palidum ventral: pessoas apaixonadas depois de 20 anos; está associado com vínculo. Área ventral tegmental: majoritariamente associada ao amor recente; área chave de recompensa. Núcleo raphe: amantes antigos; a área gera sensação de calma. Fonte: Helen Fisher, pesquisadora da Rutgers University AP res, compõem um circuito do amor. Acevedo, que trabalha na Faculdade Albert Einstein de Medicina de Nova Iorque, faz parte de uma equipe que isolou estas regiões com os nomes não românticos de área ventral tegmental (AVT), o núcleo accumbens, o palidum ventral e o núcleo raphe. O ponto chave é o AVT em forma de lágrima. Quando pessoas recém apaixonadas foram colocadas em um aparelho de ressonância magnética e lhes foram mostradas fotos da pessoa amada, o AVT acendeu. O mesmo aconteceu com pessoas que estavam super apaixonadas há 20 anos. O AVT é parte de um sistema chave de recompensa do cérebro. PRIME Unit 4 - p. 56 “Estas são as células que produzem e enviam dopamina a diferentes partes do cérebro”, diz a pesquisadora e professora da Universidade de Rutgers Helen Fisher. “Esta parte do sistema fica ativada porque você está tentando ganhar o maior prêmio da vida, um parceiro. Uma das descobertas da pesquisa não é tão agradável: o amor funciona quimicamente dentro do cérebro como uma droga. (.....). A ligação com o vício “parece terrível”, reconheceu Acevedo. “O amor supostamente deve ser algo lindo e grandioso, mas ele tem suas razões. A razão, eu acho, é manter as pessoas juntas.” Mas às vezes o amor não nos mantém unidos. Então os cientistas estudaram o cérebro de pessoas que tinham acabado de ter decepções amorosas e encontraram atividade extra no núcleo accumbens, que está ainda mais profundamente associado à idéia de vício. [...] “Aqueles que tiveram decepções amorosas mostram ainda mais evidência do que eu chamo de desejo ardente”, diz Lucy Brown, uma neurocientista também da Faculdade Albert Einstein. “Desejo semelhante ao de cocaína.” As radiografias cerebrais mais recentes da equipe foram de pessoas casadas há mais de 20 anos que dizem que ainda andam de mãos dadas como se fossem recém casados, um grupo que representa uma minoria entre os casais. Nesses homens e mulheres, duas outras áreas do cérebro se acenderam além do AVT: a palidum ventral e o núcleo raphe. A palidum ventral está associada a ligações e hormônios que diminuem o stress; o núcleo raphe bombeia serotonina, que “dá a sensação de calma”, diz Fisher. Essas áreas produzem “uma sensação de que nada está errado”. É um nível baixo de felicidade e é certamente gratificante”, diz Brown... From: www.cleveland.com/nation/index.ssf/2009/02/science_of_romance_brains_have.html (26/04/2009) © Macmillan – Reprodução Autorizada